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Chapecoense Campeã Catarinense 1977

Mais um campeão inédito em Santa Catarina. Em 1977, o título ficou no oeste do Estado, com a Chapecoense. Fundado em 1973, o clube disputou quatro torneios até levantar a primeira taça.

A competição teve 20 times. Na primeira fase, eles foram divididos em dois grupos de seis e um grupo de oito, que apontaram oito classificados após a disputa de dois turnos. Os outros 12 foram à repescagem. Na segunda fase, os classificados ficaram em dois quadrangulares, que apontaram dois finalistas. A terceira fase contou com os mesmos oito clubes, mais dois vindos da repescagem, que se enfrentaram em dois turnos. Os três melhores se garantiram na decisão. Por fim, a fase final contou com os cinco classificados das segunda e terceira etapas, mais um sexto clube vindo de outra repescagem.

A Chapecoense iniciou a campanha no grupo C, que tinha oito equipes. Na estreia, empatou por 1 a 1 com o Joaçaba fora de casa. A primeira vitória veio em Chapecó, no Índio Condá, por 3 a 0 sobre o Guarani de São Miguel do Oeste. Nas outras 12 partidas, o time acumulou mais dez vitórias, um empate e uma derrota, se classificando na liderança da chave, com 24 pontos.

Na segunda fase, o Verdão do Oeste encarou Carlos Renaux, Avaí e Figueirense no grupo D. Em seis jogos, conseguiu cinco vitórias e um empate, somando 11 pontos e se garantindo na fase final.

O time de Chapecó tirou o pé na terceira fase. Na estreia, levou 2 a 1 do Joinville fora de casa. Nos 17 jogos restantes, foram obtidas cinco vitórias, sete empates e cinco derrotas, que deixaram a Chapecoense apenas na oitava posição, com 17 pontos.

A força verde estava guardada para a fase final, que aconteceu com cinco times. Isto porque o Joinville acumulou duas classificações na segunda e terceira fases, o que deu um ponto extra ao clube. Mas este ponto não serviu de nada, pois a Chapecoense deixou muito para trás quase todos os adversários, com cinco vitórias, dois empates e uma derrota em oito partidas. Foram 12 pontos para o Verdão do Oeste, que ficou empatado na liderança com o Avaí.

Este empate na liderança obrigou a realização de um jogo extra para a definição do campeão catarinense. Ele aconteceu na casa do time de melhor campanha geral, a Chapecoense. E foi diante da própria torcida, no Índio Condá, que a Chape ficou com o título ao vencer o Avaí por 1 a 0.

A campanha da Chapecoense:
47 jogos | 27 vitórias | 12 empates | 8 derrotas | 72 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Arquivo/Chapecoense

Joinville Campeão Catarinense 1976

O Joinville nasceu campeão. Fundado a partir da união de Caxias e América em janeiro de 1976, o clube chegou ao primeiro título catarinense logo no ano de estreia, trazendo a taça de volta para o interior depois de cinco temporadas. Mas, para conseguir isso, precisou passar por duas finais.

O torneio foi disputado por 14 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, porém divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram. Na segunda fase, as equipes mantiveram as divisões em grupos, mas com enfrentamentos apenas entre si. O líder de cada chave se classificou para a final.

No grupo A, o Joinville estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Marcílio Dias em casa, o Estádio Edgar Schneider. Nas outras 25 partidas, venceu 13, empatou oito e perdeu quatro, o que deixou o time na liderança da chave com 36 pontos. O ponto alto da campanha foi a goleada por 8 a 0 sobre o Guarani de São Miguel do Oeste, ainda no primeiro turno.

Na segunda fase, o JEC enfrentou Avaí, Marcílio Dias e Inter de Lages. Na estreia, fez 1 a 0 no Inter em casa. Na sequência, conseguiu mais três vitórias, um empate e uma derrota, que colocaram a equipe na final estadual com nove pontos.

O adversário tricolor na decisão foi o Figueirense, líder do outro grupo. O Joinville venceu por 1 a 0 na ida em casa e segurou o empate por 0 a 0 na volta fora, que poderiam ter dado o título inédito ao time. Mas a disputa foi anulada porque o Juventus de Rio do Sul entrou na justiça contra o clube de Florianópolis. A partida entre as equipes no returno da segunda fase acabou 1 a 1, mas o Juventus tirou o ponto do Figueirense no tribunal. Assim, os alvinegros baixaram de sete pontos para seis e os juventinos subiram de seis para sete, invertendo as posições no grupo B.

A nova final aconteceu em outubro de 1976, cerca de 50 dias após o confronto anulado, em agosto. Sem culpa alguma no cartório, o Joinville jogou a ida em Rio do Sul e venceu por 1 a 0. A volta aconteceu no Edgar Schneider, e o JEC voltou a vencer o Juventus por 1 a 0. Agora sim, o primeiro título podia ser comemorado.

A campanha do Joinville:
34 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 50 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Joinville

Avaí Campeão Catarinense 1975

Os clubes de Florianópolis dominaram o futebol catarinense na primeira metade da década de 1970. Com dois títulos para cada, Avaí e Figueirense retomaram a hegemonia do futebol de Santa Catarina para a capital. Porém, a conquista de 1975 por parte do Leão da Ilha foi a última daquele momento. A próxima viria para a clube apenas 13 anos depois.

O Campeonato Catarinense de 1975 13 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, mas divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram à segunda fase, que foi disputada do mesmo modo que a etapa anterior. O líder de cada grupo se classificou à final, que foi realizada em melhor de três jogos.

O Avaí ficou no grupo B, junto com Chapecoense, Inter de Lages, Marcílio Dias, Caxias de Joinville, Carlos Renaux e Próspera. Na estreia, o time goleou o Caxias por 4 a 1 no Adolfo Konder. Depois, somou mais 15 vitórias, cinco empates e três derrotas nas 23 partidas seguintes. Com 37 pontos, o Leão se classificou na primeira colocação da chave.

Na segunda fase, o Avaí seguiu com Chapecoense, Inter de Lages e Marcílio Dias. No outro grupo, atuaram Figueirense, Palmeiras de Blumenau, América de Joinville e Juventus de Rio do Sul. O Leão iniciou a etapa com empate sem gols diante do Marcílio Dias, em Itajaí. Nos 13 jogos restantes, a equipe acumulou seis vitórias, cinco empates e duas derrotas. Os resultados deixaram o Avaí na liderança com 18 pontos, cinco a mais que a vice Chapecoense.

Classificado à decisão, o Avaí disputou o título com o rival Figueirense, que liderou o grupo A. A primeira partida aconteceu no Orlando Scarpelli. Fora de casa, o Leão não resistiu e saiu derrotado por 3 a 2. O segundo jogo foi em casa, no Adolfo Konder. Na obrigação de não perder, o Avaí igualou o confronto ao vencer por 3 a 0. Ambos os times foram à terceira partida com dois pontos.

A partida derradeira aconteceu no Orlando Scarpelli. Como os times estavam empatados em pontos, o título ficaria com o vencedor do terceiro clássico. E o Avaí fez um papel bem diferente em relação ao primeiro jogo. Venceu fora de casa por 1 a 0 e conquistou o 11º título estadual.

A campanha do Avaí:
41 jogos | 24 vitórias | 11 empates | 6 derrotas | 72 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Figueirense Campeão Catarinense 1974

A dobradinha entre Figueirense e Avaí no topo do Campeonato Catarinense teve sequência em 1974. A hegemonia da capital Florianópolis sobre o interior de Santa Catarina seguiu com a oitava conquista alvinegra. Porém, mal sabiam os torcedores que esta seria a última pelos próximos 20 anos.

O campeonato de 1974 teve um calendário prejudicado. A Federação Catarinense não conseguiu concluir a competição no ano certo e precisou avançar até fevereiro de 1975, depois das férias dos jogadores. O regulamento teve 12 participantes em três fases. Na primeira, os times foram divididos em dois turnos e atuaram em dois turnos. As quatro melhores colocadas de cada chave foram à segunda fase, onde jogaram no formato de dois grupos cruzados, também em dois turnos. O líder de cada chave foi à decisão.

O Figueira ficou em chave com Avaí, Carlos Renaux, Marcílio Dias, Palmeiras de Blumenau e Próspera. Na estreia, venceu o Marcílio por 2 a 0 no Orlando Scarpelli. Nos nove jogos seguintes, fez mais sete vitórias e dois empates, que garantiram a classificação e a liderança ao time, com 18 pontos.

Na segunda fase, o Figueirense ficou em grupo com América de Joinville, Chapecoense e Marcílio Dias, enfrentado o outro lado: Avaí, Caxias de Joinville, Inter de Lages e Palmeiras de Blumenau. Na primeira partida, o time fez 2 a 0 sobre o Caxias em casa. Depois, empatou por 2 a 2 com o Palmeiras fora e venceu por 3 a 1 o Avaí na casa do rival, o Adolfo Konder. Com outras duas vitórias, dois empates e uma derrota nos jogos restantes, a equipe alvinegra se garantiu na final com 11 pontos.

O adversário do Figueira na decisão foi o Inter de Lages, que se garantiu ali exatamente por ter vencido os alvinegros na última rodada da fase anterior, em dezembro de 1974. Mas a final era outra história, no fim de janeiro de 1975. O primeiro jogo aconteceu no Vidal Ramos, em Lages, e acabou empatado sem gols. O resultado já confirmava a necessidade de uma terceira partida.

O segundo jogo foi no Orlando Scarpelli, onde o Figueirense venceu por 2 a 0 e assumiu a vantagem. A partida extra foi realizada no mesmo estádio. Um empate já bastava para o título alvinegro, mas a conquista veio com outra vitória, pelo placar de 4 a 2.

A campanha do Figueirense:
21 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Figueirense

Avaí Campeão Catarinense 1973

A maior rivalidade de Santa Catarina é entre Avaí e Figueirense. E na década de 1970, os dois clubes voltaram ao topo do futebol estadual. Em 1972, foram os alvinegros. Em 1973, foi a vez do Leão da Ilha, que recuperou o título catarinense depois de 28 anos. Foi o décimo título na história do clube.

O estadual de 1973 teve a presença de dez times. No primeiro turno, elas se enfrentaram em jogos de ida, com os dois primeiros avançando à fase final. No segundo e terceiro turnos, aconteceu a mesma coisa, com partidas de mão única e duas vagas na decisão do campeonato.

A campanha do Avaí teve início no empate por 1 a 1 com o Inter de Lages em casa, no Estádio Adolfo Konder. A primeira vitória veio na segunda partida, por 1 a 0 sobre o Palmeiras de Blumenau fora de casa. Nos sete jogos seguintes, o Leão venceu seis e perdeu um, encerrando o primeiro turno com 15 pontos, classificado à fase final na segunda posição, atrás do Figueirense no saldo de gols.

Já garantido na fase final, o Avaí tirou o pé no segundo turno. Na estreia, perdeu por 1 a 0 para o Inter de Lages fora de casa. Depois, venceu o Palmeiras de Blumenau por 2 a 0 em casa e conseguiu mais três vitórias, três empates e uma derrota. Com 11 pontos em nove jogos, o Leão da Ilha ficou em quarto lugar. Juventus de Rio do Sul e Figueirense foram os líderes.

O terceiro turno aconteceu com nove times, após o Paysandu de Brusque desistir do campeonato. O Avaí iniciou com empate por 1 a 1 com o Figueirense e vitória por 4 a 0 sobre o Hercílio Luz, ambos no Adolfo Konder. Nas seis partidas restante, a equipe venceu três e empatou três, deixando-a na liderança com 12 pontos. Com 10, o Caxias de Joinville foi vice e completou o grupo de classificados.

A fase final aconteceu em quadrangular, do zero, com Avaí, Figueirense, Caxias e Juventus. Na estreia, o Leão ficou no empate por 1 a 1 com o Caxias em Joinville. Depois, bateu o Figueirense por 1 a 0 em casa. No fim do turno, empatou por 1 a 1 com o Juventus em Rio do Sul.

No returno, o Avaí obteve vitórias por 1 a 0 sobre Caxias e Figueirense, em casa e no Orlando Scarpelli. Com oito pontos, o Leão chegou na liderança para a última rodada, seguido pelo Juventus com seis pontos. O confronto direto pelo título aconteceu no Adolfo Konder, e o Avaí venceu por 2 a 1.

A campanha do Avaí:
32 jogos | 19 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 44 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Figueirense Campeão Catarinense 1972

O Campeonato Catarinense de 1972 foi um marco para o futebol de Santa Catarina, por dois motivos. Primeiro, porque o título voltou a ser de um clube da capital Florianópolis depois de 13 anos. O último havia acontecido com o Paula Ramos (atualmente amador) em 1959. Segundo, porque acabou com um tabu de 31 anos sem conquistas do Figueirense. O Furacão do Estreito não era campeão desde 1941. Foi a sétima conquista do time.

O estadual daquele ano teve a presença de dez equipes. Na primeira fase, todas se enfrentaram em dois turnos. Ao fim de 18 rodadas, as quatro melhores colocadas passaram ao quadrangular final, que também foi disputado em dois turnos e definiu o campeão.

A primeira fase foi equilibrada. Na estreia, o Figueira ficou no empate sem gols com o Inter de Lages no Orlando Scarpelli. Na segunda rodada, derrota fora por 1 a 0 para o Paysandu de Brusque. A primeira vitória aconteceu na terceira partida, por 2 a 1 sobre o Caxias de Joinville em casa.

A campanha alvinegra não era regular, mas teve mais altos que baixos. Em 18 jogos, foram nove vitórias, três empates e seis derrotas. Com 21 pontos, o Figueirense se classificou para o quadrangular final em segundo lugar, dois pontos atrás do América de Joinville, empatado com o Avaí (mas com um triunfo a mais que o rival) e um ponto na frente do Hercílio Luz.

Esses quatro clubes passaram ao quadrangular do título, que foi dominado pelo Figueira. Na primeira rodada, o time venceu o América por 1 a 0 no Orlando Scarpelli. No segunda partida, empatou por 0 a 0 com o Hercílio Luz, também em casa. O terceiro jogo foi o clássico com o Avaí no antigo Estádio Adolfo Konder, também empatado por 0 a 0.

Apesar dos empates, a situação era favorável ao Figueirense. Na quarta rodada, a vitória por 1 a 0 sobre o América em Joinville encaminhou o título. Os alvinegros estavam com seis pontos, contra quatro do Hercílio Luz e três de Avaí e América. A quinta partida foi exatamente contra o Hercílio, no Estádio Aníbal Costa, em Tubarão. Bastava vencer fora de casa para o título vir antecipadamente, e isso aconteceu com o placar de 1 a 0. Na última rodada, as faixas e a festa no empate sem gols com o Avaí.

A campanha do Figueirense:
24 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 23 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Paulo Dutra/Placar

América-SC Campeão Catarinense 1971

Um dos estados mais difíceis de se fazer hegemonia no futebol é Santa Catarina, que quase sempre revela uma grande alternância de forças ao longo do tempo. Ainda assim, existem algumas exceções, como o Joinville octacampeão entre 1978 e 1985.

Mas o Joinville foi fundado apenas em 1976, resultado de uma fusão entre dois outros clubes da cidade: Caxias e América. O primeiro foi campeão estadual três vezes, em 1929, 1954 e 1955. O segundo levou cinco taças, em 1947, 1948, 1951, 1952 e 1971. Portanto, a última conquista levou 19 anos para acontecer.

Naquela temporada, o Campeonato Catarinense teve 13 participantes, que se enfrentaram em dois turnos, no formato de pontos corridos e contagem por menos pontos perdidos. A quinta conquista do América começou a ser construída logo na estreia, na vitória por 2 a 0 sobre o Carlos Renaux, em Brusque. O primeiro triunfo em casa, no Estádio Olímpico Edgar Schneider, veio na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Figueirense.

Foi campanha quase perfeita. No primeiro turno, o América fez 12 jogos, vencendo nove e empatndo três. No segundo turno, foram mais sete vitórias e um empate até que acontecesse a primeira derrota, por 1 a 0 para o Hercílio Luz em Tubarão. À esta altura, o título já estava praticamente encaminhado.

Faltando quatro rodadas para o fim, o América era o líder com 36 pontos ganhos e só seis perdidos. O vice era o rival Caxias, com 29. Era questão de tempo para a conquista, e o time resolveu fazer isso com estilo. Contra o Avaí, no Edgar Schneider, a goleada por 4 a 1 confirmou o título da equipe alvirrubra, com 38 pontos ganhos e dez perdidos. Na ressaca das rodadas finais, aconteceram outras duas derrotas.

A soberania do América no campeonato foi tão grande, que até hoje há dúvida sobre quem foi o vice-campeão. Algumas fontes dizem que foi o Próspera, com 35 pontos ganhos e 13 perdidos. Outras, falam que foi o Caxias, com 33 pontos ganhos e 15 perdidos. Porém, para o velho torcedor alvirrubro, isto pouco importa. Dez anos depois da fusão com o Caxias, o América reativou o departamento de futebol, atualmente atuado apenas como time amador.

A campanha do América-SC:
24 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 46 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/América-SC

Ferroviário-SC Campeão Catarinense 1970

O Campeonato Catarinense é um dos mais equilibrados do Brasil, com vários campeões ao longo dos anos. Também é um dos raros casos de estadual em que o interior tem mais títulos que a capital. A maior concentração de conquistas está no quinteto Avaí, Figueirense, Criciúma, Chapecoense e Joinville.

Em 1970, Chapecoense e Joinville ainda não existiam, Criciúma se chamava Comerciário e tinha apenas um título, e Avaí e Figueirense não venciam desde a década de 1940. O interior de Santa Catarina fazia a festa frequentemente, e em 1970 foi a vez da cidade de Tubarão faturar o título. O Esporte Clube Ferroviário, clube que existiu entre 1944 e 1992, levou seu único estadual naquele ano.

O torneio vencido pelo "Rubro-negro da Vila Oficinas", ou "Ferrinho", contou com 15 participantes e teve um regulamento simples, de pontos corridos. Ou melhor, de pontos perdidos. O primeiro critério de desempate na tabela de classificação era o de menos derrotas. Na estreia, o Ferroviário bateu por 1 a 0 Caxias de Joinville, no Estádio Domingos González, em Tubarão. Nos 14 jogos do primeiro turno, o time venceu dez, empatou dois e perdeu dois, se colocando na disputa do título no segundo turno.

O returno iniciou novamente contra o Caxias, com empate por 0 a 0 em Joinville. Na sequência, o Ferroviário goleou por 4 a 1 o Palmeiras de Blumenau em casa. A campanha foi grandes momentos para o rubro-negro, como a goleada por 6 a 1 sobre o Carlos Renaux em Tubarão, embora ainda houvessem duras derrotas, com a de 4 a 0 para o principal concorrente a taça, o Olímpico, em Blumenau.

Na última rodada, o Ferroviário era o líder do estadual com 38 pontos e cinco derrotas. Em segundo, vinha o Olímpico com 37 pontos e seis derrotas. Em terceiro, estava o América de Joinville com 36 pontos e três derrotas. Em quarto, o Próspera tinha 36 pontos e seis derrotas. Eram os quatro times com chances de ser campeão. O Ferrinho jogava por um empate, independentemente dos outros resultados.

Quis o destino que o título fosse conquistado no clássico contra o Hercílio Luz, no Domingos González. No primeiro turno, o Ferroviário venceu por 2 a 1 fora de casa, no Aníbal Costa. Em casa, nem precisou da vitória, muito menos de gols. O empate por 0 a 0 serviu a conquista do Catarinense, com 39 pontos e cinco derrotas. O Olímpico até venceu sua partida na rodada e igualou os 39, mas com seis derrotas.

A campanha do Ferroviário-SC:
28 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 44 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Orestes Araújo