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Colômbia Campeã da Copa América 2001

A Copa América mais conturbada da era atual. Foi assim que ficou conhecida a edição de 2001, sediada na Colômbia. A tensão política entre o governo nacional e as forças paramilitares das FARC quase inviabilizaram a competição, que chegou a ser cogitada a ser realizada no Brasil. No fim, a Conmebol confirmou o território colombiano como anfitrião, mantendo à risca o rodízio de países. Por consequência, duas seleções desistiram da disputa, alegando falta de segurança: o convidado Canadá, que foi substituído pela Costa Rica, e a Argentina.

A ausência dos argentinos foi como uma bomba, na véspera do início do torneio. Para o seu lugar entrou Honduras, que precisou convocar seus jogadores com a Copa América já em andamento, e estrear quase sem fazer treinos. A corrente de fatos com o time hondurenho tornou ainda mais vexatória a eliminação do do Brasil, que perdeu por 2 a 0 para eles nas quartas de final. A baixa qualidade técnica, que teve apenas a dona da casa apresentar um bom futebol, que lhe rendeu o histórico primeiro título.

A Colômbia começou a campanha no grupo A do torneio, contra Venezuela, Equador e Chile. Na estreia, "Los Cafeteros" venceram os venezuelanos por 2 a 0. Na segunda rodada, a equipe fez 1 a 0 nos equatorianos. Na última partida, a vitória foi por 2 a 0 em cima dos chilenos. Com nove pontos e de maneira tranquila, os colombianos se classificaram na liderança da chave.

Nas quartas de final, a Colômbia venceu o Peru por 3 a 0, com dois gols de Víctor Aristizábal e um de Giovanni Hernández. Na semifinal, o adversário foi o meteoro Honduras, o qual os colombianos frearam com a vitória por 2 a 0. Gerardo Bedoya e Aristizábal fizeram os gols que colocaram Los Cafeteros na decisão.

A final da Copa América foi entre Colômbia e México, que superou Paraguai, Chile e Uruguai. A partida foi disputada em Bogotá, no El Campín, que tinha refletida na arquibancada toda a esperança de um país. O time colombiano chegava com o enorme apoio da torcida, que jamais havia visto sua seleção erguer uma taça.

A partida em si não foi bonita, mas contou com domínio dos anfitriões. O gol do título saiu aos 20 minutos do segundo tempo, com Iván Córdoba. Com 1 a 0 no placar da decisão e nenhum gol sofrido em seis jogos, a Colômbia finalmente tinha uma Copa América para chamar de sua, com 100% de aproveitamento e sem sofrer gols.

A campanha da Colômbia:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 0 gols sofridos 


Foto Luis Acosta/AFP/Getty Images

San Lorenzo Campeão da Copa Mercosul 2001

A Copa Mercosul encerrou sua curta história em 2001. A partir de 2002, a Conmebol resolveu reunir toda a América do Sul em um torneio só, a Copa Sul-Americana, em substituição a Mercosul e Merconorte. Mas antes, havia uma última edição a ser disputada, e foi nela que o único não-brasileiro furou a hegemonia de finalistas brasucas e conquistou o título, o San Lorenzo.

Até então, o clube azulgrana não possuía títulos internacionais, sendo o único do chamado grupo dos cinco grandes da Argentina nessa condição. Na primeira fase, o time ficou no grupo B, com Flamengo, Nacional do Uruguai e Olimpia. A classificação foi apertada, já que o início foi com derrota por 2 a 1 para os brasileiros no Nuevo Gasómetro. O tropeço foi compensado com três vitórias, duas por 2 a 0 sobre os paraguaios em Assunção e sobre os uruguaios em Buenos Aires, além de 3 a 0 no Olimpia, também em casa. Na quinta rodada, nova derrota para o Flamengo, por 2 a 1 no Brasil, tornou o último jogo com o Nacional em confronto direto. Em Montevidéu, empate sem gols classificou o San Lorenzo em segundo lugar, com dez pontos e dois gols de saldo a mais que o adversário.

Nas quartas de final, os azulgrana enfrentaram o Cerro Porteño. Na ida, vitória por 4 a 2 no Nuevo Gasómetro, com três gols de Bernardo Romeo. Na volta, a classificação foi confirmada com outro triunfo, por 2 a 1 no Paraguai. Na semifinal, o San Lorenzo encarou o Corinthians, e passou após perder por 2 a 1 em São Paulo e golear por 4 a 1 em Buenos Aires. Romeo anotou mais três gols nessa fase.

A final foi um reencontro com o Flamengo, que no mata-mata tirou Independiente e Grêmio. A ida, em 12 de dezembro, foi no Maracanã e acabou empatada por 0 a 0. A volta deveria ter acontecido uma semana depois, mas o caos político e econômico na Argentina à época adiou a disputa para janeiro de 2002. Nesse meio tempo, Romeo foi vendido ao Hamburgo e ficou fora da última partida no Nuevo Gasómetro, que acabou novamente empatada, por 1 a 1. O gol azulgrana foi anotado por Raúl Estévez. Nos pênaltis, mesmo depois de errar os dois primeiros, o San Lorenzo faturou o título com vitória por 4 a 3, já que os brasileiros desperdiçaram três cobranças.

A campanha do San Lorenzo:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Leo La Valle/Olé

Liverpool Campeão da Liga Europa 2001

A integrada e nova Copa da UEFA era uma verdadeira festa da diversidade futebolística. Em 2001, 145 marcaram presença na competição, que acabou vencida pelo Liverpool. Depois de 25 anos e sob a lideranças dos jovens promissores Steven Gerrard e Michael Owen, o clube inglês conquistou o tricampeonato e voltou ao circuito das taças europeias.

Os reds estiveram presentes no torneio desde a primeira fase, que foi precedida por uma preliminar com 82 times. Destes, 41 juntaram-se a mais 55, entre eles o Liverpool. A estreia vermelha foi contra o Rapid Bucareste. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 dentro da Romênia. Na segunda partida, em Anfield Road, um chato empate por 0 a 0 colocou o time inglês na segunda fase.

O próximo adversário do Liverpool foi o Slovan Liberec, da República Tcheca. A primeira partida foi em casa, com vitória suada por 1 a 0. A classificação foi obtida fora de casa, com outra vitória por 3 a 2. Na terceira fase, dois confrontos com os gregos do Olympiacos. Na ida, empate por 2 a 2 em Atenas. Na volta, vitória por 2 a 0 em Anfield.

Nas oitavas de final, o rival foi a Roma. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico romano. E os reds voltaram a superar os italianos, por 2 a 0. A segunda partida foi realizada em Liverpool, e os italianos deram um susto nos ingleses, que perderam por 1 a 0, mas conseguiram a passagem de fase.

Nas quartas, o Liverpool encarou o Porto. Na ida, no velho Estádio das Antas, os ingleses seguraram empate sem gols com os portugueses. Na volta, vitória por 2 a 0 em casa deu a classificação para os reds. Na semifinal, a vítima foi o Barcelona. Os ingleses empataram o primeiro jogo por 0 a 0 no Camp Nou, e venceram por 1 a 0 o segundo em Anfield. O gol foi marcado por Gary McAllister, de pênalti.

A final da Copa da UEFA foi entre Liverpool e Alavés, surpresa da Espanha que eliminou Gaziantepspor, Lillestrom, Rosenborg, Internazionale, Rayo Vallecano e Kaiserslautern. O estádio da decisão foi o Westfalenstadion, em Dortmund, e o que se viu foi uma das maiores partidas da história. Markus Babbel abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo. Gerrard ampliou aos 16 e os espanhóis reagiram aos 26. Aos 40, McAllister fez o terceiro. No segundo tempo, o Alavés buscou o empate ao marcar aos dois e aos quatro minutos. Aos 27, Robbie Fowler fez o quatro tento inglês, mas os espanhóis empataram aos 43. Na prorrogação, o jogo foi até os 11 da segunda etapa, quando Delfí Geli fez o gol contra de ouro e deu o tricampeonato ao Liverpool pelo insano placar de 5 a 4.

A campanha do Liverpool:
13 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

São Paulo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 2001

O Torneio Rio-São Paulo chegou a 2001 com um novo regulamento, que deixou a competição um pouco mais curta. A divisão dos grupos passou a ser por Estado, deixando de ser sortida dois a dois. E o enfrentamento foi entre chaves e em turno único, totalizando quatro rodadas. Regulamentos à parte, dos oito participantes até então, apenas um jamais havia sido campeão: o São Paulo. Mas a vez tricolor enfim chegaria.
A estreia são-paulina foi positiva, com vitória por 2 a 0 sobre o Vasco em casa. Mas a campanha ficou em risco nas duas partidas seguintes, quando levou 5 a 2 do Fluminense no Rio de Janeiro e empatou por 1 a 1 com o Botafogo no Morumbi. A classificação foi obtida no último jogo, ao vencer por 2 a 0 o Flamengo fora de casa. O São Paulo finalizou a fase de grupos com sete pontos, superando por dois o Corinthians e ficando na vice-liderança do grupo B, três pontos atrás do Santos.
Na semifinal, o tricolor paulista encarou mais uma vez o Fluminense. Na ida no Morumbi, vitória por 1 a 0. Na volta no Maracanã, derrota por 2 a 1. A definição da vaga foi nos pênaltis, e o São Paulo venceu por 7 a 6.
O Botafogo foi o adversário na decisão, repetindo o confronto que aconteceu três anos antes. Mas desta vez o tricolor entrou disposto a não dar sossego desde a primeira partida. Jogando no Maracanã, o São Paulo colocou nove dedos na taça ao golear por 4 a 1, todos os gols marcados na etapa final: Carlos Miguel aos cinco, Luís Fabiano aos sete e aos 41, e França aos 17.
Tudo pareceu tranquilo para o segundo jogo, no Morumbi. Mas o time são-paulino sofreu um bocado, saindo atrás no placar. A agonia durou dos 39 minutos do primeiro tempo até aos 35 do segundo, quando um jovem de 18 anos chamado Kaká (ainda Cacá), vindo do banco de reservas, anotou os gols da virada em um intervalo de dois minutos. Por 2 a 1, o São Paulo comemorou seu único título regional na história.

A campanha do São Paulo:
8 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Renato Pizzutto/Placar

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2001

A Liga dos Campeões da Europa entrou no século 21 com o ressurgimento de uma força alemã. Depois de 25 anos e três vices (dois deles extremamente doloridos), o Bayern de Munique de 2001 conquistou o tetracampeonato com uma das mais convincentes trajetórias já vistas. Naquela temporada, o clube bateu o recorde de 12 vitórias obtidas.

Foram 72 os participantes daquela Champions. Campeão alemão, o Bayern iniciou já na fase de grupos, na chave F, contra Helsingborgs (Suécia), Rosenborg (Noruega) e Paris Saint-Germain. Nos seis jogos que disputou, o time bávaro fez uma campanha segura, com três vitórias, dois empates e 11 pontos no primeiro lugar. Ainda assim, a classificação só veio na última rodada, ao buscar o empate por 1 a 1 com os noruegueses aos 43 minutos do segundo tempo, fora de casa.

Na fase seguinte, o clube alemão caiu no grupo C, contra Spartak Moscou (Rússia), Lyon (França) e Arsenal (Inglaterra). Em mais seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos que deixou a equipe outra vez na liderança. A vaga no mata-mata também foi conquistada no último jogo, na vitória por 1 a 0 sobre os ingleses no Estádio Olímpico de Munique.

Nas quartas de final, o adversário foi o Manchester United, que dois anos antes virou de maneira incrível na final contra os bávaros. E a revanche veio bem feita, com vitórias por 1 a 0 na Inglaterra e por 2 a 1 na Alemanha. A semifinal foi contra o Real Madrid, com o mesmo roteiro: 1 a 0 fora e 2 a 1 em casa.

A final foi jogada contra o Valencia, que voltou um ano depois ao derrubar Heerenveen (Holanda), Olympiacos, Panathinaikos, Sturm Graz (Áustria), Arsenal e Leeds United. No San Siro, em Milão, o Bayern de Munique saiu perdendo aos três minutos do primeiro tempo, mas empatou por 1 a 1 aos cinco do segundo, com Stefan Effenberg de pênalti. Nas cobranças de desempate, brilhou a estrela de Oliver Kahn com a defesa decisiva. Por 5 a 4, o Bayern foi tetra.

A campanha do Bayern de Munique:
17 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

França Campeã da Copa das Confederações 2001

A Copa das Confederações de 2001 inaugurou uma tendência da FIFA, que se estenderia pelos 16 anos seguintes. Pela primeira vez, a entidade utilizou a competição como evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte. Naturalmente, Japão e Coreia do Sul foram eleitos países-sede, cada um ancorando um grupo. Na ocasião, estiveram à prova estádios e toda a infraestrutura construída àquele momento para o Mundial.

Em campo, os japoneses unificaram a condição de anfitrião com de campeão asiático, assim como a França o fez com as vagas de vencedor da Copa e da Eurocopa. Com um lugar sobrando, o México foi convidado para defender seu título de dois anos antes. O restante foi completado com Brasil, Camarões, Canadá e Austrália.

Melhor seleção do momento, a França era, de longe, a favorita ao título. No grupo A, a equipe já mostrou serviço ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0. Entretanto, Les Bleus tropeçaram na segunda rodada, ao perder para a Austrália por 1 a 0. Necessitando de outra vitória para avançar, os franceses voltaram às goleadas nos 4 a 0 sobre o México. Com seis pontos e saldo oito, o time ficou na liderança. Australianos e sul-coreanos também pontuaram seis vezes, e no saldo deu a seleção da Oceania na vice-liderança: dois a menos três.

No grupo B, os japoneses se aproveitaram da fraqueza do Brasil para serem líderes, com sete pontos. Com um time praticamente alternativo, a Seleção Brasileira só derrotou Camarões e não saiu do 0 a 0 contra Canadá e Japão. Terminou em segundo, com cinco pontos.

Na semifinal, a França reeditou a decisão do Mundial de 1998 com o Brasil. Mas, com uma dificuldade até inesperada, a França só venceu por 2 a 1, gols de Robert Pires e Marcel Desailly. No outro confronto, o time japonês bateu a Austrália por 1 a 0. Na disputa do terceiro lugar, o apática equipe brasileira levou 1 a 0 dos australianos.

França e Japão se enfrentaram na final, no Estádio Internacional de Yokohama. Debaixo de uma forte chuva, os japoneses foram empurrados pela torcida, mas os franceses estavam acima da média. Com gol de Patrick Vieira aos 30 minutos do primeiro tempo, Les Bleus venceram por 1 a 0 e levaram o primeiro de seus dois títulos da Copa das Confederações.

A campanha da França:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Sylvia Buchholz/Reuters

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2001

A Libertadores entrou no século 21 com uma história consolidada. Muitos clubes tornaram-se gigantes na América do Sul durante a sua disputa. E quando se tem uma camisa pesada, não importa o tempo que se fica adormecido. Esse é o caso do Boca Juniors, que esperou  22 anos para voltar a comemorar o título. Mas, quando saiu da fila, foi para criar uma das principais dinastias já vistas na competição.

Em 2001, o Boca defendeu a taça e andou rumo ao tetra a partir do grupo 8 da primeira fase. Em uma chave fácil contra Cobreloa, Deportivo Cali e Oriente Petrolero, a dificuldade foi zero. Com cinco vitórias, os xeneizes ficaram com a classificação antecipada, com 15 pontos, cinco a mais que o vice chileno.

