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Paris Saint-Germain Campeão da Recopa Europeia 1996

Chegamos em 1996, e a Recopa Europeia passou de 44 para 48 times, aumentando ainda mais o recorde de participantes. Esta edição ficou marcada por ter acontecido o único título francês nos 38 anos de existência, com o Paris Saint-Germain.

Embora muito tradicional no futebol, a França praticamente não possui conquistas continentais, exceto pela Liga dos Campeões do Olympique de Marselha em 1993 e, a partir de 1996, a Recopa do PSG. Depois do título na Copa da França de 1995, a jornada europeia de "les rougues-et-bleus" (vermelhos e azuis) começou na primeira fase, contra o Molde, da Noruega. Na ida, venceram por 3 a 2 fora de casa. Na volta, o placar foi de 3 a 0 no Parc des Princes.

Os parisienses seguiram para as oitavas de final, onde enfrentaram o Celtic. O primeiro jogo foi realizado na capital francesa, com vitória por 1 a 0. A segunda partida aconteceu em Glasgow, no Celtic Park, e o PSG conseguiu mais um triunfo, por 3 a 0.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o Parma. A ida foi disputada na Itália, no Ennio Tardini, e os franceses perderam o 100% de aproveitamento com a derrota por 1 a 0. A volta foi no Parc des Princes, e o PSG conseguiu reverter o confronto ao vencer por 2 a 1, com dois gols de Raí e um de Patrice Loko.

O Paris Saint-Germain chegou na semifinal, e seu adversário foi o La Coruña, da Espanha. Na primeira partida, no Estádio Riazor, Youri Djorkaeff marcou o gol da vitória por 1 a 0 aos 45 minutos do segundo tempo. No segundo jogo, Loko garantiu outro triunfo por 1 a 0 que colocou os parisienses na final.

A Recopa teve PSG e Rapid Viena na decisão. Os austríacos passaram por Petrolul Ploiesti, Sporting, Dínamo Moscou e Feyenoord. O estádio escolhido para a partida foi o Rei Baudouin (novo nome de Heysel), em Bruxelas. O título francês foi conquistado com vitória simples, por 1 a 0. O gol saiu ainda no primeiro tempo, aos 29 minutos, com Bruno Ngotty.

A campanha do Paris Saint-Germain:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Icon Sport/Getty Images

Vélez Sarsfield Campeão da Supercopa Libertadores 1996

Chegamos a 1996, e a Supercopa Libertadores manteve a mesma fórmula de disputa. Ou seja, mata-mata com sete confrontos simples e um em triangular. Nesta oportunidade, a Conmebol resolveu colocar três argentinos para disputar uma vaga nas quartas: Boca Juniors, Racing e Argentinos Juniors, com a vaga ficando com o primeiro.

Mas o título foi para outra região de Buenos Aires, o Liniers. Logo na segunda participação, o Vélez Sarsfield chegou ao título, confirmando a década de 1990 como a melhor da história do clube. A jornada teve início contra o Grêmio. Em Porto Alegre, "el fortín" conseguiu um belo empate por 3 a 3. No José Amalfitani, vitória por 1 a 0 classificou a equipe às quartas.

O próximo adversário foi o Olimpia, mas o confronto desta vez foi aberto em Buenos Aires. Em casa, o Vélez encaminhou a classificação ao vencer por 3 a 0. A volta aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, com novo triunfo azul, por 1 a 0.

Na semifinal, o Vélez encarou o Santos. A primeira partida foi no Brasil, mas longe de São Paulo. Em Uberlândia, o fortín venceu por 2 a 1, gols de Martín Posse e do goleiro José Luis Chilavert, de pênalti. O segundo jogo foi no José Amalfitani, e bastou o empate por 1 a 1 para os argentinos chegarem à decisão.

Na final, o Vélez Sarsfield enfrentou o Cruzeiro, que superou Nacional do Uruguai, Boca Juniors e Colo-Colo. A ida foi no Mineirão. O empate já era bom para o fortín, mas um pênalti aos 42 minutos do segundo tempo deixou tudo ainda melhor. Chilavert bateu e fez 1 a 0. A volta foi no José Amalfitani, e tudo ficou perfeito já no terceiro minuto, com o gol de Patricio Camps. Aos sete, os cruzeirenses anotaram contra, e o 2 a 0 deu o título invicto ao Vélez.

A campanha do Vélez Sarsfield:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Bayern de Munique Campeão da Liga Europa 1996

Em 1996, a Copa da UEFA completou 25 edições, com 16 clubes diferentes tendo o prazer de ter erguido a taça. Naquele momento, o domínio era todo da Itália, que havia vencido seis dos últimos sete torneios. Mas não foi o que aconteceu naquela temporada, nem de perto: nenhum clube da Itália chegou na semifinal. Quem levou o título foi a Alemanha.

Buscando voltar aos bons tempos de glórias internacionais, o Bayern de Munique chegou para conquistar seu primeiro título de caráter europeu em 20 anos. A taça veio com o ídolo máximo Franz Beckenbauer no comando técnico. E em campo, com a fusão de duas gerações: perto do fim, a de Jürgen Klinsmann e Lothar Matthäus, e ainda no início, a de Oliver Kahn.

"Die roten" (os vermelhos) teve uma campanha quase perfeita. Começou diante do Lokomotiv Moscou, na primeira fase. Surpreendente, a equipe foi derrotada por 1 a 0 na ida, em pleno Olímpico de Munique. A correção da rota foi feita na volta, na Rússia, com a goleada por 5 a 0. Na segunda fase, o Bayern passou pelo Raith Rovers, da Escócia, com vitórias por 2 a 0 fora, e por 2 a 1 em casa.

Nas oitavas, os alemães enfrentaram o Benfica. O primeiro jogo aconteceu em Munique, e teve uma das melhores atuações da carreira de Klinsmann. Com quatro gols, o atacante foi o responsável pela goleada por 4 a 1 que encaminhou a classificação. A segunda partida foi em Lisboa, no Estádio da Luz, e o Bayern voltou a vencer, por 3 a 1. Nas quartas, o adversário foi o Nottingham Forest. Com vitória por 2 a 1 na Alemanha e goleada por 5 a 1 na Inglaterra, a equipe bávara chegou na semifinal.

O próximo confronto foi contra o Barcelona. A primeira partida, foi disputada no Olímpico de Munique e foi complicada. Os catalães abriram o placar, Marcel Witeczek e Mehmet Scholl fizeram os gols do da virada Bayern, mas o time cedeu o empate por 2 a 2 no fim das contas. O segundo jogo foi no Camp Nou, e os alemães conseguiram a passagem para a final ao vencerem por 2 a 1, com tentos de Markus Babbel e outro de Witeczek e outra atuação inesquecível.

A decisão foi contra o francês Bordeaux, que eliminou Vardar (Macedônia), Rotor Volgogrado (Rússia), Betis, Milan e Slavia Praga. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico de Munique, e o Bayern venceu tranquilamente por 2 a 0. Os gols foram anotados por Thomas Helmer e Scholl. A segunda partida foi no Estádio Parc Lescure. Jogando pelo empate, o Bayern conseguiu outra vitória, por 3 a 1 para ficar com o título. Scholl, Emil Kostadinov e Klinsmann foram os autores dos gols históricos.

A campanha do Bayern de Munique:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 32 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Aubrey Washington/Empics/PA Images

Lanús Campeão da Copa Conmebol 1996

Sem decolar de fato no interesse do torcedor sul-americano, a Copa Conmebol seguiu para sua quinta edição em 1996. Depois de ter enfim conhecido um vendedor que falava espanhol, a competição manteve em vigor todo o conjunto de regras implementado um ano antes. Do Brasil, os quatro representantes da vez foram: Vasco, Fluminense, Palmeiras e Bragantino.

Da Argentina, o campeão Rosario Central trouxe consigo a presença do Lanús, um clube médio localizado na cidade de mesmo nome, na grande Buenos Aires. Na segunda participação (a primeira foi em 1994), tinha como glórias máximas apenas algumas taças da segunda divisão nacional. Mas, apesar da experiência internacional quase zero, o "granate" chegou ao título que mudaria sua história.

A estreia do Lanús foi contra o Bolívar, nas oitavas de final. Perdeu na ida, em La Paz, por 1 a 0 e goleou na volta, em La Fortaleza, por 4 a 1. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Guaraní do Paraguai. O primeiro jogo foi em Assunção, com vitória granate por 2 a 0. A segunda partida foi na Argentina, com nova goleada, desta vez por 6 a 2.

A semifinal reuniu os dois clubes argentinos. Lanús e Rosario Central se enfrentaram pela primeira vez em La Fortaleza, a casa granate. Num dia de muita sorte, os mandantes venceram por 3 a 0 - dois deles marcados pelo adversário, contra. No Gigante de Arroyito, o Lanús voltou a vencer, por 3 a 1, e se colocou na decisão.

A final da Copa Conmebol foi disputa contra o Independiente Santa Fe, da Colômbia, que superou Unión Táchira, Bragantino e Vasco no mata-mata. A partida de ida foi realizada em La Fortaleza. O volante Oscar Mena abriu o placar aos 31 minutos do primeiro tempo. E o meia Ariel Ibagaza fechou o placar em 2 a 0 aos 31 do segundo. Uma ótima vantagem para levar à Bogotá, no El Campín.

Na Colômbia, o Lanús conseguiu sustentar o resultado que precisava. Sofreu um gol logo aos quatro minutos do primeiro tempo, mas a solidez da defesa garantiu o título histórico para os granates apesar do 1 a 0 contra. Dali em diante, o clube não recuou mais.

A campanha do Lanús:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Lanús

Juventus Campeã da Liga dos Campeões 1996

A enxuta Liga dos Campeões manteve quase tudo para 1996, a não ser por uma mudança que acompanhava o resto do mundo. A UEFA seguiu a FIFA e alterou o sistema de pontuação para as vitórias na fase de grupos de dois para três pontos.

Ao mesmo tempo, o extracampo também apresentava novidades. Em 1995, passou a valer a Lei Bosman. Em dois pontos, ela determinou que qualquer atleta com nacionalidade dentro da União Europeia não era mais considerado estrangeiro e que nenhum clube poderia mais manter o passe de jogadores sem contrato. Essa combinação facilitou muito as transferências e beneficiou àqueles com mais condições financeiras.

Os reflexos não foram imediatos. A Juventus, que levaria o bicampeonato, ainda estava com mais italiano que forasteiros no elenco. O clube ficou no grupo C, com Rangers, Steaua Bucareste e Borussia Dortmund. Em seis jogos, La Vecchia Signora venceu quatro, empatou um e somou 13 pontos. A classificação e a liderança vieram na quarta rodada, nas goleada por 4 a 0 sobre os escoceses, em Glasgow.

Nas quartas de final, a Juventus enfrentou o Real Madrid. Na ida, perdeu por 1 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, venceu por 2 a 0 no Delle Alpi, em Turim. A semifinal foi contra o Nantes, da França. O primeiro jogo aconteceu na Itália, com vitória bianconeri por 2 a 0. A segunda partida foi fora de casa, com a Juve segurando a vantagem na raça: derrota por 3 a 2, de virada.

A decisão foi contra o defensor do título, o Ajax. Os holandeses superaram Ferencváros (Hungria), Grasshopper (Suíça), Borussia Dortmund e Panathinaikos. A disputa ocorreu no Estádio Olímpico de Roma, então o apoio foi maior para a Juventus. Fabrizio Ravanelli abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, mas o adversário fez 1 a 1 aos 41. A final foi aos pênaltis, onde brilhou o goleiro Angelo Peruzzi, com duas defesas. Por 4 a 2, a taça ficou na Itália.

A campanha da Juventus:
11 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 22 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Allsport/Getty Images

River Plate Campeão da Libertadores 1996

Em todos os anos terminados com seis, o River Plate tem motivos para comemorar ou para lamentar na Libertadores. E quando 1996 chegou, todos já se perguntavam se o clube faturaria o bicampeonato ou ficaria com o tri-vice. No fim das contas, o primeiro cenário foi o que se concretizou.

O River começou a campanha no grupo 5 da primeira fase, contra San Lorenzo e os venezuelanos Minervén e Caracas. E não foi difícil para dominar os fracos adversários da Venezuela: quatro vitórias, incluindo as goleadas por 4 a 1 sobre o Minervén, fora, e por 5 a 0 sobre o Caracas, em casa. Entre elas, bastou empatar duas vezes com o rival de Buenos Aires para garantir a liderança da chave, com 14 pontos. A tranquilidade deu lugar a momentos de emoção no mata-mata.

Nas oitavas de final, o time millonario perdeu a ida por 2 a 1 para o Sporting Cristal, no Peru. A desvantagem foi pulverizada na volta com a vitória por 5 a 2 no Monumental de Nuñez. Nas quartas, o River Plate voltou a encontrar com o San Lorenzo. O primeiro jogo aconteceu no Nuevo Gasómetro, na capital argentina, e os visitantes venceram por 2 a 1. Na segunda partida, em casa, o River abriu o placar mas não matou o confronto. Mas o máximo que o adversário fez foi empatar em 1 a 1, ameaçando pouco a classificação millonaria.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar a Universidad de Chile. Na ida, em Santiago, o River Plate buscou o empate por 2 a 2 nos minutos finais. Na volta, em Buenos Aires, vitória simples por 1 a 0 garantiu a vaga na decisão.

E assim como dez anos antes, o oponente do River na final da Libertadores foi o América de Cali. Os colombianos também chegaram lá ao passarem por Minervén, Junior Barranquilla e Grêmio. A primeira partida foi disputada no Pascual Guerrero, na Colômbia. E deu América, vencendo por 1 a 0.

