Bangu Campeão da International Soccer League 1960

A International Soccer League foi uma competição de futebol realizada na cidade americana de Nova York. A competição tinha a autorização da FIFA, dada por Stanley Rous, então presidente da Associação Inglesa de Futebol, secretário-geral e vice-presidente da FIFA, e que entre 1961 e 1974, seria presidente da entidade. A Liga foi fundada em 1960 por William "Bill" Cox, um milionário norte-americano fã de esportes. A ideia dele era convidar todos os campeões nacionais das seleções que participaram da Copa do Mundo de 1958 de Seleções, mais Itália e Uruguai. Mas Cox esbarraria nos calendários dos campeonatos nacionais, que não batiam as datas. E no convite ainda se exigia que os clubes mandassem seus times titulares.
Depois de algumas recusas, participaram 12 times de 12 países diferentes, com a escolha baseada nas classificações nas temporadas 1958/59 e 1959/60. Por causa do Torneio Rio-SP, Fluminense (campeão carioca de 1959) e Palmeiras (campeão paulista), assim como o Santos (vice-campeão paulista), não puderam aceitar o convite. Já o Campeonato Carioca teve dois vice-campeões, Bangu e Botafogo. Como o Alvirrubro era o único que não disputaria o Torneio Rio-SP, foi o escolhido para representar o Brasil.
A ISL foi composta por duas chaves de seis times, e o Bangu ficou no grupo B. A equipe de Zózimo, Válter e Ademir da Guia passou a fase invicta. Estreou com 4 a 0 sobre a Sampdoria (Itália), fez 3 a 2 no Rapid Viena (Áustria), goleou por 5 a 1 o Sporting (Portugal), empatou por 0 a 0 com o IFK Norrköping (Suécia) e venceu por 2 a 0 o Estrela Vermelha (Iugoslávia). A última rodada foi um confronto direto, e o Alvirrubro avançou para a final com nove pontos.
Os líderes das chaves se enfrentaram na decisão, no Estádio Polo Grounds. O adversário do Bangu foi o Kilmarnock, da Escócia. Diante de mais de 25 mil torcedores, o Alvirrubro sagrou-se campeão com vitória por 2 a 0, ambos os gols marcados por Válter. Apesar de não ter participado da final, Ademir da Guia foi escolhido o MVP (melhor jogador) da competição. E devido a chancela da FIFA ao torneio, o Bangu até hoje reivindica para si o reconhecimento do título como mundial.


Foto Arquivo/Bangu

São Paulo Campeão Brasileiro Feminino Série A2 2019

A Série A2 do Brasileirão Feminino foi expandida mais uma vez para 2019. Agora, de 29 para 36 clubes. Novamente, os 27 vencedores dos estaduais confirmaram presença. Além deles, a CBF colocou os sete melhores do ranking masculino, na já conhecida tentativa de incentivar a modalidade entre os times mais tradicionais.

A investida foi bem-sucedida, pois três das quatro vagas de acesso ficaram com as equipes do ranking: São Paulo, Cruzeiro e Palmeiras. O Tricolor foi além, conseguindo o título. O outro acesso foi o do Grêmio, campeão gaúcho de 2018.

Na primeira fase, as equipes foram separadas em seis grupos, jogados em turno único. O São Paulo ficou na chave 6, e sua casa foi o Estádio Marcelo Portugal, no CT de Cotia. A estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, em casa. Este foi o único resultado apertado do Tricolor, que na sequência emendou: 6 a 0 na Chapecoense, fora; 6 a 0 no Duque de Caxias e 7 a 0 no Botafogo, em casa; e 6 a 1 no Vila Nova-ES, fora. Com 15 pontos e 100% de aproveitamento, a liderança do grupo trouxe junto o inevitável favoritismo ao acesso.

Líderes, vices e os quatro melhores terceiros colocados avançaram às oitavas de final. O Tricolor enfrentou o Botafogo-PB neste fase. Na ida, vitória por 2 a 0 em João Pessoa. Na volta, goleada por 4 a 0 em Cotia. Nas quartas, a disputa pelo acesso foi contra o Taubaté. A única derrota são-paulina foi na primeira partida, no interior paulista, por 1 a 0. Na segunda partida em casa, O São Paulo conquistou a vaga fazendo 3 a 0, gols de Bruna, Ary e Valéria.

A semifinal foi disputada contra o Palmeiras. A partir daqui, o Pacaembu passou a ser a casa do São Paulo. E na ida em casa, o time venceu por 1 a 0. A volta foi realizada no Estádio Nelo Bracalente, em Vinhedo. Lá, empate por 1 a 1 colocou o Tricolor na final.

A última disputa do Brasileirão Série A2 foi entre São Paulo e Cruzeiro. E mais uma vez, as são-paulinas fizeram a ida em casa. Sem dificuldades, elas aplicaram 4 a 0 sobre as cruzeirenses, com gols de Bruna e Yaya no primeiro tempo, e de Valéria e Cris no segundo.

Com a enorme vantagem, o São Paulo foi para a volta no Estádio das Alterosas, em Belo Horizonte. O Cruzeiro bem que tentou alguma coisa abrindo o placar na primeira etapa, mas Ottilia decretou o 1 a 1 na etapa final, dando o inédito título ao Tricolor Paulista.

A campanha do São Paulo:
13 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 42 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Minas Brasília Campeão Brasileiro Feminino Série A2 2018

A segunda edição da Série A2 do Brasileirão Feminino contou com um grande aumento no número de participantes. Com o fim da Copa do Brasil, era preciso usar os estaduais de alguma maneira, e a CBF encontrou a solução na competição.

Assim, os 16 times de 2017 tornaram-se 29 para 2018. Além das 27 vagas para quem venceu estadual (ou para quem ficou melhor posicionado, caso o campeão já estivesse na A1), duas foram destinadas às equipes rebaixadas - Grêmio e Vitória. Uma competição totalmente imprevisível estava formada.

Clube recreativo do Distrito Federal, o Minas Brasília Tênis Clube entrou na competição depois de vencer o estadual brasiliense. Em parceria com o Centro Universitário Icesp, o time disputou quatro fases para chegar ao título. Na primeira, um confronto preliminar contra o Canindé, do Sergipe, vencido com um fácil 10 a 0 no Estádio Abadião, em Ceilândia. Nesta fase, 26 equipes lutaram por 13 vagas.

Para a segunda fase, essas 13 se juntaram a outras três e foram divididas em dois grupos regionalizados de oito. O Minas ficou no grupo 1, do Centro-Sul. Na estreia, vitória em casa por 4 a 2 sobre o catarinense Napoli. O primeiro jogo fora foi em São Paulo, vitória por 4 a 2 sobre o Embu das Artes.

A única derrota do Minas foi na terceira rodada, em casa, por 2 a 0 para o Internacional. Nas quatro partidas restantes, quatro triunfos - e o que garantiu a classificação foi na penúltima rodada, no Abadião, por 4 a 2 sobre o Duque de Caxias. Com 18 pontos, seis vitórias e só uma derrota, o clube avançou na vice-liderança. Na semifinal, o Minas enfrentou o 3B da Amazônia. O acesso foi conquistado depois de o time vencer por 2 a 1 em casa e segurar empate por 1 a 1 em Manaus.

A grande final da Série A2 foi jogada contra o Vitória, e a partida de ida foi no Barradão, em Salvador. Sem se preocupar com o fator local e com mais qualidade, as brasilienses ficaram duas vezes na frente do placar, com gols de Bárbara e Victória, mas as baianas conseguiram o empate por 2 a 2.

A volta foi no Abadião, em Ceilândia, e outro empate levou a disputa aos pênaltis. Após o 0 a 0 no tempo normal, a goleira Kris brilhou ao defender a última cobrança do Vitória. Com 4 a 3 nas penalidades, o Minas conquistou o título.

A campanha do Minas Brasília:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Shodo Yassunaga/Brasília de Fato

Pinheirense Campeão Brasileiro Feminino Série A2 2017

Quatro anos após a criação do Campeonato Brasileiro Feminino, a CBF resolveu dar mais um passo na estrutura da categoria. Em 2017, a entidade implantou uma segunda divisão na competição. Antes, as equipes participantes do Brasileirão garantiam vagas por ranking feminino ou pelo campeonato masculino. Mas em 2016 a estrutura foi alterada, com a primeira divisão chamada de Série A1 e a segunda, de Série A2. A consequência da mudança foi o cancelamento da Copa do Brasil.

Foram 16 as equipes participantes da primeira edição da Série A2. Todas elas definidas pelo ranking feminino, desde que já não estivessem na Série A1. Uma mistura de 12 Estados na competição. As principais forças, Centro Olímpico, Caucaia-CE, Duque de Caxias, Viana-MA, Pinheirense-PA, Portuguesa e Tiradentes-PI. O campeão e os acessos saíram destes clubes, e o orgulho da primeira taça coube ao time do Norte.

Dois grupos de oito equipes compuseram a primeira fase, e o Pinheirense ficou no grupo 1. As Generais da Vila começaram com vitória fora de casa, por 2 a 1 sobre o Duque de Caxias. No primeiro jogo em Belém, 6 a 0 no Viana. A campanha foi tranquila, com resultados expressivos como os 4 a 0 sobre o Mixto em casa, os 4 a 0 sobre o Náutico em Recife, e os 6 a 0 sobre o JV Lideral também em casa.

O Pinheirense se classificou na liderança, com 17 pontos, cinco vitórias e dois empates. Na semifinal, o adversário foi o Caucaia. A ida foi disputada no Ceará, com vitória paraense por 2 a 1. Na volta na Curuzu, goleada por 6 a 0 garantiu o acesso da equipe.

A grande decisão foi contra a Portuguesa. No primeiro jogo no Canindé, em São Paulo, as paraenses conseguiram uma enorme vantagem, vencendo por 2 a 1. De virada, Francy e Irley marcaram os gols do Pinheirense. Mal sabiam as jogadores que eles também valeriam o título. O segundo jogo foi na Curuzu, em Belém.

Uma partida complicada, as paulistanas não venderam barato a final. As paraenses sofreram um gol no segundo tempo, e passaram durante mais de meia hora atuando com o regulamento a favor, já que o gol fora de casa era um dos critérios de desempate. No fim das contas, derrota por 1 a 0 serviu para o Pinheirense comemorar seu principal título na história.

A campanha do Pinheirense:
11 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 34 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Cezar Magalhães/AllSports

Ferroviária Campeã do Brasileiro Feminino 2019

A Série A1 do Brasileiro Feminino de 2019 contou com nova mudança no regulamento. Os grupos deixaram de existir, e as 16 participantes passaram a se enfrentar em chave única, em turno único. O calendário também foi esticado, enquanto a fase de mata-mata permaneceu igual. O ano do maior campeonato da história também foi marcado pelas parcerias.

A imposição da CBF, em que os times masculinos também devem possuir um feminino fez o Athletico-PR se unir ao Foz Cataratas, o Avaí ao Kindermann e o Santa Cruz ao Vitória das Tabocas. Na contramão, o Rio Preto (vice de 2018) encerrou as atividades e cedeu lugar ao Internacional (terceiro na Série A2).

E no ano em que a competição apareceu na TV aberta pela primeira vez, na Bandeirantes, surgiu um bicampeão: a Ferroviária. Mas a campanha das Guerreiras Grenás começou com derrota, de 1 a 0 para o Avaí Kindermann em Caçador. No primeiro jogo em Araraquara, empate por 2 a 2 com o Iranduba. A primeira vitória só veio na quarta rodada, por 2 a 1 sobre o Foz em casa. Durante a primeira metade da fase, a equipe teve só este triunfo.

Foi a partir do oitavo jogo, 1 a 0 na Ponte Preta em casa, que a Ferroviária embalou. Foram mais quatro vitórias depois desta segunda, terminando a fase com goleada por 7 a 0 sobre o Vitória das Tabocas na Fonte Luminosa. A Locomotiva se classificou em sétimo lugar, com 23 pontos, seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

Tudo zerado para o mata-mata, e nas quartas de final, o enfrentamento foi contra o Santos, e com emoção. Na ida em Araraquara, derrota por 2 a 1. Na volta em Santos, as Guerreiras devolveram o resultado e venceram por 3 a 1 nos pênaltis. Emoção igual foram as semifinais contra o Kindermann. As duas partidas acabaram em 1 a 1. Os pênaltis fora de casa mais uma vez levaram a equipe grená à frente, agora com vitória por 4 a 2.

A final contra o Corinthians não foi diferente. A ida foi na Fonte Luminosa, e a Ferroviária saiu na frente com gol da artilheira Millene logo no primeiro minuto. Mas o rival empatou em 1 a 1 e não permitiu uma vantagem.

A volta foi no Parque São Jorge, e o empate desta vez foi por 0 a 0. E pela terceira vez, as Guerreiras Grenás tiveram que fazer a história nas penalidades, novamente por 4 a 2. E a história se fez também no banco de reservas com Tatiele Silveira, que se tornou a primeira técnica campeã nacional.

A campanha da Ferroviária:
21 jogos | 7 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2018

O novo regulamento do Brasileiro Feminino Série A1 foi mantido para o ano de 2018. E pela primeira vez, as trocas de participantes de deram apenas por conta do rebaixamento: Grêmio e Vitória deram lugar para Pinheirense e Portuguesa. Paraenses e paulistas vieram da Série A2 e se uniram às demais 14 equipes.

As grandes forças permaneceram intactas. Santos, Flamengo, Rio Preto e Corinthians pintaram desde o início como os principais favoritos. E a taça ficou o Alvinegro da capital de São Paulo, que nesse momento daria um pontapé inicial de uma história de hegemonia que não parece ter prazo para acabar. No comando do time, Arthur Elias, o técnico que mudaria completamente a forma de se enxergar o futebol feminino no Brasil.

No grupo 1 da competição, o Timão estrearam com goleada por 4 a 1 contra o São Francisco-BA em casa. E a equipe jamais perdeu na primeira fase. Os primeiros pontos perdidos ocorreram na quinta rodada, no empate sem gols com o Kindermann em Santa Catarina. Antes disso, o Corinthians aplicou 8 a 0 no Pinheirense em São Paulo.

Até o fim da etapa, o Alvinegro conseguiu dez vitórias e quatro empates. Outros triunfos memoráveis foram os 5 a 3 sobre a Ferroviária em Araraquara na sétima rodada, e os 6 a 1 sobre o Pinheirense em Belém na 11ª rodada. Com 34 pontos, a equipe se classificou com sobras na liderança.

Nas quartas de final, o Corinthians enfrentou a Ponte Preta. A equipe avançou com duas vitórias, por 1 a 0 em Campinas e por 2 a 0 no Parque São Jorge. A semifinal foi contra o Flamengo, onde aconteceu a única derrota das alvinegras. Foi na ida no Rio de Janeiro, por 2 a 1. Na volta em São Paulo, o time alvinegro aplicou 4 a 2 e avançou rumo à decisão.

Na final, o Corinthians enfrentou a equipe do Rio Preto. A ida foi jogada no Anísio Haddad e as alvinegras venceram por 1 a 0, gol de Maglia. A volta foi no Parque São Jorge, e o primeiro título do clube foi confirmado com goleada por 4 a 0, gols de Millene, Yasmim, Marcela e Maglia.

