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Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 2002

O que era para ter sido uma revolução no trato com os estaduais e regionais no futebol brasileiro, tornou-se na edição derradeira do Torneio Rio-São Paulo. Em 2002, a FPF tentou dar mais um passo no fortalecimento da competição. O número de participantes foi aumentado para 16 e a proposta era de que os mesmos ficassem ausentes dos estaduais, o que aconteceu de fato no Paulista.
Mas a FERJ não concordou inteiramente com a ideia, exigindo que seus clubes jogassem também o Carioca. Foram nove equipes de São Paulo e sete do Rio de Janeiro no torneio de grupo e turno únicos na primeira fase, e que ainda previa o rebaixamento do pior time colocado de cada Estado.
O desnível entre paulistas e cariocas ficou evidente, já que um lado jogava apenas o Rio-SP enquanto o outro era obrigado a dividir titulares e reservas com o estadual. Corinthians e Palmeiras ficaram disparados na frente com 31 pontos cada, mas a liderança sendo alvinegra devido ao saldo de gols. São Paulo e São Caetano fecharam o G-4 com 26 e 25 pontos, respectivamente.
O melhor carioca foi o Fluminense, em quinto com 24 pontos, seguido imediatamente por Vasco e Botafogo, que marcaram 24 e 23. Outros que lutaram pelas vagas na semifinal foram Paulista e Santos, oitavo e nono com 23 pontos. No limbo da classificação ficaram Portuguesa, Ponte Preta e Guarani, com 20 pontos cada. As decepções foram todas de um só lado: Flamengo com 15 pontos, Americano com 11, Bangu com oito e America com sete.
Líder e com o melhor elenco, o Corinthians enfrentou o São Caetano na semifinal, empatando a ida fora por 1 a 1 e vencendo a volta em casa por 3 a 1. A final foi contra o São Paulo, em duas partidas emocionantes no Morumbi. O Timão venceu a ida por 3 a 2 e foi campeão empatando a volta por 1 a 1. Foi a quinta e última conquista corintiana do Torneio Rio-São Paulo, que de 2003 em diante ficou sem lugar no calendário por causa do advento do Brasileirão de pontos corridos.

A campanha do Corinthians:
19 jogos | 11 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 38 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar

São Paulo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 2001

O Torneio Rio-São Paulo chegou a 2001 com um novo regulamento, que deixou a competição um pouco mais curta. A divisão dos grupos passou a ser por Estado, deixando de ser sortida dois a dois. E o enfrentamento foi entre chaves e em turno único, totalizando quatro rodadas. Regulamentos à parte, dos oito participantes até então, apenas um jamais havia sido campeão: o São Paulo. Mas a vez tricolor enfim chegaria.
A estreia são-paulina foi positiva, com vitória por 2 a 0 sobre o Vasco em casa. Mas a campanha ficou em risco nas duas partidas seguintes, quando levou 5 a 2 do Fluminense no Rio de Janeiro e empatou por 1 a 1 com o Botafogo no Morumbi. A classificação foi obtida no último jogo, ao vencer por 2 a 0 o Flamengo fora de casa. O São Paulo finalizou a fase de grupos com sete pontos, superando por dois o Corinthians e ficando na vice-liderança do grupo B, três pontos atrás do Santos.
Na semifinal, o tricolor paulista encarou mais uma vez o Fluminense. Na ida no Morumbi, vitória por 1 a 0. Na volta no Maracanã, derrota por 2 a 1. A definição da vaga foi nos pênaltis, e o São Paulo venceu por 7 a 6.
O Botafogo foi o adversário na decisão, repetindo o confronto que aconteceu três anos antes. Mas desta vez o tricolor entrou disposto a não dar sossego desde a primeira partida. Jogando no Maracanã, o São Paulo colocou nove dedos na taça ao golear por 4 a 1, todos os gols marcados na etapa final: Carlos Miguel aos cinco, Luís Fabiano aos sete e aos 41, e França aos 17.
Tudo pareceu tranquilo para o segundo jogo, no Morumbi. Mas o time são-paulino sofreu um bocado, saindo atrás no placar. A agonia durou dos 39 minutos do primeiro tempo até aos 35 do segundo, quando um jovem de 18 anos chamado Kaká (ainda Cacá), vindo do banco de reservas, anotou os gols da virada em um intervalo de dois minutos. Por 2 a 1, o São Paulo comemorou seu único título regional na história.