A  desvantagem argentina era curta, então o River Plate foi com tudo para o segundo jogo, no Monumental. Com dois gols de Hernán Crespo, o clube millonario aplicou 2 a 0, fez a síndrome do vice do pessoal de Cali falar mais alto e levou o segundo título da Libertadores.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 28 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/River Plate

Estados Unidos Campeão Olímpico Feminino 1996

A história das mulheres nas Olimpíadas é composta de pequenas vitórias ao longo do tempo depois de séculos de segregação. Na Era Antiga, elas eram proibidas até mesmo de assistirem às atividades, quanto mais de competirem. Quando aconteceu a retomada, em 1896, somente homens disputaram a primeira edição. A estreia feminina nos Jogos só aconteceu em 1900: foram 22 em contraste aos 975 do gênero masculino.

Ao longo do tempo, cada modalidade foi incorporando sua versão feminina ao programa. O futebol foi a última de todas a introduzi-la, apenas em 1996, na cidade de Atlanta. Um arco de 92 anos de diferença desde a estreia geral.

Para o primeiro torneio olímpico das mulheres, COI e FIFA decidiram montar o regulamento para oito participantes. Fora o anfitrião Estados Unidos, as outras sete vagas foram distribuídas de acordo o desempenho na Copa do Mundo de 1995. A Inglaterra seria uma dessas beneficiadas, mas como o país não existe nas Olimpíadas e a Grã-Bretanha estava com o futebol desativado, o Brasil herdou seu lugar. 

Mas não teve para ninguém quando a dona da casa entrou em campo. A seleção norte-americana começou sua campanha no grupo E (a nomenclatura das chaves no feminino segue a sequência deixada pelo torneio masculino) vencendo a Dinamarca por 3 a 0. Na segunda rodada, foi a vez de derrotar a Suécia por 2 a 1. Já classificada, a USWNT ficou no 0 a 0 com a China e encerrou a primeira fase na vice-liderança, com sete pontos. A equipe ficou atrás das chinesas por causa do saldo de gols.

Na semifinal, as norte-americanas bateram a Noruega, por 2 a 1, no gol de ouro anotado por Shannon MacMillan na prorrogação. A medalha de bronze ficou com as próprias norueguesas, que venceram o Brasil por 2 a 0.

A primeira final olímpica feminina foi entre Estados Unidos e China, no Estádio Sanford, em Athens (cidade a 110 km de Atlanta). Diferentemente do confronto na fase de grupos, os gols saíram, para a alegria da torcida local. Aos 19 minutos do primeiro tempo, MacMillan abriu o placar. Aos 32, Sun Wen empatou. O gol do primeiro ouro norte-americano no futebol feminino aconteceu aos 23 do segundo tempo, pela atacante Tiffeny Milbrett.

A campanha dos Estados Unidos:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Nigéria Campeã Olímpica 1996

As Olímpiadas completaram 100 anos em plena forma e com muitos avanços. Em 1996, foi a vez de a cidade norte-americana de Atlanta receber a edição dos Jogos. Mas em meio à festa houve uma nota triste: o atentado à bomba no Parque Olímpico Centenário, que matou duas pessoas e feriu 111.

O futebol ficou longe do terrorismo e não competiu na cidade olímpica, algo inédito nos 92 anos da modalidade no programa. Outra novidade foi a introdução do torneio feminino, porém esta é uma história que será contada mais tarde. No masculino, a regra das convocações sofreu sua alteração definitiva, que foi a permissão de até três jogadores com idade acima dos 23 anos nos elencos.

O modelo sub-23 nivelou de vez os times que participariam das Olimpíadas. Os resultados que em situações normais seriam chamados de zebra, em terras olímpicas passariam a estar dentro da normalidade. Foi o caso da Nigéria, que levou a África a um ouro inédito e histórico.

No grupo D da competição, as Super Águias estrearam com vitória sobre a Hungria por 1 a 0. Depois, fez 2 a 0 no Japão, encaminhando a classificação. Mesmo a derrota para o Brasil por 1 a 0 não tirou a vaga nigeriana, que terminou na vice-liderança da chave com seis pontos.

Nas quartas de final, a equipe eliminou o México vencendo por 2 a 0. Na semifinal, outra o vez o Brasil pela frente. Em partida lembrada para sempre, a Nigéria chegou a estar perdendo por 3 a 1, mas buscou o empate antes do fim, virando para 4 a 3 na prorrogação, quando Nwankwo Kanu marcou o gol de ouro. A decisão do ouro foi contra a Argentina, que anteriormente bateu Estados Unidos, Tunísia, Espanha e Portugal. Antes, os brasileiros levaram o bronze ao golearem os portugueses por 5 a 0.

A final foi disputada no Estádio Sanford, na cidade de Athens, que é vizinha de Atlanta. Os argentinos abriram o placar aos três minutos de jogo, mas Celestine Babayaro empatou aos 28. Aos cinco do segundo tempo, outro gol argentino. A virada do título veio aos 29, com Daniel Amokachi, e aos 45, com Emmanuel Amunike. Por 3 a 2, a Nigéria atingia o seu ápice.

A campanha da Nigéria:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Icon Sport/Empics Sports

Alemanha Campeã da Eurocopa 1996

De 1992 para 1996 a UEFA encarou um boom de novos filiados. Das 35 seleções envolvidas na Eurocopa do começo da década de 90, o número na seguinte saltou para 48. Foi o reflexo das dissoluções de União Soviética, Iugoslávia e Tchecoslováquia. Foi esse o principal motivo que levou a entidade europeia a aumentar mais uma vez os participantes de sua competição de seleções, dobrando de oito para 16 países. O anfitrião da nova era do torneio foi a Inglaterra, e algumas novidades já pintaram por lá, como a Rússia independente, a República Tcheca e a Croácia, que ficou naquele momento com a melhor parte do antigo elenco iugoslavo.

Mas o campeão continental seria um velho conhecido, e que já dava as caras pela segunda vez como um país só: a Alemanha, que naquele momento passava por uma transição de gerações. No grupo C da Euro, a estreia alemã foi contra a República Tcheca, vencendo sem sustos por 2 a 0. A classificação antecipada veio na vitória por 3 a 0 sobre a Rússia. Tranquila na chave, bastou empatar sem gols com a Itália na última rodada, eliminando a rival e confirmando sete pontos na liderança.

As quartas de final foram jogadas contra a outra novata que faltava, a Croácia, vencida por 2 a 1 em Manchester.  A adversária da semifinal foi a Inglaterra. Praticamente em uma partida de xadrez, os alemães ficaram no empate por 1 a 1 com os ingleses, conseguindo a vaga na decisão ao vencer por 6 a 5 nos pênaltis.

Assim com na abertura de seus jogos na Eurocopa, o oponente na final foi a República Tcheca, que na outra ponta do mata-mata eliminou Portugal e França. O jogo foi antigo Wembley, em Londres, e não contou com a mesma facilidade vista anteriormente. Os tchecos abriram o placar aos 14 minutos do segundo, com Patrik Berger acertando pênalti, e o empate alemão só veio aos 28 minutos, quando Oliver Bierhoff marcou de cabeça.

A partida foi à prorrogação, e o reserva pé-quente fez o gol de ouro aos cinco minutos do primeiro tempo, ao receber cruzamento de Jürgen Klinsmann, girar com a bola e bater forte, contando com o desvio na zaga para enganar o goleiro Petr Kouba. Pela primeira vez a morte súbita decidia uma Euro, e foi para dar o tricampeonato à Alemanha.

A campanha da Alemanha:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 10 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Stu Forster/Getty Images

Juventus Campeã Mundial 1996

A virada de 1995 para 1996 tem uma grande representação nos rumos que tomaram o futebol atual. No dia 15 de dezembro, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão à causa do jogador belga Jean-Marc Bosman, que processou o local RFC Liège quando estava em fim de contrato. Ele estava acertado para atuar no francês Dunkerque, mas não conseguiu a transferência porque deveria indenizar o antigo clube. O caso feria o Tratado de Roma, que diz que todo cidadão da União Europeia tem livre acesso para trabalhar entre seus países.

A "Lei Bosman" passou a incluir os futebolistas na categoria de trabalhadores comunitários, e as restrições de estrangeiros nas federações foram deixando de existir entre os membros da UE. Assim, o que começou a se ver na Europa foi a globalização dos clubes. Em 1996, a Juventus foi bicampeão da Liga dos Campeões ainda com nove italianos titulares, vencendo o Ajax na final, por 4 a 2 nos pênaltis após 1 a 1 no tempo normal.

Mas para o Mundial as mudanças começariam. Os nove conterrâneos foram reduzidos a seis, e os franceses Didier Deschamps e Zinedine Zidane não eram mais considerados estrangeiros. A trajetória do título da Vecchia Signora ainda passou por eliminações sobre Real Madrid e Nantes.

Na América do Sul tudo continuou normal, e o River Plate conseguiu o bicampeonato da Libertadores vencendo o América de Cali na decisão, tal qual dez anos antes. O time millonario perdeu a ida por 1 a 0, mas venceram a volta por 2 a 0. Tudo sob o comando do meia uruguaio Enzo Francescoli. Na campanha, o River bateu San Lorenzo e Universidad de Chile nas fases anteriores.

A Copa Intercontinental entre Juventus e River Plate foi realizada em 26 de novembro, como sempre, no Nacional de Tóquio. Os efeitos da globalização no futebol ainda estavam para ser conhecidos, mas já percebia-se uma tendência de predomínio europeu nesta partida. O clube italiano dominou o argentino na maioria do tempo, mas parava na grande atuação do goleiro Roberto Bonano. Os argentinos criaram bem menos, com a melhor chance sendo uma bola de Ariel Ortega no travessão.

O gol da justiça na atuação e do título dos italianos aconteceu só aos 36 minutos do segundo tempo. Angelo Di Livio cobrou escanteio e o croata Alen Boksic desviou a bola de cabeça, que sobrou para Alessandro Del Piero fuzilar no ângulo esquerdo. Depois, os dois times tiveram oportunidades para empatar ou ampliar o resultado, mas tudo ficou no 1 a 0. Com isso, a Juventus chegou ao seu segundo título mundial, que também serviu como um recado: um desequilíbrio poderia estar surgindo com as novas políticas de contratações na Europa.


Foto Arquivo/AP/Lapresse

Grêmio Campeão da Recopa Sul-Americana 1996

A Recopa Sul-Americana teve uma boa época quando jogada em campos japoneses. O clima parecido com o do Mundial, o som contínuo das cornetas que ecoavam da arquibancada... Depois do bicampeonato do São Paulo, a edição de 1995 não contou com brasileiros, mas viu uma grande partida entre argentinos. Vélez Sarsfield e Independiente se enfrentaram no Estádio Olímpico de Tóquio. No mesmo lugar onde cinco meses antes vencer o Milan, na disputa mundial, o Vélez acabou derrotado pelo rival de Avellaneda.

Para a Recopa de 1996, o Independiente permaneceu na disputa graças ao bicampeonato na Supercopa. Pela Libertadores, o representante voltou a ser do Brasil: o Grêmio. O torneio voltou para o Universiade Memorial, em Kobe.

O time gaúcho deu poucas margens para um possível segundo título dos argentinos. O primeiro gol do Tricolor saiu aos 18 minutos do primeiro tempo, com Jardel cabeceando com precisão cruzamento do lateral Roger. Aos 22, o Independiente empatou com um pênalti bem batido por Burruchaga. Aos 51 minutos, o Grêmio voltou a ficar na frente com Carlos Miguel, que aproveitou falha do goleiro Mondragón para acertar o gol quase vazio.

No segundo tempo, o Tricolor assumiu de vez o controle do jogo. Aos 23 minutos, o zagueiro Adílson assinalou o terceiro gol em cobrança de pênalti. O gol que confirmou o título foi marcado aos 35 minutos, após arrancada pela esquerda, onde Carlos Miguel cruzou a bola na área. Ela encontrou Paulo Nunes próximo da segunda trave, que finalizou para consolidar os 4 a 1 e o título inédito para o Grêmio.

Diretamente do Japão, outra conquista para uma época das mais lembradas pelo torcedor gremista. Entre 1994 e 1997. A equipe treinada por Luiz Felipe Scolari (em uma das raríssimas vezes que ele usou terno durante uma partida) conseguiu sete títulos nesse período, sendo a Recopa de 1996 o quarto deles.


Foto Ricardo Alfieri/Placar

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 1996

A Série C de 1996 foi pequena perto do que houve na temporada anterior. Os 107 times foram reduzidos para 58. O inchaço foi desfeito, mas a competição continuou a permitir qualquer inscrição, sem um critério técnico. Com participações frustradas nos dois anos anteriores, mas com um título goiano recente, o Vila Nova entrou na competição disposto a trilhar o mesmo caminho do seu maior rival, que seria semifinalista da Série A.

A competição começou estranha. Os clubes foram divididos em 16 grupos irregulares. Um deles teve apenas duas equipes, outros tiveram até cinco. O Vila Nova ficou no grupo 9, com mais dois oponentes, o Anápolis e o Uberlândia. A estreia foi na segunda rodada, empate em 1 a 1 com o Anápolis em casa. Na sequência, venceu por 2 a 1 o Uberlândia em Minas Gerais. Na volta contra os mineiros, outro 1 a 1 em Goiânia.

A campanha foi encerrada na penúltima rodada, com vitória por 1 a 0 sobre o Anápolis fora de casa, o que deu a classificação sem depender do resultado que faltava na chave. O Tigre ficou na liderança com oito pontos.

Para o mata-mata tivemos 32 classificados. O Vila enfrentou na segunda fase o Gurupi, o qual venceu por 3 a 0 no Tocantins e por 4 a 0 no Serra Dourada. As oitavas de final foram contra o Fluminense de Feira, e o time colorado venceu por 2 a 0 no Joia da Princesa e por 3 a 1 no Serra Dourada. Nas quartas, foi a vez de encarar o Nacional-AM, com mais duas vitórias, por 1 a 0 em Manaus e por 3 a 0 em Goiânia.

A semifinal valeu também o acesso, e o Vila Nova enfrentou o Porto-PE. A ida foi em Caruaru, e terminou 0 a 0. A falta de gols na primeira partida foi compensada na volta em Goiânia, com vitória de 5 a 3 para o Tigre. A comemoração pela volta à segunda divisão foi pequena, pois havia uma final a disputar.

A decisão foi contra o Botafogo-SP. O primeiro jogo foi no Serra Dourada, e o Vila Nova abriu uma leve vantagem ao vencer por 2 a 1, gols de Ryuler e Sabino. Seria preciso segurar a pressão em Ribeirão Preto, no Palma Travassos (o Estádio Santa Cruz passava por uma troca de gramado). A tensão ficou presente durante toda a partida, pois nenhum gol saía, nem o do alívio goiano, nem o que forçava os pênaltis para os paulistas. Já nos acréscimos do segundo tempo, aos 48 minutos, veio o gol do título novamente com o atacante Sabino. O Vila Nova chegou assim a sua primeira conquista nacional, além da vaga na Série B, que o clube ocupou pelo ano seguinte e em mais outros dez.

A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Vila Nova

União São João Campeão Brasileiro Série B 1996

Em 1996, a Série B era quase um inferno, a estrutura era precária e as condições financeiras pequenas. Cinco clubes desistiram do torneio por estarem sem dinheiro. O Barra do Garças pediu arrego ainda em 1995, e com isso o time caiu no lugar da Ponte Preta. Na virada do ano, Bangu, Ferroviária, Novorizontino e América-SP também pularam fora, e nos lugares entraram Gama, ABC, Atlético-GO e Joinville, os melhores times da Série C depois de XV de Piracicaba e Volta Redonda, que subiram por direito.

Para completar, o América-MG terminava de cumprir uma suspensão de duas temporadas fora de competições e retornou ao seu lugar. Com isso, 25 equipes estariam pleiteando as duas vagas de acesso. Entre elas, o União São João, que vinha do rebaixamento da Série A e estava louco para voltar à elite.

Na primeira fase, foram cinco grupos, e o União ficou no grupo 3. Depois de oito jogos, o time venceu quatro, empatou um e perdeu três, fazendo 13 pontos. Se classificou na vice-liderança, um ponto a menos que o XV de Piracicaba. Passaram de fase os três primeiros de cada grupo e o melhor quarto colocado.

Esses 16 clubes fizeram um breve mata-mata, e a Ararinha enfrentou o Volta Redonda, empatando em 1 a 1 no Raulino de Oliveira e vencendo por 3 a 0 no Hermínio Ometto. Nas quartas de final, um confronto complicado com o Mogi Mirim. Derrota do União em Araras por 1 a 0 e vitória devolvida pelo mesmo placar em Mogi. Nos pênaltis, vitória uniense por 3 a 1 e classificação para o quadrangular final.

O União São João chegou na última fase contra América-RN, Náutico e Londrina. O início foi com vitória nos Aflitos por 2 a 1 sobre o Náutico. Depois, 3 a 1 sobre o América-RN em Araras. Na terceira rodada, 1 a 1 com o Londrina no Estádio do Café. Na partida seguinte, uma histórica virada de 3 a 2 sobre os paranaenses no Herminião. Na quinta rodada, a derrota por 2 a 1 para o América em Natal adiou o acesso e embolou a tabela.

Três times chegaram com chances na última rodada. O União recebeu em casa o Náutico e não podia perder. Empatou em 1 a 1, resultado que somado a derrota do América-RN em Londrina deu o título ao Verdão. Foram 11 pontos contra nove dos potiguares e oito dos pernambucanos. A Série B de 1996 é até hoje a maior glória obtida pelo União São João, que atualmente está licenciado, tentando recursos para voltar as competições profissionais.

A campanha do União São João:
18 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 28 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto André Ricardo/Placar

Grêmio Campeão Brasileiro 1996

Em 1996, a CBF resolveu apostar no simples e reuniu os 24 participantes do Campeonato Brasileiro em uma tabela única com um turno só, com oito vagas para o mata-mata e duas para o rebaixamento para a segunda divisão. Mas como nem tudo são flores, a entidade precisou intervir no regulamento por conta de escândalo.

O motivo foi o "Caso Ivens Mendes", que levantou a possibilidade de os resultados de alguns jogos da Copa do Brasil daquele ano terem sido manipulados. Gravações provaram que os presidentes de Corinthians e Athletico-PR trataram de valores e resultados de partidas com Ivens. Para não ter que tirar pontos desses times e alterar a tabela final do campeonato, foi cancelado o rebaixamento, e Fluminense e Bragantino acabaram salvos.

À margem desse assunto, o Grêmio vinha empilhando títulos na década de 90, mas faltava o Brasileirão. Em 1996 ele chegou. Sempre frequentando o G-8, o Tricolor foi líder da competição apenas uma rodada, a 19ª. Os times que brigaram de fato pela primeira posição da fase inicial foram Palmeiras, Guarani e Cruzeiro. Ao final das 23 rodadas, melhor para o time mineiro, que fez 44 pontos.

O Grêmio encerrou em sexto lugar, com 38 pontos, 11 vitórias, cinco empates e sete derrotas. Completaram o grupo de classificados Athletico-PR, Atlético-MG, Goiás e Portuguesa. Times que haviam liderado o torneio no início foram eliminados, o Internacional (9º) e o São Paulo (11º).

No mata-mata, o time gremista cruzou com o terceiro colocado, o Palmeiras. A ida das quartas de final foi no Olímpico, e o Tricolor abriu vantagem de 3 a 1. No Morumbi, o Grêmio colocou o regulamento embaixo do braço e perdeu pelo placar que podia, 1 a 0. A semifinal foi contra a surpresa do ano, o Goiás. No Serra Dourada, o Grêmio encaminhou sua situação ao vencer por 3 a 1, mas em Porto Alegre houve um susto, pois os gaúchos ficaram duas vezes atrás do resultado. No fim deu tudo certo com o empate em 2 a 2.

A final do Brasileiro foi contra a Portuguesa. Na primeira partida em São Paulo, o Imortal fez o que pode jogando 60 minutos com um homem a menos, mas perdeu por 2 a 0. Precisando devolver o placar no Olímpico, o Grêmio abriu o placar na segunda partida logo com três minutos, com Paulo Nunes. O tempo passava e nada do outro gol sair, até que o predestinado Aílton saiu do banco de reservas para marcar o gol do título a seis minutos do fim. Festa em Porto Alegre, Grêmio bicampeão brasileiro.

A campanha do Grêmio:
29 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 52 gols marcados | 34 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1996

Depois de sete anos, finalmente era possível dizer que a Copa do Brasil fazia pleno sucesso, não apenas na arquibancada como também na televisão. O título do Corinthians em 1995 rendeu ao SBT a maior audiência da história do canal até aquele momento. Era a justificativa que a CBF precisava para poder vender a competição para patrocinadores.

Para 1996, as modificações que haviam sido implantadas um ano antes sofreram alterações. O número de times convidados subiu para oito, o que elevou os participantes para 40, com oito confrontos na fase preliminar. Já na regra do visitante, a vitória permitida para a classificação sem a partida de volta passou a ser a partir de dois gols de diferença. Por fim, tivemos a entrada de Roraima no torneio, completando de vez os 27 Estados do país.

O campeão da Copa do Brasil em 1996 foi o Cruzeiro, que se tornou o segundo clube a chegar lá mais de uma vez. Uma tradição copeira estava se estabelecendo. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Juventus do Acre após empatar por 1 a 1 em Rio Branco, e vencer por 4 a 0 em Belo Horizonte, no Independência.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Vasco. Na ida, em São Januário, o Cruzeiro conseguiu uma das vitórias mais emblemáticas da sua história: goleada por 6 a 2, fora o baile. Na volta, em Belo Horizonte, bastou empatar por 1 a 1 para confirmar a classificação.

O rival cruzeirense nas quartas foi o Corinthians. A ida foi jogada no Independência, e a Raposa novamente goleou para encaminhar a vaga, por 4 a 0. A volta, no Pacaembu, terminou com derrota por 3 a 2. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Flamengo com dois empates, por 1 a 1 no Maracanã, e por 0 a 0 no Mineirão.

O Cruzeiro foi para sua segunda decisão de Copa do Brasil. O adversário foi o Palmeiras, que eliminou Sergipe, Atlético-MG, Paraná e Grêmio. Os paulistas eram conhecidos como o “ataque dos 100 gols” devido à forte campanha no estadual de 1996, e tinham o favoritismo. Mas a Raposa era resiliente. O primeiro jogo foi no Mineirão e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no Palestra Itália, e os mineiros saíram perdendo logo aos cinco minutos. Aos 25, Roberto Gaúcho empatou. Empurrando o rival cada vez mais para trás, o Cruzeiro chegou ao gol do título aos 38 do segundo tempo, com Marcelo Ramos.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar