Mostrando postagens com marcador Real Madrid. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Real Madrid. Mostrar todas as postagens

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1986

Numa época em que apenas os campeões nacionais disputavam a Champions, e os vencedores das copas se classificavam para a Recopa, a Copa da UEFA era a tábua de salvação para quem não ganhava nada na temporada, porém fazia uma campanha de alto de tabela. Foi o caso do Real Madrid para os anos de 1985 e 1986. E se na primeira oportunidade o título europeu veio com muitos momentos de sofrimento, o bicampeonato também teve altas doses de emoção. E uma campanha idêntica.

A jornada merengue começou diante do AEK Atenas, para o qual perdeu por 1 a 0 o jogo de ida na Grécia. Na volta, goleada por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Chornomorets Odessa, da União Soviética. A primeira partida foi em casa, com vitória do Real por 2 a 1. O segundo jogo aconteceu no Leste Europeu, e o empate sem gols classificou os espanhóis.

Nas oitavas de final, o primeiro momento épico. Contra o Borussia Mönchengladbach, o Real Madrid começou o confronto levando 5 a 1 na Alemanha. No Santiago Bernabéu, Jorge Valdano e Santillana anotaram dois gols cada, e o 4 a 0 somado ao gol fora de casa colocou o time nas quartas. Esta não foi a primeira nem a última virada da campanha, mas é a mais lembrada pelo torcedor.

O adversário na quartas de final foi o Neuchâtel Xamax. A ida ocorreu na Espanha, com vitória merengue por 3 a 0. A volta foi na Suíça, e o Real voltou a perder, mas por 2 a 0, sem afetar sua classificação.

A semifinal foi jogada contra a Internazionale, repetindo o roteiro da temporada anterior. E como em 1985, o Real Madrid perdeu a ida no San Siro, mas por 3 a 1. Na volta, Hugo Sánchez fez dois gols e Rafael Gordillo um nos 90 minutos. A Inter descontou e a partida foi à prorrogação. Para desempatar, Santillana guardou outros dois tentos no tempo extra, e a goleada por 5 a 1 colocou o Real na decisão.

A final da Copa da UEFA foi contra o Colônia, clube alemão que bateu Sporting Gijón, Bohemians, Hammarby (Suécia), Sporting e Waregem (Bélgica). A ida foi jogada no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid consolidou uma ótima vantagem ao golear por 5 a 1, com dois gols de Valdano e um cada de Sánchez, Gordillo e Santillana. A volta foi realizada no Olímpico de Berlim. Tendo já revertido um resultado de 5 a 1 contra, o time merengue sabia que nada era garantido. O Colônia até abriu 2 a 0 no placar, mas os espanhóis souberam se segurar na defesa para ficar com o segundo título.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 26 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1985

Este fato é impensável nos dias de hoje, mas em 1985 o Real Madrid protagonizou uma campanha trepidante rumo ao título da Copa da UEFA, que na época era a competição europeia de menor importância. Sob o comando do ídolo Luis Molowny e há duas décadas sem conquistas internacionais, os merengues no fim demonstraram um pequeno rastro daquela glória obtida nos anos 1950 e 1960.

A campanha do Real Madrid começou contra o Wacker Innsbruck, da Áustria. Na ida, o clube espanhol já tratou de encaminhar a classificação ao golear por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, tal vantagem deixou os jogadores tão relaxados que acabaram perdendo por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, os merengues sofreram para eliminar o Rijeka, da Iugoslávia. No primeiro jogo, levaram 3 a 1 fora. Assim, em Madrid, precisaram suar para vencer por 3 a 0.

Os desafios do Real Madrid seguiram sem trégua. Nas oitavas de final, contra o Anderlecht, uma derrota por 3 a 0 na Bélgica obrigou os madridistas a correrem dobrado mais uma vez em casa. E  de maneira épica no Bernabéu, golearam por 6 a 1 no jogo de volta, com hat-trick de Emilio Butragueño, dois gols de Jorge Valdano e um de Manuel Sanchís.

Nas quartas, o adversário foi o Tottenham, que defendia o título. A ida foi disputada no White Hart Lane, em Londres, e o Real Madrid conseguiu uma ótima vitória por 1 a 0. Mas quem esperava tranquilidade na volta não encontrou. O empate por 0 a 0 imperou no placar durante todos os 90 minutos. O alívio só veio no apito final.

Na semifinal, o clube merengue teve um confronto emocionante com a Internazionale. Novamente atuando fora de casa na primeira partida, os espanhóis sofreram uma dura derrota, desta vez por 2 a 0. A desvantagem obrigava a mais uma remontada no Santiago Bernabéu, e ela veio: 3 a 0, com dois gols de Santillana e um de Míchel.

A final da Copa da UEFA de 1985 foi contra o Videoton (atual Fehérvár), da Hungria, que eliminou Dukla Praga, Paris Saint-Germain, Partizan, Manchester United e Zeljeznicar (Iugoslávia). A primeira partida ocorreu no Estádio Sóstói, na cidade de Székesfehérvár, e o Real Madrid venceu bem por 3 a 0, com gols de Míchel, Santillana e Valdano. O roteiro para este confronto inverteu-se em relação a muitas fases anteriores. No Santiago Bernabéu, para mais de 98 mil torcedores e livre de todos os sofrimentos já sentidos, o time merengue tornou-se campeão com derrota por 1 a 0.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 22 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Real Madrid Campeão Mundial 2022

Por muito pouco, o Mundial de Clubes de 2022 não foi o último de uma era. Dois anos após a pandemia de covid-19 suspender a ideia da competição quadrienal com 24 times, a FIFA voltou com o projeto reformulado, com início para 2025 e com 32 equipes. Desta forma, o torneio da atualidade ficou com os dias contados.

As incógnitas eram tão grandes que nem mesmo a FIFA pareceu saber do futuro do Mundial. Prova maior disso é que a edição de 2022 foi realizada a toque de caixa. A sede foi escolhida somente dois meses antes do início, o Marrocos, que voltou a sediar o torneio depois de oito anos. Os desacordos ainda ficaram evidentes ainda no sumiço de alguns de seus patrocinadores clássicos, como a Coca-Cola, que nem mesmo colocaram suas marcas na publicidade da competição. Nem mesmo foi desenhado um logotipo personalizado. E a disputa do quinto lugar também não foi jogada.

Mas estes detalhes não diminuíram em nada a grandeza do oitavo título do Real Madrid, que voltou ao Mundial depois de quatro anos ao derrotar o Liverpool na final da Liga dos Campeões da Europa. Quase todo mundo esperou por uma decisão dos espanhóis contra o Flamengo, vencedor da Libertadores em cima do Athletico Paranaense. Porém, o que vimos foi outra vez o sul-americano pagando os pecados na semifinal.

O grande adversário merengue foi o Al-Hilal, clube saudita indicado pela confederação asiática, visto que a liga do continente ainda não havia encerrado. Os demais adversários: Seattle Sounders, o primeiro time dos Estados Unidos a representar a Concacaf; Al-Ahly, velho conhecido egípcio e vice-campeão africano; Auckland City, o vencedor da quase sempre na Oceania; e Wydad Casablanca, ganhador da África que unificou o título à condição de anfitrião.

O Mundial começou com a vitória do Al-Ahly sobre o Auckland por 3 a 0. Nas quartas de final, o dono da casa estreou, mas o Wydad perdeu nos pênaltis para o Al-Hilal por 5 a 3 depois de empate por 1 a 1 no tempo normal. Na outra partida, os egípcios voltaram a vencer, desta vez o Sounders por 1 a 0. Na semifinal, o Flamengo sucumbiu para os sauditas. Pedro fez dois gols, porém o Al-Hilal anotou três e tudo ficou nesse 3 a 2. E o Real Madrid fez o dever contra o Al-Ahly, goleando por 4 a 1. Na disputa do terceiro lugar, o Flamengo conseguiu a vitória por 4 a 2 sobre o clube do Egito. 

A final entre Real Madrid e Al-Hilal foi jogada no dia 11 de fevereiro de 2023, no Estádio Prince Moulay Abdellah, na cidade de Rabat. E a lógica prevaleceu. Vinícius Júnior anotou dois gols, Federico Valverde marcou outros dois e Karim Benzema fez um. Os sauditas também guardaram seus golzinhos, e o placar de 5 a 3 foi um dos maiores e mais divertidos de se assistir na história das decisões de Mundial.


Foto Chema Rey/Marca

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2022

Título é o que não falta na galeria do Real Madrid. Só da Liga dos Campeões da Europa, até 2022 eram 13. Cada vários deles para gostos diferentes de conquistas. Mas ainda faltava a versão copeira da Champions. Aquela vencida com viradas épicas e que é mais comum de se ver na América do Sul. "La décimocuarta" chegou dessa forma.

Com Carlo Ancelotti de volta ao comando, o time merengue começou a campanha no grupo D, ao lado de Internazionale, Shakhtar Donetsk e Sheriff Tiraspol (Moldávia). A primeira fase correu de maneira segura, com cinco vitórias em seis jogos para o Real. A classificação foi confirmada na quinta rodada, na vitória por 3 a 0 sobre os moldavos fora de casa. A liderança, com 15 pontos, veio na última partida, nos 2 a 0 sobre os italianos no Santiago Bernabéu.

Nas oitavas de final, o clube espanhol enfrentou o Paris Saint-Germain. A ida foi na França, onde o Real perdeu por 1 a 0. A volta aconteceu na Espanha. Com hat-trick de Karim Benzema, os merengues venceram por 3 a 1 e reverteram o primeiro de mata-mata.

Nas quartas, foi a vez de jogar contra o Chelsea e de segurar o resultado. O primeiro jogo foi na Inglaterra, com vitória madridista por 3 a 1. A segunda partida ocorreu no Santiago Bernabéu, e os ingleses conseguir igualar a disputa (o Real chegou a levar 3 a 0). Na prorrogação, Benzema fez o gol redentor e a derrota por 3 a 2 colocou os espanhóis na semifinal.

A semi foi contra o Manchester City. Na ida, os ingleses fizeram 4 a 3 em casa. Na volta, o Real perdia desde os 28 minutos do segundo tempo e ficou a ponto de ser eliminado no Bernabéu, mas o reserva Rodrygo marcou aos 45 e aos 46 e colocou o clube em nova prorrogação. No tempo extra, Benzema fez 3 a 1 e reconduziu os merengues à decisão.

A final foi uma reedição de 2018 contra o Liverpool, que eliminou Porto, Milan, Internazionale, Benfica e Villarreal. O jogo foi disputado no Stade de France, em Paris. Com apenas três finalizações ante 23 dos ingleses, o Real Madrid conquistou seu 14° título ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Vinícius Júnior aos 14 minutos do segundo tempo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2018

A última ponta da sequência de três Ligas dos Campeões vencidas pelo Real Madrid de Zinedine Zidane foi a de campanha mais "fraca". Em 2016 e 2017, foram nove vitórias, três empates e uma derrota. Em 2018, o clube empatou uma partida a menos e perdeu uma a mais. Logicamente, as frases anteriores são apenas uma piada. Séria mesmo foi a história que este time deixou registrada em campo.
 
"La décimotercera" foi mais uma conquista no já amplo olimpo madridista. Na primeira fase, o Real ficou no grupo H, ao lado de Tottenham, Borussia Dortmund e Apoel. A disputa pela liderança foi até o fim com os ingleses. Em seis jogos, os merengues venceram quatro, empataram um e somaram 13 pontos. A vaga no mata-mata veio na quinta rodada, na goleada por 6 a 0 sobre os cipriotas fora de casa. Mas o primeiro lugar não possível, pois o Tottenham venceu os espanhóis no quarto jogo por 3 a 1, em Londres, e fechou com dois pontos a mais.

Nas oitavas de final, o Real Madrid enfrentou o Paris Saint-Germain, e passou com vitórias por 3 a 1 no Santiago Bernabéu e por 2 a 1 na França. Nas quartas, foi a vez de desafiar a Juventus. Na ida, vitória do Real por 3 a 0 em Turim, com aquele voleio antológico de Cristiano Ronaldo no terceiro gol. Na volta, os italianos quase levaram à prorrogação. O gol de CR7 aos 53 minutos do segundo tempo, que atenuou a derrota para 3 a 1, salvou a equipe no Bernabéu.

A semifinal foi contra o Bayern de Munique. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, com vitória merengue por 2 a 1. A segunda partida ocorreu em Madrid, com empate por 2 a 2.

A final foi contra o Liverpool, que derrotou Spartak Moscou, Maribor (Eslovênia), Porto, Manchester City e Roma. A partida foi realizada no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia. Os gols só apareceram no segundo tempo, e com a ajuda do goleiro do time inglês - Loris Karius -, que entregou de graça para Karim Benzema aos seis minutos e foi com as mãos moles no chute de Gareth Bale aos 38. Entre esses gols, houve o empate do Liverpool aos dez e o tento anterior de Bale aos 18. Por 3 a 1, o Real Madrid chegou ao número 13.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto David Ramos/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2017

O primeiro capítulo da sequência de três conquistas europeias do Real Madrid de Zinedine Zidane acabou com certo sofrimento em 2016. Para 2017, a história teve um desfecho diferente: a dificuldade deu lugar à tranquilidade. "La duodécima" madridista veio com goleada na decisão.

Na primeira fase da Liga dos Campeões, o Real ficou no grupo F, junto com Borussia Dortmund, Legia Varsóvia e Sporting. Em seis jogos, o time passou invicto com três vitórias e três empates. A classificação foi obtida de maneira antecipada, na quinta rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o adversárxio português em Lisboa. A disputa pela liderança foi travada com o rival alemão, mas no fim os espanhóis somaram 12 pontos contra 14 do Borussia e terminaram na segunda colocação.

Nas oitavas de final, os merengues enfrentaram o Napoli. Na ida, vitória por 3 a 1 no Santiago Bernabéu. Na volta, outro 3 a 1, mas no San Paolo, em Napoles. O adversário seguinte do Real Madrid foi o Bayern de Munique, nas quartas de final. O primeiro jogo foi na Allianz Arena, com vitória espanhola por 2 a 1. A segunda partida foi em Madrid, e os alemães devolveram o placar nos 90 minutos. Na prorrogação, o Real se transformou para fazer três gols e virar para 4 a 2.

A semifinal foi disputada contra o Atlético de Madrid. O primeiro clássico aconteceu no Santiago Bernabéu, com triunfo merengue por 3 a 0 - todos os gols marcados por Cristiano Ronaldo. A volta foi realizada no Vicente Calderón, mas o Atlético só venceu por 2 a 1 e não evitou a classificação madridista.

Na final de novo, o Real Madrid enfrentou a Juventus. Os italianos passaram por Lyon, Dínamo Zagreb, Porto, Barcelona e Monaco. A partida foi disputada em Cardiff, no País de Gales, no Estádio Millenium. De roxo, o Real abriu o marcador com Cristiano Ronaldo aos 20 minutos do primeiro tempo. A Juventus empatou aos 27, mas o equilíbrio parou por aí. A goleada merengue veio no segundo tempo. Casemiro fez o segundo aos 16 minutos, CR7 anotou o terceiro aos 19 e Marco Asensio fechou em 4 a 1 aos 45.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/AP

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2016

Provavelmente nenhum outro clube entenda melhor a Liga dos Campeões da Europa do que o Real Madrid. Em qualquer situação, os espanhóis sempre serão apontados como favoritos a vencer a competição. Mesmo quando o técnico quase não tem experiência, como no caso de Zinedine Zidane na conquista de "la undécima" em 2016. Campeão como jogador em 2002, o francês assumiu o time merengue depois de apenas um trabalho no Castilla, equipe B do Real.

Na primeira fase, o Real Madrid ficou no grupo A, ao lado de Paris Saint-Germain, Shakhtar Donetsk e Malmö, mas a disputa foi só contra os franceses. Na quarta rodada, os merengues venceram eles por 1 a 0 no Santiago Bernabéu, garantiram a classificação e a liderança isolada da chave. A confirmação da posição veio na última partida, na goleada por 8 a 0 sobre os suecos também em casa. Ao todo foram 16 pontos em cinco vitórias e um empate.

Nas oitavas de final, o adversário foi a Roma. Com duas vitórias por 2 a 0 na Itália e na Espanha, o time madridista passou. As quartas foram contra o Wolfsburg, e os alemães impuseram dificuldades. Na ida, o Real perdeu fora por 2 a 0. Precisando vencer na volta em casa, a equipe merengue contou com Cristiano Ronaldo para reverter: 3 a 0 com os três gols do português.

A semifinal foi contra o Manchester City. A ida aconteceu na Inglaterra, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid se classificou após ganhar por 1 a 0.

A final repetiu 2014 entre Real e Atlético de Madrid. O rival vermelho chegou lá ao superar Galatasaray, Astana (Cazaquistão), PSV Eindhoven, Barcelona e Bayern de Munique. No San Siro, em Milão, o roteiro da decisão foi mais modesto: Sergio Ramos abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Aos 34 do segundo, veio o 1 a 1 adversário. A prorrogação passou em branco, e nos pênaltis os merengues foram mais eficientes nas cobranças. Todos acertaram, enquanto o Atlético errou a quarta. Com 5 a 3 ao fim, o 11° título estava nas mãos do Real.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Stefano Rellandini/Reuters

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2014

Não é fácil vencer a Liga dos Campeões da Europa. Se levar um título já é difícil, o que se dirá de dez? Mais ainda é aguentar 32 anos de uma fila, mais 12 de outra, e não perder o posto de maior vencedor da competição em nenhum momento. O Real Madrid de 2014 personificou tudo isso em uma coisa só.

Nos anos 50, o líder foi Di Stéfano. Nos anos 60, Puskás dividiu a responsabilidade. Em 98, 2000 e 2002, Raúl foi a imagem principal do time. Já a nova leva de conquistas, a começar por "la décima", tem a assinatura maior de Cristiano Ronaldo.

Com os gols do português e o comando do técnico Carlo Ancelotti, o clube merengue iniciou a campanha no grupo B, contra Galatasaray, Juventus e Copenhagen. A classificação na primeira fase foi a mais tranquila possível, com cinco vitórias, um empate e 16 pontos. A confirmação veio na quarta rodada, na goleada por 4 a 1 sobre os turcos no Santiago Bernabéu.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Schalke 04, eliminado com um fácil 6 a 1 fora e 3 a 1 em casa. As quartas foram contra o Borussia Dortmund. Na ida, vitória por 3 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, derrota por 2 a 0 na Alemanha. O tour alemão seguiu na semifinal, contra o Bayern de Munique. Na primeira partida, 1 a 0 para o Real em casa. No segundo jogo, uma histórica goleada fora por 4 a 0 recolocou a equipe madridista na decisão.

Na final, disputada no Estádio da Luz, em Lisboa, o clássico com o Atlético de Madrid. O outro clube madrilenho chegou lá após passar por Porto, Austria Viena, Milan, Barcelona e Chelsea. A partida ficou perdida dos 36 minutos do primeiro tempo aos 48 do segundo, quando Sergio Ramos aparou de cabeça o último escanteio, empatou e forçou a prorrogação.

Aí a camisa do Real Madrid pesou. Gareth Bale virou o placar aos cinco da segunda etapa, Marcelo ampliou aos 13, e Cristiano fechou em 4 a 1 aos 15, de pênalti. Um grande resultado para um grande título, o décimo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 41 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2002

Temporada sim, temporada não. Esse foi o lema do Real Madrid na segunda era de conquistas da Liga dos Campeões da Europa. Em 2002 - antes da formação dos "galácticos" -, o clube espanhol venceu "la novena", o eneacampeonato. Ainda que o time já fosse suficientemente estrelado, com Zinedine Zidane, Luís Figo, Raúl González, Fernando Hierro e Roberto Carlos, os galácticos só pegaram mesmo entre 2003 e 2006, num momento sem títulos continentais.

A campanha madridista começou no grupo A, contra Anderlecht, Lokomotiv Moscou e Roma. A classificação veio sem tropeços, ainda na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o adversário belga em Bruxelas. A liderança foi confirmada no jogo seguinte, no empate por 1 a 1 com os italianos no Santiago Bernabéu. Em seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos obtidos.

Na segunda fase, o Real passou invicto no grupo C, diante de Porto, Sparta Praga e Panathinaikos. Com mais cinco vitórias, um empate e 16 pontos, a qualificação foi ainda mais tranquila. A vaga estava na mão mais uma vez na quarta partida, nos 2 a 1 sobre os portugueses fora de casa. E liderança no jogo seguinte, nos 3 a 0 sobre os tchecos em Madri.

Nas quartas de final, a equipe merengue eliminou o Bayern de Munique após perder por 2 a 1 na Alemanha e reverter com 2 a 0 na Espanha. A semifinal reservou simplesmente El Clásico com o Barcelona. O primeiro foi no Camp Nou, com vitória do Real por 2 a 0. O lugar na final foi conquistado no Santiago Bernabéu, com empate protocolar por 1 a 1.

A final foi contra o Bayer Leverkusen, surpresa da Alemanha que passou por Fenerbahçe, Lyon, Juventus, Arsenal, Liverpool e Manchester United. A partida foi disputada no Hampden Park, em Glasgow, na Escócia. Raúl abriu o placar para o Real Madrid aos oito minutos do primeiro tempo, mas os alemães empataram aos 13. Aos 45, Zidane acertou um dos gols mais bonitos em uma decisão, de voleio. O 2 a 1 foi o resultado do título, depois de os espanhóis suportarem a pressão adversária.

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2000

Na virada do milênio, a Liga dos Campeões bateu um novo recorde no número de participantes. Na edição de 2000, a competição acolheu 71 participantes. A mudança foi um reflexo do fim da Recopa Europeia (Cup Winners' Cup), que foi absorvida pela Copa da UEFA. Esta, por ter ficado muito inchada, motivou a confederação a mexer no seu torneio principal e aumentar a divisão de clubes conforme seu coeficiente, para equilibrar as duas disputas entre si.

Os três melhores países passaram a ter quatro representantes; do quarto ao sexto, três times; do sétimo ao 15º, dois; e do 16º em diante continuou com uma equipe cada. O regulamento foi revisto: as preliminares ficaram com três etapas e a fase de grupos foi ampliada e dividida em duas - uma inicial com oito e outra posterior com quatro.

Foi em meio a esse tanto de números que o Real Madrid reapareceu para conquistar "la octava" da Champions. O clube merengue estreou no grupo E, junto com Molde (Noruega), Olympiacos e Porto. Em seis jogos, foram 13 pontos, quatro vitórias, um empate e a classificação tranquila, na liderança. A vaga foi obtida na penúltima rodada, na vitória por 3 a 0 sobre os gregos no Santiago Bernabéu.

Na fase seguinte, o Real ficou no grupo C, ao lado de Rosenborg (Noruega), Dínamo Kiev e Bayern de Munique. A vaga desta vez veio com dificuldade, na segunda posição depois de seis partidas, com dez pontos, três vitórias e um empate (e duas derrotas feias para os alemães - 4 a 2 em casa e 4 a 1 fora). Empatado com os ucranianos, o time madridista passou graças à vantagem no confronto direto - vitória por 2 a 1 fora e empate por 2 a 2 em casa.

Nas quartas de final, os merengues eliminaram o Manchester United com 0 a 0 no Bernabéu e 3 a 2 fora. Na semifinal, foi a vez de se vingar do Bayern ao vencer em casa por 2 a 0 e perder fora por 2 a 1.

A final foi contra o Valencia, a primeira da história entre clubes de um mesmo país. O rival passou por Rangers, PSV Eindhoven, Fiorentina, Bordeaux, Lazio e Barcelona. O jogo aconteceu no Stade de France, em Saint-Denis, arredores de Paris. Com superioridade, o Real Madrid chegou ao octacampeonato ao vencer por 3 a 0, gols de Fernando Morientes, Steve McManaman e Raúl, o ídolo máximo de uma época vencedora. 

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 4 derrotas | 35 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1998

Existem coisas que, depois de aprendidas, jamais são esquecidas. Pode passar o tempo que for. Para o Real Madrid, no caso, vencer a Liga dos Campeões da Europa. Em 1998, o clube completou 32 anos sem o maior título continental, e nesse meio tempo o máximo obtido foi um vice em 1981. Era chegada a hora de quebrar a fila e conquistar "la séptima".

Para aquele 1998, a UEFA voltou a mexer na fórmula. A restrição de países pelo coeficiente caiu e as sete melhores nações ganharam o direito de ter duas equipes na disputa. Dessa forma, o número de participantes subiu para 55, as preliminares ficaram com duas fases e a quantidade de grupos posteriores aumentou para seis - com oito vagas para o mata-mata.

Campeão espanhol, o Real Madrid começou a campanha diretamente no grupo D, contra Porto, Olympiacos e Rosenborg (Noruega). Nos seis jogos que fez o time conseguiu a liderança com 13 pontos, quatro vitórias e um empate. Em casa, foram três goleadas: 4 a 1 nos noruegueses, 5 a 1 nos gregos e 4 a 0 nos portugueses. E a classificação veio exatamente na vitória sobre o Porto, na última rodada.

Nas quartas de final, os merengues enfrentaram o Bayer Leverkusen. Na ida, empate por 1 a 1 na Alemanha. Na volta, triunfo por 3 a 0 no Santiago Bernabéu. A semifinal foi contra outro alemão, o Borussia Dortmund. A primeira partida foi na Espanha, com vitória madridista por 2 a 0. O segundo jogo aconteceu fora de casa, e o empate por 0 a 0 reconduziu o Real para a decisão.

O adversário na final foi a Juventus, que eliminou Kosice (Eslováquia), Feyenoord, Dínamo Kiev e Monaco. A partida foi disputada na Amsterdam Arena, em Amsterdã. E o Real Madrid conquistou o hepta pelo placar simples: 1 a 0, gol marcado por Predrag Mijatovic aos 21 minutos do segundo tempo. Apesar da pressão italiana, o resultado não foi mais alterado, e os espanhóis enfim recuperaram o cobiçado título de destaque.

A campanha do Real Madrid:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Tony Marshall/Empics/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1966

Os cinco primeiros anos foram de títulos. Os cinco seguintes, de tropeços e alguns vices. A história do Real Madrid mistura-se com a da Liga dos Campeões da Europa, ainda chamada de Copa dos Campeões em 1966. Naquele ano, o clube espanhol colocou ponto final tanto no domínio italiano quanto no próprio insucesso e conquistou "la sexta".

Já não havia mais a presença de Di Stéfano no elenco merengue. E em fim de carreira, Ferenc Puskás estava em sua última temporada e já não participava de todos os jogos. Aliás, do penta obtido entre 1956 e 1960 só restaria Paco Gento entre os titulares.

Na primeira fase, o time enfrentou o Feyenoord. Na ida, na Holanda, derrota por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, goleada por 5 a 0 e classificação. Dos seis gols deste confronto, Puskás anotou cinco.

Nas oitavas, o húngaro fez sua despedida da campanha, contra o Kilmarnock, da Escócia, no empate por 2 a 2 na primeira partida, fora de casa. O Real seguiu rumo às quartas de final com outra goleada em Madri, por 5 a 1.

O próximo desafio foi contra o Anderlecht, da Bélgica. Em Bruxelas, os espanhóis saíram derrotados por 1 a 0. Porém, mais uma remontada aconteceu em casa, na vitória por 4 a 2. Na semifinal, passou pela Internazionale ao vencer a ida no Bernabéu por 1 a 0 e empatar a volta no San Siro por 1 a 1.

A decisão foi contra uma surpresa do Leste Europeu, o Partizan. A equipe da Iugoslávia bateu Nantes, Werder Bremen, Sparta Praga e Manchester United. A partida aconteceu em Heysel, em Bruxelas.

Foi um jogo difícil, pois os iugoslavos abriram o placar aos dez minutos do segundo tempo. O empate madridista veio aos 25, com o novo artilheiro Amancio Amaro, e a virada aos 31, com Fernando Serena. Assim, o hexa do Real Madrid estava garantido, e a ponta do ranking de títulos ficou a salvo mesmo com os 38 anos de jejum que viriam a se seguir.

A campanha do Real Madrid:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1960

Na Copa dos Campeões da Europa que virou a década, de 1959 para 1960, o número de participantes estabilizou-se em 26. A única mudança foi a reentrada (e estreia) da Grécia e a ausência da União Soviética da competição.

No mais, tudo permaneceu igual, com um adendo importante ao fim dela: o campeão europeu debutaria como o representante da UEFA na Copa Intercontinental - ou Mundial Interclubes - contra o vencedor da inédita Libertadores (que era a Copa dos Campeões da América), criada na América do Sul.

E não havia clube melhor para ser este estreante mundialista se não o Real Madrid. Só dava o clube espanhol na Europa, e o caminho rumo à "la quinta" começou nas oitavas de final, contra o amador Jeunesse Esch, de Luxemburgo. Com duas goleadas - 7 a 0 em casa e 5 a 2 fora -, o time merengue já estava nas quartas.

O próximo adversário foi o Nice. O jogo de ida aconteceu na França, e o Real permitiu uma virada por 3 a 2 após sair vencendo por dois gols. A remontada ocorreu no Santiago Bernabéu, na vitória por 4 a 0. Os gols foram marcados por Pepillo, Francisco Gento, Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskás - contratado em 1959 depois de desertar da Hungria.

Na semifinal, a UEFA reservou dois confrontos contra o Barcelona. No primeiro "El Clasico" válido pelo principal torneio europeu, o Real Madrid venceu em casa por 3 a 1. E no segundo também, desta vez no Camp Nou.

A dupla Di Stéfano e Puskás se entrosou de maneira maravilhosa, e o Real chegou a mais uma final. Seu oponente foi o Eintracht Frankfurt, que eliminou Young Boys (Suíça), Wiener (Áustria) e Rangers. A partida foi no Hampden Park, em Glasgow. E o estádio escocês serviu de palco para a decisão com maior número de gols na história: dez. Di Stéfano marcou três, Puskás anotou quatro, e o Real Madrid foi penta ao golear a equipe alemã por 7 a 3.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 31 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Hans-Dietrich Kaiser/Nordbild

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1959

Alguns países entraram, outros saíram. Assim foi com mais uma Copa dos Campeões da Europa, na quarta edição. O número de participantes aumentou para 26, e a primeira fase passou a contar com dez confrontos.

Seriam 12 se não fossem as desistências da Grécia - que era contra o retorno da Turquia - e do Manchester United - que foi convidado pela UEFA após sofrer a tragédia aérea em Munique em fevereiro de 1958. Mas nada disso alterou o caminho do Real Madrid, que foi rumo à "la cuarta" em 1959.

Mais uma vez iniciando já nas oitavas de final, o clube merengue estreou contra o turco Besiktas, o qual venceu na ida, no Santiago Bernabéu, por 2 a 0, e empatou na volta, em Istambul, por 1 a 1. Nas quartas, o Real enfrentou o Wiener, da Áustria. No primeiro jogo, em Viena, os espanhóis empataram por 0 a 0. No segundo, em Madrid, despacharam o adversário com goleada por 7 a 1 - quatro gols de Alfredo Di Stéfano.

Na semifinal, reservou-se o clássico madrilenho entre Real e Atlético. A primeira partida aconteceu no Santiago Bernabéu, e os merengues venceram por 2 a 1, de virada. A segunda parada foi no antigo Estádio Metropolitano, e o rival vermelho e branco fez 1 a 0. O desempate foi realizado em campo neutro, no La Romareda, em Zaragoza, e o Real voltou a ganhar por 2 a 1, de virada, classificando-se para mais uma final.

A decisão europeia foi entre Real Madrid e Reims, repetindo-se o que ocorreu na edição de abertura, em 1956. Os franceses apareceram de novo depois de baterem Ards (Irlanda do Norte), Helsingin Palloseura (Finlândia), Standard Liège e Young Boys (Suíça).

O palco agora foi o Neckarstadion, em Stuttgart, na Alemanha. E a vitória madridista foi mais tranquila, por 2 a 0. Logo no primeiro minuto de jogo, Enrique Mateos abriu o placar. Aos dois do segundo tempo, Di Stéfano fechou a conta e garantiu o tetra espanhol.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1958

A Copa dos Campeões da Europa parte rumo à sua terceira edição com novo aumento de participantes. Enquanto um país não conseguiu inscrever seu representante a tempo (a Turquia), outros três fizeram suas estreias. Dessa forma, o número de equipes pulou para 24 e o de confrontos da primeira fase subiu de seis para oito. O campeão Real Madrid continuou entrando diretamente nas oitavas de final.

A campanha de "la tercera" madridista começou contra o Antwerp, da Bélgica. Na ida, na Antuérpia, o Real abriu vantagem com a vitória por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, confirmou a classificação com uma goleada por 6 a 0.

Nas quartas de final, confronto contra o Sevilla, vice espanhol que herdou uma das vagas merengues. E eles dizimaram qualquer esperança sevillista na primeira partida, ao golearem por 8 a 0, em Madri. No segundo jogo, no antigo Estadio Nervión, o rival ainda arrancou do Real um empate por 2 a 2.

Na semifinal, o adversário foi o Vasas, da Hungria. Mais uma vez abrindo o confronto no Santiago Bernabéu, o Real Madrid fez a sua goleada mais modesta no torneio, aplicando 4 a 0 no adversário. Na partida de volta, em Budapeste, o clube húngaro faria insuficientes 2 a 0 que serviram apenas para tirar a invencibilidade espanhola.

Em mais uma final, o Real enfrentou o Milan, que havia passado por Rapid Viena, Rangers, Borussia Dortmund e Manchester United. E se a trajetória merengue tivesse começado contra uma equipe belga, ela terminaria também na Bélgica, no Estádio de Heysel, em Bruxelas.

O jogo contra os italianos foi duro, e o Real Madrid saiu perdendo aos 14 minutos do segundo tempo. O empate veio aos 29, com Alfredo Di Stéfano, e o Milan voltou a ficar na frente aos 32. Aos 34, Héctor Rial empatou de novo. Na prorrogação, o time madridista virou para 3 a 2, com o gol de Francisco Gento aos dois do segundo tempo, e conquistou o tricampeonato.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto AFP/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1957

A segunda edição da Copa dos Campeões da Europa foi marcada pela expansão. Seis países a mais aderiram ao torneio, enquanto um deixou de existir (o Protetorado de Sarre, incorporado à Alemanha Ocidental). Por ter tido o campeão Real Madrid, a Espanha ficou com duas vagas: a do próprio Real na defesa do título e do Athletic Bilbao campeão nacional. E ainda, de presente, o país ganhou o direito de sediar a decisão em Madri.

Ao todo, foram 22 clubes participantes, tendo sido acrescentada uma fase preliminar antes das oitavas de final. Dono da taça, o Real Madrid entrou direto nas oitavas, pronto para agarrar a chance do bicampeonato sob os olhos do próprio torcedor.

Seu primeiro adversário foi o Rapid Viena, que impôs confrontos duríssimos. No primeiro, no Santiago Bernabéu, a equipe merengue venceu por 4 a 2. No segundo, na capital da Áustria, o Real perdeu por 3 a 1. Não havia disputa de pênaltis, e um desempate foi realizado em Madri, com vitória espanhola por 2 a 0. Nas quartas, contra o Nice, mais tranquilidade: vitórias por 3 a 0 na ida, em casa, e por 3 a 2 na volta, na França.

A semifinal foi contra o Manchester United, e mais uma vez o Real abriu o duelo em Madri, desta vez ganhando por 3 a 1. A segunda partida aconteceu no Old Trafford, e os merengues conquistaram novamente um lugar na final com empate por 2 a 2, cedido após Raymond Kopa e Héctor Rial abrirem confortável vantagem.

Podendo ser campeão no seu próprio estádio, o Santiago Bernabéu, o Real Madrid enfrentou na decisão a Fiorentina, que chegou lá ao eliminar IFK Norrköping (Suécia), Grasshopper (Suíça) e Estrela Vermelha. Superior ao (muito bom) time italiano, o Real levou o bicampeonato diante de 124 mil torcedores ao vencer por 2 a 0, gols de Alfredo Di Stéfano e Francisco "Paco" Gento aos 24 e 30 minutos do segundo tempo.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1956

A UEFA é fundada em 1954, e logo no ano seguinte também entra no ar a Copa dos Campeões da Europa. Nas primeiras edições, o jornal francês L'Equipe (onde trabalhavam Jacques Ferran e Gabriel Hanot) auxiliou na montagem da competição, já que a entidade ainda engatinhava.

Na primeira temporada, todos os campeões nacionais europeus do momento foram convidados, mas muitos recusaram ou foram impedidos de participar, sob alegação de que o torneio era uma distração para as ligas locais. Só 16 toparam (e alguns substitutos nem campeões eram).

Quem era vencedor e bem resolvido na Espanha era o Real Madrid, liderado em campo por Alfredo Di Stéfano e Francisco Gento. No regulamento de mata-mata estabelecido pela UEFA, o clube merengue enfrentou nas oitavas de final o Servette, da Suíça. Na ida, vitória por 2 a 0 em Genebra. Na volta, 5 a 0 no Santiago Bernabéu.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Partizan, da Iugoslávia. O primeiro jogo nesta oportunidade foi em Madrid, e o Real abriu vantagem com goleada por 4 a 0. Na segunda partida, os iugoslavos assustaram, mas só ganharam por 3 a 0 e permitiram o avanço espanhol. A semifinal foi contra o Milan, com duas disputas abertas. Na ida, 4 a 2 para o Real Madrid no Bernabéu. Na volta, os italianos fizeram 2 a 1 e não impediram os madrilenhos de irem à primeira final.

A final foi contra o Reims, time da França que eliminou AGF Aarhus (Dinamarca), Vörös Lobogó (Hungria) e Hibernian (Escócia). Desde já, a UEFA instituiu a regra do jogo único em campo neutro, escolhendo em 1956 o Parc des Princes, em Paris.

Com doses cavalares de emoção, o Real Madrid chegou ao primeiro de cinco títulos em sequência (e 13 no geral). A equipe perdia por 3 a 2 até os 21 minutos do segundo tempo. Aos 22 e 34, o Real virou para 4 a 3. Os gols foram de Di Stéfano, Héctor Rial (dois) e Marquitos.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Universal/Corbis/VCG/Getty Images

Real Madrid Campeão Mundial 2018

O ano muda, os vencedores não. O Mundial de Clubes passa por 2018 com o mais amplo domínio do Real Madrid, que voltou à competição pela décima vez ao conquistar sua 13ª Liga dos Campeões, batendo o Liverpool na final. Mas entre o título europeu e o início do torneio da FIFA, o clube perdeu dois nomes importantíssimos para a sua história: o técnico Zinedine Zidane e o atacante Cristiano Ronaldo. Para o lugar do francês entrou o argentino Santiago Solari. Já para a vaga do português, ninguém.

O representante sul-americano custou a ser definido. Uma semana antes do Mundial, o River Plate levou o tetra da Libertadores sobre o rival Boca Juniors, em final jogada em Madrid, pois a partida de volta original em Nuñez foi cancelada por falta de segurança. Extenuado, o River foi mais um a sucumbir antes da decisão mundialista, para o Al-Ain, campeão dos Emirados Árabes. Os times restantes na disputa foram: Chivas Guadalajara, vencedor na Concacaf; Espérance, ganhador na África; Kashima Antlers, campeão na Ásia; e Team Wellington, vencedor na Oceania.

Al-Ain e Team Wellington abriram o Mundial com um emocionante 3 a 3, que levou a equipe da casa a ter que vencer por 4 a 3 nos pênaltis. Nas quartas de final, em seu próprio estádio (o Hazza bin Zayed), o Al-Ain derrubou o Espérance com 3 a 0. Na partida entre Kashima e Chivas, 3 a 2 para os japoneses.

O apronte do anfitrião contra o River Plate veio na semifinal. Empate por 2 a 2 no tempo normal, e vitória por 5 a 4 nos pênaltis. Em 19 de dezembro e no Zayed Sports City, o Real Madrid reencontrou o Kashima após dois anos. Desta vez foi mais fácil: hat-trick de Gareth Bale e 3 a 1 em 90 minutos para os merengues. Na disputa do quinto lugar, o Espérance bateu o Chivas também nos pênaltis, por 6 a 5 depois de empate por 1 a 1. Na partida pelo terceiro, o River goleou o Kashima por 4 a 0.

Em 22 de dezembro, Abu Dhabi recebeu a decisão entre Real Madrid e Al-Ain. Apesar da festa do torcedor local, era sabido que a missão de bater os espanhóis era quase impossível. Logo aos 13 minutos de partida, o croata Luka Modric abriu o placar para o Real. Aos 15 do segundo tempo, Marcos Llorente ampliou o marcador. Aos 34, o capitão Sergio Ramos fez o terceiro. O Al-Ain achou seu gol aos 41 minutos, com o japonês Tsukasa Shiotani. Mas a goleada viria mesmo assim, e com participação de brasileiro. Aos 46 minutos, Vinícius Júnior chutou próximo ao lado esquerdo da pequena área, mas a bola desviou no egípcio Yahia Nader, que marcou contra.

Com 4 a 1 no placar final, o Real Madrid chegou ao que nenhum outro clube conseguiu no Mundial, ser tri seguido. O título também valeu como hepta, o que aumentou ainda mais sua própria hegemonia no ranking de times. Além disso, a conquista serviu para acirrar outra lista: a de países campeões. Foi a 11ª taça da Espanha, só uma menos que o Brasil.


Foto Andrew Boyers/Reuters

Real Madrid Campeão Mundial 2017

Na eterna discussão se os torneios intercontinentais entre 1960 e 2004 possuíam validade ou não, a FIFA enfim cedeu na queda de braço e fez a correção histórica em outubro de 2017: a Copa Intercontinental era Mundial também, independente de quem organizou.

Os Emirados Árabes voltaram a receber a disputa do Mundial de Clubes naquele ano. No processo, o país concorreu com Brasil e Japão, que tentava emendar quatro edições seguidas. Mas a FIFA optou pelo retorno ao território onde se jogou em 2009 e 2010. O lugar pouco importava para o Real Madrid, que levou seu 12º título da Liga dos Campeões, em decisão contra a Juventus, e conseguiu sua nona participação no Mundial.

Ao lado dele, o Grêmio quebrava com 22 anos de ausência ao conquistar a terceira presença mundialista, através do tri da Libertadores em cima do Lanús. As outras vagas foram assim distribuídas: pela Ásia, o Urawa Red Diamonds; pela Concacaf, o Pachuca; pela África, o Wydad Casablanca; pela Oceania, o Auckland City; e pelo país-sede, o Al-Jazira.

A partida de abertura do Mundial foi entre Al-Jazira e Auckland City, com vitória do time local por 1 a 0. Nas quartas de final, o Pachuca eliminou o Wydad também com 1 a 0 no placar. E o Al-Jazira derrubou o Urawa, novamente pelo placar mínimo. A onda de 1 a 0 continuou na semifinal, quando o Grêmio passou pelo Pachuca, na prorrogação.

A estreia do Real Madrid foi no dia 13 de dezembro, contra o Al-Jazira. No Zayed Sports City, em Abu Dhabi, o time merengue sofreu, e levou um susto quando Romarinho abriu o placar ao adversário. No segundo tempo, Cristiano Ronaldo e Gareth Bale viraram para 2 a 1 e colocaram o Real em mais uma final. Nas disputas de quinto e terceiro lugar, o Urawa fez 3 a 2 no Wydad e o Pachuca fez 4 a 1 no Al-Jazira.

Abu Dhabi recebeu a final do Mundial no dia 16 de dezembro. Enquanto o Real Madrid chegava com 11 jogadores de seleção entre os titulares, o Grêmio vinha embalado por ótimas atuações e o título sul-americano duas semanas antes. Mas o time espanhol teve o domínio completo em todos os 90 minutos. Em uma partida de ataque contra defesa, os brasileiros quase não tiveram oportunidades, enquanto os madridistas falhavam contra a dupla de zaga Pedro Geromel e Walter Kannemann.

Tanta insistência só foi dar resultado no segundo tempo, e foi na bola parada. Aos oito minutos, o Real conseguiu uma falta perto da área gremista. E Cristiano Ronaldo usou de sua especialidade para abrir o placar, chutando a bola em meio à barreira que abriu. Houve mais chances para ampliar o resultado, mas o 1 a 0 bastou para que o Real Madrid chegasse ao hexa mundial.


Foto Arquivo/Getty Images

Real Madrid Campeão Mundial 2016

Dois fatos marcaram a organização do Mundial de Clubes em 2016. Até o momento, foi a última vez que o Japão recebeu o torneio, totalizando 33 edições desde a reformulação da Copa Intercontinental. A competição também foi a primeira da FIFA a contar com o recurso do árbitro de vídeo, o chamado VAR.

Só o que não foi novidade foi mais uma presença do Real Madrid. O time venceu pela 11ª vez a Liga dos Campeões - a segunda seguida sobre o rival Atlético de Madrid -, e rumou para sua oitava participação no Mundial. Seu principal adversário veio da Colômbia: o Atlético Nacional, que foi bi da Libertadores batendo o Independiente del Valle na final e confirmou um retorno de 27 anos. Mas a final da "lógica" não iria acontecer pela terceira vez.

O Kashima Antlers, campeão japonês foi o "intruso" da vez. Os demais participantes foram: América do México, campeão da Concacaf; Jeonbuk Motors, vencedor da Ásia; Mamelodi Sundows, campeão da África; e Auckland City, pela oitava vez vencedor na Oceania.

A competição começou com o Kashima derrotando o Auckland por 2 a 1. Nas quartas de final, o clube japonês eliminou o Jeonbuk, por 2 a 1. No outro confronto, o América fez 2 a 1 no Mamelodi. A primeira semifinal foi entre o Atlético Nacional e o Kashima, que venceu por um fácil e surpreendente 3 a 0. O Real Madrid estreou no dia 15 de dezembro. Contra o América, em Yokohama, uma tranquila vitória por 2 a 0. Os gols saíram nos acréscimos de cada tempo, primeiro com Karim Benzema, depois com Cristiano Ronaldo. No duelo pelo quinto lugar, o Jeonbuk goleou o Mamelodi por 4 a 1. E na disputa pela terceira posição, o Nacional venceu o América nos pênaltis, por 4 a 3 após 2 a 2 nos 120 minutos.

Depois de tanto ser só um palco para a final do Mundial, enfim um time do Japão chegou lá. Kashima Antlers e Real Madrid se enfrentaram no dia 18, em Yokohama. Mas quem pensou que seria moleza para time merengue, enganou-se. Benzema abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo, e depois o Real perdeu várias oportunidades. Os japoneses aproveitaram bem o pouco que criaram, empatando aos 44 com Gaku Shibasaki. E aos sete do segundo tempo, ele virou a partida. Foram oito minutos de vantagem do Kashima. Aos 15, Cristiano Ronaldo empatou, de pênalti. Os espanhóis empilharam finalizações na busca por outra virada, mas nada mais aconteceu no tempo normal.

Só no prorrogação que a situação ficou mais tranquila, pois o Kashima estava exausto pela jornada de quatro jogos em dez dias. Aos oito do primeiro tempo, Cristiano fez o terceiro do Real. E aos 14, o atacante marcou seu hat-trick, e deu o 4 a 2 definitivo ao placar. Com sufoco, o Real Madrid chegou ao penta mundial, isolando-se como maior vencedor do torneio.


Foto Arquivo/AFP