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Sérvia Campeã do Mundial Sub-20 2015

O Mundial Sub-20 de 2015 foi realizado na Nova Zelândia, o que fez a competição retornar à Oceania após 22 anos. A disputa representou um marco importante para o futebol neozelandês, que buscava ampliar seu espaço no cenário internacional, diante das limitações competitivas que possui na região.

O regulamento manteve o formato tradicional com 24 seleções divididas em seis grupos de quatro equipes. Classificaram-se para as oitavas de final os dois primeiros colocados de cada grupo, além dos quatro melhores terceiros. A partir dessa fase, o torneio passou a ser disputado em sistema eliminatório.

A seleção sub-20 da Sérvia, em sua primeira participação como país independente, conquistou um título inédito, embora já tivesse sido campeã em 1987 sob a bandeira da antiga Iugoslávia. A conquista simbolizou a força de uma geração promissora, da qual mais da metade dos atletas posteriormente integrou a seleção principal, como os irmãos Sergej e Vanja Milinkovic-Savic. Um atleta optou por representar Montenegro na carreira adulta: Stanisa Mandic, autor de um dos gols na final.

Na primeira fase, a Sérvia integrou o Grupo D e estreou com derrota por 1 a 0 para o Uruguai. Depois, reagiu ao vencer Mali por 2 a 0 e o México também por 2 a 0, o que levou os "Orlovi" (águias) a somar seis pontos e garantir a classificação na liderança da chave.

Nas oitavas de final, os sérvios superaram a Hungria por 2 a 1, de virada e na prorrogação. Nas quartas, empataram sem gols com os Estados Unidos, avançando após vitória por 6 a 5 nos pênaltis. Na semifinal, a Sérvia reencontrou Mali e venceu novamente, dessa vez por 2 a 1 na prorrogação. O rival na decisão foi o Brasil, que chegou lá ao superar Coreia do Norte, Uruguai, Portugal e Senegal.

A final entre Sérvia e Brasil foi disputada em Auckland, no Estádio North Harbour, Também na prorrogação, os sérvios venceram por 2 a 1 e ficaram com o título. Mandic abriu o placar aos 25 minutos do segundo tempo, os brasileiros empataram aos 28, e Nemanja Maksimovic marcou o gol do título aos 13 minutos da segunda etapa extra, confirmando a conquista.

A campanha da Sérvia:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 10 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto David Rowland/AP

Iugoslávia Campeã do Mundial Sub-20 1987

O Mundial Sub-20 de 1987 foi realizado no Chile, na primeira vez que a competição aconteceu na América do Sul. Com isso, a FIFA completou o ciclo de levar o torneio para todas as confederações, após edições anteriores na África, Ásia, Oceania, América do Norte e Europa.

O regulamento manteve o formato tradicional da época: 16 seleções divididas em quatro grupos de quatro equipes, com os dois melhores de cada chave avançando às quartas de final. A partir daí, os jogos eram eliminatórios até a decisão do título.

A Iugoslávia conquistou seu único título na categoria nesta edição, com uma geração que ficaria marcada pela qualidade e também pelo simbolismo histórico, já que poucos anos depois o país se fragmentaria em diversas nações. Entre os destaques estavam nomes que fariam sucesso sobretudo na Croácia e no que sobraria da nova Iugoslávia, como Zvonimir Boban, Davor Suker, Robert Prosinecki e Predrag Mijatovic.

Na primeira fase, a equipe iugoslava integrou o Grupo A e teve campanha impecável. Logo na estreia, venceu o dono da casa Chile por 4 a 2. Na sequência, goleou a Austrália por 4 a 0. Na última rodada, aplicou 4 a 1 sobre Togo, fechando a chave na liderança com seis pontos.

Nas quartas de final, a Iugoslávia eliminou o Brasil com vitória de virada por 2 a 1, gols anotados por Mijatovic e Prosinecki. Na semifinal, o time bateu a Alemanha Oriental também por 2 a 1, garantindo vaga na grande final contra a outra Alemanha, a Ocidental, que passou por Estados Unidos, Arábia Saudita, Escócia e Chile.

O Estádio Nacional, em Santiago, recebeu a decisão entre Iugoslávia e Alemanha Ocidental. O jogo terminou empatado em 1 a 1 no tempo normal, com Boban marcando aos 40 minutos do segundo tempo e os alemães empatando de pênalti dois minutos depois. Após prorrogação sem gols, a disputa foi definida nos pênaltis, em que a Iugoslávia venceu por 5 a 4, com o goleiro Dragoje Lekovic defendendo a primeira cobrança alemã e selando o título.

A campanha da Iugoslávia:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/FSS

Iugoslávia Campeã Olímpica 1960

A enxurrada de desistências e costuras no regulamento do futebol olímpico em 1956 motivaram o COI e a FIFA a mudarem todo o sistema de disputa para 1960. Pela primeira vez, todos os participantes do torneio seriam qualificados através de eliminatórias, os chamados Pré-Olímpico. Antes, parte das seleções eram definidas por convite. O regulamento deixou de ser 100% mata-mata, sendo introduzida uma fase de grupos. O número de equipes foi fixado em 16, e quatro chaves passariam a formar a primeira fase do torneio.

Mantendo a crescente tradição de times do Leste Europeu aparecendo com os elencos quase que principais, a Iugoslávia foi às Olimpíadas de Roma após bater Israel e Grécia nas qualificatórias. Na fase de grupos da competição, ficou no grupo A. Em sua estreia, goleou a República Árabe Unida (união de Egito e Síria) por 6 a 1. Na segunda rodada, aplicou 4 a 0 na Turquia.

Estes resultados seriam importantíssimos para o prosseguimento iugoslavo. Isto porque só um time avançava à semifinal, e na partida decisiva da chave a Iugoslávia empatou com a Bulgária por 3 a 3. As duas seleções marcaram cinco pontos, e o saldo de nove gols dos eslavos foi superior ao de cinco dos búlgaros.

Na semi, os iugoslavos superaram a dona da casa Itália na base da sorte: a partida ficou empatada por 1 a 1 nos 120 minutos programados. A classificação veio no cara ou coroa do árbitro, pois ainda não existia a disputa de pênaltis.

A medalha de ouro seria decidida entre Iugoslávia e Dinamarca, que eliminou Argentina, Polônia, Tunísia e Hungria. Na disputa pelo bronze, os húngaros bateram os italianos por 2 a 1. A final foi realizada no Flamínio, em Roma. Logo no primeiro minuto de jogo, Milan Galic abriu o placar aos iugoslavos. Zeljko Matus aumentou aos 12 e Borivoje Kostic fez o terceiro aos 24 do segundo tempo. Aos 45, Flemming Nielsen descontou para 3 a 1, mas já era tarde para tentar arrancar algo da Iugoslávia, que ali chegava ao seu principal título em toda a história, até 2003. Seu espólio seria assumido pela Sérvia a partir de então.

A campanha da Iugoslávia:
5 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/FSS