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Todos os vice-campeões da Copa do Mundo

Após a longa série com todos os campeões mundiais e o fim da Copa do Mundo 2022, é a hora de trazer também todos os vice-campeões mundiais.
São 22 equipes que quase mudaram a história do futebol. Para rever todos os campeões da Copa do Mundo, acesse o link.

Foto Anthony Bibard/FEP/Icon Sport/Getty Images

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Argentina Campeã da Copa do Mundo 2022

A Copa do Mundo de 2022 foi diferente de quase tudo que já aconteceu nos 92 anos anteriores. Foi a primeira edição no Oriente Médio, no Catar, e a primeira desde 2022 na Ásia. E devido as altas temperaturas no solo catari durante os meses de junho e julho (40 graus em média), a FIFA realocou o calendário para novembro e dezembro, num clima mais ameno.
Em campo, foi o Mundial das zebras, como a chegada do Marrocos e da África pela primeira vez na semifinal, as vitórias do Japão sobre Alemanha e Espanha, de Camarões sobre o Brasil, da Tunísia sobre a França, e a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina.
Argentina... Da derrota inesperada na estreia para o tricampeonato após 36 anos de espera. Apelidada "La Scaloneta", em alusão ao técnico Lionel Scaloni, a albiceleste de Messi, Álvarez, Emiliano Martínez, Enzo Fernández e Di María chegou como favorita ao Catar, mas teve que se provar durante a competição. Perdeu o primeiro jogo por 2 a 1 para a Arábia Saudita e  se recuperou com duas vitórias por 2 a 0 sobre o México e a Polônia. No grupo C da primeira fase, a Argentina somou seis pontos e ficou na liderança.
Nas oitavas de final, a albiceleste fez 2 a 1 na Austrália. Nas quartas, contra a Holanda, os argentinos abriram dois gols de vantagem e permitiram o 2 a 2 holandês nos acréscimos. Nos pênaltis, Emiliano Martínez defendeu dois e a Argentina venceu por 4 a 2. Na semifinal, a vitória foi por 3 a 0 sobre a Croácia.
A final foi contra a França, que chegou lá pela segunda vez consecutiva. No dia 18 de dezembro, no Estádio Iconic de Lusail, Messi abriu o placar de pênalti aos 23 minutos do primeiro tempo. Di María ampliou aos 36, mas os franceses reagiram no segundo tempo, com dois gols de Mbappé aos 35 (de pênalti) e aos 36 minutos. Na prorrogação, Messi anotou mais um aos quatro do segundo tempo, e Mbappé acertou mais um pênalti aos 13. Na maior final de Copa de todos os tempo, 3 a 3 e decisão nos pênaltis. E o goleiro Martínez brilhou de novo com uma defesa. Por 4 a 2, a Argentina chegou ao terceiro título e Messi - na quinta tentativa - coroou sua carreira como o capitão do time.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Hannah Mckay/Reuters

Argentina Campeã da Copa do Mundo 1986

Uma Copa do Mundo ganha pela genialidade de um craque, que carregou sua seleção nas costas. Assim foi com a Argentina de 1986 que, liderada por Maradona, chegou ao bicampeonato. A competição seria disputada na Colômbia, mas o país desistiu quatro anos antes.
Então a FIFA escolheu o México, que se tornou o primeiro a sediar o Mundial por duas vezes, reaproveitando boa parte da estrutura usada em 1970. E depois da experiência na Copa anterior, a FIFA retornou com o mata-mata na fase final, classificando os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhores terceiros colocados.
A Argentina estreou na Copa com boa vitória por 3 a 1 sobre a Coreia do Sul. A campanha seguiu com empate em 1 a 1 com os então campeões, a Itália. E encerrou na fase de grupos com 2 a 0 sobre a Bulgária. Os argentinos terminaram a primeira fase na liderança do grupo A, com cinco pontos. Nas oitavas de final, o clássico contra o Uruguai e a vitória albiceleste por 1 a 0.
Nas quartas, uma das partidas mais lembradas na história das Copas do Mundo. Contra a Inglaterra, brilhou a estrela de Maradona. Primeiro, dividindo a bola com o goleiro pelo alto. Com a mão esquerda, o atacante "cabeceou" para marcar o primeiro gol. Depois de "La Mano de Dios", o gol mais bonito de todos. Maradona dominou a bola antes do meio-campo e arrancou pela ponta-direita, driblando seis jogadores ingleses por mais de 60 metros até marcar o segundo gol. A vitória por 2 a 1 colocou a Argentina na semifinal. Contra a Bélgica, vitória por 2 a 0 com outros dois gols do craque.
A final do Mundial foi entre Argentina e Alemanha no Estádio Azteca, na Cidade do México. A primeira das três decisões entre as duas seleções. A Argentina começou bem e marcou dois gols em 55 minutos, com o zagueiro Brown e o atacante Valdano. A Alemanha reagiu e empatou o jogo faltando dez minutos para o final.
Mas a sorte estava do lado argentino naquele dia, e o meia Burruchaga fez o gol do título aos 38 minutos do segundo tempo. A vitória por 3 a 2 concedeu à Argentina o bicampeonato da Copa do Mundo. Uma Copa da total consagração de Maradona, capitão da seleção e ídolo de uma era do futebol.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto David Cannon/CA/Getty Images

Argentina Campeã da Copa do Mundo 1978

A Copa do Mundo 1978 nunca saiu do imaginário dos torcedores, principalmente dos argentinos. Após diversas tentativas frustradas, a Argentina enfim ganhava o direito de ser o país-sede do Mundial, que seria o último a ser realizado com 16 seleções. Em meio a uma imensa pressão política e popular, a seleção albiceleste era uma das candidatas ao título, e aquela era a chance de ouro para o país enfim vencer uma Copa.
Cabeça-de-chave, a Argentina fez toda a primeira fase no Estádio Monumental, em Buenos Aires. Venceu a Hungria por 2 a 1 e a França pelo mesmo placar. O ponto fora da curva foi a derrota para a Itália por 1 a 0, o que deixou os argentinos na segunda posição do grupo A com quatro pontos.
Desta maneira, a seleção teve cair na estrada e jogar a segunda fase em Rosario, no Gigante de Arroyito. A estreia foi boa, vitória sobre a Polônia por 2 a 0. O grande jogão foi na segunda rodada, empate com o Brasil por 0 a 0. E como os brasileiros haviam feito 3 a 0 no Peru anteriormente, a Argentina não dependia apenas dela para avançar à final. Em uma época em que a FIFA não se preocupava com casamentos de resultados, ela não fazia a última rodada em horários simultâneos.
O Brasil entrou em campo de tarde e venceu a Polônia por 3 a 1. Assim os argentinos já sabiam que, de noite, deveriam anotar pelo menos quatro no Peru para ficar na liderança do grupo. E conseguiram mais, golearam por 6 a 0. Até hoje, algumas pessoas estimam que jogadores peruanos (sobretudo o goleiro Quiroga) receberam mala preta do Regime Militar argentino. Com ou sem suspeita, a Argentina fez cinco pontos e oito gols de saldo (contra cinco gols do Brasil), indo para a final.
A decisão foi contra a Holanda, que já não era tão encantadora, no Monumental de Nuñez. O tempo normal foi duríssimo. O artilheiro Mario Kempes abriu o placar no primeiro tempo, mas os holandeses empataram a oito minutos do fim. A definição foi na prorrogação. No último lance do primeiro tempo, Kempes marcou o segundo gol do jogo e o seu sexto na Copa do Mundo.
E faltando cinco minutos para o fim definitivo, Daniel Bertoni fez 3 a 1 e deu o golpe de misericórdia. A Argentina, empurrada por mais de 71 mil compatriotas, se tornava campeã mundial pela primeira vez. A geração de Kempes, Ardilles, Luque, Fillol e o capitão Daniel Passarella finalmente estava consagrada.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Argentina Campeã da Copa das Confederações 1992

Diante do crescimento do futebol em escala mundial entre os anos 1970 e 1980, alguns torneios amistosos entre seleções surgiram, como os do Bicentenário dos Estados Unidos (1976) e da Austrália (1988), as Copas Stanley Rous e Artemio Franchi (ambas em 1985), e a Copa Kirin (1978), que foi híbrida com clubes nas primeiras edições. Nada disso era muito relevante até que, em 1992, o Rei da Arábia Saudita resolveu bancar uma pequena competição no seu quintal. Tudo bem simples, e sem o aporte da FIFA naquele momento.
Os sauditas aproveitaram-se do fato de a sua seleção ter sido campeã asiática em 1988 e convidaram para um mata-mata outros três países vencedores em seus continentes: Costa do Marfim (Copa Africana de 1992), Estados Unidos (Copa Ouro da Concacaf de 1991) e Argentina (Copa América de 1991). De 15 a 20 de outubro, semifinal e final definiram o ganhador. Todos os jogos aconteceram no Estádio King Fahd, na capital Riad.
O torneio foi chamado oficialmente de Copa do Rei Fahd, em honra [sic] ao seu fiador. À boca pequena, porém, o encontro foi conhecido como Campeonato Intercontinental ou - preste atenção - Copa dos Campeões de Confederações. Isso mesmo.
Ampla favorita ao título, a Argentina experimentava uma nova fase após o vice na Copa do Mundo de 1990. Com Diego Maradona suspenso por doping, a seleção albiceleste seguia um processo de renovação que rendeu frutos já na conquista da Copa América de 1991. Na semifinal, ela goleou a Costa do Marfim por 4 a 0, com dois gols de Gabriel Batistuta, um de Ricardo Altamirano e outro de Alberto Acosta. Um dia antes, a Arábia Saudita despachou os Estados Unidos por 3 a 0. Na disputa do terceiro lugar, os norte-americanos bateram os marfinenses por 5 a 2. 
Argentinos e sauditas disputaram a decisão. Os donos da casa bem que tiveram esperança em uma possível zebra, tanto que cerca de 75 mil torcedores compareceram ao estádio. Mas não deu. Leonardo  Rodríguez, Claudio Caniggia e Diego Simeone anotaram um gol cada, Saeed Al-Owairan descontou para 3 a 1, e a Argentina tornou-se a primeira campeã do que viria a ser a segunda competição de seleções mais importante da FIFA. Ora amada, ora desdenhada.

A campanha da Argentina:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 7 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/AFA

Argentina Campeã da Copa América 2021

Uma Copa América que ficará marcada para sempre na memória dos que ficaram para ver. A edição de 2021 da principal competição sul-americana começou mal desde o seu anúncio. Primeiro, ela deveria ter acontecido em 2020 - somente um ano após a última -, mas a pandemia do coronavírus adiou os planos. Segundo, ela deveria ter sido sediada na Colômbia e na Argentina, mas ambos abriram mão: os primeiros por causa do caos social que o país se envolveu devido as reformas políticas e os segundos por conta da própria pandemia. Então, a Conmebol recorreu ao último anfitrião, o Brasil. E o país onde mais morreu gente de covid-19 na América do Sul topou o evento mais uma vez. Com exceção da final, todos jogos foram realizados sem público nos estádios.
Os 12 times inicialmente planejados caíram para dez após as desistências de Catar e Austrália. E o novo regulamento com dois grupos de seis na primeira fase sofreu mudanças, reduzindo para duas chaves de cinco. Em campo, a Argentina colocou fim na fila de 28 anos sem vencer um título com o time principal. De quebra, fez Lionel Messi campeão pela primeira vez com seu país. No grupo A, a Albiceleste estreou com empate por 1 a 1 com o Chile. Na sequência, foram três vitórias: 1 a 0 sobre o Uruguai, 1 a 0 sobre o Paraguai e, após a rodada de folga, 4 a 1 sobre a Bolívia. Ao final da fase, a equipe argentina ficou na liderança do grupo, com dez pontos. Nas quartas de final, vitória sobre o Equador por 3 a 0. Na semifinal, contra a Colômbia, empate por 1 a 1 e triunfo nos pênaltis por 3 a 2.
Na final, a Argentina fez o esperado clássico contra o Brasil. A partida foi disputada no Maracanã, diante de 7.800 pessoas, sob autorização da prefeitura do Rio de Janeiro. O gol do título saiu ainda no primeiro tempo, quando, aos 22 minutos, Ángel Di María aproveitou o passe de Rodrigo De Paul (com o desvio mal feito de Renan Lodi) e chutou encobrindo o goleiro Ederson. Os brasileiros pressionaram, tiveram um gol anulado no segundo tempo, mas no fim a festa foi da seleção albiceleste, que, além do seu tabu de quase três décadas sem levantar uma taça, acabou com outra marca histórica: o Brasil jamais havia perdido uma Copa América quando foi país-sede. Aconteceu pela primeira vez.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/Dia Esportivo/Foto Baires

Argentina Campeã Olímpica 2008

Passam-se mais quatro anos na jornada olímpica. Os Jogos de 2008 aconteceram na cidade de Pequim, a capital da China. Pouca coisa mudou desde a edição anterior do torneio de futebol masculino. A hegemonia seguiu forte, e a Argentina foi premiada com sua segunda medalha de ouro seguida, em um feito atingido somente pela Grã-Bretanha do começo dos anos 1910, pelo Uruguai dos anos 1920 e pela Hungria dos anos 1960.
Liderados em campo por Juan Roman Riquelme e Lionel Messi, os hermanos ficaram no grupo A das Olimpíadas. A estreia foi contra a Costa do Marfim, em partida vencida por 2 a 1 pelo time argentino. Na segunda rodada, vitória por apenas 1 a 0 sobre a Austrália. Com a classificação já garantida, a Argentina derrotou a Sérvia por 2 a 0 na terceira partida e voltou a fazer os nove pontos na primeira fase. Nas quartas de final, um difícil jogo contra a Holanda. A Albiceleste precisou da prorrogação para fazer 2 a 1 e avançar à semifinal. Então foi a vez de enfrentar o Brasil. Se as dificuldades foram grandes anteriormente, uma incrível facilidade tomou conta da Argentina na semifinal. Com 3 a 0 no placar - dois gols de Sergio Agüero e outro de Riquelme -, a equipe portenha despachou seu arquirrival e partiu rumo a mais um ouro.
O oponente da Argentina na final foi a Nigéria, que chegou lá ao bater Estados Unidos, Japão, Costa do Marfim e Bélgica. O jogo foi realizado no Estádio Nacional de Pequim, conhecido também como Ninho do Pássaro. Diferentemente de 12 anos antes, quando os argentinos foram surpreendidos pelos nigerianos e ficaram com a prata, agora a história seria outra. Foi com um gol solitário de Ángel Di María, aos 13 minutos do segundo tempo, que a Argentina fez 1 a 0 e chegou ao bicampeonato olímpico. A revanche sobre os africanos completou um ciclo vitorioso nas categoria inferiores do futebol hermano: foram duas medalhas douradas nos Jogos Olímpicos e dois títulos no Mundial Sub-20 entre 2004 e 2008. Um oásis no meio do deserto de taças que já afetava a Argentina há 15 temporadas.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Argentina Campeã Olímpica 2004

Depois de 108 anos, os Jogos Olímpicos voltavam para sua verdadeira casa. A grega Atenas recebeu as Olimpíadas de 2004 com oito anos de atraso, pois o plano original era de que o centenário do evento fosse na cidade. Mesmo assim, nada foi capaz de tirar a grandiosidade da organização. Foi tanto dinheiro investido, que mais tarde a Grécia mergulharia em uma crise econômica sem precedentes. E se nos primeiros Jogos da história o futebol mal existia e não foi incluído no programa, agora a situação era bem diferente. O torneio seguiu o mesmo regulamento em vigor há quase três décadas, e foi a quarta edição disputada com seleções sub-23.
Algo comum no que se refere às Olimpíadas, países tradicionais no futebol passavam longe da medalha de ouro. Um deles era a Argentina, que até ali colecionava duas pratas (1928 e 1996) e sentia que precisava preencher o espaço que faltava subindo no topo do pódio. A espera enfim acabaria. No grupo C da competição, a Albiceleste já mostrava suas armas na estreia, ao golear Sérvia e Montenegro por 6 a 0. A classificação chegou antecipadamente, na vitória sobre a Tunísia por 2 a 0. A primeira fase chegaria o fim no 1 a 0 sobre a Austrália, na última partida. Com nove pontos, a Argentina passou na liderança da chave. A sequência perfeita seguiu nas quartas de final, nos 4 a 0 sobre a Costa Rica. Na semifinal, o time argentino derrotou a Itália por 3 a 0, chegando na decisão com muita facilidade. Seu adversário foi o Paraguai, que eliminou Gana, Japão, Coreia do Sul e Iraque.
A disputa valendo o bronze foi jogada entre italianos e iraquianos, com vitória europeia por 1 a 0. Pelo ouro, Argentina e Paraguai se enfrentaram no Estádio Olímpico de Atenas. Depois de tantos gols nas fases anteriores, o placar que deu o título aos hermanos foi econômico: só 1 a 0, gol marcado por Carlos Tevez aos 18 minutos do primeiro tempo. O merecido título inédito chegou com 100% de aproveitamento na campanha e nenhum gol sofrido. Tevez ainda foi o artilheiro dos Jogos, com oito gols.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Argentina Campeã da Copa América 1993

A Copa América tomou a forma como conhecemos atualmente a partir da edição de 1993, sediada no Equador. O formato do torneio passou a ser de 12 equipes divididas em três grupos, avançando às quartas de final os líderes, vices e as duas melhores terceiras colocadas. Deste ponto em diante, mata-mata até a decisão. Mas como se faz um campeonato com 12 times se o Conmebol só tem dez filiados? A solução encontrada foi apelar para os convites. A primeira dupla chamada para compor a competição veio da América do Norte: Estados Unidos e México. O primeiro não fez muita coisa, caindo logo na fase inicial. Já o segundo fez bonito, foi até à final e quase surpreendeu. Mas o título ficou mais uma vez com a Argentina, apesar da campanha fraca.
No grupo B, a Albiceleste estreou com vitória simples sobre a Bolívia, apenas por 1 a 0. Na segunda rodada, empate por 1 a 1 com o México, saindo atrás no placar e empatando com o capitão Oscar Ruggeri. Na rodada final, outro empate por 1 a 1, desta vez contra a Colômbia. Ao todo a Argentina marcou quatro pontos na primeira fase, bem como o time colombiano. Mas os hermanos ficaram na vice-liderança, porque fizeram um gol a menos que o adversário. Com dois pontinhos, os mexicanos pegaram uma das terceiras vagas. Nas quartas, os argentinos fizeram o clássico contra o Brasil, e outro empate por 1 a 1 entrou na vida dos jogadores. Na disputa por pênaltis, vitória por 6 a 5. Na semifinal, a Colômbia foi novamente adversária. E qual foi o resultado? Empate, agora por 0 a 0. Em outro duelo nas penalidades máximas, 6 a 5 a favor e classificação à final.
E o México voltou a cruzar o caminho da Argentina. Antes da decisão, os mexicanos derrubaram o Peru e o Equador. A partida foi jogada no Monumental de Guayaqyuil, que foi a casa argentina durante toda a trajetória na Copa América. O público não empolgou, ocupando só 40 mil dos quase 90 mil lugares do estádio. O jogo seguiu a tendência do restante do torneio, com pouca emoção. Os gols saíram no segundo tempo. Aos 18 minutos, Gabriel Batistuta abriu o placar à Albiceleste. Aos 22, os mexicanos empataram com Benjamín Galindo. E aos 29, Batistuta fez 2 a 1. Com este placar e apenas duas vitórias em seis partidas, foi confirmada a 14ª e última conquista da Argentina. Desde então o país não ergueu mais taças com a seleção principal, amargando 28 anos de tabu.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFA

Argentina Campeã da Copa América 1991

Chegam os anos 1990, e a Copa América volta a desembarcar no Chile. A competição continental de 1991 continuou com o regulamento adotado dois anos antes, com as dez seleções divididas em dois grupos e quatro classificadas avançando para o quadrangular final. Foi um momento de reconstrução para várias seleções, principalmente Brasil e Argentina, que ainda assimilavam seus fracassos na Copa Mundo da temporada anterior. E o título ficou nas mãos dos hermanos, que acabaram com 32 anos de fila.
No grupo A do torneio, o time argentino precisou se virar sem Diego Maradona, que enfrentava um duro processo de doping por uso de cocaína. As lideranças em campo foram assumidas por Oscar Ruggeri, o novo capitão, e Gabriel Batistuta, o novo artilheiro. A estreia argentina foi contra a Venezuela, vencendo por 3 a 0. Depois, derrotou o Chile por 1 a 0. Na terceira partida, goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai. A classificação foi obtida na última rodada, ao bater o Peru por 3 a 2. Vencendo os quatro jogos, a Argentina liderou sua chave com oito pontos, dois a mais que os donos da casa. Do outro lado, Colômbia e Brasil superaram um empate tríplice de cinco pontos com o Uruguai para também avançarem ao quadrangular decisivo.
Na fase final, a Albiceleste fez sua primeira partida contra o Brasil, vencendo de maneira emocionante por 3 a 2. Na rodada seguinte, empate sem gols com o Chile, que deixou tudo aberto para a última jornada, com chances ainda para o anfitrião - que havia empatado por 1 a 1 com a Colômbia - e para os brasileiros - que fizeram 2 a 0 sobre os colombianos.
A rodada decisiva começou com o Brasil ganhando do Chile por 2 a 0, o que lhe deixou com quatro pontos. Com três e dois gols a menos de saldo, a Argentina precisava derrotar a Colômbia. Jogando no Nacional de Santiago, Diego Simeone e Batistuta trataram de tranquilizar as coisas marcando gols aos 11 e aos 19 minutos do primeiro tempo. Com o título encaminhado, a Argentina até permitiu a equipe colombiana fazer 2 a 1 no segundo tempo, mas o resultado não alterou os cinco pontos finais do time argentino, pela 13ª vez campeão da Copa América. E com seis gols, "El Batigol" foi o goleador do campeonato.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico