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Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2024

Na última edição antes de uma profunda mudança de regulamento, a Liga dos Campeões da Europa voltou a premiar o clube que é o mais vencedor de sua história. Pela 15ª vez, o Real Madrid chegou ao título, ampliando ainda mais sua hegemonia com mais que o dobro que o segundo maior ganhador, o Milan, que possui sete taças.

"La décimoquinta" veio de uma forma muito especial, pois foi um título invicto. Foi também o que carimbou o compromisso de Carlo Ancelotti com o clube merengue, depois de ter sido cogitado como técnico do Brasil. Mas de brasileiro mesmo aqui, só o tempero da conquista, com Vinícius Júnior e Rodrygo, junto ao toque inglês, com Jude Bellingham.

No grupo C da fase de grupos, o Real passeou. Contra Union Berlim, Braga e Napoli, foram seis vitórias em seis partidas. A classificação foi obtida na quarta rodada, nos 4 a 2 sobre os italianos no Santiago Bernabéu. Nas oitavas de final, os espanhóis passaram pelo RB Leipzig, com vitória por 1 a 0 na Alemanha e empate por 1 a 1 em Madrid.

Nas quartas de final, os merengues encontraram o Manchester City, algoz na edição anterior. A ida foi disputada no Santiago Bernabéu, terminando empatada por 3 a 3. A volta aconteceu na Inglaterra, com outro empate, por 1 a 1 Nos pênaltis, o Real Madrid foi mais feliz, venceu por 4 a 3 e eliminou os então campeões.

Na semifinal, o Real encarou o Bayern de Munique. O primeiro jogo foi na Alemanha, com Vinícius Júnior abrindo o placar e também anotando o gol que selou o empate por 2 a 2. A segunda partida foi no Bernabéu. Os alemães saíram na frente do marcador e levaram assim até o fim do segundo tempo. Mas a história já mostrou muitas vezes que um time como o Real Madrid nunca está morto. Com dois gols, o reserva Joselu virou para 2 a 1 aos 43 e aos 46 minutos, colocando os merengues na 18ª decisão.

A final foi entre Real Madrid e Borussia Dortmund, que bateu Milan, Newcastle, PSV Eindhoven, Atlético de Madrid e Paris Saint-Germain. Em Wembley, em Londres, o Real Madrid foi resiliente, soube aguentar a pressão alemã no primeiro tempo para encaminhar o título no segundo. Aos 29 minutos, Dani Carvajal abriu o placar. Aos 38, Vinícius Júnior fez 2 a 0 e definiu tudo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Alex Livesey/Danehouse/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1986

Numa época em que apenas os campeões nacionais disputavam a Champions, e os vencedores das copas se classificavam para a Recopa, a Copa da UEFA era a tábua de salvação para quem não ganhava nada na temporada, porém fazia uma campanha de alto de tabela. Foi o caso do Real Madrid para os anos de 1985 e 1986. E se na primeira oportunidade o título europeu veio com muitos momentos de sofrimento, o bicampeonato também teve altas doses de emoção. E uma campanha idêntica.

A jornada merengue começou diante do AEK Atenas, para o qual perdeu por 1 a 0 o jogo de ida na Grécia. Na volta, goleada por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Chornomorets Odessa, da União Soviética. A primeira partida foi em casa, com vitória do Real por 2 a 1. O segundo jogo aconteceu no Leste Europeu, e o empate sem gols classificou os espanhóis.

Nas oitavas de final, o primeiro momento épico. Contra o Borussia Mönchengladbach, o Real Madrid começou o confronto levando 5 a 1 na Alemanha. No Santiago Bernabéu, Jorge Valdano e Santillana anotaram dois gols cada, e o 4 a 0 somado ao gol fora de casa colocou o time nas quartas. Esta não foi a primeira nem a última virada da campanha, mas é a mais lembrada pelo torcedor.

O adversário na quartas de final foi o Neuchâtel Xamax. A ida ocorreu na Espanha, com vitória merengue por 3 a 0. A volta foi na Suíça, e o Real voltou a perder, mas por 2 a 0, sem afetar sua classificação.

A semifinal foi jogada contra a Internazionale, repetindo o roteiro da temporada anterior. E como em 1985, o Real Madrid perdeu a ida no San Siro, mas por 3 a 1. Na volta, Hugo Sánchez fez dois gols e Rafael Gordillo um nos 90 minutos. A Inter descontou e a partida foi à prorrogação. Para desempatar, Santillana guardou outros dois tentos no tempo extra, e a goleada por 5 a 1 colocou o Real na decisão.

A final da Copa da UEFA foi contra o Colônia, clube alemão que bateu Sporting Gijón, Bohemians, Hammarby (Suécia), Sporting e Waregem (Bélgica). A ida foi jogada no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid consolidou uma ótima vantagem ao golear por 5 a 1, com dois gols de Valdano e um cada de Sánchez, Gordillo e Santillana. A volta foi realizada no Olímpico de Berlim. Tendo já revertido um resultado de 5 a 1 contra, o time merengue sabia que nada era garantido. O Colônia até abriu 2 a 0 no placar, mas os espanhóis souberam se segurar na defesa para ficar com o segundo título.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 26 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1985

Este fato é impensável nos dias de hoje, mas em 1985 o Real Madrid protagonizou uma campanha trepidante rumo ao título da Copa da UEFA, que na época era a competição europeia de menor importância. Sob o comando do ídolo Luis Molowny e há duas décadas sem conquistas internacionais, os merengues no fim demonstraram um pequeno rastro daquela glória obtida nos anos 1950 e 1960.

A campanha do Real Madrid começou contra o Wacker Innsbruck, da Áustria. Na ida, o clube espanhol já tratou de encaminhar a classificação ao golear por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, tal vantagem deixou os jogadores tão relaxados que acabaram perdendo por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, os merengues sofreram para eliminar o Rijeka, da Iugoslávia. No primeiro jogo, levaram 3 a 1 fora. Assim, em Madrid, precisaram suar para vencer por 3 a 0.

Os desafios do Real Madrid seguiram sem trégua. Nas oitavas de final, contra o Anderlecht, uma derrota por 3 a 0 na Bélgica obrigou os madridistas a correrem dobrado mais uma vez em casa. E  de maneira épica no Bernabéu, golearam por 6 a 1 no jogo de volta, com hat-trick de Emilio Butragueño, dois gols de Jorge Valdano e um de Manuel Sanchís.

Nas quartas, o adversário foi o Tottenham, que defendia o título. A ida foi disputada no White Hart Lane, em Londres, e o Real Madrid conseguiu uma ótima vitória por 1 a 0. Mas quem esperava tranquilidade na volta não encontrou. O empate por 0 a 0 imperou no placar durante todos os 90 minutos. O alívio só veio no apito final.

Na semifinal, o clube merengue teve um confronto emocionante com a Internazionale. Novamente atuando fora de casa na primeira partida, os espanhóis sofreram uma dura derrota, desta vez por 2 a 0. A desvantagem obrigava a mais uma remontada no Santiago Bernabéu, e ela veio: 3 a 0, com dois gols de Santillana e um de Míchel.

A final da Copa da UEFA de 1985 foi contra o Videoton (atual Fehérvár), da Hungria, que eliminou Dukla Praga, Paris Saint-Germain, Partizan, Manchester United e Zeljeznicar (Iugoslávia). A primeira partida ocorreu no Estádio Sóstói, na cidade de Székesfehérvár, e o Real Madrid venceu bem por 3 a 0, com gols de Míchel, Santillana e Valdano. O roteiro para este confronto inverteu-se em relação a muitas fases anteriores. No Santiago Bernabéu, para mais de 98 mil torcedores e livre de todos os sofrimentos já sentidos, o time merengue tornou-se campeão com derrota por 1 a 0.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 22 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Real Madrid Campeão Mundial 2022

Por muito pouco, o Mundial de Clubes de 2022 não foi o último de uma era. Dois anos após a pandemia de covid-19 suspender a ideia da competição quadrienal com 24 times, a FIFA voltou com o projeto reformulado, com início para 2025 e com 32 equipes. Desta forma, o torneio da atualidade ficou com os dias contados.

As incógnitas eram tão grandes que nem mesmo a FIFA pareceu saber do futuro do Mundial. Prova maior disso é que a edição de 2022 foi realizada a toque de caixa. A sede foi escolhida somente dois meses antes do início, o Marrocos, que voltou a sediar o torneio depois de oito anos. Os desacordos ainda ficaram evidentes ainda no sumiço de alguns de seus patrocinadores clássicos, como a Coca-Cola, que nem mesmo colocaram suas marcas na publicidade da competição. Nem mesmo foi desenhado um logotipo personalizado. E a disputa do quinto lugar também não foi jogada.

Mas estes detalhes não diminuíram em nada a grandeza do oitavo título do Real Madrid, que voltou ao Mundial depois de quatro anos ao derrotar o Liverpool na final da Liga dos Campeões da Europa. Quase todo mundo esperou por uma decisão dos espanhóis contra o Flamengo, vencedor da Libertadores em cima do Athletico Paranaense. Porém, o que vimos foi outra vez o sul-americano pagando os pecados na semifinal.

O grande adversário merengue foi o Al-Hilal, clube saudita indicado pela confederação asiática, visto que a liga do continente ainda não havia encerrado. Os demais adversários: Seattle Sounders, o primeiro time dos Estados Unidos a representar a Concacaf; Al-Ahly, velho conhecido egípcio e vice-campeão africano; Auckland City, o vencedor da quase sempre na Oceania; e Wydad Casablanca, ganhador da África que unificou o título à condição de anfitrião.

O Mundial começou com a vitória do Al-Ahly sobre o Auckland por 3 a 0. Nas quartas de final, o dono da casa estreou, mas o Wydad perdeu nos pênaltis para o Al-Hilal por 5 a 3 depois de empate por 1 a 1 no tempo normal. Na outra partida, os egípcios voltaram a vencer, desta vez o Sounders por 1 a 0. Na semifinal, o Flamengo sucumbiu para os sauditas. Pedro fez dois gols, porém o Al-Hilal anotou três e tudo ficou nesse 3 a 2. E o Real Madrid fez o dever contra o Al-Ahly, goleando por 4 a 1. Na disputa do terceiro lugar, o Flamengo conseguiu a vitória por 4 a 2 sobre o clube do Egito. 

A final entre Real Madrid e Al-Hilal foi jogada no dia 11 de fevereiro de 2023, no Estádio Prince Moulay Abdellah, na cidade de Rabat. E a lógica prevaleceu. Vinícius Júnior anotou dois gols, Federico Valverde marcou outros dois e Karim Benzema fez um. Os sauditas também guardaram seus golzinhos, e o placar de 5 a 3 foi um dos maiores e mais divertidos de se assistir na história das decisões de Mundial.


Foto Chema Rey/Marca

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2022

Título é o que não falta na galeria do Real Madrid. Só da Liga dos Campeões da Europa, até 2022 eram 13. Cada vários deles para gostos diferentes de conquistas. Mas ainda faltava a versão copeira da Champions. Aquela vencida com viradas épicas e que é mais comum de se ver na América do Sul. "La décimocuarta" chegou dessa forma.

Com Carlo Ancelotti de volta ao comando, o time merengue começou a campanha no grupo D, ao lado de Internazionale, Shakhtar Donetsk e Sheriff Tiraspol (Moldávia). A primeira fase correu de maneira segura, com cinco vitórias em seis jogos para o Real. A classificação foi confirmada na quinta rodada, na vitória por 3 a 0 sobre os moldavos fora de casa. A liderança, com 15 pontos, veio na última partida, nos 2 a 0 sobre os italianos no Santiago Bernabéu.

Nas oitavas de final, o clube espanhol enfrentou o Paris Saint-Germain. A ida foi na França, onde o Real perdeu por 1 a 0. A volta aconteceu na Espanha. Com hat-trick de Karim Benzema, os merengues venceram por 3 a 1 e reverteram o primeiro de mata-mata.

Nas quartas, foi a vez de jogar contra o Chelsea e de segurar o resultado. O primeiro jogo foi na Inglaterra, com vitória madridista por 3 a 1. A segunda partida ocorreu no Santiago Bernabéu, e os ingleses conseguir igualar a disputa (o Real chegou a levar 3 a 0). Na prorrogação, Benzema fez o gol redentor e a derrota por 3 a 2 colocou os espanhóis na semifinal.

A semi foi contra o Manchester City. Na ida, os ingleses fizeram 4 a 3 em casa. Na volta, o Real perdia desde os 28 minutos do segundo tempo e ficou a ponto de ser eliminado no Bernabéu, mas o reserva Rodrygo marcou aos 45 e aos 46 e colocou o clube em nova prorrogação. No tempo extra, Benzema fez 3 a 1 e reconduziu os merengues à decisão.

A final foi uma reedição de 2018 contra o Liverpool, que eliminou Porto, Milan, Internazionale, Benfica e Villarreal. O jogo foi disputado no Stade de France, em Paris. Com apenas três finalizações ante 23 dos ingleses, o Real Madrid conquistou seu 14° título ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Vinícius Júnior aos 14 minutos do segundo tempo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2018

A última ponta da sequência de três Ligas dos Campeões vencidas pelo Real Madrid de Zinedine Zidane foi a de campanha mais "fraca". Em 2016 e 2017, foram nove vitórias, três empates e uma derrota. Em 2018, o clube empatou uma partida a menos e perdeu uma a mais. Logicamente, as frases anteriores são apenas uma piada. Séria mesmo foi a história que este time deixou registrada em campo.
 
"La décimotercera" foi mais uma conquista no já amplo olimpo madridista. Na primeira fase, o Real ficou no grupo H, ao lado de Tottenham, Borussia Dortmund e Apoel. A disputa pela liderança foi até o fim com os ingleses. Em seis jogos, os merengues venceram quatro, empataram um e somaram 13 pontos. A vaga no mata-mata veio na quinta rodada, na goleada por 6 a 0 sobre os cipriotas fora de casa. Mas o primeiro lugar não possível, pois o Tottenham venceu os espanhóis no quarto jogo por 3 a 1, em Londres, e fechou com dois pontos a mais.

Nas oitavas de final, o Real Madrid enfrentou o Paris Saint-Germain, e passou com vitórias por 3 a 1 no Santiago Bernabéu e por 2 a 1 na França. Nas quartas, foi a vez de desafiar a Juventus. Na ida, vitória do Real por 3 a 0 em Turim, com aquele voleio antológico de Cristiano Ronaldo no terceiro gol. Na volta, os italianos quase levaram à prorrogação. O gol de CR7 aos 53 minutos do segundo tempo, que atenuou a derrota para 3 a 1, salvou a equipe no Bernabéu.

A semifinal foi contra o Bayern de Munique. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, com vitória merengue por 2 a 1. A segunda partida ocorreu em Madrid, com empate por 2 a 2.

A final foi contra o Liverpool, que derrotou Spartak Moscou, Maribor (Eslovênia), Porto, Manchester City e Roma. A partida foi realizada no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia. Os gols só apareceram no segundo tempo, e com a ajuda do goleiro do time inglês - Loris Karius -, que entregou de graça para Karim Benzema aos seis minutos e foi com as mãos moles no chute de Gareth Bale aos 38. Entre esses gols, houve o empate do Liverpool aos dez e o tento anterior de Bale aos 18. Por 3 a 1, o Real Madrid chegou ao número 13.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto David Ramos/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2017

O primeiro capítulo da sequência de três conquistas europeias do Real Madrid de Zinedine Zidane acabou com certo sofrimento em 2016. Para 2017, a história teve um desfecho diferente: a dificuldade deu lugar à tranquilidade. "La duodécima" madridista veio com goleada na decisão.

Na primeira fase da Liga dos Campeões, o Real ficou no grupo F, junto com Borussia Dortmund, Legia Varsóvia e Sporting. Em seis jogos, o time passou invicto com três vitórias e três empates. A classificação foi obtida de maneira antecipada, na quinta rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o adversárxio português em Lisboa. A disputa pela liderança foi travada com o rival alemão, mas no fim os espanhóis somaram 12 pontos contra 14 do Borussia e terminaram na segunda colocação.

Nas oitavas de final, os merengues enfrentaram o Napoli. Na ida, vitória por 3 a 1 no Santiago Bernabéu. Na volta, outro 3 a 1, mas no San Paolo, em Napoles. O adversário seguinte do Real Madrid foi o Bayern de Munique, nas quartas de final. O primeiro jogo foi na Allianz Arena, com vitória espanhola por 2 a 1. A segunda partida foi em Madrid, e os alemães devolveram o placar nos 90 minutos. Na prorrogação, o Real se transformou para fazer três gols e virar para 4 a 2.

A semifinal foi disputada contra o Atlético de Madrid. O primeiro clássico aconteceu no Santiago Bernabéu, com triunfo merengue por 3 a 0 - todos os gols marcados por Cristiano Ronaldo. A volta foi realizada no Vicente Calderón, mas o Atlético só venceu por 2 a 1 e não evitou a classificação madridista.

Na final de novo, o Real Madrid enfrentou a Juventus. Os italianos passaram por Lyon, Dínamo Zagreb, Porto, Barcelona e Monaco. A partida foi disputada em Cardiff, no País de Gales, no Estádio Millenium. De roxo, o Real abriu o marcador com Cristiano Ronaldo aos 20 minutos do primeiro tempo. A Juventus empatou aos 27, mas o equilíbrio parou por aí. A goleada merengue veio no segundo tempo. Casemiro fez o segundo aos 16 minutos, CR7 anotou o terceiro aos 19 e Marco Asensio fechou em 4 a 1 aos 45.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Angel Martinez/Real Madrid/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2016

Provavelmente nenhum outro clube entenda melhor a Liga dos Campeões da Europa do que o Real Madrid. Em qualquer situação, os espanhóis sempre serão apontados como favoritos a vencer a competição. Mesmo quando o técnico quase não tem experiência, como no caso de Zinedine Zidane na conquista de "la undécima" em 2016. Campeão como jogador em 2002, o francês assumiu o time merengue depois de apenas um trabalho no Castilla, equipe B do Real.

Na primeira fase, o Real Madrid ficou no grupo A, ao lado de Paris Saint-Germain, Shakhtar Donetsk e Malmö, mas a disputa foi só contra os franceses. Na quarta rodada, os merengues venceram eles por 1 a 0 no Santiago Bernabéu, garantiram a classificação e a liderança isolada da chave. A confirmação da posição veio na última partida, na goleada por 8 a 0 sobre os suecos também em casa. Ao todo foram 16 pontos em cinco vitórias e um empate.

Nas oitavas de final, o adversário foi a Roma. Com duas vitórias por 2 a 0 na Itália e na Espanha, o time madridista passou. As quartas foram contra o Wolfsburg, e os alemães impuseram dificuldades. Na ida, o Real perdeu fora por 2 a 0. Precisando vencer na volta em casa, a equipe merengue contou com Cristiano Ronaldo para reverter: 3 a 0 com os três gols do português.

A semifinal foi contra o Manchester City. A ida aconteceu na Inglaterra, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid se classificou após ganhar por 1 a 0.

A final repetiu 2014 entre Real e Atlético de Madrid. O rival vermelho chegou lá ao superar Galatasaray, Astana (Cazaquistão), PSV Eindhoven, Barcelona e Bayern de Munique. No San Siro, em Milão, o roteiro da decisão foi mais modesto: Sergio Ramos abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Aos 34 do segundo, veio o 1 a 1 adversário. A prorrogação passou em branco, e nos pênaltis os merengues foram mais eficientes nas cobranças. Todos acertaram, enquanto o Atlético errou a quarta. Com 5 a 3 ao fim, o 11° título estava nas mãos do Real.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Stefano Rellandini/Reuters

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2014

Não é fácil vencer a Liga dos Campeões da Europa. Se levar um título já é difícil, o que se dirá de dez? Mais ainda é aguentar 32 anos de uma fila, mais 12 de outra, e não perder o posto de maior vencedor da competição em nenhum momento. O Real Madrid de 2014 personificou tudo isso em uma coisa só.

Nos anos 50, o líder foi Di Stéfano. Nos anos 60, Puskás dividiu a responsabilidade. Em 98, 2000 e 2002, Raúl foi a imagem principal do time. Já a nova leva de conquistas, a começar por "la décima", tem a assinatura maior de Cristiano Ronaldo.

Com os gols do português e o comando do técnico Carlo Ancelotti, o clube merengue iniciou a campanha no grupo B, contra Galatasaray, Juventus e Copenhagen. A classificação na primeira fase foi a mais tranquila possível, com cinco vitórias, um empate e 16 pontos. A confirmação veio na quarta rodada, na goleada por 4 a 1 sobre os turcos no Santiago Bernabéu.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Schalke 04, eliminado com um fácil 6 a 1 fora e 3 a 1 em casa. As quartas foram contra o Borussia Dortmund. Na ida, vitória por 3 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, derrota por 2 a 0 na Alemanha. O tour alemão seguiu na semifinal, contra o Bayern de Munique. Na primeira partida, 1 a 0 para o Real em casa. No segundo jogo, uma histórica goleada fora por 4 a 0 recolocou a equipe madridista na decisão.

Na final, disputada no Estádio da Luz, em Lisboa, o clássico com o Atlético de Madrid. O outro clube madrilenho chegou lá após passar por Porto, Austria Viena, Milan, Barcelona e Chelsea. A partida ficou perdida dos 36 minutos do primeiro tempo aos 48 do segundo, quando Sergio Ramos aparou de cabeça o último escanteio, empatou e forçou a prorrogação.

Aí a camisa do Real Madrid pesou. Gareth Bale virou o placar aos cinco da segunda etapa, Marcelo ampliou aos 13, e Cristiano fechou em 4 a 1 aos 15, de pênalti. Um grande resultado para um grande título, o décimo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 41 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2002

Temporada sim, temporada não. Esse foi o lema do Real Madrid na segunda era de conquistas da Liga dos Campeões da Europa. Em 2002 - antes da formação dos "galácticos" -, o clube espanhol venceu "la novena", o eneacampeonato. Ainda que o time já fosse suficientemente estrelado, com Zinedine Zidane, Luís Figo, Raúl González, Fernando Hierro e Roberto Carlos, os galácticos só pegaram mesmo entre 2003 e 2006, num momento sem títulos continentais.

A campanha madridista começou no grupo A, contra Anderlecht, Lokomotiv Moscou e Roma. A classificação veio sem tropeços, ainda na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o adversário belga em Bruxelas. A liderança foi confirmada no jogo seguinte, no empate por 1 a 1 com os italianos no Santiago Bernabéu. Em seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos obtidos.

Na segunda fase, o Real passou invicto no grupo C, diante de Porto, Sparta Praga e Panathinaikos. Com mais cinco vitórias, um empate e 16 pontos, a qualificação foi ainda mais tranquila. A vaga estava na mão mais uma vez na quarta partida, nos 2 a 1 sobre os portugueses fora de casa. E liderança no jogo seguinte, nos 3 a 0 sobre os tchecos em Madri.

Nas quartas de final, a equipe merengue eliminou o Bayern de Munique após perder por 2 a 1 na Alemanha e reverter com 2 a 0 na Espanha. A semifinal reservou simplesmente El Clásico com o Barcelona. O primeiro foi no Camp Nou, com vitória do Real por 2 a 0. O lugar na final foi conquistado no Santiago Bernabéu, com empate protocolar por 1 a 1.

A final foi contra o Bayer Leverkusen, surpresa da Alemanha que passou por Fenerbahçe, Lyon, Juventus, Arsenal, Liverpool e Manchester United. A partida foi disputada no Hampden Park, em Glasgow, na Escócia. Raúl abriu o placar para o Real Madrid aos oito minutos do primeiro tempo, mas os alemães empataram aos 13. Aos 45, Zidane acertou um dos gols mais bonitos em uma decisão, de voleio. O 2 a 1 foi o resultado do título, depois de os espanhóis suportarem a pressão adversária.

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2000

Na virada do milênio, a Liga dos Campeões bateu um novo recorde no número de participantes. Na edição de 2000, a competição acolheu 71 participantes. A mudança foi um reflexo do fim da Recopa Europeia (Cup Winners' Cup), que foi absorvida pela Copa da UEFA. Esta, por ter ficado muito inchada, motivou a confederação a mexer no seu torneio principal e aumentar a divisão de clubes conforme seu coeficiente, para equilibrar as duas disputas entre si.

Os três melhores países passaram a ter quatro representantes; do quarto ao sexto, três times; do sétimo ao 15º, dois; e do 16º em diante continuou com uma equipe cada. O regulamento foi revisto: as preliminares ficaram com três etapas e a fase de grupos foi ampliada e dividida em duas - uma inicial com oito e outra posterior com quatro.

Foi em meio a esse tanto de números que o Real Madrid reapareceu para conquistar "la octava" da Champions. O clube merengue estreou no grupo E, junto com Molde (Noruega), Olympiacos e Porto. Em seis jogos, foram 13 pontos, quatro vitórias, um empate e a classificação tranquila, na liderança. A vaga foi obtida na penúltima rodada, na vitória por 3 a 0 sobre os gregos no Santiago Bernabéu.

Na fase seguinte, o Real ficou no grupo C, ao lado de Rosenborg (Noruega), Dínamo Kiev e Bayern de Munique. A vaga desta vez veio com dificuldade, na segunda posição depois de seis partidas, com dez pontos, três vitórias e um empate (e duas derrotas feias para os alemães - 4 a 2 em casa e 4 a 1 fora). Empatado com os ucranianos, o time madridista passou graças à vantagem no confronto direto - vitória por 2 a 1 fora e empate por 2 a 2 em casa.

Nas quartas de final, os merengues eliminaram o Manchester United com 0 a 0 no Bernabéu e 3 a 2 fora. Na semifinal, foi a vez de se vingar do Bayern ao vencer em casa por 2 a 0 e perder fora por 2 a 1.

A final foi contra o Valencia, a primeira da história entre clubes de um mesmo país. O rival passou por Rangers, PSV Eindhoven, Fiorentina, Bordeaux, Lazio e Barcelona. O jogo aconteceu no Stade de France, em Saint-Denis, arredores de Paris. Com superioridade, o Real Madrid chegou ao octacampeonato ao vencer por 3 a 0, gols de Fernando Morientes, Steve McManaman e Raúl, o ídolo máximo de uma época vencedora. 

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 4 derrotas | 35 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1998

Existem coisas que, depois de aprendidas, jamais são esquecidas. Pode passar o tempo que for. Para o Real Madrid, no caso, vencer a Liga dos Campeões da Europa. Em 1998, o clube completou 32 anos sem o maior título continental, e nesse meio tempo o máximo obtido foi um vice em 1981. Era chegada a hora de quebrar a fila e conquistar "la séptima".

Para aquele 1998, a UEFA voltou a mexer na fórmula. A restrição de países pelo coeficiente caiu e as sete melhores nações ganharam o direito de ter duas equipes na disputa. Dessa forma, o número de participantes subiu para 55, as preliminares ficaram com duas fases e a quantidade de grupos posteriores aumentou para seis - com oito vagas para o mata-mata.

Campeão espanhol, o Real Madrid começou a campanha diretamente no grupo D, contra Porto, Olympiacos e Rosenborg (Noruega). Nos seis jogos que fez o time conseguiu a liderança com 13 pontos, quatro vitórias e um empate. Em casa, foram três goleadas: 4 a 1 nos noruegueses, 5 a 1 nos gregos e 4 a 0 nos portugueses. E a classificação veio exatamente na vitória sobre o Porto, na última rodada.

Nas quartas de final, os merengues enfrentaram o Bayer Leverkusen. Na ida, empate por 1 a 1 na Alemanha. Na volta, triunfo por 3 a 0 no Santiago Bernabéu. A semifinal foi contra outro alemão, o Borussia Dortmund. A primeira partida foi na Espanha, com vitória madridista por 2 a 0. O segundo jogo aconteceu fora de casa, e o empate por 0 a 0 reconduziu o Real para a decisão.

O adversário na final foi a Juventus, que eliminou Kosice (Eslováquia), Feyenoord, Dínamo Kiev e Monaco. A partida foi disputada na Amsterdam Arena, em Amsterdã. E o Real Madrid conquistou o hepta pelo placar simples: 1 a 0, gol marcado por Predrag Mijatovic aos 21 minutos do segundo tempo. Apesar da pressão italiana, o resultado não foi mais alterado, e os espanhóis enfim recuperaram o cobiçado título de destaque.

A campanha do Real Madrid:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Tony Marshall/Empics/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1966

Os cinco primeiros anos foram de títulos. Os cinco seguintes, de tropeços e alguns vices. A história do Real Madrid mistura-se com a da Liga dos Campeões da Europa, ainda chamada de Copa dos Campeões em 1966. Naquele ano, o clube espanhol colocou ponto final tanto no domínio italiano quanto no próprio insucesso e conquistou "la sexta".

Já não havia mais a presença de Di Stéfano no elenco merengue. E em fim de carreira, Ferenc Puskás estava em sua última temporada e já não participava de todos os jogos. Aliás, do penta obtido entre 1956 e 1960 só restaria Paco Gento entre os titulares.

Na primeira fase, o time enfrentou o Feyenoord. Na ida, na Holanda, derrota por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, goleada por 5 a 0 e classificação. Dos seis gols deste confronto, Puskás anotou cinco.

Nas oitavas, o húngaro fez sua despedida da campanha, contra o Kilmarnock, da Escócia, no empate por 2 a 2 na primeira partida, fora de casa. O Real seguiu rumo às quartas de final com outra goleada em Madri, por 5 a 1.

O próximo desafio foi contra o Anderlecht, da Bélgica. Em Bruxelas, os espanhóis saíram derrotados por 1 a 0. Porém, mais uma remontada aconteceu em casa, na vitória por 4 a 2. Na semifinal, passou pela Internazionale ao vencer a ida no Bernabéu por 1 a 0 e empatar a volta no San Siro por 1 a 1.

A decisão foi contra uma surpresa do Leste Europeu, o Partizan. A equipe da Iugoslávia bateu Nantes, Werder Bremen, Sparta Praga e Manchester United. A partida aconteceu em Heysel, em Bruxelas.

Foi um jogo difícil, pois os iugoslavos abriram o placar aos dez minutos do segundo tempo. O empate madridista veio aos 25, com o novo artilheiro Amancio Amaro, e a virada aos 31, com Fernando Serena. Assim, o hexa do Real Madrid estava garantido, e a ponta do ranking de títulos ficou a salvo mesmo com os 38 anos de jejum que viriam a se seguir.

A campanha do Real Madrid:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1960

Na Copa dos Campeões da Europa que virou a década, de 1959 para 1960, o número de participantes estabilizou-se em 26. A única mudança foi a reentrada (e estreia) da Grécia e a ausência da União Soviética da competição.

No mais, tudo permaneceu igual, com um adendo importante ao fim dela: o campeão europeu debutaria como o representante da UEFA na Copa Intercontinental - ou Mundial Interclubes - contra o vencedor da inédita Libertadores (que era a Copa dos Campeões da América), criada na América do Sul.

E não havia clube melhor para ser este estreante mundialista se não o Real Madrid. Só dava o clube espanhol na Europa, e o caminho rumo à "la quinta" começou nas oitavas de final, contra o amador Jeunesse Esch, de Luxemburgo. Com duas goleadas - 7 a 0 em casa e 5 a 2 fora -, o time merengue já estava nas quartas.

O próximo adversário foi o Nice. O jogo de ida aconteceu na França, e o Real permitiu uma virada por 3 a 2 após sair vencendo por dois gols. A remontada ocorreu no Santiago Bernabéu, na vitória por 4 a 0. Os gols foram marcados por Pepillo, Francisco Gento, Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskás - contratado em 1959 depois de desertar da Hungria.

Na semifinal, a UEFA reservou dois confrontos contra o Barcelona. No primeiro "El Clasico" válido pelo principal torneio europeu, o Real Madrid venceu em casa por 3 a 1. E no segundo também, desta vez no Camp Nou.

A dupla Di Stéfano e Puskás se entrosou de maneira maravilhosa, e o Real chegou a mais uma final. Seu oponente foi o Eintracht Frankfurt, que eliminou Young Boys (Suíça), Wiener (Áustria) e Rangers. A partida foi no Hampden Park, em Glasgow. E o estádio escocês serviu de palco para a decisão com maior número de gols na história: dez. Di Stéfano marcou três, Puskás anotou quatro, e o Real Madrid foi penta ao golear a equipe alemã por 7 a 3.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 31 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Hans-Dietrich Kaiser/Nordbild

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1959

Alguns países entraram, outros saíram. Assim foi com mais uma Copa dos Campeões da Europa, na quarta edição. O número de participantes aumentou para 26, e a primeira fase passou a contar com dez confrontos.

Seriam 12 se não fossem as desistências da Grécia - que era contra o retorno da Turquia - e do Manchester United - que foi convidado pela UEFA após sofrer a tragédia aérea em Munique em fevereiro de 1958. Mas nada disso alterou o caminho do Real Madrid, que foi rumo à "la cuarta" em 1959.

Mais uma vez iniciando já nas oitavas de final, o clube merengue estreou contra o turco Besiktas, o qual venceu na ida, no Santiago Bernabéu, por 2 a 0, e empatou na volta, em Istambul, por 1 a 1. Nas quartas, o Real enfrentou o Wiener, da Áustria. No primeiro jogo, em Viena, os espanhóis empataram por 0 a 0. No segundo, em Madrid, despacharam o adversário com goleada por 7 a 1 - quatro gols de Alfredo Di Stéfano.

Na semifinal, reservou-se o clássico madrilenho entre Real e Atlético. A primeira partida aconteceu no Santiago Bernabéu, e os merengues venceram por 2 a 1, de virada. A segunda parada foi no antigo Estádio Metropolitano, e o rival vermelho e branco fez 1 a 0. O desempate foi realizado em campo neutro, no La Romareda, em Zaragoza, e o Real voltou a ganhar por 2 a 1, de virada, classificando-se para mais uma final.

A decisão europeia foi entre Real Madrid e Reims, repetindo-se o que ocorreu na edição de abertura, em 1956. Os franceses apareceram de novo depois de baterem Ards (Irlanda do Norte), Helsingin Palloseura (Finlândia), Standard Liège e Young Boys (Suíça).

O palco agora foi o Neckarstadion, em Stuttgart, na Alemanha. E a vitória madridista foi mais tranquila, por 2 a 0. Logo no primeiro minuto de jogo, Enrique Mateos abriu o placar. Aos dois do segundo tempo, Di Stéfano fechou a conta e garantiu o tetra espanhol.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1958

A Copa dos Campeões da Europa parte rumo à sua terceira edição com novo aumento de participantes. Enquanto um país não conseguiu inscrever seu representante a tempo (a Turquia), outros três fizeram suas estreias. Dessa forma, o número de equipes pulou para 24 e o de confrontos da primeira fase subiu de seis para oito. O campeão Real Madrid continuou entrando diretamente nas oitavas de final.

A campanha de "la tercera" madridista começou contra o Antwerp, da Bélgica. Na ida, na Antuérpia, o Real abriu vantagem com a vitória por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, confirmou a classificação com uma goleada por 6 a 0.

Nas quartas de final, confronto contra o Sevilla, vice espanhol que herdou uma das vagas merengues. E eles dizimaram qualquer esperança sevillista na primeira partida, ao golearem por 8 a 0, em Madri. No segundo jogo, no antigo Estadio Nervión, o rival ainda arrancou do Real um empate por 2 a 2.

Na semifinal, o adversário foi o Vasas, da Hungria. Mais uma vez abrindo o confronto no Santiago Bernabéu, o Real Madrid fez a sua goleada mais modesta no torneio, aplicando 4 a 0 no adversário. Na partida de volta, em Budapeste, o clube húngaro faria insuficientes 2 a 0 que serviram apenas para tirar a invencibilidade espanhola.

Em mais uma final, o Real enfrentou o Milan, que havia passado por Rapid Viena, Rangers, Borussia Dortmund e Manchester United. E se a trajetória merengue tivesse começado contra uma equipe belga, ela terminaria também na Bélgica, no Estádio de Heysel, em Bruxelas.

O jogo contra os italianos foi duro, e o Real Madrid saiu perdendo aos 14 minutos do segundo tempo. O empate veio aos 29, com Alfredo Di Stéfano, e o Milan voltou a ficar na frente aos 32. Aos 34, Héctor Rial empatou de novo. Na prorrogação, o time madridista virou para 3 a 2, com o gol de Francisco Gento aos dois do segundo tempo, e conquistou o tricampeonato.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto AFP/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1957

A segunda edição da Copa dos Campeões da Europa foi marcada pela expansão. Seis países a mais aderiram ao torneio, enquanto um deixou de existir (o Protetorado de Sarre, incorporado à Alemanha Ocidental). Por ter tido o campeão Real Madrid, a Espanha ficou com duas vagas: a do próprio Real na defesa do título e do Athletic Bilbao campeão nacional. E ainda, de presente, o país ganhou o direito de sediar a decisão em Madri.

Ao todo, foram 22 clubes participantes, tendo sido acrescentada uma fase preliminar antes das oitavas de final. Dono da taça, o Real Madrid entrou direto nas oitavas, pronto para agarrar a chance do bicampeonato sob os olhos do próprio torcedor.

Seu primeiro adversário foi o Rapid Viena, que impôs confrontos duríssimos. No primeiro, no Santiago Bernabéu, a equipe merengue venceu por 4 a 2. No segundo, na capital da Áustria, o Real perdeu por 3 a 1. Não havia disputa de pênaltis, e um desempate foi realizado em Madri, com vitória espanhola por 2 a 0. Nas quartas, contra o Nice, mais tranquilidade: vitórias por 3 a 0 na ida, em casa, e por 3 a 2 na volta, na França.

A semifinal foi contra o Manchester United, e mais uma vez o Real abriu o duelo em Madri, desta vez ganhando por 3 a 1. A segunda partida aconteceu no Old Trafford, e os merengues conquistaram novamente um lugar na final com empate por 2 a 2, cedido após Raymond Kopa e Héctor Rial abrirem confortável vantagem.

Podendo ser campeão no seu próprio estádio, o Santiago Bernabéu, o Real Madrid enfrentou na decisão a Fiorentina, que chegou lá ao eliminar IFK Norrköping (Suécia), Grasshopper (Suíça) e Estrela Vermelha. Superior ao (muito bom) time italiano, o Real levou o bicampeonato diante de 124 mil torcedores ao vencer por 2 a 0, gols de Alfredo Di Stéfano e Francisco "Paco" Gento aos 24 e 30 minutos do segundo tempo.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1956

A UEFA é fundada em 1954, e logo no ano seguinte também entra no ar a Copa dos Campeões da Europa. Nas primeiras edições, o jornal francês L'Equipe (onde trabalhavam Jacques Ferran e Gabriel Hanot) auxiliou na montagem da competição, já que a entidade ainda engatinhava.

Na primeira temporada, todos os campeões nacionais europeus do momento foram convidados, mas muitos recusaram ou foram impedidos de participar, sob alegação de que o torneio era uma distração para as ligas locais. Só 16 toparam (e alguns substitutos nem campeões eram).

Quem era vencedor e bem resolvido na Espanha era o Real Madrid, liderado em campo por Alfredo Di Stéfano e Francisco Gento. No regulamento de mata-mata estabelecido pela UEFA, o clube merengue enfrentou nas oitavas de final o Servette, da Suíça. Na ida, vitória por 2 a 0 em Genebra. Na volta, 5 a 0 no Santiago Bernabéu.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Partizan, da Iugoslávia. O primeiro jogo nesta oportunidade foi em Madrid, e o Real abriu vantagem com goleada por 4 a 0. Na segunda partida, os iugoslavos assustaram, mas só ganharam por 3 a 0 e permitiram o avanço espanhol. A semifinal foi contra o Milan, com duas disputas abertas. Na ida, 4 a 2 para o Real Madrid no Bernabéu. Na volta, os italianos fizeram 2 a 1 e não impediram os madrilenhos de irem à primeira final.

A final foi contra o Reims, time da França que eliminou AGF Aarhus (Dinamarca), Vörös Lobogó (Hungria) e Hibernian (Escócia). Desde já, a UEFA instituiu a regra do jogo único em campo neutro, escolhendo em 1956 o Parc des Princes, em Paris.

Com doses cavalares de emoção, o Real Madrid chegou ao primeiro de cinco títulos em sequência (e 13 no geral). A equipe perdia por 3 a 2 até os 21 minutos do segundo tempo. Aos 22 e 34, o Real virou para 4 a 3. Os gols foram de Di Stéfano, Héctor Rial (dois) e Marquitos.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Universal/Corbis/VCG/Getty Images

Real Madrid Campeão Mundial 2018

O ano muda, os vencedores não. O Mundial de Clubes passa por 2018 com o mais amplo domínio do Real Madrid, que voltou à competição pela décima vez ao conquistar sua 13ª Liga dos Campeões, batendo o Liverpool na final. Mas entre o título europeu e o início do torneio da FIFA, o clube perdeu dois nomes importantíssimos para a sua história: o técnico Zinedine Zidane e o atacante Cristiano Ronaldo. Para o lugar do francês entrou o argentino Santiago Solari. Já para a vaga do português, ninguém.

O representante sul-americano custou a ser definido. Uma semana antes do Mundial, o River Plate levou o tetra da Libertadores sobre o rival Boca Juniors, em final jogada em Madrid, pois a partida de volta original em Nuñez foi cancelada por falta de segurança. Extenuado, o River foi mais um a sucumbir antes da decisão mundialista, para o Al-Ain, campeão dos Emirados Árabes. Os times restantes na disputa foram: Chivas Guadalajara, vencedor na Concacaf; Espérance, ganhador na África; Kashima Antlers, campeão na Ásia; e Team Wellington, vencedor na Oceania.

Al-Ain e Team Wellington abriram o Mundial com um emocionante 3 a 3, que levou a equipe da casa a ter que vencer por 4 a 3 nos pênaltis. Nas quartas de final, em seu próprio estádio (o Hazza bin Zayed), o Al-Ain derrubou o Espérance com 3 a 0. Na partida entre Kashima e Chivas, 3 a 2 para os japoneses.

O apronte do anfitrião contra o River Plate veio na semifinal. Empate por 2 a 2 no tempo normal, e vitória por 5 a 4 nos pênaltis. Em 19 de dezembro e no Zayed Sports City, o Real Madrid reencontrou o Kashima após dois anos. Desta vez foi mais fácil: hat-trick de Gareth Bale e 3 a 1 em 90 minutos para os merengues. Na disputa do quinto lugar, o Espérance bateu o Chivas também nos pênaltis, por 6 a 5 depois de empate por 1 a 1. Na partida pelo terceiro, o River goleou o Kashima por 4 a 0.

Em 22 de dezembro, Abu Dhabi recebeu a decisão entre Real Madrid e Al-Ain. Apesar da festa do torcedor local, era sabido que a missão de bater os espanhóis era quase impossível. Logo aos 13 minutos de partida, o croata Luka Modric abriu o placar para o Real. Aos 15 do segundo tempo, Marcos Llorente ampliou o marcador. Aos 34, o capitão Sergio Ramos fez o terceiro. O Al-Ain achou seu gol aos 41 minutos, com o japonês Tsukasa Shiotani. Mas a goleada viria mesmo assim, e com participação de brasileiro. Aos 46 minutos, Vinícius Júnior chutou próximo ao lado esquerdo da pequena área, mas a bola desviou no egípcio Yahia Nader, que marcou contra.

Com 4 a 1 no placar final, o Real Madrid chegou ao que nenhum outro clube conseguiu no Mundial, ser tri seguido. O título também valeu como hepta, o que aumentou ainda mais sua própria hegemonia no ranking de times. Além disso, a conquista serviu para acirrar outra lista: a de países campeões. Foi a 11ª taça da Espanha, só uma menos que o Brasil.


Foto Andrew Boyers/Reuters

Real Madrid Campeão Mundial 2017

Na eterna discussão se os torneios intercontinentais entre 1960 e 2004 possuíam validade ou não, a FIFA enfim cedeu na queda de braço e fez a correção histórica em outubro de 2017: a Copa Intercontinental era Mundial também, independente de quem organizou.

Os Emirados Árabes voltaram a receber a disputa do Mundial de Clubes naquele ano. No processo, o país concorreu com Brasil e Japão, que tentava emendar quatro edições seguidas. Mas a FIFA optou pelo retorno ao território onde se jogou em 2009 e 2010. O lugar pouco importava para o Real Madrid, que levou seu 12º título da Liga dos Campeões, em decisão contra a Juventus, e conseguiu sua nona participação no Mundial.

Ao lado dele, o Grêmio quebrava com 22 anos de ausência ao conquistar a terceira presença mundialista, através do tri da Libertadores em cima do Lanús. As outras vagas foram assim distribuídas: pela Ásia, o Urawa Red Diamonds; pela Concacaf, o Pachuca; pela África, o Wydad Casablanca; pela Oceania, o Auckland City; e pelo país-sede, o Al-Jazira.

A partida de abertura do Mundial foi entre Al-Jazira e Auckland City, com vitória do time local por 1 a 0. Nas quartas de final, o Pachuca eliminou o Wydad também com 1 a 0 no placar. E o Al-Jazira derrubou o Urawa, novamente pelo placar mínimo. A onda de 1 a 0 continuou na semifinal, quando o Grêmio passou pelo Pachuca, na prorrogação.

A estreia do Real Madrid foi no dia 13 de dezembro, contra o Al-Jazira. No Zayed Sports City, em Abu Dhabi, o time merengue sofreu, e levou um susto quando Romarinho abriu o placar ao adversário. No segundo tempo, Cristiano Ronaldo e Gareth Bale viraram para 2 a 1 e colocaram o Real em mais uma final. Nas disputas de quinto e terceiro lugar, o Urawa fez 3 a 2 no Wydad e o Pachuca fez 4 a 1 no Al-Jazira.

Abu Dhabi recebeu a final do Mundial no dia 16 de dezembro. Enquanto o Real Madrid chegava com 11 jogadores de seleção entre os titulares, o Grêmio vinha embalado por ótimas atuações e o título sul-americano duas semanas antes. Mas o time espanhol teve o domínio completo em todos os 90 minutos. Em uma partida de ataque contra defesa, os brasileiros quase não tiveram oportunidades, enquanto os madridistas falhavam contra a dupla de zaga Pedro Geromel e Walter Kannemann.

Tanta insistência só foi dar resultado no segundo tempo, e foi na bola parada. Aos oito minutos, o Real conseguiu uma falta perto da área gremista. E Cristiano Ronaldo usou de sua especialidade para abrir o placar, chutando a bola em meio à barreira que abriu. Houve mais chances para ampliar o resultado, mas o 1 a 0 bastou para que o Real Madrid chegasse ao hexa mundial.


Foto Arquivo/Getty Images