Botafogo-SP Campeão Brasileiro Série D 2015

A última Série D com 40 clubes foi disputada em 2015. Também foi neste ano em que tivemos a última presença de um dos dois times de camisa pesada desta edição. Após várias tentativas, finalmente chegava a vez do Remo conseguir o acesso. A campanha paraense foi até a semifinal, quando foi eliminado para o futuro campeão. Dono de alguns títulos em âmbito estadual, o Botafogo de Ribeirão Preto chegaria em sua principal conquista com méritos.

A campanha do Pantera no grupo A6 da primeira fase foi até discreta. Com três vitórias, quatro empates e uma derrota, o time ficou na segunda posição, empatado em 13 pontos com o Gama. O saldo de gols foi que definiu a vaga aos paulistas, muito por conta dos 5 a 1 aplicados sobre o Villa Nova-MG dentro do Santa Cruz. A liderança ficou com o CRAC (18 pontos), enquanto o Duque de Caxias completou a chave.

Nas oitavas de final, o chaveamento colocou o Botafogo frente ao time goiano novamente, e o prognóstico da fase de grupos não era bom, pois os paulistas perderam por 1 a 0 em casa e empataram sem gols fora. Mas a história mudou no mata-mata, e o Pantera avançou vencendo por 3 a 0 em Ribeirão Preto e perdendo só por 1 a 0 em Catalão.

Nas quartas, o acesso foi disputado em dois confrontos contra o São Caetano, a outra camisa pesada da competição. A ida foi no Santa Cruz, e acabou com uma sofrida vitória por 2 a 1, de virada. Com o perigo do gol sofrido em casa, era preciso segurar tudo na volta no Anacleto Campanella. E a estratégia funcionou bem, com o Botafogo segurando o 0 a 0 e comemorando vaga na Série C. A semifinal foi contra o Remo, e a classificação para a decisão veio com vitória por 1 a 0 em Ribeirão Preto e empate sem gols em Belém.

Na final, o adversário foi o River do Piauí, que despachara na fase anterior o Ypiranga de Erechim nos pênaltis. O primeiro jogo foi no Santa Cruz, uma movimentada vitória por 3 a 2, com hat-trick do atacante Francis.

Logo, mais uma vez seria preciso defender tudo fora de casa. E contra 40 mil torcedores no Albertão, em Teresina, o Botafogo tornou a segurar empate por 0 a 0, assim conquistando seu primeiro título nacional na história, a Série D.

A campanha do Botafogo-SP:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rogério Moroti/Botafogo-SP

Tombense Campeão Brasileiro Série D 2014

A Série D de 2014 foi disputada com uma leve alteração em relação as edições anteriores. Em caráter excepcional, a disputa no ano da Copa do Mundo no Brasil teve 41 participantes. Isto ocorreu por conta do rebaixamento de cinco times da Série C de 2013 (que teve 21 times, um a mais que o normal).

As principais forças em campo na quarta divisão foram Remo, Brasiliense e Brasil de Pelotas. Mas no mata-mata, o primeiro caiu diante do segundo, que perdeu para o terceiro. Só os gaúchos comemoraram algo. Não conquistaram tudo porque um clube da Zona da Mata mineira (no limite com RJ), de uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes não permitiu. No ano do centenário, o Tombense foi a surpresa da vez e levou o título.

No grupo A6 da primeira fase, o Gavião-Carcará não passou aperto e liderou com 18 pontos, seis vitórias e duas derrotas. Entre os bons resultados, fez 4 a 0 no Goianésia e 3 a 0 no Luziânia - ambos em casa -, além de 3 a 1 no Barueri fora. O CEOV Operário foi o outro time classificado. Nas oitavas de final, o Tombense enfrentou o Metropolitano. Na ida em Blumenau, empate por 1 a 1. Na volta em Tombos, vitória por 1 a 0 e classificação na mão.

Nas quartas o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo em São Luís foi duro, onde os mineiros tiveram que buscar um suado empate por 2 a 2. O segundo jogo no Antônio Almeida, também conhecido como Estádio dos Tombos, e o Gavião-Carcará confirmou o acesso ao vencer por 2 a 0, gols de Daniel Amorim e Élvis. Na semifinal contra o Confiança, vitória por 1 a 0 em Tombos e empate por 1 a 1 em Aracaju. Todos os gols marcados por Élvis.

A final foi jogada contra o Brasil de Pelotas, e a primeira partida foi no Bento Freitas. Com poucas chances, os dois times não saíram do 0 a 0. A segunda partida foi no Soares de Azevedo, em Muriaé (o estádio em Tombos não tinha a capacidade mínima para a decisão). Mais uma vez as equipes mantiveram o placar zerado.

Nos pênaltis, os mineiros erraram uma cobrança. Mas os gaúchos perderam duas, e o coube ao artilheiro com nome de astro do rock converter a batida do título. Por 4 a 2, o Tombense chegou a sua maior glória. E desde então, o clube não desceu mais da Série C.

A campanha do Tombense:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/FMF

Botafogo-PB Campeão Brasileiro Série D 2013

Chegamos em 2013, e a Série D parte para sua quinta edição. Já um praxe da competição, clubes com estofo nas divisões de cima marcaram presença, como Londrina, Santo André e Juventude. Só os gaúchos conseguiram o acesso, na terceira tentativa. O título chegou a passar pelas mãos do time, mas no fim ficou com uma equipe da outra ponta do país, a Paraíba. O Botafogo local chegou a um título inédito após a reconquista do estadual, quebrando dez anos de fila.

Na primeira fase, o Belo ficou no grupo A4, o qual passou sem muita dificuldade, vencendo cinco jogos, empatando dois e perdendo somente um. Com 17 pontos, terminou na liderança e se classificou junto com o Sergipe. Atualmente na primeira divisão, o CSA foi o lanterna da chave. Vitória da Conquista e Juazeirense completaram o pentagonal.

Nas oitavas de final, o Botafogo enfrentou o Central. Na ida em Caruaru, derrota por 3 a 1. Na volta em João Pessoa, o resultado foi devolvido e o confronto foi para os pênaltis, onde o time paraibano fez 5 a 3.

Nas quartas, o adversário foi o Tiradentes do Ceará. O primeiro jogo foi no Almeidão, e o Belo venceu de virada por 2 a 1, gols do velho conhecido Warley, atacante. O segundo jogo foi em Fortaleza, no Presidente Vargas, e outra vitória por 1 a 0 confirmou o acesso do time alvinegro. O gol da classificação foi marcado por outro velho conhecido do futebol, Lenílson.

Embalado, o Botafogo enfrentou o Salgueiro na semifinal. A ida foi no Cariri pernambucano, no Cornélio de Barros, e os paraibanos venceram por 2 a 1. A volta foi em João Pessoa, onde nova vitória por 2 a 0 selou a vaga do Belo na final.

Na decisão, o Botafogo-PB enfrentou o Juventude, que 14 anos antes se via na mesma situação com o homônimo carioca na Copa do Brasil. Até o resultado da primeira partida foi igual, 2 a 1 para os gaúchos na Arena do Grêmio em Porto Alegre (o Alfredo Jaconi estava interditado). Mas desta vez a segunda partida foi diferente.

No Almeidão, o Belo inverteu a vantagem em 21 minutos e confirmou o título fazendo 2 a 0 no último minuto. A conquista da Série D de 2013 permanece até hoje como a única nacional de um clube da Paraíba.

A campanha do Botafogo-PB:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Thiago Casoni/Futura Press

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série D 2012

A Série D de 2012 foi a quarta edição do torneio, que aos poucos foi tomando da Copa do Brasil o posto de competição mais democrática do país. Quarenta equipes dos 27 Estados, todas com chances iguais de título. Pela primeira vez a taça ficou nas mãos de um time mais tradicional.

Enquanto Remo e Juventude viram navios mais uma vez, o Sampaio Corrêa repetiu o feito da Série B de 1972 e da Série C de 1997 e conseguiu duas façanhas: ser o primeiro time com títulos em três divisões nacionais e ser o primeiro campeão invicto da quarta divisão.

No grupo A2 da primeira fase, a Bolívia Querida teve zero dificuldades. Venceu os oito jogos e ficou com o dobro de pontos que o vice-líder Mixto (24 a 12). Comercial do Piauí, Santos do Amapá e Araguaína foram os outros adversários. A destacar de resultados, os 6 a 0 sobre o Santos-AP em casa e os 4 a 0 sobre a Araguaína fora. Nas oitavas de final, o Sampaio enfrentou o Vilhena. Na ida em Rondônia, empate por 2 a 2. Na volta no Castelão de São Luís, goleada por 4 a 1 e classificação garantida.

Nas quartas, a Bolívia disputou o acesso contra o Mixto, no reencontro da fase de grupos. A primeira partida foi em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e o time maranhense conseguiu empatar por 1 a 1. A vantagem do gol fora de casa fez a diferença para a segunda partida em São Luís, pois as duas equipes não saíram do 0 a 0. Passada a tensão, o Sampaio Corrêa comemorava o retorno à terceira divisão. A semifinal foi disputada contra o Baraúnas, e o roteiro foi parecido com os das fases anteriores: empate por 1 a 1 na ida no Rio Grande do Norte, e vitória por 1 a 0 no Castelão.

Na final, o Sampaio enfrentou o CRAC, time do interior de Goiás. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade de Catalão. Bem como em todos os outros mata-matas, a Bolívia saiu da casa adversária com empate, novamente por 1 a 1.

O segundo jogo foi no Castelão, diante de mais de 35 mil torcedores. Com o domínio da partida, o Sampaio conseguiu o título ao vencer por 2 a 0, gols de Eloir no primeiro tempo e de Pimentinha no segundo. Outros nomes de destaque do time maranhense na competição foram os de Cleitinho, artilheiro do time com sete gols (um deles na ida da final), e de Célio Codó, autor do gol do acesso.

A campanha do Sampaio Corrêa:
16 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 37 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Sampaio Corrêa

Tupi Campeão Brasileiro Série D 2011

A Série D foi se consolidando a cada edição que passava. A de 2011 manteve os 40 participantes, mas teve a fórmula modificada - para melhor. Os dez grupos de quatro times passaram a ser oito grupos de cinco. Assim, a parte do mata-mata não ficaria quebrada, com 16 equipes avançando a partir da segunda fase.

Como não poderia deixar de ser, clubes com camisa pesada marcaram presença, como Gama, Juventude e Santa Cruz. O calvário de três temporadas do time pernambucano teria fim ali, com o acesso garantido. Mas o time não foi o campeão. A taça acabou em Minas Gerais, com o Tupi de Juiz de Fora.

Na chave A5, o Galo Carijó enfrentou na primeira fase times de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu outros dois, marcando 14 pontos e terminando na liderança, classificado junto com a Anapolina e eliminando o tradicional Gama. Nesta fase da competição, a principal vitória foi os 3 a 1 em casa sobre a própria Anapolina.

Nas oitavas de final, o Tupi enfrentou o Volta Redonda. A ida foi no Raulino de Oliveira e terminou com derrota mineira por 1 a 0. A volta foi no Mário Helênio e o Galo Carijó reverteu com sobras, vencendo por 4 a 2 e avançando mais um degrau.

Nas quartas, o adversário foi novamente a Anapolina, que ultrapassou em pontos o Tupi e fez a ida ser jogada em Juiz de Fora. E os alvinegros abriram ótima vantagem com a goleada por 4 a 1. Na volta em Anápolis, o empate por 2 a 2 buscado nos minutos finais pelo herói Ademílson (antes dos 44 anos, "apenas" 37) valeu o acesso. Na semifinal contra o Oeste, a classificação mais tranquila do clube, que venceu por 3 a 0 o primeiro jogo nos Amaros de Itápolis e por 3 a 1 o segundo jogo no Mário Helênio.

A final da Série D foi entre Tupi e Santa Cruz. Sabendo que os holofotes estavam voltados aos pernambucanos, os mineiros jogaram com pés no chão. Venceram a ida em Juiz de Fora por 1 a 0 (gol do Ademílson), e jogaram para se defender na volta no Arruda. A estratégia deu certo, e o Galo Carijó sacramentou o título inédito vencendo por 2 a 0, gols de Allan e Henrique nos últimos 15 minutos da partida.

A campanha do Tupi:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Tupi

Guarany de Sobral Campeão Brasileiro Série D 2010

A primeira edição da Série D foi um sucesso entre os clubes pequenos. Então, a CBF repetiu a fórmula para 2010, incluindo o estranho sistema de mata-mata em que, dos dez times participantes da terceira fase, avançam os cinco vencedores e os três perdedores de melhor campanha, para formar as quartas de final.

Dos participantes com camisa mais pesada, nesta temporada tivemos Remo, Santa Cruz, Botafogo-SP, CSA, Operário-PR e Joinville, este último se envolvendo com tapetão. Mas o campeão da competição veio novamente do interior, agora do Ceará. Outrora participante das Séries B e C, o Guarany de Sobral partiu para uma conquista inédita através do terceiro lugar no estadual.

Na primeira fase, o Cacique do Vale ficou no grupo A3, definido somente no saldo de gols. Guarany, Sampaio Corrêa e JV Lideral-MA ficaram com nove pontos e duas vitórias, e a sorte sorriu para o time rubro-negro no saldo de gols (6 contra 2 e 0). Na condição de líder, enfrentou na segunda fase o Santa Cruz. A camisa pernambucana não pesou, o Guarany perdeu por 4 a 3 fora de casa, venceu por 2 a 0 em casa e se classificou.

Na terceira fase, o reencontro com o Sampaio Corrêa. A ida foi disputada no Junco, e o Cacique venceu por 3 a 2. A volta foi no Nhozinho Santos, em São Luís, e os sobralenses avançaram sem índice técnico ao empatarem por 1 a 1.

As quartas de final foram jogadas contra O Vila Aurora do Mato Grosso. A primeira partida foi em Rondonópolis, e o Guarany abriu vantagem fazendo 2 a 0. A segunda partida foi em Sobral, e com nova vitória por 2 a 1 o time cearense conseguiu o acesso. Na semifinal contra o Araguaína, empate por 2 a 2 no Tocantins e por 0 a 0 no Ceará classificaram o Guarany no critério do gol fora de casa.

A final foi contra o América do Amazonas, que mandou a ida em Santarém (PA). Lá, empate por 1 a 1. A volta foi no Junco, e o Guarany conquistou o primeiro título nacional da história do Ceará com goleada por 4 a 1. E é aqui que entra o tapetão. O América-AM não subiu para a Série C junto com os cearenses. O time foi punido com a perda de dez pontos por escalação irregular contra o Joinville nas quartas de final. E os catarinenses herdaram a vaga. No fim, o Guarany teve como vice o Madureira.

A campanha do Guarany de Sobral:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Arquivo/Guarany de Sobral

São Raimundo-PA Campeão Brasileiro Série D 2009

A história do Campeonato Brasileiro da Série D começou a ser contada em 2008, um ano antes de sua criação. Na época, a CBF anunciou que a terceira divisão seria, a partir de 2009, com 20 participantes fixos. Logo, os clubes sem divisão passariam a disputar os estaduais com o pensamento de buscar uma vaga no inédito quarto nível do futebol nacional.

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A primeira edição da Série D foi no mesmo 2009, e contou com 40 equipes. Na verdade, 39, pois nenhum time do Acre se habilitou. Assim, a competição ficou dividida em dez grupos. Entre os participantes, os de mais renome foram Paulista, Londrina, Ituano e Uberlândia, todos já com conquistas nacionais. Mas o primeiro campeão da Série D foi uma surpresa vinda do oeste do Pará: o São Raimundo de Santarém se classificou à competição depois do vice no estadual do mesmo ano.

Na fase de grupos, o clube paraense ficou na chave A2. Enfrentando Tocantins de Palmas, Moto Club e Cristal do Amapá, o Pantera Negra terminou na liderança com 10 pontos em seis partidas, sendo a mais lembrada a vitória por 4 a 1 sobre o Tocantins fora de casa.

Para a segunda fase, 20 equipes em um mata-mata. O adversário do São Raimundo foi o Genus de Rondônia. Na ida em Porto Velho, empate por 1 a 1. Na volta em Santarém, vitória por 3 a 1 e vaga na terceira fase, onde o time alvinegro reencontrou o Cristal. E na ida em Macapá, nova goleada por 4 a 1. Na volta em casa, um susto com a derrota por 3 a 1. Classificado, o São Raimundo participou da bizarra fase de quartas de final.

Dos dez times da terceira fase, cinco avançaram normalmente, enquanto os três "melhores derrotados" completaram as vagas. E quem o Pantera enfrentou nas quartas? O Cristal! Valendo o acesso, o São Raimundo empatou por 1 a 1 a ida no Amapá e venceu por 2 a 0 a volta no Pará. Com a inédita vaga à Série C na mão, o time paraense enfrentou o Alecrim na semifinal. Com vitória por 3 a 1 no Colosso do Tapajós e empate por 2 a 2 em Natal, o Pantera chegou a uma final histórica.

O adversário do clube na primeira decisão de Série D foi o Macaé. A primeira partida foi disputada no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Lá, o São Raimundo ficou duas vezes na frente do placar, mas sofreu a virada no segundo tempo e perdeu por 3 a 2. Nenhum alarde, já que havia a regra do gol fora de casa.

A segunda partida foi no Colosso do Tapajós, com mais de 17 mil torcedores são-raimundinos. Desta vez a virada foi contrária: os cariocas marcaram primeiro e o Pantera virou em três minutos na metade final do segundo tempo. Por 2 a 1, o São Raimundo se tornou o primeiro campeão da Série D, parando Santarém em festa.

A campanha do São Raimundo-PA:
16 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Antônio Cícero/Futura Press

Náutico Campeão Brasileiro Série C 2019

Já vem se tornando rotina nos últimos anos o fato de a Série C contar com times com certa tradição e com passagens recentes pelas divisões de cima do futebol brasileiro. Em 2019, a posição coube a Juventude, Paysandu, Remo, Santa Cruz e Náutico, que foi o mais competente e conquistou um título inédito.

O regulamento da competição foi o mesmo das temporadas anteriores. Em uma ironia do destino, a região Nordeste teve dez representantes cravados, o que forçou a CBF a juntar as outras quatro regiões no grupo B. Assim, tivemos times do Norte tendo que jogar no Sul e no Sudeste.

O Timbu ficou na chave A junto com seus conterrâneos. Foi a segunda temporada seguida do clube na terceira divisão. O começo não foi muito promissor, com derrota por 2 a 0 para o futuro rebaixado ABC em Natal. A primeira vitória ocorreu na segunda rodada, por 4 a 2 sobre o Imperatriz nos Aflitos. Na quarta rodada, vitória por 1 a 0 no Treze fora de casa deu início a uma série invicta até o oitavo jogo. 

Mas o Náutico só engrenou de vez na 12ª partida, quando aplicou 1 a 0 no Ferroviário fora de casa. Daqui até o fim da fase, o Timbu venceu mais cinco jogos e só perdeu um, obtendo a vaga no mata-mata ao vencer por 1 a 0 Botafogo-PB em João Pessoa, na 17ª rodada. A liderança do grupo veio com os 3 a 1 no rival Santa Cruz em casa, na última partida. Ao todo foram 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

Nas quartas final, o time alvirrubro enfrentou o Paysandu. Depois de ficar no 0 a 0 em Belém, o time conseguiu o acesso de um jeito agônico, empatando por 2 a 2 nos Aflitos no último minuto de jogo. Nos pênaltis, 5 a 3 e a vaga garantida na Série B de 2020. A semifinal foi contra o Juventude, e o Timbu novamente recorreu ao desempate após levar 2 a 1 em Caxias do Sul e fazer 2 a 1 em Recife. Nas cobranças, 4 a 3 para os pernambucanos.

A final foi disputada contra o Sampaio Corrêa. A ida foi nos Aflitos, e o Náutico abriu boa vantagem ao vencer por 3 a 1. A volta foi no Castelão de São Luís, onde os maranhenses tentaram reverter, mas a defesa, a bola aérea e o contra-ataque alvirrubros funcionaram bem. Enquanto o goleiro Jefferson salvou várias bolas, Álvaro (pelo alto) e Matheus Carvalho (pelo chão) fizeram os gols do 2 a 2 que garantiu a primeira conquista nacional na história do Náutico.

A campanha do Náutico:
24 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 34 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Léo Lemos/Náutico

Caucaia Campeão Cearense Série B 2019

No Ceará, o Caucaia deu mais um passo no seu processo de crescimento ao vencer pela primeira vez a Série B estadual. Clube fundado em 2004, é a primeira vez que a Raposa Metropolitana chega à elite cearense.

A competição contou com dez equipes divididas em duas chaves. Na primeira fase, o Caucaia liderou o grupo A com folga sobre os outros quatro oponentes, tendo sete vitórias, uma derrota e 21 pontos. Nas quartas de final, a equipe eliminou o Icasa com empate por 1 a 1 fora e vitória por 4 a 2 em casa.

Na semifinal, o acesso inédito foi consolidado ao superar o Crato, revertendo a derrota por 2 a 0 na ida com vitória pelo mesmo placar na volta, assim usando a vantagem de ter melhor campanha. Na final única no Presidente Vargas, em Fortaleza, o Caucaia derrotou por 3 a 0 o Pacajus.


Foto Pedro Chaves/FCF