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Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1997

A última edição da Recopa Europeia com pompa aconteceu em 1997. O motivo foi porque a UEFA decidiu que, a partir de 1998, a Liga dos Campeões seria expandida com mais vagas para os principais países. Logo, quem garantia lugar para ambas competições optaria pela principal, esvaziando a copa das vencedores de copas. Mas isto será explicado melhor mais tarde. Por ora, sobra o fato de que o torneio recebeu mais um participante, aumentando de 48 para 49.

Foi também em 1997 que o Barcelona consolidou-se de vez como o maior ganhador da Recopa, com o tetracampeonato, na primeira temporada após a saída do técnico Johann Cruyff, que deu lugar a Bobby Robson, e no período em que Ronaldo (ainda Ronaldinho) tornou-se o melhor jogador do mundo.

Vice da Copa do Rei de 1996, o Barça herdou a vaga do campeão Atlético de Madrid, que também venceu a liga espanhola e foi para a Champions. A campanha teve início na primeira fase, contra o AEK Larnaca, do Chipre, o qual venceu por 2 a 0 em casa e empatou sem gols fora de casa.

Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Estrela Vermelha, com vitória por 3 a 1 no Camp Nou e empate por 1 a 1 na Iugoslávia. Nas quartas, a vítima foi o AIK, da Suécia, com os mesmos placares: 3 a 1 em casa e 1 a 1 fora. Aqui, Giovanni, Ronaldo e Luís Figo brilharam com três, dois e um gol, respectivamente. Os outros dois tentos foram marcados por Gheorghe Popescue Juan Antonio Pizzi.

A semifinal foi disputada contra a Fiorentina. A ida aconteceu no Camp Nou, mas os blaugranas ficaram apenas no empate por 1 a 1, gol anotado por Miguel Ángel Nadal. A classificação veio com vitória na Itália, no Artemio Franchi, por 2 a 0, fols de Fernando Couto e Pep Guardiola, um prodigioso volante.

Em sua sexta final de Recopa, o Barcelona encarou o Paris Saint-Germain, defensor do título e que bateu Vaduz, Galatasaray, AEK Atenas e Liverpool. No De Kuip, em Rotedã, os dois times fizeram uma partida dura, que foi decidida num pênalti aos 37 minutos do primeiro tempo. Ronaldo converteu e o Barça foi tetra invicto  com 1 a 0 no placar.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Professional Sport/Popperfoto/Getty Images

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1989

A década de 1980 chega ao fim com um líder isolado no ranking de campeões da Recopa Europeia. Em 1989, o Barcelona chegou ao tricampeonato e desempatou a disputa com Milan, Anderlecht e Dínamo Kiev. Foi com este título que também começou a era Johan Cruyff no comando do clube, que duraria até 1996.

Saído do Ajax ao fim da temporada 1987/88, o lendário holandês assumiu a equipe que havia sido campeã da Copa do Rei na mesma temporada. E levou os blaugranas a outra conquista entre a tranquilidade e o sufoco. Na primeira fase, foram duas vitórias em cima do Fram, da Islândia, por 2 a 0 fora de casa e por 5 a 0 no Camp Nou.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Lech Poznan. O primeiro jogo aconteceu no Camp Nou, mas o Barça não passou do empate por 1 a 1. A segunda partida foi realizada na Polônia, terminando com o mesmo resultado. A classificação veio suada, nos pênaltis, por 5 a 4.

O Barcelona avançou às quartas de final, onde encarou o AGF, da Dinamarca. A primeira partida foi disputada fora de casa, e o time blaugrana conseguiu abrir vantagem na vitória por 1 a 0, gol anotado por Gary Lineker. O segundo jogo foi no Camp Nou, um empate sem gols que não agradou.

Na semifinal, duas partidas contra o CSKA Sofia. A ida aconteceu na Espanha, com o Barcelona conseguindo vencer por 4 a 2, de virada, no Camp Nou. Os gols foram de Lineker, Guillermo Amor, José Bakero e Julio Salinas. A volta foi realizada na Bulgária, novamente vencida pelo Barça, por 2 a 1.

Chegada a final, o Barcelona enfrentou a Sampdoria. Os italianos passaram por IFK Norrköping, Carl Zeiss Jena, Dínamo Bucareste e Mechelen. A partida aconteceu no Wankdorf, em Berna. Logo aos quatro minutos do primeiro tempo, Salinas abriu o placar. Aos 34 do segundo tempo, Luis López Rekarte fez 2 a 0 e confirmou, de maneira invicta, o terceiro título blaugrana.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1982

Chegamos no ano de 1982, quando a Recopa Europeia, sem ainda ninguém saber, já havia cruzado a metade de sua existência. Nesta temporada, que teve 33 participantes em disputa, teve como campeão mais uma vez o Barcelona, que chegou ao bicampeonato depois de três anos.

Vencedor da Copa do Rei em 1981, o Barça começou a campanha contra o Botev Plovdiv, da Bulgária. Na primeira partida, goleada por 4 a 1 no Camp Nou. A vantagem tranquila permitiu ao time blaugrana até perder o segundo jogo, por 1 a 0 fora de casa.

O caminho seguiu nas oitavas de final, contra o Dukla Praga. A ida foi na Tchecoslováquia, com o Barcelona voltando a perder por 1 a 0 como visitante. A situação agora estava invertida, mas os jogadores conseguiram reverter o confronto na volta, ao golearem os tchecos por 4 a 0 em casa.

O próximo adversário do Barcelona foi o Lokomotive Leipzig, nas quartas. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha Oriental, e o time blaugrana conseguiu uma ótima vitória por 3 a 0, gols de Quini, Enrique Morán e Allan Simonsen. A segunda partida foi no Camp Nou, mas o Barça não conseguiu repetir o desempenho e acabou derrotado por 2 a 1, sem afetar a classificação.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Tottenham. A partida de ida foi realizada em Londres, no White Hart Lane. O Barcelona saiu na frente com o gol de Antonio Olmo, mas levou o empate por 1 a 1. O jogo de volta foi no Camp Nou, e a classificação para a final com a vitória por 1 a 0, gol do artilheiro Simonsen.

A decisão foi contra o Standard Liège, que passou por Floriana, Vasas, Porto e Dínamo Tbilisi. O estádio escolhido (antes da temporada) para a partida foi exatamente o Camp Nou, que recebeu mais 100 mil blaugranas. Mas foram os belgas que abriram o placar, aos oito minutos do primeiro tempo. O empate só veio aos 47, com Simonsen. O tento da virada para 2 a 1, e do bicampeonato, saiu aos 18 do segundo tempo, com Quini.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Barcelona

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1979

É no fim da década de 1970 que começa a história mais bem-sucedida da Recopa Europeia. Em 1979, o Barcelona conquistou o primeiro dos quatro títulos que o tornaram maior campeão da competição. Foi também a primeira conquista do clube espanhol em torneios organizados pela UEFA.

A Recopa de 1979 contou com 31 participantes. Classificado após o título da Copa do Rei de 1978, o time blaugrana iniciou a campanha na primeira fase, contra o Shakhtar Donetsk. Na partida de ida, vitória por 3 a 0 atuando no Camp Nou. Na volta, empate por 1 a 1 na União Soviética.

Nas oitavas, o adversário foi o Anderlecht, então o bicampeão da Recopa. A primeira partida foi na Bélgica, e os catalães perderam por 3 a 0. A desvantagem alta obrigou o Barcelona a atacar desde o começo do segundo jogo, no Camp Nou. A tática funcionou e o time conseguiu devolver os 3 a 0, gols de Hans Krankl, Juan Carlos Heredia e Rafael Zuviría. Nos pênaltis, vitória blaugrana por 4 a 1.

O Barcelona seguiu para as quartas de final, onde encarou o Ipswich Town. O primeiro jogo aconteceu na Inglaterra, com os espanhóis outra vez tendo que voltar para casa com a derrota, por 2 a 1. A segunda partida foi realizada no Camp Nou, e o Barça se classificou no gol qualificado ao vencer por 1 a 0.

Na semifinal, o time blaugrana enfrentou o Beveren, da Bélgica. Desta vez a ida aconteceu no Camp Nou, com vitória catalã por 1 a 0, gol anotado por Carles Rexach, de pênalti. A volta foi em solo belga, com mesmo roteiro: triunfo espanhol por 1 a 0 e gol de pênalti, de Krankl.

A decisão da Recopa foi entre Barcelona e Fortuna Düsseldorf, que passou por Universitatea Craiova, Aberdeen, Servette e Baník Ostrava. No St. Jakob, na Basileia, José Sánchez abriu o placar aos cinco minutos do primeiro tempo e os alemães empataram aos oito. Juan Asensi fez o segundo aos 34 e os alemães empataram de novo aos 41, o que se manteve até a prorrogação. Rexach anotou o terceiro aos 14 do primeiro tempo, e Krankl fez o quatro aos seis do segundo tempo. Os alemães descontaram para 4 a 3 aos nove minutos, no que se tornou uma das finais mais emocionantes da história da Recopa.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Imago/Panoramic

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2015

Depois de quatro anos de hiato, o Barcelona recuperou sua dominância na Liga dos Campeões em 2015. Com três títulos até esta altura, o clube já era o principal ganhador do século 21. A conta subiu para quatro (cinco ao todo) sob a sintonia fina de um trio de ataque que infernizou os adversários: Lionel Messi, Luis Suárez e Neymar. No comando técnico, um ídolo dos anos 90: Luis Enrique.

Na primeira fase, o time catalão ficou no grupo F, junto de Apoel (Chipre), Ajax e Paris Saint-Germain. Em seis jogos, foram conquistadas cinco vitórias com 15 pontos no total. A campanha foi tão sossegada que a classificação veio logo na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre os holandeses fora de casa. A disputa com o PSG pela liderança da chave foi mais quente. Os franceses estavam na frente até a última rodada, mas a equipe blaugrana fez 3 a 1 no confronto direto no Camp Nou e ficou na primeira posição com dois pontos a mais.

Nas oitavas de final, o Barça enfrentou o Manchester City e avançou mais uma casa com dois triunfos: na ida, 2 a 1 na Inglaterra. Na volta, 1 a 0 na Espanha. Nas quartas, foi a vez de encarar novamente o PSG. O primeiro jogo foi no Parc des Princes, e os catalães se vingaram da única derrota sofrida na primeira fase (1 a 0 na segunda rodada) ao vencer por 3 a 1, com um gol de Neymar e dois de Suárez. A segunda partida foi no Camp Nou, com nova vitória por 2 a 0.

A semifinal foi contra o Bayern de Munique. A ida foi jogada em casa, e os blaugranas abriram 3 a 0 de vantagem, com dois gols de Messi e outro de Neymar a partir dos 32 minutos do segundo tempo. A volta foi na Alemanha, e novo triunfo por 3 a 2 colocou o Barcelona na final.

O adversário grená na decisão foi a Juventus, que eliminou Olympiacos, Malmö, Borussia Dortmund, Monaco e Real Madrid. A partida foi realizada no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha. Com mais qualidade que os italianos, o Barça foi mais eficiente e levou o penta ao vencer por 3 a 1. Aos quatro minutos do primeiro tempo, Ivan Rakitic abriu o placar. Aos dez do segundo, veio o empate rival. O desempate saiu aos 23, com Suárez. E aos 52, Neymar finalizou.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 11 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Marcus Brandt/EFE/EPA

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2011

O auge de um dos times mais celebrados da história. O tetracampeonato europeu do Barcelona em 2011 foi o ponto mais alto e a consagração de um conceito de jogo, o anteriormente citado tiki-taka. A campanha foi impecável do início ao fim, com direito a um repeteco na decisão.

Na primeira fase, a equipe treinada por Pep Guardiola ficou no grupo D, junto com Panathinaikos, Rubin Kazan e Copenhagen. Sem adversários muito tradicionais, o Barça passou invicto nos seis jogos que disputou, com quatro vitórias, dois empates e 14 pontos que lhe garantiram o primeiro lugar. A classificação foi conquistada na quinta rodada, ao derrotar os gregos por 3 a 0 em Atenas.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Arsenal. A primeira partida aconteceu em Londres e foi a única derrota catalã em toda esta edição da Liga dos Campeões, por 2 a 1. O segundo jogo ocorreu no Camp Nou, e o Barcelona reverteu o confronto ao ganhar por 3 a 1. Nas quartas, os blaugranas enfrentaram o Shakhtar Donetsk. A ida foi na Espanha, com goleada dos mandantes por 5 a 1. Mesmo com tamanha vantagem, o Barça tornou a derrotar os ucranianos na volta, fora de casa, por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Real Madrid, em mais duas edições de El Clásico. O primeiro foi disputado no Santiago Bernabéu. Em campo, o que se viu foi (mais) um show de Lionel Messi, que marcou ambos os gols da vitória histórica por 2 a 0. A segunda partida foi realizada no Camp Nou. Para chegar à final, o Barcelona só precisou controlar a diferença em casa, ao segurar empate por 1 a 1 com o rival.

A decisão foi contra o Manchester United - o mesmo do tri de dois anos antes. Os ingleses eliminaram Rangers, Bursaspor (Turquia), Olympique Marselha, Chelsea e Schalke 04. A partida aconteceu no Wembley, em Londres. E se havia algum tipo de fator local, ele acabou rápido. Aos 27 minutos do primeiro tempo, Pedro abriu o placar para os blaugrana. O adversário aos 34, mas aos nove do segundo tempo, Messi desempatou. Aos 24, David Villa fez 3 a 1 e confirmou a quarta taça do Barcelona.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Christian Liewig/Corbis/Getty Images

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2009

Para muita gente, o Barcelona que atuou entre os anos de 2009 e 2012 foi um dos melhores times da história do futebol. Até hoje, o trabalho feito pelo técnico Pep Guardiola é lembrado. O trio Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi Hernandez povoa qualquer lista de maiores parcerias do esporte em todos os tempos. E o estilo de jogo, de posse de bola e toque envolvente, recebeu até um nome próprio: tiki-taka.

A primeira consagração daquela equipe aconteceu na Liga dos Campeões de 2009, na campanha do tricampeonato blaugrana. O início se deu ainda na terceira preliminar, no confronto com o Wisla Cracóvia, da Polônia. Na ida, vitória por 4 a 0 no Camp Nou. Na volta, derrota por 1 a 0 fora. Depois, no grupo C, o Barça enfrentou Basel, Shakhtar Donetsk e Sporting. Em seis jogos, bastaram quatro vitórias e um empate para a classificação, com 13 pontos e na liderança. A vaga nas oitavas de final veio na quarta rodada, no empate por 1 a 1 em casa com o rival da Suíça.

Na fase seguinte, o Barcelona passou pelo Lyon com empate por 1 a 1 na França e vitória por 5 a 2 na Espanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com um belo 4 a 0 no Camp Nou e outro empate fora por 1 a 1.

Na semifinal, o adversário foi o Chelsea. Na primeira partida, empate sem gols. No segundo jogo, o Barça buscou o 1 a 1 que o levou à decisão aos 48 minutos do segundo tempo, no gol salvador e dobrado de Iniesta.

A final foi contra o então campeão Manchester United, que deixou para trás Celtic, Aalborg (Dinamarca), Internazionale, Porto e Arsenal. O local da partida foi o Olímpico de Roma. O duelo começou a ser definido aos 19 minutos do primeiro tempo, quando Samuel Eto'o abriu o placar blaugrana. Messi, de cabeça, fez 2 a 0 aos 25 do segundo tempo e passou a régua na terceira conquista catalã, a que demarcou uma nova era no futebol.

A campanha do Barcelona:
15 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Manu Fernandez/AP

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2006

Na temporada em que completou 50 anos de existência, a Liga dos Campeões também foi decidida com fortes doses de emoção. Embora a final de 2006 não seja tão cultuada quanto a de 2005, a virada do Barcelona é digna das grandes histórias da competição: dois gols em quatro minutos - faltando dez para o fim -, com o segundo saindo dos pés de um atleta que jamais havia marcado com a camisa do clube.

Sob o comando de Frank Rijkaard e com Ronaldinho, Samuel Eto'o, Deco e Carles Puyol em campo, mais um trio de nomes Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi no banco de reservas, o bicampeonato blaugrana - após 14 anos - teve início no grupo C da primeira fase. Diante de Panathinaikos, Udinese e Werder Bremen, a classificação foi tranquila, com 16 pontos, cinco vitórias e um empate em seis partidas. Tamanha facilidade permitiu ao Barça se classificar em primeiro já na quarta rodada, nos 5 a 0 sobre os gregos no Camp Nou.

A partir das oitavas de final, os catalães passaram a fazer um ótimo uso do regulamento. Contra o Chelsea, conseguiram vencer a ida fora por 2 a 1 e empatar a volta em casa por 1 a 1. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Benfica em dinâmica parecida, porém invertida: empate sem gols em Portugal e vitória por 2 a 0 na Espanha. A semifinal foi contra o Milan, e o time blaugrana voltou a conquistar o triunfo fora - 1 a 0 no San Siro - para se garantir em casa - 0 a 0 no Camp Nou.

Depois de 12 anos, o Barcelona voltava à final da Liga dos Campeões. Seu adversário foi o Arsenal, que bateu Thun (Suíça), Sparta Praga, Real Madrid, Juventus e Villarreal. A partida aconteceu em Paris, no Stade de France, e começou com os ingleses largando na frente aos 37 minutos do primeiro tempo. A reação só começou aos 31 do segundo tempo, no empate de Eto'o.

A consagração veio aos 35, quando o lateral-direito reserva Belletti - que até ali nunca tinha feito um gol pelo Barça - acertou um chute cruzado pelo lado direito, quase sem ângulo, e fez 2 a 1. Num prenúncio do que estava por vir na virada da década, o clube catalão assegurou o bicampeonato europeu.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Laurence Griffiths/Getty Images

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 1992

A Copa dos Campeões da Europa de 1992 foi marcada pela transição de eras e mais mudanças geográficas. Na ordem: foi a última edição com o nome original. Também foi a primeira a contar com uma fase de grupos, após as oitavas de final, em substituição às quartas e à semifinal e com o líder avançando à decisão.

A Inglaterra estava definitivamente de volta à competição. A Alemanha seguiu com dois representantes porque a ex-nação oriental estava com seu torneio em andamento quando da reunificação com os ocidentais. Outro país que acabou ali foi a União Soviética, entre as oitavas e a terceira fase. No lugar entrou a Comunidade dos Estados Independentes, que foi a bandeira provisória do Dínamo Kiev. Por fim, o Estrela Vermelha teve que defender o título fora da Iugoslávia em guerra.

É nesse contexto que aparece o Barcelona, um dos poucos entre os mais tradicionais que ainda não foi campeão do maior título continental. Treinado pelo ídolo holandês Johan Cruyff, o clube espanhol teve um início trepidante. Na primeira fase, passou pelo Hansa Rostock após vencer no Campo Nou por 3 a 0 e perder na Alemanha por 1 a 0.

Nas oitavas, eliminou o outro alemão Kaiserslautern pelo gol de visitante, depois de fazer 2 a 0 em casa e levar 3 a 1 fora, com o tento salvador de José Mari Bakero aos 45 minutos do segundo tempo.

A campanha melhorou na terceira fase. O Barça ficou no grupo B, junto com Sparta Praga, Benfica e Dínamo Kiev. Em seis jogos, os catalães venceram quatro, empataram um e somaram nove pontos. A vaga na final veio na última rodada, nos 2 a 1 sobre os portugueses no Camp Nou.

O adversário do Barcelona na decisão foi a Sampdoria, equipe italiana que eliminou Rosenborg (Noruega), Honvéd (Hungria), Panathinaikos, Anderlecht e Estrela Vermelha. A partida foi disputada no Wembley, em Londres. O clube blaugrana chegou ao título inédito (depois dos vices em 1961 e 1986) com 1 a 0 no placar, conquistado aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação, no golaço de falta de Ronald Koeman.

A campanha do Barcelona:
11 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Barcelona Campeão Mundial 2015

Nova mudança na sede marcou a passagem do Mundial de Clubes para 2015. Dois países entraram na disputa para suceder o Marrocos: Índia e Japão. Mas o primeiro desistiu antes da votação, e os nipônicos ganharam pela terceira vez o direito de abrigar o torneio. E assim como foi na primeira volta, a segunda também contou com a força e a qualidade do Barcelona no topo.

Vários dos nomes que marcaram a história do clube em 2009 e em 2011 não estavam mais presentes, como Pep Guardiola e Xavi, que foram buscar outros ares, além do capitão Carles Puyol, que se aposentou. Mas o legado ainda era forte, agora sob o comando técnico de Luis Enrique e com Andrés Iniesta trajando a braçadeira. Desde os 12 anos de idade dentro do clube, o meia tornou-se o símbolo maior de uma era vitoriosa do futebol não só catalão, mas também espanhol. Lionel Messi foi outro que seguiu no time, marcando gols a rodo, mas agora com o auxílio de Luis Suárez. O Barça chegou no Mundial através do penta na Liga dos Campeões, batendo o Juventus na decisão.

O principal oponente na tentativa de parar o Barça foi o River Plate, tri da Libertadores em cima do Tigres UANL. As outras vagas ficaram com: América do México, campeão da Concacaf; Guangzhou Evergrande, vencedor da Ásia; Mazembe, campeão africano; Auckland City, vencedor da Oceania; e Sanfrecce Hiroshima, campeão da J-League.

No primeiro jogo do Mundial, o Sanfrecce bateu o Auckland por 2 a 0. Depois, venceu o Mazembe por 3 a 0, nas quartas de final. Ainda, o Guangzhou eliminou o América por 2 a 1. Na disputa do quinto lugar, os mexicanos fizeram 2 a 1 nos congoleses. Na semifinal, o River entrou primeiro em campo, vencendo por 1 a 0 o time de Hiroshima. A estreia blaugrana foi em 17 de dezembro, em Yokohama, contra o Evergrande. E o Barcelona venceu fácil por 3 a 0, todos os gols de Suárez. Antes da final, teve a disputa asiática pela terceira posição, e os japoneses fizeram 2 a 1 nos chineses.

No dia 20, Barça e River entraram no campo em Yokohama para a decisão. O time argentino entrou com uma certa esperança de surpreender, porém a partida não durou muito tempo com equilíbrio. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Messi abriu o placar, dando o ponto de partida em mais uma goleada catalã. Aos quatro do segundo tempo, Suárez ampliou, e aos 23, ele de novo fez o terceiro. O resultado de 3 a 0 conformou as duas equipes, e permaneceu assim até o apito final.

A confirmação de tri mundial do Barcelona veio junto com uma enxurrada de prêmios individuais. Suárez levou tanto a Bola quanto a Chuteira de Ouro. O uruguaio só não ganhou o carro também porque a Toyota já não patrocinava mais a competição. Messi ficou com a Bola de Prata, e Iniesta faturou a de Bronze.


Foto Mike Hewitt/FIFA

Barcelona Campeão Mundial 2011

O Mundial de Clubes entrou em 2011 com um novo velho país-sede. A competição retornou ao Japão, que venceu a disputar para o biênio até 2012. E ela chegava à velha casa com uma nova perspectiva de disputa, pois todos perceberam um ano antes que era possível sim haver um finalista de fora da Europa ou da América do Sul.

O alerta ficou redobrado, principalmente para o lado sul-americano. O Santos ficou com a incumbência de apagar a imagem ruim que a Conmebol deixou no torneio de 2010. Sobre o Peñarol, o Peixe venceu a Libertadores pela terceira vez e conseguiu uma vaga que não pegava há 48 anos. Pela UEFA, o Barcelona voltou a derrotar o Manchester United na decisão e foi tetra da Liga dos Campeões.

Olho vivo nas potenciais zebras: do país-sede, o Kashiwa Reysol foi vencedor da J-League; pela Concacaf, o Monterrey garantiu sua primeira presença; pela África, o Espérance Tunis foi o campeão; pela Ásia, o Al-Sadd foi outro estreante; e pela Oceania, o Auckland City conseguiu a terceira participação.

Sem Tóquio, o Mundial começou com o Kashiwa eliminando o Auckland por 2 a 0. Nas quartas de final, os japoneses derrubaram o Monterrey com 1 a 1 no tempo normal e 4 a 3 nos pênaltis. Já o Al-Sadd venceu o Espérance por 2 a 1.

A expectativa na semifinal foi grande. Mas o Santos não deixou duvidas e fez 3 a 1 no Kashiwa, gols de Neymar, Borges e Danilo. Tudo ficou desenhado para a final dos sonhos. No dia 15 de dezembro, em Yokohama, o Barcelona goleou o Al-Sadd por 4 a 0, com o brilho dos coadjuvantes: Adriano (duas vezes), Seydou Keita e Maxwell fizeram os gols sobre o clube do Catar. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey venceu o Espérance, e no duelo do terceiro, o Al-Sadd venceu nos pênaltis o Kashiwa.

A final mundialista aconteceu no dia 18, em Yokohama. Todos pararam para ver o encontro entre Lionel Messi e Neymar, mas a promessa ficou só nisso. Em campo, o argentino sobrou ao lado dos companheiros. O Barcelona abriu o marcador aos 17 minutos do primeiro tempo com o próprio Messi, e o Santos ficou encurralado. Aos 24, Xavi ampliou e aos 45, Cesc Fàbregas fez o terceiro. Com a enorme vantagem ainda na etapa inicial, o Barça dedicou-se a administrar as ações no segundo tempo. 

O time brasileiro teve algumas chances para descontar, mas passou longe de uma reação. Aos 37 minutos, Messi marcou um golaço, driblando o goleiro Rafael Cabral, e completou o passeio catalão. Os 4 a 0 e o bicampeonato mundial foram a cereja do bolo para Pep Guardiola, em sua última temporada como técnico blaugrana, no auge de uma equipe que venceu tudo o que disputou.


Foto Toshifumi Kitamura/AFP

Barcelona Campeão Mundial 2009

Após quatro edições bem sucedidas do Mundial de Clubes no Japão, a FIFA fez a roda girar a partir de 2009. Assim como acontece na Copa do Mundo, o torneio de clubes passou sedes diferenciadas a cada dois anos. No primeiro processo eleitoral, ainda em 2008, Austrália, Japão, Portugal e Emirados Árabes entraram na disputa, vencida pelo país do Oriente Médio.

O Mundial trocou a kasa pela cafia. A primeira competição no mundo árabe foi uma das mais emocionantes desta nova era. O Barcelona representou a Europa pela terceira vez, depois de ser tri da Liga dos Campeões em final contra o Manchester United. Pela América do Sul, o Estudiantes acabou com 41 anos de hiato, foi tetra da Libertadores em cima do Cruzeiro e confirmou presença.

Das outras confederações, apareceram: o mexicano Atlante, campeão da Concacaf; o sul-coreano Pohang Steelers, vencedor da Ásia; o congolês Mazembe, campeão africano; e o Auckland City, vencedor pela Oceania. Do anfitrião, o Al-Ahli, de Dubai, venceu a liga local e fechou a sétima vaga.

Al-Ahli e Auckland fizeram a abertura do Mundial, com vitória do time da Nova Zelândia por 2 a 0. Nas quartas de final, o Pohang, de virada, venceu o Mazembe por 2 a 1 e o Atlante aplicou 3 a 0 nos neo-zelandeses. Na semifinal, o Estudiantes foi o primeiro a entrar em campo. Contra o time da Coreia do Sul, os argentinos venceram por 2 a 1.

A estreia do Barcelona foi no dia 16 de dezembro, no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Contra o Atlante, um susto quando o clube catalão saiu perdendo. Mas Sergio Busquets, Lionel Messi e Pedro consertaram a situação virando para 3 a 1, confirmando a final lógica. Na disputa do quinto lugar, o Auckland derrotou o Mazembe, e no duelo pelo terceiro, o Pohang venceu nos pênaltis os mexicanos.

Com um ano e meio no comando da equipe, Pep Guardiola montou um verdadeiro esquadrão, baseado no toque de bola e na genialidade de Andrés Iniesta, Xavi e Messi (que seria o melhor do mundo pela primeira vez em 2009). Mas o primeiro não pôde participar da decisão, pois fora machucado na semifinal. Barcelona e Estudiantes jogaram no dia 19, no Zayed Sports City.

Um susto ainda maior quase colocou tudo a perder: aos 37 minutos do primeiro tempo, Mauro Boselli abriu o placar aos argentinos. Mesmo dominando a partida, o empate catalão custou a acontecer, vindo só aos 44 do segundo tempo, com Pedro. Os fantasmas de 1992 e 2006 precisavam ser exorcizados, e coube a Messi fazer o gol da virada, de cabeça, aos cinco do segundo tempo da prorrogação. O 2 a 1 no resultado fazia justiça não só em campo, mas também na história, dando o último título que faltava à galeria blaugrana. Símbolo de luta e resistência da Catalunha, o Barça enfim conseguia seu Mundial.


Foto Hassan Ammar/AP