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Porto Campeão da Liga Europa 2011

A Liga Europa de 2011 foi portuguesa, com certeza. Três clubes lusitanos atingiram a semifinal, dois se classificaram à final, e o título ficou na mão do Porto, bicampeão depois de oito anos. Mas, a equipe tinha um alto toque sul-americano. No gol, o brasileiro Helton. Na defesa, o argentino Nicolás Otamendi e o uruguaio Álvaro Pereira. No meio, o brasileiro Fernando Reges e o colombiano Fredy Guarín. E no ataque, o brasileiro Hulk e o colombiano Falcao García, que colocou a competição no bolso e foi o maior nome da conquista.

O Porto iniciou o torneio na primeira fase, contra o Genk. Na primeira partida, vitória por 3 a 0 na Bélgica. No segundo jogo, o triunfo foi por 4 a 2 no Estádio do Dragão, com três gols de Hulk e um de Fernando. O time passou para a segunda fase, onde foi sorteado para o grupo L, contra Besiktas, Rapid Viena e CSKA Sofia.

A jornada portista na fase de grupos foi tranquila, com cinco vitórias e um empate em seis jogos. A estreia foi com 3 a 0 sobre o Rapid Viena em casa, seguido por 1 a 0 sobre o CSKA e 3 a 1 sobre o Besiktas fora. No returno, o clube empatou por 1 a 1 com os turcos no Dragão, fez 3 a 1 nos austríacos fora e vencer 3 a 1 os búlgaros em Portugal. Com 16 pontos, a liderança da chave foi fácil de obter.

Na terceira fase, o Porto enfrentou o Sevilla. Na ida, venceu os espanhóis por 2 a 1 no Ramón Sánchez Pizjuán. Na volta, perdeu por 1 a 0 no Estádio do Dragão, mas avançou pelos gols fora de casa. Nas oitavas de final, o adversário foi o CSKA Moscou, e os azuis se classificaram com vitórias por 1 a 0 na Rússia, e por 2 a 1 em Portugal.

Nas quartas, mais um russo no caminho do Porto, o Spartak Moscou. A ida foi no Estádio do Dragão, e os portugueses golearam por 5 a 1, com três gols de Falcao García. A volta aconteceu no Luzhniki, e os portistas voltaram a arrasar o rival, por 5 a 2.

A semifinal foi contra o Villarreal, e o Porto novamente goleou a primeira partida em casa, por 5 a 1 e quatro gols de Falcao. O segundo jogo aconteceu no El Madrigal. Com a ampla vantagem, os portugueses seguraram a onda e mantiveram o controle da situação ao perder por 3 a 2.

Na decisão, o Porto encarou o Braga, que superou Lech Poznan, Liverpool, Dínamo Kiev e Benfica. O estádio da partida foi o Aviva, em Dublin, na Irlanda. Para levar o segundo título, os azuis não precisaram de muitos gols. Venceram por 1 a 0, anotado por Falcao aos 44 minutos do primeiro tempo.

A campanha do Porto:
17 jogos | 14 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 44 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Porto Campeão da Liga Europa 2003

Portugal chegou ao primeiro título na Copa da UEFA apenas em 2003. O vencedor foi o Porto, que viveu uma de suas melhores eras na primeira metade dos anos 2000, com o auge nas conquistas da Liga dos Campeões e do Mundial em 2004. A temporada também foi marcada por ter sido a última completa do Estádio das Antas (que seria fechado e demolido no começo de 2004). E não menos importante, no comando dos jogadores estava um jovem técnico português muito promissor: José Mourinho.

Os dragões iniciaram a caminhada na primeira fase da Copa da UEFA, diante do Polonia Varsóvia. A classificação foi praticamente garantida  na partida de ida, na goleada por 6 a 0 no Estádio das Antas. Na volta, os portistas perderam por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, foi a vez pelo Austria Viena. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 na capital austríaca. Na segunda partida, o triunfo foi por 2 a 0 em casa.

Na terceira fase, o Porto enfrentou o Lens, saído da Liga dos Campeões. A ida foi disputada no Estádio das Antas, e os dragões venceram por 3 a 0. Com a classificação encaminhada, bastou ao portugueses segurarem o ímpeto francês no Estádio Félix-Bollaert, que fez apenas 1 a 0 e não conseguiu reverter o confronto. O adversário nas oitavas de final foi o Denizlispor, da Turquia. E mais uma vez a passagem de fase foi tranquila, com goleada por 6 a 1 na ida em casa, e empate por 2 a 2 na volta fora.

Nas quartas de final, os dragões tiveram pela frente o Panathinaikos, e só então que as dificuldades apareceram. O primeiro jogo foi no Estádio das Antas, mas o Porto acabou derrotado por 1 a 0. As coisas ficaram para serem definidas na segunda partida em Atenas. O artilheiro Derlei abriu o placar aos portugueses ainda no primeiro tempo, que levou o confronto à prorrogação, quando Derlei fez 2 a 0.

A semi foi disputada contra a Lazio. Disposto a não repetir o sofrimento da fase anterior, o Porto tratou de ir para cima desde o começo contra os italianos. Com dois gols de Derlei, e um de Maniche e Hélder Postiga, os portugueses golearam a ida nas Antas por 4 a 1. A volta aconteceu no Olímpico de Roma, e a vaga na decisão veio após o empate por 0 a 0 que os azuis seguraram.

A final foi contra o Celtic, que passou por Suduva (Lituânia), Blackburn, Celta de Vigo, Stuttgart, Liverpool e Boavista. A partida foi realizada no Estádio de La Cartuja, à época chamado de Olímpico, em Sevilha, na Espanha. A parada foi dura. Derlei abriu o placar no fim do primeiro tempo, mas os escoceses empataram já na volta do intervalo. Dmitri Alenichev fez o segundo dos dragões aos nove minutos, mas 12 já estava tudo empatado de novo. Foi só na prorrogação, já sem o gol de ouro e a cinco minutos de acabar, que Derlei fez 3 a 2 e confirmou o título português.

A campanha do Porto:
13 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Onze/Icon Sport/Getty Images

Porto Campeão da Liga dos Campeões 2004

Em 2004, a Liga dos Campeões mudou o regulamento e reviveu um pouco de tempos passados, quando a competição era de imprevisibilidade pura. Na fórmula, a segunda fase de grupos foi abolida para dar lugar novamente às oitavas de final. Dessa forma, a quantidade de partidas para os clubes ficou menor. Já em campo, o que se viu foram os favoritos caírem antes da semifinal. Dos quatro sobreviventes, três nunca haviam levado a taça. E no fim, ela ficou com o único time que já sabia o seu gosto: o Porto.

Poucos além dos próprios torcedores acreditavam em uma conquista dos dragões no início. Tanto que o clube só era considerado a segunda força do grupo F, atrás do Real Madrid e à frente de Olympique Marselha e Partizan.

Em seis jogos, os portugueses venceram três, empataram dois, somaram 11 pontos e confirmaram os prognósticos: vice-liderança, três pontos atrás dos espanhóis e sete à frente dos franceses. A classificação veio na penúltima rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o adversário da Sérvia. Este jogo foi um dos últimos no Estádio das Antas, que fechou as portas no fim de 2003 (e foi demolido em 2004).

Nas oitavas de final, o Porto já estava de casa nova, o Estádio do Dragão. E uma das primeiras vítimas foi o Manchester United, nos 2 a 1 da partida de ida da fase. A volta, no Old Trafford, terminou empatada por 1 a 1. Nas quartas de final, os portugueses passaram pelo Lyon: 2 a 0 em casa e 2 a 2 na França.

A semifinal chegou sem nenhum candidato ao título no começo, com Porto, Monaco, Chelsea e Deportivo La Coruña - este último o rival dos dragões. Na ida, empate sem gols em Portugal. Na volta fora, Derlei marcou de pênalti e o Porto venceu os espanhóis por 1 a 0.

A final foi contra o Monaco, que eliminou PSV Eindhoven, AEK Atenas, Lokomotiv Moscou, Real Madrid e Chelsea. Na Arena AufSchalke, na alemã Gelsenkirchen, o Porto fez prevalecer sua maior tradição e levou o bicampeonato. Aos 39 minutos do primeiro tempo, Carlos Alberto fez o primeiro gol. Aos 26 do segundo, Deco ampliou. Aos 30, Alenichev saiu da reserva para fechar o placar em 3 a 0.

A campanha do Porto:
13 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 1 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Adam Davy/Empics/Getty Images

Porto Campeão da Liga dos Campeões 1987

Portugal passou bons anos longe do maior título europeu. Desde o Benfica, em 1962, o país amargou somente mais dois vices na Copa dos Campeões. Foi então quando apareceu - fora da capital - o Futebol Clube do Porto, equipe de sucesso nacional, mas que ainda não tinha uma glória internacional para chamar de sua.

Na primeira fase, os dragões enfrentaram o amador Rabat Ajax, de Malta. Na ida em casa, a classificação já estava garantida nos 9 a 0 aplicados. Só Fernando Gomes marcou quatro vezes. Na volta fora, o Porto completou o serviço e os dez gols na vitória por 1 a 0.

Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Vítkovice, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu em território tcheco, e os azuis perderam de maneira surpreendente por 1 a 0. A segunda partida foi no antigo Estádio das Antas, e o Porto reverteu com sobras, com 3 a 0 no placar.

Nas quartas, o adversário foi o Brondby, da Dinamarca. O confronto foi aberto em Portugal, com vitória azul por 1 a 0, gol do argelino Rabah Madjer. Depois, o brasileiro Juary salvou a pátria portista com o gol do empate por 1 a 1 na volta.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Dínamo Kiev. A primeira partida ocorreu nas Antas, com vitória lusitana por 2 a 1. O segundo jogo foi na União Soviética, e os dragões repetiram o 2 a 1 no resultado. Com isso, o Porto chegava na final da competição continental pela primeira vez na história.

O adversário português foi clube experiente em decisões, mas que já não vencia há 11 anos: o Bayern de Munique. Os alemães derrotaram PSV Eindhoven, Austria Viena, Anderlecht e Real Madrid. A partida foi disputada no Praterstadion, em Viena.

O Porto saiu perdendo aos 25 minutos do primeiro tempo e buscou a reação no restante do tempo. Após insistir muito, Madjer empatou aos 32 do segundo tempo. E o reserva Juary, em campo desde o intervalo, virou para 2 a 1 aos 35. A conquista europeia dos azuis precisou de apenas três minutos para acontecer.

A campanha do Porto:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Porto

Porto Campeão Mundial 2004

O fim de uma era. Foram 44 anos de disputa entre América do Sul e Europa na Copa Intercontinental, com 42 edições quase ininterruptas, 18 com jogos de ida e volta e 24 com sede no Japão. A edição de 2004, a 43ª, ficou marcada por ser a última organizada por Conmebol e UEFA, com aporte da Toyota. O namoro entre a montadora de carros e a FIFA virou casamento, e a partir de 2005 um novo Mundial entraria no lugar.

Mas antes da mudança definitiva, Liga dos Campeões e Libertadores definiram seus representantes para o fim do ano. Seus campeões não foram as equipes mais qualificadas dos continentes, sendo tratadas até como surpresas, mas o destino quis que fossem elas as últimas e entrar em campo para o c’est fini. No lado europeu, mesmo sem ser considerado favorito no começo, o Porto conquistou o bicampeonato depois de eliminar Manchester United, Lyon, La Coruña, e o Monaco na final, por 3 a 0.

Já pelo lado sul-americano, o quase desconhecido Once Caldas, da Colômbia, conquistou o inédito título continental eliminando só gigantes: Vélez Sarsfield, Santos, São Paulo, e o Boca Juniors na decisão, com empates por 0 a 0 e por 1 a 1, e vitória nos pênaltis por 2 a 0.

As camisas poderiam não ser as mais pesadas, mas tanto Porto quanto Once Caldas entenderam bem o significado de estar presente neste último momento do já velho Mundial, em Yokohama, no dia 12 de dezembro. O público local é que não contribuiu muito para abrilhantar a festa, pois só pouco mais de 45 mil torcedores foram ao Internacional (menos de dois terços da capacidade do estádio).

Com um time superior e jogadores como Maniche, Luís Fabiano, Diego, Benny McCarthy e Ricardo Quaresma (que entrou no segundo tempo), o Porto foi superior ao plantel colombiano, chegando perto do gol em várias oportunidades, mandando quatro bolas na trave, tendo dois gols anulados e parando nas defesas de Juan Carlos Henao. O Once Caldas chegou bem menos, mas também levou perigo quando pôde. Mas a bola não quis entrar em 120 minutos e o 0 a 0 persistiu até a disputa de pênaltis.

Então foi a vez de ocorrer o contrário. Nas cobranças, quase todos quiseram marcar seu golzinho. Maniche errou a quarta batida e Jonathan Fabbro teve a chance de dar o título aos colombianos, mas ele atirou a bola na trave. McCarthy fez 4 a 4 e levou o duelo para a disputa alternada. Na nona cobrança do Once Caldas, John García chutou para fora. A vez da conquista ficou para o zagueiro Pedro Emanuel, que fez 8 a 7 e confirmou o bicampeonato aos Dragões.

Com 19 pênaltis, os deuses do futebol esticaram até onde puderam a última Copa Intercontinental, que fechou suas cortinas com o mesmo sucesso de quando as abriram.


Foto Arquivo/Porto

Porto Campeão Mundial 1987

A Copa Intercontinental de 1987 entrou para a história menos pelo confronto em si e mais pelo clima que a envolveu. Nunca se viu tanta neve em uma partida tão importante de futebol. O jogo de ida de 1976 também foi sob gelo, mas não na mesma intensidade que Tóquio viveu 11 anos depois.

O caminho para o Japão revelou uma força inédita e trouxe de volta uma camisa pesada. Na Copa dos Campeões da Europa, o Porto conseguiu sua primeira conquista. Após eliminar o Dínamo de Kiev na semifinal, derrotou o Bayern de Munique na decisão, por 2 a 1. O título resgatou Portugal para o Mundial depois de 25 anos de intervalo.

Na Libertadores, o Peñarol fez o (ainda desconhecido) canto do cisne. Os uruguaios derrubaram Alianza Lima, Independiente e River Plate antes de vencer o América de Cali, na maior reviravolta vista até então. O time carbonero perdeu a ida por 2 a 0 e venceu a volta por 2 a 1. No desempate, o título foi ganho por 1 a 0, aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação. O épico penta deu um favoritismo ao Peñarol. Mas o Porto chegava com uma grande equipe, liderada por Rabah Madjer, Juary, Fernando Gomes e Józef Mlynarczyk.

A ideia era que o Japão fosse receber mais uma grande final. O inverno em Tóquio sempre foi rigoroso, mas o máximo que viu durante o Mundial foi a chuva em 1985. Na semana da partida de 1987, o tempo fechou. Os dias 7 a 12 de dezembro foram nublados, mas no dia 13 - o do jogo - a neve resolveu aparecer por toda Tóquio. Ela não deu trégua, e portugueses e uruguaios cogitaram adiar a peleja. Mas os direitos de televisão já estavam vendidos e os contratos, assinados.

Porto e Peñarol foram ao Estádio Nacional de piso branco e com bola amarela. Pela primeira vez o público não lotou: só 45 mil animaram-se em ir à neve. E a partida foi péssima, com diversos erros em campo e horríveis imagens televisivas. Quem tinha mais costume com o clima no gelo se deu melhor.

Gomes abriu o placar aos Dragões aos 41 minutos do primeiro tempo, depois de fintar o zagueiro Obdulio Trasante na área e chutar cruzado. A bola passou a linha do gol e parou sem balançar a rede, e Madjer e o resto da zaga ainda apareceram para dividir o lance. O Peñarol empatou aos 35 do segundo, com Ricardo Viera aproveitando um passe de cabeça de José Perdomo, e finalizando de perna esquerda na pequena área. Na prorrogação, aos quatro do segundo tempo, Madjer roubou a bola de Trasante e finalizou de fora de área, encobrindo o goleiro Eduardo Pereira e fazendo 2 a 1. Pela primeira vez, pelo Porto, Portugal chegava ao título mundial.


Foto Arquivo/Striker Magazine