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Remo Campeão Paraense 1975

O Remo conseguiu em 1975 seu 25º título paraense. A conquista também representou mais um tricampeonato na história do clube, pela quarta vez. O fato não acontecia desde 1954 e reafirmou o clube azulino como o principal do Norte brasileiro na metade da década de 1970.

Para chegar lá, o Leão Azul teve que passar por um torneio que foi tão rápido quanto confuso. Oito clubes participaram. Na primeira fase, todos se enfrentaram, mas com classificações separadas em dois grupos. Os dois primeiros de cada chave passaram ao quadrangular que apontou um finalista. A segunda fase foi disputada pelos três primeiros de cada grupo da etapa anterior. Novamente todos se enfrentaram, porém sem divisões em chaves. Os quatro primeiros foram ao quadrangular que determinou o outro finalista.

O Remo começou a campanha no grupo B, que teve ainda Tuna Luso, Tiradentes e Liberato de Castro. Na estreia, o time goleou o Sporting de Belém por 7 a 0 no Baenão. Nos seis jogos seguintes, vieram mais cinco vitórias e um empate, que deixaram os azulinos na liderança da chave com 13 pontos. No quadrangular, a goleada por 4 a 0 sobre o Castanhal, o empate por 1 a 1 com a Tuna Luso e a vitória por 1 a 0 sobre o Paysandu colocaram o Remo na decisão com cinco pontos.

A conquista da primeira fase deu dois pontos extras ao Leão na segunda etapa. Na estreia, a equipe fez 2 a 0 no Castanhal. Depois, obteve mais quatro vitórias e um empate. Com 11 pontos, o Remo liderou o hexagonal e foi ao quadrangular, onde fez 5 a 0 no Castanhal, 1 a 0 na Tuna Luso e empatou sem gols com o Paysandu. Novamente com cinco pontos, o Remo levou também a segunda fase e outros dois pontos extras para a final.

Como o regulamento não previa título antecipado, o time azulino precisou disputar a decisão contra o time de melhor campanha ao todo fora si próprio, que foi o rival Paysandu. Porém, a vantagem era toda do Leão que, com os dois pontos de bônus, podia ser campeão com um simples empate. Só haveria uma segunda partida caso ocorresse a derrota do Remo. Mas o time venceu o Repa por 2 a 1 no Baenão e conquistou outro título de maneira invicta.

A campanha do Remo:
19 jogos | 15 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 51 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Remo

Goiás Campeão Goiano 1975

No primeiro Campeonato Goiano realizado após a inauguração do Estádio Serra Dourada, em 1975, o Goiás chegou ao quarto título na história. E, a partir de então, iniciar um crescimento que o levaria a ser o maior campeão estadual algumas décadas depois.

Com um dos regulamentos mais simples para a época, a competição de 1975 teve a participação de 11 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram uma vez, com o líder garantindo uma vaga na final. A segunda fase foi igual, com o primeiro colocado preenchendo a outra vaga na decisão.

A campanha do Esmeraldino começou na vitória por 3 a 1 em cima da Anapolina em casa. Depois, seguiu com mais cinco triunfos e quatro empates até o fim da primeira fase. O time ficou invicto, mas o excesso de empates prejudicou na classificação final. Com 16 pontos, o Goiás terminou na segunda posição do turno, um ponto atrás do Goiânia, que se classificou para a final.

O jeito foi ganhar a segunda fase. Na estreia, o Esmeraldino venceu novamente a Anapolina, desta vez por 2 a 0 e fora de casa. Em casa, a primeira vitória veio na segunda rodada, também por 2 a 0 e em cima do Atlético, em clássico disputado no Serra Dourada. Na sequência, a equipe emendou outras seis vitórias e dois empates, que a deixaram com 18 pontos. Com menos empates, o Goiás enfim conseguiu seu lugar na decisão, com dois pontos de vantagem em cima do surpreendente Itumbiara, que deixou para trás Goiânia, Atlético e Vila Nova.

A final do Goianão de 1975 foi um replay da decisão do ano anterior, entre Goiás e Goiânia. Mas o Esmeraldino queria que desta vez o resultado fosse diferente. O confronto aconteceu em melhor de três no Serra Dourada. Na primeira partida, o Goiás venceu por 1 a 0. O segundo jogo terminou empatado por 0 a 0, adiando a conquista verde e dando a esperança da virada aos alvinegros.

Na terceira partida, o Goiás entrou com a vantagem do empate, mas chegou ao título invicto com vitória por 3 a 0 e sem dar qualquer chance ao rival, que ali iniciou um interminável jejum de títulos.

A campanha do Goiás:
23 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 0 derrotas | 42 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Goiás

Ceará Campeão Cearense 1975

Após ser duas vezes vice para o maior rival, o Ceará se redimiu em 1975 e reconquistou o título cearense, o 22º estadual de sua história e o primeiro obtido dentro do Castelão, inaugurado em 1973.

O torneio estadual daquele ano teve a participação de 11 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com o líder se garantindo na final e os seis melhores seguindo em frente. Na segunda fase, os seis classificados disputaram mais um turno, com outra vaga na decisão para o líder. Na terceira fase, os quatro classificados da etapa anterior disputaram um quadrangular também em turno único. O líder ficou com a terceira vaga na final.

O Vozão começou a campanha com empate sem gols com o América de Fortaleza em casa. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Icasa em Juazeiro do Norte. Na capital, o primeiro triunfo só aconteceu no quinto jogo, por 2 a 0 sobre o Guarani de Juazeiro. Em dez partidas, o time alvinegro conseguiu seis vitórias, três empates e uma derrota, que o deixaram em segundo lugar, com 15 pontos. Foram dois pontos a menos que o Fortaleza, que se classificou à decisão.

Na estreia da segunda fase, o Vozão venceu o Calouros do Ar por 2 a 0, o que deu início a uma sequência de 100% de aproveitamento. Nos outros quatro jogos, a equipe fez 1 a 0 no Ferroviário, 4 a 0 no Guarany de Sobral, 3 a 2 no Tiradentes e 3 a 0 no Fortaleza. Com dez pontos, o Ceará terminou em primeiro e conseguiu sua vaga na final.

A terceira fase foi composto por Ceará, Fortaleza, Ferroviário e Tiradentes. Na abertura, os alvinegros empataram sem gols com o Tiradentes. Na segunda rodada, venceram o Ferroviário por 2 a 1. No último jogo, ganharam o Clássico-Rei por 2 a 0 e faturaram o grupo com cinco pontos.

Com duas fases conquistadas, o Ceará foi à decisão contra o Fortaleza com a vantagem de poder ser campeão com empate de pontos nos dois jogos, ambos no Castelão. No primeiro, o Vozão saiu derrotado por 2 a 0. Assim, só a vitória serviria para o título na segunda partida, independente do placar. Mas o triunfo veio por outro 2 a 0, que freou o tri do rival e devolveu a taça aos alvinegros.

A campanha do Ceará:
20 jogos | 14 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Ceará

Avaí Campeão Catarinense 1975

Os clubes de Florianópolis dominaram o futebol catarinense na primeira metade da década de 1970. Com dois títulos para cada, Avaí e Figueirense retomaram a hegemonia do futebol de Santa Catarina para a capital. Porém, a conquista de 1975 por parte do Leão da Ilha foi a última daquele momento. A próxima viria para a clube apenas 13 anos depois.

O Campeonato Catarinense de 1975 13 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, mas divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram à segunda fase, que foi disputada do mesmo modo que a etapa anterior. O líder de cada grupo se classificou à final, que foi realizada em melhor de três jogos.

O Avaí ficou no grupo B, junto com Chapecoense, Inter de Lages, Marcílio Dias, Caxias de Joinville, Carlos Renaux e Próspera. Na estreia, o time goleou o Caxias por 4 a 1 no Adolfo Konder. Depois, somou mais 15 vitórias, cinco empates e três derrotas nas 23 partidas seguintes. Com 37 pontos, o Leão se classificou na primeira colocação da chave.

Na segunda fase, o Avaí seguiu com Chapecoense, Inter de Lages e Marcílio Dias. No outro grupo, atuaram Figueirense, Palmeiras de Blumenau, América de Joinville e Juventus de Rio do Sul. O Leão iniciou a etapa com empate sem gols diante do Marcílio Dias, em Itajaí. Nos 13 jogos restantes, a equipe acumulou seis vitórias, cinco empates e duas derrotas. Os resultados deixaram o Avaí na liderança com 18 pontos, cinco a mais que a vice Chapecoense.

Classificado à decisão, o Avaí disputou o título com o rival Figueirense, que liderou o grupo A. A primeira partida aconteceu no Orlando Scarpelli. Fora de casa, o Leão não resistiu e saiu derrotado por 3 a 2. O segundo jogo foi em casa, no Adolfo Konder. Na obrigação de não perder, o Avaí igualou o confronto ao vencer por 3 a 0. Ambos os times foram à terceira partida com dois pontos.

A partida derradeira aconteceu no Orlando Scarpelli. Como os times estavam empatados em pontos, o título ficaria com o vencedor do terceiro clássico. E o Avaí fez um papel bem diferente em relação ao primeiro jogo. Venceu fora de casa por 1 a 0 e conquistou o 11º título estadual.

A campanha do Avaí:
41 jogos | 24 vitórias | 11 empates | 6 derrotas | 72 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Sport Campeão Pernambucano 1975

Foram 12 anos de tabu, vendo seus maiores rivais enfileirarem títulos estaduais. Em 1975, o Sport quebrou a fila e voltou a vencer o Campeonato Pernambucano. Foi a 20ª taça conquistada pelo clube rubro-negro, a primeira desde 1962. Nesse meio tempo, o Náutico foi hexa e o Santa Cruz penta.

O estadual manteve os oito participantes dos anos anteriores. Na primeira fase, os times se enfrentaram em dois turnos, com o líder avançando à final e os seis melhores passando à etapa seguinte. Na segunda fase, os seis classificados voltaram a jogar em dois turnos, com o primeiro colocado também indo à decisão e os cinco melhores pulando à terceira etapa. Na última fase, os cinco sobreviventes também atuaram em dois turnos. A final reuniu os campeões das três etapas, cada uma com um ponto extra.

O Leão da Ilha começou a campanha vencendo o Ferroviário de Recife por 2 a 0. Nos 13 jogos seguintes, conseguiu mais dez vitórias, dois empates e uma derrota. Entre os triunfos, duas históricas goleadas por 9 a 2 e por 8 a 0 sobre o Santo Amaro. Porém, o revés fez diferença na classificação e o Sport foi vice-líder, com 24 pontos, um a menos que o Náutico, que conquistou a primeira fase.

Santo Amaro e Íbis deixaram a competição na segunda fase. O Sport começou a etapa com outra goleada, por 5 a 0 em cima do América de Recife. Nas nove partidas restantes, o time se sobressaiu sobre os rivais e conseguiu mais sete vitórias e três empates. Invicto, o rubro-negro liderou a etapa com 17 pontos e conquistou a vaga na decisão.

Na terceira fase, o eliminado foi o Ferroviário. O Leão estreou outra vez com o América, vencendo por 2 a 0 na Ilha do Retiro. Depois, manteve a invencibilidade com mais cinco vitórias e dois empates, que colocaram a equipe novamente na liderança, com 14 pontos.

Com dois pontos extras, o Sport chegou na decisão em vantagem contra o Náutico, que ficou com um ponto. De tal forma, o time rubro-negro ficou com chance de ser campeão logo no primeiro jogo, nos Aflitos. Bastaria vencer o Clássico dos Clássicos fora de casa. Foi o que aconteceu, pelo placar de 1 a 0.

A campanha do Sport:
33 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 91 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Armando Filho/Placar

Bahia Campeão Baiano 1975

Em 1975, o Bahia chegou ao tricampeonato baiano invicto e ao 26º título estadual em sua história. O título consolidou a hegemonia e demostrou a consistência do clube durante a década de 1970, consolidando-se como a principal potência do futebol baiano na época.

O Campeonato Baiano daquele ano teve a participação de dez times. Na primeira fase, todos se enfrentaram uma vez, com os quatro primeiros passando ao quadrangular que apontou o primeiro finalista. A segunda fase foi idêntica a anterior, com as equipes jogando mais uma vez entre si e os quatro melhores disputando a segunda vaga na decisão. Caso o mesmo time levasse as duas fases do torneio, a melhor campanha no geral pegaria o lugar que sobrou na final. Foi o que aconteceu, mas nada que fosse capaz de parar o ímpeto do Bahia.

O Tricolor de Aço começou a campanha ganhando por 1 a 0 do Itabuna fora de casa. Nos nove jogos seguintes, a equipe engatou mais quatro triunfos e quatro empates. Com 14 pontos na tabela, o Bahia liderou a etapa e foi ao quadrangular que definiu um lugar na final. Nas três partidas que disputou, bateu o Botafogo de Salvador por 1 a 0, empatou por 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas e empatou sem gols com o Vitória. Os quatro pontos foram suficientes para a equipe faturar a primeira fase, com um a mais que seu maior rival.

A segunda fase teve a tabela espelhada. Na estreia, o Bahia fez 2 a 1 no Itabuna na Fonte Nova. Depois, repetiu o roteiro da etapa anterior com mais quatro triunfos e quatro empates nas oito partidas seguintes. Novamente com 14 pontos, o time foi líder e avançou, ao lado dos mesmos adversários. No quadrangular, o Tricolor empatou por 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas, goleou por 4 a 0 o Botafogo e empatou por 1 a 1 com o Vitória. Outra vez com quatro pontos, o Bahia superou o maior rival no saldo de gols e acumulou a segunda vaga na decisão.

De tal forma, o melhor índice técnico contando as duas fases se classificou à final, e este clube foi o Vitória. O Bavi decisivo foi realizado na Fonte Nova, e a vantagem era toda do Bahia, que por ter ganhado as duas fases podia ser campeão até mesmo com empate. Foi exatamente o que ocorreu, pois os dois times não saíram do 0 a 0. Assim, mais uma taça foi para a galeria do Tricolor de Aço, que ampliou ainda mais sua frente de títulos.

A campanha do Bahia:
25 jogos | 12 triunfos | 13 empates | 0 derrotas | 35 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Bahia

Coritiba Campeão Paranaense 1975

A hegemonia do Coritiba continuou intacta em 1975. Naquele ano, o clube conquistou o pentacampeonato estadual e o 24º título no geral, depois de passar por quatro fases de torneio.

O Campeonato Paranaense de 1975 foi disputado com 12 times. Na primeira fase, eles se enfrentaram em turno único, com o líder garantindo uma vaga na decisão. A segunda fase foi igual a anterior, com outra vaga de finalista ao primeiro colocado. A classificação combinada destas duas etapas colocou os oito melhores na terceira fase, que foi disputada em turno único e que qualificou o terceiro finalista. Por fim, os três campeões de fase e o maior pontuador na soma das etapas disputaram o quadrangular final.

A campanha do Coritiba teve início no empate sem gols com o Umuarama fora de casa. Na partida seguinte, o time estreou no Belfort Duarte e venceu o Paranavaí por 1 a 0. Nos nove jogos seguintes, o Coxa venceu seis, empatou dois e perdeu um. Com 17 pontos, a equipe fechou a primeira fase em terceiro lugar, dois pontos atrás do líder Athletico, que foi ao quadrangular final.

Na segunda fase, o Coritiba iniciou com vitória por 2 a 0 sobre o União Bandeirante em casa. Nas outras dez partidas, o time venceu oito e empatou duas. Os resultados deixaram o Coxa na liderança com 20 pontos e com a vaga na decisão garantida.

Coritiba, Athletico, Colorado, União Bandeirante, Londrina, Grêmio Maringá, Pinheiros e Iguaçu jogaram a terceira fase. Na estreia, o Coxa venceu o Londrina por 2 a 0 no Belfort Duarte. Depois, a equipe ganhou mais duas partidas, empatou três e perdeu uma, somando nove pontos e encerrando na segunda colocação, dois pontos atrás do Colorado, que ficou com a terceira vaga no quadrangular.

O quadrangular final iniciou com o Coritiba goleando o União Bandeirante (classificado pelo índice técnico) por 4 a 1. Na segunda rodada, o Coxa venceu o Atletiba por 1 a 0 e chegou a quatro pontos, seguido pelo Colorado com três. O confronto entre os dois times decidiu o estadual na última rodada no Belfort Duarte. Jogando pelo empate, o time alviverde segurou o 0 a 0 e ficou com a taça.
 
A campanha do Coritiba:
32 jogos | 21 vitórias | 9 empates | 2 derrotas | 46 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Cruzeiro Campeão Mineiro 1975

O Cruzeiro deu continuidade a um dos períodos mais vencedores de sua história em 1975, com o tetracampeonato mineiro. No Campeonato Brasileiro, porém, o time bateu novamente na trave e ficou com outro vice, para o Internacional. Uma segunda colocação que viraria ouro no ano seguinte, com a conquista inédita da Libertadores.

O Campeonato Mineiro teve 16 participantes. Na primeira fase, eles foram divididos em dois grupos cruzados. O líder de cada chave jogou a final da fase e os quatro melhores por grupo avançaram à segunda fase. Na outra etapa, os oito classificados se enfrentaram uma vez, mas divididos em mais dois grupos. Os líderes e as duas melhores pontuações avançaram ao quadrangular que decidiu o campeão.

A Raposa iniciou a campanha no grupo A e estreou com empate por 2 a 2 com o rival Atlético. A primeira vitória veio na rodada seguinte, por 2 a 1 sobre o Valeriodoce. Nos seis jogos seguintes, o time venceu quatro e empatou dois, que garantiram a liderança com 13 pontos. Na outra chave, o ESAB de Contagem surpreendeu Atlético e América e passou à final da primeira fase. Na primeira partida, o Cruzeiro goleou o adversário por 6 a 2. No segundo jogo, venceu por 1 a 0.

Na segunda fase, a Raposa começou com derrota por 1 a 0 para a Caldense. No segundo jogo venceu o União Tijucana pelo mesmo placar. Nas outras cinco partidas, o Cruzeiro venceu três, empatou um e perdeu uma, que colocaram a equipe apenas em segundo lugar no grupo B, com nove pontos. Mas o time foi ao quadrangular final pelo índice técnico, ao lado do América e atrás de Atlético e Caldense.

O quadrangular final foi disputado apenas em fevereiro de 1976 (foram seis meses de pausa), no Mineirão. O Cruzeiro entrou na decisão com um ponto extra graças à conquista da primeira fase. O Atlético também ganhou um ponto devido ao título da Taça Minas Gerais. Porém, a Raposa não deu chance alguma ao rival. Na estreia, goleou a Caldense por 4 a 1. Nos quatro jogos seguintes, venceu todos. Na última rodada, ganhou do Atlético por 1 a 0, levando o tetra e o 19º estadual. 

A campanha do Cruzeiro:
23 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 42 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Alberto Carlos/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1975

O Internacional pintou o sete em 1975. Pela primeira vez, o clube gaúcho levou o título brasileiro, confirmando a condição de melhor time do país à época. No estadual, veio a conquista do heptacampeonato, estabelecendo a maior sequência de taças de sua história e empatando com a do rival Grêmio, que venceu entre 1962 e 1968.

O Gauchão daquele ano foi disputado por impressionantes 32 equipes. Na primeira fase, 30 delas foram dividias em seis grupos e se enfrentaram em dois turnos. As três melhores avançaram. Na segunda fase, Inter, Grêmio e os 18 classificados atuaram em turno único, com o líder se garantindo na decisão e os quatro primeiros passando à etapa seguinte. A terceira e quarta fases foram iguais, em quadrangulares de turno único. Os líderes também tiveram dois lugares na final.

Livre da fase inicial, o Colorado iniciou a competição na segunda fase. Na estreia, o time goleou o Ypiranga por 6 a 0 no Beira-Rio. Nos 18 jogos seguintes, foram mais 15 vitórias e três empates, que colocaram a equipe na liderança com 33 pontos, dois a mais que o Grêmio. A vaga na decisão já estava garantida, bem como a passagem aos quadrangulares, junto com o rival, além de Caxias e Santa Cruz.

No primeiro quadrangular, o Inter iniciou vencendo o Caxias por 2 a 0 em casa. Depois, fez 1 a 0 no Santa Cruz fora de casa. Na última rodada, perdeu por 3 a 1 para o Grêmio em pleno Beira-Rio. O resultado deixou o Colorado com quatro pontos, assim como o rival e o Caxias. No critério do "goal average" (divisão dos gols marcados pelos sofridos), a equipe ficou em segundo lugar e teve direito de fazer uma partida extra com o líder Caxias. Por 1 a 0 no Centenário, o Inter venceu a segunda fase.

No segundo quadrangular, o Colorado fez 3 a 0 no Santa Cruz em casa e empatou por 2 a 2 com o Caxias fora. No Grenal, no Olímpico, o times ficaram no 1 a 1 e somaram quatro pontos cada, com o Inter em primeiro lugar. Na partida extra com o Grêmio no Beira-Rio, os colorados venceram por 1 a 0 e confirmaram o 23º título estadual por antecipação.

A campanha do Internacional:
27 jogos | 21 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 62 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto J.B. Scalco/Placar

Fluminense Campeão Carioca 1975

Na alternância Fla-Flu que imperou no Campeonato Carioca na década de 1970, era a vez de o Fluminense levar o título em 1975, já que fez o mesmo em 1971 e 1973, enquanto o Flamengo venceu em 1972 e 1974. Mas não sem antes passar pelas dificuldades naturais de um campeonato competitivo.

Com as tradicionais 12 equipes, o estadual de 1975 foi separado em três fases. Na Taça Guanabara, todas se enfrentaram uma vez, com o título e a vaga na final ficando com o primeiro colocado. A segunda fase foi igual a primeira, sob o nome Taça Augusto Pereira da Motta. Na terceira fase, a Taça Danilo Leal Carneiro, as oito melhores da etapa anterior voltaram a jogar em turno único, com o líder conquistando o terceiro lugar na decisão. Por fim, tivemos o triangular final.

O Flu iniciou a Taça Guanabara com vitória por 3 a 0 sobre o Madureira. Nos dez jogos seguintes, conseguiu mais sete vitórias, dois empates e uma derrota, que deixaram o time com 18 pontos. Com a mesma campanha, o America forçou um jogo extra para decidir o campeão com o Fluminense. E deu tricolor, por 1 a 0 no Maracanã.

Na segunda fase, o Flu baixou seu ritmo, a começar pelo empate por 1 a 1 com o São Cristóvão. Nas dez partidas restantes, os tricolores venceram seis, empataram duas e perderam duas. Com 16 pontos, a equipe ficou em quarto lugar, seis pontos atrás do vencedor Botafogo.

Classificado à terceira fase, o Fluminense estreou com vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo. Depois, venceu mais três jogos, empatou um e perdeu dois, que colocaram o time outra vez na quarta colocação, com nove pontos, três a menos que Vasco e Flamengo, que decidiram o turno. No fim o cruz-maltino venceu e levou a terceira vaga.

O triangular final reuniu Fluminense, Botafogo e Vasco. Na abertura, o Flu goleou os vascaínos por 4 a 1 e ficou em ótima situação. No segundo jogo, o Vasco fez 2 a 0 nos botafoguenses e se despediram. Desta forma, o Fluminense ficou com tudo para ser campeão carioca. O time podia vencer, empatar ou até perder o Clássico Vovô por dois gols de diferença. Os alvinegros bem que tentaram a virada, mas o placar ficou apenas no 1 a 0, que bastou para conquista tricolor.

A campanha do Fluminense:
32 jogos | 20 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 59 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense

São Paulo Campeão Paulista 1975

Quatro anos depois, o São Paulo voltou a conquistar o Campeonato Paulista. O título de 1975 veio em um momento muito bom, mas azarado, do clube, que foi vice do Brasileiro em 1973 e da Libertadores em 1974. Foi uma conquista de preparação para a primeira taça nacional tricolor, em 1977.

O Paulistão mudou bastante o regulamento para 1975. Com 19 participantes, deixou de existir a fase preliminar. Todos os times entraram no campeonato desde o começo. No primeiro turno, eles se enfrentaram em grupo único, com o líder garantindo um lugar na final. No segundo turno, as equipes foram divididas em dois grupos, que se enfrentaram de modo cruzado. Os três melhores de cada chave passaram ao hexagonal que indicou o segundo finalista.

O São Paulo iniciou a campanha do décimo título estadual com goleada por 4 a 0 sobre o Paulista de Jundiaí em casa. Nos outros 17 jogos, o time manteve uma campanha invicta, com mais 14 vitórias e três empates. A liderança e a vaga na final vieram fáceis, com 33 pontos.

No segundo turno, o tricolor ficou no grupo B e enfrentou os adversários da chave A. Na estreia, fez 3 a 0 sobre a Portuguesa Santista no Morumbi. Depois, conseguiu mais sete vitórias e dois empates e se classificou em primeiro lugar, com 18 pontos. Na fase seguinte, iniciou com empate por 1 a 1 com a Portuguesa, seguido por duas vitórias, outro empate e uma derrota. Com seis pontos, o São Paulo se viu empatado com os lusos e o Santos. Porém, a equipe terminou o hexagonal em terceiro lugar por causa do saldo de gols: um contra três da Portuguesa.

A final do Paulistão foi entre São Paulo e Portuguesa, em dois jogos no Morumbi. Na primeira partida, os tricolores venceram por 1 a 0. No segundo jogo, os lusos devolveram o placar nos 90 minutos. Na prorrogação, os times não fizeram gols. A decisão foi aos pênaltis, e nas cobranças o São Paulo venceu por 3 a 0, ficando com o título. 

A campanha do São Paulo:
35 jogos | 26 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 60 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/São Paulo

Peru Campeão da Copa América 1975

Sem explicação, o Campeonato Sul-Americano foi deixado de lado depois de 1967. Na mesma época, a Libertadores começou um processo de expansão no regulamento. A Conmebol nunca respondeu se uma coisa tem relação com a outra, mas o fato é que foram oito anos sem um torneio de seleções.

Foi somente em 1975 que a entidade voltou a organizar uma competição, com novo nome. O Campeonato Sul-Americano virou Copa América, com uma organização completamente diferente. Se antes as equipes ficavam em sede única com partidas em pontos corridos, a partir de então elas ficaram divididas em três grupos, com os líderes avançando à semifinal, lugar onde o campeão vigente já entrava diretamente. Não havia mais sede fixa, com os jogos ocorrendo em ida e volta.

O primeiro campeão da nova Copa América foi o Peru, seleção que estava no auge de sua melhor geração, que havia chegado longe nas Copas do Mundo de 1970 e 1978. "La Blanquirroja" ficou no grupo B, com Chile e Bolívia. A estreia peruana foi em Santiago, com empate por 1 a 1 com os chilenos. Ainda fora de casa, em Oruro, foi a vez de derrotar por 1 a 0 os bolivianos. No returno, em Lima, o Peru foi soberano e fez duas vezes 3 a 1, tanto na Bolívia quanto no Chile, garantindo a classificação com sete pontos, contra três dos chilenos e dois dos bolivianos.

Na semifinal, o adversário peruano foi o Brasil. A partida de ida, em Belo Horizonte, certamente é uma das mais lembradas da história da Blanquirroja: vitória por 3 a 1, gols marcados Enrique Casaretto (dois) e Teófilo Cubillas. A volta aconteceu em Lima, mas, apesar da grande vantagem, o Peru perdeu por 2 a 0. Não havia disputa de pênaltis nem jogo extra previstos no regulamento da fase. No lugar, a Conmebol definiu o classificado à final em um cara ou coroa. Na moeda, a sorte sorriu aos peruanos.

A decisão foi disputada contra a Colômbia, que na primeira fase passou por Paraguai e Equador, e na semifinal bateu o Uruguai. A primeira partida aconteceu no El Campín, em Bogotá, e o Peru saiu derrotado por 1 a 0. O segundo jogo foi realizado no Estádio Nacional de Lima, e o time peruano reverteu a situação fazendo 2 a 0, gols de Juan Carlos Oblitas e Oswaldo Ramírez.

Como a bizarrice do sorteio para definição só valia para a semi, a Conmebol marcou uma partida de desempate na Venezuela para definir o campeão. No Estádio Olímpico da La UCV, em Caracas, o Peru voltou a vencer, por 1 a 0, gol de Hugo Sotil. Foi o bicampeonato de La Blanquirroja, que já havia erguido a taça em 1939.

A campanha do Peru:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 14 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/FPF

Dínamo Kiev Campeão da Recopa Europeia 1975

A Recopa Europeia seguiu em alta no Leste Europeu em 1975. Uma temporada depois de o título ter ficado na Alemanha Oriental, foi a vez da União Soviética faturar a taça pela primeira vez. A missão coube ao Dínamo Kiev, com o chamado "futebol científico" praticado pelo técnico Valeriy Lobanovskyi.

Atualmente representado a Ucrânia, o Dínamo Kiev foi um dos clubes mais vencedores da União Soviética. Em 1973, os "bilo-syni" (alviazuis) foram vices da Copa Soviética, mas como o campeão Ararat Yerevan também faturou a liga nacional e foi à Liga dos Campeões, o time herdou a vaga na Recopa. Na primeira fase, eliminaram o CSKA Sofia com vitórias por 1 a 0, em Kiev e na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Dínamo enfrentou o Eintracht Frankfurt. A primeira partida aconteceu na Alemanha, no Waldstadion, mas os soviéticos não se intimidaram e venceram por 3 a 2, de virada. O segundo jogo foi no Estádio Central de Kiev (atualmente Estádio Olímpico), e novo triunfo por 2 a 1 colocou os soviéticos nas quartas.

A próxima parada azul foi na Turquia, contra o Bursaspor. A campanha do Dínamo seguiu arrasadora com a vitória por 1 a 0 na ida fora, gol marcado por Volodymyr Onyshchenko. A volta foi disputada em Kiev, e os soviéticos voltaram a vencer, por 2 a 0, gols de Viktor Kolotov e Volodymyr Muntyan.

Na semifinal, o adversário foi o PSV Eindhoven. O primeiro jogo foi no Central de Kiev, para 100 mil torcedores. Kolotov, Onyshchenko e Oleg Blokhin anotaram os gols de um dos maiores triunfos da história do Dínamo, por 3 a 0. A segunda partida foi na Holanda. A grande vantagem permitiu ao Dínamo perder por 2 a 1 no Estádio Philips, o que impediu o título com 100% de aproiveitamento.

Na final, o Dínamo Kiev encarou o Ferencváros, que superou Cardiff City, Liverpool, Malmö e Estrela Vermelha. A partida aconteceu na Suíça, no Estádio St. Kakob, na Basileia. Sem dar chances aos húngaros, os soviéticos venceram por 3 a 0, com dois gols de Onyshchenko e um de Blokhin.

A campanha do Dínamo Kiev:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo Photopress/Keystone/Bridgeman Images

Borussia Mönchengladbach Campeão da Liga Europa 1975

Na Copa da UEFA de 1975, chegou a vez de se ver a Alemanha no topo. O Borussia Mönchengladbach escreveu um capítulo histórico em sua trajetória ao conquistar seu título internacional. A campanha do clube foi marcada por um desempenho excepcional, puxado pela atuação de jogadores que faziam parte da base da seleção alemã recém-campeã da Copa do Mundo.

O M'gladbach iniciou sua jornada na competição na primeira fase, enfrentando o Wacker Innsbruck, da Áustria. Apesar da derrota por 2 a 1 na ida fora, os alemães conseguiram avançar para a próxima fase com um placar de 3 a 0 na volta em casa. Na fase seguinte, o time teve pela frente o Lyon. O primeiro jogo, na Alemanha, foi bastante disputado, com vitória do Borussia por 1 a 0. Já o segundo, na França, foi um passeio com a goleada por 5 a 2.

Nas oitavas de final, o adversário do Borussia foi o Zaragoza. Nesta fase, os alemães mostraram grande determinação e eliminaram os espanhóis com ao golearem por 5 a 0 na ida em casa, e fazerem mais 4 a 2 na volta fora. Nas quartas, o M'gladbach foi desafiado pelo Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo terminou com vitória alemã por 1 a 0 fora. A classificação entre os quatro melhores da Copa da UEFA foi confirmada em casa, com outro triunfo por 3 a 1.
 
Na semifinal, o Borussia Mönchengladbach enfrentou o Colônia, em um confronto caseiro. Rivalidades à parte, "die fohlen" se mostraram superiores e avançaram para a final com duas vitórias, por 3 a 1 fora, no Müngersdorfer, e por 1 a 0 em casa, no antigo Bökelbergstadion.

A grande final da Copa da UEFA foi disputada em dois jogos contra o holandês Twente, que eliminou Ipswich Town, RWD Molenbeek (Bélgica), Dukla Praga, Velez Mostar (Iugoslávia) e Juventus. No primeiro confronto, realizado no Bökelbergstadion, o Mönchengladbach não conseguiu sair do 0 a 0, apesar do apoio de mais de 42 mil torcedores alemães.

Na partida de volta, no Estádio Diekman, cidade de Enschede, o Borussia mostrou uma atuação sólida e segura, sem tomar conhecimento do adversário. Ainda ao três minutos do primeiro tempo, Allan Simonsen abriu o placar. Aos nove, Heynckes ampliou, e no segundo tempo completou um hat-trick, aos cinco e aos dez minutos. Simonsen ainda marcou mais um de pênalti, aos 43, depois do gol de honra dos holandeses. A goleada por 5 a 1 marcou o primeiro ápice da história do Borussia Mönchengladbach na Europa.

A campanha do Borussia Mönchengladbach:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 32 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Borussia Mönchengladbach

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1975

A supremacia do Bayern de Munique na Copa dos Campeões da Europa teve continuidade no ano de 1975. Com a base da seleção que venceu a Copa do Mundo no ano anterior - Sepp Maier no gol, Franz Beckenbauer na zaga, Gerd Müller no ataque, entre outros -, o clube bávaro prosseguiu seu domínio sobre os adversários com resultados simples e consistentes.

Livre da primeira fase por estar defendendo o título (eram 29 participantes ao todo), o Bayern iniciou sua campanha nas oitavas de final diante do Magdeburg, da Alemanha Oriental. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Olímpico de Munique. após sofrer dois gols, o time ocidental virou de maneira épica para 3 a 2. A segunda partida foi em território socialista, e desta vez a vitória veio sem maiores complicações, por 2 a 1.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Ararat Yerevan, da União Soviética. Na ida, os alemães venceram em casa por 2 a 0. Na volta, fora, os armênios pressionaram, tentaram a reação, mas o Bayern segurou a derrota útil por 1 a 0 para chegar à semifinal.

Na fase seguinte, o enfrentamento foi contra o Saint-Étienne. A primeira partida foi realizada na França, no Estádio Geoffroy-Guichard, e terminou empatada por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu em Munique, e o Bayern confirmou o favoritismo ao fazer 2 a 0, gols de Beckenbauer (no começo do primeiro tempo) e Bernd Dürnberger (na metade da etapa complementar).

Novamente na final, o Bayern de Munique enfrentou o Leeds United, clube da Inglaterra que no caminho bateu Zürich, Újpesti Dózsa (Hungria), Anderlecht e Barcelona. O local escolhido para a partida foi o Parc des Princes, em Paris.

Os britânicos bem que tentaram segurar o poderio alemão, mas o Bayern conseguiu os gols da vitória no segundo tempo. Aos 26 minutos, Franz Roth abriu o placar. Aos 36, foi a vez do artilheiro Gerd Müller fazer 2 a 0 e confirmar o bicampeonato da equipe.

A campanha do Bayern de Munique:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Independiente Campeão da Libertadores 1975

A quadrilogia vencedora do Independiente teve seu último ato em 1975. As coisas nesta Libertadores aconteceram nos mesmos moldes do segundo e do terceiro ato, com o time começando a campanha diretamente na segunda fase.

A melhor participação na fase de grupos foi do Universitario. O time peruano anotou dez pontos. No mais, é digna de registro a disputa entre os argentinos. Em uma rara edição sem clubes de Buenos Aires, Rosario Central e Newell's Old Boys ficaram empatados com oito pontos. A classificação ficou com a equipe canalha, que superou a dos leprosos no saldo de gols (3 a 1).

A semifinal teve início com o Independiente enfrentando exatamente o Central. No Gigante de Arroyito, derrota por 2 a 0. A situação piorou quando o time levou outro 2 a 0, do Cruzeiro em Belo Horizonte. Zerado, o time rojo precisava vencer seus dois jogos em casa e torcer para que o Central também derrotasse os mineiros (que haviam vencido os rosarinos no Brasil). Isso tudo se o saldo de gols favorecesse. Na Doble Visera, o Independiente devolveu os 2 a 0 no Central. Em Rosario, o dono da casa aplicou 3 a 1 nos brasileiros.

Ambos ficaram com quatro pontos, contra dois dos rojos. O saldo até ali era de menos um, contra um dos brasileiros e zero dos compatriotas. Ou seja, a vitória sobre o Cruzeiro precisava ser por três gols de diferença. E assim foi, com um 3 a 0 que positivou o saldo para um e negativou o dos cruzeirenses para menos um, que o Independiente chegou à quarta final seguida.

A decisão foi em três jogos contra o Unión Española, do Chile, que eliminou Universitario e LDU Quito. O primeiro foi no Nacional de Santiago, com derrota por 1 a 0. O segundo foi em Avellaneda, com vitória por 3 a 1. O hexa do Indpendiente veio na terceira partida, no Defensores del Chaco, em Assunção, ao fazer 2 a 0 nos chilenos. Sinal da perda de fôlego do elenco e do fim de um ciclo, foi o título com campanha mais irregular.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 10 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Internacional Campeão Brasileiro 1975

O Brasileiro de 1975 passou por mais uma mudança de nome. Saiu o Campeonato Nacional, entrou a Copa Brasil. Em relação aos dois anos anteriores, o torneio ganhou mais dois times, somando 42. E nesta temporada, o Brasil viu surgir para a história mais um esquadrão, o Internacional de Manga, Figueroa, Carpegiani, Falcão e Valdomiro. Fora de campo, a regra maluca da vez era a adição de um ponto extra aos times que vencessem por mais de dois gols de diferença.

Na primeira fase, os 42 times foram divididos em quatro grupos. O Inter entrou no grupo D, com mais dez adversários. Jogando em chave cruzada com o grupo C, o Colorado liderou com oito vitórias, dois empates e uma derrota. Fez 23 pontos, sendo cinco vindos da regra do ponto extra. De cada grupo, se classificaram cinco equipes. As restantes foram para uma repescagem.

Na segunda fase, os 20 times foram divididos em mais dois grupos, e o Internacional ficou no grupo B. Agora com jogos dentro do próprio grupo, foi líder mais uma vez, com cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. O Santa Cruz fez uma campanha igual. Mas os pontos extras fizeram a diferença. Foram cinco do Inter e só dois dos pernambucanos. No total, 19 aos colorados. Com ambos, avançaram mais quatro equipes do grupo. Na repescagem, 22 times se dividiram em quatro grupos, e o líder de cada um se classificou.

Na terceira fase, os 16 times se dividiram em outros dois grupos. O Inter ficou no grupo B novamente, mas dessa vez perdeu na briga para o Santa Cruz. Se classificou na vice-liderança, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Foram 12 pontos (dois extras). Na semifinal, o Colorado foi obrigado a jogar a partida única fora de casa. No Maracanã, contra o Fluminense, o Internacional mostrou sua regularidade e calou 97 mil torcedores com a vitória por 2 a 0. Na outra chave, o Cruzeiro eliminou o Santa Cruz também com vitória fora.

A melhor campanha colorada ao longo do campeonato premiou o time com o mando de jogo da final única no Beira-Rio. Internacional e Cruzeiro fizeram um jogo tenso. Mas que culminou no título do Inter. Figueroa marcou de cabeça o "Gol Iluminado" do título. Ele estava posicionado no único ponto do gramado com a luz do sol. Internacional campeão brasileiro.

A campanha do Internacional:
30 jogos | 19 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 51 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência RBS