A campanha do São Paulo:
8 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Renato Pizzutto/Placar

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 2000

Começa o novo milênio, e junto com ele mais uma edição do Torneio Rio-São Paulo. O regulamento para 2000 foi o mesmo pela terceira vez seguida. E pela primeira temporada desde o retorno da competição, sete anos antes, o campeão foi repetido. A honra coube ao Palmeiras, que chegou ao seu quinto título na história e igualou ao Santos como maior vencedor somando as duas eras.
No grupo B do campeonato, estreou empatando por 3 a 3 com o Vasco fora de casa. A única derrota palmeirense foi na segunda rodada, por 2 a 1 para o Corinthians. E nas quatro partidas seguintes o clube emendou vitórias: 6 a 2 sobre o Fluminense, pelos 2 a 1 sobre o Vasco e 3 a 1 sobre o Corinthians em casa, e 2 a 0 sobre o Fluminense no Rio de Janeiro.
O Verdão fechou a fase de grupos classificado na liderança, com 13 pontos. livrando dois em relação ao rival carioca do primeiro jogo. O adversário na semifinal foi o Botafogo, o qual eliminou sem maiores problemas, com empate por 0 a 0 no Maracanã e vitória por 3 a 1 em São Paulo.
Na decisão, um confronto bastante marcado naquela época. O Palmeiras enfrentou o Vasco, marcando o terceiro entre quatro encontros valendo algo importante naqueles tempos: a final do Torneio Rio-São Paulo aconteceu mais de dois após uma disputa de título no Brasileirão, quase um após jogos históricos nas oitavas da Libertadores e nove meses antes da épica decisão da Copa Mercosul.
O Verdão chegava como favorito paras as duas partidas. E venceu ambas, por 2 a 1 no Maracanã, na ida, e por 4 a 0 no Morumbi, na volta. Os gols foram marcados por Pena, Argel, Euller e Arce. O penta regional foi a última conquista do técnico Luiz Felipe Scolari na sua primeira passagem pelo Palmeiras, que durou entre 1997 e 2000.

A campanha do Palmeiras:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Vasco Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1999

Tudo igual para a disputa do Torneio Rio-São Paulo de 1999. Uma oportunidade para começar o ano com clássicos e jogos grandes era tudo que os clubes paulistas e cariocas poderiam querer na virada do milênio.
A nova edição do campeonato ficou marcada pelos placares elásticos. Entre os resultados incomuns, tivemos o Botafogo aplicando 6 a 1 no Corinthians e São Paulo e Flamengo empatando em 4 a 4, além de outros envolvendo o campeão Vasco. Um W.O. envolvendo o cruz-maltino também ficou marcado na época.
Dono de uma das melhores equipes do momento, o Gigante da Colina abriu sua campanha com goleada por 5 a 1 fora de casa sobre o Palmeiras, mas a euforia baixou com a derrota por 4 a 2 para o Fluminense no Maracanã e o empate por 0 a 0 com o Santos na Vila Belmiro. A recuperação veio com vitórias, ambas em casa, por 2 a 0 sobre o Palmeiras e por 3 a 2 sobre o Santos, o que lhe garantiu a classificação antecipada.
Foi quando houve o problema. A partida entre Vasco e Fluminense na última rodada estava marcada para o Maracanã, mas o cruz-maltino foi para São Januário. Cada federação tinha dado uma instrução diferente para os times, e um W.O. foi aprovado para o rival vascaíno. Como não havia uma orientação clara sobre o local do jogo, a decisão foi anulada em julgamento tempos depois. O não-resultado não fez falta para ninguém.
Com dez pontos, o Vasco ficou empatado com o Santos, porém na vice-liderança do grupo A devido ao saldo de gols. Na semifinal, contra o São Paulo, uma bela remontada: após perderem em casa por 3 a 2, os cariocas reverteram fazendo 3 a 1 em pleno Morumbi.
Na final, o cruz-maltino encontrou novamente o Santos. Em duas partidas tranquilas, o Vasco chegou ao tricampeonato do Torneio Rio-São Paulo vencendo ambas, por 3 a 1 no Maracanã e por 2 a 1 no Morumbi.

A campanha do Vasco:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Botafogo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1998

De volta no gosto do torcedor, o Torneio Rio-São Paulo seguiu para 1998 com um regulamento ampliado. A fase com dois grupos voltava a ser disputada, e a diferença em relação à 1993 é que líder e vice avançavam para a fase final. Outra ideia executada foi a de realizar os clássicos estaduais fora das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro: paulistas jogavam entre si em Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Campinas, enquanto cariocas se enfrentavam em Brasília.
E foi nesta terceira edição após o retorno que o título voltou a ficar nas mãos de um clube carioca. A felicidade coube ao Botafogo, liderado pela dupla de ataque Túlio e Bebeto. A estreia alvinegra foi com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians fora de casa, seguida pela única derrota na competição inteira, por 1 a 0 para o Vasco.
Na sequência da fase, o Fogão conseguiu mais duas vitórias e dois empates, que lhe deixou classificado em segundo lugar do grupo A, com 11 pontos. A vaga foi obtida na última rodada, ao vencer o já líder Palmeiras por 1 a 0 na capital paulista, no que deixou o time a dois pontos do adversário e quatro na frente do rival Vasco. A semifinal foi contra o Santos, com quem empatou os dois jogos: 0 a 0 no Maracanã e 2 a 2 no Pacaembu. Nos pênaltis, o Botafogo venceu por 4 a 3.
O São Paulo foi o adversário botafoguense na decisão do torneio. Com a melhor campanha, os alvinegros puderam fazer a partida de volta em casa. Mas antes tinha a ida, no Morumbi. Em partida emocionante, o Botafogo venceu por 3 a 2 fora de casa, após sair na frente do placar, levar a virada e reverter outra vez a seu favor.
O jogo no Maracanã teve o roteiro parecido, com o Fogão largando na frente aos 12 minutos e sofrendo a virada são-paulina aos 35 e aos 44 do primeiro tempo. A agonia durou até os 32 minutos da etapa final, quando o atacante Zé Carlos empatou em 2 a 2 e selou o título alvinegro. A conquista representou o tetra o Botafogo no Torneio Rio-São Paulo.

A campanha do Botafogo:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo

Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1997

A volta do Torneio Rio-São Paulo em 1993 fez sucesso. Mas circunstâncias de calendário impediram a continuidade da organização durante alguns anos, como a disputa da Copa do Mundo de 1994 e outras competições amistosas e mais rentáveis. O retorno definitivo aconteceu em 1997, desta vez no início de temporada. O regulamento escolhido foi o mata-mata a partir de quartas de final. Nenhum dos oito times grandes abdicou da sua vaga.
O torneio ficou marcado pelo teste de regras, como a parada técnica na metade dos tempos e a cobrança de tiros livres diretos na mesma posição a partir da 15ª falta cometida. Nenhuma delas foi aprovada, e o que ficou lembrado mesmo foi a quebra de fila do Santos, que há 13 anos não comemorava um título. O adversário do Peixe nas quartas de final foi o Vasco, com o qual empatou nas duas partidas: 2 a 2 no Morumbi e 3 a 3 em São Januário. Nos pênaltis, a classificação alvinegra veio com 7 a 6 nas cobranças. 
Na semifinal, contra o Palmeiras, o Santos abriu o confronto com grande vitória por 3 a 1 em pleno Palestra Itália. Na volta, em Presidente Prudente, o rival até chegou a vencer por 1 a 0, mas o saldo de gols garantia a vaga santista na final.
A última disputa do curto campeonato foi contra o Flamengo, com o primeiro jogo marcado para o Morumbi. Em ótima atuação, o Santos dominou os cariocas a conseguiu vantagem ao vencer por 2 a 1. Era preciso segurar a onda na segunda partida, no Maracanã. Anderson Lima abiu o placar para o Peixe aos 33 minutos, mas o adversário virou ainda no primeiro tempo, aos 37 e 45.
A decisão estava indo aos pênaltis, até que, aos 32 do segundo tempo, Juari marcou um golaço e empatou por 2 a 2. A conquista do Torneio Rio-São Paulo desafogou o grito do torcedor e somou a quinta e última taça do Santos da competição.

A campanha do Santos:
6 jogos | 2 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Pisco Del Gaiso/Placar

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1993

Depois de 27 anos, o Torneio Rio-São Paulo teve sua quarta tentativa de organização. Foi no ano de 1993, quando FPF e a reformulada FERJ voltaram a unir suas forças. A ideia inicial era utilizar a faixa de calendário entre o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão para a disputa das partidas, com oito participantes fixos: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Mas já na largada o São Paulo desfalcou a competição, optando por excursionar no exterior. A Portuguesa completou esta oitava vaga.
Os clubes foram divididos em dois grupos jogados em dois turnos, com seus líderes avançando à final. Campeão paulista saindo de uma fila de 17 anos, o Palmeiras chegava com embalo para o torneio, embora alguns de seus titulares estivessem convocados pela Seleção Brasileira, que jogava a Copa América e as Eliminatórias da Copa do Mundo. E mesmo atuando com time misto, o Verdão superou os adversários.
No grupo B, estreou empatando por 1 a 1 em casa com o Flamengo, seguido por derrota fora por 2 a 0 para o Santos. A recuperação veio com duas vitórias por 3 a 0: fora sobre o Fluminense e em casa sobre o Santos. Na quinta rodada, o Palmeiras levou 3 a 1 do Flamengo no Rio de Janeiro e ficou com a classificação ameaçada. Só no último jogo, quando fez 2 a 0 no Fluminense dentro do Palestra Itália que o clube respirou aliviado. Com sete pontos e três vitórias, desbancou o Santos no saldo de gols e o Flamengo por um ponto.
Dois meses após a final estadual, o Palmeiras reencontrou o Corinthians na decisão do Torneio Rio-São Paulo. As duas partidas foram no Pacaembu, mas para efeito de mando de campo o Alviverde mandou a ida. E com vitória por 2 a 0, ambos os gols marcados por Edmundo (que foi expulso depois), o clube encaminhou o título. A confirmação aconteceu com empate por 0 a 0 na volta. Primeiro vencedor da era moderna do Rio-SP, o Palmeiras repetiu o feito de 60 anos antes e somou seu quarto troféu.

