Tocantinópolis Campeão Tocantinense 2021

Findou 2021, e o último campeão estadual do ano foi definido quase às portas de 2022. Foi no Tocantins, que pela segunda temporada consecutiva optou por paralisar a competição no primeiro semestre, por causa da pandemia de covid-19, e retomar somente no segundo.

Dessa vez, a retomada foi em dezembro, na metade da sexta rodada. O torneio teve oito participantes, que atuaram todos contra todos e turno único, com os quatro melhores indo para o mata-mata. Sem vencer desde 2015, o Tocantinópolis saiu da fila.

Na primeira fase, o Verdão do Norte ficou na segunda posição, com quatro vitórias e um empate em sete partidas, somando 13 pontos. O clube superou no saldo de gols o Palmas e o Araguacema, mas ficou distante cinco pontos do líder Interporto Na semifinal, passou pelo Palmas, que defendia o tricampeonato. Na ida, venceu por 2 a 1 fora. Na volta, fez 3 a 1 em casa.

A final foi contra o Araguacema, que eliminou o Interporto nos pênaltis. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Nilton Santos, em Palmas, e o Verdão venceu por 1 a 0. O título foi garantido no Estádio Ribeirão, com outra vitória por 1 a 0. Assim, o Tocantinópolis chegou ao seu quinto estadual, sendo um no amador e quatro no profissional.

A campanha do Tocantinópolis:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Toc em Foco

River Plate Campeão da Libertadores 2015

Do topo ao poço, e do poço ao topo. O River Plate conheceu os dois lados da história. Longe do título da Libertadores desde 1996, o clube argentino colecionou decepções no início dos anos 2000 e acabou rebaixado para a segunda divisão nacional em 2011.

O time voltou à elite em 2013, e logo tornou a escalar a montanha da América do Sul. Em 2014, foi campeão argentino e da Copa Sul-Americana. E em 2015, chegou ao tricampeonato da Libertadores.

Porém, a primeira fase do Millonario foi sofrida. No grupo 7, enfrentou Tigres UANL, Juan Aurich e San José. Nas cinco primeiras partidas, a equipe não venceu. Com quatro empates, precisava vencer o San José, em casa, e secar o Juan Aurich, que recebeu o Tigres. Pois, o River fez 3 a 0 nos bolivianos, e os peruanos levaram 5 a 4 dos mexicanos. Com sete pontos, os argentinos beliscaram a vice-liderança com um ponto a mais que o Aurich.

De longe o pior dos 16 classificados, o River enfrentou seu maior rival nas oitavas de final, o Boca Juniors. No Monumental de Nuñez, vitória por 1 a 0. Na Bombonera, o jogo de volta durou só 45 minutos. Tudo porque, na volta do intervalo, um torcedor millonario jogou spray de pimenta no túnel do vestiário do Boca, e os jogadores recusaram-se a fazer o segundo tempo. A partida estava 0 a 0, e o W.O. a favor do River foi confirmado.

Nas quartas, os argentinos passaram pelo Cruzeiro, depois de perder em casa por 1 a 0 e reverter no Mineirão ao vencer por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o Guaraní do Paraguai ao ganhar por 2 a 0 no Monumental e empatar por 1 a 1 em Assunção.

Na final, o River reencontrou o Tigres, que na outra chave bateu Universitario de Sucre, Emelec e Internacional. A ida foi no México, no Estádio Universitario, em Monterrey. A partida foi complicada, mas os argentinos conseguiram segurar o 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental de Nuñez, e o River Plate garantiu o título ao vencer por 3 a 0, gols de Lucas Alario, Carlos Sánchez e Ramiro Funes Mori.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 5 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP

San Lorenzo Campeão da Libertadores 2014

A vez de alguém sempre chega. Na Libertadores de 2014, o San Lorenzo finalmente tornou-se campeão. Do conhecido grupo dos cinco grandes da Argentina, o clube de Boedo foi o último a conseguir tal feito, 54 anos depois depois de ter sido o primeiro argentino a participar da competição.

Mas não foi fácil. No grupo 2 da primeira fase, o Ciclón enfrentou Botafogo, Unión Española e Independiente Del Valle. A vida argentina não estava decidida até a última rodada, depois de conseguir só uma vitória e perder duas vezes (por 2 a 0 para os brasileiros e por 1 a 0 para os chilenos, ambas fora) nas cinco partidas anteriores.

Com cinco pontos, o San Lorenzo precisava vencer o Botafogo, no Nuevo Gasómetro, e superar o Del Valle na pontuação ou nos critérios de desempate. Os equatorianos fizeram 5 a 4 no Unión e os azulgrana aplicaram 3 a 0 nos cariocas. Ambos foram a oito pontos, mas os argentinos tiveram saldo de gols um contra zero do rival. Classificado na vice-liderança da chave, o San Lorenzo foi apenas o 15º colocado no geral.

Nas oitavas de final, contra o Grêmio, o time deu continuidade ao crescimento depois de vencer a ida por 1 a 0, em casa, perder a volta pelo mesmo placar, fora, e conseguir derrotar os gaúchos por 4 a 2 nos pênaltis.

Nas quartas, foi a vez de passar pelo Cruzeiro com vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, em Buenos Aires, e empatar por 1 a 1 o segundo, em Belo Horizonte. Na semifinal, o San Lorenzo eliminou o surpreendente Bolívar ao golear por 5 a 0 a ida, no Nuevo Gasómetro, e perder por 1 a 0 a volta, em La Paz.

A maluca fase final trouxe para o outro lado da decisão o Nacional do Paraguai, que derrotou Vélez Sarsfield, Arsenal de Sarandí e Defensor. A primeira partida aconteceu em Assunção, no Defensores del Chaco, e o franco favorito azulgrana empatou por 1 a 1. A volta foi no Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, e o San Lorenzo exorcizou seu maior fantasma e levou o título inédito ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Néstor Ortigoza, de pênalti.

A campanha do San Lorenzo:
14 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Martin Acosta/Reuters

Atlético-MG Campeão da Libertadores 2013

O Brasil estabeleceu seu recorde no topo da Libertadores em 2013. E novamente com um clube que estava atrás de um título inédito. O Atlético-MG somava poucas participações na competição, a última havia sido em 2000. Mas o vice no Brasileiro de 2012 tornou possível o retorno do time mineiro.

Na primeira fase, o Galo ficou no grupo 3, ao lado de São Paulo, The Strongest e Arsenal de Sarandí. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias - duas delas por 5 a 2 sobre o Arsenal - e uma derrota. Líder com a melhor campanha geral, o Atlético somou 15 pontos.

O São Paulo voltou a ser adversário do Galo nas oitavas de final. No Morumbi, vitória por 2 a 1. A classificação foi confirmada em Belo Horizonte, com goleada de 4 a 1. Nas quartas de final, dois difíceis confrontos com o Tijuana, do México. A ida foi no Estádio Caliente, e terminou 2 a 2.

A volta, no Independência, contou com o lance mais simbólico. Acréscimos do segundo tempo, e os mexicanos têm um pênalti que poderia eliminar o Atlético. O atacante Riascos bateu, mas Victor, com o pé esquerdo, defendeu. O jogo terminou 1 a 1 e o Galo foi para a semifinal pelo gol fora de casa.

Então, mais emoção contra o Newell's Old Boys. O alvinegro acabou superado por 2 a 0 na ida, em Rosario. A volta foi em Belo Horizonte, e os mineiros devolveram o 3 a 0. Nos pênaltis, 3 a 2 para o Atlético.

O adversário na final foi o Olimpia, que tirou do caminho Tigre, Fluminense e Santa Fe. No primeiro jogo no Defensores del Chaco, em Assunção, derrota por 2 a 0 obrigaria o Galo a jogar novamente por uma vitória obrigatória na volta.

O segundo jogo foi no Mineirão, e o alvinegro conseguiu seus 2 a 0, com gols de Jô e Leonardo Silva, este segundo marcando aos 41 do segundo tempo. Depois de toda a prorrogação, outra decisão nos pênaltis. São Victor apareceu novamente e defendeu duas cobranças, enquanto os atleticanos não perderam nenhuma. Por 4 a 3, o Atlético-MG saiu da sombra e conquistou sua primeira Libertadores, histórica e incontestável.

A campanha do Atlético-MG:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Bruno Cantini/Atlético-MG

Corinthians Campeão da Libertadores 2012

Foram nove tentativas anteriores e nove eliminações. O Corinthians entrou na Libertadores de 2012 com a pecha de ser o primeiro time brasileiro a perder ainda na fase preliminar, antes dos grupos, em 2011. O fracasso foi compensado com o título brasileiro no final do ano. Essa conquista deu ao time a décima chance na competição continental.

Desta vez o Timão entrou já no grupo 6, junto de Cruz Azul, Nacional do Paraguai e Deportivo Táchira. E desde já a campanha corintiana mostrava o favoritismo da equipe. Tirando os empates fora contra o Táchira e o Cruz Azul, foram quatro vitórias tranquilas, incluindo o 6 a 0 sobre os venezuelanos, em São Paulo. Com tranquilidade, o Corinthians liderou a chave com 14 pontos e ficou com o segundo lugar no geral.

Nas oitavas de final, o alvinegro enfrentou o Emelec e passou com empate por 0 a 0 em Guayaquil e vitória por 3 a 0 no Pacaembu. Nas quartas, contra o Vasco, o confronto mais emblemático da trajetória. Em São Januário, mais um empate sem gols. A decisão ficou para o Pacaembu, onde quase que o clube carioca definiu o jogo no segundo tempo, mas o goleiro Cássio salvou o chute de Diego Souza, que correu quase 50 metros sozinho com a bola.

O alívio veio no gol de Paulinho a três minutos do final, e a vitória de 1 a 0 colocou o Timão na semifinal. Contra o Santos, vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro trouxe a vantagem mínima. E em São Paulo, o time santista chegou a abrir o placar, mas Danilo empatou em 1 a 1 e conduziu o Corinthians rumo à final.

A decisão foi contra o Boca Juniors, que eliminou Unión Española, Fluminense e Universidad de Chile. A ida foi em La Bombonera, e o alvinegro voltou de lá com empate por 1 a 1 graças ao gol de Romarinho, o herói que veio do banco de reserva. No Pacaembu, foi a vez de Emerson Sheik marcar a história com os dois gols da vitória por 2 a 0. Finalmente, o Corinthians se tornava campeão da Libertadores.

A campanha do Corinthians:
14 jogos | 8 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Júnior/Corinthians

Santos Campeão da Libertadores 2011

O início da década de 2010 foi de domínio brasileiro na Libertadores. Até 2013, o país conseguiu seu recorde de conquistas consecutivas: quatro. Em 2011, foi vez do Santos repetir o feito da geração de Pelé, e sair da fila de 48 anos sem vencer com a geração de Neymar. Foi pelo título da Copa do Brasil em 2010 que o Peixe chegou lá.

Na primeira fase, o clube paulista ficou no grupo 5, junto com Cerro Porteño, Colo-Colo e Deportivo Táchira. Sem moleza nos jogos, o alvinegro praiano fez apenas dois pontos no primeiro turno. A reação veio na segunda metade, com três vitórias: 3 a 2 sobre o Colo-Colo, em casa, 2 a 1 sobre o Cerro, no Paraguai, e 3 a 1 sobre o Táchira, na Vila Belmiro. Com 11 pontos, o time ficou em segundo lugar na chave, perdendo no saldo de gols para os paraguaios.

De nona melhor campanha, o Peixe enfrentou nas oitavas de final o América do México. Venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro e segurou o 0 a 0 em terras mexicanas. Já os demais quatro brasileiros vivos perderam perderam nesta fase, e apenas o Santos seguiu.

Nas quartas, o adversário foi o Once Caldas, da Colômbia, e a revanche sete anos depois aconteceu com vitória em Manizales por 1 a 0 e empate no Pacaembu por 1 a 1. A semifinal marcou o reencontro com o Cerro Porteño. Uma vitória por 1 a 0 em São Paulo e um empate em 3 a 3 em Assunção colocaram o Santos na final, a quarta em sua história.

O adversário na decisão foi o mesmo do primeiro título santista, o Peñarol, que passou por Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield. A ida foi no Centenario, em Montevidéu, e terminou com empate por 0 a 0.

O Pacaembu, em São Paulo, lotou para a volta. Neymar comandou o time e abriu o placar para o Peixe. O lateral Danilo fez o segundo, e o gol uruguaio também foi santista, com Durval fazendo contra. Com 2 a 1 no placar, o Santos conquistou o tricampeonato da Libertadores sem contestação.

A campanha do Santos:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Internacional Campeão da Libertadores 2010

A Libertadores de 2010 foi a do retorno da hegemonia brasileira. E com o mesmo time campeão na última vez. O Internacional saiu de um doído vice no Brasileiro de 2009 para o bicampeonato da competição continental, que teve um formato adaptado. Para reacomodar os mexicanos excluídos no ano anterior nas mesmas vagas de oitavas de final, a primeira fase classificou só 14 times, sendo os oito líderes de chave mais os seis melhores segundos.

O Colorado ficou no grupo 5, com Emelec, Deportivo Quito e o uruguaio Cerro. A primeira fase do Colorado foi tranquila, com três vitórias em casa, três empates fora e 12 pontos. Líder, o Inter foi o único classificado da chave. Com a sexta melhor campanha, o Colorado enfrentou nas oitavas de final o Banfield. Na ida, na Argentina, derrota por 3 a 1. A volta foi no Beira-Rio, e o Internacional se classificou com vitória por 2 a 0.

Nas quartas, foi a vez de encarar o então campeão Estudiantes. Em Porto Alegre, vitória apenas por 1 a 0. Em La Plata, o Estudiantes abriu dois gols. Porém, Giuliano marcou o gol salvador nos minutos finais, e a derrota de 2 a 1 serviu para o Inter se classificar para a semifinal, feita depois da parada para a Copa do Mundo.

Neste meio tempo, o técnico Jorge Fossati foi demitido e Celso Roth foi contratado para as partidas seguintes. A semifinal foi contra o São Paulo, e tal qual foi na fase anterior, vitória por 1 a 0 no Beira-Rio e derrota de 2 a 1 no Morumbi.

A final foi disputada contra o Chivas Guadalajara, aquele mesmo mexicano saído em 2009 por causa da Gripe H1N1. Compensado, o clube eliminou Vélez Sarsfield, Libertad e Universidad de Chile. A ida foi em Guadalajara, no estádio Omnilife. De virada, o Colorado venceu por 2 a 1.

O Beira-Rio recebeu a volta. O Chivas abriu o placar no primeiro tempo, mas o Inter virou com gols de Rafael Sobis. Leandro Damião e Giuliano. Teve outro gol mexicano no fim, mas o 3 a 2 já bastava para o segundo título.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview

Estudiantes Campeão da Libertadores 2009

Das derrotas que doem e das vitórias que lavam a alma, a final da Libertadores de 2009 é, sem dúvidas, uma das mais lembradas. De um lado, uma quebra de 39 anos de fila. Do outro, uma virada dentro de casa. Assim se resume o tetracampeonato do Estudiantes. E o vice do Cruzeiro.

O caminho do clube pincharrata teve início antes da fase de grupos. Foi contra o Sporting Cristal, na preliminar (ou pré-Libertadores). E quase que acabou ali mesmo, pois os argentinos perderam na ida por 2 a 1, no Peru. Na volta, em La Plata, vitória por 1 a 0 e classificação pelo gol fora de casa.

No grupo 5, os adversários foram Deportivo Quito, Universitario de Sucre e... Cruzeiro! A estreia argentina foi contra os mineiros, com derrota por 3 a 0 em Belo Horizonte. Os argentinos se recuperaram a tempo, golearam os brasileiros por 4 a 0 em casa, na quarta rodada, e beliscaram o segundo lugar na última partida, ao empatarem sem gols com o Sucre, na Bolívia.

Com dez pontos e três vitórias, o Estudiantes chegou nas oitavas de final, que acabaram sem os mexicanos Chivas Guadalajara e San Luís. A pandemia de Gripe H1N1 teve início no México, em 2009, e os clubes retiraram-se ao não toparem fazer jogos únicos fora do país.

O pincharrata seguiu a vida e eliminou o Libertad com 3 a 0 em casa e 0 a 0 fora. Nas quartas, passou pelo Defensor com duas vitórias por 1 a 0, em Montevidéu e La Plata. Na semifinal, derrubou outro uruguaio, o Nacional, com 1 a 0 em casa e 2 a 1 fora.

O reencontro com o Cruzeiro deu-se após os mineiros baterem Universidad de Chile, São Paulo e Grêmio. A ida foi no Ciudad de La Plata, e terminou 0 a 0. A volta aconteceu no Mineirão, em Belo Horizonte, e o Estudiantes saiu perdendo aos sete minutos do segundo tempo. Tudo perdido? Não, pois Gastón Fernández empatou aos 12 e Mauro Boselli virou para 2 a 1 aos 27. O destino do título reencontrou a trilha de quatro décadas.

A campanha do Estudiantes:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Vanderlei Almeida/AFP/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa do Brasil 2021

A Copa do Brasil chegou em 2021 com mais uma mudança no regulamento. A competição teve o número de participantes aumentado de 91 para 92, e o número de fases reduzido de oito para sete. Isso ocorreu porque as 11 vagas diretas que eram distribuídas nas oitavas de final passaram a ser concedidas uma etapa antes, A terceira fase. E foi sob nova fórmula que o Atlético-MG chegou ao bicampeonato. A temporada foi inesquecível, pois, além do título da copa, o Galo também chegou à conquista do Brasileiro, acabando com jejum de 50 anos.

Integrante da Libertadores, o Atlético foi dispensado das duas primeiras fases, entrando junto com os outros dez clubes na terceira etapa. Seu primeiro adversário foi o Remo. O primeiro jogo foi realizado em Belém, no Baenão, e o Galo venceu por 2 a 0. A segunda partida aconteceu em Belo Horizonte, no Mineirão, e nova vitória por 2 a 1 colocou os mineiros nas oitavas de final.

Nas oitavas, o Atlético enfrentou o Bahia. Na primeira partida, vitória por 2 a 0 no Mineirão. Na segunda, o time levou um susto e acabou derrotado por 2 a 1 na Fonte Nova. O oponente nas quartas de final foi o Fluminense, e o alvinegro passou com duas vitórias, por 2 a 1 no Maracanã, e por 1 a 0 em Belo Horizonte.

Liderado pelos gols de Hulk, o Galo enfrentou o Fortaleza na semifinal. A ida foi disputada em Belo Horizonte, e o Atlético abriu excelente vantagem ao golear por 4 a 0, com gols de Guilherme Arana, Rever, Hulk e Zaracho. A volta foi no Castelão, e os mineiros voltaram a ganhar, por 2 a 1. Os gols da classificação foram marcados por Diego Costa e Hulk.

Na final, o Atlético-MG encarou o Athletico-PR. O xará paranaense superou Avaí, Atlético-GO, Santos e Flamengo. E se a decisão de 2020 foi sem público, em 2021 os estádios voltaram a ficar cheios. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o Galo ficou com nove dedos na taça ao golear por 4 a 0, gols de Hulk, Keno e Eduardo Vargas (dois). Sem ser páreo na ida, restou aos paranaenses fazerem o máximo que podiam na volta, na Arena da Baixada. Mas o Galo conseguiu mais dois gols de Keno e Hulk e venceu também em Curitiba, por 2 a 1, faturando o bicampeonato com uma campanha quase perfeita.

A campanha do Atlético-MG:
10 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Barcelona de Ilhéus Campeão Baiano Série B 2021

A Série B do Baianão foi uma das primeiras divisões de acesso estadual a conhecer o seu campeão em 2021. No caso, o jovem Barcelona de Ilhéus, clube fundado em 2019 e que disputou a segunda divisão somente pela segunda vez.

A competição foi curta, com apenas seis equipes, que se enfrentaram em turno único. Em cinco partidas, o Barcelona venceu três e ficou com quarta vaga na semifinal, com nove pontos. Na semifinal, eliminou o rival Colo-Colo no jogo único ao vencer por 1 a 0.

A final foi contra o Botafogo Bonfinense, que despachou o Grapiúna. A ida foi jogada no Estádio Pedro Amorim, em Senhor do bonfim, e o Barcelona foi derrotado por 2 a 1. A volta aconteceu no Mário Pessoa, em Ilhéus, e o clube da casa conquistou a única vaga na primeira divisão e o título ao vencer por 3 a 0.

A campanha do Barcelona de Ilhéus:
8 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Divulgação/Barcelona de Ilhéus

Remo Campeão da Copa Verde 2021

Infelizmente pouco valorizada, a Copa Verde de 2021 teve seu desfecho quase que às escondidas, no final do ano e sem televisionamento em rede nacional. Mas o que vale no fim das contas é a taça na galeria do campeão. No caso, de um clube que há tempos sofria com vices difíceis de engolir. Mas o Remo mostrou que o importante é nunca desistir.

A temporada azulina foi ruim. Fora da decisão estadual, o time paraense ainda teve que lidar com o rebaixamento da Série B para a C do Brasileirão. Porém, as coisas caminharam diferentes na Copa Verde. Disputada inteiramente em mata-mata, 24 equipes participaram - 16 desde a primeira fase e oito já nas oitavas. O Remo foi uma dessas oito.

Seu primeiro adversário foi o Galvez, do Acre, que bateu nos pênaltis o Ypiranga-AP. E o Leão da Amazônia goleou por 9 a 0 no jogo único dentro de seu estádio, o Baenão. Nas quartas de final, contra o Manaus, o Remo empatou a ida por 1 a 1, no Amazonas, e venceu a volta por 3 a 0, em Belém.

Na semifinal, os azulinos encararam o Paysandu. Em dois Re-Pas dignos da história do clássico, o Remo eliminou seu maior rival com empate por 2 a 2 na primeira partida e vitória por 2 a 0 na segunda. Os jogos foram realizados, respectivamente, na Curuzu e no Baenão, estádios localizados quase que na mesma esquina (da Travessa Antônio Baena com a Avenida Almirante Barroso), mas ainda separados por um quarteirão e a 200 metros de distância.

Na final, o Leão enfrentou o Vila Nova, que chegou lá ao superar Rio Branco de Venda Nova, Aquidauanense e Nova Mutum. Em dois jogos de poucas oportunidades, o 0 a 0 imperou no placar tanto no OBA, em Goiânia, quanto no Baenão. A decisão foi para os pênaltis, e o Remo viu no seu goleiro Vinícius um herói. Ele defendeu duas cobranças, e o time paraense acertou as quatro que bateu, com a do título convertida pelo zagueiro Fredson. Por 4 a 2, o azulino enfim conquistou a Copa Verde.

A campanha do Remo:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Fernando Torres/CBF

LDU Quito Campeã da Libertadores 2008

A Libertadores já mostrou várias vezes que é difícil sair um campeão de fora da Argentina, do Brasil e, até certa época, do Uruguai. Até 2007, fora o trio principal, Paraguai, Chile e Colômbia tinham, somados, seis títulos. Em 2008, o Equador foi o sétimo país a juntar-se à lista de vencedores, com a agônica conquista da LDU Quito.

A Liga ficou no grupo 8 da primeira fase, junto com Arsenal de Sarandí, Libertad e Fluminense, que cruzaria sua história com a do clube equatoriano mais de uma vez na oportunidade. Em seis jogos, a LDU venceu três e empatou um, somando dez pontos e ficando na vice-liderança da chave, três pontos atrás dos brasileiros, com os quais empataram na estreia, em casa, por 0 a 0 e perderam no encerramento, fora, por 1 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Estudiantes. Na ida, no Casa Blanca, vitória por 2 a 0. Na volta, em La Plata, derrota por 2 a 1 com classificação. Nas quartas, foi a vez de enfrentar o San Lorenzo, com emoção. O primeiro jogo foi 1 a 1, em Buenos Aires. O segundo também, em Quito. Nos pênaltis, a LDU venceu por 5 a 3 e chegou à semifinal.

A próxima parada foi contra o América do México, mais uma vez com sofrimento. A ida foi no Azteca, e terminou com outro empate por 1 a 1. A volta aconteceu no Casa Blanca, e o placar em 0 a 0 só permitiu o alívio depois do apito final. Pela regra do gol fora, a Liga era finalista pela primeira vez na história.

Na decisão, dois estreantes: LDU Quito e Fluminense. Os cariocas eram tidos como favoritos, depois de baterem Atlético Nacional, São Paulo e Boca Juniors. Mas os equatorianos souberam usar o fator local a favor e venceram a ida por 4 a 2, no Casa Blanca.

A volta foi no Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Fluminense devolveu 3 a 1, de virada. O gol no início, de Luis Bolaños, levou o confronto aos pênaltis. Então, o goleiro José Cevallos apareceu com defesas e a LDU levou o título inédito ao vencer por 3 a 1.

A campanha da LDU Quito:
14 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 21 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Conmebol

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2007

A América do Sul que fala espanhol quase não viu a cor da bola na Libertadores entre 2005 e 2006. Depois de duas decisões 100% brasileiras, a Conmebol tomou uma atitude e proibiu um mesmo país de colocar dois finalistas em suas competições. Se dois times conterrâneos chegassem à semifinal, eles deveriam obrigatoriamente se enfrentar. A mudança reabriu o caminho para que velhas forças latinas voltassem a triunfar. Foi o que aconteceu com o Boca Juniors em 2007.

Voltando após um ano ausente, o xeneize trazia de volta algumas peças das equipes vencedoras de 2000, 2001 e 2003, como Hugo Ibarra, Sebastián Battaglia (os únicos que jogaram nas três), Martín Palermo e, principalmente, Juan Román Riquelme. Em comum entre eles, a saída do clube em algum momento entre as conquistas. O técnico não era mais Carlos Bianchi, e sim Miguel Russo.

Na primeira fase, o Boca jogou no grupo 7, contra Toluca, Cienciano e Bolívar. De campanha trepidante, o time só avançou em segundo, com três vitórias e dez pontos. Foram dois a menos que os mexicanos e só um a mais que os peruanos. A vaga, porém, veio com históricos 7 a 0 sobre os bolivianos, em La Bombonera, na última rodada.

Nas oitavas de final, os argentinos bateram o Vélez Sarsfield, depois de vencerem a ida por 3 a 0, em casa, e perderem a volta por 3 a 1, fora. As quartas foram contra o Libertad. O Boca empatou a ida por 1 a 1, na Bombonera, e venceu a volta por 2 a 0, no Paraguai. Na semifinal, sufoco contra o Cúcuta, da Colômbia: derrota fora por 3 a 1 e vitória em casa por 3 a 0.

Na final, o Boca Juniors enfrentou o Grêmio, que igualmente suou para eliminar São Paulo, Defensor e Santos. Foi então que o talento fez a diferença. Riquelme brilhou marcando um gol na vitória por 3 a 0 na ida, na Bombonera, e os dois do triunfo por 2 a 0 na volta, no Olímpico, em Porto Alegre. Com a conquista do hexa, o Boca isolou-se na vice-liderança do ranking de campeões da Libertadores.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 27 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Internacional Campeão da Libertadores 2006

Em 2006, o Brasil bateu o recorde no número de participantes na Libertadores. Foram seis equipes, graças ao título do São Paulo um ano antes. E entre elas, um time que ensaiou o título por duas vezes mas que ficou no quase e amargou 13 anos longe da competição. Pois o Internacional montou um elenco competitivo e jogou a competição sul-americana sem medo para conseguir sua primeira taça.

O Colorado ficou no grupo 6 da primeira fase, com Nacional do Uruguai, Maracaibo, da Venezuela, e Pumas UNAM, do México. O clube não teve problemas nos seis primeiros jogos, vencendo quatro e empatando dois. A partida mais emblemática foi com o Pumas, em Porto Alegre, onde o Inter virou de 2 a 0 para 3 a 2. Os gaúchos se classificaram na liderança da chave, com 14 pontos, conseguindo o segundo lugar geral.

Nas oitavas de final, o Colorado teve de enfrentar mais duas vezes o Nacional, vencendo por 2 a 1, de virada, no Parque Central e empatando por 0 a 0 no Beira-Rio. As quartas ocorreram contra a LDU, e foi nesta fase que o Inter teve sua única derrota em todo o campeonato, por 2 a 1, na ida em Quito. Na volta, o time de Fernandão, Iarley, Clemer e Rafael Sobis venceu por 2 a 0.

Na semifinal o adversário foi o Libertad, do Paraguai. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, e o Internacional segurou o 0 a 0. No segundo jogo, o time foi empurrado pelo torcedor em Porto Alegre e venceu por 2 a 0, conseguindo assim uma vaga na final da Libertadores depois de 26 anos.

O adversário na decisão foi o então campeão São Paulo, que passou por Palmeiras, Estudiantes e Chivas Guadalajara. A ida foi no Morumbi e, apesar da pressão paulista, Rafael Sobis marcou duas vezes para o Inter vencer por 2 a 1.

A volta aconteceu no Beira-Rio, e Fernandão e Tinga marcaram mais dois gols no confronto. Do outro lado, os paulistas ainda tentaram uma reação ao empatarem por 2 a 2. Só que era a vez de o Internacional comemorar seu primeiro título de Libertadores.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview

Atlético-MG Campeão Brasileiro 2021

Não importa o quanto que o tempo passe, a emoção se de ganhar um título sempre será a mesma. Que o digam os torcedores do Atlético-MG, que precisou esperar 50 anos e amargar cinco vices até chegar do bicampeonato, em 2021.

A meta traçada pela diretoria do Galo era clara desde o começo: vencer e convencer. Para isso o clube trouxe Cuca para técnico, o mesmo comandante de seu principal título na história, a Libertadores de 2013. Mais, trouxe também jogadores de nível europeu, como Hulk e Diego Costa, além de manter outras peças importantes na equipe, como Nacho, Zaracho, Vargas, Alonso, Everson, Rever e outros. 

Mas o começo da campanha foi com derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, no Mineirão. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Sport, em Recife. Em casa, os primeiros três pontos vieram no 1 a 0 sobre o São Paulo. Após algumas oscilações neste início, o Atlético emendou nove vitórias seguidas a partir da oitava rodada, quando goleou por 4 a 1 o Atlético-GO, em Belo Horizonte. 

O time assumiu a liderança - para não largar mais - no oitavo triunfo desta sequência, quando, de virada, bateu por 2 a 1 o Juventude, em Caxias do Sul. Nessa esteira, o clube mineiro ficou outros nove jogos sem perder e acumulou 18 partidas de invencibilidade. Na perseguição, o Flamengo tornou-se seu principal adversário, no que fez subir em muito a pontuação necessária para ser campeão. Se em 2020 os próprios cariocas precisaram de só 71 pontos, desta vez o Galo teve que ir até 81 para comemorar.

Na 36ª rodada, o Atlético-MG venceu o Fluminense por 2 a 1, no Mineirão, e chegou a 78 contra 67 do Flamengo. O título poderia ter sido comemorado sem pisar em campo se os cariocas não derrotassem o Ceará dois dias depois. Mas eles também venceram.

Dois dias depois, o Galo enfrentou o Bahia, na Fonte Nova, em partida atrasada da 32ª rodada e só precisava vencer para levar o título. Mas os baianos abriram 2 a 0 no segundo tempo. Foi aí que o time mineiro juntou forças para acabar com a longa fila no Brasileirão. Entre os 27 e 32 minutos, Hulk e Keno (duas vezes) viraram para 3 a 2 e findaram os 50 anos de quase, coroando uma campanha histórica do Galo - 84 pontos.

A campanha do Atlético-MG:
38 jogos | 26 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 67 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Getty Images