Argentinos Juniors Campeão da Libertadores 1985

Ao longo dos anos, a Libertadores apresentou muitas surpresas. A maioria não chegou ao título, e poucas tiveram o privilégio de serem campeãs. E sem dúvidas, uma delas foi o Argentinos Juniors, clube de Buenos Aires, do bairro de La Paternal, que não teve medo dos gigantes na edição de 1985.

Nesta época, o Bicho Colorado aproveitava-se do dinheiro da venda de uma joia do futebol, Diego Maradona, para formar uma das melhores equipes de sua história, comandada pelo técnico José Yudica. Campeão argentino pela primeira vez em 1984, o time estreou em copas internacionais. Na primeira fase, contra o conterrâneo Ferro Carril e os brasileiros Fluminense e Vasco, a classificação veio com boas doses de emoção.

A disputa foi especialmente com o Ferro, ponto a ponto, gol a gol. No fim, os dois clubes somaram nove pontos e quatro gols de saldo. Mas os colorados marcaram nove vezes, contra sete do adversário. Entre as quatro vitórias obtidas na chave, o destaque fica para as duas em solo brasileiro, por 2 a 1 sobre o Vasco e por 1 a 0 sobre o Fluminense, ambas no Maracanã.

Na semifinal, o Argentinos enfrentou o Independiente e o boliviano Blooming. Na estreia, empate por 2 a 2 em casa com os então campeões. Na sequência, contra o time da Bolívia, 1 a 1 fora e vitória por 2 a 0 em Buenos Aires. Na última partida, o time colorado conseguiu a classificação fazendo 2 a 1 no Independiente, em Avellaneda. Foram oito pontos conquistados contra seis do rival.

A final foi contra o América de Cali, que começaria sua triste trilogia de vices após eliminar o Peñarol e o equatoriano El Nacional. O jogo de ida foi no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e acabou com vitória por 1 a 0 dos Argentinos, gol de Emilio Commisso. A volta aconteceu em Cali, no Pascual Guerrero, e o América devolveu o 1 a 0, forçando a partida extra.

No Defensores del Chaco, em Assunção, Commisso voltou a marcar, mas os colombianos fizeram 1 a 1 e levaram o confronto aos pênaltis. Nas cobranças, Enrique Vidallé brilhou ao defender a última do América, e Mario Videla foi responsável por fazer 5 a 4 e dar o maior título da história do Argentinos Juniors.

A campanha do Argentinos Juniors:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Barra Campeão Catarinense Série B 2021

A segunda divisão do futebol catarinense trouxe uma boa novidade para a elite de 2022. O Barra, clube da cidade de Balneário Camboriú venceu a competição pela primeira vez em 2021 e vai estrear na série principal no ano que vem.

O campeonato foi longo, com dez clubes se enfrentando em dois turnos na primeira fase, totalizando 18 rodadas. Os dois melhores já conquistavam o acesso, além da vaga na final. E o Pescador deu poucas chances aos adversários. Não perdeu nenhuma partida, venceu 12 e empatou seis para conseguir a classificação. Com 42 pontos, o time ficou em segundo lugar, quatro distantes do Camboriú, equipe do município vizinho que também subirá de divisão.

Para os desavisados, os dois clubes podem parecer que são da mesma cidade, mas Camboriú e Balneário Camboriú são localidades distintas. A segunda emancipou-se da primeira nos anos 1960, e desde então uma rivalidade entre vizinhos tomou forma.

A decisão do Catarinense Série B emulou um pouco esse clima. Sem possuir estádio em Balneário, o Barra mandou a ida no Hercílio Luz, em Itajaí. Lá, o empate por 1 a 1 não deixou ninguém em vantagem. A volta foi no Robertão, em Camboriú, e os visitantes levaram o título ao vencerem por 2 a 1.

A campanha do Barra:
20 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 0 derrotas | 31 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Lucas Gabriel Cardoso/Barra

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2021

Cada vez mais os clubes de camisa tradicional estão olhando para o futebol feminino. O Brasileirão Série A1 de 2021 refletiu bem essa nova direção. Equipes de cidades pequenas e médias e torcidas mais locais perderam bastante espaço para aquelas de massa.

Das oito classificadas ao mata-mata desta edição - composta por 16 clubes, seis estão presentes também na elite masculina. O título ficou nas mãos do Corinthians, que fez uma campanha brilhante mais uma vez pelas mãos de Arthur Elias, foi à quinta decisão consecutiva e levou o tricampeonato.

A estreia do Timão foi com vitória por 3 a 0 sobre o Napoli catarinense, no que já ditou o tom que seriam as outras partidas. Na sequência, o time colecionou diversos triunfos. Alguns mais simples, outros mais numerosos, como as goleadas por 4 a 0 fora sobre o Internacional, na quarta rodada, os 8 a 2 fora sobre o São José-SP, no sétimo jogo, os 5 a 2 em casa sobre o Real Brasília, na nona partida, e os 5 a 0 em casa sobre o Minas Brasília, na 14ª jornada.

O Corinthians ainda teve dois empates e uma derrota, por 2 a 1 fora para o Santos, na quinta rodada. Ao final das 15 rodadas, o Alvinegro ficou na liderança, com 38 pontos. São Paulo, Santos, Ferroviária, Inter, Grêmio e Avaí Kindermann foram as demais equipes que avançaram.

Nas quartas de final, o Timão enfrentou o Avaí Kindermann, goleando nos dois jogos: 4 a 1 na Ressacada e 6 a 0 no Parque São Jorge. Na semifinal, foi a vez de enfrentar a Ferroviária. Na ida em Araraquara, 3 a 1 para o Corinthians. A volta aconteceu em Barueri, e outro 3 a 1 carimbou o passaporte alvinegro rumo à final.

A decisão do Brasileirão Feminino desenhou um dos maiores clássicos do futebol nacional, o Derby Paulista entre Corinthians e Palmeiras. As palmeirenses chegaram lá ao eliminarem Grêmio e Internacional nos mata-matas. A primeira partida foi jogada no Allianz Parque, a casa palmeirense, e terminando com o resultado de 1 a 0 a favor das corinthianas, gol marcado por Gabi Portilho.

A segunda disputa foi realizada na Neo Química Arena, o palco alvinegro. O tri do Timão veio com tranquilidade. Um gol contra de Augustina e dois de Adriana e Victória estabeleceram a vantagem ainda no primeiro tempo. O Palmeiras descontou insuficientemente para 3 a 1 na segunda etapa.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 18 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 64 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Alexandre Battibulgi/FPF

Trem Campeão Amapaense 2021

O Amapá foi o 24º Estado brasileiro a definir seu campeão em 2021. O Trem, clube fundado no bairro de mesmo nome em Macapá, levou o sexto título de sua história, acabando com uma fila de dez anos sem conquistas. Sete equipes participaram do Amapazão, disputado em grupo e turno únicos na primeira fase, com os quatro melhores avançando à semifinal.

Mas a Locomotiva começou muito mal a competição, levando 5 a 0 do Independente na estreia. Foi a única derrota do time em todo o certame. A recuperação veio a partir da quarta rodada. Depois de uma folga e um empate por 1 a 1 com o São Paulo-AP, o Trem venceu o Ypiranga-AP por 2 a 0, deixando a lanterna rumo à zona de classificação.

Nas demais três partidas, 1 a 1 com o Santos-AP, 4 a 2 no Macapá e 3 a 0 no Santana. Com 11 pontos, o clube fechou a primeira fase em terceiro lugar. Na semifinal, o rubro-negro eliminou o São Paulo com empate por 0 a 0 na ida e vitória por 3 a 1 na volta. 

A final foi contra o Santos, com empates por 0 a 0 e por 2 a 2 levarando o título a ser definido nos pênaltis. E o Trem se deu melhor, venceu por 5 a 3 e recuperou a hegemonia estadual. Todas as partidas da competição foram realizadas no Estádio Zerão, em Macapá.

Semifinal depois da final

Antes de ser derrotado para o Trem na final, o Santos precisou bater dois adversários na semifinal. Primeiro o Independente, depois o Ypiranga, em mais uma confusa disputa no tribunal. O que aconteceu foi que o Independente jogou a primeira semi sob efeito suspensivo, pois o time havia perdido nove pontos no TJD-AP.

Mas o STJD derrubou a liminar e confirmou a punição, alçando o Ypiranga ao seu lugar e anulando a primeira semifinal. A questão é que a FAF já havia feito a final, porém sem homologar seu resultado. O Santos refez a semi contra o Ypiranga e voltou a se classificar, mas a FAF resolveu homologar a primeira decisão. No fim das contas, uma das semifinais foi jogadas depois da final.

A campanha do Trem:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Rosivaldo Nascimento

Independiente Campeão da Libertadores 1984

Nunca a Argentina estava há tanto tempo sem vencer a Libertadores. Desde o título de 1978 do Boca Juniors até 1983, o país pegou somente um vice, em 1979. Mas um clube voltaria de seu descanso para dar a última demonstração de força na maior competição sul-americana. Nove anos depois de obter o inalcançável tetra consecutivo, o Independiente conquistou mais uma taça, a sétima e derradeira.

Campeão metropolitano, o Rojo entrou no grupo 1 da primeira fase, enfrentando Estudiantes e os paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño. Depois da estreia com empate por 1 a 1 contra os compatriotas em La Plata, o time foi ao Paraguai e voltou com uma vitória e uma derrota: 1 a 0 sobre o Luqueño e 1 a 0 para o Olimpia.

No returno, as vitórias em casa (2 a 0 no Luqueño, 4 a 1 no Estudiantes e 3 a 2 no Olimpia) deixaram o Independiente quase classificado, com nove pontos. Mas o decano paraguaio chegava para seu último jogo com sete. E eles venceriam o Estudiantes por 1 a 0 na Argentina, igualando a pontuação roja.

Mas para o alívio de meia Avellaneda, faltou saldo aos paraguaios, 6 a 3. Classificação garantida, o Independiente foi à segunda fase contra Nacional do Uruguai e Universidad Católica. A campanha na semi foi mais tranquila, com a equipe arrancando dois empates fora de casa (1 a 1 no Uruguai e 0 a 0 no Chile) e vencendo suas partidas na Doble Visera (2 a 0 na Católica e 1 a 0 no Nacional), o clube argentino garantiu sua sétima final na história. Uruguaios e chilenos até desistiram de fazer o último jogo, transformado em mero amistoso na chave.

Na decisão, o Independiente enfrentou o Grêmio, que bateu Flamengo e ULA Mérida na fase anterior. Em duas partidas duríssimas, o Rojo se fez valer da sua mística para impedir o segundo título brasileiro. A ida foi disputada em Porto Alegre, no Estádio Olímpico, e os argentinos conseguiram a vantagem mínima, vencendo por 1 a 0. O gol, que seria o da conquista, foi marcado por Jorge Burruchaga.

A volta foi na Doble Visera, em Avellaneda, e o Independiente segurou o 0 a 0 que valeu o hepta. Uma façanha jamais igualada, um momento que nunca mais seria repetido pelo Rey de Copas argentino.

A campanha do Independiente:
12 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Grêmio Campeão da Libertadores 1983

O futebol brasileiro formou ótimos times na década de 80. O Flamengo venceu a Libertadores de 1981 e ficou próximo de repetir em 1982. Só que perdeu na fase semifinal para o Peñarol. Neste mesmo ano o Grêmio fez sua estreia, mas caiu na fase de grupos, também para os uruguaios. O vice no Brasileirão da mesma temporada colocou o clube gaúcho novamente na competição sul-americana, em 1983.

O Tricolor ficou no grupo 2, junto com o próprio Flamengo, além dos bolivianos Bolívar e Blooming. A estreia foi com empate em 1 a 1 com o Flamengo, no Olímpico. Nos cinco jogos seguintes, o time emendou vitórias: na Bolívia, 2 a 0 sobre o Blooming e 2 a 1 sobre o Bolívar. Em Porto Alegre, outro 2 a 0 sobre o Blooming 3 a 1 sobre o Bolívar. Já classificada, a equipe encerrou a fase com ótimos 3 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã. Com 11 pontos, o Grêmio teve a melhor campanha entre os 20 clubes da primeira fase.

Na fase semifinal, o Tricolor enfrentou o Estudiantes e o América de Cali, começando com vitória sobre os argentinos por 2 a 1, em casa. Na Colômbia, derrota por 1 a 0 para o América. Na volta contra os colombianos em Porto Alegre, 2 a 1 a favor.

O Grêmio encerrou a segunda fase na emblemática Batalha de La Plata, onde os gaúchos enfrentaram um Estudiantes hostil e violento, cedendo de propósito o empate por 3 a 3 em troca de tranquilidade na volta para casa. Esse resultado deixou o Tricolor na dependência de um tropeço argentino contra o América. E a partida na Colômbia terminou sem gols, colocando o Grêmio na sua primeira final de Libertadores.

A decisão foi no reencontro com o Peñarol, que defendia a taça depois de eliminar o rival Nacional e o venezuelano Atlético San Cristóbal. Apesar da maior tradição uruguaia, o Grêmio não se deixou levar por novos temores. No Centenario, em Montevidéu, o Imortal conseguiu um bom empate por 1 a 1, com seu gol marcado pelo meia Tita.

A volta foi no Olímpico, em Porto Alegre. Caio e César fizeram os gols da vitória que deu a primeira Libertadores aos gremistas. Entre os dois lances o Peñarol fez o seu gol e tentou atrapalhar os planos, mas o 2 a 1 encerrou ali a questão.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Lemyr Martins/Placar

Peñarol Campeão da Libertadores 1982

Depois de uma década gloriosa e outra perdida, o Peñarol ansiava por tempos melhores. Tricampeão da Libertadores nos anos 60, o clube viu na década de 70 o Nacional se aproximar na supremacia local com um bicampeonato. A situação iria voltar à normalidade pelos lados carboneros em 1982.

Sem o rival para atrapalhar, o Peñarol ficou no grupo 2 da primeira fase, junto do Defensor, do São Paulo e do Grêmio. Não foi problema nenhum para a experiente equipe eliminar os adversários, que juntos ainda não somavam a metade da tradição aurinegra na competição.

Foram quatro vitórias e um empate nas seis partidas da chave, com destaque para os 3 a 0 sobre o Defensor na estreia, em casa, e o 1 a 0 sobre o São Paulo no returno, no Morumbi. A classificação veio nessa partida, com uma rodada de antecedência. Tanto que o time se permitiu levar 3 a 1 do Grêmio no último jogo, em Porto Alegre.

Com nove pontos, o Peñarol seguiu rumo à semifinal, onde encarou Flamengo e River Plate. A força uruguaia foi demonstrada já primeira partida, no Centenario, ao vencer por 1 a 0 o Flamengo. Depois, 3 a 0 sobre o River em pleno Monumental de Nuñez. Mais duas vitórias, por 2 a 1 sobre os argentinos, em casa, e por 1 a 0 sobre os brasileiros, no Maracanã, deram aos carboneros o 100% de aproveitamento e o retorno à final depois de 12 anos.

O adversário do Peñarol na decisão foi o Cobreloa, um novato de apenas cinco anos de existência, mas que já havia dado trabalho ao Flamengo um ano antes na Libertadores. Após passar por Olimpia e Deportes Tolima na semi, a equipe chilena também iria tentar frustrar os planos do Peñarol. Mas camisa pesa. O primeiro jogo foi em Montevidéu, no Centenario, e terminou empatado por 0 a 0.

A segunda parada foi no Nacional de Santiago, com todas as torcidas do Chile unidas em prol do Cobreloa. Tudo encaminhava-se para outro empate sem gols, e a consequente partida extra. Até que o ídolo de uma nova era do Peñarol, Fernando Morena, tirou da cartola o gol do título, fazendo 1 a 0 aos 44 minutos do segundo tempo. Festa do tetra fora de casa, acabando com a fila de 16 anos na América do Sul.

A campanha do Peñarol:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Flamengo Campeão da Libertadores 1981

A Libertadores de 1981 teve o Brasil representando um de seus melhores esquadrões da época, o Flamengo. Oriundos do título do Brasileirão de 1980, o clube carioca estreava na competição já como favorito. O time de Zico, Júnior, Leandro e Adílio encantava o público desde o ano anterior.

O Fla ficou no grupo 3, ao lado do Atlético-MG e dos paraguaios Olimpia e Cerro Porteño. A estreia foi no Mineirão, e o Flamengo arrancou empate de 2 a 2 com o Atlético. Na sequência, o Rubro-negro recebeu os times do Paraguai no Maracanã, vencendo o Cerro Porteño por 5 a 2 e empatando com o Olimpia em 1 a 1. O returno começou também no Rio, e Flamengo e Atlético repetiram os 2 a 2. A fase de grupos se encerrou com dois jogos em Assunção, vitória de 4 a 2 sobre o Cerro e empate sem gols com o Olimpia.

Cariocas e mineiros encerraram a fase com oito pontos, mas somente um time poderia avançar. Sem o saldo de gols nas regras de desempate, foi preciso marcar uma partida extra  - polêmica até hoje - em campo neutro, que foi o Serra Dourada em Goiânia. O placar foi 0 a 0, mas o Flamengo foi declarado vencedor, pois aos 37 minutos o Atlético ficou com apenas seis jogadores, devido a expulsões de cinco jogadores pelo árbitro José Roberto Wright.

O Rubro-negro foi à semifinal e ficou em grupo com Deportivo Cali, da Colômbia, e Jorge Wilstermann, da Bolívia. O Fla fez uma fase perfeita, vencendo fora de casa o Cali por 1 a 0 e o Wilstermann por 2 a 1. No Maracanã, 3 a 0 nos colombianos e 4 a 1 nos bolivianos, classificaram o time para a final com 100% de aproveitamento.

A adversário foi o Cobreloa, do Chile, que deixou para trás os uruguaios Nacional e Peñarol. A ida foi no Rio de Janeiro, e o Flamengo venceu por 2 a 1. A volta foi no Nacional de Santiago, mas o Rubro- não resistiu à hostilidade chilena e perdeu por 1 a 0.

Assim, a partida de desempate foi acionada no Centenário em Montevidéu, em uma incomum segunda-feira de novembro. No campo neutro, o talento brasileiro se sobressaiu e a vitória por 2 a 0 rendeu ao Flamengo o título da Libertadores de 1981, consagrando a maior geração de craques que vestiu sua camisa.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Nacional Campeão da Libertadores 1980

A Libertadores entra nos anos 80 sem mudança em relação à década anterior. O regulamento do momento ainda duraria mais alguns anos. Outro fato sem alteração foi o interesse das equipes no título, sobretudo as da Argentina e as do Uruguai. Longe do topo desde 1971, os uruguaios voltariam a vencer em 1980 com o Nacional, justamente o último vencedor do país.

Vice da Liguilla Pré-Libertadores uruguaia, o Decano estreou na competição no grupo 2, ao lado do campeão Defensor e dos bolivianos The Strongest e Oriente Petrolero. Franco favorito à classificação, o clube fez uma primeira fase tranquila, de cinco vitórias em seis jogos. A única derrota foi na altitude da La Paz, por 3 a 0 para o Strongest.

Esse resultado adverso foi compensado com 3 a 0 a favor sobre o Defensor fora de casa, e com os 5 a 0 sobre o Petrolero em Montevidéu. Ainda assim, a vaga na semifinal só foi garantida na última rodada, ao fazer 2 a 0 no confronto direto com o carrasco boliviano do primeiro turno e somar dez pontos na tabela.

Na segunda fase, o Nacional ficou na chave junto do então campeão Olimpia e do chileno O'Higgins. E o time encaminhou bem sua situação ao vencer as duas primeiras partidas por 1 a 0, em Assunção e em Santiago. Na terceira, 1 a 1 com os paraguaios em casa adiou a vaga na final. Ela foi confirmada no último jogo, com 2 a 0 sobre os chilenos no Centenário.

Em sua quarta final de Libertadores na história, foi a primeira vez que o Nacional enfrentou um clube brasileiro: o Internacional, que na sua tentativa de trazer o título de volta ao Brasil bateru na semi o América de Cali e o Vélez Sarsfield. A primeira partida aconteceu no Beira-Rio, em Porto Alegre, e El Bolso voltou das terras gaúchas com um bom, porém perigoso, empate sem gols.

Estava proibido perder em Montevidéu na volta. E a tradição fez a diferença no Estádio Centenario. Aos 34 minutos do primeiro tempo, o ídolo Waldemar Victorino fez 1 a 0 e decretou a segunda conquista sul-americana do Nacional.

A campanha do Nacional:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Nacional

Olimpia Campeão da Libertadores 1979

Em 18 anos de Libertadores, o título circulou por somente três países: Argentina, Brasil e Uruguai. Embora com muitos times tradicionais oriundos dos outros locais, era complicado quebrar essa barreira. Até que, em 1979, o Olimpia chegou para colocar o Paraguai ao lado do trio forte da América do Sul. Primeiro vice da história, o Decano conquistou o torneio com uma bela jornada, de ponta a ponta.

No grupo 2 da primeira fase, junto ao compatriota Sol de América e dos bolivianos Bolívar e Jorge Wilstermann, o Olimpia não teve dificuldades para liderar. Venceu cinco das seis partidas e somou dez pontos. Sua única derrota foi na altitude de La Paz, por 2 a 1 para o Bolívar. De resto, vitórias categóricas, como os 4 a 2 sobre o Wilstermann e os 3 a 0 sobre o algoz boliviano do primeiro turno, ambos em casa.

O clube obteve a segunda melhor campanha entre os 20 da fase inicial, perdendo no saldo de gols para o Guarani. E o time brasileiro foi um dos adversários dos paraguaios na semifinal, assim como o Palestino, do Chile. Em Assunção, o Decano derrotou o clube de Campinas por 2 a 1. Depois, em Santiago, 2 a 0 nos chilenos. Na volta em casa, 3 a 0 no Palestino encaminhou a classificação.

Bastava secar o Guarani na rodada de folga. E deu certo, pois a equipe brasileira ficou no 2 a 2 em casa com a chilena. No último jogo, sobrou o empate por 1 a 1 no Brinco de Ouro. Com sete pontos, o Olimpia chegava em sua segunda final de Libertadores.

O adversário do time paraguaio na decisão foi o Boca Juniors, que estava atrás do tri seguido e havia batido Indepediente e Peñarol. A partida de ida foi jogada no Defensores del Chaco, em Assunção, e o Olimpia conseguiu uma ótima vantagem de 2 a 0, gols de Osvaldo Aquino e Miguel Piazza. A volta foi em La Bombonera, e era só não perder para ficar com o título inédito. Foi o que aconteceu: empate por 0 a 0 na Argentina e o Decano começava a fazer por merecer um outro apelido futuro: Rey de Copas.

A campanha do Olimpia:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color

Boca Juniors Campeão da Libertadores 1978

Era mais simples criar uma hegemonia na Libertadores antigamente. Eram menos participantes, limitados a dois por país, e muitas camisas pesadas ficavam de fora por causa da geografia. Bastava liderar um grupo contra alguma nação de menos tradição e pronto, já se chegava na semifinal. Uma vez com o título, a equipe já começava a edição seguinte além da primeira fase, bastando apenas seis ou sete jogos para o bicampeonato e o começo da supremacia.

Foi o caso do Boca Juniors em 1978. A primeira conquista sul-americana um ano antes tirou um peso das costas do clube. A trajetória de seu segundo título foi muito mais tranquila. Até a estreia xeneize, 20 times brigaram por cinco vagas na fase semifinal. A melhor campanha foi do Alianza Lima, com 11 pontos. A disputa mais intensa foi entre River Plate e Independiente, que marcam oito pontos. A classificação ficou com a equipe de Buenos Aires no saldo de gols.

Dessa forma, o superclássico se fez presente na semifinal. a chave do Boca ainda foi composta pelo Atlético-MG. A estreia foi com empate sem gols com o River em casa, mas o clube se recuperou ao fazer 2 a 1 nos mineiros em Belo Horizonte. No returno, vitórias por 3 a 1 sobre o Atlético na Bombonera e por 2 a 0 sobre o arquirrival no Monumental de Nuñez deu ao Boca nova participação na final.

Seu adversário foi o Deportivo Cali, que na outra chave eliminou Alianza Lima e Cerro Porteño. A primeira partida foi marcada para o Estádio Pascual Guerrero, em Cali. E o Boca Juniors segurou um bom 0 a 0 na Colômbia.

Os gols foram guardados para a volta em Buenos Aires. La Bombonera viu um show azul e ouro. Hugo Perotti fez dois e Ernesto Mastrángelo e Carlos Salinas completaram a goleada por 4 a 0, que confirmou o bicampeonato do Boca. Foi uma pequena hegemonia antes de um longo hiato de títulos na Libertadores, quebrado somente na mágica década de 2000.

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Audax Rio Campeão Carioca Série A2 2021

A FERJ modificou profundamente a sua pirâmide de competições. Com três divisões até 2020, o Estado passou a contar com cinco a partir de 2021. A seletiva da primeira divisão foi desmembrada e tornou-se a Série A2, o segundo nível estadual.

Antes segunda e terceira divisões, as Séries B1 e B2 viraram terceiro e quarto níveis, respectivamente. E foi criada uma quinta divisão, a Série C. O primeiro campeão da segunda divisão neste novo formato foi o Audax Rio, em um campeonato relativamente curto, com dois turnos independentes e final entre seus campeões.

No primeiro, a Taça Santos Dumont, o Audax enfrentou seus adversários da chave B, marcando dez pontos em cinco jogos e ficando na liderança. Na semifinal, porém acabou eliminado pelo Americano. Mas o mata-mata foi cancelado, pois o Friburguense recuperou seis pontos que haviam sido retirados nos tribunais. Na nova semi, a Laranja Meritiense fez 3 a 0 no próprio Friburguense, e na final foi campeão empatando sem gols e vencendo por 5 a 4 o Artsul.

Na Taça Corcovado, contra os times do grupo oposto, o Audax liderou outra vez, agora somando 14 pontos. Na semifinal, valeu-se da vantagem do empate para eliminar o Artsul com 1 a 1 no placar. Mas na final, o time laranja levou 2 a 0 do Gonçalense e perdeu a primeira chance do acesso e do título.

Na final geral, contra o próprio Gonçalense, o Audax não repetiu a má atuação e venceu as duas partidas, por 2 a 1 fora de casa e por 3 a 1 em casa, conquistado o sua primeira taça de segundo nível e a única vaga de acesso.

A campanha do Audax Rio:
17 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Divulgação/Audax Rio

Maracanã Campeão Cearense Série B 2021

O Ceará tem um novo campeão de acesso. É o Maracanã, da cidade de Maracanaú. Fundado em 2005, o clube conquistou seu segundo título da Série B cearense em 2021, nove anos depois do primeiro e um ano após vencer a terceira divisão.

Com apenas uma participação na elite estadual, em 2013, o time voltará em 2022. Dez equipes participaram da competição, que teve um regulamento bem simples: todos contra todos se enfrentando em turno único, com os dois primeiros garantindo o acesso e o líder também o título. E o Alviceleste fez uma ótima campanha nesse tiro curto, vencendo seis partidas e empatando duas das nove que disputou. 

A taça e o acesso foram obtidos com 20 pontos. A partida do título foi justamente contra o vice, o Iguatu. Na última rodada, o Maracanã das Indústrias bateu o adversário fora de casa por 3 a 1 e comemorou muito o bicampeonato.

A campanha do Maracanã:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 14 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Prefeitura de Maracanaú

RB Bragantino Campeão Brasileiro Feminino Série A2 2021

O Brasileirão Feminino Série A2 chegou à sua quinta edição, a última com participantes qualificados via estaduais. Cada Estado brasileiro classificou um time, que juntaram-se aos quatro rebaixados da Série A1 do ano anterior e os cinco melhores do ranking de clubes masculino, totalizando 36. Para o futuro, a CBF decidiu aumentar a pirâmide com a criação da Série A3, que herdou esse sistema de vagas. A segunda divisão ficará enxugada em 16 equipes.

Mas ainda estamos em 2021. Dentre esses 16 classificados, quatro times conseguiram o objetivo maior do acesso. E só um ficou com a taça, o Bragantino. Ou Red Bull Bragantino. A parceria do clube de Bragança Paulista com a marca de energéticos começou em 2020. Foram feitas várias mudanças com o Massa Bruta, desde escudo, uniforme, diretoria e a criação do departamento de futebol feminino. A equipe de mulheres estreou no Paulistão, indo até a semifinal e garantindo a vaga na Série A2.

A primeira fase da competição nacional contou com seis grupos de seis times, e o Bragantino foi sorteado para o grupo D. Nas cinco partidas que disputou, cinco vitórias: 7 a 0 no Criciúma e 4 a 0 no Sport em casa, 2 a 0 no Fluminense fora, 7 a 0 no Atlético-GO em casa e 5 a 0 no Vila Nova-ES fora. Ao todo, 15 pontos, 25 gols marcadas e nenhum sofrido. Nas oitavas de final, as bragantinas enfrentaram o JC, do Amazonas, perdendo a ida no Norte por 1 a 0 e vencendo a volta em São Paulo por 4 a 0.

Nas quartas, dois confrontos difíceis contra o Athletico-PR. O Braga levou 4 a 2 na ida em Curitiba e fez 2 a 0 na volta no CT em Jarinu. Na disputa de pênaltis, vitória por 4 a 2 garantiu o acesso à elite. O próximo objetivo era o título. Na semifinal, elas passaram pelo Esmac, do Pará e que também subiu, empatando o primeiro jogo em Belém por 1 a 1 e vencendo o segundo em Jarinú por 2 a 0.

As bragantinas fizeram a final contra o Atlético-MG, que após subir eliminou o Cresspom (que também subiu), do Distrito Federal. A partida de ida aconteceu no Nabizão, em Bragança Paulista, e terminou com empate sem gols. A volta foi no Independência, em Belo Horizonte, e também terminou 0 a 0. Outra vez nos pênaltis, o Bragantino vencer por 4 a 2 e conquistou o título histórico.

A campanha do RB Bragantino:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Cristiane Mattos/Staff Images Woman/CBF

Boca Juniors Campeão da Libertadores 1977

Sem o título da Libertadores em 1976, era a hora de a Argentina reorganizar suas forças. Sem o Independiente e com Racing e Estudiantes longe dos melhores dias, coube a um clube super tradicional de Buenos Aires chegar à conquista em 1977. Embora multicampeão em terras portenhas, o Boca Juniors jamais havia levado a principal taça sul-americana, tendo batido na trave com o vice em 1963. Já passava da hora de vencer.

A equipe xeneize ficou no grupo 1, contra duas pedreiras: o rival River Plate e o Peñarol, além do Defensor, o outro uruguaio. Apear da dificuldade, o Boca passou a primeira fase com quatro vitórias e dois empates. Os pontos perdidos foram fora de casa, com os 0 a 0 contra Defensor e no clássico contra o River. Os demais resultados foram vitórias magras. Contra o Peñarol, duas vezes 1 a 0. Contra o Defensor, 2 a 0 em casa. Antes disso tudo teve a estreia, no superclássico em La Bombonera, com outro 1 a 0. Ao todo foram dez pontos para classificar à segunda fase.

A campanha continuou econômica na semifinal, contra o paraguaio Libertad e o colombiano Deportivo Cali: dois 1 a 0 nos paraguaios e dois 1 a 1 com os colombianos. A vaga na final veio com seis pontos e uma rodada antes do segundo empate - quando o Libertad derrotou o Deportivo e tirou as chances do clube da Colômbia.

O Cruzeiro apareceu do outro lado da decisão para defender o título, após eliminar o Internacional e a Portuguesa da Venezuela. Só que o Boca venceu o jogo de ida na Bombonera por 1 a 0, gol de Carlos Veglio aos três minutos do primeiro tempo. A segunda partida foi no Mineirão, em Belo Horizonte, e os cruzeirenses devolveram o 1 a 0.

No desempate, no Centenario de Montevidéu os times empataram por 0 a 0, que obrigou a Conmebol a utilizar pela primeira vez a disputa de pênaltis. E os xeneizes ganharam por 5 a 4, levando a primeira de suas seis Libertadores.

A campanha do Boca Juniors:
13 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1976

O domínio castelhano na Libertadores foi longo, principalmente com a Argentina. Mas o Brasil quebraria essa história em 1976. Vice-campeão brasileiro de 1975, o Cruzeiro, garantiu vaga para sua terceira participação no torneio sul-americano. Nada foi capaz de parar a Raposa.

No grupo 3 da primeira fase, ao lado dos paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño e do próprio Internacional, o Cruzeiro começou a competição com históricos 5 a 4 sobre os gaúchos no Mineirão. Na sequência, a Raposa foi ao Paraguai e fez 3 a 1 sobre o Luqueño e 2 a 2 com o Olimpia. No returno, 4 a 1 sobre o Luqueño em Belo Horizonte e 2 a 0 sobre o Inter no Beira-Rio. A fase foi encerrada com goleada por 4 a 1 sobre o Olimpia, em casa. O Cruzeiro se classificou marcando 11 pontos.

Na fase semifinal, os adversários foram a LDU Quito, do Equador e o Alianza Lima, do Peru. A campanha recomeçou fora de casa, com 3 a 1 sobre os equatorianos e 4 a 0 sobre os peruanos. Quando então ocorreu uma tragédia: a morte do atacante Roberto Batata em um acidente de carro. De luto, os cruzeirenses homenagearam o colega com uma goleada de 7 a 1 sobre o Alianza, no Mineirão. A vaga na final foi confirmada com 4 a 1 sobre a LDU.

O adversário na decisão foi o River Plate, que superou na semi o Independiente e o Peñarol. A ida foi no Mineirão, e o Cruzeiro goleou os argentinos por 4 a 1. A volta foi no Monumental de Nuñez, mas a Raposa perdeu por 2 a 1.

Assim, restou fazer uma partida extra no Chile, no Nacional de Santiago. Lá, os mineiros fizeram dois gols mas cederam o empate em seguida. Até que, aos 43 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro teve uma falta frontal. Nelinho estava pronto para bater, quando Joãozinho se intrometeu e colocou a bola no ângulo. A vitória por 3 a 2 fez da Raposa campeã da Libertadores de 1976 com justiça, consagrando o elenco de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Jairzinho.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 46 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Independiente Campeão da Libertadores 1975

A quadrilogia vencedora do Independiente teve seu último ato em 1975. As coisas nesta Libertadores aconteceram nos mesmos moldes do segundo e do terceiro ato, com o time começando a campanha diretamente na segunda fase.

A melhor participação na fase de grupos foi do Universitario. O time peruano anotou dez pontos. No mais, é digna de registro a disputa entre os argentinos. Em uma rara edição sem clubes de Buenos Aires, Rosario Central e Newell's Old Boys ficaram empatados com oito pontos. A classificação ficou com a equipe canalha, que superou a dos leprosos no saldo de gols (3 a 1).

A semifinal teve início com o Independiente enfrentando exatamente o Central. No Gigante de Arroyito, derrota por 2 a 0. A situação piorou quando o time levou outro 2 a 0, do Cruzeiro em Belo Horizonte. Zerado, o time rojo precisava vencer seus dois jogos em casa e torcer para que o Central também derrotasse os mineiros (que haviam vencido os rosarinos no Brasil). Isso tudo se o saldo de gols favorecesse. Na Doble Visera, o Independiente devolveu os 2 a 0 no Central. Em Rosario, o dono da casa aplicou 3 a 1 nos brasileiros.

Ambos ficaram com quatro pontos, contra dois dos rojos. O saldo até ali era de menos um, contra um dos brasileiros e zero dos compatriotas. Ou seja, a vitória sobre o Cruzeiro precisava ser por três gols de diferença. E assim foi, com um 3 a 0 que positivou o saldo para um e negativou o dos cruzeirenses para menos um, que o Independiente chegou à quarta final seguida.

A decisão foi em três jogos contra o Unión Española, do Chile, que eliminou Universitario e LDU Quito. O primeiro foi no Nacional de Santiago, com derrota por 1 a 0. O segundo foi em Avellaneda, com vitória por 3 a 1. O hexa do Indpendiente veio na terceira partida, no Defensores del Chaco, em Assunção, ao fazer 2 a 0 nos chilenos. Sinal da perda de fôlego do elenco e do fim de um ciclo, foi o título com campanha mais irregular.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 10 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico