Sampaio Corrêa Campeão Maranhense 2020

Com 171.480 casos e 3.714 mortes por Covid-19 até 26 de setembro, o Maranhão conheceu seu campeão estadual. O Sampaio Corrêa reconquistou o título maranhense depois de três anos longe da taça. O campeonato foi curto, mas pareceu ter sido longo devido a parada de quase seis meses devido a pandemia.

A primeira fase teve só sete rodadas, com o Sampaio encerrando na vice-liderança, fazendo cinco vitórias e perdendo apenas uma partida. Assim, o time conseguiu vaga direta na semifinal, ao lado do líder Moto Club, enquanto os classificados do terceiro ao sexto lugar jogavam as quartas de final. Chegada a semi, a Bolívia Querida enfrentou o Juventude Samas, vencendo na ida por 4 a 0 fora de casa e empatando a volta por 1 a 1 em casa.

Na final, o clássico com o Moto, com os dois jogos sendo no Castelão de São Luís. A primeira partida acabou sem gols. Na segunda, o Sampaio levou o título com vitória por 2 a 0, gols de Boaventura e Robson.

A campanha do Sampaio Corrêa:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 6 gols sofridos
 

Foto Lucas Almeida/Sampaio Corrêa

Chapecoense Campeã Catarinense 2020

Com 197.064 casos e 2.515 mortes por Covid-19 até 13 de setembro, Santa Catarina conheceu seu campeão estadual. De quase rebaixada a campeã, esse foi o roteiro da Chapecoense, que levantou sua sétima taça catarinense.

A equipe vinha de um complicado momento no Brasileirão de 2019, no qual terminou na zona de rebaixamento, e entrou no Catarinão 2020 na busca de mais um recomeço. A primeira fase foi caótica para o clube. Em nove jogos, foram só duas vitórias e quase todas as rodadas dentro da degola.

Foi só na última partida que a Chape conseguiu sair, ao vencer o Atlético Tubarão 3 a 1. Passou do nono para o oitavo lugar e chegou ao mata-mata, e foi aí que o time começou a crescer. Nas quartas de final, eliminou o líder Avaí com vitória por 2 a 0 e empate por 1 a 1. Na semifinal, passou pelo Criciúma após vencer por 1 a 0, perder pelo mesmo placar, e fazer 4 a 2 nos pênaltis.

Na final, contra o Brusque, o título da Chapecoense veio com mais duas vitórias: por 2 a 0 na Arena Condá e por 1 a 0 no Augusto Bauer.

A campanha da Chapecoense:
15 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Filus/FCF

Galvez Campeão Acreano 2020

Com 26.148 casos e 637 mortes por Covid-19 até 12 de setembro, o Acre conheceu seu campeão estadual. Pela primeira vez em nove anos de história, o Galvez chegou lá. Com uma campanha irrepreensível, o Imperador foi campeão ganhando os dois turnos do Acreano e não precisou da final. 

Na primeira metade, o clube passou no grupo B com três vitórias e 100% de aproveitamento. Na semifinal, eliminou o Plácido de Castro com 4 a 3 pênaltis depois de empatar por 1 a 1, e na final, goleou o Atlético-AC por 4 a 0.

A segunda metade foi jogada após uma paralisação de cinco meses. Enfrentando os times do grupo A, o Galvez voltou a ser líder, com duas vitórias e três derrotas em cinco partidas. Na semifinal, foi a vez de bater o Náuas, por 2 a 1. Na decisão, contra o Rio Branco do ex-detento e goleiro Bruno, o clube da Polícia Militar venceu por 2 a 0, tornando-se campeão inédito.

A campanha do Galvez:
12 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 37 gols marcados | 11 gols sofridos
   

Foto Antônio Neuriclaudio

ABC Campeão Potiguar 2020

Com 63.810 casos e 2.294 mortes por Covid-19 até 9 de setembro, o Rio Grande do Norte conheceu seu campeão estadual. Maior campeão estadual do Brasil e maior campeão de um só campeonato no mundo, o ABC somou mais uma taça do Potiguar, chegando agora a 56.

A conquista foi de maneira invicta. No primeiro turno, o Mais Querido terminou como líder, com seis vitórias em sete partida. Na final, empatou com o América por 2 a 2 e conquistou a vaga na final. A campanha continuou arrasadora no segundo tempo, mesmo depois da paralisação do torneio. Foram mais sete vitórias e 100% de aproveitamento.

A final foi novamente no clássico contra o América, no Frasqueirão. O ABC saiu perdendo no primeiro tempo, o que forçaria a outros dois jogos para decidir o título. Mas no segundo tempo, o alvinegro conseguiu o empate por 1 a 1 e confirmou a conquista sem precisar da decisão geral.

A campanha do ABC:
16 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 52 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Gabriel Leite

Liverpool Campeão Mundial 2019

A última edição do Mundial de Clubes, em 2019, contou com uma nova mudança de sede, seguindo o padrão de duas edições por país. A escolha para o biênio até 2020 foi pelo Catar, em uma forma de utilização do torneio como evento teste para a disputa da Copa do Mundo de 2022. Mas os dias da competição já estão contados, pois a partir de 2021 a FIFA promete colocar em jogo um novo formato de Mundial, com 24 clubes e de quatro em quatro anos, tal qual o desejo antigo dos dirigentes dos anos 50.

Por enquanto, tudo continua na simplicidade. Pela quarta vez na história, o Liverpool conquistou uma vaga no Mundial. Foi através do sexto título na Liga dos Campeões, batendo na decisão o Tottenham. Os Reds nunca deram sorte no torneio, acumulando três vices e nenhum gol marcado. Porém, a sorte estava prestes a mudar, e junto com um acerto de contas com o passado. Seu grande adversário foi o Flamengo, bicampeão da Libertadores depois de 38 anos com uma virada de filme sobre o River Plate.

Buscando atrapalhar a revanche, os outros participantes foram: Monterrey, campeão da Concacaf; Al-Hilal, vencedor asiático; Espérance, ganhador africano; Hienghène Sport, campeão da Oceania; e Al-Sadd, vencedor da Stars League, o campeonato do Catar.

O Mundial começou com o time da casa enfrentando o amador Hienghène, que veio da Nova Caledônia. E o Al-Sadd venceu por 3 a 1, na prorrogação. Na sequência, o anfitrião foi derrotado por 3 a 2 para o Monterrey, nas quartas de final. Na outra chace, um duelo árabe entre Al-Hilal e Espérance, vencido pelo time da Ásia por 1 a 0. Chegada a semifinal, primeiro houve a estreia do Flamengo, que venceu de virada o Al-Hilal por 3 a 1.

O Liverpool começou sua luta no dia 18 de dezembro, no Khalifa Internacional, em Doha. Contra o Monterrey, uma difícil vitória por 2 a 1, conseguida só nos acréscimos, com gols de Naby Keita e Roberto Firmino. Na disputa do quinto lugar, o Espérance aplicou 6 a 2 no Al-Sadd. Já no confronto da terceira posição, o Monterrey empatou por 2 a 2 com o Al-Hilal e venceu por 4 a 3 nos pênaltis.

Liverpool e Flamengo se reencontraram no Khalifa no dia 21 para outra final. As duas equipes, novamente no topo de seus continentes, tanto em título quanto no futebol praticado. Mas desta vez não teve baile. Ao contrário, a partida foi chances múltiplas, a maior parte dos ingleses. Só que o gol não quis sair nos 90 minutos. Foi na prorrogação que veio o sonhado gol que pagou as contas com a história. Aos nove minutos do primeiro tempo, Roberto Firmino recebeu passe de Sadio Mané, deixou Rodrigo Caio e Diego Alves no chão e tocou rasteiro para o gol. Vitória por 1 a 0 e o primeiro título, enfim, para o Liverpool.


Foto David Ramos/FIFA/Getty Images

Paysandu Campeão Paraense 2020

Com 207.638 casos e 6.249 mortes por Covid-19 até 6 de setembro, o Pará conheceu seu campeão estadual. O Paysandu recuperou a hegemonia no seu Estado depois de três anos e venceu seu 48º título paraense.

Em um regulamento estranho na primeira fase, onde os dez times enfrentaram metade dos adversários duas vezes mesmo sem haver divisão de grupos, o Papão teve uma campanha impecável, com oito vitórias em dez partidas, marcado 25 pontos e ficando na liderança, com dois a menos que o Remo. 

Nesse meio tempo, o campeonato ficou quase cinco meses paralisado em razão da pandemia. Na semifinal, o Paysandu encarou o Paragominas, perdendo na ida por 3 a 2, mas vencendo na volta por 2 a 0.

A final contou com o clássico Re-Pa, em duas partidas no Mangueirão. Na primeira, o Papão venceu o Remo por 2 a 1, virando com os dois gols marcados nos últimos cinco minutos. Na segunda, o Paysandu tornou a vencer, por 1 a 0. 

A campanha do Paysandu:
14 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 32 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Jorge Luiz/Rede Cultura

Real Madrid Campeão Mundial 2018

O ano muda, os vencedores não. O Mundial de Clubes passa por 2018 com o mais amplo domínio do Real Madrid, que voltou à competição pela décima vez ao conquistar sua 13ª Liga dos Campeões, batendo o Liverpool na final. Mas entre o título europeu e o início do torneio da FIFA, o clube perdeu dois nomes importantíssimos para a sua história: o técnico Zinedine Zidane e o atacante Cristiano Ronaldo. Para o lugar do francês entrou o argentino Santiago Solari. Já para a vaga do português, ninguém.

O representante sul-americano custou a ser definido. Uma semana antes do Mundial, o River Plate levou o tetra da Libertadores sobre o rival Boca Juniors, em final jogada em Madrid, pois a partida de volta original em Nuñez foi cancelada por falta de segurança. Extenuado, o River foi mais um a sucumbir antes da decisão mundialista, para o Al-Ain, campeão dos Emirados Árabes. Os times restantes na disputa foram: Chivas Guadalajara, vencedor na Concacaf; Espérance, ganhador na África; Kashima Antlers, campeão na Ásia; e Team Wellington, vencedor na Oceania.

Al-Ain e Team Wellington abriram o Mundial com um emocionante 3 a 3, que levou a equipe da casa a ter que vencer por 4 a 3 nos pênaltis. Nas quartas de final, em seu próprio estádio (o Hazza bin Zayed), o Al-Ain derrubou o Espérance com 3 a 0. Na partida entre Kashima e Chivas, 3 a 2 para os japoneses.

O apronte do anfitrião contra o River Plate veio na semifinal. Empate por 2 a 2 no tempo normal, e vitória por 5 a 4 nos pênaltis. Em 19 de dezembro e no Zayed Sports City, o Real Madrid reencontrou o Kashima após dois anos. Desta vez foi mais fácil: hat-trick de Gareth Bale e 3 a 1 em 90 minutos para os merengues. Na disputa do quinto lugar, o Espérance bateu o Chivas também nos pênaltis, por 6 a 5 depois de empate por 1 a 1. Na partida pelo terceiro, o River goleou o Kashima por 4 a 0.

Em 22 de dezembro, Abu Dhabi recebeu a decisão entre Real Madrid e Al-Ain. Apesar da festa do torcedor local, era sabido que a missão de bater os espanhóis era quase impossível. Logo aos 13 minutos de partida, o croata Luka Modric abriu o placar para o Real. Aos 15 do segundo tempo, Marcos Llorente ampliou o marcador. Aos 34, o capitão Sergio Ramos fez o terceiro. O Al-Ain achou seu gol aos 41 minutos, com o japonês Tsukasa Shiotani. Mas a goleada viria mesmo assim, e com participação de brasileiro. Aos 46 minutos, Vinícius Júnior chutou próximo ao lado esquerdo da pequena área, mas a bola desviou no egípcio Yahia Nader, que marcou contra.

Com 4 a 1 no placar final, o Real Madrid chegou ao que nenhum outro clube conseguiu no Mundial, ser tri seguido. O título também valeu como hepta, o que aumentou ainda mais sua própria hegemonia no ranking de times. Além disso, a conquista serviu para acirrar outra lista: a de países campeões. Foi a 11ª taça da Espanha, só uma menos que o Brasil.


Foto Andrew Boyers/Reuters

Real Madrid Campeão Mundial 2017

Na eterna discussão se os torneios intercontinentais entre 1960 e 2004 possuíam validade ou não, a FIFA enfim cedeu na queda de braço e fez a correção histórica em outubro de 2017: a Copa Intercontinental era Mundial também, independente de quem organizou.

Os Emirados Árabes voltaram a receber a disputa do Mundial de Clubes naquele ano. No processo, o país concorreu com Brasil e Japão, que tentava emendar quatro edições seguidas. Mas a FIFA optou pelo retorno ao território onde se jogou em 2009 e 2010. O lugar pouco importava para o Real Madrid, que levou seu 12º título da Liga dos Campeões, em decisão contra a Juventus, e conseguiu sua nona participação no Mundial.

Ao lado dele, o Grêmio quebrava com 22 anos de ausência ao conquistar a terceira presença mundialista, através do tri da Libertadores em cima do Lanús. As outras vagas foram assim distribuídas: pela Ásia, o Urawa Red Diamonds; pela Concacaf, o Pachuca; pela África, o Wydad Casablanca; pela Oceania, o Auckland City; e pelo país-sede, o Al-Jazira.

A partida de abertura do Mundial foi entre Al-Jazira e Auckland City, com vitória do time local por 1 a 0. Nas quartas de final, o Pachuca eliminou o Wydad também com 1 a 0 no placar. E o Al-Jazira derrubou o Urawa, novamente pelo placar mínimo. A onda de 1 a 0 continuou na semifinal, quando o Grêmio passou pelo Pachuca, na prorrogação.

A estreia do Real Madrid foi no dia 13 de dezembro, contra o Al-Jazira. No Zayed Sports City, em Abu Dhabi, o time merengue sofreu, e levou um susto quando Romarinho abriu o placar ao adversário. No segundo tempo, Cristiano Ronaldo e Gareth Bale viraram para 2 a 1 e colocaram o Real em mais uma final. Nas disputas de quinto e terceiro lugar, o Urawa fez 3 a 2 no Wydad e o Pachuca fez 4 a 1 no Al-Jazira.

Abu Dhabi recebeu a final do Mundial no dia 16 de dezembro. Enquanto o Real Madrid chegava com 11 jogadores de seleção entre os titulares, o Grêmio vinha embalado por ótimas atuações e o título sul-americano duas semanas antes. Mas o time espanhol teve o domínio completo em todos os 90 minutos. Em uma partida de ataque contra defesa, os brasileiros quase não tiveram oportunidades, enquanto os madridistas falhavam contra a dupla de zaga Pedro Geromel e Walter Kannemann.

Tanta insistência só foi dar resultado no segundo tempo, e foi na bola parada. Aos oito minutos, o Real conseguiu uma falta perto da área gremista. E Cristiano Ronaldo usou de sua especialidade para abrir o placar, chutando a bola em meio à barreira que abriu. Houve mais chances para ampliar o resultado, mas o 1 a 0 bastou para que o Real Madrid chegasse ao hexa mundial.


Foto Arquivo/Getty Images