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Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1959

O ano de 1959 foi emblemático para o futebol brasileiro. O motivo? A criação da Taça Brasil, a primeira competição verdadeiramente nacional. Até então, era o Torneio Rio-São Paulo quem possuía um status próximo, pois reunia os clubes das duas principais praças do país.
E foi no Rio-SP desta temporada que o Santos deu seu primeiro show fora dos limites paulistas. Com um jovem de 18 anos chamado Pelé, o time deu início a uma era de títulos que transcendeu a história do esporte. Imbatível em casa e consistente fora, o Peixe começou a campanha ao derrotar o Botafogo por 4 a 2 no Maracanã.
Os quatro jogos seguintes foram em casa: 1 a 1 com o Fluminense, 2 a 0 na Portuguesa, 4 a 3 no São Paulo e 3 a 2 no Corinthians. A primeira derrota só aconteceu diante do Palmeiras, por 2 a 1. Os resultados alçaram o Santos às primeiras posições da tabela.
Depois de perder por 4 a 3 para o America-RJ fora de casa, o Peixe chegou à última rodada com 11 pontos, empatado com o Flamengo e com um ponto a menos que o líder Vasco. Os flamenguistas ficaram sem chances ao perderem para o São Paulo. Um dia depois, a decisão foi exatamente entre santistas e vascaínos. No Pacaembu, a dupla Pelé e Coutinho deu show. O Rei marcou uma vez e seu amigo fez os outros dois na vitória por 3 a 0 que consolidou o primeiro Torneio Rio-São Paulo para o Santos, que no fim chegou aos 13 pontos.

A campanha do Santos:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 24 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1959

Alguns países entraram, outros saíram. Assim foi com mais uma Copa dos Campeões da Europa, na quarta edição. O número de participantes aumentou para 26, e a primeira fase passou a contar com dez confrontos.

Seriam 12 se não fossem as desistências da Grécia - que era contra o retorno da Turquia - e do Manchester United - que foi convidado pela UEFA após sofrer a tragédia aérea em Munique em fevereiro de 1958. Mas nada disso alterou o caminho do Real Madrid, que foi rumo à "la cuarta" em 1959.

Mais uma vez iniciando já nas oitavas de final, o clube merengue estreou contra o turco Besiktas, o qual venceu na ida, no Santiago Bernabéu, por 2 a 0, e empatou na volta, em Istambul, por 1 a 1. Nas quartas, o Real enfrentou o Wiener, da Áustria. No primeiro jogo, em Viena, os espanhóis empataram por 0 a 0. No segundo, em Madrid, despacharam o adversário com goleada por 7 a 1 - quatro gols de Alfredo Di Stéfano.

Na semifinal, reservou-se o clássico madrilenho entre Real e Atlético. A primeira partida aconteceu no Santiago Bernabéu, e os merengues venceram por 2 a 1, de virada. A segunda parada foi no antigo Estádio Metropolitano, e o rival vermelho e branco fez 1 a 0. O desempate foi realizado em campo neutro, no La Romareda, em Zaragoza, e o Real voltou a ganhar por 2 a 1, de virada, classificando-se para mais uma final.

A decisão europeia foi entre Real Madrid e Reims, repetindo-se o que ocorreu na edição de abertura, em 1956. Os franceses apareceram de novo depois de baterem Ards (Irlanda do Norte), Helsingin Palloseura (Finlândia), Standard Liège e Young Boys (Suíça).

O palco agora foi o Neckarstadion, em Stuttgart, na Alemanha. E a vitória madridista foi mais tranquila, por 2 a 0. Logo no primeiro minuto de jogo, Enrique Mateos abriu o placar. Aos dois do segundo tempo, Di Stéfano fechou a conta e garantiu o tetra espanhol.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Bahia Campeão Brasileiro 1959

A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro. Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) e ter seu regulamento definido em 1955, a primeira edição da competição não pôde ser disputada como o planejado, pois o calendário do futebol brasileiro até 1958 já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958.

Sendo assim, ficou definido que a Taça Brasil começaria somente em 1959. Porém, como ainda haviam restrições econômicas e dificuldades para viagens longas, a competição foi montada apenas com os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema mata-mata.

O Brasileirão de 1959 contou com a participação de 16 campeões estaduais do ano anterior. Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. O Bahia pertenceu ao Grupo Nordeste, e começou a competição contra o CSA. Um triunfo em Maceió por 5 a 0, e outro em Salvador por 2 a 0 classificou o Tricolor de Aço.

Na fase seguinte, enfrentou o Ceará, com empates em Fortaleza e na Bahia. Um jogo-desempate foi necessário, e finalmente o Bahia ganhou, por 2 a 1 na Fonte Nova. Campeão do grupo, encarou nas quartas de final o campeão do Grupo Norte, o Sport, triunfando por 3 a 2 em Salvador. Mas em Recife, perdeu por 6 a 0. Como não havia a regra do saldo de gols, mais um desempate foi forçado. E o Bahia não deu outra chance ao azar, ganhando por 3 a 2.

Campeão da Zona Norte, foi à semifinal contra o Vasco. No Maracanã, o Tricolor triunfou por 1 a 0, mas na Fonte Nova sofreu 2 a 1. Em mais um jogo extra, fez 1 a 0 em Salvador, e avançou para a final, contra o Santos.

Àquela altura, o Santos já era tido como o melhor time do Brasil, com Pelé sendo o principal jogador. Mas o Bahia tinha Alencar e Biriba, autores dos gols do triunfo por 3 a 2 no Pacaembu. Na partida na Fonte Nova, o Santos devolveu 2 a 0. Outro desempate foi preciso e, já invadindo 1960, o Bahia ganhou no Rio de Janeiro por 3 a 1, se tornando assim, o primeiro campeão brasileiro e o primeiro time do Brasil a disputar uma Libertadores.

A campanha do Bahia:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo