Todos os campeões do Brasileirão Sub-20 Série B

Uma nova competição de base foi criada no Brasil. Em 2025, a CBF introduziu no calendário o Campeonato Brasileiro Sub-20 Série B, que, como o nome já sugere, é a segunda divisão nacional para jogadores de até 20 anos. Aqui, vamos trazer os vencedores desta competição.

Em 2025, o Avaí foi o campeão. Na primeira fase, o clube foi terceiro colocado do grupo B. Nas quartas de final, eliminou o Vila Nova. Na semifinal, bateu o Sport. Na final, venceu o Vitória por 3 a 1 em Florianópolis.

O Avaí subiu para a primeira divisão em 2026 ao lado do vice Vitória e do Criciúma, que fez a melhor campanha entre os semifinalistas.

Foto Fernando Ribeiro/FCF

Corinthians/Audax Campeão da Copa do Brasil Feminina 2016

Em 2016, a CBF organizou a décima e última edição da Copa do Brasil Feminina antes da interrupção. Àquela altura, a entidade encerrou a competição para criar a partir de 2017 a Série A2 do Campeonato Brasileiro, visto que este já tinha maior importância. O hiato da Copa do Brasil duraria até 2025.

Mais uma vez, 32 equipes participaram do torneio, que seguiu o formato eliminatório simples. O que também continuou como regra foi que, nas duas primeiras fases, se o time visitante vencesse a partida de ida por três ou mais gols de diferença, a volta era automaticamente cancelada.

O título ficou com dois clubes em parceria, o Audax Osasco e o Corinthians. O projeto visava recolocar o time corinthiano no cenário do futebol feminino após anos de inatividade, utilizando a estrutura e o registro federativo do Audax para disputar competições oficiais. A união permitiu que fosse montada uma equipe com jogadoras experientes e jovens talentos, capaz de competir em nível nacional, com Arthur Elias no comando técnico. A parceira durou até 2017, e a conquista da Copa do Brasil significou para o Corinthians o pontapé inicial de uma hegemonia que somou cerca de 20 títulos em voo solo.

O Corinthians/Audax começou a campanha contra o Pinheirense, vencendo por 9 a 0 ida em Osasco, no Estádio José Liberatti, e a volta por 2 a 0 no Pará. Nas oitavas de final, enfrentou o Santos. Após vencer por 3 a 0 em casa, a equipe segurou o empate por 1 a 1 na Vila Belmiro e passou mais uma fase.

Nas quartas de final, o adversário da dupla foi o Flamengo. O empate por 1 a 1 na ida no Rio de Janeiro e a vitória por 1 a 0 na volta em Osasco garantiram a classificação para a semifinal. Contra o Cresspom, do Distrito Federal, o Corinthians/Audax venceu por 2 a 0 o primeiro jogo, no José Liberatti, e perdeu por 2 a 1 em Brasília, conseguindo a vaga na final pela soma dos placares.

Na decisão, o Corinthians/Audax enfrentou o São José, que bateu Intercap-TO, Atlético-AC, JV Lideral-MA e Foz Cataratas. O jogo de ida, disputado no Martins Pereira, terminou empatado por 2 a 2. No confronto de volta, no José Liberatti, a equipe alvinegra e alvirrubra venceu por 3 a 1 e conquistou o título. Pardal abriu o placar, Chú Santos ampliou, e Gabi Nunes marcou o terceiro gol.

A campanha do Corinthians/Audax:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 8 gols sofridos



Foto Lucas Figueiredo/CBF

Kindermann Campeão da Copa do Brasil Feminina 2015

A penúltima edição da Copa do Brasil Feminina, antes da interrupção, aconteceu em 2015. Criada em 2007, a Copa do Brasil tinha como objetivo ampliar a participação de clubes femininos em torneios de âmbito nacional. Vindos de todos os estados do país, 32 equipes disputaram o título.

O torneio manteve seu duradouro formato eliminatório, com confrontos de ida e volta em todas as fases. Nas primeiras duas etapas, se o time visitante vencesse o jogo de ida por três ou mais gols de diferença, o jogo de volta era eliminado. No fim, a taça ficou com o Kindermann, de maneira inédita.

O clube catarinense chegou em 2015 com uma base mantida das temporadas anteriores e experiência acumulada em torneios nacionais. Em 2014, havia sido vice-campeão brasileiro, perdendo a final para a Ferroviária. O clube, sediado em Caçador, mantinha um projeto bem estruturado, sob o comando do presidente Salézio Kindermann e do técnico Josué Kaercher. Porém, meses após a conquista, em dezembro do mesmo ano, Josué foi assassinado, fato que interrompeu as atividades da equipe em 2016 e marcou profundamente o ambiente. Em 2019, o Kindermann passou a atuar em parceria com o Avaí.

O Kindermann iniciou a campanha enfrentando o Comercial-ES na primeira fase, vencendo a ida, fora de casa, por 3 a 0 e eliminando a necessidade da volta. Nas oitavas de final, enfrentou o Abelhas Rainhas, do Piauí. Venceu por 1 a 0 fora e venceu por 3 a 1 em Caçador, no Estádio Carlos Neves.

Nas quartas de final, o Kindermann superou o São José-SP com vitórias por 3 a 0 em casa e empate por 1 a 1 fora, no interior de São Paulo. Na semifinal, o adversário foi o Foz Cataratas. As catarinenses perderam a ida por 1 a 0 em Foz do Iguaçu, mas reverteram o placar em Caçador com vitória por 3 a 0.

Na final, o Kindermann encarou a Ferroviária, na revanche do Brasileiro de 2014. As paulistas eliminaram Cruzeiro-RS, Tuna Luso, São Francisco-BA e Vitória das Tabocas. O primeiro jogo, em Araraquara, terminou empatado em 3 a 3. Na volta, em Caçador, o Kindermann venceu por 5 a 2. Os gols do título foram marcados por Djeni, Byanca Brasil, Daiane Moretti e dois de Sochor.

A campanha do Kindermann:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Kindermann

Ferroviária Campeã da Copa do Brasil Feminina 2014

A Copa do Brasil Feminina de 2014 foi a oitava edição da competição. Realizada entre janeiro e abril, o torneio voltou a contar com a participação de 32 equipes de diferentes estados. A disputa foi encerrada com o título da Ferroviária, de Araraquara.

O formato da competição seguiu o sistema de mata-mata. Nas duas primeiras fases, o time visitante podia eliminar o jogo de volta se vencesse a primeira partida por três ou mais gols de diferença.

A Ferroviária chegou à competição com o mais antigo projeto estruturado de futebol feminino, mantido em pé desde 2001. A equipe contava com elenco formado por jogadoras experientes, algumas com passagens pela seleção brasileira. A continuidade do trabalho técnico e a base mantida de temporadas anteriores contribuíram para a formação de um grupo competitivo ao longo do torneio. Em 2014, além da Copa do Brasil, a Locomotiva venceu também a segunda edição do Campeonato Brasileiro.

A Ferroviária iniciou sua campanha enfrentando o UDA, de Alagoas. Após golear a ida em casa, na Fonte Luminosa, por 14 a 0, a equipe se classificou ao fazer mais 8 a 0 no segundo jogo fora. Na fase seguinte, recebeu o Sport, vencendo por 11 a 0 em Araraquara e por 4 a 0 em Recife.

Nas quartas de final, as Guerreiras Grenás tiveram como adversário o São Francisco-BA. Na ida, perderam por 3 a 2 na Bahia. Na volta, venceram por 5 a 0 na Fonte Luminosa. Na semifinal, enfrentaram o Picos, vencendo o jogo de ida por 2 a 0 no Piauí, e o de volta em casa por 3 a 0. A equipe contou ao longo da campanha com o destaque de atletas como Luciana, Tayla, Maurine e Nenê.

Na final, a Ferroviária enfrentou o São José-SP, que buscava o tricampeonato e na campanha passou por Foz Cataratas, Rio Preto, Kindermann e Vitória das Tabocas. O primeiro jogo foi realizado na Fonte Luminosa, com vitória grená por 1 a 0. O gol foi marcado por Paula Vicenzo. A volta ocorreu em São José dos Campos, no Martins Pereira, e a Locomotiva perdeu também por 1 a 0. Com o empate no placar agregado, o título foi decidido nos pênaltis. A Ferroviária venceu a disputa por 5 a 4.

A campanha da Ferroviária:
10 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 50 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Tetê Viviani/Ferroviária

São José-SP Campeão da Copa do Brasil Feminina 2013

Mais uma edição da Copa do Brasil Feminina foi realizada em 2013, a sétima ao todo. Na temporada em questão, o torneio contou com 31 equipes, uma a menos que os anteriores devido à desistência do Sergipe. Fora de campo, a competição passou a ter a companhia do Campeonato Brasileiro, realizado pela primeira vez meses depois da decisão.

Ainda que com um time a menos, o formato mata-mata da Copa foi mantido, bem como a regra da vitória como visitante por três ou mais gols nas duas primeiras fases, que cancelava o jogo de volta.

O São José-SP chegou para o bicampeonato em 2013 como um dos clubes mais estruturados do futebol feminino no Brasil. A equipe também conquistaria o segundo título da Libertadores naquele ano e seria tri continental em 2014, sem contar os títulos paulistas obtidos no mesmo período. Tudo conquistado com base no entrosamento do elenco, que mudou pouco desde 2012.

A Águia do Vale estreou na primeira fase contra o Serra-MT, e a eliminou após vencer a ida por 3 a 1 fora de casa, e a volta por 5 a 0 em casa, no Martins Pereira. Nas oitavas de final, enfrentou o Cresspom. Com empate por 1 a 1 em Brasília e vitória por 4 a 0 em São José dos Campos, foi garantida a classificação para as quartas.

O adversário na próxima etapa foi o Duque de Caxias. No Rio de Janeiro, o São José venceu a ida por 3 a 2. Em casa, nova vitória por 4 a 2 colocou a Águia do Vale na etapa seguinte. A semifinal foi disputada contra o São Francisco-BA. No jogo de ida, em São José dos Campos, a equipe venceu por 3 a 0. Na volta, novo triunfo, por 3 a 2, fechando o confronto com a vaga na final.

Na decisão, o São José enfrentou o Vitória das Tabocas, que superou Cesmac-AL, Caucaia, Sport e Centro Olímpico. O primeiro jogo, disputado no Carneirão, em Vitória de Santo Antão, terminou empatado em 1 a 1. No segundo, jogado no Martins Pereira, a equipe venceu por 4 a 0 e confirmou o bicampeonato de modo invicto. Os gols foram marcados por Formiga, Priscila, Giovânia e Dani Silva.

A campanha do São José-SP:
10 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 31 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/São José-SP

São José-SP Campeão da Copa do Brasil Feminina 2012

A Copa do Brasil Feminina chegou para 2012 com a vitalidade de sempre, fortalecendo a modalidade no calendário nacional. Em sua sexta edição, mais uma vez participaram 32 equipes de todo do Brasil.

O formato eliminatório da competição foi mantido, com confrontos de ida e volta desde a primeira fase até a final. Nas duas primeiras etapas, a equipe visitante podia eliminar o jogo de volta caso vencesse a primeira partida por dois ou mais gols de diferença.

Um dos mais tradicionais clubes de futebol feminino do país, o São José-SP chegou ao primeiro título da Copa do Brasil embalado pela conquista da Libertadores em 2011. A equipe contava com jogadoras experientes e jovens em ascensão, muitas com passagens pelas seleções de base e principal, o que dava consistência ao elenco para encarar a disputa nacional.

O São José estreou contra o Comercial-ES, vencendo fora de casa por 4 a 0, resultado que garantiu a classificação direta para as oitavas de final sem precisar da segunda partida. Na fase seguinte, o time enfrentou o Kindermann. O jogo de ida terminou empatado por 1 a 1 fora de casa, em Caçador. Na volta, disputada no Martins Pereira, em São José dos Campos, vitória por 1 a 0 garantiu a classificação.

Nas quartas de final, o adversário da Água do Vale foi o Foz Cataratas. A equipe perdeu o jogo de ida por 1 a 0 no Paraná, mas reverteu o confronto no Martins Pereira com vitória por 2 a 0. Na semifinal, o time enfrentou o São Francisco-BA. No jogo de ida, vitória por 4 a 1 em São José dos Campos. No jogo de volta, disputado na Bahia, venceu novamente, por 3 a 2.

Na final, o São José enfrentou o Centro Olímpico, time paulistano que passou por Duque de Caxias, Atlético-MG, Vasco e Vitória das Tabocas. No jogo de ida, no Martins Pereira, vitória azul por 1 a 0, com gol de Karen Rocha. Na partida de volta, no Pacaembu, a Águia venceu por 4 a 2 e levou o primeiro título da Copa do Brasil. Os gols foram marcados por Giovânia, Fran e duas vezes Michele Carioca.

A campanha do São José-SP:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Foz Cataratas Campeão da Copa do Brasil Feminina 2011

Em 2011, aconteceu a quinta edição da Copa do Brasil Feminina. A já consolidada competição ocorreu entre agosto e novembro, após a realização da Copa do Mundo, e mais uma vez reuniu 32 equipes.

O torneio foi disputado com o mesmo formato 100% eliminatório, adotado em 2008. A única mudança foi a extensão para as oitavas de final da regra da vitória do visitante por três ou mais gols de diferença no jogo de ida, que encerra o confronto sem necessidade da volta.

A competição teve mais um campeão inédito, o Foz Cataratas. Fundado em 2010, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o clube surgiu a partir da parceria entre o narrador Luciano do Valle e o educador físico Alekssandro Fogagnoli. Desde o início, o clube teve como foco a formação de uma equipe competitiva no cenário nacional. Em seu primeiro ano, venceu o Campeonato Paranaense. Em 2011, estreou na Copa do Brasil com o objetivo de consolidar o projeto, sob o comando do técnico Gezi Damasceno.

O Foz Cataratas iniciou sua campanha enfrentando o Flamengo de São Pedro, do Rio Grande do Sul. Na ida em casa, goleou por 9 a 0. Na volta fora, fez 5 a 1. Nas oitavas de final, o adversário foi o Kindermann. A equipe paranaense iniciou o confronto com derrota por 1 a 0 em Santa Catarina, mas venceu no Paraná por 2 a 0 e avançou.

Nas quartas de final, as "Poderosas do Foz" enfrentaram o Santos. Venceram por 2 a 1 em casa e empataram por 0 a 0 fora. Na semifinal, o adversário foi o Viana, do Maranhão. Após empates sem gols, tanto na ida fora quanto na volta em casa, o time paranaense venceu por 7 a 6 nos pênaltis.

Na decisão, o Foz Cataratas enfrentou o Vitória das Tabocas, time pernambucano que eliminou Tiradentes-PI, Caucaia, São Francisco-BA e Rio Preto. Na ida, em Vitória de Santo Antão, no Carneirão, as Poderosas venceram por 2 a 0, gols de Daiane Moretti. Na volta, em Foz do Iguaçu, no Estádio Pedro Basso, venceram por 3 a 0, com mais um gol de Moretti, além dos tentos de Nenê e Andressa Alves. O resultado garantiu ao clube, desativado em 2021, o maior título de sua história.

A campanha do Foz Cataratas:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Christian Rizzi/Gazeta do Povo (gentilmente cedida por Bruno Zanette, a quem o blog agradece)