Nas oitavas de final, o time argentino passou pelo Júnior Barranquilla, depois de vencer a ida por 3 a 2, na Colômbia, e empatar a volta por 1 a 1, na Bombonera. Nas quartas, foi a vez de derrubar o Vasco com duas vitórias, por 1 a 0 no Rio de Janeiro e por 3 a 0 na Argentina.

A semifinal foi contra o Palmeiras, na reedição da final do ano anterior. E tal como antes, empates por 2 a 2 em Buenos Aires e em São Paulo levaram o confronto aos pênaltis. Mais uma vez, Óscar Córdoba apareceu com defesas, e o Boca venceu por 3 a 2 para chegar em mais uma decisão.

A final da Libertadores trouxe uma surpresa. O Cruz Azul, do México, tornou-se o primeiro finalista de fora da América do Sul, chegando lá após passar por Cerro Porteño, River Plate e Rosario Central. A partida de ida aconteceu no Estádio Azteca, na Cidade do México, e o Boca Juniors conseguiu uma pequena vantagem de 1 a 0, gol marcado pelo reserva  Marcelo Delgado.

O jogo de volta foi marcado para La Bombonera, em Buenos Aires. Os mexicanos resistiram bem a pressão argentina e devolveram a diferença fazendo outro 1 a 0 no placar. Mais uma vez, os pênaltis selariam o destino xeneize. E ele, Córdoba, voltou a aparecer com suas defesas para garantir a vitória por 3 a 1 e o tetra azul y oro.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Diario Olé

Cruzeiro Campeão da Copa Sul-Minas 2001

Mesmo regulamento e o começo de um domínio na Copa Sul-Minas. Em 2001, o Cruzeiro não deu colher de chá para nenhum dos seus adversários e, sem perder nenhuma partida, conquistou o primeiro de seus dois títulos na competição. O feito proporcionou um fato inédito até então, o de um mesmo clube vencer por duas regiões diferentes, já que os mineiros haviam levado uma taça pelo Centro-Oeste dois anos antes.
Os 12 participantes foram definidos através da classificação nos estaduais do ano anterior, e desta vez os quatro Estados contaram com três equipes. A Raposa ficou no grupo C, e estreou vencendo o Internacional por 2 a 0 em pleno Beira-Rio. O time jamais perderia no torneio: contra o Paraná em casa, vitória por 3 a 1. Em Santa Catarina, empate sem gols com o Joinville. De volta ao Mineirão, goleou os catarinenses por 4 a 0. Em Curitiba, empate por 1 a 1 com os paranaenses. E na última rodada, 2 a 2 em casa com os gaúchos. Com 12 pontos, o Cruzeiro encerrou a primeira fase na liderança. A semifinal proporcionou dois clássicos contra o Atlético-MG no Mineirão. No primeiro, empate por 1 a 1. No segundo, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari venceu por 3 a 1 e chegou à final.
O Coritiba foi a última parada do time cruzeirense. A cruzada invicta do clube teve seus dois contornos derradeiros no Couto Pereira e no Mineirão. Na ida na capital paranaense, o Cruzeiro abriu excelente vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Jackson e Oséas. Na volta em Belo Horizonte, a Raposa ampliou ainda mais sua frente, vencendo por 3 a 0. Os gols foram marcados por Jorge Wagner, Geovanni e Marcelo Ramos, todos no segundo tempo. A conquista foi a única boa notícia da Raposa em 2001, ano em que passou longe de ser feliz no estadual, na Libertadores, na Copa dos Campeões e no Brasileirão.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Cruzeiro

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2001

Regulamento mantido para a disputa da Copa Centro-Oeste em 2001. Oito participantes divididos em dois grupos, com os dois primeiros passando à semifinal. Só houve uma diferença em relação a 2000, que foi na distribuição de vagas: Goiás caiu de três para duas e o Distrito Federal passou de uma para duas.
O Goiás chegava para a busca do bicampeonato com um embalo forte, consolidado pelo penta estadual e a boa campanha no Brasileirão no ano anterior. Seu grupo na Copa Centro-Oeste foi junto com Bandeirante-DF, Serra e Comercial-MS. E a campanha não poderia ter sido mais tranquila, com seis vitórias nas seis partidas disputadas. No cartel, 4 a 0 em casa e 6 a 1 fora sobre o Bandeirante, e 6 a 3 em Goiânia sobre o Serra. O Esmeraldino liderou a chave com 18 pontos, bem a frente dos demais, que terminaram empatados com seis. A semifinal foi contra o Gama, e o roteiro foi mais complicado. Na ida, no Distrito Federal, derrota por 2 a 0. A volta foi no Serra Dourada, e o Goiás precisou suar para vencer por 4 a 2 e chegar na final devido a ter melhor campanha.
A decisão manteria os ingredientes da fase anterior, com um adversário bem mais casca grossa. Outra vez, o Goiás teria que duelar com o Vila Nova pelo título. Se no ano anterior a taça veio com goleada, agora a situação era outra. No primeiro jogo, vitória apertada por 1 a 0, gol marcado pelo atacante Araújo. No segundo jogo, empate por 1 a 1, com o Vila saindo na frente e o Esmeraldino marcando somente aos 42 minutos do segundo tempo, com o volante Josué. No fim tudo deu certo, a freguesia foi mantida e o bi da Copa Centro-Oeste foi conquistado.
Outra vez a conquista levou o Goiás à Copa dos Campeões. Mas as coisas não deram certo nesta competição, e o time acabou eliminado ainda na fase preliminar, para São Raimundo-AM e Sport.

A campanha do Goiás:
10 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 29 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

São Raimundo-AM Campeão da Copa Norte 2001

O auge e o fim de um domínio dentro da Copa Norte. A competição de 2001 sofreu mais uma alteração em seu regulamento. O números de participantes voltou a ser dez e a fase preliminar entre paraenses foi extinta. A fase de grupos foi reformulada, passando a contar com três chaves: uma com quatro equipes e duas com três.
O São Raimundo seguiu com o absoluto favoritismo ao título, embora o Paysandu já apresentasse crescimento naquele 2001, aparecendo no torneio como um potencial desafiante. O Tufão ficou no grupo A, em quadrangular com Genus, Rio Branco-AC e Atlético-RR. O começo foi com vitória, por 1 a 0 fora de casa sobre o adversário roraimense. Na sequência, dois empates e três vitórias colocaram o time com na liderança com 14 pontos, três a mais que os rondonienses do Genus. O líder de cada grupo e o melhor vice garantiram vaga na semifinal. E nesta fase o São Raimundo enfrentou novamente o clube de Rondônia. Na primeira fase, os resultados foram de 1 a 1 em casa e de 2 a 0 fora. Desta vez o Tufão encontrou mais facilidade: vitórias por 3 a 0 na ida, em Porto Velho, e por 4 a 0 na volta, em Manaus.
A final da Copa Norte foi entre São Raimundo e Paysandu, confirmando o favoritismo de início. A primeira partida aconteceu em Belém, e o time paraense impôs derrota por 1 a 0 aos amazonenses. A regra da melhor campanha foi mantida para 2001, e na segunda partida, no Vivaldão, o Tufão devolveu o placar, conquistando assim o tricampeonato e consolidando um grande momento da história do clube.
Na Copa dos Campeões, o São Raimundo foi eliminado para o Cruzeiro, nas quartas de final. Antes, na preliminar, o time ficou à frente de Sport e Goiás.

A campanha do São Raimundo-AM:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Fotosite/Placar

Bayern de Munique Campeão Mundial 2001

Os torcedores conviveram com a disputa de duas competições mundiais entre clubes na virada para o século 21. O torneio da FIFA de janeiro de 2000 foi muito criticado, mas a entidade seguiu com a ideia em frente. Para 2001, a proposta foi a expansão: aumento de oito para 12 participantes, e de duas para três sedes (quatro estádios). Programada para julho e agosto, o Mundial teria os europeus Real Madrid, La Coruña e Galatasaray, e os sul-americanos Boca Juniors e Palmeiras.

A programação estava acertada, porém tudo foi à cabo em maio, quando a ISL - maior parceira da FIFA - decretou falência. Outros problemas de patrocínio fizeram a competição ser adiada para 2003, mas os problemas persistiram e a entidade cancelou tudo vez. Na contramão de tudo, a Copa Intercontinental continuou em alta com sua simplicidade. A edição de 2001 ficou marcada pela despedida de um dos maiores personagens da jornada de 41 anos: o Estádio Nacional de Tóquio.

O Boca Juniors não ficou na mão com o adiamento da FIFA, levou o tetra da Libertadores e conseguiu a vaga para a última decisão na capital japonesa. O time argentino eliminou Deportivo Cali, Junior Barranquilla, Vasco, Palmeiras, e o Cruz Azul na final, nos pênaltis: 3 a 1 depois de vencer e ida e perder a volta por 1 a 0.

Na Liga dos Campeões, o Bayern de Munique superou o trauma de 1999, e também venceu pela quarta vez, passando por Lyon, Manchester United e Real Madrid, antes do Valencia na decisão, igualmente nos pênaltis: 1 a 1 na partida e 5 a 4 nas cobranças.

No dia 27 de novembro, mais de 51 mil pessoas testemunharam o 22º e último Mundial em Tóquio. Boca e Bayern fizeram um jogo de poucas chances de gol e muitas faltas. O trio Juan Riquelme, Guillermo Schelotto e Marcelo Delgado não foi capaz de furar o gol de Oliver Kahn, e ainda sofreu um desfalque nos acréscimos do primeiro tempo, quando Delgado foi expulso por simular um pênalti.

O ataque alemão, que na verdade era composto pelo brasileiro Élber e o peruano Claudio Pizarro, também não conseguiu passar por Óscar Córdoba nos 90 minutos. O gol do título do Bayern de Munique marcado, de um jeito chorado aos quatro do do segundo tempo da prorrogação. Bixente Lizarazu bateu escanteio, Thorsten Fink cabeceou, a defesa argentina não conseguiu afastar, e a bola sobrou para o ganês Samuel Kuffour, que fez 1 a 0 e confirmou o bicampeonato mundial ao clube bávaro. Com certas emoções, o maior dos palcos mundialistas recebeu um desfecho digno.


Foto Imago/HJS

Bahia Campeão da Copa do Nordeste 2001

A Copa do Nordeste passa por mudanças significativas para 2001. Neste ano, os principais clubes da região fundaram a Liga do Nordeste, e a organização da competição começou a ser feita em conjunto com a CBF. Assim, os 16 times deixaram de ser qualificados pelo estadual e entraram na disputa unicamente por estarem filiados à nova entidade.

O regulamento também mudou, os times não foram mais divididos em grupos. Em turno único, todos enfrentaram todos em busca de quatro lugares na semifinal. Logo, quem tivesse mais elenco teria vantagem sobre os outros. E isso o Bahia tinha, com jogadores como Emerson, Preto Casagrande, Luís Carlos Capixaba, Robson "Robgol" e Nonato.

Em busca do título inédito, o Tricolor de Aço deu mostras do seu poderio na estreia: 4 a 0 sobre o América-RN na Fonte Nova. A invencibilidade durou até a quinta rodada, quando levou 3 a 0 do Santa Cruz no Arruda. Mas derrotas foram raras para o Bahia, que sofreria outro revés na oitava partida, por 4 a 1 para o ABC em Natal. E só. Já no nono jogo, a goleada em casa por 4 a 1 sobre o Vitória apagou qualquer desconfiança.

Este triunfo, inclusive, deu início a uma sequência invicta de nove partidas. Sete delas na primeira fase, que encerrou com o resultado de 5 a 3 sobre o Confiança em Aracaju. Com 35 pontos, 11 triunfos, dois empates e duas derrotas, o Tricolor se classificou em segundo lugar. Na semifinal em jogo único, o adversário foi o Fortaleza. Na Fonte Nova, 2 a 1 sobre o time cearense e vaga garantida na final.

Na final, o oponente baiano foi o Sport, quarto colocado da fase anterior e que eliminou na semi o líder Náutico. Assim, a única partida da decisão seria em Salvador. Quase 66 mil torcedores compareceram na Fonte Nova. Com todo esse apoio, o Bahia não teve grandes problemas para ganhar a final. Até o intervalo, Preto Casagrande e Nonato já haviam marcado para o Tricolor. No segundo tempo, os pernambucanos chegaram a descontar, mas o artilheiro Nonato deu o golpe de misericórdia. Com o triunfo de 3 a 1, o Bahia enfim conquistou seu primeiro título na Copa do Nordeste.

A campanha do Bahia:
17 jogos | 13 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 38 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Edson Ruiz/Placar

Paulista Campeão Brasileiro Série C 2001

A organização da Série C voltou para as mãos da CBF em 2001. E pouca coisa mudou em relação aos anos anteriores. Nesta nova edição foram 65 os times participantes, vindos através do desempenho nos estaduais e divididos em dez grupos regionalizados. O campeão veio do interior de São Paulo.

O Paulista estava em plena parceria com a Parmalat, que através da sua marca de molho de tomate mudou o nome do clube para Etti Jundiaí. Ela já havia rendido o título da Série A2. E mais estava por vir, sob a liderança do capitão veterano Vágner Mancini.

Na primeira fase o Galo da Japi ficou no grupo 7, ao lado de outros seis times. O começo foi com vitória por 2 a 1 sobre o Santo André e empate por 0 a 0 com o Atlético Sorocaba, ambos fora de casa. Na sequência, recebeu o Madureira no Jaime Cintra e venceu por 3 a 1. Também em casa, fez 4 a 0 no America-RJ. O turno foi encerrado no Rio de Janeiro, onde derrotou o Bangu por 2 a 1 e empatou com o Olaria por 1 a 1. A primeira derrota foi na abertura do returno, de 2 a 1 para o Santo André em Jundiaí. 

A recuperação veio com vitórias por 2 a 0 sobre o Atlético Sorocaba em casa e por 2 a 1 sobre o Madureira fora. Outro revés foi contra o America no Rio de Janeiro, por 1 a 0. No fim, vitórias em casa, por 3 a 0 sobre o Bangu e por 2 a 1 sobre o Olaria, deram a liderança e a classificação ao Paulista, com 26 pontos.

Na segunda fase, 20 equipes classificados ficaram em quatro grupos em turno único. Na chave 3, o Etti venceu todos os jogos: 3 a 1 sobre o Madureira em Jundiaí, 5 a 0 sobre o Juazeiro na Bahia, 2 a 0 sobre o Ipatinga em Minas Gerais e 5 a 0 sobre o Palmeiras Nordeste (na época chamado Independente-BA e atualmente refundado como Feirense) em casa. Com 12 pontos, avançou com a única vaga disponível para o quadrangular final.

A luta final pelo acesso foi contra Atlético-GO, Guarany de Sobral e Mogi Mirim. O começo foi em Goiânia, com vitória por 3 a 2 sobre o Atlético. Depois, venceu por 2 a 1 o Mogi Mirim no Jaime Cintra e empatou por 1 a 1 com o Guarany no Ceará. O acesso do Paulista foi consumado com empate por 2 a 2 com o Guarany em casa e vitória por 3 a 1 sobre o Mogi Mirim fora.

Ainda restava a briga pelo título ao Paulista. E bastou uma vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO no Jaime Cintra para que o Galo da Japi comemorasse o título da Série C de 2001. A parceira com a Etti/Parmalat acabou no ano seguinte, mas o clube ocupou um lugar na segunda divisão nacional até 2007. E neste meio tempo, ainda venceu a Copa do Brasil (2005) e participou da Libertadores (2006).

A campanha do Paulista:
22 jogos | 16 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 48 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Paysandu Campeão Brasileiro Série B 2001

A organização da Série B voltou para as mãos da CBF no ano de 2001. E devido ao Brasileirão ter se transformado em Copa João Havelange no anterior, tendo sua forma de disputa modificada, a intenção era respeitar os rebaixamentos e ascensões de 1999. Mas a competição quase foi para o espaço mais uma vez.

Diversos lobbys políticos fizeram com que a composição dos participantes fosse diferente, com clubes que não estavam nos planos assegurando a participação na Série A, como Fluminense, Bahia, América-MG e Botafogo-SP. Juventude e São Caetano estavam incluídos na Série B, mas também conseguiram nos bastidores a inclusão na primeira divisão. O Remo não teve a mesma sorte, mas tentou até o último instante uma vaga na elite, quase trancando o início das duas competições. No fim de tudo, a segunda divisão contou com 28 times.

O Paysandu foi um dos times com 1999 horrível, um dos rebaixados na Série B daquele ano. Mas em 2000 o clube se reestruturou, foi quarto colocado do Módulo Amarelo, e acabou recolocado na Série B em 2001. A competição contou com dois grupos de 14 times se enfrentando em dois turnos. O Papão ficou no grupo 1, com outras equipes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O Alviceleste fez uma primeira fase quase perfeita, com a melhor campanha no geral. Liderou o grupo com 47 pontos em 26 jogos, sendo 12 vitórias, 11 empates e três derrotas. O time abriu sete pontos de vantagem para os outros classificados, Ceará, Náutico e CRB. Nas quartas de final da competição, o Paysandu encarou o União São João, quarto lugar do outro grupo. Dois empates sem gols, em Araras e em Belém, garantiram o Papão no quadrangular final, ao lado de Figueirense, Avaí e Caxias.

A fase final foi disputada em todos os sentidos. O Paysandu começou com empate com o Avaí na Ressacada, em 3 a 3. Depois, 0 a 0 com o Caxias na Curuzu e outro 3 a 3 com o Figueirense no Orlando Scarpelli. A primeira vitória veio no returno, por 3 a 0 em casa sobre o Figueirense. Na quinta rodada, o Paysandu quase garantiu o acesso, mas permitiu uma virada de 3 a 0 para 4 a 3 do Caxias no Centenário.

Todos os times chegavam na rodada final com seis pontos. E o Papão tratou de não dar chance ao azar, goleou o Avaí por 4 a 0 na Curuzu. Enquanto isso, o Figueirense fez só 1 a 0 no Caxias, em partida que só se encerrou meses depois no tribunal. Fora da polêmica, com nove pontos e melhor saldo de gols, o Paysandu se sagrou bicampeão da Série B.

A campanha do Paysandu:
34 jogos | 14 vitórias | 16 empates | 4 derrotas | 60 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Cristino Martins/O Liberal

Flamengo Campeão da Copa dos Campeões 2001

O primeiro semestre de 2001 foi ótimo para o Flamengo. Campeão carioca pela terceira vez seguida em cima do Vasco, com aquele gol de falta de Petkovic, se classificou para a Copa dos Campeões nas cidades de Maceió e João Pessoa. O regulamento da competição continuou quase o mesmo em relação ao ano de estreia. A vaga para a Libertadores era o seu atrativo, no hiato que sobrava no futebol brasileiro na época, entre o fim dos estaduais em junho, e o início do Brasileirão em agosto.

Os campeões do Centro-Oeste e do Norte, mais o vice do Nordeste participaram da fase preliminar, com São Raimundo-AM e Sport eliminando o Goiás. O mata-mata para valer começou após esta fase, e o Rubro-Negro enfrentou o Bahia, que era o campeão do Nordeste. A vitória por 4 a 2 na ida deixou a situação encaminhada para o Mengão, que tornou a vencer na volta, por 2 a 0.

Na semifinal, o Flamengo encarou o Cruzeiro, campeão da Sul-Minas. O empate sem gols no primeiro jogo parecia que iria tornar o confronto mais complicado. Mas no segundo jogo o Rubro-Negro descomplicou com a vitória por 3 a 0 e vaga na final. O São Paulo, campeão do Rio-SP que passou pelo Coritiba, vice da Sul-Minas, seria o oponente do Fla.

A única mudança em relação a 2000 foi vista na final. Ela deixou de ser em partida única para se tornar em ida e volta. O primeiro confronto foi no Almeidão, em João Pessoa. O Flamengo começou avassalador, fazendo 3 a 1 no primeiro tempo. Mas o São Paulo reagiu, encostou no placar, obrigando os cariocas a buscarem mais o ataque. No fim, acabou 5 a 3 para o Mengo.

E quem achou que o segundo jogo seria mais tranquilo, se enganou, pois a porteira no Rei Pelé, em Maceió, continuou aberta para os dois lados. Os paulistas tentaram reverter o resultado saindo na frente, mas sofreram a virada flamenguista na etapa final. Não satisfeito, o São Paulo virou outra vez no fim, vencendo por 3 a 2. No placar agregado, o Flamengo venceu por 8 a 6 e conquistou sua primeira e única Copa dos Campeões, além da passagem para a Libertadores de 2002.

A campanha do Flamengo:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rogério Pallatta/Placar

Athletico-PR Campeão Brasileiro 2001

O Brasileirão de 2001 voltou para as mãos da CBF, mas não deu continuidade aos resultados finais de 1999. Depois das disputas judiciais que quase impediram a realização do Campeonato de 2000, a CBF decidiu manter na Série A os 25 clubes que disputaram o Módulo Azul da Copa João Havelange, convidando ainda o Paraná e o Botafogo-SP, para que não houvesse tratamento diferenciado entre os clubes rebaixados em 1999.

A CBF também decidiu incluir o São Caetano, vice-campeão da Copa João Havelange. O Remo (15º lugar em 2000) tentou sua inclusão, mas não houve tempo para entrar com o recurso na Justiça. No fim, 28 times entraram na elite brasileira.

O Campeonato Brasileiro teve o seu regulamento normal da época retomado, com uma fase única e oito vagas para o mata-mata, e quatro para o rebaixamento. Vindo de várias boas campanhas anteriores, o Athletico-PR entrou na competição sem muito alarde mas, com a equipe entrosada pelo técnico Geninho, foi passando pelos adversários.

Depois de 27 rodadas, o Furacão se classificou na segunda posição da tabela, com 15 vitórias, seis empates e seis derrotas, marcando 51 pontos. Terminou oito pontos atrás do líder São Caetano, e empatado com o terceiro lugar Fluminense. Também passaram de fase Atlético-MG, Grêmio, Ponte Preta, São Paulo e Bahia.

O mata-mata teve uma pequena alteração, e as quartas de final e a semifinal foram feitas em partida única. O Rubro-Negro enfrentou o São Paulo no primeiro confronto, na Arena da Baixada. Em jogo disputado, o Athletico-PR se classificou com vitória por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Fluminense. Em outra partida dramática em Curitiba, o Furacão venceu por 3 a 2, de virada, com o último gol aos 44 minutos do segundo tempo.

Na final, as duas melhores campanhas se enfrentaram, Athletico-PR e São Caetano. Embalado, o time paranaense fez o jogo de ida na Arena da Baixada, e não tomou conhecimento do rival, vencendo de virada por 4 a 2. Com esta vantagem o time foi ao Anacleto Campanella, no ABC Paulista, e segurou a força do São Caetano, conseguindo vencer por 1 a 0 e faturando seu primeiro título brasileiro na história. Com seis gols na fase inicial, o atacante Alex Mineiro assumiu o protagonismo nas finais, marcou oito gols em quatro partidas, e encerrou o ano como o craque do campeonato.

A campanha do Athletico-PR:
31 jogos | 19 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 68 gols marcados | 45 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2001

Existe uma contradição na virada dos anos 2000: considera-se um novo milênio a partir de 2000, mas um novo século somente a partir de 2001. Também não há consenso sobre quando uma década é virada. De qualquer forma, o ano de 2001 já parecia bem distante de 1989, quando a Copa do Brasil foi criada.

Essa explicação toda é somente para dizer que foi só na entrada do século 21 que a competição encontrou o regulamento perfeito, e que seria o mais vezes utilizado na história: 64 participantes, divididos entre 54 classificados pelos estaduais e dez pelo recém-criado ranking da CBF. Mas o detalhe mais importante era que os participantes da Libertadores estavam de fora, numa tentativa de aliviar o calendário. E assim seria pelos 12 anos seguintes.

Mesmo com a concorrência menor, o título daquele ano caiu em mãos conhecidas. Pela quarta vez, o Grêmio chegou à conquista, sob o comando de um promissor técnico chamado Adenor Bacchi, o Tite. Todavia, o início não foi fácil. Na primeira fase, o tricolor gaúcho passou pelo Villa Nova-MG precisando reverter uma derrota por 3 a 2 na ida, fora de casa, com uma vitória por 4 a 1 no Estádio Olímpico.

Na segunda fase, o Imortal enfrentou o Santa Cruz e voltou a perder o primeiro jogo, em Recife, por 1 a 0. Na segunda partida, vitória por 3 a 1 em Porto Alegre. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Fluminense com vitória por 1 a 0 no Olímpico, e empate sem gols no Maracanã.

Nas quartas de final, dois jogos emocionantes contra o São Paulo. No primeiro, vitória por 2 a 1 em casa. No segundo, em uma quarta-feira à tarde devido ao apagão de 2001, novo triunfo por 4 a 3 no Morumbi. Na semifinal, o Grêmio eliminou o Coritiba com vitórias por 3 a 1 no Olímpico, e por 1 a 0 no Couto Pereira.

Na decisão, o Grêmio encarou o Corinthians. Era a revanche da final de 1995, que foi possível após os paulistas derrotarem Joinville, Goiânia, Flamengo-PI, Athletico-PR e Ponte Preta. A ida foi no Olímpico, e começou péssima para o tricolor, que levou dois gols em 51 minutos corridos. A reação com o empate por 2 a 2 veio aos 19 e aos 24 do segundo, com dois tentos de Luís Mário. A volta aconteceu no Morumbi, e foi um dos maiores passeios já vistos em finais. Com gols de Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba, o Grêmio venceu por 3 a 1 e ficou com o tetracampeonato.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar