Santos Campeão da Recopa Mundial 1968

Pelé nos deixou no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos de idade. E como uma singela forma de homenageá-lo, o blog traz o relato e o pôster do título da Recopa Intercontinental (ou Mundial) de 1968, vencida pelo Santos. Hoje um pouco esquecida, esta conquista na época foi equiparada (e às vezes até mesmo colocada por cima) aos Mundiais de 1962 e 1963. Tanto que o Peixe chegou a utilizar três estrelas em seu escudo por algumas temporadas.
A Recopa Intercontinental foi uma competição criada em 1968 com o intuito de reunir todos os campeões Mundiais até então: Real Madrid, Peñarol, Santos, Racing e Internazionale. América do Sul e Europa jogariam cada um em seu continente, e os vencedores fariam a decisão. Pelo lado europeu, o Real Madrid desistiu da disputa e a Internazionale avançou à final sem precisar entrar em campo.
Pelo lado sul-americano, Santos, Peñarol e Racing disputaram um triangular chamado de Supercopa Sul-Americana dos Campeões Mundiais. Em dois turnos, o Peixe fez quatro partidas. Em São Paulo, bateu os argentinos por 2 a 0 - gols de Pelé e Edu -, e no Rio de Janeiro, superou os uruguaios por 1 a 0 - gol de Clodoaldo. Na vez de enfrentar o Racing em Avellaneda, a vitória confirmaria a classificação antecipada à decisão. E em abril de 1969, o Santos fez 3 a 2 com dois gols de Toninho Guerreiro e outro de Negreiros. Antes da final, ainda houve tempo de perder por 3 a 0 para o Peñarol.
A final entre Santos e Internazionale foi no dia 24 de junho de 1969, no Estádio San Siro, em Milão. Com mais de 44 mil torcedores contra, o Alvinegro Praiano conseguiu a vitória por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro aos 12 minutos do segundo tempo. O título santista só foi confirmado meses depois, em setembro, quando os italianos desistiram de fazer uma segunda partida.

A campanha do Santos:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 7 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/ASSOPHIS

Central Campeão Pernambucano Série A2 2022

Em Pernambuco, a divisão de acesso viu o retorno de dois dos mais tradicionais clubes do Estado. Mais precisamente, de Carurau. Central e Porto conquistaram o acesso juntos, assim como o Petrolina e o Maguary. O título ficou nas mãos do time alvinegro, que chegou ao bicampeonato da Série A2 e vai voltar à elite pernambucana um ano depois do rebaixamento.

A competição foi disputada por 25 equipes, divididas em quatro grupos jogados em turno único. A Patativa ficou na chave B, e em cinco partidas conseguiu quatro vitórias, que lhe deram 12 pontos e a classificação na liderança. A segunda fase foi realizada por 16 times, divididos em mais quatro grupos e com disputa em um só turno. Em mais três jogos, o Central venceu dois, empatou um e liderou a chave F com sete pontos.

Na terceira fase, chegaram oito clubes em dois grupos, repetindo o mesmo sistema das outras etapas. A Patativa conseguiu o acesso com mais uma vitória e dois empates na chave I, terminando a fase na vice-liderança com cinco pontos e perdendo a ponta no saldo de gols para o rival Porto.

Na semifinal, o Central derrotou o Maguary por 1 a 0, no jogo único fora de casa. A final foi em casa, no Lacerdão, contra o Belo Jardim, que eliminou o Porto na semifinal e só estava ali devido a uma punição sofrida pelo Petrolina (que conseguiu revertê-la depois, recuperando até a vaga de acesso). Na decisão única, vitória alvinegra por 1 a 0.

A campanha do Central:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Michel Silva/Central

Paysandu Campeão da Copa Verde 2022

Mais uma vez disputada no fim do ano - literalmente encerrando a temporada 2022 - e praticamente marginalizada pela CBF, a Copa Verde voltou a premiar o Pará, desta vez com o final feliz ficando para lado azul celeste de Belém, o Paysandu.

Agora isolado como o maior vencedor da competição, o Papão teve uma temporada de muitas expectativas frustradas, como o vice estadual para o Remo e o não-acesso para a Série B do Brasileirão. Todas as fichas ficaram apostadas na Copa Verde, que foi disputada por 17 clubes em mata-mata. Nas oitavas de final, o Paysandu passou pelo acreano Humaitá com vitória por 3 a 0 na partida única, na Curuzu.

Nas quartas de final, foi a vez de receber em casa o Tocantinópolis, e o time bicolor venceu por 2 a 0. A semifinal foi jogada contra o São Raimundo-AM. A ida aconteceu em Manaus, e o os paraenses voltaram de lá com o empate por 2 a 2 na mala. A volta ocorreu em Belém, outra vez na Curuzu, e o Papão voltou a aplicar 3 a 0, colocando-se na final do torneio.

A grande decisão foi contra o Vila Nova, que havia sido vice do Remo em 2021 e eliminou Operário-MT, Real Noroeste e Brasiliense em 2022. A primeira partida foi disputada na Curuzu, mas o Papão não conseguiu acertar o pé no ataque e ficou no 0 a 0 com os goianos.

O segundo jogo foi realizado em Goiânia, no Serra Dourada. A torcida do Vila fez o possível para ajudar sua equipe, que abriu o placar no primeiro tempo e impôs a derrota do Paysandu até aos 50 minutos do segundo tempo. Foi quando os paraenses acharam uma falta na intermediária de ataque. João Vieira bateu forte e rasante, surpreendeu o goleiro goiano e fez o 1 a 1 que levou a final aos pênaltis. Nas cobranças, o Papão foi mais eficiente e levou o tricampeonato invicto da Copa Verde ao vencer por 4 a 3.

A campanha do Paysandu:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Jorge Luís Totti/Paysandu

Todos os terceiros colocados da Copa do Mundo

Tirando o campeão, a única seleção que também sai feliz da Copa do Mundo é a que vence a disputa do terceiro lugar. Por isso, o blog trás a partir de hoje todas as 22 seleções que já ficaram no terceiro posto dos Mundiais ao longo de 92 anos de história. Para ver os campeões e o vices, clique nos links.

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Todos os vice-campeões da Copa do Mundo

Após a longa série com todos os campeões mundiais e o fim da Copa do Mundo 2022, é a hora de trazer também todos os vice-campeões mundiais.
São 22 equipes que quase mudaram a história do futebol. Para rever todos os campeões da Copa do Mundo, acesse o link.

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Argentina Campeã da Copa do Mundo 2022

A Copa do Mundo de 2022 foi diferente de quase tudo que já aconteceu nos 92 anos anteriores. Foi a primeira edição no Oriente Médio, no Catar, e a primeira desde 2022 na Ásia. E devido as altas temperaturas no solo catari durante os meses de junho e julho (40 graus em média), a FIFA realocou o calendário para novembro e dezembro, num clima mais ameno.
Em campo, foi o Mundial das zebras, como a chegada do Marrocos e da África pela primeira vez na semifinal, as vitórias do Japão sobre Alemanha e Espanha, de Camarões sobre o Brasil, da Tunísia sobre a França, e a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina.
Argentina... Da derrota inesperada na estreia para o tricampeonato após 36 anos de espera. Apelidada "La Scaloneta", em alusão ao técnico Lionel Scaloni, a albiceleste de Messi, Álvarez, Emiliano Martínez, Enzo Fernández e Di María chegou como favorita ao Catar, mas teve que se provar durante a competição. Perdeu o primeiro jogo por 2 a 1 para a Arábia Saudita e  se recuperou com duas vitórias por 2 a 0 sobre o México e a Polônia. No grupo C da primeira fase, a Argentina somou seis pontos e ficou na liderança.
Nas oitavas de final, a albiceleste fez 2 a 1 na Austrália. Nas quartas, contra a Holanda, os argentinos abriram dois gols de vantagem e permitiram o 2 a 2 holandês nos acréscimos. Nos pênaltis, Emiliano Martínez defendeu dois e a Argentina venceu por 4 a 2. Na semifinal, a vitória foi por 3 a 0 sobre a Croácia.
A final foi contra a França, que chegou lá pela segunda vez consecutiva. No dia 18 de dezembro, no Estádio Iconic de Lusail, Messi abriu o placar de pênalti aos 23 minutos do primeiro tempo. Di María ampliou aos 36, mas os franceses reagiram no segundo tempo, com dois gols de Mbappé aos 35 (de pênalti) e aos 36 minutos. Na prorrogação, Messi anotou mais um aos quatro do segundo tempo, e Mbappé acertou mais um pênalti aos 13. Na maior final de Copa de todos os tempo, 3 a 3 e decisão nos pênaltis. E o goleiro Martínez brilhou de novo com uma defesa. Por 4 a 2, a Argentina chegou ao terceiro título e Messi - na quinta tentativa - coroou sua carreira como o capitão do time.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Hannah Mckay/Reuters

França Campeã da Copa do Mundo 2018

Pela primeira vez em 88 anos de história, a Copa do Mundo ancorou no Leste Europeu. O anfitrião da edição de 2018 foi a Rússia. E foi em solo russo que tivemos algumas das surpresas mais impactantes do século 21 até então, como a eliminação da Alemanha na fase de grupos pela primeira vez em todos os tempos e a chegada da Croácia na final
Os croatas só caíram ante a França, que tornou-se bicampeã do mundo depois de 20 anos. Aos poucos, o time de Mbappé, Griezmann, Pogba, Kanté e Lloris foi chegando, conforme os adversários se complicavam. Les Bleus não estavam cotados entre os maiores favoritos ao título, mas provaram em campo que as coisas só podem ser definidas jogo após jogo.
Na primeira fase, a França estreou com vitória de 2 a 1 sobre a Austrália. Depois, venceu o Peru por 1 a 0 e se classificou de forma antecipada. Na última rodada empatou em 0 a 0 com a Dinamarca e terminou em primeiro no grupo C com sete pontos.
Nas oitavas de final, eliminou a Argentina, em uma das melhores partidas da Copa, ao vencer por 4 a 3 em partida com duas viradas, uma para cada lado. Os gols franceses foram marcados por Griezmann, Pavard e Mbappé (duas vezes). Nas quartas, foi a vez de derrubar o Uruguai por 2 a 0. A semifinal foi contra a Bélgica, uma das muitas sensações do Mundial e os franceses venceram por 1 a 0, gol de cabeça de Umtiti.
A final foi contra a mais grata surpresa de todas, a Croácia. No Estádio Luzhniki, em Moscou, a França teve mais competência e aplicou 4 a 2 nos croatas. O primeiro gol foi contra, anotado por Mandzukic.  Griezmann fez o segundo, de pênalti, após o empate croata. No segundo tempo, Pogba e Mbappé marcaram mais um cada e confirmaram o bicampeonato da França. Ainda houve tempo para uma falha do goleiro Lloris, que entregou o segundo da Croácia, mas isso em nada diminuiu a alegria do momento de erguer a taça. E Didier Deschamps se igualou a Zagallo e Beckenbauer, ao se tornar campeão como jogador e também como técnico.

A campanha da França:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Odd Andersen/AFP

Alemanha Campeã da Copa do Mundo 2014

Depois de 64 anos, em 2014, o Brasil voltou a receber a Copa do Mundo. A competição em solo sul-americano entrou para a história por diversos motivos, como a humilhação sofrida pelos brasileiros na semifinal e o primeiro título europeu obtido nas Américas. A honra coube à Alemanha, que conquistou o tetra mundial em grande estilo. Com a marca de Thomas Müller, Lahm, Özil, Khedira, Klose e Neuer, o time comandado por Joachim Löw coroou um trabalho iniciado pelo técnico oito anos antes.
Na primeira fase, os alemães começaram com um arraso de 4 a 0 contra Portugal, em Salvador. Depois, tiveram algumas dificuldades no empate por 2 a 2 com Gana, em Fortaleza, e na vitória de 1 a 0 sobre o Estados Unidos, em Recife. Os resultados deram à Alemanha a liderança do grupo G, com sete pontos.
O jogo mais duro viria a acontecer nas oitavas de final, contra a Argélia, em Porto Alegre, no qual os alemães ficaram no 0 a 0 durante os 90 minutos e só venceram na prorrogação por 2 a 1. Nas quartas de final, foi a vez da seleção alemã vencer a França por 1 a 0, no Rio de Janeiro.
E na semifinal em Belo Horizonte... Contra um Brasil confuso, desorganizado e abalado pelo desfalque de Neymar, o primeiro gol da Alemanha saiu aos 11 minutos do primeiro tempo, com Müller. O segundo veio aos 22, com Klose, que bateu o recorde de 16 gols marcados em Copas. E a porteira se abriu com uma assustadora e constrangedora facilidade: Kroos fez o terceiro aos 24, o quarto aos 26, e Khedira fez o quinto aos 29. No segundo tempo, Schürrle fez o sexto aos 24 minutos e o sétimo aos 34. O histórico 7 a 1 (Oscar descontou aos 45) classificou a Alemanha para a final no Rio de Janeiro.
No Maracanã, os alemães enfrentaram a Argentina, naquele confronto que se tornaria o mais frequente em finais, com três oportunidades. Após 90 minutos zerados, a partida foi para a prorrogação, e o herói do título veio do banco de reservas. Mario Götze, que entrou no lugar de Klose, completou jogada pelo lado esquerdo do ataque e fez o gol da vitória por 1 a 0 aos oito minutos do segundo tempo. Depois de 24 anos a Copa do Mundo voltava pela quarta vez à Alemanha, pelas mãos do capitão Lahm.

A campanha da Alemanha:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 18 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Clive Rose/Getty Images