A campanha do Corinthians:
20 jogos | 15 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 47 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Mauro Horita/CBF

Santos Campeão Brasileiro Feminino 2017

O ano de 2017 ficou marcado por mais uma mudança na estrutura do futebol feminino no Brasil. Pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro passaria a contar com um sistema de acesso e rebaixamento, proporcionado pela criação da Série A2. Assim, a primeira divisão mudou de nome para Série A1. O número de vagas também diminuiu, de 20 para 16.

E pela última vez, as equipes participantes seriam escolhidas. Os lugares foram distribuídos da seguinte maneira: atuais campeões da Copa do Brasil e do Brasileirão, os oito melhores do ranking feminino, e os seis melhores do torneio masculino que aceitassem a condição. Estes times foram entregues em duas chaves.

Clube com larga tradição na modalidade, com títulos de Taça Brasil, Copa do Brasil e Libertadores, o Santos foi um dos que entrou pelas seis vagas. E fez a história acontecer. No grupo 2, as Sereias da Vila estrearam com vitória em casa por 3 a 0 sobre o Foz Cataratas.

Após a derrota, na segunda rodada, por 1 a 0 para o Rio Preto fora, as alvinegras emendaram uma invencibilidade de 11 partidas, iniciada nos 3 a 0 sobre a Ponte Preta na Vila Belmiro, e terminando na penúltima rodada, no 1 a 0 sobre o Rio Preto, também em Santos. A classificação foi conquistada com antecedência, bem como a liderança, com 34 pontos, 11 vitórias, um empate e duas derrotas.

Nas quartas de final, contra o Audax, o Santos continuou a caminhada com vitória por 3 a 0 fora de casa e empate sem gols na Vila Belmiro. A semifinal foi contra a equipe amazonense do Iranduba. Na ida em Manaus, 2 a 1 para as Sereias. Na volta em Santos, um apertado 3 a 2 para o time alvinegro e a classificação para a final.

A decisão reuniu um clássico paulista entre Santos e Corinthians. Em campo, a maior tradição das santistas valeram a pena. O primeiro jogo foi na Vila Belmiro. E em 20 minutos, a vantagem já estava consolidada, com gols da argentina Sole Jaimes e de Patrícia. Mesmo com os 2 a 0 da ida, as Sereias da Vila não tiraram o pé, e no segundo jogo em Barueri venceram por 1 a 0, gol de Sole, e se tornaram a quinta equipe a ser campeã do Brasileirão Feminino.

A campanha do Santos:
20 jogos | 16 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Marcelo Pereira/AllSports

Flamengo Campeão Brasileiro Feminino 2016

A quarta edição do Brasileirão Feminino com o regulamento original foi em 2016. Foram 12 clubes escolhidos pelo ranking feminino, seis pelo campeonato masculino, além de Ferroviária (campeã da Copa do Brasil) e Rio Preto (campeão brasileiro). Entre estas seis equipes da outra modalidade, o Flamengo topou colocar em campo um time feminino pelo segundo ano consecutivo. E com mais experiência, conseguiu superar sua campanha e obter o título.

No grupo 4 da primeira fase, o Fla iniciou sua trajetória fazendo 3 a 1 no Vitória das Tabocas em casa. Na sequência, aplicou 3 a 0 time maranhense do Viana fora de casa. Por fim, as rubro-negras empataram em casa sem gols com o São Francisco-BA e venceram por 3 a 0 o Duque de Caxias como visitantes. No draft da segunda fase, o Flamengo escolheu as meio-campistas Maurine e Bia para integrar a equipe. 

A ótima campanha continuou a partir do empate sem gols com o São José no interior paulista. Depois, o Fla aplicou 3 a 1 no Iranduba, atuando no CFZ do Rio de Janeiro. A derrota por 2 a 0 para o Corinthians fora de casa não atrapalhou os planos da equipe, que atuou em parceria com a Marinha do Brasil. No returno, elas devolveram 3 a 2 no Corinthians em casa, fizeram 2 a 1 no Iranduba em Manaus, e encerraram com 2 a 0 sobre o São José no Rio.

Na semifinal contra a Ferroviária, o gol fora de casa ajudou o Flamengo. A ida em Araraquara foi 2 a 1 para as paulistas. Na volta no Rio de Janeiro, a vitória por 1 a 0 colocou as rubro-negras na final inédita - e difícil - contra as então campeãs do Rio Preto.

Na decisão entre as duas melhores equipes do campeonato, o gol fora de casa foi determinante mais uma vez, e com tons agônicos. O primeiro jogo entre Flamengo e Rio Preto foi em Los Larios, em Duque de Caxias. Apesar do mando de campo, o Fla acabou superado por 1 a 0.

A desvantagem teria que ser desfeita em São José do Rio Preto, no Anísio Haddad. O gol de Larissa aos 6 minutos de partida ajudou na tarefa, mas as rivais empataram aos 8. No fim do primeiro tempo, Gabrielly fez 2 a 1 para as rubro-negras e virou o confronto. O placar não se alterou mais até o fim, e assim o Flamengo comemorou seu primeiro título nacional feminino.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Robson Fernandjes/AllSports

Rio Preto Campeão Brasileiro Feminino 2015

A CBF impôs os mesmos critérios de 2014 na definição dos clubes participantes do Brasileiro Feminino de 2015: os 8 melhores colocados no ranking, os 10 melhores do Brasileiro Masculino e os campeões nacionais femininos da temporada anterior. Como estas duas últimas foram ocupadas pela Ferroviária, o vice Kindermann herdou uma delas.

A ideia de distribuir vagas pela competição masculina não vingou menos ainda que antes, pois só três clubes (Flamengo, Santos e América-MG) aceitaram a condição. As outras sete também foram via ranking, e uma delas acabou ocupada pelo Rio Preto, time estreante e com três vices no estadual paulista até então.

O Verdão ficou no grupo 1 do Brasileirão, que repetiu o regulamento das edições passadas. Nos dois primeiros jogos, em São José do Rio Preto, vitória por 3 a 0 sobre o Iranduba e derrota por 1 a 0 para o Santos. No restante da fase, goleada por 5 a 1 sobre o Pinheirense em Belém e vitória por 1 a 0 sobre a Ferroviária em Araraquara. Com nove pontos, o time alviverde avançou na segunda posição.

Na segunda fase, a CBF promoveu um draft, emprestando as atletas da Seleção Permanente para as oito classificadas. O Rio Preto ficou com duas jogadoras: a goleira Luciana e a atacante Darlene. No grupo 2, o Verdão começou goleando o Flamengo por 5 a 0 no Anísio Haddad. Na sequência, dois empates: 2 a 2 com o Tiradentes no Piauí e 1 a 1 com o América em Minas Gerais.

No returno, vitória e derrota em casa: 1 a 0 sobre o América-MG e 1 a 0 para o Tiradentes. Valendo a vaga na semifinal, o Rio Preto venceu o Flamengo por 1 a 0 no Rio de Janeiro. A equipe se garantiu na vice-liderança, com 11 pontos. Na semi contra o Centro Olímpico, empates por 1 a 1, tanto em Rio Preto quanto em Osasco. Nos pênaltis, o Verdão venceu por 4 a 2 e se classificou para a final.

A disputa pelo título inédito foi entre Rio Preto e São José. A ida foi no Anísio Haddad, e o alviverde fez valer o mando ao vencer por 1 a 0, gol da zagueira Ana. A volta foi Martins Pereira, em São José dos Campos. Com a vantagem, o Rio Preto largou na frente com gol de Jéssica no primeiro tempo. O rival até empatou mas não passou disto, e o resultado de 1 a 1 confirmou a conquista histórica às jogadoras alviverdes e ao clube do interior paulista.

A campanha do Rio Preto:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Robson Fernandjes/AllSports