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Lazio Campeão da Recopa Europeia 1999

O fim de uma era. A Recopa Europeia de 1999 foi a última realizada pela UEFA. Ao mesmo tempo, a Liga dos Campeões seguia seu processo de expansão para além dos campeões nacionais, o que aí incluía muitos ganhadores de copas que eram vices nas ligas. Com cada vez menos vencedores na disputa, a competição perdia o sentido. A partir de 2000, a Copa da UEFA (hoje Liga Europa) abrigaria os campeões das taças nacionais.

Porém, quis o destino que o último campeão fosse também um vencedor de copa. Ganhadora da Copa da Itália de 1998, a Lazio ficou invicta em uma competição com 49 participantes ao todo. Na primeira fase, os "biancocelesti" (brancos e celestes) passaram apertado pelo Lausanne-Sport, com empates por 1 a 1 no Olímpico de Roma e por 2 a 2 na Suíça, garantindo a classificação pela regra do gol fora de casa.

Nas oitavas de final, a Lazio enfrentou o Partizan, precisando mais uma vez correr dobrado. Na ida, os italianos apenas empataram sem gols em casa. A volta aconteceu em Belgrado, e a classificação veio com vitória por 3 a 2, de virada, com dois gols de Marcelo Salas e um de Dejan Stankovic.

A situação foi mais tranquila nas quartas de final, contra o Panionios, da Grécia. Na primeira partida, goleada por 4 a 0 fora de casa. No segundo jogo, vitória por 3 a 0 no Olímpico, com gols de Stankovic e Pavel Nedved e Iván De La Peña.

Na semifinal, a Lazio teve pela frente o Lokomotiv Moscou. A ida foi realizada na capital da Rússia, e terminou empatada por 1 a 1, com Alen Boksic salvando "Le Aquile" (a águia) da derrota a 13 minutos do fim. A volta foi na capital da Itália, mas os biancocelesti não conseguiram furar a defesa russa. Tampouco os russos o fizeram, e o empate por 0 a 0 colocou a Lazio na decisão pelo gol fora de casa.

A final da última Recopa foi entre Lazio e Mallorca, que superou Heart of Midlothian, Genk, Varazdin e Chelsea. O local escolhido para a partida foi o Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra. Christian Vieri abriu o placar aos sete minutos do primeiro tempo, mas os espanhóis empataram logo depois. O gol do título só viria aos 36 do segundo tempo, quando Nedved fez 2 a 1 e encerrou de vez a história.

A campanha da Lazio:
9 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Richard Sellers/Allstar Picture

Chelsea Campeão da Recopa Europeia 1998

A temporada 1997/1998 foi um marco no futebol europeu. A UEFA decidiu ampliar a Liga dos Campeões, que até então recebia apenas os vencedores da ligas nacionais, passando a aceitar também alguns vices dos principais países. O problema é que, em alguns casos, o segundo colocado conquistava a copa nacional e a vaga na Recopa Europeia. Com isso, os clubes jogavam o torneio principal e esvaziavam o outro.

Foi o caso do Barcelona, que exerceu seu benefício de vice espanhol e não defendeu o título na Recopa. Como a Winners' Cup não seria mais tão winner, a UEFA decidiu pela extinção do campeonato em 1999. Portanto, 1998 foi o ano da penúltima disputa, tendo o Chelsea bicampeão. Ao menos, os blues se classificaram como campeões da Copa FA em 1997. 

Com a curiosa política de ter os próprios atletas como técnico (primeiro Ruud Gullit, depois Gianluca Vialli), o Chelsea começou a campanha contra o Slovan Bratislava. Na primeira partida, vitória por 2 a 0 no Stamford Bridge. No segundo jogo, novamente 2 a 0 para os ingleses na Eslováquia. Nas oitavas de final, passou pelo Tromso, da Noruega, com derrota por 3 a 2 fora e goleada por 7 a 1 em casa.

Nas quartas, o Chelsea enfrentou o Betis. No jogo de ida, em Sevilha, vitória dos blues por 2 a 1, com gols marcados por Tore André Flo. A volta foi realizada no Stamford Bridge, e os ingleses venceram mais uma vez, por 3 a 1. Os gols foram de Frank Sinclair, Roberto Di Matteo e Gianfranco Zola.

Os blues chegaram na semifinal, onde encararam o Vicenza. A primeira partida aconteceu na Itália, com derrota inglesa por 1 a 0. No segundo jogo, em Londres, os italianos saíram na frente, mas Gustavo Poyet, Zola e Mark Hughes viraram para 3 a 1, colocando o Chelsea na decisão.

Na final, Chelsea e Stuttgart se enfrentaram no Rasunda, em Estocolmo. Os alemães eliminaram ÍBV, Germinal Ekeren, Slavia Praga e Lokomotiv Moscou. Mais efetivo nas chances que criaram, os blues chegaram à vitória por 1 a 0, e ao título, com o gol de Zola aos 26 minutos do segundo tempo.

A campanha do Chelsea:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1997

A última edição da Recopa Europeia com pompa aconteceu em 1997. O motivo foi porque a UEFA decidiu que, a partir de 1998, a Liga dos Campeões seria expandida com mais vagas para os principais países. Logo, quem garantia lugar para ambas competições optaria pela principal, esvaziando a copa das vencedores de copas. Mas isto será explicado melhor mais tarde. Por ora, sobra o fato de que o torneio recebeu mais um participante, aumentando de 48 para 49.

Foi também em 1997 que o Barcelona consolidou-se de vez como o maior ganhador da Recopa, com o tetracampeonato, na primeira temporada após a saída do técnico Johann Cruyff, que deu lugar a Bobby Robson, e no período em que Ronaldo (ainda Ronaldinho) tornou-se o melhor jogador do mundo.

Vice da Copa do Rei de 1996, o Barça herdou a vaga do campeão Atlético de Madrid, que também venceu a liga espanhola e foi para a Champions. A campanha teve início na primeira fase, contra o AEK Larnaca, do Chipre, o qual venceu por 2 a 0 em casa e empatou sem gols fora de casa.

Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Estrela Vermelha, com vitória por 3 a 1 no Camp Nou e empate por 1 a 1 na Iugoslávia. Nas quartas, a vítima foi o AIK, da Suécia, com os mesmos placares: 3 a 1 em casa e 1 a 1 fora. Aqui, Giovanni, Ronaldo e Luís Figo brilharam com três, dois e um gol, respectivamente. Os outros dois tentos foram marcados por Gheorghe Popescue Juan Antonio Pizzi.

A semifinal foi disputada contra a Fiorentina. A ida aconteceu no Camp Nou, mas os blaugranas ficaram apenas no empate por 1 a 1, gol anotado por Miguel Ángel Nadal. A classificação veio com vitória na Itália, no Artemio Franchi, por 2 a 0, fols de Fernando Couto e Pep Guardiola, um prodigioso volante.

Em sua sexta final de Recopa, o Barcelona encarou o Paris Saint-Germain, defensor do título e que bateu Vaduz, Galatasaray, AEK Atenas e Liverpool. No De Kuip, em Rotedã, os dois times fizeram uma partida dura, que foi decidida num pênalti aos 37 minutos do primeiro tempo. Ronaldo converteu e o Barça foi tetra invicto  com 1 a 0 no placar.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Professional Sport/Popperfoto/Getty Images

Paris Saint-Germain Campeão da Recopa Europeia 1996

Chegamos em 1996, e a Recopa Europeia passou de 44 para 48 times, aumentando ainda mais o recorde de participantes. Esta edição ficou marcada por ter acontecido o único título francês nos 38 anos de existência, com o Paris Saint-Germain.

Embora muito tradicional no futebol, a França praticamente não possui conquistas continentais, exceto pela Liga dos Campeões do Olympique de Marselha em 1993 e, a partir de 1996, a Recopa do PSG. Depois do título na Copa da França de 1995, a jornada europeia de "les rougues-et-bleus" (vermelhos e azuis) começou na primeira fase, contra o Molde, da Noruega. Na ida, venceram por 3 a 2 fora de casa. Na volta, o placar foi de 3 a 0 no Parc des Princes.

Os parisienses seguiram para as oitavas de final, onde enfrentaram o Celtic. O primeiro jogo foi realizado na capital francesa, com vitória por 1 a 0. A segunda partida aconteceu em Glasgow, no Celtic Park, e o PSG conseguiu mais um triunfo, por 3 a 0.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o Parma. A ida foi disputada na Itália, no Ennio Tardini, e os franceses perderam o 100% de aproveitamento com a derrota por 1 a 0. A volta foi no Parc des Princes, e o PSG conseguiu reverter o confronto ao vencer por 2 a 1, com dois gols de Raí e um de Patrice Loko.

O Paris Saint-Germain chegou na semifinal, e seu adversário foi o La Coruña, da Espanha. Na primeira partida, no Estádio Riazor, Youri Djorkaeff marcou o gol da vitória por 1 a 0 aos 45 minutos do segundo tempo. No segundo jogo, Loko garantiu outro triunfo por 1 a 0 que colocou os parisienses na final.

A Recopa teve PSG e Rapid Viena na decisão. Os austríacos passaram por Petrolul Ploiesti, Sporting, Dínamo Moscou e Feyenoord. O estádio escolhido para a partida foi o Rei Baudouin (novo nome de Heysel), em Bruxelas. O título francês foi conquistado com vitória simples, por 1 a 0. O gol saiu ainda no primeiro tempo, aos 29 minutos, com Bruno Ngotty.

A campanha do Paris Saint-Germain:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Icon Sport/Getty Images

Zaragoza Campeão da Recopa Europeia 1995

Em 1995, a Recopa aumentou mais um pouco, de 43 para 44 participantes. Também a partir desta temporada, o nome oficial passou a ser "UEFA Cup Winners' Cup", em substituição a "European Cup Winners' Cup", em mais um aparente movimento de valorização do torneio.

O título ficou nas mãos de mais um daqueles times emergentes, que não são os gigantes nem mesmo em seus países. No caso, o Real Zaragoza, da Espanha, que jamais foi campeão nacional, mas levou a Copa do Rei pela quarta vez em 1994. Na primeira fase, os "blanquillos" eliminaram o Gloria Bistrita, da Romênia, ao reverter a derrota por 2 a 1 na ida fora com goleada por 4 a 0 na volta em solo espanhol.

Nas oitavas de final, o Zaragoza enfrentou o Tatran Presov, da Eslováquia. A classificação veio com goleada por 4 a 0 na ida fora e vitória por 2 a 1 na volta na Espanha. Nas duas primeiras fases, os blanquillos não atuaram em casa, La Romareda, que estava em reforma. As partidas aconteceram no Mestalla, em Valencia.

O Zaragoza encarou o Feyenoord nas quartas de final. O primeiro jogo foi em Roterdã, no De Kuip, e os visitantes perderam por 1 a 0. A segunda partida foi em La Romareda. De volta à Aragão, a equipe blanquilla reverteu mais uma desvantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Miguel Pardeza e Juan Esnáider.

Na semifinal, os aragoneses enfrentaram o Chelsea. A ida foi disputada em La Romareda, vencida pelo Zaragoza por 3 a 0. Pardeza fez um e Esnáider fez os outros dois gols. A volta foi em Londres, no Stamford Bridge. Se segurando ao máximo, os blanquillos se classificaram graças ao gol marcado por Santiago Aragón na derrota por 3 a 1.

A campanha trepidante do Zaragoza culminou na decisão com o Arsenal, defensor do título, que bateu Omonia, Brondby, Auxerre e Sampdoria. No Parc des Princes, em Paris, os blanquillos saíram na frente com Esnáider, mas levaram o empate. A um minuto do fim da prorrogação, Nayim fez 2 a 1 e garantiu o título histórico.

A campanha do Zaragoza:
9 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Zaragoza

Arsenal Campeão da Recopa Europeia 1994

Continua a expansão da Recopa Europeia. Em 1994, mais novos países se juntaram à competição, que bateu o recorde de 43 participantes. Com isso, a fase preliminar saltou de quatro para 11 confrontos, o que no início valorizou o torneio da UEFA, antes da entidade começar a tomar decisões que levariam ao fim de tudo.

O título da maior Recopa já vista até então ficou com o Arsenal, que enfim se juntou à lista dos clubes ingleses campeões continentais. Vencedores da Copa FA de 1993, os gunners iniciaram a caminhada na primeira fase, contra o Odense, da Dinamarca. Na ida, vitória por 2 a 1 fora de casa. Na volta, empate por 1 a 1 no lendário estádio de Higbury, em Londres.

A campanha seguiu nas oitavas de final, contra o Standard Liège. O primeiro jogo foi disputado em Londres, terminando com vitória inglesa por 3 a 0. E se a ida foi tranquila, a volta na Bélgica foi ainda mais com a acachapante goleada por 7 a 0, com gols de Alan Smith, Ian Selley, Tony Adams, Kevin Campbell (dois), Paul Merson e Eddie McGoldrick.

Nas quartas de final, os gunners, enfrentaram o Torino. A primeira partida aconteceu na Itália, no Delle Alpi, e ficou empatada sem gols. O segundo jogo foi realizado no Highbury, e acabou vencido pelo Arsenal por 1 a 0, gol de Adams.

Na semifinal, o adversário foi o Paris Saint-Germain. Na ida, no Parc des Princes, os gunners empataram por 1 a 1, com Ian Wright abrindo o placar e os franceses buscando o empate. Na volta em Londres, Campbell marcou logo no começo e o Arsenal venceu por 1 a 0, chegando assim na decisão.

Na final, o Arsenal desafiou o defensor o título, o Parma, que derrotou Degerfors, Maccabi Haifa, Ajax e Benfica. A partida foi disputada na Dinamarca, em Copenhague, no Estádio Parken. Aos 22 minutos do primeiro tempo, Smith anotou o gol do título invicto, conquistado na vitória por 1 a 0.

A campanha do Arsenal:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Arsenal

Parma Campeão da Recopa Europeia 1993

O boom de times na Recopa Europeia começou em 1993. Com as independências das repúblicas soviéticas e iugoslavas, o número de participantes no torneio subiria gradualmente. Em relação à 1992, foi de 34 para 36, com as entradas de Ucrânia e Eslovênia, a saída da Alemanha Oriental e a troca da União Soviética pela Rússia. Ainda houve as chegadas de Israel, que se filiou à UEFA, Ilhas Faroe e Liechtenstein, que criaram suas copas, e a suspensão da Iugoslávia, em função da guerra civil no país.

Alheio a tudo isso, o Parma também chegava para a disputa da Recopa depois do título inédito da Copa da Itália em 1992. Treinada por Nevio Scala, a mediana equipe fez história na década de 1990 e conquistou a competição europeia em 1993. Na primeira fase, contra o Újpest, venceu por 1 a 0 em casa, no Ennio Tardini e empatou por 1 a 1 na Hungria.

Nas oitavas de final, os "gialloblù" (auriazuis) passaram pelo Boavista. No primeiro jogo, o time não passou do 0 a 0 no Ennio Tardini. A vitória teve que vir fora de casa, na segunda partida em Portugal, por 2 a 0, com um gol contra e outro de Alessandro Melli.

O Parma foi às quartas de final para enfrentar o Sparta Praga. Na ida, empate sem gols na Tchecoslováquia. A volta foi disputada no Ennio Tardini, e os gialloblù venceram por 2 a 0, gols anotados por Melli e Faustino Asprilla.

Na semifinal, o Parma encarou o Atlético de Madrid. A primeira partida aconteceu no Vicente Calderón, na Espanha, e foi vencida pelos italianos por 2 a 1, gols de Asprilla. No segundo jogo, derrota por 1 a 0 no Ennio Tardini e classificação garantida através da regra do gol fora de casa.

A decisão da Recopa foi entre Parma e Antwerp, que eliminou Glenavon, Admira Wacker, Steaua Bucareste e Spartak Moscou. A partida foi realizada no Wembley, em Londres. Com gols de Lorenzo Minotti, Alessandro Melli e Stefano Cuoghi, os gialloblù foram campeões por 3 a 1.
 
A campanha do Parma:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto David Cannon/Allsport/Getty Images

Werder Bremen Campeão da Recopa Europeia 1992

Pode-se dizer que a Recopa Europeia de 1992 foi a última edição "normal" da competição. Afinal, ela foi a última antes da expansão provocada pela criação de novos países no início da década, e também foi a última antes da "irmã" Copa dos Campeões mudar de nome para Liga dos Campeões e começar a "roubar" os holofotes.

Em campo, o Werder Bremen não tinha nada a ver com essas situações e levou o título de volta para uma Alemanha unificada. Ou não, já que a UEFA resolveu manter a vaga equivalente da Alemanha Oriental, para o Stahl, visto que a conclusão da temporada 1990/91 local aconteceu após a oficialização da reunificação. Tecnicamente, os alemães tiveram dois representantes entre os 34 da Recopa.

Campeão da Copa da Alemanha de 1991, o Werder Bremen abriu a campanha do título com duas goleadas sobre o Bacau, da Romênia: 6 a 0 fora e 5 a 0 em casa, no Weserstadion. Nas oitavas de final, os "grün-weissen" (alviverdes) despacharam o Ferencváros com mais dois triunfos, por 3 a 2 na Alemanha e por 1 a 0 na Hungria.

Nas quartas de final, o adversário foi o Galatasaray. A primeira partida foi disputada no Weserstadion, e terminou com vitória do Werder por 2 a 1, de virada. O segundo jogo aconteceu em Istambul, na Turquia, e acabou empatado por 0 a 0, classificando os alemães.

O adversário do Werder na semifinal foi o Club Brugge. A ida foi na Bélgica, na única derrota alemã na campanha, por 1 a 0. A volta foi em Bremen, com os mandantes precisando vencer. Marco Bode abriu o placar no primeiro tempo e Manfred Bockenfeld fez 2 a 0 na segunda etapa, revertendo o confronto.

Na final, o Werder Bremen encarou o Monaco, que passou por Swansea City, IFK Norrköping, Roma e Feyenoord. No Estádio da Luz, em Lisboa, o time alemão superou com folga o francês, vencendo por 2 a 0. Klaus Allofs e Wyntom Rufer foram os autores dos gols do título.
 
A campanha do Werder Bremen:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Imago/Werek

Manchester United Campeão da Recopa Europeia 1991

Depois de cinco temporadas banidos das competições da UEFA por causa da Tragédia de Heysel, os clubes ingleses retornaram a disputar na temporada 1990/91. O gosto da volta era bom, mas ficou mais especial na Recopa de 1991, vencida pelo Manchester United. Foi o primeiro título a nível continental sob o comando de Alex Ferguson, logo depois da conquista da Copa FA de 1990, a primeira no geral.

Se por um lado a Inglaterra voltou, pelo outro a Iugoslávia ficou de fora, pois o Hadjuk Split foi suspenso pela UEFA e não pode representar o ainda unido país do Leste Europeu. Desta forma, a Recopa seguiu com 33 participantes. A jornada do Manchester United começou contra o Pécsi, da Hungria, com vitórias por 2 a 0 no Old Trafford e por 1 a 0 fora de casa.

Nas oitavas de final, os red devils tiveram um confronto local com o Wrexham, do País de Gales, mas que também atuava no Campeonato Inglês. O primeiro jogo foi no Old Trafford, uma tranquila vitória por 3 a 0. A segunda partida aconteceu em solo galês, com novo triunfo do United, por 2 a 0.

Nas quartas de final, os red devils encararam o Montpellier. A ida novamente ocorreu em casa, mas desta vez os ingleses ficaram apenas no empate por 1 a 1. A volta foi na França, e o United precisou vencer por 2 a 0 no Stade de la Mosson para se classificar.

O Manchester United chegou na semifinal para enfrentar o Legia Varsóvia. A primeira partida foi realizada na Polônia, e os ingleses encaminharam bem a vaga na final ao vencerem por 3 a 1, gols de Brian McClair, Mark Hughes e Steve Bruce. O segundo jogo foi no Old Trafford, terminando empatado por 1 a 1.

Na decisão, Manchester United e Barcelona mediram forças. Os espanhóis bateram Trabzonspor, Fram, Dínamo Kiev e Juventus. A disputa aconteceu no De Kuip, em Roterdã, e, com autoridade, os red devils chegaram ao título inédito e invicto na vitória por 2 a 1, com os dois gols sendo anotados por Hughes.

A campanha do Manchester United:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Neal Simpson/PA Images/Getty Images

Sampdoria Campeã da Recopa Europeia 1990

Aberta a década de 1990, a última da história da Recopa Europeia. A edição de 1990 trouxe uma tendência que foi regra em boa parte das competições da UEFA  nos últimos anos antes da virada do século: Itália levantando taça. Nesta ocasião, o título ficou com a Sampdoria, de Gênova.

No melhor momento de sua história, o "blucerchiati" (círculo azul), foi vice-campeão da própria Recopa em 1989 e tricampeão da Copa da Itália em 1985, 1988 e 1989. Também viria a ser campeão italiano em 1991, tetra da Copa em 1994 e vice da Liga dos Campeões de 1992. A campanha europeia vencedora teve início contra o Brann, da Noruega, com vitórias por 2 a 0 fora e por 1 a 0 na Itália.

A Samp seguiu para as oitavas de final, onde enfrentou o Borussia Dortmund. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, no Westfalenstadion, e ficou no empate por 1 a 1. A segunda partida foi em Gênova, no Estádio Luigi Ferraris, que foi vencida pelos italianos por 2 a 0. Gianluca Vialli fez os gols.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o Grasshopper, da Suíça. O jogo de ida foi realizado em Gênova, terminando com vitória da Sampdoria por 2 a 0. A partida de volta ocorreu em Zurique, também com triunfo italiano, por 2 a 1 e gols de Toninho Cerezo e Attilio Lombardo.

A semifinal reuniu Sampdoria e Monaco. O primeiro jogo aconteceu no principado, e ficou empatado por 2 a 2, com mais dois gols de Vialli. A segunda partida foi no Luigi Ferraris, e a classificação para a final foi obtida com vitória por 2 a 0. Os tentos foram anotados por Pietro Vierchowod e Lombardo.

A Samp estava mais uma vez na final, desta vez contra o Anderlecht, que eliminou Ballymena United, Barcelona, Admira Wacker e Dínamo Bucareste. A partida foi disputada em Gotemburgo, no Ullevi. Os 90 minutos normais não viram mudança no placar e os times precisaram da prorrogação. Foi quando apareceu o artilheiro Vialli, que fez 2 a 0 aos 15 minutos do primeiro tempo e os sete do segundo, coroando o título invicto da Sampdoria.

A campanha da Sampdoria:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Serge Philippot/Onze/Icon Sport/Getty Images

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1989

A década de 1980 chega ao fim com um líder isolado no ranking de campeões da Recopa Europeia. Em 1989, o Barcelona chegou ao tricampeonato e desempatou a disputa com Milan, Anderlecht e Dínamo Kiev. Foi com este título que também começou a era Johan Cruyff no comando do clube, que duraria até 1996.

Saído do Ajax ao fim da temporada 1987/88, o lendário holandês assumiu a equipe que havia sido campeã da Copa do Rei na mesma temporada. E levou os blaugranas a outra conquista entre a tranquilidade e o sufoco. Na primeira fase, foram duas vitórias em cima do Fram, da Islândia, por 2 a 0 fora de casa e por 5 a 0 no Camp Nou.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Lech Poznan. O primeiro jogo aconteceu no Camp Nou, mas o Barça não passou do empate por 1 a 1. A segunda partida foi realizada na Polônia, terminando com o mesmo resultado. A classificação veio suada, nos pênaltis, por 5 a 4.

O Barcelona avançou às quartas de final, onde encarou o AGF, da Dinamarca. A primeira partida foi disputada fora de casa, e o time blaugrana conseguiu abrir vantagem na vitória por 1 a 0, gol anotado por Gary Lineker. O segundo jogo foi no Camp Nou, um empate sem gols que não agradou.

Na semifinal, duas partidas contra o CSKA Sofia. A ida aconteceu na Espanha, com o Barcelona conseguindo vencer por 4 a 2, de virada, no Camp Nou. Os gols foram de Lineker, Guillermo Amor, José Bakero e Julio Salinas. A volta foi realizada na Bulgária, novamente vencida pelo Barça, por 2 a 1.

Chegada a final, o Barcelona enfrentou a Sampdoria. Os italianos passaram por IFK Norrköping, Carl Zeiss Jena, Dínamo Bucareste e Mechelen. A partida aconteceu no Wankdorf, em Berna. Logo aos quatro minutos do primeiro tempo, Salinas abriu o placar. Aos 34 do segundo tempo, Luis López Rekarte fez 2 a 0 e confirmou, de maneira invicta, o terceiro título blaugrana.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Mechelen Campeão da Recopa Europeia 1988

Perto do fim da década de 1980, a Bélgica voltou a celebrar o título da Recopa Europeia. Em 1988, a honra coube do KV Mechelen, clube da cidade de mesmo nome, na província da Antuérpia. De pouca tradição até mesmo no futebol belga, a equipe conseguiu um feito que apenas o Anderlecht havia tido, superando outras camisas grandes do país.

Campeão nacional três vezes nos anos 1940 (e outra vez em 1989), o Mechelen venceu a Copa da Bélgica pela primeira vez em 1987, o que levou os "geel-roods" (aurirubros) à disputa da Recopa, que teve 33 participantes. Na primeira fase, o time passou pelo Dínamo Bucareste com vitórias por 1 a 0 em casa, no Estádio Achter de Kazerne (tradução livre: Fundos do Quartel), e por 2 a 0 fora, na Romênia.

O Mechelen seguiu para as oitavas de final, onde enfrentou o St. Mirren, da Escócia. O jogo de ida foi disputado na Bélgica, mas os donos da casa não conseguiram sair do empate por 0 a 0. Foi preciso então fazer o resultado na partida de volta. Em solo escocês, o Mechelen venceu por 2 a 0, gols anotados por Eli Ohana.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o Dínamo Minsk. A primeira partida aconteceu no Achter de Kazerne, que foi vencida pelo Mechelen por 1 a 0, gol de Pascal De Wilde. O segundo jogo foi na União Soviética, e os belgas obtiveram a classificação ao empatarem por 1 a 1.

Na semifinal, o Mechelen teve como adversário a Atalanta. A ida foi realizada na Bélgica, com vitória aurrirubra por 2 a 1. Os gols foram de Ohana e Piet Den Boer. A volta aconteceu na cidade de Bergamo, na Itália. De virada, Graeme Rutjes e Marc Emmers guardaram os tentos de mais um triunfo por 2 a 1, que colocou o clube belga na final.

A inédita decisão foi disputada contra o Ajax, defensor do título que eliminou Dundalk, Hamburgo, Young Boys e Olympique Marselha. A partida aconteceu na França, no Stade de La Meinau, em Estrasburgo. O Mechelen conquistou o título histórico com vitória simples por 1 a 0, gol de Den Boer.

A campanha do Mechelen:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Ajax Campeão da Recopa Europeia 1987

Símbolo do chamado "futebol total" - também conhecido como carrossel holandês - nos anos 1970, Johan Cruyff deixou os gramados em maio de 1984, pelo Feyenoord. Pouco mais de um ano depois, em junho de 1985, ele tornou-se técnico, assumindo o comando do Ajax e dando início a mais uma trajetória de sucesso.

O primeiro fruto foi colhido na conquista da Copa da Holanda daquela mesma temporada, em 1986, que classificou a equipe à Recopa de 1987. E foi nesta edição do torneio que o Ajax voltou a comemorar um título continental, depois de 14 anos. Em meio aos 32 participantes, os holandeses iniciaram eliminando o Bursaspor com vitórias por 2 a 0 na Turquia e por 5 a 0 em Amsterdã.

Nas oitavas de final, o Ajax enfrentou o Olympiacos. A primeira partida aconteceu no Estádio De Meer, antiga casa do clube, terminando com goleada por 4 a 0. Os gols foram de John Bosman, Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Arnold Mühren. O segundo jogo foi realizado no Olímpico de Atenas, e o empate por 1 a 1 bastou para a classificação.

O Ajax encarou o Malmö nas quartas de final. A ida foi disputada na Suécia, local onde os holandeses conheceram a única derrota na competição, por 1 a 0. A volta foi em Amsterdã e, com dois gols de Van Basten e outro de Aron Winter, a equipe vermelha venceu por 3 a 1, revertendo o confronto.

A campanha teve sequência na semifinal, contra o Zaragoza. O primeiro jogo foi na Espanha, em La Romareda, terminando com uma ótima vitória por 3 a 2, com dois de gols de Bosman e um de Rob Witschge. A segunda foi no Olímpico de Amsterdã, e o Ajax se classificou a decisão ao vencer por 3 a 0, com mais um gol de Witschge, um de Rijkaard e o primeiro de John Van 't Schip.

Na final, o Ajax encarou o Lokomotive Leipzig, da Alemanha Oriental, que bateu Glentoran, Rapid Viena, Sion e Bordeaux. De volta ao Estádio Olímpico de Atenas, os holandeses conquistaram o título da Recopa com uma simples vitória por 1 a 0. O gol foi marcado por Van Basten. 

A campanha do Ajax:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Dínamo Kiev Campeão da Recopa Europeia 1986

A Recopa Europeia de 1986 contou com 31 participantes, sendo a primeira em décadas a não ter a fase inicial completa. Tudo por culpa da ausência dos clubes ingleses das competições da UEFA, punidos com o banimento de cinco anos depois da Tragédia de Heysel na final da Liga dos Campeões de 1985.

Com ou sem a Inglaterra, a taça da Recopa seguiu rodando o continente. Em 1986, o título voltou à União Soviética com o bicampeonato do Dínamo Kiev, 11 anos depois da primeira conquista e um após o título da Copa Soviética de 1985. A campanha começou contra o Utrecht, o qual passou com derrota por 2 a 1 na Holanda e vitória por 4 a 1 no Estádio Republicano, em Kiev.

A jornada seguiu contra o Universitatea Craiova, nas oitavas de final. No primeiro jogo, o Dínamo empatou por 2 a 2 na Romênia. A segunda partida aconteceu na União Soviética, e os ucranianos obtiveram mais uma classificação com um triunfo elástico, por 3 a 0.

Nas quartas de final, o adversário foi o Rapid Viena. A ida foi realizada na Áustria, mas parecia que havia sido na própria União Soviética, dada a facilidade com que o Dínamo venceu, por 4 a 1. Os gols foram de Igor Belanov (dois), Vasyl Rats e Pavlo Yakovenko. A volta foi em Kiev, e em casa a goleada foi ainda maior, por 5 a 1. Belanov, Ivan Yaremchuk (dois), Oleg Blokhin e Vadym Yevtushenko anotaram os gols.

Na semifinal, o Dínamo encarou o Dukla Praga. A primeira partida aconteceu no Republicano, e terminou com outra vitória categórica, por 3 a 0. Blokhin marcou duas vezes e Oleksandr Zavarov fez um. O segundo jogo foi na Tchecoslováquia, com a vaga na final vindo no empate por 1 a 1.

O Dínamo Kiev chegou à decisão para enfrentar o Atlético de Madrid, que superou Celtic, Bangor City, Estrela Vermelha e Uerdingen. A partida foi disputada no Gerland, em Lyon, e consumou o bicampeonato dos soviéticos. Com gols de Zavarov, Blokhin e Yevtushenko, o Dínamo venceu por 3 a 0. Com 11 anos de intervalo, o futebol científico de Valeriy Lobanovskyi deu resultado novamente.

A campanha do Dínamo Kiev:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Alain de Martignac/Onze/Icon Sport/Getty Images

Everton Campeão da Recopa Europeia 1985

A temporada de 1984/85 do futebol europeu terminou conturbada com a Tragédia de Heysel em 29 de maio, quando hooligans do Liverpool invadiram o espaço da torcida da Juventus no estádio belga e entraram em confronto com os italianos, matando 39 antes da final da Liga dos Campeões. A consequência do desastre foi o banimento dos clubes ingleses dos torneios da UEFA por cinco anos.

Tal medida atrapalhou a história do maior rival do Liverpool, o Everton, que 14 dias antes foi campeão de sua maior taça, a Recopa Europeia de 1985, além de também ter levado o título inglês da temporada. O clube não pôde desfrutar de nenhum benefício dessas conquistas, pois ficou banido por tabela.

Extracampo a parte, a Recopa do Everton começou a ser desenhada quando o time venceu a Copa FA de 1984. A competição teve 32 participantes, e a campanha dos "toffees" (caramelos) teve início na primeira fase, contra o University Dublin. Na ida, empate sem gols na Irlanda. Na volta, vitória por 1 a 0 no Goodison Park.

Nas oitavas de final, o time azul encarou o Inter Bratislava, da Tchecoslováquia, e venceu as duas partidas, por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 0 na Inglaterra. Nas quartas, foi a vez de também bater nos dois jogos o Fortuna Sittard, da Holanda, por 3 a 0 em casa e por 2 a 0 fora.

A campanha invicta do Everton continuou na semifinal, contra o Bayern de Munique. A primeira partida foi na Alemanha, no Olímpico de Munique, e terminou empatada por 0 a 0. O segundo jogo aconteceu no Goodison Park, e os toffees venceram por 3 a 1, gols de Graeme Sharp, Andy Gray e Trevor Steven, chegando na decisão.

A final foi entre Everton e Rapid Viena, que superou Besiktas, Celtic, Dínamo Dresden e Dínamo Moscou. Dentro do Estádio De Kuip, em Roterdã, os ingleses tiveram grande atuação e foram campeões com o triunfo por 3 a 1. Os gols foram anotados por Gray, Steven e Kevin Sheedy, todos no segundo tempo.

A campanha do Everton:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto David Cannon/Allsport/Getty Images/Hulton Archive

Juventus Campeã da Recopa Europeia 1984

A Recopa Europeia desembarca em 1984 com o título retornando para a Itália depois de 11 anos. Nesta vez, a taça ficou nas mãos da Juventus, que a esta altura já contava com a base que viria a vencer também a Liga dos Campeões e o Mundial em 1985.

O torneio contou com 33 participantes, e a Vecchia Signora entrou por meio da conquista da Copa da Itália de 1982. Na primeira fase, o adversário foi o Lechia Gdansk, da Polônia. Na ida, goleada por 7 a 0 no Estádio Comunale, em Turim, com dois gols de Michel Platini, quatro de Domenico Penzo e um de Paolo Rossi. Na volta, nova vitória, mais apertada, por 3 a 2 fora de casa..

A campanha bianconera prosseguiu nas oitavas de final, contra o Paris Saint-Germain. O primeiro jogo foi realizado no Parc des Princes, e os italianos por pouco não venceram, cedendo o empate por 2 a 2 nos acréscimos da etapa final. A segunda partida foi em Turim. Apesar de ter mais time, a Juve não furou a defesa francesa, e vice-versa. O empate sem gols serviu por causa da regra do gol fora.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Haka, da Finlândia. A ida foi disputada fora de casa para as duas equipes, na França. No La Meinau, em Estrasburgo, a Juventus venceu por 1 a 0, gol de Beniamino Vignola. A volta foi no Comunale, e os bianconeri confirmaram a classificação com outro 1 a 0, gol de Marco Tardelli.

A Juve encarou o Manchester United na semifinal. Na primeira partida, empate por 1 a 1 no Old Trafford. O segundo jogo foi no Comunale, e se encaminhava para a prorrogação com o mesmo placar, quando Rossi apareceu para fazer 2 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo.

Na final, a Juventus enfrentou o Porto, que eliminou Dínamo Zagreb, Rangers, Shakhtar Donetsk e Aberdeen. A disputa ocorreu no St. Jakob, na Basileia, que recebeu a decisão da Recopa pela quarta e última vez. Vignola abriu ao placar aos 12 do primeiro tempo, e os portugueses empataram aos 29. Aos 41, Zbigniew Boniek fez 2 a 1 e garantiu o título inédito e invicto da Vecchia Signora.

A campanha da Juventus:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Aldo Liverani/SAS

Aberdeen Campeão da Recopa Europeia 1983

Quando falamos no futebol da Escócia, logo vem à cabeça Celtic e Rangers, os dois maiores clubes do país britânico. Mas há espaço para uma terceira força, que protagonizou um feito raro: venceu um título europeu em cima do Real Madrid. Na Recopa de 1983, o Aberdeen foi o último a ganhar um torneio continental linear sobre os espanhóis. E mais do que isso, revelou o lendário técnico Alex Ferguson.

A Recopa de 1983 contou com 34 participantes, e o Aberdeen foi um dos quatro que precisou disputar a fase preliminar. Campeão da Copa da Escócia de 1982, os "dons" eliminaram o Sion, da Suíça, com goleadas por 7 a 0 em casa e por 4 a 1 fora. Na primeira fase, foi a vez de passar pelo Dínamo Tirana, com vitória por 1 a 0 na Escócia e empate por 0 a 0 na Albânia.

Nas oitavas de final, o Aberdeen enfrentou o Lech Poznan, da Polônia. A partida de ida foi realizada outra vez em casa, no Estádio Pittodrie, e terminou com vitória escocesa por 2 a 0. Na volta, os dons voltaram a vencer, por 1 a 0 fora de casa.

O adversário escocês nas quartas foi o Bayern de Munique. O primeiro jogo aconteceu fora, no Olímpico de Munique, e ficou no empate sem gols. A segunda partida foi no Pittodrie, que viu uma espetacular virada de placar. O Aberdeen perdia por 2 a 1 até os 32 minutos do segundo tempo quando, em um minuto, pulou para 3 a 2 com os gols de Alex McLeish e John Hewitt.

A semifinal foi disputada contra o Waterschei Thor, da Bélgica. Na ida, o Aberdeen goleou por 5 a 1 no Pittodrie, gols de Eric Black, Neil Simpson, Mark McGhee (dois) e Peter Weir. Na volta, aconteceu a única derrota na campanha, por 1 a 0 na cidade de Genk.

A final contra o Real Madrid foi possível após os espanhóis baterem Baia Mare, Újpesti, Intenazionale e Austria Viena. No Estádio Ullevi, em Gotemburgo, Black abriu logo aos sete minutos do primeiro tempo, mas o adversário empatou aos 15. O resultado seguiu assim até a prorrogação, quando Hewitt fez o gol do título do Aberdeen aos sete do segundo tempo, marcando 2 a 1.

A campanha do Aberdeen:
11 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Peter Robinson/PA Images

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1982

Chegamos no ano de 1982, quando a Recopa Europeia, sem ainda ninguém saber, já havia cruzado a metade de sua existência. Nesta temporada, que teve 33 participantes em disputa, teve como campeão mais uma vez o Barcelona, que chegou ao bicampeonato depois de três anos.

Vencedor da Copa do Rei em 1981, o Barça começou a campanha contra o Botev Plovdiv, da Bulgária. Na primeira partida, goleada por 4 a 1 no Camp Nou. A vantagem tranquila permitiu ao time blaugrana até perder o segundo jogo, por 1 a 0 fora de casa.

O caminho seguiu nas oitavas de final, contra o Dukla Praga. A ida foi na Tchecoslováquia, com o Barcelona voltando a perder por 1 a 0 como visitante. A situação agora estava invertida, mas os jogadores conseguiram reverter o confronto na volta, ao golearem os tchecos por 4 a 0 em casa.

O próximo adversário do Barcelona foi o Lokomotive Leipzig, nas quartas. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha Oriental, e o time blaugrana conseguiu uma ótima vitória por 3 a 0, gols de Quini, Enrique Morán e Allan Simonsen. A segunda partida foi no Camp Nou, mas o Barça não conseguiu repetir o desempenho e acabou derrotado por 2 a 1, sem afetar a classificação.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Tottenham. A partida de ida foi realizada em Londres, no White Hart Lane. O Barcelona saiu na frente com o gol de Antonio Olmo, mas levou o empate por 1 a 1. O jogo de volta foi no Camp Nou, e a classificação para a final com a vitória por 1 a 0, gol do artilheiro Simonsen.

A decisão foi contra o Standard Liège, que passou por Floriana, Vasas, Porto e Dínamo Tbilisi. O estádio escolhido (antes da temporada) para a partida foi exatamente o Camp Nou, que recebeu mais 100 mil blaugranas. Mas foram os belgas que abriram o placar, aos oito minutos do primeiro tempo. O empate só veio aos 47, com Simonsen. O tento da virada para 2 a 1, e do bicampeonato, saiu aos 18 do segundo tempo, com Quini.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Barcelona

Dínamo Tbilisi Campeão da Recopa Europeia 1981

Vez por outra aparecia algum time alternativo para ser campeão dos torneios da UEFA. Foi o que aconteceu no caso da Recopa Europeia de 1981, quando o Dínamo Tbilisi levou o título para a União Soviética. Foi o ponto alto do clube que hoje representa a Geórgia no cenário mundial.

O Dínamo Tbilisi era surpresa até mesmo na União Soviética, sendo campeão nacional somente em 1964 e 1978, e da Copa Soviética em 1976 e 1979. E foi o bicampeonato na copa local que colocou os azuis e brancos na disputa da Recopa. Na primeira fase, passou pelo Kastoria, da Grécia, após empatar sem gols fora de casa, e vencer por 2 a 0 em Tbilisi, no Estádio Lenin Dínamo.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Waterford, da Irlanda. O primeiro jogo aconteceu fora de casa e foi vencido pelo Dínamo por 1 a 0. A segunda partida foi realizada na União Soviética, e desta vez os azuis golearam por 4 a 0.

Nas quartas, a campanha seguiu quase imbatível contra o West Ham. Na ida, goleada do Dínamo por 4 a 1 em plena Londres, com gols de Aleksandre Chivadze, Vladimir Gutsaev e dois de Ramaz Shengelia. Na volta, a primeira derrota, por 1 a 0 no Lenin Dínamo, que não afetou a classificação dos georgianos.

Chegada a semifinal, era a vez de encarar o Feyenoord. A primeira partida aconteceu no Lenin Dínamo, com uma categórica vitória por 3 a 0, com dois gols de Tengiz Sulakvelidze e um de Gutsaev. O segundo jogo foi no De Kuip, em Roterdã, no qual os holandeses tentaram devolver o placar, mas só chegaram em 2 a 0. O Dínamo Tbilisi era finalista da Recopa Europeia.

A decisão foi talvez a mais alternativa da história da UEFA, entre Dínamo Tbilisi e Carl Zeiss Jena, time da Alemanha Oriental que bateu Roma, Valencia, Newport County e Benfica. A partida foi no Rheinstadion, em Düsseldorf, para apenas 4.750 torcedores. Já no segundo tempo, os alemães abriram o placar, aos 18 minutos. Aos 22, Gutsaev empatou para os soviéticos. A virada para 2 a 1 e o título vieram aos 41, no gol de Vitaly Daraselia.

A campanha do Dínamo Tbilisi:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gerard Bedeau/Onze/Icon Sport/Getty Images

Valencia Campeão da Recopa Europeia 1980

A década de 1970 terminou com a Recopa Europeia morando na Espanha. E a década de 1980 começou da mesma forma, com o título permanecendo em território espanhol. Da Catalunha, a taça viajou até a Comunidade Valenciana, que celebrou a conquista inédita do Valencia em 1980, sob o comando de do técnico Alfredo Di Stéfano.

Vencedores da Copa do Rei de 1979, os murciélagos entraram na competição europeia que contou com 34 participantes e a volta da fase preliminar. Já na primeira fase, o Valencia começou a campanha rumo ao título contra o Boldklubben, da Dinamarca. Na ida, empate por 2 a 2 fora de casa. Na volta, goleada por 4 a 0 no Mestalla.

O Valencia seguiu para as oitavas de final e enfrentou o Rangers. O primeiro jogo aconteceu em casa, no Mestalla, mas os valencianos não passaram do empate por 1 a 1 com os escoceses. A segunda partida foi em Glasgow, e os murciélagos tiveram uma bela atuação em pleno Estádio Ibrox, vencendo por 3 a 1 e se classificando às quartas.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o Barcelona.  A ida foi no Camp Nou, e o Valencia fez a festa na casa do rival ao vencer por 1 a 0. A volta foi no Mestalla, cheia de emoção. Enrique Saura abriu o placar, os catalães viraram e Rainer Bonhof empatou, tudo isso em meia hora. No segundo tempo, Saura fez mais um Mario Kempes anotou o quarto gol que classificou o time valenciano. Deu tempo para o Barcelona descontar para 4 a 3, que não serviu para nada.

Na semifinal, o adversário foi o Nantes. A primeira partida foi na França, e o Valencia voltou derrotado por 2 a 1. O segundo jogo foi no Mestalla, e com o apoio da torcida os murciélagos reverteram a desvantagem e golearam por 4 a 0, obtendo a vaga na decisão.

O oponente na final foi o Arsenal, que eliminou Fenerbahçe, Magdeburg, IFK Gotemburgo e Juventus. A partida foi realizada em Bruxelas, no Estádio de Heysel. A disputa foi forte, porém os gols não saíram e tudo ficou no 0 a 0. Nos pênaltis, o Valencia se deu melhor e venceu por 5 a 4, garantindo o título.

A campanha do Valencia:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Diario AS