Pode-se dizer que a Recopa Europeia de 1992 foi a última edição "normal" da competição. Afinal, ela foi a última antes da expansão provocada pela criação de novos países no início da década, e também foi a última antes da "irmã" Copa dos Campeões mudar de nome para Liga dos Campeões e começar a "roubar" os holofotes.
Em campo, o Werder Bremen não tinha nada a ver com essas situações e levou o título de volta para uma Alemanha unificada. Ou não, já que a UEFA resolveu manter a vaga equivalente da Alemanha Oriental, para o Stahl, visto que a conclusão da temporada 1990/91 local aconteceu após a oficialização da reunificação. Tecnicamente, os alemães tiveram dois representantes entre os 34 da Recopa.
Campeão da Copa da Alemanha de 1991, o Werder Bremen abriu a campanha do título com duas goleadas sobre o Bacau, da Romênia: 6 a 0 fora e 5 a 0 em casa, no Weserstadion. Nas oitavas de final, os "grün-weissen" (alviverdes) despacharam o Ferencváros com mais dois triunfos, por 3 a 2 na Alemanha e por 1 a 0 na Hungria.
Nas quartas de final, o adversário foi o Galatasaray. A primeira partida foi disputada no Weserstadion, e terminou com vitória do Werder por 2 a 1, de virada. O segundo jogo aconteceu em Istambul, na Turquia, e acabou empatado por 0 a 0, classificando os alemães.
O adversário do Werder na semifinal foi o Club Brugge. A ida foi na Bélgica, na única derrota alemã na campanha, por 1 a 0. A volta foi em Bremen, com os mandantes precisando vencer. Marco Bode abriu o placar no primeiro tempo e Manfred Bockenfeld fez 2 a 0 na segunda etapa, revertendo o confronto.
Na final, o Werder Bremen encarou o Monaco, que passou por Swansea City, IFK Norrköping, Roma e Feyenoord. No Estádio da Luz, em Lisboa, o time alemão superou com folga o francês, vencendo por 2 a 0. Klaus Allofs e Wyntom Rufer foram os autores dos gols do título.