Mostrando postagens com marcador 1976. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1976. Mostrar todas as postagens

Paysandu Campeão Paraense 1976

Depois de quatro anos, o Paysandu desbancou o Remo e reconquistou o título paraense, em 1976. A 29ª conquista do clube freou o domínio do rival e aumentou a liderança como maior vencedor estadual.

O torneio do Pará teve 12 participantes em três fases. Na primeira, os times foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em turno único. O líder de cada chave avançou para a decisão, que apontou o primeiro finalista. Na segunda fase, os quatro melhores de um grupo enfrentaram os quatro melhores do outro, também em mão única. O líder de cada chave disputou mais uma decisão, para a segunda vaga na final geral. Na terceira fase, os seis melhores na soma das duas etapas anteriores se enfrentaram em turno único. Os dois primeiros foram à disputa da terceira vaga na decisão do campeonato.

No grupo A, o Papão estreou goleando o Liberato de Castro por 5 a 0. Nas outras quatro partidas, venceu três e empatou uma, conseguindo a liderança com nove pontos. Na final, a equipe derrotou o Remo por 2 a 0 e conseguiu a vaga na decisão geral. Para a segunda fase, avançou ao lado de Tuna Luso, Santarém e Sport Belém.

Na próxima etapa, o Paysandu encarou a chave B: Remo, Sporting, Castanhal e Atlético Marabá. Na estreia, bateu o Sporting por 1 a 0. Nos três jogos restantes, venceu dois e empatou um, passando à decisão com sete pontos. E em outro Repa, venceu o rival por 5 a 4 no pênaltis após empate sem gols.

A terceira fase foi aberta com vitória bicolor por 2 a 0 sobre o Castanhal. Nas três partidas seguintes, mais dois triunfos e um empate encaminharam a classificação. Bastava vencer o Remo no último jogo. O confronto estava marcado para 4 de agosto, mas foi adiado para o dia 5. Os azulinos foram contra a mudança, não entraram em campo e o Papão venceu por W.O. (1 a 0), garantindo a liderança com nove pontos. O rival abandonou a competição, permitindo que a Tuna Luso ficasse em segundo lugar.

Desta forma, a final da terceira fase foi também a decisão do campeonato, entre Paysandu e Tuna. A partida aconteceu no Baenão, que era o maior do Pará naquele momento, e foi vencida pelo time bicolor por 1 a 0. A vitória deu o título de maneira invicta e antecipada ao clube celeste.

A campanha do Paysandu:
17 jogos | 13 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 28 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Paysandu

Goiás Campeão Goiano 1976

O Goiás conseguiu segurar a hegemonia estadual em 1976 e conquistou o quinto título na sua história, depois de uma campanha muito acirrada com seus rivais de capital e interior.

O torneio daquele ano manteve o regulamento simples das temporadas anteriores. Foram 12 participantes em dois turnos. O ganhador de cada fase se classificou para a final, independentemente da quantidade de equipes que chegassem lá. Goiás, Vila Nova, Atlético e Goiânia representaram a capital, enquanto Itumbiara, Goiatuba, Inhumas, Anápolis, Anapolina, Jataiense, Santa Helena e Rio Verde representaram o interior.

Na primeira fase, os esmeraldinos começaram a campanha com goleada por 4 a 1 sobre o Goiatuba em casa. Nas outras 11 partidas, o time conseguiu mais quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Essa inconstância fez com que o Goiás terminasse o turno na quinta colocação, com 14 pontos. Foram quatro pontos de distância para os líderes Goiânia e Atlético, que, empatados, se classificaram para a decisão.

Foi necessário melhorar o desempenho na segunda fase. Na estreia, o Goiás goleou o Inhumas por 6 a 0 em casa. A trajetória seguiu com mais oito vitórias, um empate e uma derrota nos 11 jogos restantes. Com 19 pontos, o time conseguiu a liderança isolada e se garantiu na final. Inclusive, o triunfo por 1 a 0 sobre o Vila Nova na última rodada evitou que a etapa decisiva fosse um quadrangular.

O Goianão de 1976 foi decidido em um triangular de turno único com Goiás, Goiânia e Atlético, com partidas no Serra Dourada. A abertura aconteceu entre esmeraldinos e rubro-negros. A vitória foi verde, pelo placar de 1 a 0. No segundo jogo, os alvinegros bateram o Atlético por 2 a 1 e encerraram com as chances de título dos derrotados.

Desta forma, Goiás e Goiânia lutaram pelo título pelo terceiro ano consecutivo. Era o desempate entre eles, pois o título foi alvinegro em 1974 e verde em 1975. E, com outra vitória por 1 a 0, o Esmeraldino levou o bicampeonato estadual.

A campanha do Goiás:
24 jogos | 16 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 47 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Goiás

Ceará Campeão Cearense 1976

Pela 23ª vez, o Ceará conquistou o título cearense na temporada de 1976. O time alvinegro conquistou mais um bicampeonato para sua galeria, a metade do um caminho que culminaria em um tetracampeonato para a história do clube.

Com dez participantes, o Campeonato Cearense de 1976 foi dividido em três fases. Na primeira, todos se enfrentaram em dois turnos, com o líder se garantindo na final e os seis melhores se classificando à próxima etapa. Na segunda fase, os classificados voltaram a se enfrentar em dois turnos, com o líder também garantindo uma vaga na decisão e os quatro melhores avançando. Na terceira fase, um quadrangular em dois turnos definiu o terceiro finalista.

O Ceará iniciou a campanha na primeira fase com vitória por 1 a 0 sobre o Calouros do Ar. Nas outras 17 partidas, o Vozão acumulou mais 12 triunfos, quatro empates e uma derrota. Porém, o time ficou em segundo lugar com 30 pontos, dois a menos que o Fortaleza, que se classificou à decisão. Restavam mais duas chances.

Na segunda fase, o time alvinegro estrou vencendo o Icasa por 1 a 0 em Juazeiro do Norte. Nos dez jogos seguintes, foram mais seis vitórias e três empates para o Ceará, que somou 17 pontos e conseguiu a liderança e a vaga na final.

O Vozão seguiu com resultados melhores que os adversários. No quadrangular da terceira fase, a equipe enfrentou Fortaleza, Icasa e Guarany de Sobral. Na abertura, venceu o Icasa por 2 a 0 na capital. Nas demais cinco partidas que fez, obteve mais três vitórias sobre os times do interior e dois empates nos clássicos com o rival. Ao fim do quadrangular, o Ceará conseguiu dez pontos e venceu mais uma etapa do torneio.

A final ficou entre Ceará e Fortaleza. Com duas fases vencidas, os alvinegros tinham a vantagem ser campeões logo na primeira partida, caso não perdessem. E assim foi, com apenas um Clássico-Rei no Castelão, o Vozão empatou por 1 a 1 e ficou com o título estadual.

A campanha do Ceará:
35 jogos | 24 vitórias | 10 empates | 1 derrota | 83 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Ceará

Joinville Campeão Catarinense 1976

O Joinville nasceu campeão. Fundado a partir da união de Caxias e América em janeiro de 1976, o clube chegou ao primeiro título catarinense logo no ano de estreia, trazendo a taça de volta para o interior depois de cinco temporadas. Mas, para conseguir isso, precisou passar por duas finais.

O torneio foi disputado por 14 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, porém divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram. Na segunda fase, as equipes mantiveram as divisões em grupos, mas com enfrentamentos apenas entre si. O líder de cada chave se classificou para a final.

No grupo A, o Joinville estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Marcílio Dias em casa, o Estádio Edgar Schneider. Nas outras 25 partidas, venceu 13, empatou oito e perdeu quatro, o que deixou o time na liderança da chave com 36 pontos. O ponto alto da campanha foi a goleada por 8 a 0 sobre o Guarani de São Miguel do Oeste, ainda no primeiro turno.

Na segunda fase, o JEC enfrentou Avaí, Marcílio Dias e Inter de Lages. Na estreia, fez 1 a 0 no Inter em casa. Na sequência, conseguiu mais três vitórias, um empate e uma derrota, que colocaram a equipe na final estadual com nove pontos.

O adversário tricolor na decisão foi o Figueirense, líder do outro grupo. O Joinville venceu por 1 a 0 na ida em casa e segurou o empate por 0 a 0 na volta fora, que poderiam ter dado o título inédito ao time. Mas a disputa foi anulada porque o Juventus de Rio do Sul entrou na justiça contra o clube de Florianópolis. A partida entre as equipes no returno da segunda fase acabou 1 a 1, mas o Juventus tirou o ponto do Figueirense no tribunal. Assim, os alvinegros baixaram de sete pontos para seis e os juventinos subiram de seis para sete, invertendo as posições no grupo B.

A nova final aconteceu em outubro de 1976, cerca de 50 dias após o confronto anulado, em agosto. Sem culpa alguma no cartório, o Joinville jogou a ida em Rio do Sul e venceu por 1 a 0. A volta aconteceu no Edgar Schneider, e o JEC voltou a vencer o Juventus por 1 a 0. Agora sim, o primeiro título podia ser comemorado.

A campanha do Joinville:
34 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 50 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Joinville

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1976

O título pernambucano de 1976 tem um gosto especial para o Santa Cruz. Não só porque o clube voltou a vencer o estadual depois de três anos, mas também porque foi o segundo "supercampeonato". Tal como em 1957, a fase final do torneio teve esse nome, e o time cobra-coral levou ambos.

Porém, apesar da comoção, o estadual de 1976 foi normal como qualquer outro. Foram oito participantes, que na primeira fase se enfrentaram em dois turnos. Na segunda fase, os seis melhores voltaram a jogar duas vezes entre si. A terceira fase foi igual, mas com os cinco melhores da etapa anterior. Por fim, o supercampeonato reuniu os três melhores da fase anterior.

Embalado pela histórica campanha no Brasileiro de 1975, quando chegou na semifinal, o Santa Cruz iniciou o estadual com vitória por 5 a 2 sobre o Ferroviário de Recife. Depois, venceu mais nove jogos, empatou três e perdeu um. Entre os triunfos, destaque para duas goleadas: 11 a 0 sobre o Íbis e por 5 a 0 sobre o Sport. Com 23 pontos, o Santinha passou em segundo lugar, três pontos atrás dos rubro-negros.

Para a segunda fase, Íbis e Santo Amaro foram eliminados. E o Santa começou a trajetória com empate por 1 a 1 com o Central. Este foi o único tropeço coral nesta etapa, emendando nove vitórias nas outras nove partidas. O Santa Cruz passou em primeiro lugar com 19 pontos, sete a mais que o vice Sport.

O América se despediu para a terceira fase. O Santa Cruz seguiu e estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Sport. Nos outros sete jogos, a equipe venceu três, empatou três e perdeu um. O Santinha se classificou para o supercampeonato na vice-liderança, com 11 pontos, dois a menos que o Náutico.

O supercampeonato contou com as grandes forças pernambucanas: Santa Cruz, Sport e Náutico. A abertura foi com o Clássico das Multidões, com vitória do Santa por 2 a 0 sobre o Sport na Ilha do Retiro. Depois, o Náutico venceu o Clássico dos Clássicos por 1 a 0 nos Aflitos, eliminando os rubro-negros. O Clássico das Emoções decidiu o título no Arruda. Por 2 a 0, o Santa Cruz despachou os alvirrubros em casa e conquistou a 15ª taça estadual.

A campanha do Santa Cruz:
34 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 79 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arlindo Marinho/Placar

Bahia Campeão Baiano 1976

A saga do Bahia rumo ao hepta estadual teve continuidade em 1976, com a conquista do tetra. Foi a terceira vez que o clube conseguiu quatro títulos consecutivos, repetindo os feitos de 1948 e 1961.

O Baianão de 1976 teve 12 times e foi disputado em quatro fases. Em todas elas, os participantes foram divididos em dois grupos. Na primeira e terceira fases, se enfrentaram dentro das próprias chaves. Na segunda e na quarta, uma chave enfrentou a outra. Ao final de cada etapa, os dois melhores colocados de cada grupo avançaram para um quadrangular que apontou um finalista e deu um ponto extra.

O Bahia ficou no grupo A, ao lado de Fluminense de Feira, Ypiranga, Jequié, Leônico e Redenção. Na estreia da primeira fase, o Tricolor de Aço goleou o Redenção por 6 a 0. Na partida seguinte, fez 9 a 0 no Leônico. Nos outros três jogos, conseguiu mais três triunfos e terminou na liderança com dez pontos. No quadrangular, o time ganhou de Jequié e Atlético Alagoinhas, mas perdeu para o Vitória por 1 a 0 e ficou em segundo lugar com quatro pontos, dois atrás do rival.

Na segunda fase, o Bahia começou triunfando sobre o Humaitá por 4 a 0. Depois, ganhou mais três jogos e empatou dois, voltando a ser líder do grupo A com dez pontos. Porém, no quadrangular, a equipe empatou sem gols com o Leônico, ganhou por 3 a 0 do Atlético e perdeu novamente por 1 a 0 para o Vitória, fechando mais uma vez em segundo lugar, com três pontos, três atrás do rubro-negro.

A chave começa a virar na terceira fase. O Bahia faz 2 a 0 no Leônico e ganha as outras quatro partidas do grupo, sendo líder novamente com dez pontos. No quadrangular, o Tricolor de Aço triunfa sobre Fluminense, Atlético e Vitória, somando seis pontos e conquistando a vaga na decisão.

Mas era preciso igualar os pontos extras do rival. Na quarta fase, o Bahia derrota o Humaitá por 2 a 0, ganha mais três jogos, empata um e perde um, sendo líder da chave com nove pontos. No quadrangular, o time bate Ypiranga, Atlético e Vitória para fazer seis pontos e conseguir a segunda bonificação.

Por fim, Bahia e Vitória chegar para a final com dois pontos extras para cada lado, ou seja, ninguém teve vantagem de fato. Em dois Bavis na Fonte Nova, o Tricolor de Aço chegou ao título com triunfos por 2 a 1 na ida e por 1 a 0 na volta.

A campanha do Bahia:
36 jogos | 29 triunfos | 4 empates | 3 derrotas | 94 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1976

Nenhum time paranaense venceu mais estaduais consecutivos que o Coritiba entre 1971 e 1976. Antes, o clube nunca havia de passado de alguns bicampeonatos. O hexa foi o 25º título estadual coxa-branca.

Foram 14 os participantes do Paranaense de 1976. Na primeira e segunda fases, todos se enfrentaram uma vez, com o líder de cada etapa garantindo um lugar no quadrangular final e um ponto extra. As oito melhores campanhas somadas seguiram para a terceira fase, onde se enfrentaram em turno único. O líder também teve vaga garantida na decisão e um ponto extra. O quadrangular seria fechado com a melhor campanha não-classificada somando todas as três fases, sem levar ponto extra.

O Coxa iniciou a campanha com vitória por 1 a 0 sobre o Operário em Ponta Grossa. Em Curitiba, começou fazendo 2 a 1 no Iguaçu. Nos outros 11 jogos, venceu nove, empatou um e perdeu um. Assim, a equipe conseguiu 23 pontos e se classificou para a final com um ponto a mais que o vice Athletico.

Na segunda fase, o Coritiba estreou novamente contra o Operário, vencendo por 4 a 2 no Belfort Duarte. Nas 12 partidas seguintes, o time emendou outras nove vitórias e três empates. Mais uma vez com 23 pontos, o Coxa repetiu o roteiro e ficou na primeira posição com um ponto a mais que o Athletico, garantindo assim dois pontos extras para o quadrangular.

Na terceira fase, os alviverdes tiraram o pé. Venceram o Iguaçu por 3 a 0 na abertura e depois acumularam um empate e cinco derrotas. Com apenas três pontos, o Coritiba foi sétimo colocado e viu o Colorado ser líder e se classificar para a decisão com 12 pontos. O quadrangular foi fechado com Athletico e Londrina, que tiveram as melhores campanhas no geral.

O quadrangular final aconteceu em março de 1977, após sete meses de pausa para o Brasileirão. Com dois pontos de bônus, o Coritiba nem precisou de muito para ser hexacampeão. Foram duas vitórias, três empates e nove pontos coxas-branca antes da última rodada contra o Colorado, que tinha sete pontos. Jogando pelo empate no Belfort Duarte, o time alviverde segurou o 0 a 0 e confirmou o título. 

A campanha do Coritiba:
39 jogos | 24 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 72 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Amilton Vieira/Placar

Atlético-MG Campeão Mineiro 1976

Depois de seis anos sem vencer, o Atlético-MG quebrou o domínio do rival Cruzeiro e garantiu o título mineiro em 1976. Foi uma conquista obtida com autoridade, invicto ao final da maratona de jogos.

O estadual foi disputado por 23 times. A primeira fase foi a Taça Minas Gerais, com 22 times divididos em dois grupos e em turno único. O melhor líder foi à decisão, enquanto o outro jogou a semifinal com o Cruzeiro (dispensado da etapa anterior pela presença na Libertadores). Na segunda fase, os 11 melhores e o Cruzeiro jogaram a Taça Governador do Estado, enquanto os outros 11 foram ao Torneio Paralelo. Ambos tiveram duas chaves e turno único. Os oito melhores da Taça Governador foram à terceira fase, em dois quadrangulares e partidas todos contra todos. Os dois melhores de cada grupo e os dois melhores do Torneio Paralelo disputaram o hexagonal que apontou os dois finalistas.

O regulamento foi difícil de entender, ao contrário da campanha do Galo. Na estreia da primeira fase, goleou o Democrata de Governador Valadares por 5 a 1. Após, venceu os nove jogos seguintes e passou à final com 20 pontos na liderança. O título da Taça Minas Gerais veio com vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, que havia derrotado o Uberaba na semifinal.

Na segunda fase, o Atlético jogou no grupo B. Começou goleando o Nacional de Uberaba por 8 a 0. Depois, ganhou as outras quatro partidas e voltou a ser líder, com dez pontos. Na decisão da Taça Governador, o Galo bateu a Caldense ao vencer a ida por 2 a 1 e empatar a volta por 0 a 0.

O Atlético ficou no grupo B da terceira fase, estreando com vitória por 2 a 0 sobre o Guaxupé. Nas outras seis partidas, o time venceu três e empatou três, passando ao hexagonal seguinte como líder da chave, com 11 pontos. O hexagonal começou com o Galo fazendo 1 a 0 no Guarani de Divinópolis. Depois, se classificou à final com uma rodada de antecedência ao vencer mais dois jogos e empatar um, somando sete pontos, assim como Cruzeiro. A última rodada até foi cancelada.

O Galo foi à decisão estadual contra o Cruzeiro, mas a disputa do Brasileirão empurrou os confrontos de agosto de 1976 para março e abril de 1977. No Mineirão, o Atlético venceu as duas partidas por 2 a 0 e recuperou o título, sendo este o 24º do clube.

A campanha do Atlético-MG:
31 jogos | 26 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 81 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1976

Oito, e nada mais. Em 1976, o Internacional atingiu o octa gaúcho, a maior sequência de título para um mesmo clube no Rio Grande do Sul, superando o hepta do Grêmio, obtido imediatamente antes, em 1968. E tal como aconteceu em 1975, foi uma conquista que abriu caminho para o título brasileiro.

O Gauchão do auge teve 32 participantes. Destes, 30 começaram na primeira fase, divididos em seis grupos. Os três melhores de cada chave se juntaram à Inter e Grêmio na segunda fase, que foi disputada em grupo e turno únicos. O melhor time da segunda fase tinha vaga garantida na final, enquanto os quatro melhores avançaram para a terceira e quarta fases, jogadas em quadrangulares de turno único. O vencedor de cada quadrangular também passou à decisão.

O Colorado já mostrou suas armas na estreia, ao fazer 5 a 1 no São Luiz em Porto Alegre. O time ficou invicto durante os 19 jogos da segunda fase, com mais 16 vitórias e dois empates nas partidas seguintes. O ponto alto aconteceu na 10ª rodada, quando aplicou 14 a 0 no Ferrocarril de Uruguaiana, no que foi a maior goleada da história do Campeonato Gaúcho. O Inter somou 36 pontos, empatado com o Grêmio mas com uma vitória a menos. No Grenal de desempate, acabou derrotado por 2 a 0 no Olímpico. Além da dupla, Caxias e Esportivo se classificaram.

No quadrangular da terceira fase, o Colorado bateu o Esportivo por 3 a 0, o Caxias por 4 a 2 e o Grêmio por 1 a 0, todos no Beira-Rio, conquistando seis pontos e a vaga na final. Na quarta fase, o Inter voltou a vencer o Esportivo por 2 a 0 e o Caxias por 1 a 0, além de empatar por 1 a 1 o Grêmio, desta vez fora de casa, conseguindo cinco pontos e nova liderança. Com isso, o Colorado foi à final estadual com vantagem sobre o maior rival.

Cada fase valia um ponto para a decisão, e o Internacional chegou nela com dois. O campeão gaúcho seria quem chegasse primeiro a quatro pontos. Assim, bastou vencer o Grêmio por 2 a 0 no Beira-Rio para o Colorado ser octa e vencer o 24º estadual logo na primeira partida.

A campanha do Internacional:
27 jogos | 23 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 69 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional

Fluminense Campeão Carioca 1976

Com um dos melhores times de sua história e boas doses de drama, o Fluminense quebrou a alternância com o Flamengo e levou o bicampeonato carioca em 1976, um feito que não acontecia há 35 anos, quando o clube venceu os títulos em 1940 e 1941.

O Cariocão de 1976 foi o primeiro disputado após a Guanabara ser absorvida pelo Estado do Rio de Janeiro. Desta forma, o torneio teve os 12 participantes comuns da cidade do Rio e três convidados fluminenses: Americano, Goytacaz e Volta Redonda. Na Taça Guanabara, os 15 times se enfrentaram em turno único, com o vencedor indo para a final, os oito melhores para o grupo dos ganhadores e os sete piores para o grupo dos perdedores. Na segunda fase, os oito ganhadores disputaram a segunda vaga na final em turno único. Já o pior colocado da chave trocou de lugar com o líder do grupo de perdedores. Na terceira fase, cada chave definiu os dois últimos finalistas, também em um só turno.

O Fluminense começou a Taça Guanabara muito mal, com derrota por 3 a 0 para o Bonsucesso. Depois, se recuperou com dez vitórias e três empates nas 13 partidas seguintes, mas o tropeço na estreia fez o time ficar em terceiro lugar com 23 pontos, um a menos que Flamengo e Vasco, que foi campeão.

Na segunda fase, a Taça José Wânder Rodrigues Mendes, o tricolor iniciou com vitória por 4 a 2 sobre o Goytacaz. Nos outros seis jogos, conseguiu mais quatro triunfos, um empate e uma derrota. Este revés foi para o Botafogo e tirou a segunda chance de final do Flu, que ficou na vice-liderança com 11 pontos, dois atrás do próprio rival alvinegro.

A última chance era a Taça Amadeu Rodrigues Sequeira, na terceira fase. O Fluminense estrou fazendo 2 a 0 no Americano e emendou mais quatro vitórias, um empate e uma goleada por 5 a 1 sobre o Botafogo na última rodada. Sem vacilar, o time ficou em primeiro com 13 pontos, foi à final e ainda eliminou o Flamengo, que fez 11 pontos. No outro grupo, o America buscou a quarta vaga na decisão.

No quadrangular final, o Flu começou com vitória por 2 a 0 sobre o America. Depois, empatou por 0 a 0 com o Botafogo e por 2 a 2 com o Vasco. Esses resultados deixaram a equipe tricolor com quatro pontos e igualada com os cruz-maltinos na tabela. Assim, foi necessário um jogo extra para definir o campeão carioca. Ele aconteceu no Maracanã, e o Fluminense venceu o Vasco por 1 a 0, faturando o título.

A campanha do Fluminense:
32 jogos | 23 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 74 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Arquivo/Jornal do Brasil

Palmeiras Campeão Paulista 1976

Um título histórico, que depois viraria lembrança para o Palmeiras. Mal sabiam os palmeirenses que o próximo título após o Paulistão de 1976 aconteceria somente 17 anos depois. Foi a conquista que fechou o ciclo da Segunda Academia e precedeu a maior entressafra alviverde.

O estadual de São Paulo em 1976 teve a participação de 18 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, porém separados em três grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram para a segunda fase, com a melhor campanha geral ganhando um ponto de bonificação. Na etapa seguinte, os 12 classificados voltaram a atuar em turno único, mas sem divisão de grupos, com o melhor colocado garantindo o título.

O Palmeiras disputou a primeira fase pelo grupo C, disputando posição com América de Rio Preto, Noroeste, Ponte Preta, Portuguesa e Santos. Na estreia, o Verdão venceu a Ferroviária por 3 a 1 em casa. Nas 16 partidas seguintes, conseguiu mais oito vitórias, sete empates e uma derrota. Com 25 pontos, a equipe se classificou na primeira posição da chave. Contudo, a campanha não foi suficiente para a conquista da bonificação, que ficou com o Guarani com 26 pontos.

Na reta final, o Palmeiras manteve o alto nível de disputa. Na abertura, o time venceu o América de Rio Preto por 3 a 2 em casa. Depois, a campanha manteve-se invicta com mais quatro vitórias e três empates até a nona rodada, quando venceu o São Paulo por 1 a 0. Na classificação, 15 pontos para o Verdão contra 12 do Guarani, 11 do XV de Piracicaba e 11 do América, os únicos com chances de título.

Na penúltima rodada, o Palmeiras teve um confronto direto com o XV de Piracicaba no Palestra Itália. Uma vitória simples já era o bastante para o título, e ela veio pelo placar mínimo de 1 a 0. Na última rodada, o jogo da taça e das faixas foi o triunfo por 2 a 1 sobre o Corinthians no Morumbi. Com 19 pontos, o time alviverde terminou quatro à frente do vice, o próprio XV de Piracicaba.

A campanha do Palmeiras:
28 jogos | 17 vitórias | 10 empates | 1 derrota | 39 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Palmeiras

Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1976

É possível dizer que a Recopa Europeia era o campeonato mais democrático da UEFA, dada a variedade de países e clubes que a conquistaram. Até 1977, apenas o Milan conseguiu ser campeão mais de uma vez. O segundo time a atingir o feito foi o Anderlecht, em 1978. Mas como antes do dois vem o um, é preciso contar sobre a primeira taça belga, em 1976.

A equipe alviroxa chegou na Recopa depois da conquista da Copa da Bélgica de 1975. E a campanha já começou com emoção. Na primeira fase, contra o Rapid Bucareste, o Anderlecht perdeu a primeira partida por 1 a 0 na Romênia. No segundo jogo, no Estádio Émile Versé, em Bruxelas, vitória por 2 a 0, com Gilbert Van Binst e Rob Rensenbrink fazendo os gols da virada.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Borac Banja Luka, da Iugoslávia. Na ida, vitória por 3 a 0 em Bruxelas. Na volta, derrota por 1 a 0 fora de casa, sem sufoco. Nas quartas, o Anderlecht passou pelo Vrexham, do País de Gales, ao também vencer o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, e empatar a segunda partida por 1 a 1 fora.

Na semifinal, o Anderlecht encarou o Sachsenring Zwickau, da Alemanha Oriental, no confronto mais dominante dos belgas no torneio. Na ida, vitória por 3 a 0 em território alemão. Na volta, o placar foi de 2 a 0 no Émile Versé, que colocou o clube da Bélgica na decisão inédita.

A final chegou, e o Anderlecht enfrentou o West Ham, que bateu Reipas Lahti, Ararat Yerevan, Den Haag e Eintracht Frankfurt. A maré era favorável aos belgas, tanto que a partida estava marcada para Bruxelas, no Estádio de Heysel. Em casa e com a ampla a maioria dos torcedores, os roxos dominaram os ingleses, não sem antes passar algum susto com o adversário abrindo o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Rensenbrink e François Van Der Elst viraram aos 42 e aos três do segundo tempo, porém o rival empatou mais uma vez. Aos 28 e aos 43, Rensenbrink e Van Der Elst tiveram que anotar mais um gol cada para confirmar a vitória por 4 a 2 e o título da Recopa.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gerard Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga Europa 1976

Uma força da Inglaterra consolidou-se na Copa da UEFA de 1976. A campanha do Liverpool na conquista do bicampeonato marcou o início de uma era de sucesso para o clube. Sob o comando do lendário treinador Bob Paisley, os reds demonstraram um futebol de classe mundial, estabelecendo seu domínio no cenário europeu no fim dos anos 1970.

A jornada do Liverpool começou na primeiras fase, onde enfrentou o Hibernian, clube da Escócia. O início foi com emoção, com derrota por 1 a 0 na ida fora, e vitória por 3 a 1 na volta em casa, com hat-trick de John Toshack. Na segunda fase, contra o Real Sociedad, as coisas ficaram mais fáceis: vitória por 3 a 1 na Espanha, e goleada por 6 a 0 em Anfield Road.

O Liverpool encontrou outro desafio tranquilo nas oitavas de final. Contra o Slask Wroclaw, da Polônia, os reds ganharam por 2 a 1 na ida fora, e por 3 a 0 na volta em casa, com hat-trick de Jimmy Case. Nas quartas de final, o rival foi o Dínamo Dresden, da Alemanha Oriental. Após um empate sem gols na primeira partida, os reds mostraram mais força no segundo jogo, vencendo por 2 a 1 e avançando para as semifinal.

O confronto na semi contra o Barcelona de Johan Cruyff foi um dos momentos mais emocionantes da campanha do Liverpool. No jogo de ida, no Camp Nou, o clube inglês venceu por 1 a 0, gol de Toshack. Na volta, em Anfield, o time inglês deu uma prova de resiliência. Apesar de estar em casa, o Liverpool não conseguiu sustentar a vantagem quando abriu o placar, aos seis do segundo tempo, com Phil Thompson. Isso porque os espanhóis empataram logo no minuto seguinte. No fim, o 1 a 1 bastou para a classificação.

Na final, o Liverpool enfrentou o Club Brugge, que passou por Lyon, Ipswich Town, Roma, Milan e Hamburgo. O primeiro jogo foi em Anfield. Lá e cá, o Liverpool abriu vantagem de 3 a 2 na decisão. Os gols foram de Ray Kennedy, Jimmy Case e Kevin Keegan. A segunda partida foi disputada no Estádio Olímpico de Bruges. Os belgas largaram na frente logo a 11 minutos, mas o empate inglês veio ao 15, no gol de Keegan, que garantiu a segunda Copa da UEFA dos reds, sob o resultado de 1 a 1.

Essa conquista marcou o início de uma era de sucesso para o Liverpool. Sob a liderança de Bob Paisley, o clube estabeleceria de vez como uma potência no futebol europeu. Essa vitória foi o prenúncio de muitos outros troféus importantes que o Liverpool conquistaria nos anos seguintes, incluindo várias edições da Liga dos Campeões.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Harry Ormesher/Popperfoto/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1976

O capítulo final do domínio germânico na Copa dos Campeões da Europa na década de 70. Em 1976, o Bayern de Munique levou o tricampeonato continental e deu os últimos contornos a uma história iniciada três temporadas antes. A conquista elevou o clube ao status de segundo maior vencedor até àquele momento, empatado em taças com o Ajax e com metade atrás do Real Madrid.

De volta com 32 participantes, a UEFA acabou mais uma vez com o benefício de se começar já nas oitavas de final. Assim, o time bávaro teve de disputar a primeira fase na defesa do título. Os primeiros confrontos foram diante do Jeunesse Esch, de Luxemburgo, com duas vitórias tranquilas por 5 a 0, fora, e 3 a 1, em casa.

Nas oitavas, o Bayern enfrentou o Malmö. Na ida, derrota por 1 a 0 na Suécia - a única até a decisão. Na volta, vitória por 2 a 0 no Olímpico de Munique e vaga nas quartas de final. Na outra fase, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa, e ficou no 0 a 0. Na segunda partida, na Alemanha, Bernd Dürnberger marcou duas vezes, Karl-Heinz Rummenigge fez outro e Gerd Müller também anotou dois para o Bayern golear os portugueses por impiedosos 5 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. No Santiago Bernabéu, empate por 1 a 1 entre alemães e espanhóis. No Olímpico, mais dois gols de Gerd Müller e 2 a 0 para a equipe germânica, finalista.

O Bayern de Munique chegou na terceira decisão para enfrentar o Saint-Étienne, clube francês que superou KB (Dinamarca), Rangers, Dínamo Kiev, e PSV Eindhoven. A partida foi realizada no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.

Favorito, o time bávaro chegou à vitória e ao terceiro título no gol de Franz Roth, anotado aos 12 minutos do segundo tempo. O placar de 1 a 0 foi suficiente e fechou com chave de ouro uma grande passagem da história da principal competição de clubes da Europa. 

A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto George Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1976

O domínio castelhano na Libertadores foi longo, principalmente com a Argentina. Mas o Brasil quebraria essa história em 1976. Vice-campeão brasileiro de 1975, o Cruzeiro, garantiu vaga para sua terceira participação no torneio sul-americano. Nada foi capaz de parar a Raposa.

No grupo 3 da primeira fase, ao lado dos paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño e do próprio Internacional, o Cruzeiro começou a competição com históricos 5 a 4 sobre os gaúchos no Mineirão. Na sequência, a Raposa foi ao Paraguai e fez 3 a 1 sobre o Luqueño e 2 a 2 com o Olimpia. No returno, 4 a 1 sobre o Luqueño em Belo Horizonte e 2 a 0 sobre o Inter no Beira-Rio. A fase foi encerrada com goleada por 4 a 1 sobre o Olimpia, em casa. O Cruzeiro se classificou marcando 11 pontos.

Na fase semifinal, os adversários foram a LDU Quito, do Equador e o Alianza Lima, do Peru. A campanha recomeçou fora de casa, com 3 a 1 sobre os equatorianos e 4 a 0 sobre os peruanos. Quando então ocorreu uma tragédia: a morte do atacante Roberto Batata em um acidente de carro. De luto, os cruzeirenses homenagearam o colega com uma goleada de 7 a 1 sobre o Alianza, no Mineirão. A vaga na final foi confirmada com 4 a 1 sobre a LDU.

O adversário na decisão foi o River Plate, que superou na semi o Independiente e o Peñarol. A ida foi no Mineirão, e o Cruzeiro goleou os argentinos por 4 a 1. A volta foi no Monumental de Nuñez, mas a Raposa perdeu por 2 a 1.

Assim, restou fazer uma partida extra no Chile, no Nacional de Santiago. Lá, os mineiros fizeram dois gols mas cederam o empate em seguida. Até que, aos 43 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro teve uma falta frontal. Nelinho estava pronto para bater, quando Joãozinho se intrometeu e colocou a bola no ângulo. A vitória por 3 a 2 fez da Raposa campeã da Libertadores de 1976 com justiça, consagrando o elenco de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Jairzinho.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 46 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Alemanha Oriental Campeã Olímpica 1976

Os Jogos Olímpicos atravessam o Oceano Atlântico rumo à oeste e aterrissam em Montreal, no Canadá. Para a edição de 1976, o torneio de futebol reverteu a última alteração no regulamento, voltando com o mata-mata na segunda fase ao invés de outros dois grupos. O restante ficou inalterado, incluindo as 16 seleções participantes.

Mas... quatro equipes retiraram-se das Olimpíadas antes de seu início. Gana, Nigéria e Zâmbia aderiram ao boicote africano, um movimento de protesto contra a falta de punição sobre a Nova Zelândia, que meses antes fez excursão pela segregada e banida África do Sul com seu time de rugby. Outro que pulou fora foi o Uruguai, porém este foi sem motivo aparente. Os sul-americanos foram substituídos por Cuba, e a competição ficou com 13 países.

Após a conturbação, tudo seguiu nos conforme, com o Leste Europeu dominando as ações. Flertando com o ouro há tempos, a Alemanha Oriental finalmente chegaria lá em solo canadense. No grupo A, estreou com empate sem gols contra o Brasil. Depois de folgar na segunda rodada, foi a vez de encerrar a chave contra a Espanha. O confronto direto com 1 a 0 a favor dos alemães. Com dois pontos, o time ficou na vice-liderança, perdendo a ponta para os brasileiros por causa de um gol marcado a menos.

Nas quartas de final, eliminou a França com uma bela goleada por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de passar pela União Soviética, vencendo por 2 a 1. Na decisão, o adversário alemão seria a Polônia, que chegou lá eliminando Cuba, Coreia do Norte e Brasil. Antes disso, pela medalha de bronze, os soviéticos derrotaram os brasileiros por 2 a 0.

O Estádio Olímpico de Montreal recebeu a final entre Alemanha Oriental e Polônia. Com um ótimo futebol, a equipe alemã construiu o caminho rumo ao ouro em 14 minutos: Hartmut Schade abriu o placar aos sete e Martin Hoffmann ampliou. Grzegorz Lato descontou aos 14 do segundo tempo, mas o dia era germânico, e Reinhard Häfner fechou a conta aos 39, fazendo 3 a 1. A medalha dourada foi a única conquista nos 38 anos de história (1952-1990) da seleção da Alemanha Oriental.

A campanha da Alemanha Oriental:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 10 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/DFV (07/1977: Argentina x Alemanha Oriental)

Tchecoslováquia Campeã da Eurocopa 1976

A Eurocopa já virou mania. Todos os países do Velho Continente queriam estar entre os quatro melhores. O alto interesse das seleções levou a UEFA a tomar uma atitude de longo prazo: a edição de 1976 seria a última a contar com só quatro times na fase final. Para 1980 a programação passaria a ter oito equipes, sendo uma a sede pré-definida. Mas ainda faltavam quatro anos para esse avanço.

A última disputa dos anos 70 teve uma surpresa levando o título. Foi a Tchecoslováquia, jamais campeã e que só havia chegado nas cabeças em sua estreia, 16 anos antes. Fora da Copa do Mundo em 1974 e vice-lanterna em 1970, a seleção do Leste Europeu não era a principal aposta dos torcedores. Mas o quadro começou a ser revertido nas eliminatórias. No grupo 1, superou por poucos pontos Inglaterra e Portugal. Foram nove pontos contra oito dos ingleses e sete dos portugueses. Ainda teve na chave o zerado Chipre.

Embalados, os tchecos eliminaram nas quartas de final a União Soviética, vencendo por 2 a 0 a ida em Bratislava e empatando por 2 a 2 a volta em Kiev. Além da Tchecoslováquia, classificaram-se para a Eurocopa a Iugoslávia - escolhida como anfitriã -, Alemanha Ocidental e Holanda. Na semifinal em Zagreb, o time tcheco bateu o holandês por 3 a 1, na prorrogação.

A Alemanha foi a adversária na final, jogada no Estádio Red Star, em Belgrado. Com o respeito de todos adquirido, a Tchecoslováquia abriu dois gols de vantagem, com Ján Svehlík aos oito minutos do primeiro tempo, e com Karol Dobias aos 25. Mas os alemães buscaram o empate, descontado aos logo aos 28 e marcando outro aos 44 do segundo tempo. A prorrogação seguiu em 2 a 2, e a decisão ficou para os pênaltis, critério de desempate que ali estreava.

Até a quarta cobrança tcheca, todos converteram. Uli Hoeness errou o penúltimo pênalti da Alemanha, deixando o caminho livre à Tchecoslováquia. Antonín Panenka foi o responsável por fazer 5 a 3, dando o título histórico aos tchecos com uma cobrança nunca antes vista. Ele chutou a bola com pouca força, levantando ela em gancho no meio do gol, enganando o goleiro. A batida foi tão inédita que ficou apelidada com o seu sobrenome. No Brasil, ela ganhou outro nome: "cavadinha".

A campanha da Tchecoslováquia:
2 jogos | 1 vitória | 1 empate | 0 derrotas | 5 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Stanislav Tereba/CTK Photo/Imago

Bayern de Munique Campeão Mundial 1976

A Copa Intercontinental atingiu o auge da crise entre 1974 e 1975. O calote dado pelo Bayern de Munique um ano antes bagunçou completamente o cronograma de UEFA e Conmebol, atrasando a edição de 1974 para abril de 1975. Assim, a solução foi fazer duas edições no mesmo ano.

Mas como azar pouco é bobagem, calhou de os campeões continentais repetirem: o Independiente foi hexa da Libertadores e o Bayern foi bi da Copa dos Campeões. Outra vez alegando problema de agenda, o time alemão declinou. E o vice não ajudou, pois o inglês Leeds United recusou o convite. Sem solução, a alternativa foi cancelar o Mundial de 1975.

Eis que chega 1976. O Bayern mantém o domínio europeu ao ser tri na final contra o Saint-Étienne, vencendo por 1 a 0. Obviamente, os alemães não se manifestaram sobre o Mundial, esperando a definição da Libertadores. Mas as notícias sul-americanas foram boas: o Cruzeiro foi campeão após três jogos contra o River Plate. No primeiro, vitória brasileira por 4 a 1; no segundo, derrota por 2 a 1; e no terceiro, vitória por 3 a 2.

Misteriosamente, os problemas de calendário sumiram, e o Bayern finalmente confirmou uma presença mundialista. Nos bastidores, o motivo pela aceitação da vaga só na terceira vez foi de que os brasileiros eram menos violentos que os argentinos, tanto jogadores quanto torcedores.

O ressurgimento do Mundial teve início em 23 de novembro, no Estádio Olímpico de Munique. Debaixo de muito frio e neve, apenas 22 mil torcedores compareceram à partida. O clima favoreceu o Bayern, que controlou todo o jogo contra o Cruzeiro. Nelinho, Palhinha, Joãozinho, Jairzinho e Dirceu Lopes não brilharam, e os alemães conseguiram dois gols no segundo tempo: aos 35 minutos, com Gerd Müller, e os 37, com Jupp Kappellmann. Os 2 a 0 deram uma grande tranquilidade ao Bayern.

O segundo jogo da decisão ocorreu em 21 de dezembro no Mineirão, em Belo Horizonte. Mais de 123 mil pessoas foram ao estádio e fizeram de tudo para empurrar o Cruzeiro. Os brasileiros tentaram de tudo, mas o time alemão era a base da seleção campeã da Copa do Mundo de 1974 mais a futura vice de 1982. Sepp Maier garantiu o bicho do Bayern com ótimas defesas e o 0 a 0 não deixou o placar naquela noite de quase Natal.

Com o regulamento embaixo do braço, o Bayern de Munique conquistou o Mundial pela primeira vez. Já para o Cruzeiro, sobrou somente o feito de colocar o Brasil na competição depois de 13 anos. E uma sina que teria um capítulo surreal 38 anos depois: ver alemães fazendo festa no Mineirão.


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Internacional Campeão Brasileiro 1976

A Copa Brasil de 1976 sofreu mais um aumento no número de times, passando a contar com 54 equipes. Outras coisas não mudaram, como o ponto extra para vitória por mais de dois gols de diferença, e o Internacional chegando forte rumo ao título. Na primeira fase, os times foram divididos em seis grupos, se classificando para a segunda fase os quatro primeiros de cada grupo, e os cinco restantes se movendo para a repescagem.

O Inter jogou no grupo 1 e liderou a fase inicial com folgas. Foram sete vitórias e uma derrota, somando 20 pontos ao todo (seis extras). Ao seu lado, Grêmio, Santos e Palmeiras avançaram. Na segunda fase, 24 times se dividiram em quatro grupos. O Colorado ficou no grupo 1, e manteve a tranquilidade, com uma classificação invicta. Quatro vitórias e um empate somaram 13 pontos (quatro extras). Das seis equipes do grupo, Botafogo-SP e Fluminense avançaram também.

Na repescagem, 30 times se dividiram em seis grupos, e o líder de cada um se classificou. Na terceira fase, 18 times se separaram em mais dois grupos, e o Internacional se colocou no grupo 1 mais uma vez. Ao final das oito rodadas, o Inter conseguiu a vaga em outra liderança, com seis vitórias e duas derrotas. Empatado em 12 pontos com o Corinthians, os pontos extras deixaram o time gaúcho em primeiro (5 a 2). Do outro grupo, Fluminense e Atlético-MG completaram a semifinal.

Repetindo a fórmula da partida única do ano anterior, o Colorado recebeu o time mineiro no Beira-Rio. Favorito, o Internacional venceu por 2 a 1, de virada. No outro confronto, o Corinthians protagonizou a invasão do Maracanã, e eliminou o Fluminense nos pênaltis.

Na grande final, Porto Alegre foi o palco mais uma vez. Na arquibancada, o Inter evitou uma nova entrada em massa de torcedores paulistas. Dentro de campo, o Corinthians tinha o peso de 22 anos sem títulos e o Internacional vinha de um octacampeonato gaúcho. Isso acabou fazendo a diferença, e o Inter chegou ao bicampeonato brasileiro com uma vitória por 2 a 0.

A campanha do Internacional:
23 jogos | 19 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 59 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional