Atlético-GO Campeão Goiano 2020

Com 393.862 casos 8.480 mortes por Covid-19 até 27 de fevereiro, Goiás conheceu seu campeão estadual. Pelo segundo ano seguido, e pela 15ª vez na história, o Atlético-GO conquistou o título máximo de seu Estado. Foi um campeonato longo, de 14 meses de disputa e nove de paralisação (de março a janeiro) por causa da pandemia.

Na primeira fase, os 12 participantes foram divididos em dois grupos e atuaram em dois turnos, embora a tabela de classificação fosse unificada. O Dragão ficou no grupo A, e das 12 partidas que fez venceu oito, liderando a etapa com 26 pontos.

A fase final foi programada para ser executada em jogos de ida e volta, mas a longa parada a transformou em disputas de jogo único, na casa de quem possuía melhor campanha. Nas quartas de final, no Antônio Accioly, o Atlético goleou o Anápolis por 5 a 1. Na semifinal, foi a vez de receber a Aparecidense (que eliminou o Goiás) e vencer por 3 a 1.

A final foi contra o Goianésia, também em casa. Mas o Dragão não venceu nos 90 minutos, ficando apenas no empate por 1 a 1. O alívio veio nos pênaltis, ao vencer por 5 a 3.

A campanha do Atlético-GO:
15 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Heber Gomes/Atlético-GO

Flamengo Campeão Brasileiro 2020

Com 10.324.463 casos e 249.957 mortes por Covid-19 até 25 de fevereiro, o Brasil conheceu seu mais novo campeão nacional. Pela oitava vez, o Flamengo chega ao título brasileiro, e desta vez foi com doses cavalares de emoção, na última rodada. O campeonato começou com três meses de atraso. Era para ter sido iniciado em maio, mas somente em agosto a bola rolou.

Mas o Fla demorou a engrenar. Sob o comando do espanhol Domènec Torrent, o time perdeu os dois primeiros jogos: por 1 a 0 para o Atlético-MG em casa, por 3 a 0 para o Atlético-GO. Só venceu a primeira na terceira rodada, ao fazer 1 a 0 no Coritiba no Couto Pereira. A equipe oscilou muito no começo do turno, voltando a ganhar na sexta rodada, também fora de casa, por 1 a 0 sobre o Santos. 

Entre vitórias e derrotas, o Rubro-negro terminou a metade do Brasileirão em terceiro lugar, empatado em 35 pontos com o Internacional e distante quatro do São Paulo, líder retroativo devido aos diversos jogos remarcados durante todo o calendário. Duas partidas são inesquecíveis para a equipe neste momento: a goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians fora de casa, na 17ª rodada, e os 4 a 1 sofridos para o São Paulo na 19ª jornada.

No primeiro jogo do returno, a goleada por 4 a 0 que o Atlético-MG impôs ao Flamengo acarretou na demissão de Torrent. No seu lugar chegou Rogério Ceni. O time seguiu alternando bons e maus jogos, mas jamais deixou de ficar distante da liderança, pois São Paulo e Atlético-MG perderam várias chances de dispararem na frente.

O Internacional foi o principal adversário na parte decisiva do campeonato, assumindo a o primeiro lugar na 31ª rodada. Mas o Mengo continuou perto, vencendo jogos importantes. Na penúltima rodada, uma vitória colorada poderia resolver o título, mas o Flamengo foi valente no Maracanã e venceu por 2 a 1, de virada, chegando pela primeira vez na ponta.

Na última partida, o Flamengo só precisava vencer o São Paulo no Morumbi para comemorar o octa, mas acabou derrotado por 2 a 1. Com isso, o Internacional não poderia ganhar do Corinthians no Beira-Rio. E assim foi: o clube gaúcho não passou do 0 a 0, e com 71 pontos contra 70, o Rubro-negro chegou a mais uma conquista brasileira.

A campanha do Flamengo:
38 jogos | 21 vitórias | 8 empates | 9 derrotas | 68 gols marcados | 48 gols sofridos


Foto Alexandre Vidal/Flamengo

Brasiliense Campeão da Copa Verde 2020

A Copa Verde de 2020 não aconteceu em 2020. Exatamente isso que você leu. A pandemia de Covid-19 atrasou tanto os preparativos da competição que ela acabou postergada para o início de 2021, durante 34 dias entre janeiro e fevereiro.

O regulamento foi semelhante ao da temporada anterior, com pequenas mudanças para encaixar no calendário curto, como a primeira fase e oitavas de final ocorrendo em mão única. As 24 equipes participantes mantiveram-se. E o campeão foi um velho conhecido, mas que anda longe das principais divisões nacionais: o Brasiliense, do Distrito Federal.

Vice estadual, o Jacaré precisou começar pela fase preliminar. Jogando em casa contra o Vitória-ES, goleou por 4 a 0 e mostrou logo de cara que chegava para assustar. Nas oitavas de final, venceu o Luverdense por 2 a 1 no Mato Grosso. As quartas foram disputadas contra o Atlético-GO, e o Brasiliense venceu as duas partidas, por 2 a 1 em Goiânia e por 3 a 1 em Taguatinga.

Na semifinal, outro goiano: o Vila Nova. Desta vez os candangos tiveram mais dificuldades. Na ida, vitória por 2 a 0 em pleno OBA. Na volta, o time foi surpreendido na Boca do Jacaré e perdeu por 3 a 1. Nos pênaltis, vitória por 5 a 3 e vaga na final conquista.

A final foi contra o Remo, e o primeiro jogo foi marcado para o Mané Garrincha, em Brasília. De virada, o Brasiliense venceu por 2 a 1. Os gols foram marcados por Sandy e Aldo, este segundo faltando dez minutos para o fim.

A segunda partida aconteceu no Mangueirão, em Belém. O Jacaré tentou segurar a vantagem, saiu atrás no placar e empatou no começo do segundo tempo com Zé Love, mas os paraenses venceram também por 2 a 1. Outra vez nos pênaltis, o Brasiliense alcançou a glória ao vencer por 5 a 4. O título coloca um fim em algumas sinas do clube, como a de perder todas as finais que disputou desde 2018, e a de não vencer algo fora do Distrito Federal desde a Série B de 2004.

A campanha do Brasiliense:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Fernando Torres/CBF

Argentina Campeã da Copa América 1993

A Copa América tomou a forma como conhecemos atualmente a partir da edição de 1993, sediada no Equador. O formato do torneio passou a ser de 12 equipes divididas em três grupos, avançando às quartas de final os líderes, vices e as duas melhores terceiras colocadas. Deste ponto em diante, mata-mata até a decisão. Mas como se faz um campeonato com 12 times se o Conmebol só tem dez filiados? A solução encontrada foi apelar para os convites. A primeira dupla chamada para compor a competição veio da América do Norte: Estados Unidos e México. O primeiro não fez muita coisa, caindo logo na fase inicial. Já o segundo fez bonito, foi até à final e quase surpreendeu. Mas o título ficou mais uma vez com a Argentina, apesar da campanha fraca.
No grupo B, a Albiceleste estreou com vitória simples sobre a Bolívia, apenas por 1 a 0. Na segunda rodada, empate por 1 a 1 com o México, saindo atrás no placar e empatando com o capitão Oscar Ruggeri. Na rodada final, outro empate por 1 a 1, desta vez contra a Colômbia. Ao todo a Argentina marcou quatro pontos na primeira fase, bem como o time colombiano. Mas os hermanos ficaram na vice-liderança, porque fizeram um gol a menos que o adversário. Com dois pontinhos, os mexicanos pegaram uma das terceiras vagas. Nas quartas, os argentinos fizeram o clássico contra o Brasil, e outro empate por 1 a 1 entrou na vida dos jogadores. Na disputa por pênaltis, vitória por 6 a 5. Na semifinal, a Colômbia foi novamente adversária. E qual foi o resultado? Empate, agora por 0 a 0. Em outro duelo nas penalidades máximas, 6 a 5 a favor e classificação à final.
E o México voltou a cruzar o caminho da Argentina. Antes da decisão, os mexicanos derrubaram o Peru e o Equador. A partida foi jogada no Monumental de Guayaqyuil, que foi a casa argentina durante toda a trajetória na Copa América. O público não empolgou, ocupando só 40 mil dos quase 90 mil lugares do estádio. O jogo seguiu a tendência do restante do torneio, com pouca emoção. Os gols saíram no segundo tempo. Aos 18 minutos, Gabriel Batistuta abriu o placar à Albiceleste. Aos 22, os mexicanos empataram com Benjamín Galindo. E aos 29, Batistuta fez 2 a 1. Com este placar e apenas duas vitórias em seis partidas, foi confirmada a 14ª e última conquista da Argentina. Desde então o país não ergueu mais taças com a seleção principal, amargando 28 anos de tabu.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFA

Argentina Campeã da Copa América 1991

Chegam os anos 1990, e a Copa América volta a desembarcar no Chile. A competição continental de 1991 continuou com o regulamento adotado dois anos antes, com as dez seleções divididas em dois grupos e quatro classificadas avançando para o quadrangular final. Foi um momento de reconstrução para várias seleções, principalmente Brasil e Argentina, que ainda assimilavam seus fracassos na Copa Mundo da temporada anterior. E o título ficou nas mãos dos hermanos, que acabaram com 32 anos de fila.
No grupo A do torneio, o time argentino precisou se virar sem Diego Maradona, que enfrentava um duro processo de doping por uso de cocaína. As lideranças em campo foram assumidas por Oscar Ruggeri, o novo capitão, e Gabriel Batistuta, o novo artilheiro. A estreia argentina foi contra a Venezuela, vencendo por 3 a 0. Depois, derrotou o Chile por 1 a 0. Na terceira partida, goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai. A classificação foi obtida na última rodada, ao bater o Peru por 3 a 2. Vencendo os quatro jogos, a Argentina liderou sua chave com oito pontos, dois a mais que os donos da casa. Do outro lado, Colômbia e Brasil superaram um empate tríplice de cinco pontos com o Uruguai para também avançarem ao quadrangular decisivo.
Na fase final, a Albiceleste fez sua primeira partida contra o Brasil, vencendo de maneira emocionante por 3 a 2. Na rodada seguinte, empate sem gols com o Chile, que deixou tudo aberto para a última jornada, com chances ainda para o anfitrião - que havia empatado por 1 a 1 com a Colômbia - e para os brasileiros - que fizeram 2 a 0 sobre os colombianos.
A rodada decisiva começou com o Brasil ganhando do Chile por 2 a 0, o que lhe deixou com quatro pontos. Com três e dois gols a menos de saldo, a Argentina precisava derrotar a Colômbia. Jogando no Nacional de Santiago, Diego Simeone e Batistuta trataram de tranquilizar as coisas marcando gols aos 11 e aos 19 minutos do primeiro tempo. Com o título encaminhado, a Argentina até permitiu a equipe colombiana fazer 2 a 1 no segundo tempo, mas o resultado não alterou os cinco pontos finais do time argentino, pela 13ª vez campeão da Copa América. E com seis gols, "El Batigol" foi o goleador do campeonato.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Brasil Campeão da Copa América 1989

Agora de dois em dois anos, a Copa América segue seu itinerário e desembarca no Brasil para 1989. Junto surgiram outras mudanças: como uma mudança mais radical no regulamento, que dobrou o número de jogos de 13 para 26. A partir desta edição, os dez participantes ficaram divididos em dois grupos de cinco, com líderes e vices avançando para o quadrangular final. Assim, o campeão perderia seu benefício de entrar direto na semifinal. Apesar do aumento nas partidas, a duração da competição foi reduzida para 15 dias.
Dono da casa após 40 anos, o Brasil convivia com uma sina que duraria ainda mais tempo, o de nunca ter vencido uma Copa América sem ser como país-sede. Portanto, estas mesmas quatro décadas somavam um longo jejum de títulos no continente. O caminho para o tetra começou em Salvador, que sediou o grupo A junto com Recife. Na Fonte Nova, o time fez 3 a 1 na Venezuela. Mas após a estreia vieram os problemas: dois empates sem gols contra Peru e Colômbia. A relação com a torcida baiana ficou ruim, e a seleção fez a última partida no Arruda. Com o apoio dos pernambucanos, o Brasil fez 2 a 0 no Paraguai e se classificou na vice-liderança, empatado em seis pontos com os próprios paraguaios, que tiveram melhor saldo de gols. Do grupo B, sediado totalmente em Goiânia, no Serra Dourada, Argentina e Uruguai garantiram as outras vagas.
O quadrangular final foi jogado totalmente no Rio de Janeiro. A estreia do Brasil foi contra a Argentina, e mais de 100 mil pessoas foram ao Maracanã para vez a vitória por 2 a 0 e o lindo gol de voleio marcado por Bebeto, o que abriu o placar. Na segunda rodada, 3 a 0 sobre o Paraguai, que eliminou o adversário e manteve a Canarinho na briga pelo título. Nos demais jogos, o Uruguai fez exatamente os mesmos resultados sobre os rivais.
Empatados em tudo, Brasil e Uruguai decidiram a Copa América de 1989 no mesmo 16 de julho que definiu a Copa de 1950. E os velhos fantasmas retornaram para assombrar a cabeça dos mais de 148 mil torcedores no Maracanã. Mas a história seria reescrita aos quatro minutos do segundo tempo, quando Romário testou o cruzamento de Mazinho e fez 1 a 0. O placar manteve-se até o fim, e o Brasil acabou com a fila em seu próprio território. Faltava ainda ser campeão fora do país.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto César Loureiro/Agência O Globo

Uruguai Campeão da Copa América 1987

A Copa América desembarca em 1987 com muitas novidades. Algumas ditariam os anos seguintes da competição, como a introdução do rodízio de sedes. A Conmebol determinou que, a partir daquele ano e pelas nove edições subsequentes, todos os federados seriam anfitriões uma vez, começando pela Argentina e seguindo a ordem: Brasil, Chile, Equador, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Peru e Venezuela. Outra mudança anunciada foi a redução da periodicidade para de dois em dois anos, o que garantia até 2005 (inicialmente) a realização do torneio. E para que tudo desse certo, foi preciso mexer no regulamento. Para o começo, foram cortados o returno da fase de grupos e as voltas da semifinal e da final. Com tudo pela metade e um país-sede definido, a Copa América passaria a ser executada em 16 dias, ao invés de ficar diluída durante todo o ano.
Desse jeito, o caminho para o Uruguai ser campeão mais uma vez ficou muito fácil, pois a equipe já tinha uma vaga direta na semifinal. Na fase de grupos, a Celeste assistiu as classificações de Argentina, Chile e Colômbia. No grupo A, a dona da casa empatou com o Peru e venceu o Equador. No grupo B, os chilenos bateram e Venezuela e golearam o Brasil com um histórico 4 a 0. E no grupo C, os colombianos derrotaram Bolívia e Paraguai. Com os quatro semifinalistas definidos, ficou determinado que o Uruguai enfrentaria a Argentina. Uma tarefa ingrata contra o anfitrião e então campeão mundial, que eliminara os próprios uruguaios durante a campanha. Mas dessa vez o time charrua venceu, por 1 a 0, gol de Antonio Alzamendi.
Na final, o Uruguai encarou o Chile, que passou pela Colômbia. Com os argentinos fora, o público não empolgou muito no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Só 35 mil torcedores foram ao estádio, a maioria de uruguaios que atravessaram o Rio da Prata. A facilidade geográfica ajudou muito, apesar da violência que as duas equipes praticaram em campo. Foram dois expulsos para cada lado. Entre os charruas, foram ao chuveiro mais cedo dois dos jogadores mais importantes do time: o craque Enzo Francescoli e o capitão José Perdomo. Mesmo com as ausências mais importantes, o Uruguai chegou no gol do título aos 11 minutos do segundo tempo, através de Pablo Bengoechea. O placar de 1 a 0 consumou o 13º título de Copa América para a Celeste.

A campanha do Uruguai:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 2 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Palmas Campeão Tocantinense 2020

Com 107.163 casos e 1.455 mortes por Covid-19 até 14 de fevereiro, o Tocantins conheceu seu campeão estadual. Pela oitava vez na história e pela terceira seguida, o Palmas chegou ao título de um campeonato que ficou longo por muitas circunstâncias.

Primeiro, pela pandemia do coronavírus, que paralisou tudo em março de 2020 e fez a retomada acontecer apenas em janeiro de 2021. Segundo, pelo acidente aéreo ocorrido em 24 de janeiro com parte do grupo tricolor, e que levou embora as vidas do presidente Lucas Meira, dos atletas Lucas Praxedes, Guilherme Noé, Ranule e Marcus Molinari, além do piloto Wagner Machado.

Em campo, o Palmas liderou a primeira fase com seis vitórias em sete partidas, marcando 19 pontos. Na semifinal, eliminou o Araguacema em dois jogos, vencendo por 1 a 0 a ida fora e empatando sem gols a volta em casa.

Na final, contra o Tocantinópolis, tornou-se campeão invicto ao empatar a primeira partida por 3 a 3 e vencer a segunda por 1 a 0.

A campanha do Palmas:
11 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Divulgação/Palmas

Uruguai Campeão da Copa América 1983

O formato em partidas de ida e volta e sem sede fixa na Copa América foi executado pela última vez na edição de 1983. E após dois torneios sem a presença do principal trio de seleções na final, era a hora de voltar a mostrar força. Uruguai e Brasil foram os bichos-papões da vez, enquanto a Argentina voltou a ter dificuldades, apesar de não ter perdido para os brasileiros na primeira fase. E o título ficou nas mãos do time charrua, que disputava palmo a palmo o posto de maior vencedor com os argentinos.
No grupo A do torneio, o time começou sua campanha logo com dois jogos em casa. No Centenario, venceu o Chile por 2 a 1 e a Venezuela por 3 a 0. Nas partidas fora de casa, foi muito mal contra os chilenos, perdendo por 2 a 0 em Santiago, e venceu os venezuelanos por 2 a 1 em Caracas. Com seis pontos marcados e todos os jogos realizados, o Uruguai precisava secar o Chile, que vinha com quatro, saldo de gols maior e uma partida por fazer contra a Venezuela. A torcida contra funcionou, pois o time andino não passou do empate contra a os vinotintos. Classificada, a Celeste fez uma dura semifinal contra o Peru. Na ida no Nacional de Lima, vitória suada por 1 a 0, gol de Carlos Aguilera. Na volta em Montevidéu, a equipe peruana abriu o placar no primeiro tempo, e o Uruguai só buscou o empate na segunda etapa, aos quatro minutos, quando Wilmar Cabrera fez 1 a 1 e deu a vaga de sua seleção na decisão. Do outro lado, o Brasil ficou à frente da Argentina na fase de grupos e eliminou o Paraguai na semifinal, após empatar duas vezes e vencer o sorteio de desempate.
Era a quarta final entre brasileiros e uruguaios na história. Nas três anteriores, duas vitórias charruas na Copa do Mundo de 1950 e no Mundialito de 1980. A favor dos tupiniquins, só o triunfo no distante Sul-Americano de 1919, além da semifinal no Mundial de 1970. O prognóstico favorável ao Uruguai acabou confirmado no gramado do Centenario no primeiro jogo. Diante de 65 mil compatriotas, Enzo Francescoli e Víctor Diogo fizeram os gols do 2 a 0 que abriu boa vantagem para a volta. A segunda partida aconteceu em Salvador, na Fonte Nova. O Brasil abriu o placar na etapa inicial, mas o Uruguai ainda precisaria sofrer outro gol para se preocupar. Mas isto não ocorreu. Ao contrário, a Celeste empatou aos 32 minutos do segundo tempo, com Aguilera. No fim, o 1 a 1 confirmou o 12º título uruguaio na Copa América - sendo o primeiro no novo formato - e terminou com 16 anos anos de fila.

A campanha do Uruguai:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Bayern de Munique Campeão Mundial 2020

O ano de 2020 foi maluco para todas as pessoas, em todos os setores. Para o futebol não foi diferente. Entre março e junho, tudo parou devido à pandemia de Covid-19. O calendário futebolístico ficou apertado, e a solução vista foi estender a final de competições: as do meio do ano para o fim, e as do fim para o começo de 2021. Foi o que aconteceu com o Mundial de Clubes.

Era preciso cumprir o contrato de duas edições mundialistas no Catar. Realizado inteiramente em fevereiro, o torneio reviveu uma situação que havia ocorrido pela última vez em 1980 e 1981. Esta não foi a única implicação que o atraso causou: o novo Mundial planejado pela FIFA, quadrienal e com 24 clubes, foi adiado por tempo indeterminado.

Longe do Mundial há sete anos, o Bayern de Munique voltou a ter sucesso fora da Alemanha, vencendo a  Liga dos Campeões da Europa em cima do PSG. Com seu atacante Robert Lewandowski tornando-se o melhor jogador do planeta, o clube bávaro encontrou um oponente que veio do país mais comum desde o novo formato da competição, mas que jamais havia chegado em decisões: o Tigres UANL, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf sobre os estadunidenses do Los Angeles. Os demais times foram: Palmeiras, campeão da Libertadores; Al-Ahly, vencedor africano; Ulsan Hyundai, ganhador pela Ásia; e Al-Duhail, campeão do Catar.

O único participante definido sem título foi o Auckland City, que era o time de melhor campanha no momento em que a Liga dos Campeões da Oceania foi encerrada. Mas o clube abriu mão da vaga para não correr o risco de trazer a Covid-19 de volta à Nova Zelândia, que praticamente erradicou a doença. Sua partida contra o Al-Duhail foi considerada W.O., ou seja, 3 a 0 para os donos da casa.

As quartas de final seguiram com o Tigres derrotando o Ulsan por 2 a 1. E o anfitrião levou 1 a 0 do Al-Ahly. Na semifinal, a expectativa do Palmeiras foi por água abaixo ao perder por 1 a 0 para os mexicanos. Do outro lado, o Bayern derrotou a equipe do Egito por 2 a 0. Valendo o quinto lugar, o Al-Duahil bateu o Ulsan por 3 a 1. E na disputa pela terceira posição, a equipe palmeirense decepcionou novamente, empatando sem gols com os egípcios e perdendo por 3 a 2 nos pênaltis.

Bayern e Tigres se enfrentaram no dia 11 de fevereiro de 2021, no Education City, em Doha. O público foi reduzido, respeitando o distanciamento social imposto pela pandemia. O time alemão foi superior na maior parte do tempo em campo. O gol do título saiu aos 14 minutos do segundo tempo, quando Benjamin Pavard aproveitou sobra de bola deixada em dividida de Lewandowski com o goleiro Nahuel Guzmán pelo alto. Ainda foi preciso a confirmação do VAR para o 1 a 0, mas nada que atrapalhasse a jornada rumo ao tetra.


Foto David Ramos/Getty Images

Paraguai Campeão da Copa América 1979

A América do Sul voltou a se reunir na Copa América em 1979, e o momento do futebol no continente era de renovação. A Argentina chegava com o recente título mundial e ali revelaria Maradona para os torcedores. O Brasil também passava por reformulações, com a geração que jogou com Pelé saindo de vez do time e dando lugar para as lideranças de Zico e Sócrates, num prenúncio do que todos veriam três anos depois. Mas a conquista passaria longe das principais forças, mais uma vez. Era a hora do Paraguai voltar a comemorar.
O futebol paraguaio teve um 1979 inesquecível, com o Olimpia levando tanto a Libertadores quanto o Mundial. A força se refletiu na Copa América, que outra vez não contou com sede fixa. A Albirroja ficou no grupo C da competição, junto com Uruguai e Equador. A jornada começou de maneira perfeita, com duas vitórias sobre os equatorianos, por 2 a 1 em Quito e por 2 a 0 em Assunção. A disputa pela classificação foi exclusivamente contra os uruguaios. No primeiro jogo, no Defensores del Chaco, empate sem gols. A segunda partida foi no Centenario, em Montevidéu, e o Paraguai arrancou outro empate, por 2 a 2, gols de Eugenio Morel. Como o Uruguai havia perdido um jogo para o Equador, a vaga paraguaia na semifinal veio com seis pontos contra quatro. Assunção parou para o confronto contra o Brasil, e a pressão deu certo: vitória por 2 a 1 na ida. A volta aconteceu no Maracanã, e o time albirrojo ficou duas vezes sob o risco de ter que fazer uma partida extra. Mas Milcíades Morel e Julio César Romerito fizeram os gols do empate por 2 a 2, que colocou os Guaranís na final.
Outra vez a Copa América teve uma decisão com tons mais alternativos, agora entre Paraguai e Chile. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, e gols dois gols de Romerito e outro de Milcíades Morel a Albirroja venceu por 3 a 0. A segunda partida foi no Nacional de Santiago, e o time chileno fez o placar de 1 a 0 contra os paraguaios, o que forçou o desempate em campo neutro, já que o regulamento só previa o saldo de gols como critério após o terceiro jogo. Desse modo, a disputa final foi realizada no José Amalfitani, em Buenos Aires. Os gols não viajaram com as seleções, e o 0 a 0 imperou no placar durante os 90 minutos normais e os 30 da prorrogação. O empate era favorável ao Paraguai, que após 300 voltas no relógio pôde fazer sua festa do bicampeonato. A segunda Copa América da equipe chegou 26 anos depois da primeira.

A campanha do Paraguai:
9 jogos | 4 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color

Peru Campeão da Copa América 1975

Antes, leia o texto sobre a primeira era da Copa América.

Depois de oito anos sem um campeonato de seleções, a Conmebol voltou com o cinquentão Campeonato Sul-Americano todo reformulado. Agora chamado de Copa América, o torneio passou a ser organizado de um modo completamente diferente do que já foi visto, até mesmo do que vinha fazendo a Copa do Mundo. Antes, as seleções sul-americanas se enfrentavam em grupo único, com o líder tornando-se campeão ou com uma final em caso de empate de pontos entre líder e vice.
A partir de 1975, o regulamento da competição mudou: nove seleções divididas em três grupos e jogando em dois turnos, com os líderes avançando à semifinal, junto com o campeão vigente. Não haveria mais país-sede e os jogos seriam em ida e volta, integrando os dez países confederados. O objetivo era atingir um padrão próximo ao da Eurocopa, que na época reunia suas seleções em uma enorme eliminatória, com os quatro semifinalistas reunindo-se em um lugar em comum entre eles para a fase final.
E o primeiro campeão da nova Copa América foi um país que estava na metade da sua melhor década, com uma geração que já havia feito bonito na Copa de 1970 e faria ainda mais em 1978: o Peru. A Blanquirroja ficou localizada no grupo B, enfrentando Chile e Bolívia, e sua estreia foi em Santiago, empatando por 1 a 1 com os chilenos. Em Oruro, foi a vez de derrotar por 1 a 0 os bolivianos. No returno, em Lima, fez 3 a 1 tanto na Bolívia quanto no Chile, garantindo a classificação com sete pontos. Na semifinal, o adversário foi o Brasil. A partida mais lembrada na história peruana certamente é a ida desta fase, em Belo Horizonte: vitória por 3 a 1, gols marcados Enrique Casaretto e Teófilo Cubillas. Apesar da vantagem, o Peru levou 2 a 0 na volta em casa. Sem disputa de pênaltis, um sorteio foi feito pelo árbitro para definir o classificado, e a moedinha deu sorte aos peruanos.
A decisão foi disputada contra a Colômbia, que passou pelo Uruguai, o longínquo campeão de 1967. A primeira partida aconteceu no El Campín, em Bogotá, e o Peru saiu derrotado por 1 a 0. O segundo jogo foi no Nacional de Lima, e o time peruano reverteu fazendo 2 a 0, gols de Juan Oblitas e Oswaldo Ramírez. A final não tinha o perigo se ser encerrada no cara ou coroa, e uma partida extra foi programa para o Olímpico UCV, em Caracas, na Venezuela. E o Peru voltou a vencer, por 1 a 0. Hugo Sotil foi o autor do gol do bicampeonato, o último título da história blanquirroja.

A campanha do Peru:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 14 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/FPF

Especial Copa América - O primeiro meio século de disputa

Foto Vladimir Rodas/AFP/Getty Images

A Copa América é o segundo campeonato de seleções mais antigo ainda em atividade, perdendo em longevidade apenas para o Torneio Olímpico, e o terceiro em ordem de criação, com o extinto Campeonato Britânico entrando no topo na lista.

Os primeiros passos dessa história começam em 1910, quando a Argentina organizou a Copa Centenário da Revolução de Maio, que contou com as presenças de Uruguai e Chile e foi vencida pela dona da casa. O sucesso da competição foi grande, o que levou ao Uruguai fundar, seis anos depois e junto com Argentina, Chile e Brasil, a Confederação Sul-Americana de Futebol, conhecida pelo acrônimo Conmebol.

Foi no mesmo 1916 que houve a primeira edição do Campeonato Sul-Americano, sediado na Argentina e vencido pelo Uruguai. O começo foi com periodicidade anual, sendo assim até 1929. Nesse meio tempo, apenas as edições de 1918 e 1928 foram canceladas, uma devido à pandemia de Gripe Espanhola, e a outra para privilegiar o foco na preparação para o Torneio Olímpico. A disputa de 1930 também foi postergada para dar preferência à organização da Copa do Mundo. Ademais, as competições 1923 e 1927 serviram como qualificação para as Olimpíadas.

A partir daí o Sul-Americano passou por muitos problemas, sobretudo por causa das divergências que Uruguai e Argentina passaram a ter após a final do primeiro Mundial e o início da transição do amadorismo ao profissionalismo. A volta ocorreu em 1935, para qualificar ao Torneio Olímpico de 1936. Então, o campeonato passou a ser bienal, seguindo assim até 1941. Em 1942, com o cancelamento da Copa do Mundo, a Conmebol resolveu organizar uma edição consecutiva de sua competição. Assim, a disputa de 1943 não foi feita, voltando somente em 1945. Deste ponto em diante, a sequência ficaria ainda mais quebrada e mambembe. Em 1946, outro Mundial foi cancelado, o que levou às disputas de três edições seguidas até 1947.

Após o torneio de 1949, o Sul-Americano amargou quatro anos de hiato, até 1953. As Copas do Mundo deste período foram todas puladas, e três disputas sul-americanas seriam realizadas entre 1955 e 1957. O ápice chegaria em 1959, quando duas competições foram feitas, uma oficial em março, na Argentina, e outra extra em dezembro, para comemorar a inauguração do estádio de Guayaquil, no Equador. Após a dupla jornada, a periodicidade passaria a ser quadrienal, com campeonatos em 1963 e 1967, os últimos de uma era confusa.

Nesses 51 anos de linha do tempo, a Argentina conquistou 12 títulos, contra 11 do Uruguai, três do Brasil e um cada de Bolívia, Paraguai e Peru. Todas as taças brasileiras foram obtidas quando a seleção jogou em casa. E o cenário só começaria a mudar para os brasucas quando a Conmebol reorganizou seu Campeonato Sul-Americano, mudando o nome para Copa América e fixando de vez um calendário sério, a cada quatro anos a partir de 1975.

Mirassol Campeão Brasileiro Série D 2020

A Série D do Brasileirão de 2020 passou por uma nova mudança de regulamento que deixou a competição ainda mais atrativa. Ao invés dos 17 grupos com quatro equipes, os 68 participantes passaram a ser divididos da seguinte forma: oito disputaram uma fase preliminar, avançando quatro para juntar-se a outras 60, que foram separadas em oito chaves de oito clubes cada. Com mais calendário, a imprevisibilidade foi maior, mas o final mostrou mais uma vez um bom planejamento e estrutura nunca podem ser superados.

Vindo do interior de São Paulo e com apenas um título estadual de Série A3 e outro de Série B, o Mirassol, entrou na Série D pelo grupo 7, mas o início não foi legal. Comandado por Eduardo Baptista sua estreia foi com empate em casa, por 1 a 1 diante do Bangu, e na segunda rodada perdeu por 3 a 1 fora de casa para a Cabofriense.

A primeira vitória aconteceu na terceira partida, e compensou os tropeços: 6 a 0 sobre o Toledo no José Maria de Campos Maia. A campanha melhorou, e o Leão da Alta Araraquarense foi acumulando vitórias algumas goleadas, como os 8 a 0 sobre o Nacional-PR e os 5 a 2 sobre o FC Cascavel, e casa, e os 4 a 0 sobre o Toledo fora. A equipe encerrou a fase na vice-liderança com 26 pontos.

Na segunda fase, o Mira eliminou o Caxias nos pênaltis por 3 a 0, após perder por 1 a 0 fora e vencer pelo mesmo placar em casa. Nas oitavas de final, passou pelo Brasiliense ao golear por 5 a 2 em São Paulo e perder por 2 a 1 no Distrito Federal. Nas quartas, conseguiu o acesso ao derrubar a Aparecidense, fazendo 2 a 1 no seu estádio e 3 a 2 em Goiás. Na semifinal, eliminou o Altos com duas vitórias, por 4 a 0 na ida no interior paulista e por 1 a 0 na volta no Piauí.

A decisão foi contra o Floresta, que bateu na semi o Novorizontino. O primeiro jogo aconteceria no Castelão, em Fortaleza, mas um incêndio no estádio transferiu a disputa para o Vovozão, campo da base do Ceará. A mudança de última hora não afetou o Mirassol, que derrotou o adversário por 1 a 0.

A segunda partida foi no José Maria de Campos Maia, e o Leão voltou a fazer 1 a 0, gol de João Carlos. O resultado enfim colocava um ponto final na edição pandêmica Série D, que proporcionou mais um título para o sempre tradicional futebol do interior paulista.

A campanha do Mirassol:
24 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Célio Messias/CBF

Londrina Campeão da Primeira Liga 2017

A segunda e última edição da Primeira Liga aconteceu em 2017, com muito mais problemas que a anterior. O número de equipes aumentou para 16, mas saídas importantes marcaram a competição. Atlético-PR e Coritiba desistiram da liga e foram substituídos por Londrina e Paraná. Junto com os dois, Chapecoense, Joinville, Brasil de Pelotas e Ceará entraram como membros novos. Mas o torneio (e a liga) já estava fadado ao fracasso, devido à péssima relação interna entre os dirigentes. Embora a confusão, a Primeira Liga é um capítulo marcante na história do Londrina, que superou todos os grandes e ficou com um título invicto, equivalente aos seus quatro estaduais e à sua Série B do Brasileirão.
O Tubarão ficou no grupo D, junto com o co-irmão paranaense e a dupla de Florianópolis. E venceu os três jogos: 1 a 0 sobre o Figueirense no Orlando Scarpelli, 1 a 0 sobre o Avaí na Ressacada, e 2 a 1 sobre o Paraná no Estádio do Café. Com os nove pontos, o time ficou na liderança. Para o mata-mata, um sorteio definiu os confrontos, e o Londrina ficou de enfrentar o Fluminense nas quartas de final. Como tudo seria realizado em partidas únicas, o clube teve o direito de mandar em casa contra quase todos os classificados, já que obteve a segunda melhor campanha da fase de grupos. E venceu os cariocas por 2 a 0. Na semifinal, eliminou o Cruzeiro de maneira agônica, empatando por 2 a 2 aos 51 minutos do segundo tempo e vencendo por 3 a 1 nos pênaltis.
A decisão foi contra o Atlético-MG, que havia passado pelo Internacional e pelo Paraná. O Estádio do Café lotou, mas os gols não apareceram de jeito nenhum nos 90 minutos. A disputa foi outra vez para os pênaltis, e o Londrina voltou a triunfar, desta vez por 4 a 2.

A campanha do Londrina:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Gustavo Oliveira/Londrina

Fluminense Campeão da Primeira Liga 2016

Após 14 anos de hiato, o Sul e Minas Gerais voltaram a ter uma competição regional, ainda que de modo torto. Foi no momento em que diversos clubes criaram a Primeira Liga, uma organização disposta a tomar os rumos do futebol nacional e a organizar um novo tipo de competição nacional, seguindo o padrão inglês da Premier League. A ideia ganhou força quando Flamengo e Fluminense se juntaram à ela, e no primeiro momento a pauta foi a criação de um torneio nos moldes da antiga Copa Sul-Minas. Mas a liga nasceu cheia de problemas e divergências, tanto internas quanto com a CBF, que a princípio havia aprovado o novo campeonato, depois vetou, e no fim deu sinal verde na condição de amistosa.
A participação na primeira edição ficou fixada em 12 times, todos os que aderiram à liga. Eles ficaram divididos em três grupos em turno único, com os líderes e o melhor vice avançando à semifinal. Apesar do caráter de tiro curto, as datas da Primeira Liga eram muito espaçadas, então ficava difícil prever algum favoritismo. Foi o Fluminense, sorteado no grupo A, quem soube aproveitar melhor a competição. Apesar disso, iniciou perdendo por 1 a 0 para o Atlético-PR, jogando em Volta Redonda. A recuperação veio no jogo seguinte, ao vencer o por 4 a 3 o Cruzeiro no Mineirão. Na última rodada, em Juiz de Fora, derrotou por 2 a 0 o Criciúma. Com seis pontos, o Tricolor liderou a chave, superando os paranaenses com um gol a mais de saldo (2 a 1). Na semifinal, o Flu passou pelo Internacional. Jogando em Brasília, as equipes empataram por 2 a 2, e nos pênaltis os cariocas venceram por 3 a 2.
A final foi um reencontro com o Atlético-PR, que passou pelo Flamengo uma fase antes. A partida aconteceu no Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. Foi complicada, mas o Fluminense conseguiu a vitória e o título inédito aos 35 minutos do segundo tempo, com Marcos Júnior fazendo 1 a 0 no placar.

A campanha do Fluminense:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 9 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mailson Santana/Fluminense