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Sevilla Campeão da Liga Europa 2020

Olha só quem está de volta! Pela sexta vez, e na edição mais diferente de todas, em 2020, o Sevilla levou o título da Liga Europa. Quatro anos depois, o time rojiblanco recuperou a hegemonia com uma campanha de manual, sem grandes percalços, porém com alguns jogos a menos que o previsto.

O clube andaluz entrou na competição no grupo A, contra Apoel, Qarabag e Dudelange. A estreia foi em Baku, no Azerbaijão, com vitória por 3 a 0 sobre o Qarabag. O primeiro turno foi completo com mais dois triunfos no Ramón Sánchez Pizjuán, por 1 a 0 sobre os cipriotas e por 3 a 0 sobre os luxemburgueses. No returno, o Sevilla fez 5 a 2 no Dudelange em Luxemburgo, 2 a 0 nos azeris em casa, e perdeu por 1 a 0 para o Apoel no Chipre. A equipe se classificou na liderança, com 15 pontos.

No mata-mata, o Sevilla começou a caminha diante do Cluj. A ida foi disputada na Romênia, e os rojiblancos arrancaram no fim o empate por 1 a 1. O gol foi anotado por Youssef En-Nesyri. A volta foi no Ramón Pizjuán, e os espanhóis passaram pela regra do gol fora com outro empate, por 0 a 0. Na arquibancada, mais de 31 mil torcedores viram o time pela última vez naquela temporada.

Entre a terceira fase e as oitavas de final, eclodiu no mundo todo a pandemia de covid-19. Seis partidas da ida das oitavas foram disputadas antes da interrupção de cinco meses, entre março e agosto. Um dos dois jogos que não aconteceu foi entre Sevilla e Roma. Dessa forma, a UEFA decidiu que o confronto seria em partida única e sem torcida, na bolha sanitária criada pela entidade no estado da Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha. Na cidade de Duisburg, os rojiblancos venceram os italianos por 2 a 0.

A partir das quartas, todos os confrontos foram em mão única, em solo alemão e sem público. O adversário do Sevilla foi o inglês Wolverhampton. Novamente em Duisburg, na MSV-Arena, os espanhóis venceram por 1 a 0, gol de Lucas Ocampos a dois minutos do fim. Na semifinal, foi a vez de despachar o Manchester United por 2 a 1, de virada, no Estádio Müngersdorfer, em Colônia.

Na final, o rival foi a Internazionale, que superou Ludogorets, Getafe, Bayer Leverkusen e Shakhtar Donetsk. A partida aconteceu no mesmo Müngersdorfer, em Colônia. O Sevilla saiu perdendo logo com cinco minutos, mas virou com gols de Luuk De Jong aos 12 e aos 33. Os italianos empataram aos 36, e tudo permaneceu igual até os 29 do segundo tempo, quando o rival Romelu Lukaku fez gol contra e deu o hexa aos espanhóis pelo placar de 3 a 2.

A campanha do Sevilla:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Handout/UEFA/Getty Images

Velo Clube Campeão Paulista Série A3 2020

O Paulistão Série A3 de 2020 foi mais um dos inúmeros campeonatos de futebol pelo mundo que sofreu por conta da pandemia de covid-19. Programado para acabar em maio daquele ano, o torneio foi paralisado em março. O retorno só aconteceu em setembro, sem público nos estádios, com as finais ficando para novembro. O regulamento e o número de participantes foi o mesmo de 2019.

O campeão da Série A3 em 2020 foi o Velo Clube, da cidade de Rio Claro. O rubro-verde possuía até aquele momento apenas um título do equivalente à Série A2 em 1925. Na primeira fase, do time venceu sete, empatou quatro e perdeu outros quatro dos 15 jogos que disputou. Com 25 pontos, se classificou com tranquilidade na quinta colocação.

Nas quartas de final, o Velo enfrentou o Capivariano, vencendo a ida por 2 a 0 em casa e empatando a volta por 0 a 0 fora. Na semifinal, eliminou o Noroeste com empate sem gols em Rio Claro e vitória por 2 a 1 em Bauru, conquistando assim o acesso.

A final foi contra o EC São Bernardo, que passou por Batatais e Comercial. A ida foi no Benitão, em Rio Claro, e o Galo Vermelho venceu por 2 a 1. A volta aconteceu no Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo. Sem dar chance alguma ao adversário, o Velo Clube aumentou ainda mais a vantagem ao vencer por 3 a 0.

A campanha do Velo Clube:
21 jogos | 11 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 27 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Rodrigo Corsi/FPF

Defensa y Justicia Campeão da Copa Sul-Americana 2020

Não é fácil ser campeão sul-americano. Às vezes, sobra planejamento e falta camisa. E vice-versa. Mas quando acontece de a estrutura ser tão boa que o peso da camisa nem se sente, o caminho do título é certo. Foi assim com o Cienciano em 2003, o Arsenal de Sarandí em 2007, a Chapecoense em 2016 e o Independiente Del Valle em 2019. Não foi diferente em 2020. O pequeno Defensa y Justicia, da cidade de Florencio Varela, na grande Buenos Aires, chegou à maior conquista de sua história na Copa Sul-Americana daquele ano. E de maneira invicta.

A competição da Conmebol foi diferente de tudo já visto até então. Não pelo regulamento, mas sim pelo contexto. Em março de 2020, o mundo mergulhou na pandemia de covid-19, que isolou as populações dentro de casa. Àquela altura, a Sul-Americana havia terminado a primeira fase e foi paralisada. Somente em outubro houve o retorno, sem torcida nos estádios.

O Defensa y Justicia não jogou a fase inicial, pois estava na Libertadores. Eliminado em terceiro lugar de seu grupo, ganhou a chance de buscar o título inédito a partir da segunda fase, contra o Sportivo Luqueño. Venceu por 3 a 2 no Paraguai e empatou por 1 a 1 na Argentina. Nas oitavas de final, o "halcón" (falcão) enfrentou o Vasco. Na ida, empatou por 1 a 1 em casa, no Estádio Norberto Tomaghello. Na volta, venceu por 1 a 0 em pleno São Januário. Nas quartas, despachou o Bahia com mais uma vitória no Brasil, por 3 a 2, e outra na Argentina, por 1 a 0.

Na semifinal, o adversário do DyJ foi o chileno Coquimbo Unido. O primeiro jogo seria no Chile, mas o governo local não liberou a entrada da delegação argentina no país depois que alguns atletas foram diagnosticados com covid-19. Dias depois, em Assunção, Paraguai, os times jogaram e empataram sem gols. A segunda partida foi no Norberto Tomaghello, e o halcón venceu por 4 a 2.

A final da Copa Sul-Americana foi entre Defensa y Justicia e Lanús, que passou por Universidad Católica do Equador, São Paulo, Bolívar, Independiente e Vélez Sarsfield. A partida foi no Estádio Mario Kempes, em Córdoba, com as arquibancadas desertas. Em campo, o DyJ, treinado por Hernán Crespo, não tomou conhecimento do oponente e foi campeão com triunfo por 3 a 0, gols de Adonis Frías, Braian Romero e Washington Camacho.

A campanha do Defensa y Justicia:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Amilcar Orfali/Staff Images/Conmebol

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2020

Nunca na história da Liga dos Campeões da Europa -nem mesmo sob o antigo nome Copa dos Campeões - havia tido um campeão com 100% de aproveitamento nas partidas. Até a temporada encerrada em 2020. Numa competição marcada por uma pausa forçada de cinco meses e uma mudança atípica de regulamento, o Bayern de Munique chegou ao sexto título europeu com 11 vitórias em 11 jogos.

Na primeira fase, os alemães ficaram no grupo B, com Tottenham, Olympiacos e Estrela Vermelha. Com seis vitórias em seis jogos, o time garantiu a classificação na liderança, com 18 pontos. A vaga foi obtida na quarta rodada, no triunfo por 2 a 0 sobre os gregos em casa. O primeiro lugar foi confirmado na partida seguinte, na goleada por 6 a 0 sobre os sérvios fora.

Nas oitavas de final, o clube bávaro enfrentou o Chelsea. A ida foi em Londres, com vitória por 3 a 0. Foi então que explodiu no mundo a pandemia de covid-19, e a UEFA paralisou a Liga dos Campeões entre março e agosto de 2020, antes da disputa da volta. Quando o torneio voltou, foi sem torcida nos estádios. E com nenhum torcedor na Allianz Arena, o Bayern fez 4 a 1 no adversário inglês e avançou de fase.

Das quartas em diante, a UEFA mudou o regulamento em prol da segurança sanitária. A entidade criou uma bolha em Lisboa para que os oito classificados não precisassem viajar entre países. Os jogos foram nos estádios da Luz e no José Alvalade. E o adversário do Bayern nessa primeira etapa foi o Barcelona. 

Num jogo que chocou a todos, os alemães golearam os espanhóis por incríveis 8 a 2. Entre os autores dos gols, Thomas Muller (dois), Robert Lewandowski (um) e Philippe Coutinho (dois). Na semifinal, foi a vez de derrotar o Lyon por 3 a 0.

A final foi contra o Paris Saint-Germain, que passou por Clube Brugge, Galatasaray, Borussia Dortmund, Atalanta e RB Leipzig. A partida foi no Estádio da Luz, e o Bayern de Munique levou o hexa depois de vencer por 1 a 0. O gol do título foi marcado por Kingsley Coman, aos 14 minutos do segundo tempo.

A campanha do Bayern de Munique:
11 jogos | 11 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Miguel Lopes/DPA

Palmeiras Campeão da Libertadores 2020

A Libertadores de 2020 foi mais longa da história, decidida com um gol aos 53 minutos do segundo tempo da final. Estas são as predefinições do bicampeonato conquistado pelo Palmeiras, 21 anos após o primeiro título. Foram 374 dias de certame.

O Verdão começou a competição no grupo B, enfrentando Tigre, Bolívar e Guaraní do Paraguai. Nas duas primeiras partidas, vitórias por 2 a 0 sobre os argentinos, fora, e por 3 a 1 sobre os paraguaios, em casa, em março. Então veio a pandemia de covid-19, que paralisou tudo por seis meses. Em setembro, o Palmeiras retornou com a mesma vontade, vencendo duas vezes os bolivianos, empatando sem gols com o Guaraní, em Assunção, e goleando o Tigre por 5 a 0, em casa.

Com 16 pontos, o time foi o líder e o dono da melhor campanha no geral. Nas oitavas de final, o Alviverde enfrentou o equatoriano Delfín. Mas antes de começar, uma importante mudança selou o rumo palmeirense na competição: Vanderlei Luxemburgo foi demitido do cargo de técnico e deu lugar ao português Abel Ferreira. Com novo comando, o Palmeiras conseguiu vitórias tranquilas por 3 a 1, no Equador, e por 5 a 0, no Allianz Parque.

As quartas de final foram contra o Libertad. Na ida, no Paraguai, empate por 1 a 1. Na volta em São Paulo, vitória por 3 a 0 e vaga na semifinal. Era a vez de enfrentar o River Plate. Já atravessando 2021, o Verdão foi à Argentina e abriu vantagem ao ganhar por 3 a 0. Essa vantagem quase virou pó no segundo jogo, quando o River resolveu fazer 2 a 0 em plena casa palmeirense, chegando até a marcar o terceiro e ter um pênalti a favor. Porém, nos dois casos o VAR corrigiu as decisões do árbitro.

A final contra o Santos, que eliminou LDU Quito, Grêmio e Boca Juniors. No Maracanã, a partida única não recebeu público pagante e foi de poucas chances. A prorrogação parecia ser o caminho, mas o reserva Breno Lopes teve uma tentativa. No oitavo minuto dos acréscimos do segundo tempo, ele aparou de cabeça o cruzamento de Rony e fez 1 a 0, carimbando o bicampeonato do Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 33 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto César Greco/Palmeiras

Brasil Campeão Olímpico 2020

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram realizados em tempos difíceis. A pandemia do coronavírus atrasou as disputas de 2020 para 2021, mas a vontade dos atletas de vencer permaneceu a mesma. E na melhor participação brasileira em um século de história olímpica, o futebol masculino não poderia ficar de fora da festa, conquistando o bicampeonato nos gramados japoneses.

A competição seguiu o mesmo regulamento das últimas edições, com 16 seleções divididas em quatro grupos. A única mudança foi forçada pelo adiamento do evento: jogadores de 24 anos foram autorizados pela FIFA e pelo COI a participarem das partidas.

A pressão pela conquista do ouro já era coisa do passado, e o Brasil começou a jornada no grupo D da primeira fase. A estreia foi contra a Alemanha, vencendo por 4 a 2. Na segunda rodada, um empate chato por 0 a 0 contra a Costa do Marfim. A classificação foi confirmada no terceiro jogo, em vitória por 3 a 1 sobre a Arábia Saudita. Com sete pontos, a Seleção Brasileira ficou na liderança da chave.

Nas quartas de final, o Brasil passou pelo Egito com vitória simples, por 1 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o México (na revanche de 2012) com 4 a 1 nos pênaltis após 0 a 0 na partida e na prorrogação. A final foi contra a Espanha, que havia passado sobre Argentina, Austrália, Costa do Marfim e Japão. Mas antes da decisão, teve a disputa do bronze, com os mexicanos fazendo 3 a 1 sobre os japoneses.

A medalha de ouro foi decidida em Yokohama, no Estádio Internacional - o mesmo em que o Brasil levou o penta na Copa do Mundo, em 2002. Depois de 19 anos, o reencontro com o palco foi sem público na arquibancada e de jogo tenso em campo. O placar foi aberto aos 47 minutos do primeiro tempo, com Matheus Cunha. Antes, Richarlison tinha perdido um pênalti, atirando a bola para fora. Os espanhóis empataram aos 16 do segundo tempo, com Mikel Oyarzabal.

A partida foi à prorrogação, e aos três da segunda etapa extra Malcom recebeu assistência de Antony para fazer 2 a 1. Os 12 minutos restantes foram de muita emoção, mas a Espanha não conseguiu reagir e o Brasil segurou o resultado para conquistar o segundo título olímpico.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 10 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Fernando Vergara/AP

Canadá Campeão Olímpico Feminino 2020

Em uma Olimpíada diferente de tudo que já foi visto, o futebol feminino conheceu um nova seleção campeã. O Canadá faturou sua primeira medalha de ouro na modalidade, que lhe permitiu ser o pioneiro de uma façanha solitária na história: ser o único país a ficar no lugar mais alto do pódio tanto entre os homens quanto entre as mulheres, repetindo o gesto dos Jogos de 1904, ainda na época fosse apenas exibição.

A competição disputada em Tóquio sofreu com os efeitos da pandemia. Primeiro, o COI adiou o evento de 2020 para 2021, mas sem alterar a marca e a nomenclatura. Segundo, a organização local optou por realizar tudo sem a presença de público, com as arquibancadas e as instalações ficando restritas ao pessoal credenciado.

O regulamento do futebol feminino continuou sem alteração em relação as edições anteriores, com 12 participantes. As canadenses começaram a campanha no grupo E, estreando com empate por 1 a 1 sobre o Japão, com o gol sendo marcado pela ídolo Christine Sinclair. Na segunda rodada, a equipe encaminhou a classificação ao vencer o Chile por 2 a 1. No fechamento das três rodadas, foi a vez de empatar por 1 a 1 com a Grã-Bretanha. Ao fim da primeira fase, o Canadá ficou na segunda posição, com cinco pontos.

Nas quartas de final, o time canadense passou pelo Brasil, com vitória por 4 a 3 nos pênaltis após 0 a 0 nos 120 minutos de partida. Na semifinal, eliminaram os Estados Unidos, vencendo o clássico por 1 a 0, gol marcado por Jessie Fleming.

A final foi contra a Suécia, que chegou lá batendo Nova Zelândia, Japão e Austrália. Na disputa pela medalha de bronze, as norte-americanas derrotaram as australianas por 4 a 3.

A decisão olímpica foi jogada no Estádio Internacional de Yokohama. O placar foi aberto pelas suecas, aos 34 minutos do primeiro tempo, com Stina Blackstenius. O empate canadense veio aos 24 do segundo tempo, com o pênalti convertido de Fleming. O 1 a 1 permaneceu no resultado até o fim da prorrogação. Na disputa de penalidades, o Canadá foi levemente mais eficiente e venceu por 3 a 2, levando seu primeiro ouro no feminino.

A campanha do Canadá:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Naomi Baker/Getty Images

Itália Campeã da Eurocopa 2020

A Eurocopa que uniu todo o Velho Continente foi também a que mais conviveu com a incerteza sobre a sua realização. Programada para 2020, a competição precisou ser adiada para 2021 por conta da pandemia de covid-19. E como estava planejada para acontecer em 12 cidades espalhadas da Europa, muito se discutiu se o formato não deveria ser convertido para apenas uma sede e se deveria mesmo ter torcida nos jogos. No fim, ficou acertado quase tudo como já estava: 11 estádios e países diferentes, com cada local definindo por si o quanto de público que pisaria nas arquibancadas (a quantidade variou entre 20% e 100%), conforme o avanço da vacinação em cada uma das cidades.

E a espera de um ano a mais valeu a pena. Grandes partidas contaram a história do torneio, que teve como campeã a Itália, que superou a ausência na Copa do Mundo de 2018 e acabou com a fila de 52/53 anos sem um título continental. No grupo A, a Azzurra fez os três jogos em Roma e estreou vencendo a Turquia por 3 a 0. Depois, a equipe fez outro 3 a 0 sobre a Suíça e 1 a 0 sobre o País de Gales, encerrando na liderança da chave, com nove pontos.

Nas oitavas de final, a seleção da terra da bota enfrentou a Áustria, eliminando-a com vitória por 2 a 1, na prorrogação. Nas quartas, contra a Bélgica, mais um triunfo, também por 2 a 1, mas no tempo normal. A semifinal foi contra a Espanha, na qual a classificação só veio nos pênaltis, vencendo por 4 a 2 após empate por 1 a 1.

A final foi contra a Inglaterra, que antes havia batido Escócia, Alemanha, Ucrânia e Dinamarca. A partida foi realizada em Wembley, em Londres, diante de mais de 67 mil pessoas, o que dá 75% da ocupação do estádio. Os ingleses começaram melhores, pois Luke Shaw abriu o placar logo com dois minutos do primeiro tempo. Os italianos empataram aos 22 do segundo tempo, quando Leonardo Bonucci aproveitou a confusão depois de uma cobrança de escanteio e fez o gol.

O 1 a 1 adentrou a prorrogação e levou a outra disputa de pênaltis. Andrea Belotti e Jorginho perderam suas cobranças, mas Domenico Berardi, Bonucci e Federico Bernardeschi acertaram as suas. Gianluigi Donnarumma defendeu as batidas de Marcus Rashford e Bukayo Saka, e com 3 a 2 no fim a Itália chegou ao bicampeonato.

A campanha da Itália:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Claudio Villa/Getty Images

Botafogo Campeão Carioca Feminino 2020

Existente desde 1983, o Cariocão Feminino é o estadual mais antigo do Brasil, embora tenha ocorrido interrupções entre 1989 e 1995 e entre 2002 e 2003. A edição de 2020 também quase não aconteceu devido à Covid-19, mas no fim ela ficou mesmo durante os meses de janeiro a março de 2021, com a presença de nove equipes.

Nem todos os clubes grandes do Rio de Janeiro tiveram sempre uma boa história entre as mulheres em todos esses anos de campeonato: os quatro juntos nas finais só havia ocorrido em 1999 e em 2019. A terceira foi agora, com o título tomando o caminho de General Severiano, a casa do Botafogo. Na primeira fase, as Gloriosas ficaram na vice-liderança, vencendo sete jogos e perdendo um, deixando escapara Taça Guanabara para os 100% do Flamengo.

Na semifinal, o Fogão eliminou  o Vasco ao vencer por 3 a 0. A final foi contra o Fluminense, em jogo único no Nilton Santos. E por 2 a 0 no placar, o time conquistou o segundo estadual na história, repetindo o feito de 2014.

A campanha do Botafogo:
10 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Vitor Silva/Botafogo

Fortaleza Campeão Cearense Feminino 2020

Mais um estadual feminino de 2020 a ser encerrado somente em 2021, o Cearense está começando a ver uma concentração de forças maior na dupla Fortaleza e Ceará, que durante anos deixaram de investir na modalidade e deixaram o caminho aberto para clubes do interior, como o Caucaia. A edição desta temporada foi apenas a segunda a ter o Clássico-Rainha na decisão, com o título ficando com o Fortaleza.

Mas antes, as equipes tiveram de enfrentar São Gonçalo e Menina Olímpica em um quadrangular de dois únicos. No primeiro, as Leoas do Pici ficaram na vice-liderança com duas vitórias e uma derrota, e depois perderam a final para o Ceará por 1 a 0. No segundo, o time liderou com outras duas vitórias e um empate, vencendo as rivais na final por 4 a 2 nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal. 

Na decisão geral, o Fortaleza voltou a derrotar o Ceará, por 1 a 0 na partida única que deu o segundo título estadual ao Tricolor na história. Antes, a conquista de 2010 era a única da equipe feminina.

A campanha do Fortaleza:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 38 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Thais Pontes/Fortaleza

JC Campeão Amazonense Feminino 2020

Estado com relativa força no futebol feminino, o Amazonas realizou sua edição de 2020 do estadual cercado de problemas. Primeiro foi a ausência da principal equipe e maior vencedora da competição (com oito títulos), o Iranduba. Só quatro times se inscreveram: 3B da Amazônia, JC, Recanto da Criança e Rio Negro.

O regulamento foi simples, com o enfrentamento todos contra todos em turno único, mais a final. A liderança ficou com o 3B, com sete pontos, seguido pelo Recanto, também com sete, JC, com três, e Rio Negro, com nenhum. Mas uma escalação irregular custou cinco pontos do líder, e as vagas na decisão ficaram com Recanto e JC.

Após quatro meses de disputas judiciais (entre novembro e março), a final aconteceu na Arena da Amazônia. Nos 90 minutos da partida, nada de gols. Após o 0 a 0, tudo foi definido nos pênaltis. Foi então quando brilhou a goleira Mariana, fazendo defesas que garantiram a vitória por 4 a 3 nas cobranças e o inédito título para o JC. Com pouco mais de dois anos de fundação, é o primeiro título conquistado pelo clube situado na cidade de Itacoatiara.

A campanha do JC:
4 jogos | 1 vitória | 1 empate | 2 derrotas | 2 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto João Normando/FAF

Ferroviária Campeã da Libertadores Feminina 2020

Realizada toda no mês de março de 2021, a Libertadores Feminina de 2020, sediada na Argentina, foi a maior edição da história em número de times. Foram 16 espalhados entre os dez membros da Conmebol. O Brasil contou com três representantes: o Corinthians, defendendo o título, a Ferroviária, campeã do Brasileirão de 2019, e o Kindermann, terceiro colocado em parceria com o Avaí.

Sem contar com o favoritismo e em início de trabalho com a técnica Lindsay Camila, a Locomotiva correu por fora e cresceu durante a competição. No grupo D, estreou sofrendo goleada por 4 a 0 para o Libertad/Limpeño, do Paraguai. O empate por 1 a 1 com o Peñarol na segunda rodada obrigou a equipe vencer na partida que encerrava a fase de grupos, além de torcer por empate entre paraguaias e uruguaias.

E foi o que aconteceu: goleada por 4 a 1 sobre a Universidad de Chile e empate sem gols no outro jogo. Com quatro pontos, as Guerreiras Grenás ficaram na vice-liderança da chave, atrás das chilenas.

O espírito copeiro tomou conta das jogadoras. Nas quartas de final, vitória por 1 a 0 sobre o River Plate. Na semifinal, reencontraram a Universidad e venceram por 7 a 6 nos pênaltis após empate por 0 a 0 no tempo regulamentar.

A final foi entre Ferroviária e o América de Cali, que no mata-mata passou por Boca Juniors e Corinthians. A maldição sobre o clube colombiano em decisões de Libertadores atravessou as modalidades, e depois de quatro vices no masculino era a vez das mulheres sofrerem. Sochor, aos sete minutos, e Aline Milene, aos 42 fizeram os gols da vitória por 2 a 1 das brasileiras, que tornaram a Ferroviária bicampeã sul-americana.

A campanha da Ferroviária:
6 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 1 derrotas | 8 gols marcados | 7 gols sofridos



Fotos Staff Images Woman/Conmebol

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2020

O ano de 2020 teve de tudo. Quando a pandemia de covid-19 explodiu, tudo paralisou, incluindo o futebol. No Brasil, ficamos de março a julho sem uma partida acontecer. Quando voltou, os estádios ficaram vazios. Foi nesse contexto que o Palmeiras conquistou o tetra da Copa do Brasil naquela temporada, que precisou invadir o ano de 2021. Era o início de uma era histórica para o clube alviverde, que havia conquistado a Libertadores meses antes, e levaria outros títulos mais.

O Verdão entrou na competição já nas oitavas de final, devido exatamente a disputa da Libertadores. Seu primeiro adversário foi o Bragantino, sob o prefixo e o aporte da Red Bull. No jogo de ida, vitória por 3 a 1 em Bragança Paulista. Na volta, outro triunfo por 1 a 0 no Allianz Parque garantiu a classificação. Essa partida não teria nada demais, não fosse pela estreia do técnico português Abel Ferreira, que tornou-se no pilar do Palmeiras vencedor.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Ceará. O primeiro jogo aconteceu em São Paulo, e o alviverde venceu por 3 a 0, gols de Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Gabriel Veron. A segunda partida foi no Castelão, e o Palmeiras confirmou nova classificação ao empatar por 1 a 1.

A semifinal foi disputada contra o América-MG. A primeira partida foi disputada no Allianz Parque, na antevéspera do Natal, mas o Palmeiras ficou apenas no empate por 1 a 1 com os mineiros. O segundo jogo foi realizado no Independência, em Belo Horizonte, na antevéspera de Ano Novo, e o Verdão precisou vencer fora de casa, por 2 a 0, para chegar na quinta decisão de Copa do Brasil na história.

A final foi contra o Grêmio, que superou Juventude, Cuiabá e São Paulo. As disputas aconteceram dois meses depois da semi, pois a conquista da Libertadores alviverde fez com que o time fosse jogar o Mundial de Clubes, e a decisão precisou ser postergada. A ida foi na Arena do Grêmio, em fevereiro de 2021, e o Palmeiras venceu por 1 a 0, gol anotado por Gustavo Gómez. Mesmo sem torcida nas arquibancadas para apoiar, os paulistas foram amplamente superiores nas duas partidas. A volta aconteceu no Allianz Parque, já em março. E o clube alviverde voltou a vencer, por 2 a 0, gols de Wesley e Gabriel Menino. Para coroar uma temporada diferente e verde, um tetra merecido.

A campanha do Palmeiras:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Penarol Campeão Amazonense 2020

Com 315.966 casos 10.860 mortes por Covid-19 até 1º de março, o Amazonas conheceu seu campeão estadual. Foi o último dos 27 campeonato de um ano pesado, mas o Barezão de 2020 foi definido em favor do Penarol, clube da cidade de Itacoatiara. Aliás, houve dois torneios no Estado. O primeiro, realizado até a terceira rodada do returno, entre janeiro e março.

A pandemia do coronavírus paralisou todas as atividades e a princípio não haveria campeão, mas após idas e vindas na Justiça, foi decidido recomeçar tudo do zero, já em fevereiro de 2021 e com um regulamento de tiro curto, com os oito participantes dividindo-se em dois grupos, e os dois melhores de casa avançando ao mata-mata, tudo em turno único. No grupo A, o Penarol fez quatro pontos em três jogos: perdeu por 2 a 0 para o Manaus, empatou por 0 a 0 com o Nacional e venceu por 3 a 0 o Amazonas. Na semifinal, derrotou por 1 a 0 o São Raimundo.

A final marcou o reencontro com o Manaus, na Arena da Amazônia, e a partida terminou empatada por 1 a 1. Nos pênaltis, por 6 a 5, o Leão da Velha Serpa conquistou o terceiro título na sua história, acabando com nove anos de fila.

A campanha do Penarol:
5 jogos | 2 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 5 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto João Normando/FAF

Atlético-GO Campeão Goiano 2020

Com 393.862 casos 8.480 mortes por Covid-19 até 27 de fevereiro, Goiás conheceu seu campeão estadual. Pelo segundo ano seguido, e pela 15ª vez na história, o Atlético-GO conquistou o título máximo de seu Estado. Foi um campeonato longo, de 14 meses de disputa e nove de paralisação (de março a janeiro) por causa da pandemia.

Na primeira fase, os 12 participantes foram divididos em dois grupos e atuaram em dois turnos, embora a tabela de classificação fosse unificada. O Dragão ficou no grupo A, e das 12 partidas que fez venceu oito, liderando a etapa com 26 pontos.

A fase final foi programada para ser executada em jogos de ida e volta, mas a longa parada a transformou em disputas de jogo único, na casa de quem possuía melhor campanha. Nas quartas de final, no Antônio Accioly, o Atlético goleou o Anápolis por 5 a 1. Na semifinal, foi a vez de receber a Aparecidense (que eliminou o Goiás) e vencer por 3 a 1.

A final foi contra o Goianésia, também em casa. Mas o Dragão não venceu nos 90 minutos, ficando apenas no empate por 1 a 1. O alívio veio nos pênaltis, ao vencer por 5 a 3.

A campanha do Atlético-GO:
15 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Heber Gomes/Atlético-GO

Flamengo Campeão Brasileiro 2020

Com 10.324.463 casos e 249.957 mortes por Covid-19 até 25 de fevereiro, o Brasil conheceu seu mais novo campeão nacional. Pela oitava vez, o Flamengo chega ao título brasileiro, e desta vez foi com doses cavalares de emoção, na última rodada. O campeonato começou com três meses de atraso. Era para ter sido iniciado em maio, mas somente em agosto a bola rolou.

Mas o Fla demorou a engrenar. Sob o comando do espanhol Domènec Torrent, o time perdeu os dois primeiros jogos: por 1 a 0 para o Atlético-MG em casa, por 3 a 0 para o Atlético-GO. Só venceu a primeira na terceira rodada, ao fazer 1 a 0 no Coritiba no Couto Pereira. A equipe oscilou muito no começo do turno, voltando a ganhar na sexta rodada, também fora de casa, por 1 a 0 sobre o Santos. 

Entre vitórias e derrotas, o Rubro-negro terminou a metade do Brasileirão em terceiro lugar, empatado em 35 pontos com o Internacional e distante quatro do São Paulo, líder retroativo devido aos diversos jogos remarcados durante todo o calendário. Duas partidas são inesquecíveis para a equipe neste momento: a goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians fora de casa, na 17ª rodada, e os 4 a 1 sofridos para o São Paulo na 19ª jornada.

No primeiro jogo do returno, a goleada por 4 a 0 que o Atlético-MG impôs ao Flamengo acarretou na demissão de Torrent. No seu lugar chegou Rogério Ceni. O time seguiu alternando bons e maus jogos, mas jamais deixou de ficar distante da liderança, pois São Paulo e Atlético-MG perderam várias chances de dispararem na frente.

O Internacional foi o principal adversário na parte decisiva do campeonato, assumindo a o primeiro lugar na 31ª rodada. Mas o Mengo continuou perto, vencendo jogos importantes. Na penúltima rodada, uma vitória colorada poderia resolver o título, mas o Flamengo foi valente no Maracanã e venceu por 2 a 1, de virada, chegando pela primeira vez na ponta.

Na última partida, o Flamengo só precisava vencer o São Paulo no Morumbi para comemorar o octa, mas acabou derrotado por 2 a 1. Com isso, o Internacional não poderia ganhar do Corinthians no Beira-Rio. E assim foi: o clube gaúcho não passou do 0 a 0, e com 71 pontos contra 70, o Rubro-negro chegou a mais uma conquista brasileira.

A campanha do Flamengo:
38 jogos | 21 vitórias | 8 empates | 9 derrotas | 68 gols marcados | 48 gols sofridos


Foto Alexandre Vidal/Flamengo

Brasiliense Campeão da Copa Verde 2020

A Copa Verde de 2020 não aconteceu em 2020. Exatamente isso que você leu. A pandemia de Covid-19 atrasou tanto os preparativos da competição que ela acabou postergada para o início de 2021, durante 34 dias entre janeiro e fevereiro.

O regulamento foi semelhante ao da temporada anterior, com pequenas mudanças para encaixar no calendário curto, como a primeira fase e oitavas de final ocorrendo em mão única. As 24 equipes participantes mantiveram-se. E o campeão foi um velho conhecido, mas que anda longe das principais divisões nacionais: o Brasiliense, do Distrito Federal.

Vice estadual, o Jacaré precisou começar pela fase preliminar. Jogando em casa contra o Vitória-ES, goleou por 4 a 0 e mostrou logo de cara que chegava para assustar. Nas oitavas de final, venceu o Luverdense por 2 a 1 no Mato Grosso. As quartas foram disputadas contra o Atlético-GO, e o Brasiliense venceu as duas partidas, por 2 a 1 em Goiânia e por 3 a 1 em Taguatinga.

Na semifinal, outro goiano: o Vila Nova. Desta vez os candangos tiveram mais dificuldades. Na ida, vitória por 2 a 0 em pleno OBA. Na volta, o time foi surpreendido na Boca do Jacaré e perdeu por 3 a 1. Nos pênaltis, vitória por 5 a 3 e vaga na final conquista.

A final foi contra o Remo, e o primeiro jogo foi marcado para o Mané Garrincha, em Brasília. De virada, o Brasiliense venceu por 2 a 1. Os gols foram marcados por Sandy e Aldo, este segundo faltando dez minutos para o fim.

A segunda partida aconteceu no Mangueirão, em Belém. O Jacaré tentou segurar a vantagem, saiu atrás no placar e empatou no começo do segundo tempo com Zé Love, mas os paraenses venceram também por 2 a 1. Outra vez nos pênaltis, o Brasiliense alcançou a glória ao vencer por 5 a 4. O título coloca um fim em algumas sinas do clube, como a de perder todas as finais que disputou desde 2018, e a de não vencer algo fora do Distrito Federal desde a Série B de 2004.

A campanha do Brasiliense:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Fernando Torres/CBF

Palmas Campeão Tocantinense 2020

Com 107.163 casos e 1.455 mortes por Covid-19 até 14 de fevereiro, o Tocantins conheceu seu campeão estadual. Pela oitava vez na história e pela terceira seguida, o Palmas chegou ao título de um campeonato que ficou longo por muitas circunstâncias.

Primeiro, pela pandemia do coronavírus, que paralisou tudo em março de 2020 e fez a retomada acontecer apenas em janeiro de 2021. Segundo, pelo acidente aéreo ocorrido em 24 de janeiro com parte do grupo tricolor, e que levou embora as vidas do presidente Lucas Meira, dos atletas Lucas Praxedes, Guilherme Noé, Ranule e Marcus Molinari, além do piloto Wagner Machado.

Em campo, o Palmas liderou a primeira fase com seis vitórias em sete partidas, marcando 19 pontos. Na semifinal, eliminou o Araguacema em dois jogos, vencendo por 1 a 0 a ida fora e empatando sem gols a volta em casa.

Na final, contra o Tocantinópolis, tornou-se campeão invicto ao empatar a primeira partida por 3 a 3 e vencer a segunda por 1 a 0.

A campanha do Palmas:
11 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Divulgação/Palmas

Bayern de Munique Campeão Mundial 2020

O ano de 2020 foi maluco para todas as pessoas, em todos os setores. Para o futebol não foi diferente. Entre março e junho, tudo parou devido à pandemia de Covid-19. O calendário futebolístico ficou apertado, e a solução vista foi estender a final de competições: as do meio do ano para o fim, e as do fim para o começo de 2021. Foi o que aconteceu com o Mundial de Clubes.

Era preciso cumprir o contrato de duas edições mundialistas no Catar. Realizado inteiramente em fevereiro, o torneio reviveu uma situação que havia ocorrido pela última vez em 1980 e 1981. Esta não foi a única implicação que o atraso causou: o novo Mundial planejado pela FIFA, quadrienal e com 24 clubes, foi adiado por tempo indeterminado.

Longe do Mundial há sete anos, o Bayern de Munique voltou a ter sucesso fora da Alemanha, vencendo a  Liga dos Campeões da Europa em cima do PSG. Com seu atacante Robert Lewandowski tornando-se o melhor jogador do planeta, o clube bávaro encontrou um oponente que veio do país mais comum desde o novo formato da competição, mas que jamais havia chegado em decisões: o Tigres UANL, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf sobre os estadunidenses do Los Angeles. Os demais times foram: Palmeiras, campeão da Libertadores; Al-Ahly, vencedor africano; Ulsan Hyundai, ganhador pela Ásia; e Al-Duhail, campeão do Catar.

O único participante definido sem título foi o Auckland City, que era o time de melhor campanha no momento em que a Liga dos Campeões da Oceania foi encerrada. Mas o clube abriu mão da vaga para não correr o risco de trazer a Covid-19 de volta à Nova Zelândia, que praticamente erradicou a doença. Sua partida contra o Al-Duhail foi considerada W.O., ou seja, 3 a 0 para os donos da casa.

As quartas de final seguiram com o Tigres derrotando o Ulsan por 2 a 1. E o anfitrião levou 1 a 0 do Al-Ahly. Na semifinal, a expectativa do Palmeiras foi por água abaixo ao perder por 1 a 0 para os mexicanos. Do outro lado, o Bayern derrotou a equipe do Egito por 2 a 0. Valendo o quinto lugar, o Al-Duahil bateu o Ulsan por 3 a 1. E na disputa pela terceira posição, a equipe palmeirense decepcionou novamente, empatando sem gols com os egípcios e perdendo por 3 a 2 nos pênaltis.

Bayern e Tigres se enfrentaram no dia 11 de fevereiro de 2021, no Education City, em Doha. O público foi reduzido, respeitando o distanciamento social imposto pela pandemia. O time alemão foi superior na maior parte do tempo em campo. O gol do título saiu aos 14 minutos do segundo tempo, quando Benjamin Pavard aproveitou sobra de bola deixada em dividida de Lewandowski com o goleiro Nahuel Guzmán pelo alto. Ainda foi preciso a confirmação do VAR para o 1 a 0, mas nada que atrapalhasse a jornada rumo ao tetra.


Foto David Ramos/Getty Images

Mirassol Campeão Brasileiro Série D 2020

A Série D do Brasileirão de 2020 passou por uma nova mudança de regulamento que deixou a competição ainda mais atrativa. Ao invés dos 17 grupos com quatro equipes, os 68 participantes passaram a ser divididos da seguinte forma: oito disputaram uma fase preliminar, avançando quatro para juntar-se a outras 60, que foram separadas em oito chaves de oito clubes cada. Com mais calendário, a imprevisibilidade foi maior, mas o final mostrou mais uma vez um bom planejamento e estrutura nunca podem ser superados.

Vindo do interior de São Paulo e com apenas um título estadual de Série A3 e outro de Série B, o Mirassol, entrou na Série D pelo grupo 7, mas o início não foi legal. Comandado por Eduardo Baptista sua estreia foi com empate em casa, por 1 a 1 diante do Bangu, e na segunda rodada perdeu por 3 a 1 fora de casa para a Cabofriense.

A primeira vitória aconteceu na terceira partida, e compensou os tropeços: 6 a 0 sobre o Toledo no José Maria de Campos Maia. A campanha melhorou, e o Leão da Alta Araraquarense foi acumulando vitórias algumas goleadas, como os 8 a 0 sobre o Nacional-PR e os 5 a 2 sobre o FC Cascavel, e casa, e os 4 a 0 sobre o Toledo fora. A equipe encerrou a fase na vice-liderança com 26 pontos.

Na segunda fase, o Mira eliminou o Caxias nos pênaltis por 3 a 0, após perder por 1 a 0 fora e vencer pelo mesmo placar em casa. Nas oitavas de final, passou pelo Brasiliense ao golear por 5 a 2 em São Paulo e perder por 2 a 1 no Distrito Federal. Nas quartas, conseguiu o acesso ao derrubar a Aparecidense, fazendo 2 a 1 no seu estádio e 3 a 2 em Goiás. Na semifinal, eliminou o Altos com duas vitórias, por 4 a 0 na ida no interior paulista e por 1 a 0 na volta no Piauí.

A decisão foi contra o Floresta, que bateu na semi o Novorizontino. O primeiro jogo aconteceria no Castelão, em Fortaleza, mas um incêndio no estádio transferiu a disputa para o Vovozão, campo da base do Ceará. A mudança de última hora não afetou o Mirassol, que derrotou o adversário por 1 a 0.

A segunda partida foi no José Maria de Campos Maia, e o Leão voltou a fazer 1 a 0, gol de João Carlos. O resultado enfim colocava um ponto final na edição pandêmica Série D, que proporcionou mais um título para o sempre tradicional futebol do interior paulista.

A campanha do Mirassol:
24 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Célio Messias/CBF