Inglaterra Campeã da Eurocopa Feminina 2022

A Eurocopa Feminina é a competição de seleções mais antiga de futebol para as mulheres. Foi criada pela UEFA em 1984, sete anos antes da Copa do Mundo, e desde então já contou com 14 edições. O maior domínio da competição já pertenceu à Alemanha, com oito títulos. Suécia, Holanda e Noruega eram as únicas que já tinham conseguido alguma taça, as primeiras com uma cada e as últimas com duas.
Agora a Inglaterra juntou-se ao grupo. Assim como já havia feito com as holandesas em 2017, a técnica Sarina Wiegman levou as inglesas a uma conquista inédita.
A Euro de 2022, sediada na própria Inglaterra, entrou para a história por ter sido a edição de maior com audiência, tanto nas arquibancadas quanto pelas mídias. A final, em Wembley, teve a presença de mais de 87 mil torcedores - um recorde no geral, independente da modalidade. Participaram do torneio 16 times, divididos em quatro grupos.
No grupo A, as Leoas venceram a Áustria por 1 a 0, a Noruega por 8 a 0 e a Irlanda do Norte por 5 a 0. A equipe somou nove pontos e ficou na liderança da chave. Nas quartas de final, eliminou a Espanha com vitória por 2 a 1 na prorrogação. Na semifinal, as inglesas venceram a Suécia por 4 a 0.
A final foi contra a Alemanha, que passou por Finlândia, Dinamarca, Áustria e França. A Inglaterra abriu o placar aos 17 minutos do segundo tempo, com um golaço por cobertura de Ella Toone, que saiu do banco de reservas. As alemãs empataram aos 34 minutos e levaram a decisão à prorrogação. Aos seis da segunda etapa, Chloe Kelly - outra saída da reserva - aproveitou o rebote na pequena área para fazer 2 a 1 e confirmar o título histórico para as britânicas.

A campanha da Inglaterra:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Getty Images

Brasil Campeão da Copa América Feminina 2022

No mesmo ano em que a FIFA criou a Copa do Mundo Feminina, a Conmebol também resolveu fazer a sua competição de seleções para as mulheres, a Copa América. Desde 1991, foram realizadas nove edições do torneio, que sempre serviu de Eliminatórias para o Mundial. Em 2022, as três primeiras equipes se classificaram para a Copa de 2023. E a quarta e quinta colocadas, para a repescagem intercontinental.
Mas independentemente de vagas, no fim quem fica mais feliz são as campeãs. E nessa matéria o Brasil já é mestre. O título só não veio em 2006, quando perdeu para a Argentina e foi vice no quadrangular decisivo.
Em 2022, na Colômbia, a Seleção chegou ao oitavo título com 100% de aproveitamento e sem sofrer gols. A primeira fase foi composta por dez times, divididos em duas chaves. No grupo B, as brasileiras derrotaram a Argentina por 4 a 0, o Uruguai por 3 a 0, a Venezuela por 4 a 0 e o Peru por 6 a 0. Com 12 pontos, o Brasil ficou na primeira posição. Na semifinal, foi a vez de vencer o Paraguai por 2 a 0.
A final foi contra a Colômbia, dona da casa que eliminou a Bolívia, Equador e Chile na fase inicial, além da Argentina na semi. No Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, a Seleção treinada pela sueca Pia Sundhage levou o octa com sua vitória mais simples, por 1 a 0. O gol foi marcado pela atacante Debinha, de pênalti.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Staff Images/Conmebol

Esportivo Campeão Gaúcho Série A2 2022

O Rio Grande do Sul também conheceu seu campeão de acesso em 2022. É o Esportivo, de Bento Gonçalves, que chegou ao tetra e vai retornar a elite do futebol gaúcho.

A Série A2 estadual teve a participação de 16 clubes, divididos em dois grupos regionalizados e com enfrentamento em dois turnos. O Alviazul ficou no grupo B, e em 14 jogos conseguiu quatro vitórias e nove empates e apenas uma derrota. Com 21 pontos, a equipe ficou na quarta posição, na última vaga disponível.

Nas quartas de final, o adversário foi o Santa Cruz. Na ida, vitória por 1 a 0 na Montanha dos Vinhedos. Na volta, empate por 0 a 0 fora de casa. A semifinal foi contra o Lajeadense, e o Esportivo passou após vencer a primeira partida em casa novamente por 1 a 0, e empatar o segundo jogo fora por 1 a 1.

Com o acesso na mão, o Alviazul enfrentou o Avenida na final. A ida foi em Santa Cruz do Sul, nos Eucaliptos, com empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Bento Gonçalves, com vitória e título por 1 a 0.

A campanha do Esportivo:
20 jogos | 7 vitórias | 12 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Enio Bianchetti/Esportivo

Foz do Iguaçu Campeão Paranaense 2ª Divisão 2022

Dos principais Estados do Brasil (futebolisticamente falando), o Paraná foi o segundo a ter encerrada sua divisão de acesso. A Segunda Divisão do Paranaense de 2022 teve como campeão o Foz do Iguaçu, clube da região oeste estadual, na fronteira com o Paraguai.

A conquista inédita veio após uma reestruturação e a escalada que começou na terceira divisão em 2021. O Azulão esteve em meio a dez equipes, que se enfrentaram em turno único. Em nove jogos, foram obtidas quatro vitórias e três empates, com a soma de 15 pontos. Os resultados deixaram o Foz na terceira posição da tabela. Na semifinal, o time eliminou o Andraus, depois de perder a ida em casa por 1 a 0, vencer a volta fora pelo mesmo placar e fazer 5 a 3 nos pênaltis.

A final foi contra o outro time que subiu, o jovem Aruko, de Maringá. A primeira partida aconteceu em Foz do Iguaçu, no Estádio do ABC, que terminou empatada por 3 a 3. O segundo jogo foi disputado no Willie Davids, com vitória e título do Azulão por 1 a 0.

A campanha do Foz do Iguaçu:
13 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto João Paulo/Artpress

Trem Campeão Amapaense 2022

E temos todos os 27 campeões estaduais de 2022 já conhecidos! Só faltava o Amapá, e foi o Trem o último clube a erguer a taça. O sétimo título da Locomotiva foi conquistado com uma ótima campanha na primeira fase e o melhor uso possível do regulamento no mata-mata.

O Amapazão teve a participação de oito equipes, que se enfrentaram em turno e grupos únicos. Em sete jogos, o Trem conseguiu cinco vitórias e um empate. Com 16 pontos e empate tríplice na tabela, a liderança foi garantida pelo saldo de gols: 15, contra 11 do Independente e oito do Santos. Na semifinal, a Locomotiva exerceu sua posição e avançou à decisão depois de empatar por 2 a 2 com o Santana.

A final foi contra o Independente, e o bicampeonato veio com mais dois empates, ambos no Estádio Zerão: 2 a 2 na ida, 1 a 1 na volta e vitória por 9 a 8 nos pênaltis.

A campanha do Trem:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Franselmo George/Trem

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2002

Temporada sim, temporada não. Esse foi o lema do Real Madrid na segunda era de conquistas da Liga dos Campeões da Europa. Em 2002 - antes da formação dos "galácticos" -, o clube espanhol venceu "la novena", o eneacampeonato. Ainda que o time já fosse suficientemente estrelado, com Zinedine Zidane, Luís Figo, Raúl González, Fernando Hierro e Roberto Carlos, os galácticos só pegaram mesmo entre 2003 e 2006, num momento sem títulos continentais.

A campanha madridista começou no grupo A, contra Anderlecht, Lokomotiv Moscou e Roma. A classificação veio sem tropeços, ainda na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o adversário belga em Bruxelas. A liderança foi confirmada no jogo seguinte, no empate por 1 a 1 com os italianos no Santiago Bernabéu. Em seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos obtidos.

Na segunda fase, o Real passou invicto no grupo C, diante de Porto, Sparta Praga e Panathinaikos. Com mais cinco vitórias, um empate e 16 pontos, a qualificação foi ainda mais tranquila. A vaga estava na mão mais uma vez na quarta partida, nos 2 a 1 sobre os portugueses fora de casa. E liderança no jogo seguinte, nos 3 a 0 sobre os tchecos em Madri.

Nas quartas de final, a equipe merengue eliminou o Bayern de Munique após perder por 2 a 1 na Alemanha e reverter com 2 a 0 na Espanha. A semifinal reservou simplesmente El Clásico com o Barcelona. O primeiro foi no Camp Nou, com vitória do Real por 2 a 0. O lugar na final foi conquistado no Santiago Bernabéu, com empate protocolar por 1 a 1.

A final foi contra o Bayer Leverkusen, surpresa da Alemanha que passou por Fenerbahçe, Lyon, Juventus, Arsenal, Liverpool e Manchester United. A partida foi disputada no Hampden Park, em Glasgow, na Escócia. Raúl abriu o placar para o Real Madrid aos oito minutos do primeiro tempo, mas os alemães empataram aos 13. Aos 45, Zidane acertou um dos gols mais bonitos em uma decisão, de voleio. O 2 a 1 foi o resultado do título, depois de os espanhóis suportarem a pressão adversária.

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2001

A Liga dos Campeões da Europa entrou no século 21 com o ressurgimento de uma força alemã. Depois de 25 anos e três vices (dois deles extremamente doloridos), o Bayern de Munique de 2001 conquistou o tetracampeonato com uma das mais convincentes trajetórias já vistas. Naquela temporada, o clube bateu o recorde de 12 vitórias obtidas.

Foram 72 os participantes daquela Champions. Campeão alemão, o Bayern iniciou já na fase de grupos, na chave F, contra Helsingborgs (Suécia), Rosenborg (Noruega) e Paris Saint-Germain. Nos seis jogos que disputou, o time bávaro fez uma campanha segura, com três vitórias, dois empates e 11 pontos no primeiro lugar. Ainda assim, a classificação só veio na última rodada, ao buscar o empate por 1 a 1 com os noruegueses aos 43 minutos do segundo tempo, fora de casa.

Na fase seguinte, o clube alemão caiu no grupo C, contra Spartak Moscou (Rússia), Lyon (França) e Arsenal (Inglaterra). Em mais seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos que deixou a equipe outra vez na liderança. A vaga no mata-mata também foi conquistada no último jogo, na vitória por 1 a 0 sobre os ingleses no Estádio Olímpico de Munique.

Nas quartas de final, o adversário foi o Manchester United, que dois anos antes virou de maneira incrível na final contra os bávaros. E a revanche veio bem feita, com vitórias por 1 a 0 na Inglaterra e por 2 a 1 na Alemanha. A semifinal foi contra o Real Madrid, com o mesmo roteiro: 1 a 0 fora e 2 a 1 em casa.

A final foi jogada contra o Valencia, que voltou um ano depois ao derrubar Heerenveen (Holanda), Olympiacos, Panathinaikos, Sturm Graz (Áustria), Arsenal e Leeds United. No San Siro, em Milão, o Bayern de Munique saiu perdendo aos três minutos do primeiro tempo, mas empatou por 1 a 1 aos cinco do segundo, com Stefan Effenberg de pênalti. Nas cobranças de desempate, brilhou a estrela de Oliver Kahn com a defesa decisiva. Por 5 a 4, o Bayern foi tetra.

A campanha do Bayern de Munique:
17 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2000

Na virada do milênio, a Liga dos Campeões bateu um novo recorde no número de participantes. Na edição de 2000, a competição acolheu 71 participantes. A mudança foi um reflexo do fim da Recopa Europeia (Cup Winners' Cup), que foi absorvida pela Copa da UEFA. Esta, por ter ficado muito inchada, motivou a confederação a mexer no seu torneio principal e aumentar a divisão de clubes conforme seu coeficiente, para equilibrar as duas disputas entre si.

Os três melhores países passaram a ter quatro representantes; do quarto ao sexto, três times; do sétimo ao 15º, dois; e do 16º em diante continuou com uma equipe cada. O regulamento foi revisto: as preliminares ficaram com três etapas e a fase de grupos foi ampliada e dividida em duas - uma inicial com oito e outra posterior com quatro.

Foi em meio a esse tanto de números que o Real Madrid reapareceu para conquistar "la octava" da Champions. O clube merengue estreou no grupo E, junto com Molde (Noruega), Olympiacos e Porto. Em seis jogos, foram 13 pontos, quatro vitórias, um empate e a classificação tranquila, na liderança. A vaga foi obtida na penúltima rodada, na vitória por 3 a 0 sobre os gregos no Santiago Bernabéu.

Na fase seguinte, o Real ficou no grupo C, ao lado de Rosenborg (Noruega), Dínamo Kiev e Bayern de Munique. A vaga desta vez veio com dificuldade, na segunda posição depois de seis partidas, com dez pontos, três vitórias e um empate (e duas derrotas feias para os alemães - 4 a 2 em casa e 4 a 1 fora). Empatado com os ucranianos, o time madridista passou graças à vantagem no confronto direto - vitória por 2 a 1 fora e empate por 2 a 2 em casa.

Nas quartas de final, os merengues eliminaram o Manchester United com 0 a 0 no Bernabéu e 3 a 2 fora. Na semifinal, foi a vez de se vingar do Bayern ao vencer em casa por 2 a 0 e perder fora por 2 a 1.

A final foi contra o Valencia, a primeira da história entre clubes de um mesmo país. O rival passou por Rangers, PSV Eindhoven, Fiorentina, Bordeaux, Lazio e Barcelona. O jogo aconteceu no Stade de France, em Saint-Denis, arredores de Paris. Com superioridade, o Real Madrid chegou ao octacampeonato ao vencer por 3 a 0, gols de Fernando Morientes, Steve McManaman e Raúl, o ídolo máximo de uma época vencedora. 

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 4 derrotas | 35 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 1999

O fim dos anos 90 ficou marcado pelas quebras de longos jejuns na Liga dos Campeões da Europa. Se em 1998, o Real findou com 32 anos de fila, em 1999 foi a vez de o Manchester United colocar ponto final em 31 anos de espera. E a conquista do bicampeonato invicto não poderia ser mais agônica e dramática para o técnico Alex Ferguson e seus comandados.

Não houve alterações no regulamento de uma temporada para a outra, exceto pelo aumento de 55 para 56 participantes. Vice-campeões ingleses, os Red Devils tiveram que iniciar a trajetória na segunda fase preliminar. O adversário foi o LKS Lódz, da Polônia, o qual eliminou ao vencer por 2 a 0 no Old Trafford e empatar por 0 a 0 fora de casa.

O time passou para o grupo D, diante dos fortes Bayern de Munique e Barcelona, além do Brondby, da Dinamarca. A chave foi tão complicada, que o United não conseguiu vencer nenhum jogo contra alemães e espanhóis: foram quatro empates. Mas a classificação ainda assim veio na penúltima rodada, nos 3 a 3 sobre o Barcelona no Camp Nou. E foram as duas goleadas sobre os dinamarqueses - 6 a 2 fora e 5 a 0 em casa - que ajudaram os ingleses a buscar uma das duas vagas de melhor vice-líder, com dez pontos - um a menos que o Bayern.

Nas quartas de final, o United superou a Internazionale com vitória por 2 a 0 no Old Trafford e empate por 1 a 1 no San Siro. A semifinal foi contra o Juventus. Na ida em casa, empate por 1 a 1 obtido aos 47 minutos do segundo tempo. Na volta fora, virada por 3 a 2 após levar dois gols nos primeiros 11 minutos.

A final foi contra o mesmo Bayern de Munique da fase de grupos. Eles passaram por Kaiserslautern  e Dínamo Kiev. E a partida ocorreu no mesmo Camp Nou da classificação. O Manchester United saiu perdendo cedo, aos seis do primeiro tempo, e parecia não ter solução. A luz veio do banco de reservas, nas entradas de Teddy Sheringham e Ole Solskjaer. Aos 47 do segundo tempo, Sheringham empatou. Aos 49, Solskjaer virou para 2 a 1, num dos momentos mais épicos já registrados na Champions.

A campanha do Manchester United:
13 jogos | 6 vitórias | 7 empates | 0 derrotas | 31 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1998

Existem coisas que, depois de aprendidas, jamais são esquecidas. Pode passar o tempo que for. Para o Real Madrid, no caso, vencer a Liga dos Campeões da Europa. Em 1998, o clube completou 32 anos sem o maior título continental, e nesse meio tempo o máximo obtido foi um vice em 1981. Era chegada a hora de quebrar a fila e conquistar "la séptima".

Para aquele 1998, a UEFA voltou a mexer na fórmula. A restrição de países pelo coeficiente caiu e as sete melhores nações ganharam o direito de ter duas equipes na disputa. Dessa forma, o número de participantes subiu para 55, as preliminares ficaram com duas fases e a quantidade de grupos posteriores aumentou para seis - com oito vagas para o mata-mata.

Campeão espanhol, o Real Madrid começou a campanha diretamente no grupo D, contra Porto, Olympiacos e Rosenborg (Noruega). Nos seis jogos que fez o time conseguiu a liderança com 13 pontos, quatro vitórias e um empate. Em casa, foram três goleadas: 4 a 1 nos noruegueses, 5 a 1 nos gregos e 4 a 0 nos portugueses. E a classificação veio exatamente na vitória sobre o Porto, na última rodada.

Nas quartas de final, os merengues enfrentaram o Bayer Leverkusen. Na ida, empate por 1 a 1 na Alemanha. Na volta, triunfo por 3 a 0 no Santiago Bernabéu. A semifinal foi contra outro alemão, o Borussia Dortmund. A primeira partida foi na Espanha, com vitória madridista por 2 a 0. O segundo jogo aconteceu fora de casa, e o empate por 0 a 0 reconduziu o Real para a decisão.

O adversário na final foi a Juventus, que eliminou Kosice (Eslováquia), Feyenoord, Dínamo Kiev e Monaco. A partida foi disputada na Amsterdam Arena, em Amsterdã. E o Real Madrid conquistou o hepta pelo placar simples: 1 a 0, gol marcado por Predrag Mijatovic aos 21 minutos do segundo tempo. Apesar da pressão italiana, o resultado não foi mais alterado, e os espanhóis enfim recuperaram o cobiçado título de destaque.

A campanha do Real Madrid:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Tony Marshall/Empics/Getty Images

Borussia Dortmund Campeão da Liga dos Campeões 1997

Depois de vários anos frenéticos, a Liga dos Campeões ganhou um pouco de sossego. De 1996 para 1997, nenhuma vírgula foi alterada. Nem no regulamento, na pontuação ou no número de participantes. O maior torneio da Europa manteve os traços competitivos e - por que não? -imprevisíveis.

E naquele 1997, a Champions ganhou mais um clube para a galeria dos vencedores: o Borussia Dortmund. O clube devolveu a Alemanha ao topo europeu após 14 anos com uma campanha de dar inveja. No início, o time ficou no grupo B, junto com Steaua Bucareste, Widzew Lodz (Polônia) e Atlético de Madrid. Em seis partidas disputadas, foram 13 pontos conquistados, com quatro vitórias, um empate e a classificação fácil.

A vaga foi obtida na quinta rodada, no empate por 2 a 2 com os poloneses fora de casa. Mas apesar do alto aproveitamento, o BVB não foi o líder da chave, pois perdeu no saldo de gols (8 a 6) para o adversário da Espanha. Nem mesmo os 5 a 3 sobre os romenos do Steaua na última rodada, em casa, foram capazes de alterar o quadro.

Nas quartas de final, o Borussia enfrentou o Auxerre, da França. O primeiro jogo foi em Dortmund, no Westfalenstadion, e terminou 3 a 1 para os alemães. A segunda partida aconteceu fora de casa, com vitória por 1 a 0 para os visitantes. A semifinal foi contra o Manchester United. A ida foi de novo em casa, e o BVB venceu por 1 a 0. A volta ocorreu no Old Trafford, e o time alemão repetiu o placar para conseguir um lugar inédito na final.

A decisão foi contra a Juventus, defensora do título que bateu Rapid Viena, Fenerbahçe, Rosenborg (Noruega) e Ajax. E tal qual em 1996, a partida foi realizada em território semi-neutro - no caso, o Estádio Olímpico de Munique. Categórico, o Borussia Dortmund foi campeão ao vencer por 3 a 1. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Karl-Heinz Riedle abriu o placar. Aos 34, o mesmo Riedle ampliou. Os italianos descontaram aos 20 do segundo tempo, mas Lars Ricken fechou a conta aos 26.

A campanha do Borussia Dortmund:
11 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Juventus Campeã da Liga dos Campeões 1996

A enxuta Liga dos Campeões manteve quase tudo para 1996, a não ser por uma mudança que acompanhava o resto do mundo. A UEFA seguiu a FIFA e alterou o sistema de pontuação para as vitórias na fase de grupos de dois para três pontos.

Ao mesmo tempo, o extracampo também apresentava novidades. Em 1995, passou a valer a Lei Bosman. Em dois pontos, ela determinou que qualquer atleta com nacionalidade dentro da União Europeia não era mais considerado estrangeiro e que nenhum clube poderia mais manter o passe de jogadores sem contrato. Essa combinação facilitou muito as transferências e beneficiou àqueles com mais condições financeiras.

Os reflexos não foram imediatos. A Juventus, que levaria o bicampeonato, ainda estava com mais italiano que forasteiros no elenco. O clube ficou no grupo C, com Rangers, Steaua Bucareste e Borussia Dortmund. Em seis jogos, La Vecchia Signora venceu quatro, empatou um e somou 13 pontos. A classificação e a liderança vieram na quarta rodada, nas goleada por 4 a 0 sobre os escoceses, em Glasgow.

Nas quartas de final, a Juventus enfrentou o Real Madrid. Na ida, perdeu por 1 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, venceu por 2 a 0 no Delle Alpi, em Turim. A semifinal foi contra o Nantes, da França. O primeiro jogo aconteceu na Itália, com vitória bianconeri por 2 a 0. A segunda partida foi fora de casa, com a Juve segurando a vantagem na raça: derrota por 3 a 2, de virada.

A decisão foi contra o defensor do título, o Ajax. Os holandeses superaram Ferencváros (Hungria), Grasshopper (Suíça), Borussia Dortmund e Panathinaikos. A disputa ocorreu no Estádio Olímpico de Roma, então o apoio foi maior para a Juventus. Fabrizio Ravanelli abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, mas o adversário fez 1 a 1 aos 41. A final foi aos pênaltis, onde brilhou o goleiro Angelo Peruzzi, com duas defesas. Por 4 a 2, a taça ficou na Itália.

A campanha da Juventus:
11 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 22 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Allsport/Getty Images

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1995

A expansão para. Na Liga dos Campeões de 1995, a UEFA reverteu algumas das mudanças das duas temporadas anteriores. A competição foi reduzida de 42 para 24 times, classificados com base no coeficiente da entidade: apenas os 23 melhores países tiveram direito a se juntar ao campeão Milan. Os outros foram movidos à Copa da UEFA.

O regulamento também mudou. Os sete melhores e os defensores de título iniciaram já na fase de grupos, enquanto os 16 restantes começaram em uma preliminar. Assim, tivemos um aumento de duas para quatro chaves, que substituíram as oitavas de final. O mata-mata abrangeu quartas, semi e a decisão.

Campeão holandês, o Ajax estava há 22 anos sem vencer o maior torneio da Europa. Com a base da seleção laranja (Danny Blind, os irmãos Frank e Ronald de Boer, Frank Rijkaard, Edgar Davids, Marc Overmars, Edwin Van der Sar, Clarence Seedorf, entre outros), o clube deu início a um tetra invicto no grupo D.

Enfrentando AEK Atenas, Casino Salzburg e Milan, o Ajax conseguiu quatro vitórias e dois empates. Contra os italianos foi um duplo 2 a 0, no Olímpico de Amsterdã e no jogo da classificação em Trieste (o San Siro estava interditado e o Milan, punido com dois pontos). Os holandeses passaram na liderança, com dez pontos.

Nas quartas de final, o Ajax encarou o Hajduk Split, da Croácia. Na ida, empatou sem gols fora. Na volta, fez 3 a 0 em casa. Na semifinal, o mesmo roteiro foi visto contra o Bayern de Munique: empate por 0 a 0 na Alemanha e goleada por 5 a 2 na Holanda.

Na final, o Ajax reencontrou o Milan. Os italianos foram vice-líderes do grupo D com cinco pontos (eram sete, mas a UEFA tirou dois por culpa da torcida, que agrediu o goleiro do Casino Salzburg), e no mata-mata eliminaram Benfica e Paris Saint-Germain. A partida aconteceu em Viena, no Estádio Ernst Happel (novo nome do Praterstadion), e foi complicada. O gol do título do Ajax só saiu aos 40 minutos do segundo tempo com Patrick Kluivert, que veio do banco de reservas.

A campanha do Ajax:
11 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Rex Features

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1994

A expansão continua. Em 1994, a Liga dos Campeões da Europa aumentou para 42 participantes. Entre os países estreantes, a Croácia, que conseguiu sua independência da Iugoslávia. Da ex-União Soviética, Belarus, Moldávia e Geórgia entraram com uma volta de atraso.

Mas o maior impacto foi mesmo a ausência do Olympique Marselha, defensor do título. Motivo? O clube foi suspenso por ter manipulado resultados no Campeonato Francês da temporada anterior. A conquista continental não foi cassada pela UEFA, porém a nacional foi. Não só isso, a Federação Francesa ainda rebaixou o time à segunda divisão. A vaga foi ocupada pelo Monaco, terceiro colocado (o vice PSG optou pela Recopa, para fazer valer o título da Copa da França).

Assim o caminho ficou livre para o Milan, vice dos franceses em 1993. Agora sob o comando de Fabio Capello, e com o advento dos eslavos Zvonimir Boban e Dejan Savicevic e do francês Marcel Desailly (que era do Olympique), o rossonero foi tranquilo rumo ao penta. Na primeira fase, eliminou o suíço Aarau com empate sem gols fora e vitória por 1 a 0 em casa. Nas oitavas de final, despachou o Copenhagen com triunfos por 6 a 0 na Dinamarca, e por 1 a 0 na Itália.

Na fase de grupos, o Milan ficou no grupo B ao lado de Anderlecht, Werder Bremen e Porto. A UEFA mudou o regulamento nesta parte, com mais duas vagas para os segundos lugares e a recriação da semifinal em jogo único. O rossonero avançou em primeiro com duas vitórias, quatro empates e oito pontos em seis partidas. A classificação veio no quinto jogo - 0 a 0 com os belgas no San Siro. Na semifinal, o Milan derrotou o Monaco em casa por 3 a 0.

A final foi contra o Barcelona, que bateu Dínamo Kiev, Austria Viena, Galatasaray, Spartak Moscou e Porto. No Estádio Olímpico de Atenas, o rossonero passeou e goleou os espanhóis por 4 a 0 - dois gols de Daniele Massaro e um cada de Savicevic e Desailly.

A campanha do Milan:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Alessandro Sabattini/Getty Images

Olympique Marselha Campeão da Liga dos Campeões 1993

The Champions! O verso mais cantado do hino futebolístico mais famoso é o símbolo da nova era da principal competição da Europa. Em 1993, a UEFA transformou a Copa dos Campeões em Liga dos Campeões (Champions League), e deu início a um processo de expansão que segue até a atualidade.

Na largada, e em meio aos desmembramentos geográficos, tivemos 36 participantes. Do fim da União Soviética, apareceram Rússia, Ucrânia, Lituânia, Letônia e Estônia. Da Iugoslávia, surgiu a Eslovênia - único território da região que ficou independente de modo pacífico. A parte restante, em guerra, estava suspensa. E entre outros movimentos, Israel e Ilhas Faroe foram novos filiados pela UEFA, enquanto a Alemanha enfim tornava-se uma coisa só. Dessa forma, o regulamento precisou ganhar uma fase preliminar de oito times, mas o resto continuou igual à temporada anterior.

O título acabou nas mãos do Olympique Marselha, da França - um país que nunca deu sorte nos torneios continentais de clubes. Na primeira fase, os olympiens eliminaram o Glentoran, da Irlanda do Norte, com vitórias por 5 a 0 fora e por 3 a 0 em casa. Nas oitavas, foi a vez de passar pelo Dínamo Bucareste, com empate por 0 a 0 na Romênia e vitória por 2 a 0 na França.

Na terceira fase, o Marselha ficou no grupo A, ao lado de CSKA Moscou, Club Brugge e Rangers. A equipe conquistou três vitórias, três empates e nove pontos. Na quarta rodada, os franceses enfiaram 6 a 0 sobre os russos no Vélodrome. A vaga na decisão veio na última partida, na vitória por 1 a 0 sobre os belgas fora.

O Olympique enfrentou o Milan na final. Os italianos bateram Olimpia Liubliana (Eslovênia), Slovan Bratislava, IFK Gotemburgo, Porto e PSV Eindhoven. O jogo aconteceu no Olímpico de Munique, e o inédito título francês veio na vitória simples por 1 a 0, gol marcado por Basile Boli, de cabeça, aos 43 minutos do primeiro tempo.

A campanha do Olympique Marselha:
11 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Georges Gobet/AFP/Getty Images

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 1992

A Copa dos Campeões da Europa de 1992 foi marcada pela transição de eras e mais mudanças geográficas. Na ordem: foi a última edição com o nome original. Também foi a primeira a contar com uma fase de grupos, após as oitavas de final, em substituição às quartas e à semifinal e com o líder avançando à decisão.

A Inglaterra estava definitivamente de volta à competição. A Alemanha seguiu com dois representantes porque a ex-nação oriental estava com seu torneio em andamento quando da reunificação com os ocidentais. Outro país que acabou ali foi a União Soviética, entre as oitavas e a terceira fase. No lugar entrou a Comunidade dos Estados Independentes, que foi a bandeira provisória do Dínamo Kiev. Por fim, o Estrela Vermelha teve que defender o título fora da Iugoslávia em guerra.

É nesse contexto que aparece o Barcelona, um dos poucos entre os mais tradicionais que ainda não foi campeão do maior título continental. Treinado pelo ídolo holandês Johan Cruyff, o clube espanhol teve um início trepidante. Na primeira fase, passou pelo Hansa Rostock após vencer no Campo Nou por 3 a 0 e perder na Alemanha por 1 a 0.

Nas oitavas, eliminou o outro alemão Kaiserslautern pelo gol de visitante, depois de fazer 2 a 0 em casa e levar 3 a 1 fora, com o tento salvador de José Mari Bakero aos 45 minutos do segundo tempo.

A campanha melhorou na terceira fase. O Barça ficou no grupo B, junto com Sparta Praga, Benfica e Dínamo Kiev. Em seis jogos, os catalães venceram quatro, empataram um e somaram nove pontos. A vaga na final veio na última rodada, nos 2 a 1 sobre os portugueses no Camp Nou.

O adversário do Barcelona na decisão foi a Sampdoria, equipe italiana que eliminou Rosenborg (Noruega), Honvéd (Hungria), Panathinaikos, Anderlecht e Estrela Vermelha. A partida foi disputada no Wembley, em Londres. O clube blaugrana chegou ao título inédito (depois dos vices em 1961 e 1986) com 1 a 0 no placar, conquistado aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação, no golaço de falta de Ronald Koeman.

A campanha do Barcelona:
11 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Estrela Vermelha Campeão da Liga dos Campeões 1991

O último suspiro de uma nação dividida. Esta é a frase que resume o único título da Copa dos Campeões da Europa do Estrela Vermelha, da Iugoslávia, em 1991. Menos de um mês depois da decisão (29 de maio), o país entrou na guerra civil (25 de junho) que o separa em cinco (depois sete). Um ano antes, as tensões internas ficaram escancaradas justamente durante uma batalha campal em partida do Estrela (Crvena Zvezda em sérvio) contra o hoje croata Dínamo Zagreb.

O mapa do futebol estava em mudanças tanto quanto o político. Durante o torneio europeu, as Alemanhas Ocidental e Oriental se unificaram. Dessa forma, foi a primeira vez que um país teve mais de um participante atuando sem ser o campeão. Ainda, foi a primeira temporada após a punição aos ingleses, embora o representante Liverpool estivesse com um ano adicional de gancho pela tragédia de 1985.

Assim, foram 31 times no último campeonato feito todo em mata-mata. A campanha vencedora do Estrela Vermelha começou contra o Grasshopper, com o qual empatou por 1 a 1 em Belgrado e goleou por 4 a 1 na Suíça.

Nas oitavas de final, os iugoslavos eliminaram o Rangers com 3 a 0 em casa e 1 a 1 na Escócia.
Nas quartas, foi a vez bater o Dínamo Dresden com outro 3 a 0 em Belgrado e um tapetão na agora ex-Alemanha Oriental. A UEFA suspendeu o jogo de volta - quando estava 2 a 1 para o Estrela - por causa do tumulto e da invasão de torcedores do Dresden. O time acabou excluído e o resultado concedido foi de 3 a 0 para os iugoslavos.

Na semifinal, o Estrela superou o Bayern de Munique depois de vencer por 2 a 1 fora e empatar por 2 a 2 em casa, com gols de Darko Pancev e Dejan Savicevic lá, e de Sinisa Mihajlovic e um contra cá (aos 45 minutos do segundo tempo).

A final foi contra o Olympique Marselha, que passou por Dínamo Tirana (Albânia), Lech Poznan (Polônia), Milan e Spartak Moscou. A partida aconteceu no Estádio San Nicola, na cidade de Bari, na Itália. Sem gols em 120 minutos, a disputa foi aos pênaltis. E por 5 a 3, deu Estrela Vermelha sobre os franceses. As cobranças foram de Robert Prosinecki, Dragisa Binic, Miodrag Belodedici, Mihajlovic e Pancev.

A campanha do Estrela Vermelha:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Imago-Images/Colorsport