A campanha do Palmeiras:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nelson Coelho/Placar

Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians Campeões do Torneio Rio-São Paulo 1966

A primeira era do Torneio Rio-São Paulo acabou de maneira agridoce, com um título dividido entre quatro campeões. O ano de 1966 foi conturbado para o futebol brasileiro devido à má preparação para a Copa do Mundo. Em abril daquele ano - três meses antes do Mundial -, a CBD pré-convocou 46 jogadores para treinos. Tal fato prejudicou os clubes, que precisaram paralisar suas atividades oficiais por um trimestre inteiro.
A conjuntura dos fatos levou as federações paulista e carioca tomarem duas decisões quanto ao Rio-SP: o regulamento voltou a ser o mesmo de antes, com pontos corridos e turno único, e se mais duas ou mais equipes terminassem empatadas na liderança ao fim das nove rodadas, o saldo de gols definiria o campeão, pois não haveria datas nem atletas de ponta para os jogos extras. Isto aconteceu com quatro clubes, todos alvinegros.
Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians protagonizaram uma disputa tão forte pelo título que todos chegaram com chances de serem campeões sozinhos na última rodada. E para evitar desgastes com quaisquer dirigentes, os organizadores do torneio decidiram dividir o título entre os igualados ao invés do saldo de gols. A situação era a seguinte: o Vasco era o primeiro com 11 pontos, seguido por Santos e Corinthians com dez cada, e o Botafogo com nove. O Palmeiras seria o quinto clube na briga, mas acabou derrotado pelo São Paulo na última partida e acabou parado em nove pontos.
No dia seguinte, Corinthians e Santos jogaram no Pacaembu e Botafogo e Vasco se enfrentaram no Maracanã. Os paulistas não saíram do 0 a 0 e atingiram os 11 pontos do cruz-maltino. Então, bastava para o Vasco também empatar para ser campeão isolado, mas o time levou 3 a 0 da Estrela Solitária, que também chegou aos 11 pontos. No saldo de gols, deu Fogão (oito, contra sete do Peixe, um do Vasco e zero do Timão). Mas a regra inicial já tinha sido esquecida.

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Em 1967, as federações de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiriam modificar sua competição e convidar clubes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. O conceito e o nome Torneio Rio-São Paulo ficaram extintos até 1993, e no lugar seguiu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que deu origem ao Brasileirão moderno.

A campanha do Botafogo:
9 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha do Santos:
9 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha do Vasco:
9 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 12 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha do Corinthians:
9 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 15 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo


Foto Arquivo/Santos


Foto Arquivo/Vasco


Foto Arquivo/Corinthians

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1965

O penúltimo Torneio Rio-São Paulo da fase clássica, em 1965, foi também o de regulamento mais confuso. Os dez participantes foram divididos em dois grupos no primeiro turno, porém o enfrentamento foi de todos contra todos, totalizando nove rodadas. No segundo turno, a pior equipe de cada grupo foi eliminada, e as oito restantes se enfrentam mais sete vezes em grupo único. Em ambos os turnos, a melhor campanha se garantia na decisão da competição.
Sem vencer desde 1951, o Palmeiras vivia nos anos 1960 a era da primeira Academia, com um elenco de nomes como Ademir da Guia, Djalma Santos, Djalma Dias, Dudu e Valdir de Moraes. E as apostas dos torcedores se fizeram certas desde o início. O primeiro turno no Rio-SP foi quase perfeito, com sete vitórias e dois empates em nove jogos. A estreia foi com empate por 2 a 2 com o Corinthians. A primeira vitória veio na segunda partida, por 2 a 0 sobre o São Paulo. No encerramento, um triunfo épico por 5 a 3 sobre o Botafogo, no Maracanã.
Com a melhor campanha e já classificado para a final, o Verdão chegou favorito ao tricampeonato no turno seguinte. A única derrota alviverde no torneio foi na estreia, por 2 a 1 para o Flamengo. Depois, o time conseguiu cinco jogos de invencibilidade, até chegar aos nove pontos.
Na última rodada, Palmeiras e Portuguesa tinham chances de liderança. Para o Verdão, bastava um empate com o Botafogo em casa. Com oito pontos, a Portuguesa teria que golear o Flamengo fora e torcer para o Botafogo golear. Diante de mais de 45 mil torcedores no Pacaembu, o alviverde fez 3 a 0, gols de Tupãzinho, Ademir da Guia e Dario. Com os dois turnos vencidos, a final ficou desnecessária.

A campanha do Palmeiras:
16 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 49 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Botafogo e Santos Campeões do Torneio Rio-São Paulo 1964

Presente na vida dos clubes paulistas e cariocas há 14 anos quase consecutivos, o Torneio Rio-São Paulo começou a apresentar sinais de desgaste em 1964. Naquele ano, embora todo o campeonato tenha sido concluído, não foi possível apontar um único campeão de acordo com as regras impostas. A taça precisou ser dividida em duas, e justamente para os melhores times do momento: Santos e Botafogo.
As campanhas de Peixe e Fogão foram quase idênticas. Ambos começaram vencendo, o Santos fez 3 a 0 no Corinthians e o Botafogo fez 2 a 0 no São Paulo. E foram conseguindo vitórias seguidas e uma única derrota cada até a penúltima partida.
Como não existia uma preocupação em se alinhar a tabela dos times, o Santos entrou em campo para seu último jogo antes do Botafogo. Com 14 pontos, bastava empatar com o Flamengo para não ser mais alcançado. Mas o Peixe perdeu por 3 a 2 no Maracanã e precisou secar o Fogão.
Ainda com duas partidas para realizar, o Botafogo tinha dez pontos. Com as vitórias, empataria na classificação e forçaria dois jogos extras com o rival santista. E assim foi, após fazer 4 a 3 no Palmeiras fora e 5 a 0 no Bangu em casa.
O problema é que não havia datas disponíveis para os desempates. Ambos clubes estavam com calendário lotado e excursões agendadas. Só em janeiro de 1965 foi possível fazer o primeiro jogo extra. No Maracanã, o Botafogo fez 3 a 2 no Santos. E então, outro problema: o Peixe já estava de saída para viagem outra vez. Sem espaço para a segunda partida, as federações paulista e carioca decidiram rachar o título entre as duas equipes.

A campanha do Botafogo:
10 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha do Santos:
10 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo


Foto Arquivo/Santos

Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1963

Melhor time do mundo em 1963, o Santos faturou quase tudo o que disputou naquele ano: Mundial, Libertadores, Brasileiro (Taça Brasil) e o Torneio Rio-São Paulo. Só faltou o estadual, mas a história já estava escrita. Aquela escalação decorada por dez a cada dez santistas só não fez chover. A escalação? Gilmar, Dalmo, Mauro e Calvet; Zito e Lima; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O técnico? Luís Alonso Perez, o Lula.
O Rio-SP de 1963 retomou o regulamento anterior de pontos corridos, com os dez participantes se enfrentando em turno único. E a única novidade na temporada foi a entrada do Olaria como o quinto clube carioca. No lado oposto, o Santos começou a campanha do bicampeonato com empate por 2 a 2 com o Vasco no Maracanã.
A primeira vitória do Peixe veio na partida seguinte, por 6 a 3 sobre a Portuguesa, e logo acompanhada de uma sequência: 2 a 0 sobre o Corinthians, 6 a 2 sobre o São Paulo, 3 a 0 sobre o Palmeiras e 5 a 1 sobre o Olaria. O time só foi parado pelo Fluminense, que venceu por 4 a 2 no sétimo jogo.
A belíssima trajetória do Santos foi coroada na penúltima partida, no Maracanã, com a vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo. Os gols foram marcados por Coutinho, Dorval e Pelé no segundo tempo. Com 13 pontos, o alvinegro praiano ficou inalcançável para o Corinthians, que só podia chegar a 12 e acabou com o vice.

A campanha do Santos:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 30 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Botafogo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1962

Em meio a dominação carioca do Torneio Rio-São Paulo, o entendimento sobre um regulamento mais dinâmico da competição foi mantido: dois grupos restritos a cada Estado, com enfrentamento em turno único e duas vagas na fase final. A única diferença de 1962 em relação a 1961 foi a baixa do Santos, que optou por priorizar a disputa da Libertadores naquele ano.
De tal forma, o caminho para a conquista ficou livre para o Botafogo, o segundo melhor time do Brasil na época. Com Garrincha, Amarildo, Zagallo e Quarentinha no quarteto de ataque, mais Didi no meio, Manga no gol e Nilton Santos na defesa, o Fogão começou a campanha derrotando o Fluminense por 1 a 0. Depois, foi a vez de golear o Vasco por 4 a 1. A terceira partida foi contra o America-RJ, e o Botafogo voltou a fazer 4 a 1. Já classificado, o clube alvinegro perdeu para o Flamengo por 3 a 2 e encerrou a primeira fase na liderança, com seis pontos, empatado com os próprios flamenguistas.
O quadrangular final reuniu Botafogo, Flamengo, Palmeiras e São Paulo. Na primeira rodada, a Estrela Solitária derrotou o São Paulo por 2 a 1 no Maracanã. Na sequência, a equipe alvinegra encaminhou o título inédito ao fazer 1 a 0 no Flamengo. Bastava apenas não perder para o Palmeiras no último jogo.
E assim foi. No Maracanã, Quarentinha abriu o placar, Amarildo marcou outros dois gols, e o Fogão derrotou o time paulista por 3 a 1, de virada. Com mais seis pontos, o Botafogo levou o primeiro Torneio Rio-São Paulo com uma campanha quase perfeita.

A campanha do Botafogo:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo

Flamengo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1961

O Torneio Rio-São Paulo de 1961 chegou com uma rara mudança no regulamento. A primeira fase continuou com nove rodadas, mas paulistas e cariocas ficaram divididos em dois grupos de cinco. Destas separações, os três primeiros colocados avançaram para o hexagonal final, com um diferencial: São Paulo só joga contra o Rio de Janeiro e vice-versa, no que totalizou três partidas para cada time.
Foi assim que o Flamengo chegou ao seu único título. O time de Gérson, Joel Martins e Dida começou a campanha com vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo fora de casa. O começo da trajetória rubro-negra foi de altos e baixos, com destaque negativo para a goleada por 7 a 1 sofrida para o Santos em casa. Ao fim das nove rodadas, o Fla venceu cinco e perdeu quatro jogos, com dez pontos somados e a terceira colocação no grupo carioca.
O favoritismo no hexagonal decisivo era paulista, que ocuparam as três melhores campanhas da fase anterior. Mas o Flamengo cresceu. Na estreia, derrotou o Palmeiras por 3 a 1 no Maracanã. O segundo jogo foi contra o Santos. No Pacaembu, o rubro-negro conseguiu a revanche e goleou por 5 a 1. 
Os cariocas inverteram o favoritismo para a última rodada. Flamengo e Vasco possuíam quatro pontos, o Botafogo estava com três, enquanto Palmeiras, Santos e Corinthians chegavam zerados e sem chances de título. O Vasco levou 1 a 0 do Palmeiras e também deu adeus às suas chances. Assim, o Fla dependia apenas de si para ser campeão. Contra o Corinthians, no Maracanã, Joel e Dida marcaram e o rubro-negro conquistou o título com a vitória por 2 a 0. Com seis pontos, o clube superou por um o Botafogo.

A campanha do Flamengo:
12 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Fluminense Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1960

O Torneio Rio-São Paulo completou dez anos de edições consecutivas em 1960. Outra vez com dez participantes, a competição mais popular do Brasil na época teve pela terceira vez um clube carioca como vencedor, o Fluminense de Telê Santana, Waldo e Castilho.
A campanha do tricolor começou com vitória em casa por 1 a 0 diante da Portuguesa. A invencibilidade do time durou mais cinco partidas: fora de casa, 2 a 1 no Corinthians. Em casa, 7 a 2 no São Paulo, 1 a 1 com o America-RJ, 2 a 2 com o Botafogo e 3 a 2 no Vasco. A única derrota do Fluminense no Rio-SP veio no sétimo jogo, por 2 a 1 para o Flamengo. Mas a situação do time era confortável.
Líder, o Flu encerraria a competição primeiro que os adversários diretos na luta pelo título, Vasco e Botafogo. Com dez pontos, o time carioca recebeu o Santos na penúltima partida, com vitória por 4 a 2. Bastava derrotar também o Palmeiras na última rodada para levantar o bicampeonato.
Outra vez no Maracanã, o Fluminense exerceu o favoritismo contra os paulistas e levou o título com vitória por 1 a 0, gol marcado por Waldo. Os resultados deixaram a equipe com 14 pontos, inalcançável para Botafogo (dez pontos restando um jogo) e Vasco (nove pontos restando dois jogos).

A campanha do Fluminense:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1959

O ano de 1959 foi emblemático para o futebol brasileiro. O motivo? A criação da Taça Brasil, a primeira competição verdadeiramente nacional. Até então, era o Torneio Rio-São Paulo quem possuía um status próximo, pois reunia os clubes das duas principais praças do país.
E foi no Rio-SP desta temporada que o Santos deu seu primeiro show fora dos limites paulistas. Com um jovem de 18 anos chamado Pelé, o time deu início a uma era de títulos que transcendeu a história do esporte. Imbatível em casa e consistente fora, o Peixe começou a campanha ao derrotar o Botafogo por 4 a 2 no Maracanã.
Os quatro jogos seguintes foram em casa: 1 a 1 com o Fluminense, 2 a 0 na Portuguesa, 4 a 3 no São Paulo e 3 a 2 no Corinthians. A primeira derrota só aconteceu diante do Palmeiras, por 2 a 1. Os resultados alçaram o Santos às primeiras posições da tabela.
Depois de perder por 4 a 3 para o America-RJ fora de casa, o Peixe chegou à última rodada com 11 pontos, empatado com o Flamengo e com um ponto a menos que o líder Vasco. Os flamenguistas ficaram sem chances ao perderem para o São Paulo. Um dia depois, a decisão foi exatamente entre santistas e vascaínos. No Pacaembu, a dupla Pelé e Coutinho deu show. O Rei marcou uma vez e seu amigo fez os outros dois na vitória por 3 a 0 que consolidou o primeiro Torneio Rio-São Paulo para o Santos, que no fim chegou aos 13 pontos.

A campanha do Santos:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 24 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Vasco Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1958

No ano em que o Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo, o Vasco também levou para casa seu primeiro título do Torneio Rio-São Paulo. A edição de 1958 da competição é lembrada com carinho pelo torcedor vascaíno. Organizado como sempre, o Rio-SP viu uma briga particular entre dois rivais cariocas pela taça inédita, entre o cruz-maltino e o Flamengo, com direito até mesmo a recorde.
A estreia do Vasco, porém, foi com derrota por 4 a 2 para o Palmeiras fora de casa. Foi o único revés do clube. A sequência foi dada com seis vitórias que catapultaram o time ao primeiro lugar: 3 a 2 sobre o São Paulo, 6 a 1 sobre o Fluminense, 1 a 0 sobre o America-RJ, 1 a 0 sobre o Santos e 4 a 2 sobre o Botafogo. Todos estes jogos foram disputados no Rio de Janeiro.
Com duas partidas para o fim do torneio, o Vasco chegou a 12 pontos, empatado com o Flamengo. E a penúltima rodada reservava o Clássico dos Milhões. O jogo poderia encaminhar o título para o ganhador. Por isso, o Maracanã encheu de torcedores. Quase 130 mil compareceram para assistir ao jogo - recorde do Torneio Rio-São Paulo para sempre. Mas nada ficou definido em campo e o clássico ficou empatado por 1 a 1. A última rodada seria fora de casa para os dois clubes.
Antes, o Flamengo visitou o Corinthians. E praticamente enterrou suas chances ao perder por 3 a 0. Quatro dias depois, foi a vez do Vasco enfrentar a Portuguesa. No Pacaembu, o time de Barbosa, Bellini, Orlando e Vavá não tomou conhecimento do adversário e goleou por 5 a 1, com dois gols de Vavá e três de Almir. Com 15 pontos, o Vasco livrou dois do rival e foi campeão regional pela primeira vez.

A campanha do Vasco:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 26 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Fluminense Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1957

Chegou a vez do Rio de Janeiro. Após sete títulos paulistas (sem contar a inacabada edição de 1934), o Torneio Rio-São Paulo viu sua primeira conquista carioca. Foi com o Fluminense, que levou para casa a competição de 1957.
Antes, era para ter ocorrido torneio em 1956, mas os clubes do Rio de Janeiro não quiseram participar. A Federação Paulista resolveu dar prosseguimento mesmo assim apenas com suas equipes. O São Paulo terminou como campeão, mas o título não entrou na conta oficial do Rio-SP, ficando conhecido somente pelo nome oficial Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
Os cariocas voltaram no ano seguinte, e o Flu foi responsável por uma das melhores campanhas já vistas até então. O torneio teve a presença já comum de dez times, que se enfrentaram em turno único. O tricolor começou sua jornada rumo ao título com vitória por 1 a 0 sobre o America-RJ em casa. E seguiu com grandes resultados, como o 5 a 1 sobre o Palmeiras na segunda partida.
Sem perder, o Fluminense encaminhou sua situação com tranquilidade. No terceiro jogo, empatou por 3 a 3 com o Botafogo. Depois, venceu por 2 a 1 o Flamengo e emendou mais duas vitórias, por 3 a 2 sobre o Corinthians e por 2 a 0 sobre o Vasco. Tudo isso aconteceu no Maracanã. A primeira incursão em terras paulistas foi contra o Santos, no empate por 2 a 2.
Com duas partidas para o fim, o Flu se encontrava na liderança com 12 pontos. O Santos vinha em segundo com dez e o Vasco em terceiro com nove. Bastava vencer o penúltimo confronto para ser campeão antecipado. Contra a Portuguesa no Pacaembu, Waldo marcou duas vezes, Léo marcou uma, e o tricolor carioca venceu por 3 a 1. O clube ainda venceria por 2 a 1 o São Paulo em casa, na entrega da taça.

A campanha do Fluminense:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Portuguesa Campeã do Torneio Rio-São Paulo 1955

Os clubes paulistas o estiveram avassaladores no começo do Torneio Rio-São Paulo. Desde a primeira edição, em 1933, e o retorno, em 1950 e até 1954, foram seis títulos para São Paulo e nenhum para o Rio de Janeiro. E a conta foi estendida para sete taças em 1955, com o bicampeonato da Portuguesa.
O regulamento da competição foi o mesmo dos outros anos, com dez participantes. E, ainda com a melhor a formação de sua história, com Djalma Santos e Julinho Botelho e outros, a Lusa partiu para mais um título regional. Mas a campanha começou mal, com derrota por 3 a 1 para o Botafogo em casa. Foi o único revés da Portuguesa em todo o torneio. Só que a primeira vitória custou para chegar: na segunda partida, o rubro-verde empatou por 5 a 5 com o Corinthians.
Triunfo mesmo, somente no terceiro jogo, por 4 a 2 sobre o America-RJ fora de casa. A partir de então a Lusa deslanchou e conseguiu mais quatro vitórias - incluindo goleadas por 5 a 1 sobre o Santos e por 5 a 2 sobre o Palmeiras - e dois empates, que o deixaram na liderança com 13 pontos.
A Portuguesa encerrou suas partidas um pouco antes que os adversários. Com nove pontos, o Palmeiras ainda tinha mais dois jogos, podendo igualar a pontuação e forçar uma decisão extra. E foi o que aconteceu antes as vitórias sobre Fluminense e Vasco.
As duas partidas de desempate foram no Pacaembu. Na primeira, a Portuguesa empatou por 2 a 2 após ficar duas vezes atrás no placar. Os gols foram de Edmur e Airton. O bicampeonato foi confirmado no segundo jogo, na vitória por 2 a 0. Sob o olhar de 40 mil torcedores, Julinho Botelho e Ipojucan fizeram os gols do título.

A campanha da Portuguesa:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1954

O momento histórico vivido pelo Corinthians na primeira metade da década de 1950 teve seu ponto final em 1954. Naquele ano, o clube alvinegro levou para casa as conquistas do estadual (o famoso título do quarto centenário, já que a cidade de São Paulo completou 400 anos de fundação) e do Torneio Rio-São Paulo. Logo depois, o Timão amargaria o longo jejum de 23 anos sem conquistas, descontando o agridoce título dividido do Rio-SP de 1966 (e que vamos contar mais tarde).
O torneio de 1954 teve uma mudança de nome, para Torneio Roberto Gomes Pedrosa. A troca ocorreu em função da morte do então presidente da Federação Paulista de Futebol. O regulamento foi o mesmo, com dez equipes em turno único, com o adendo de ter sido em meio à Copa do Mundo daquele ano. Então, muitos clubes atuaram desfalcados. O Corinthians, por exemplo, ficou sem o goleiro Cabeção e sem o atacante Baltazar na maioria dos jogos.
Mas isso não foi problema, pois o Timão venceu as seis primeiras e logo pulou rumo à luta pelo tricampeonato. A estreia foi com 2 a 1 sobre o Botafogo fora. Depois, o clube fez 4 a 3 no America-RJ em casa, 4 a 1 no Vasco em casa, 1 a 0 no Fluminense fora, 3 a 2 na Portuguesa em casa e 2 a 1 no Flamengo fora. As derrotas só apareceram na sétima e oitava rodadas, por 2 a 0 para o Santos e por 1 a 0 para o São Paulo, ambas fora de casa.
Para a última rodada, a situação ficou a seguinte: Fluminense com 13 pontos e Corinthians e Palmeiras com 12. Enquanto os cariocas enfrentariam o Vasco no Maracanã, os dois paulistas fariam o Derby decisivo no Pacaembu. Em São Paulo, o Timão fez sua parte e derrotou o rival por 1 a 0. E no Rio de Janeiro, o tricolor carioca levou 1 a 0 dos vascaínos. A combinação de resultados deixou o Timão com 14 pontos e o tri do Rio-SP.

A campanha do Corinthians:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Corinthians

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1953

O Torneio Rio-São Paulo de 1953 viu a consolidação de um dos melhores times da história do Corinthians, e que também foi o último a conquistar títulos antes da famosa fila de 23 anos sem conquistas, que só acabaria em 1977.
O início da década de 1950 foi feliz para o torcedor corinthiano. Tudo começou no Rio-SP de 1950, depois passou pelos estaduais de 1951 e 1952. A sequência de títulos seguiu com o bicampeonato regional. Com o regulamento de sempre, dez times se enfrentaram em turno único.
A campanha do Timão começou com vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo em casa. Na sequência, o clube perdeu por 3 a 1 para o São Paulo e imediatamente emendou uma invencibilidade de seis partidas, com quatro vitórias - a melhor delas por 6 a 0 sobre o Flamengo na quarta rodada - e dois empates que o conduziram à primeira colocação.
O último jogo do Corinthians foi contra o Vasco, no Maracanã. Um triunfo simples confirmaria a conquista do Corinthians, mas a equipe de Baltazar, Roberto Belangero, Carbone e do goleiro Cabeção acabou derrotada por 1 a 0. O Timão encerrou o Torneio Rio-São Paulo com 12 pontos, enquanto os cariocas atingiram 11 com mais uma partida para fazer.
Então foi preciso secar. O Vasco não podia pontuar contra o Santos, do contrário até mesmo o empate poderia forçar dois jogos extras. Mas a secada deu certo, os santistas venceram os vascaínos por 3 a 2 e confirmaram o bicampeonato do Corinthians.

A campanha do Corinthians:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport Ilustrado