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Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1976

É possível dizer que a Recopa Europeia era o campeonato mais democrático da UEFA, dada a variedade de países e clubes que a conquistaram. Até 1977, apenas o Milan conseguiu ser campeão mais de uma vez. O segundo time a atingir o feito foi o Anderlecht, em 1978. Mas como antes do dois vem o um, é preciso contar sobre a primeira taça belga, em 1976.

A equipe alviroxa chegou na Recopa depois da conquista da Copa da Bélgica de 1975. E a campanha já começou com emoção. Na primeira fase, contra o Rapid Bucareste, o Anderlecht perdeu a primeira partida por 1 a 0 na Romênia. No segundo jogo, no Estádio Émile Versé, em Bruxelas, vitória por 2 a 0, com Gilbert Van Binst e Rob Rensenbrink fazendo os gols da virada.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Borac Banja Luka, da Iugoslávia. Na ida, vitória por 3 a 0 em Bruxelas. Na volta, derrota por 1 a 0 fora de casa, sem sufoco. Nas quartas, o Anderlecht passou pelo Vrexham, do País de Gales, ao também vencer o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, e empatar a segunda partida por 1 a 1 fora.

Na semifinal, o Anderlecht encarou o Sachsenring Zwickau, da Alemanha Oriental, no confronto mais dominante dos belgas no torneio. Na ida, vitória por 3 a 0 em território alemão. Na volta, o placar foi de 2 a 0 no Émile Versé, que colocou o clube da Bélgica na decisão inédita.

A final chegou, e o Anderlecht enfrentou o West Ham, que bateu Reipas Lahti, Ararat Yerevan, Den Haag e Eintracht Frankfurt. A maré era favorável aos belgas, tanto que a partida estava marcada para Bruxelas, no Estádio de Heysel. Em casa e com a ampla a maioria dos torcedores, os roxos dominaram os ingleses, não sem antes passar algum susto com o adversário abrindo o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Rensenbrink e François Van Der Elst viraram aos 42 e aos três do segundo tempo, porém o rival empatou mais uma vez. Aos 28 e aos 43, Rensenbrink e Van Der Elst tiveram que anotar mais um gol cada para confirmar a vitória por 4 a 2 e o título da Recopa.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gerard Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga Europa 1976

Uma força da Inglaterra consolidou-se na Copa da UEFA de 1976. A campanha do Liverpool na conquista do bicampeonato marcou o início de uma era de sucesso para o clube. Sob o comando do lendário treinador Bob Paisley, os reds demonstraram um futebol de classe mundial, estabelecendo seu domínio no cenário europeu no fim dos anos 1970.

A jornada do Liverpool começou na primeiras fase, onde enfrentou o Hibernian, clube da Escócia. O início foi com emoção, com derrota por 1 a 0 na ida fora, e vitória por 3 a 1 na volta em casa, com hat-trick de John Toshack. Na segunda fase, contra o Real Sociedad, as coisas ficaram mais fáceis: vitória por 3 a 1 na Espanha, e goleada por 6 a 0 em Anfield Road.

O Liverpool encontrou outro desafio tranquilo nas oitavas de final. Contra o Slask Wroclaw, da Polônia, os reds ganharam por 2 a 1 na ida fora, e por 3 a 0 na volta em casa, com hat-trick de Jimmy Case. Nas quartas de final, o rival foi o Dínamo Dresden, da Alemanha Oriental. Após um empate sem gols na primeira partida, os reds mostraram mais força no segundo jogo, vencendo por 2 a 1 e avançando para as semifinal.

O confronto na semi contra o Barcelona de Johan Cruyff foi um dos momentos mais emocionantes da campanha do Liverpool. No jogo de ida, no Camp Nou, o clube inglês venceu por 1 a 0, gol de Toshack. Na volta, em Anfield, o time inglês deu uma prova de resiliência. Apesar de estar em casa, o Liverpool não conseguiu sustentar a vantagem quando abriu o placar, aos seis do segundo tempo, com Phil Thompson. Isso porque os espanhóis empataram logo no minuto seguinte. No fim, o 1 a 1 bastou para a classificação.

Na final, o Liverpool enfrentou o Club Brugge, que passou por Lyon, Ipswich Town, Roma, Milan e Hamburgo. O primeiro jogo foi em Anfield. Lá e cá, o Liverpool abriu vantagem de 3 a 2 na decisão. Os gols foram de Ray Kennedy, Jimmy Case e Kevin Keegan. A segunda partida foi disputada no Estádio Olímpico de Bruges. Os belgas largaram na frente logo a 11 minutos, mas o empate inglês veio ao 15, no gol de Keegan, que garantiu a segunda Copa da UEFA dos reds, sob o resultado de 1 a 1.

Essa conquista marcou o início de uma era de sucesso para o Liverpool. Sob a liderança de Bob Paisley, o clube estabeleceria de vez como uma potência no futebol europeu. Essa vitória foi o prenúncio de muitos outros troféus importantes que o Liverpool conquistaria nos anos seguintes, incluindo várias edições da Liga dos Campeões.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Harry Ormesher/Popperfoto/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1976

O capítulo final do domínio germânico na Copa dos Campeões da Europa na década de 70. Em 1976, o Bayern de Munique levou o tricampeonato continental e deu os últimos contornos a uma história iniciada três temporadas antes. A conquista elevou o clube ao status de segundo maior vencedor até àquele momento, empatado em taças com o Ajax e com metade atrás do Real Madrid.

De volta com 32 participantes, a UEFA acabou mais uma vez com o benefício de se começar já nas oitavas de final. Assim, o time bávaro teve de disputar a primeira fase na defesa do título. Os primeiros confrontos foram diante do Jeunesse Esch, de Luxemburgo, com duas vitórias tranquilas por 5 a 0, fora, e 3 a 1, em casa.

Nas oitavas, o Bayern enfrentou o Malmö. Na ida, derrota por 1 a 0 na Suécia - a única até a decisão. Na volta, vitória por 2 a 0 no Olímpico de Munique e vaga nas quartas de final. Na outra fase, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa, e ficou no 0 a 0. Na segunda partida, na Alemanha, Bernd Dürnberger marcou duas vezes, Karl-Heinz Rummenigge fez outro e Gerd Müller também anotou dois para o Bayern golear os portugueses por impiedosos 5 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. No Santiago Bernabéu, empate por 1 a 1 entre alemães e espanhóis. No Olímpico, mais dois gols de Gerd Müller e 2 a 0 para a equipe germânica, finalista.

O Bayern de Munique chegou na terceira decisão para enfrentar o Saint-Étienne, clube francês que superou KB (Dinamarca), Rangers, Dínamo Kiev, e PSV Eindhoven. A partida foi realizada no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.

Favorito, o time bávaro chegou à vitória e ao terceiro título no gol de Franz Roth, anotado aos 12 minutos do segundo tempo. O placar de 1 a 0 foi suficiente e fechou com chave de ouro uma grande passagem da história da principal competição de clubes da Europa. 

A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto George Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1976

O domínio castelhano na Libertadores foi longo, principalmente com a Argentina. Mas o Brasil quebraria essa história em 1976. Vice-campeão brasileiro de 1975, o Cruzeiro, garantiu vaga para sua terceira participação no torneio sul-americano. Nada foi capaz de parar a Raposa.

No grupo 3 da primeira fase, ao lado dos paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño e do próprio Internacional, o Cruzeiro começou a competição com históricos 5 a 4 sobre os gaúchos no Mineirão. Na sequência, a Raposa foi ao Paraguai e fez 3 a 1 sobre o Luqueño e 2 a 2 com o Olimpia. No returno, 4 a 1 sobre o Luqueño em Belo Horizonte e 2 a 0 sobre o Inter no Beira-Rio. A fase foi encerrada com goleada por 4 a 1 sobre o Olimpia, em casa. O Cruzeiro se classificou marcando 11 pontos.

Na fase semifinal, os adversários foram a LDU Quito, do Equador e o Alianza Lima, do Peru. A campanha recomeçou fora de casa, com 3 a 1 sobre os equatorianos e 4 a 0 sobre os peruanos. Quando então ocorreu uma tragédia: a morte do atacante Roberto Batata em um acidente de carro. De luto, os cruzeirenses homenagearam o colega com uma goleada de 7 a 1 sobre o Alianza, no Mineirão. A vaga na final foi confirmada com 4 a 1 sobre a LDU.

O adversário na decisão foi o River Plate, que superou na semi o Independiente e o Peñarol. A ida foi no Mineirão, e o Cruzeiro goleou os argentinos por 4 a 1. A volta foi no Monumental de Nuñez, mas a Raposa perdeu por 2 a 1.

Assim, restou fazer uma partida extra no Chile, no Nacional de Santiago. Lá, os mineiros fizeram dois gols mas cederam o empate em seguida. Até que, aos 43 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro teve uma falta frontal. Nelinho estava pronto para bater, quando Joãozinho se intrometeu e colocou a bola no ângulo. A vitória por 3 a 2 fez da Raposa campeã da Libertadores de 1976 com justiça, consagrando o elenco de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Jairzinho.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 46 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Alemanha Oriental Campeã Olímpica 1976

Os Jogos Olímpicos atravessam o Oceano Atlântico rumo à oeste e aterrissam em Montreal, no Canadá. Para a edição de 1976, o torneio de futebol reverteu a última alteração no regulamento, voltando com o mata-mata na segunda fase ao invés de outros dois grupos. O restante ficou inalterado, incluindo as 16 seleções participantes.

Mas... quatro equipes retiraram-se das Olimpíadas antes de seu início. Gana, Nigéria e Zâmbia aderiram ao boicote africano, um movimento de protesto contra a falta de punição sobre a Nova Zelândia, que meses antes fez excursão pela segregada e banida África do Sul com seu time de rugby. Outro que pulou fora foi o Uruguai, porém este foi sem motivo aparente. Os sul-americanos foram substituídos por Cuba, e a competição ficou com 13 países.

Após a conturbação, tudo seguiu nos conforme, com o Leste Europeu dominando as ações. Flertando com o ouro há tempos, a Alemanha Oriental finalmente chegaria lá em solo canadense. No grupo A, estreou com empate sem gols contra o Brasil. Depois de folgar na segunda rodada, foi a vez de encerrar a chave contra a Espanha. O confronto direto com 1 a 0 a favor dos alemães. Com dois pontos, o time ficou na vice-liderança, perdendo a ponta para os brasileiros por causa de um gol marcado a menos.

Nas quartas de final, eliminou a França com uma bela goleada por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de passar pela União Soviética, vencendo por 2 a 1. Na decisão, o adversário alemão seria a Polônia, que chegou lá eliminando Cuba, Coreia do Norte e Brasil. Antes disso, pela medalha de bronze, os soviéticos derrotaram os brasileiros por 2 a 0.

O Estádio Olímpico de Montreal recebeu a final entre Alemanha Oriental e Polônia. Com um ótimo futebol, a equipe alemã construiu o caminho rumo ao ouro em 14 minutos: Hartmut Schade abriu o placar aos sete e Martin Hoffmann ampliou. Grzegorz Lato descontou aos 14 do segundo tempo, mas o dia era germânico, e Reinhard Häfner fechou a conta aos 39, fazendo 3 a 1. A medalha dourada foi a única conquista nos 38 anos de história (1952-1990) da seleção da Alemanha Oriental.

A campanha da Alemanha Oriental:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 10 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/DFV (07/1977: Argentina x Alemanha Oriental)

Tchecoslováquia Campeã da Eurocopa 1976

A Eurocopa já virou mania. Todos os países do Velho Continente queriam estar entre os quatro melhores. O alto interesse das seleções levou a UEFA a tomar uma atitude de longo prazo: a edição de 1976 seria a última a contar com só quatro times na fase final. Para 1980 a programação passaria a ter oito equipes, sendo uma a sede pré-definida. Mas ainda faltavam quatro anos para esse avanço.

A última disputa dos anos 70 teve uma surpresa levando o título. Foi a Tchecoslováquia, jamais campeã e que só havia chegado nas cabeças em sua estreia, 16 anos antes. Fora da Copa do Mundo em 1974 e vice-lanterna em 1970, a seleção do Leste Europeu não era a principal aposta dos torcedores. Mas o quadro começou a ser revertido nas eliminatórias. No grupo 1, superou por poucos pontos Inglaterra e Portugal. Foram nove pontos contra oito dos ingleses e sete dos portugueses. Ainda teve na chave o zerado Chipre.

Embalados, os tchecos eliminaram nas quartas de final a União Soviética, vencendo por 2 a 0 a ida em Bratislava e empatando por 2 a 2 a volta em Kiev. Além da Tchecoslováquia, classificaram-se para a Eurocopa a Iugoslávia - escolhida como anfitriã -, Alemanha Ocidental e Holanda. Na semifinal em Zagreb, o time tcheco bateu o holandês por 3 a 1, na prorrogação.

A Alemanha foi a adversária na final, jogada no Estádio Red Star, em Belgrado. Com o respeito de todos adquirido, a Tchecoslováquia abriu dois gols de vantagem, com Ján Svehlík aos oito minutos do primeiro tempo, e com Karol Dobias aos 25. Mas os alemães buscaram o empate, descontado aos logo aos 28 e marcando outro aos 44 do segundo tempo. A prorrogação seguiu em 2 a 2, e a decisão ficou para os pênaltis, critério de desempate que ali estreava.

Até a quarta cobrança tcheca, todos converteram. Uli Hoeness errou o penúltimo pênalti da Alemanha, deixando o caminho livre à Tchecoslováquia. Antonín Panenka foi o responsável por fazer 5 a 3, dando o título histórico aos tchecos com uma cobrança nunca antes vista. Ele chutou a bola com pouca força, levantando ela em gancho no meio do gol, enganando o goleiro. A batida foi tão inédita que ficou apelidada com o seu sobrenome. No Brasil, ela ganhou outro nome: "cavadinha".

A campanha da Tchecoslováquia:
2 jogos | 1 vitória | 1 empate | 0 derrotas | 5 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Stanislav Tereba/CTK Photo/Imago

Bayern de Munique Campeão Mundial 1976

A Copa Intercontinental atingiu o auge da crise entre 1974 e 1975. O calote dado pelo Bayern de Munique um ano antes bagunçou completamente o cronograma de UEFA e Conmebol, atrasando a edição de 1974 para abril de 1975. Assim, a solução foi fazer duas edições no mesmo ano.

Mas como azar pouco é bobagem, calhou de os campeões continentais repetirem: o Independiente foi hexa da Libertadores e o Bayern foi bi da Copa dos Campeões. Outra vez alegando problema de agenda, o time alemão declinou. E o vice não ajudou, pois o inglês Leeds United recusou o convite. Sem solução, a alternativa foi cancelar o Mundial de 1975.

Eis que chega 1976. O Bayern mantém o domínio europeu ao ser tri na final contra o Saint-Étienne, vencendo por 1 a 0. Obviamente, os alemães não se manifestaram sobre o Mundial, esperando a definição da Libertadores. Mas as notícias sul-americanas foram boas: o Cruzeiro foi campeão após três jogos contra o River Plate. No primeiro, vitória brasileira por 4 a 1; no segundo, derrota por 2 a 1; e no terceiro, vitória por 3 a 2.

Misteriosamente, os problemas de calendário sumiram, e o Bayern finalmente confirmou uma presença mundialista. Nos bastidores, o motivo pela aceitação da vaga só na terceira vez foi de que os brasileiros eram menos violentos que os argentinos, tanto jogadores quanto torcedores.

O ressurgimento do Mundial teve início em 23 de novembro, no Estádio Olímpico de Munique. Debaixo de muito frio e neve, apenas 22 mil torcedores compareceram à partida. O clima favoreceu o Bayern, que controlou todo o jogo contra o Cruzeiro. Nelinho, Palhinha, Joãozinho, Jairzinho e Dirceu Lopes não brilharam, e os alemães conseguiram dois gols no segundo tempo: aos 35 minutos, com Gerd Müller, e os 37, com Jupp Kappellmann. Os 2 a 0 deram uma grande tranquilidade ao Bayern.

O segundo jogo da decisão ocorreu em 21 de dezembro no Mineirão, em Belo Horizonte. Mais de 123 mil pessoas foram ao estádio e fizeram de tudo para empurrar o Cruzeiro. Os brasileiros tentaram de tudo, mas o time alemão era a base da seleção campeã da Copa do Mundo de 1974 mais a futura vice de 1982. Sepp Maier garantiu o bicho do Bayern com ótimas defesas e o 0 a 0 não deixou o placar naquela noite de quase Natal.

Com o regulamento embaixo do braço, o Bayern de Munique conquistou o Mundial pela primeira vez. Já para o Cruzeiro, sobrou somente o feito de colocar o Brasil na competição depois de 13 anos. E uma sina que teria um capítulo surreal 38 anos depois: ver alemães fazendo festa no Mineirão.


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Internacional Campeão Brasileiro 1976

A Copa Brasil de 1976 sofreu mais um aumento no número de times, passando a contar com 54 equipes. Outras coisas não mudaram, como o ponto extra para vitória por mais de dois gols de diferença, e o Internacional chegando forte rumo ao título. Na primeira fase, os times foram divididos em seis grupos, se classificando para a segunda fase os quatro primeiros de cada grupo, e os cinco restantes se movendo para a repescagem.

O Inter jogou no grupo 1 e liderou a fase inicial com folgas. Foram sete vitórias e uma derrota, somando 20 pontos ao todo (seis extras). Ao seu lado, Grêmio, Santos e Palmeiras avançaram. Na segunda fase, 24 times se dividiram em quatro grupos. O Colorado ficou no grupo 1, e manteve a tranquilidade, com uma classificação invicta. Quatro vitórias e um empate somaram 13 pontos (quatro extras). Das seis equipes do grupo, Botafogo-SP e Fluminense avançaram também.

Na repescagem, 30 times se dividiram em seis grupos, e o líder de cada um se classificou. Na terceira fase, 18 times se separaram em mais dois grupos, e o Internacional se colocou no grupo 1 mais uma vez. Ao final das oito rodadas, o Inter conseguiu a vaga em outra liderança, com seis vitórias e duas derrotas. Empatado em 12 pontos com o Corinthians, os pontos extras deixaram o time gaúcho em primeiro (5 a 2). Do outro grupo, Fluminense e Atlético-MG completaram a semifinal.

Repetindo a fórmula da partida única do ano anterior, o Colorado recebeu o time mineiro no Beira-Rio. Favorito, o Internacional venceu por 2 a 1, de virada. No outro confronto, o Corinthians protagonizou a invasão do Maracanã, e eliminou o Fluminense nos pênaltis.

Na grande final, Porto Alegre foi o palco mais uma vez. Na arquibancada, o Inter evitou uma nova entrada em massa de torcedores paulistas. Dentro de campo, o Corinthians tinha o peso de 22 anos sem títulos e o Internacional vinha de um octacampeonato gaúcho. Isso acabou fazendo a diferença, e o Inter chegou ao bicampeonato brasileiro com uma vitória por 2 a 0.

A campanha do Internacional:
23 jogos | 19 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 59 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional