Mostrando postagens com marcador 1982. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1982. Mostrar todas as postagens

Rio Branco-ES Campeão Capixaba 1982

O domínio do futebol capixaba trocou de mãos em 1982 com o retorno do título ao Rio Branco. Depois de quatro anos, o maior vencedor do Espírito Santo conquistou seu 33º título estadual.

A competição foi disputada por oito equipes. Na primeira e na terceira fases, elas se enfrentaram em dois turnos, divididas em dois grupos. O líder de cada chave fez a final, valendo um ponto extra ao ganhador. Já na segunda fase, os times de um grupo enfrentaram os do outro duas vezes, novamente com os líderes disputando a decisão. O vencedor das três fases e a melhor campanha entre os não-vencedores foi à fase final, um quadrangular de dois turnos.

O Rio Branco deu início à campanha fora de casa, no empate por 0 a 0 com o América de Linhares. Nas demais cinco partidas da primeira fase, o Capa-Preta empatou mais quatro vezes e só venceu uma, o que deixou o clube em segundo no grupo B com sete pontos, dois a menos que o líder Colatina. A final foi entre Desportiva e Colatina, vencida nos pênaltis pelo time do interior.

Na segunda fase, o Rio Branco voltou a estrear com empate fora de casa, por 1 a 1 com o Guarapari. Depois, a equipe somou outro empate, cinco vitórias e uma derrota nas sete partidas seguintes, e esses resultados deram a liderança da chave com 12 pontos. Na decisão, o Capa-Preta bateu o Guarapari com duas vitórias por 1 a 0 e se garantiu na fase final com um ponto extra.

O excesso de empates voltou a acontecer na terceira fase. Na abertura, o Rio Branco ficou no 1 a 1 com o Vitória. Nos outros cinco jogos, empatou três, venceu um e perdeu um, terminando em terceiro no grupo B com seis pontos. A final foi entre Desportiva e Vitória, com os grenás vencendo duas vezes.

O quadrangular foi disputado por Rio Branco, Colatina, Desportiva e Guarapari, este último pela soma de fases. Na estreia, o Capa-Preta bateu o Colatina por 2 a 0. Nas três partidas seguintes, garantiu mais três vitórias, ficando com a mão na taça, chegando a nove pontos e indo à penúltima rodada com a chance do título. No Estádio Davino Mattos, o clube alvinegro visitou o Guarapari e empatou por 1 a 1, placar suficiente para a conquista com uma rodada de antecedência. 

A campanha do Rio Branco-ES:
28 jogos | 14 vitórias | 12 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Joaquim Nunes/Placar

Comercial-MS Campeão Sul-Mato-Grossense 1982

No quarto campeonato, em 1982, o Mato Grosso do Sul viu o primeiro campeão diferente. O Comercial de Campo Grande evitou o tetra do rival Operário e conquistou seu primeiro título no novo estadual, visto que o clube já possuía uma taça de quando participava do torneio do Mato Grosso, em 1975.

Sete times disputaram o Sul-Mato-Grossense. Na primeira e na segunda fases, todos os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder garantindo a classificação para a terceira fase, cada um com um ponto extra. Nesta terceira etapa, os dois líderes e as duas melhores campanhas na soma geral jogaram um quadrangular de dois turnos, com os dois primeiros colocados avançando à final.

O Comercial iniciou a campanha em casa, com vitória por 1 a 0 sobre o Taveirópolis. Nos outros cinco jogos da primeira fase, o Lobo-Guará venceu mais duas vezes e empatou três. Apesar da trajetória invicta, com nove pontos somados, a equipe ficou na segunda colocação, um ponto atrás do líder Corumbaense, que levou um ponto extra para a terceira fase.

A invencibilidade continuou na segunda fase. Na abertura, o time colorado fez 2 a 0 no Taveirópolis fora de casa. Na sequência, venceu outra três vezes e empatou duas. Com dez pontos na tabela, o Comercial acabou empatado com o Operário, porém, com três gols a menos de saldo, o que fez o clube terminar novamente na segunda posição, sem o ponto extra.

A classificação comercialina não veio como líder de tabela, mas a equipe fez a melhor campanha na soma das duas fases e avançou à terceira etapa, ao lado do Comercial de Ponta Porã e sem os pontos de bonificação, que ficaram com Corumbaense e Operário. Na estreia, o Lobo-Guará sofreu sua única derrota, por 2 a 0 para o Corumbaense fora de casa. Na rodada seguinte, compensou em casa aplicando 10 a 1 no xará da fronteira. Ao fim do quadrangular, os colorados tiveram quatro vitórias, um empate e uma derrota, o que valeu a liderança com nove pontos e a vaga na final.

O Comercial enfrentou o Operário na decisão estadual, ambos com a mesma quantidade de pontos na terceira fase. Em dois jogos no Morenão, o Lobo-Guará desbancou a hegemonia do rival e ficou com o título ao empatar a ida por 1 a 1 e vencer a volta por 2 a 1.

A campanha do Comercial-MS:
20 jogos | 12 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Renan Silva/Placar

Tiradentes-PI Campeão Piauiense 1982

O Campeonato Piauiense de 1982 viu o ressurgimento de uma força, o Tiradentes. O clube da Polícia Militar do Piauí foi campeão estadual três vezes em 1972, 1974 e 1975, mas ficou inativo entre 1976 e 1978 após um incidente criminal envolvendo alguns atletas do time. O quarto título veio quatro anos após o retorno às atividades, terminando também com sete anos de jejum.

O estadual foi disputado por nove times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, mas divididos em três grupos. Os líderes foram ao triangular que definiu o primeiro finalista. Na segunda fase, os participantes atuaram em mais um turno, sem divisão de chave, e o líder se garantiu na decisão. Na terceira fase, os seis melhores das etapas anteriores jogaram mais um turno, e o líder também foi à final.

O Tiradentes começou a campanha com derrota por 1 a 0 para o Parnahyba. A recuperação veio nos oito jogos seguintes, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Com nove pontos, o Tigre ficou na liderança do grupo C e foi ao triangular. O Amarelão da PM estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, mas levou 5 a 1 do River no segundo jogo. No returno, se recuperou com vitória por 1 a 0 sobre o River e outro 2 a 1 no Flamengo, que valeram a liderança com seis pontos e a vaga na final.

Na segunda fase, o Tiradentes iniciou com vitória por 2 a 0 sobre o Picos. Na sequência, venceu quatro partidas e perdeu três, que colocaram o time na quarta colocação com dez pontos, três a menos que o líder River, que se classificou para a fase final.

O Tigre foi para a terceira fase com o sangue doce. Estreou com derrota por 1 a 0 para o Piauí, perdeu outras três vezes e só venceu uma partida. Com dois pontos, o Tiradentes ficou em quinto lugar no hexagonal, seis pontos distante do River, que já estava classificado e assim ganhou um ponto extra para a decisão.

O Tiradentes não era o favorito na final contra o River, que buscava o tricampeonato e tinha um ponto de frente. Em cinco jogos entre eles no torneio, o Tigre venceu dois e perdeu três. No Estádio Albertão, e contra todas as previsões, o time amarelo venceu a ida por 2 a 0 e inverteu a vantagem. Na volta, novo triunfo por 3 a 1 confirmou o título e pôs fim na fila.

A campanha do Tiradentes-PI:
27 jogos | 15 vitórias | 1 empate | 11 derrotas | 45 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Ademar Danilo/Placar

Itabaiana e Sergipe Campeões Sergipanos 1982

Uma marca histórica e uma quebra de fila marcaram o Campeonato Sergipano. Tanto Itabaiana quanto Sergipe comemoraram no fim: o primeiro, o pentacampeonato; o segundo, um título depois de sete anos. Um torneio que foi dividido no tribunal e que deu muita polêmica.

De novo com regulamento confuso, o estadual teve oito times em três fases. Em cada um delas, os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder indo à final e os quatro melhores para um quadrangular de dois turnos. O primeiro colocado do quadrangular fez a final de fase com o líder anterior. Cada ganhador de fase, além dos líderes de turno e quadrangular levaram um ponto extra para a etapa decisiva.

O Itabaiana começou a campanha com vitória por 1 a 0 sobre o Vasco de Aracaju. Já o Sergipe iniciou com derrota por 1 a 0 para o Cotinguiba. Nas outras seis rodadas, o Tremendão venceu cinco jogos e perdeu um, enquanto o Gipão venceu quatro e perdeu duas. Os tricolores acabaram em segundo com 12 pontos, e os alvirrubros fecharam em terceiro com oito. O líder foi o Confiança. No quadrangular, o Itabaiana acabou em terceiro lugar com duas vitórias, dois empates, duas derrotas e seis pontos. O Sergipe venceu três, empatou duas e perdeu uma, ficando em primeiro com sete. Na final, o Gipão venceu o Confiança na ida por 2 a 0, perdeu na volta por 2 a 1 e empatou sem gols no terceiro jogo. Nos pênaltis, venceu por 4 a 2 e conquistou a primeira fase.

Na segunda fase, o Itabaiana estreou fazendo 3 a 0 no Cotinguiba. Depois, venceu quatro vezes, empatou uma e perdeu uma, encerrando com 11 pontos na liderança. O Sergipe começou com 2 a 0 sobre o Lagarto, seguindo após com com mais uma vitória, quatro empates e uma derrota, que deixou a equipe em quarto lugar com oito pontos. No quadrangular, o Tremendão repetiu a terceira posição anterior com seis pontos, duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O Gipão venceu duas vezes e empatou quatro, acabando na liderança com oito pontos. Na final, os tricolores levaram a melhor sobre os alvirrubros com empate sem gols na ida, e vitórias por 1 a 0 na volta e por 2 a 1 na terceira partida.

Itabaiana e Sergipe começaram a terceira fase com vitórias, o primeiro fez 3 a 1 no Lagarto e o segundo fez 1 a 0 no Estanciano. Os times mantiveram campanhas idênticas na sequência, com mais quatro vitórias e dois empates cada, o que deixou ambos na liderança com 12 pontos. Um jogo-desempate foi marcado para determinar o ganhador, mas este também deu empate, por 1 a 1. Nos pênaltis, o Tremendão venceu por 7 a 6. No quadrangular, o Itabaiana foi de novo terceiro, com duas vitórias, um empate, três derrotas e cinco pontos. O alvirrubro venceu quatro e perdeu duas, terminando em primeiro com oito. Na decisão, os times empataram a ida sem gols, o tricolor venceu a volta por 1 a 0, e o Gipão venceu a terceira por 3 a 0. Nos pênaltis, o Sergipe venceu por 6 a 5.

A fase final juntou o Sergipe com cinco pontos extras, o Itabaiana com três e o Confiança com um. Na abertura, o alvirrubro fez 2 a 1 no rival e já o deixou praticamente sem chances. Na segunda rodada, o Tremendão fez 2 a 0 no Gipão, depois empatou sem gols com o Confiança. No returno, o Sergipe também empatou por 0 a 0 com o rival, enquanto o Itabaiana o goleou por 4 a 1. A uma partida do fim, alvirrubros e tricolores tinham oito pontos, logo iriam se enfrentar valendo o título.

Então, a polêmica começou. A Federação Sergipana decidiu trazer um árbitro do Maranhão para apitar a final. O Itabaiana rejeitou a escolha e exigiu alguém do quadro da FIFA, mas o pedido foi ignorado. Como forma de protesto, o clube não entrou em campo no Batistão, em Aracaju, resultando em vitória por W.O. e, no primeiro momento, no título para o Sergipe. O Tremendão levou o caso à Justiça: perdeu no TJD local, mas recorreu ao STJD e venceu, já em 1983, obrigando a FSF a dividir a taça.

A campanha do Itabaiana:
50 jogos | 27 vitórias | 12 empates | 11 derrotas | 62 gols marcados | 37 gols sofridos

A campanha do Sergipe:
53 jogos | 24 vitórias | 17 empates | 12 derrotas | 66 gols marcados | 39 gols sofridos


Foto Arquivo/Itabaiana


Foto Luís Moreira/Placar

Brasília Campeão Candango 1982

O Candangão de 1982 voltou a ter o Brasília como campeão. O clube chegou ao quinto título estadual naquele ano e voltou a reafirmar sua hegemonia no Distrito Federal.

O campeonato teve sete participantes na disputa de três fases. Em todas, os times se enfrentaram em turno único, com vagas para os três melhores colocados e o que tivesse maior arrecadação entre os demais. Depois, os quatro classificados disputaram um quadrangular de turno único, em que o líder se garantiu na decisão.

A campanha do Brasília começou mal, com derrota por 2 a 0 para o Guará. Nas seis partidas seguintes, venceu duas, empatou duas e perdeu uma. Os resultados colocaram o Colorado do Cerrado apenas em quinto lugar, com seis pontos, fora da zona de classificação. O que salvou foi a arrecadação de bilheteria. No quadrangular, a equipe não fez muito melhor e venceu só um jogo, além de um empate e uma derrota. Com três pontos, o Brasília acabou em segundo e viu o líder Guará ser o líder, logo o primeiro finalista.

Na segunda fase, o Brasília estreou de novo contra o Guará e empatou sem gols. O time se recuperou nos outros seis jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota. Com oito pontos, os colorados acabaram em terceiro lugar, batendo o Taguatinga no saldo de gols pela vaga no quadrangular. Na sequência, o Brasília venceu duas vezes e empatou uma, somando cinco pontos e conseguindo seu lugar na decisão do estadual.

O Colorado do Cerrado tornou a empatar na abertura da terceira fase, por 0 a 0 com o Taguatinga. Depois, venceu duas vezes, empatou duas e perdeu uma, o que colocou o Brasília na quarta colocação com sete pontos. De novo, a arrecadação classificou o time ao quadrangular, onde venceu o Tiradentes, empatou com o Taguatinga e derrotou o Guará, para fazer cinco pontos e ser o líder.

A final do Candango reuniu Brasília e Guará, com os colorados em vantagem por terem vencido duas fases. No Estádio CAVE, os times iniciaram a decisão com empate por 1 a 1. Na segunda partida, novo empate por 0 a 0 garantiu o título ao Colorado do Cerrado, exatamente devido à vantagem da equipe em ter faturado duas fases do estadual, contra uma do adversário.

A campanha do Brasília:
29 jogos | 12 vitórias | 12 empates | 5 derrotas | 28 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Tagashi Nakagomi/Placar

Rio Negro-AM Campeão Amazonense 1982

O Campeonato Amazonense é o segundo mais antigo da região Norte do Brasil. E pode ser destacado pelo amplo domínio do Nacional de Manaus, que é o maior vencedor com mais que o dobro de títulos que o segundo colocado. O século 20 registra o domínio de forças mais tradicionais no torneio, já o século 21 tem a predominância de clubes mais jovens, fundados após 2001.

Em 1982, o Rio Negro estava há sete anos sem vencer o estadual, desde 1975. Pior, viu seu rival Nacional empilhar um hexacampeonato entre 1976 e 1981 e disparar na liderança de títulos. Mas a quebra da fila estava por vir, e que significou a 11ª conquista amazonense do Barriga Preta na história.

O campeonato de 1982 contou com sete participantes: Rio Negro, Nacional, Fast, América de Manaus, Sul América, Libermorro e Penarol. Eles disputaram duas fases curtas, se comparadas com outros estados. Em ambas, os times se enfrentaram em turno único, com os quatro melhores avançando para um quadrangular, também jogado em turno único. Os líderes avançaram para a final.

O Rio Negro iniciou a campanha na primeira fase com vitória por 1 a 0 sobre o Penarol. Nos outros cinco jogos, a equipe venceu quatro e empatou um, encerrando a primeira parte na liderança com 11 pontos. No quadrangular, o Barriga Preta estreou com empate por 1 a 1 com o Fast. Na segunda rodada, goleou o Penarol por 5 a 0. Na última rodada, disputou o clássico Rional com o Nacional e venceu por 1 a 0, encerrando como líder e conseguindo a vaga na final com cinco pontos.

Na segunda fase, o Galo do Norte começou com goleada por 5 a 0 sobre o Libermorro. Depois, venceu mais quatro vezes e perdeu uma, ficando na primeira colocação com dez pontos. No quadrangular, o Rio Negro estreou fazendo 6 a 0 no América, e na segunda rodada venceu o Sul América por 2 a 1, ficando a uma partida de vencer o estadual de maneira antecipada.

A última rodada reservou outro clássico entre Rio Negro e Nacional para o dia 25 de novembro. Mas a Federação Amazonense de Futebol adiou a partida para a semana seguinte sem consultar os clubes. O Rio Negro rejeitou a mudança e conseguiu na Justiça manter a data original. Já o Nacional não aceitou a liminar e avisou que não entraria em campo. No dia marcado, o Nacional não apareceu e o Galo foi declarado campeão por W.O.. O Nacional levou a disputa aos tribunais para tentar anular o título, mas perdeu em todas as instâncias.  

A campanha do Rio Negro-AM:
18 jogos | 15 vitórias | 2 empates | 1 derrotas | 38 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Rio Negro-AM

Treze Campeão Paraibano 1982

Os clubes de Campina Grande continuaram no topo do futebol da Paraíba em 1982, com a conquista do bicampeonato estadual do Treze. O sétimo título do time veio após uma acirrada disputa com o rival.

O torneio contou com dez equipes que atuaram em três fases idênticas. Todos os participantes se enfrentaram em turno único três vezes. O líder foi para a decisão e os quatro melhores avançaram a um quadrangular posterior, este jogados em dois turnos em todas as etapas. O líder de cada quadrangular fez a final com os primeiros colocados anteriores, valendo uma vaga na fase decisiva do estadual.

O Treze abriu a campanha com vitória por 2 a 0 sobre o Nacional de Patos. Depois, venceu mais oito vezes e empatou uma, garantindo a decisão na liderança com 17 pontos. No quadrangular, o Galo da Borborema venceu três vezes, empatou uma e perdeu duas, ficando em segundo com sete pontos. O time fez a final da primeira fase contra o Botafogo e venceu por 1 a 0 no Amigão, indo à decisão geral.

Na segunda fase, o Treze estreou com vitória por 2 a 0 sobre o Nacional de Cabedelo. Nos outros oito jogos, venceu cinco e empatou três, o que lhe deu outra vez a liderança com 15 pontos. No quadrangular, a equipe voltou a ser segunda colocada, com duas vitórias, três empates, uma derrota e sete pontos. A decisão foi jogada contra o Campinense no Amigão, com vitória alvinegra por 2 a 1.

O Galo iniciou a terceira fase com outro triunfo de 2 a 0 sobre o Nacional de Cabedelo, e repetiu a mesma campanha da etapa anterior nas outras oito partidas, com mais cinco vitórias e três empates. Mas desta vez o time acabou em segundo lugar com os 15 pontos, um a menos que o Nacional de Patos. No quadrangular, mais três vitórias, um empate e duas derrotas colocaram o Treze de novo com vice, com sete pontos, quatro longe do Campinense, que bateu o Nacional na decisão e foi à final.

Com duas fases vencidas ante uma do maior rival, o Treze entrou na final do estadual com a vantagem de definir tudo ainda no primeiro jogo. Bastava não perder para o Campinense. No Amigão, em Campina Grande, os dois times fizeram um Clássico dos Maiorais bastante pegado, mas o Galo da Borborema segurou o empate por 2 a 2 e faturou o bicampeonato, com incríveis 105 gols marcados.

A campanha do Treze:
48 jogos | 30 vitórias | 13 empates | 5 derrotas | 105 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Nicolau de Castro/Placar

América-RN Campeão Potiguar 1982

A última parte da hegemonia potiguar do América na virada da década de 1970 para a de 1980 aconteceu com a conquista do tetracampeonato em 1982. E foi um título que veio de maneira invicta.

Oito clubes participaram do estadual. Nas duas primeiras fases, os participantes se enfrentaram em turno único, com os quatro melhores avançando para o mata-mata. Os ganhadores de cada decisão se classificaram para a fase final. Na terceira fase, as seis melhores campanhas na soma das duas etapas anteriores seguiram para mais um turno, onde novamente os quatro primeiros foram ao mata-mata, e o ganhador para a decisão.

A trajetória do América iniciou na goleada por 4 a 0 sobre o Atlético de Natal. Nas outras seis partidas da primeira fase, venceu duas e empatou quatro, terminando em segundo lugar com dez pontos, atrás do líder ABC por ter uma vitória a menos. Na semifinal, o Dragão bateu o Potiguar de Mossoró após vencer a ida fora por 2 a 1 e empatar a volta em casa por 2 a 2. Na final, o time empatou duas vezes com o Alecrim, por 1 a 1 e por 0 a 0, vencendo nos pênaltis por 5 a 4 e se classificando para a fase decisiva.

Na segunda fase, o América outra vez estreou contra o Atlético, vencendo por 4 a 1. Na sequência, a equipe venceu mais três vezes e empatou três, o que a deixou na liderança com 11 pontos. Na semifinal, o Mecão venceu o Potyguar Seridoense por 1 a 0 na ida e por 2 a 1 na volta. Na decisão, outra vez com o Alecrim, o América empatou por 1 a 1 o primeiro jogo e venceu por 2 a 0 o segundo, o que garantiu mais uma conquista de fase para o time.

Na terceira fase, a equipe alvirrubra abriu com vitória por 3 a 0 sobre o Potyguar Seridoense, seguido por mais três vitórias e um empate. Com nove pontos, o América voltou a encerrar uma fase na liderança. Na semifinal, o Dragão fez dois clássicos com o ABC no Castelão, empatando o primeiro sem gols e o segundo por 2 a 2. Nos pênaltis, o time eliminou o rival ao vencer por 2 a 1.

O América foi à final da terceira fase para enfrentar outra vez o Alecrim, que passou pelo Baraúnas na semifinal. Os dois confrontos no Castelão tornaram-se a final do estadual, caso os alvirrubros novamente vencessem. E logo na ida o Mecão venceu por 3 a 0, encaminhando o tetra. Na volta, o empate por 0 a 0 confirmou o título antecipado e sem derrotas.

A campanha do América-RN:
31 jogos | 16 vitórias | 15 empates | 0 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arlindo Marinho/Placar

Moto Club Campeão Maranhense 1982

O Moto Club conquistou o bicampeonato maranhense em 1982, ampliando a hegemonia estadual e desempatando o ranking com o Sampaio Corrêa e voltando a ficar só na liderança, com 17 títulos.

A competição contou com dez participantes. Na primeira fase, a Taça Cidade de São Luís, os times foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em turno único e chaves cruzadas. Os dois melhores de cada chave foram ao quadrangular final e o vencedor levou um ponto extra para a decisão. Na segunda fase, todos voltaram a ficar em duas chaves e jogaram cruzados. Os líderes foram à final, os três melhores à etapa seguinte. Na terceira fase, os seis classificados jogaram em turno único, e o líder enfrentou o vencedor da segunda fase, valendo um ponto extra para a decisão. Na quarta fase, os cinco melhores da terceira e o vencedor da repescagem entre os quatro eliminados da segunda etapa voltaram a atuar em turno único, com o líder indo à decisão com um ponto extra. Por fim, a fase final reuniu os quatro vencedores de fase, também em turno único.

A campanha do Moto Club começou na vitória por 4 a 0 sobre o Expressinho. Depois, venceu mais três vezes e empatou uma, ficando com nove pontos na liderança do grupo B da Taça Cidade de São Luís. No quadrangular, o time venceu duas e empatou uma, garantindo cinco pontos e a vaga na fase final.

Na segunda fase, os rubro-negros iniciaram com goleada por 9 a 2 sobre o São José de São Luís. O time também venceu as outras quatro partidas, terminando em primeiro no grupo B com dez pontos. Porém, na final contra o Tupan, o Moto perdeu duas vezes por 3 a 2.

O momento de baixa seguiu na terceira fase. Após estrear com empate por 1 a 1 com o Imperatriz fora, o Moto Club empatou mais um jogo, venceu dois e perdeu um, acabando apenas em terceiro lugar do hexagonal com seis pontos, um a menos que o líder Maranhão. Na final com o ganhador da segunda fase, o Maranhão bateu o Tupan e também conseguiu seu ponto extra.

O Rubro-negro da Fabril voltou a crescer na quarta fase. A equipe iniciou fazendo 4 a 2 no Imperatriz em casa, depois venceu mais três vezes e perdeu uma. Os resultados colocaram o Moto com oito pontos na liderança, superando o Sampaio Corrêa pelo número de vitórias e garantindo outro ponto de bônus.

Com dois pontos extras, o Moto Club fez o quadrangular final com Maranhão, Tupan e Sampaio Corrêa, este classificado por ter a melhor campanha entre os não-ganhadores. A vantagem rubro-negra tornou o bicampeonato mais tranquilo, com o time chegando lá depois de empatar sem gols com o Maranhão, vencer o Tupan por 3 a 0, e também o Sampaio Corrêa por 2 a 1.

A campanha do Moto Club:
28 jogos | 19 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 64 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Jairo Brasil/Placar

CSA Campeão Alagoano 1982

Em mais um passo dentro de sua hegemonia, o CSA levantou o tricampeonato alagoano em 1982. A conquista do 26º título estadual veio meses depois do vice-campeonato na Taça de Prata, o equivalente da Série B do Campeonato Brasileiro.

Oito clubes disputaram o estadual, que foi realizado em quatro fases. Nas três primeiras, todos se enfrentaram em turno único e os quatro melhores se classificaram um quadrangular também de turno único. O ganhador de cada quadrangular se garantiu na fase final com dois pontos extras. A decisão do campeonato, chamada de "superturno" aconteceu em um quadrangular de dois turnos, com os vencedores das etapas iniciais e o time de melhor campanha no geral.

O CSA abriu a campanha na goleada por 6 a 1 sobre o Capelense. Nos demais jogos da primeira fase, obteve mais cinco vitórias e uma derrota, que deixou a equipe na liderança com 12 pontos. No quadrangular, o Azulão venceu Penedense e Capelense, e empatou com o ASA, o que valeu a liderança com cinco pontos e a vaga na fase final.

Na segunda fase, o CSA iniciou fazendo 2 a 0 no Penedense. Nas outras seis partidas, venceu três, empatou uma e perdeu duas, que colocaram o time em terceiro lugar com nove pontos. O Azulão foi ao quadrangular e bateu outra vez o Penedense, além de vencer o ASA. Porém, a equipe perdeu por 1 a 0 para o CRB na última rodada e acabou em segundo, atrás do maior rival, que se garantiu na decisão.

O Azulão voltaria a crescer na terceira fase, a partir da vitória na estreia por 2 a 0 sobre o São Domingos. Depois, venceu mais cinco vezes e empatou uma. Com 13 pontos, o CSA terminou na liderança e foi para o quadrangular. Nos próximos três jogos, a equipe azulina volta a vencer Penedense e ASA e vai para enfrentar o CRB na última rodada, onde empata sem gols e termina em primeiro, com mais dois pontos extras na conta.

O CSA foi ao superturno com quatro pontos de bônus, contra dois do CRB. ASA e Penedense entraram pelas campanhas no geral. Na abertura, o time empatou sem gols com o Penedense, já administrando a vantagem numérica. Nos jogos seguintes, o Azulão empataria duas vezes com ASA e venceria o CRB, resultado que possibilitaram a conquista do título com uma rodada de antecedência, na vitória por 1 a 0 sobre o Penedense no Rei Pelé, sobrando ainda outro triunfo por 2 a 0 sobre o rival no último jogo.

A campanha do CSA:
36 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 78 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Rivaldo José/Placar

Mixto Campeão Mato-Grossense 1982

Em 1982, o Mixto voltou a fazer história ao vencer o tetracampeonato mato-grossense, uma façanha que o clube havia conseguido apenas uma vez até então, em 1954. A conquista representou o 19º título na história alvinegra.

Aquela competição foi muito mais curta que a de 1981, com a participação de seis times em duas fases. Em ambas, os participantes se enfrentaram em turno único e os quatro melhores avançaram para a semifinal. Os vencedores da semi disputaram a final e o ganhador de cada fase se garantiu na decisão geral do campeonato. Mas, se um mesmo time faturar as duas fases, ele fica com o título de maneira antecipada.

O Mixto abriu a campanha na primeira fase com vitória por 2 a 1 sobre o Barra do Garças fora de casa. Nos quatro jogos seguintes, o time venceu mais três e empatou um, garantindo a liderança com nove pontos. Na semifinal, o Tigre enfrentou duas vezes o Dom Bosco, empatando a ida por 0 a 0 e vencendo a volta por 3 a 1. Na final, em duas partidas no Verdão, a equipe enfrentou o Operário. No primeiro jogo, perdeu por 1 a 0. No segundo, reverteu a desvantagem fazendo 3 a 0, o que valeu a vaga na decisão.

Na segunda fase, o Galo estreou aplicando 4 a 1 no Palmeiras de Cuiabá. Na sequência, conseguiu mais duas vitórias e dois empates, o que valeu a classificação com oito pontos. Na semifinal, o Mixto encarou o União Rondonópolis. O jogo de ida foi realizado fora de casa, no Luthero Lopes, e terminou empatado por 1 a 1. A partida de volta aconteceu em Cuiabá, no Verdão, e os alvinegros venceram por 3 a 1.

O Mixto chegou para a final da segunda fase podendo antecipar o título. O adversário foi outra vez o Operário, que precisaria vencer esta decisão para forçar mais duas partidas contra o rival. Os dois jogos foram disputados no Verdão. No primeiro, os times empataram por 2 a 2. No segundo, novo empate por 1 a 1. A definição seguiu para a prorrogação, onde ninguém fez gol. Logo, a definição foi para os pênaltis, e então o Tigre venceu por 7 a 6, confirmando o tetra sem a necessidade de outra final.

A campanha do Mixto:
18 jogos | 10 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Miguel Ângelo/Placar

Paysandu Campeão Paraense 1982

O Paysandu conseguiu em 1982 o tricampeonato paraense, um feito que não acontecia desde 1967, há 15 anos. A conquista representou o 32º título estadual do clube bicolor.

A competição teve sete participantes na disputa de três fases iguais. Os times se enfrentaram em turno único em todas as etapas, e os quatro melhores colocados avançaram para um quadrangular seguinte, com um ponto extra na terceira fase para o líder. Após a disputa de outro turno, o campeão de cada quadrangular se garantiu na final do campeonato, com a adição de um ponto extra para cada finalista.

A campanha do Paysandu começou forte. Na estreia da primeira fase, venceu o Izabelense por 2 a 0, seguido por mais cinco vitórias nos cinco jogos seguintes. Com 12 pontos, o time foi ao quadrangular. Na abertura, empatou sem gols com a Tuna Luso. Na segunda rodada, fez 4 a 0 no Sport Belém. Na última partida, o Papão fez 2 a 1 no Remo e garantiu a vaga na final e a bonificação com cinco pontos.

Na segunda fase, o Paysandu iniciou com goleada por 5 a 1 sobre o Sport Belém. Nas outras cinco partidas, venceu três, empatou uma e perdeu uma, o que deixou a equipe com nove pontos na liderança, desempatando a disputa com o Remo pelo número de vitórias. No quadrangular, o Papão estreou com empate sem gols com o Izabelense. No segundo jogo, goleou a Tuna Luso por 4 a 1. Na última rodada, ficou no empate por 1 a 1 com o Remo. Desta vez, os bicolores acabaram na segunda colocação, com quatro pontos, enquanto o rival azulino somou cinco.

O Papão recuperou o rumo na terceira fase. O time começou fazendo 2 a 0 no Pinheirense, depois obteve mais quatro vitórias e uma derrota. Com dez pontos, voltou a empatar na ponta com o Remo, mas com uma vitória a mais, garantindo o ponto extra para o quadrangular. O Paysandu estreou na etapa seguinte vencendo o Izabelense por 3 a 1. Depois, fez 1 a 0 na Tuna Luso e empatou por 1 a 1 com o Remo. Com seis pontos, o clube ficou na liderança com um mais que o rival, o da bonificação.

Assim, o Paysandu foi para a final do estadual com dois pontos ante um do Remo. Os Repas decisivos aconteceram no Mangueirão. No primeiro jogo, as equipes empataram por 1 a 1. Na segunda partida, o Papão venceu por 1 a 0 e confirmou o título.

A campanha do Paysandu:
29 jogos | 21 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 60 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Paysandu

Vila Nova Campeão Goiano 1982

Depois de ter o sonho do penta interrompido em 1981, o Vila Nova recuperou o título goiano em 1982, chegando a cinco conquistas nos últimos seis campeonatos, e a décima no geral.

O torneio teve a participação de 12 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, com os oito melhores avançando. Na segunda fase, os oito classificados voltaram a jogar em dois turnos e os quatro melhores garantiram a vaga. Na terceira fase, os quatro semifinalistas atuaram novamente em ida e volta em quadrangular. Os dois primeiros colocados foram à decisão.

A campanha do Vila Nova começou em casa, no empate por 2 a 2 com o Nacional de Itumbiara. A primeira vitória aconteceu fora, na segunda rodada, por 2 a 1 sobre o Anápolis. Nos outros 20 jogos, o Tigrão venceu oito, empatou seis e perdeu seis, o que deixou a equipe classificada na modesta sexta colocação, com 25 pontos, seis atrás do líder Goiás.

No octogonal da segunda fase, o Vila assumiu o controle do campeonato. Na estreia, goleou o Itumbiara por 4 a 0 em Goiânia. Na sequência, os colorados venceram mais seis vezes, empataram cinco e perderam duas. Os números colocaram o Tigrão na liderança da tabela, classificado com 19 pontos, seguido por Goiás, Itumbiara e Atlético.

A disputa ficou mais acirrada na terceira fase. Na abertura, em casa, o Vila Nova empatou por 1 a 1 com o Itumbiara. Nos três jogos seguintes, fez outro 1 a 1 com o Atlético e venceu por 2 a 1 tanto o Goiás quanto o rival rubro-negro, já no returno. Na quinta rodada, novo empate com o Itumbiara, sem gols fora de casa, classificou o time colorado para a final. Na última rodada, porém, o Vila perdeu para o Goiás por 2 a 1 e acabou em segundo lugar, com sete pontos.

Vila Nova e Goiás foram à final do estadual, mas o tropeço no fechamento do quadrangular deixou o Tigrão em desvantagem no confronto, que foi todo realizado no Serra Dourada. No primeiro jogo, os times empataram por 0 a 0. Na segunda partida, o Vila venceu por 2 a 1 e conseguiu inverter a vantagem com os esmeraldinos. Assim, o empate por 1 a 1 no terceiro jogo confirmou o título colorado.  

A campanha do Vila Nova:
45 jogos | 19 vitórias | 17 empates | 9 derrotas | 60 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Jerônimo Lino/Placar

Fortaleza Campeão Cearense 1982

O Fortaleza teve que esperar oito anos para voltar a ser campeão cearense. A fila tricolor começou em 1974 e acabaria em 1982, com a conquista do 26º estadual.

Dez times participaram de um torneio extenso. Nas duas primeiras fases, as equipes se enfrentaram em turno único. As seis melhores avançaram para a etapa seguinte, onde jogaram em outro turno. O líder de cada turno se enfrentou na final. Na terceira fase, os times foram divididos em dois grupos, com os dois primeiros de cada lado avançando para um mata-mata. Depois, os três melhores de cada chave avançaram para a etapa seguinte, em um turno igual ao das duas fases anteriores, seguido pela final com o ganhador de cada turno. A decisão do estadual foi disputada pelos vencedores das três fases.

A campanha do Fortaleza começou na goleada por 5 a 1 sobre o Calouros do Ar. Nos demais oito jogos da primeira fase, venceu sete e empatou um, ficando em primeiro com 17 pontos, já na decisão da etapa. No hexagonal seguinte, o time venceu quatro vezes e perdeu uma, terminando em segundo com oito pontos, dois a menos que o líder Ceará. Na decisão, o Leão do Pici venceu o primeiro Clássico-Rei por 2 a 0 e perdeu o segundo pelo mesmo placar. Mas o clube acabou vencedor por ter melhor campanha.

Na segunda fase, o time tricolor estreou fazendo 2 a 0 no América de Fortaleza. Depois, venceu mais seis vezes e empatou duas, acabando em segundo lugar com 16 pontos, atrás do Ceará no saldo de gols. Na etapa seguinte, voltou a ganhar quatro jogos e perder um, mas conseguindo a liderança com oito pontos. Na final, mais dois Clássicos-Rei: vitória do Fortaleza por 2 a 1 na ida e empate por 1 a 1 na volta, que deram um ponto extra ao Leão na decisão geral.

Na terceira fase, o Fortaleza ficou no grupo B. Na abertura, empatou por 1 a 1 com o Calouros do Ar. Depois, venceu os três jogos restante e ficou em primeiro lugar com sete pontos. Na semifinal, porém, perdeu por 2 a 1 para o Ferroviário. Este, por sua vez, bateu o Guarany de Sobral na final. No hexagonal, o Leão também tropeçou com apenas uma vitória, um empate e três derrotas, terminando em quinto com três pontos. O líder foi o Ceará, mas o alvinegro foi superado pelo Ferroviário na final.

A decisão do estadual foi entre Fortaleza e Ferroviário no Castelão, com um ponto de vantagem para o Leão do Pici. No primeiro jogo, os tricolores perderam por 1 a 0 e passaram a ter desvantagem. Na segunda partida, os times empataram por 2 a 2. O terceiro jogo seria o definidor para quem o vencesse, e o Fortaleza goleou o rival por 4 a 0, para acabar de vez com o jejum de títulos.

A campanha do Fortaleza:
45 jogos | 31 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 87 gols marcados | 40 gols sofridos
 

Foto Edson Pio/Placar

Joinville Campeão Catarinense 1982

Segue o Joinville vencedor. Em 1982, o clube foi pentacampeão catarinense, o sexto título estadual em sete temporadas de existência e com mais uma campanha longa, entre altos e baixos.

A competição teve 12 participantes em três fases. A primeira fase foi a Copa Governador do Estado, em três etapas: a primeira, com dez times em dois grupos (enquanto Joinville e Criciúma jogavam o Brasileiro); a segunda, com os três melhores de cada chave, Joinville e Criciúma em dois quadrangulares; e a terceira, com os dois melhores de cada quadrangular em outro grupo. Na segunda e terceira fases foram, as 12 equipes se enfrentaram em turno único, mas classificadas em quatro grupos. Na segunda etapa, o líder de cada chave avançou ao mata-mata, enquanto que na terceira os dois melhores de cada grupo passaram. A decisão do estadual reuniu o vencedor destas duas fases.

O JEC estreou na segunda fase da Copa Governador, ao fazer 1 a 0 no Blumenau fora de casa. Nos outros 13 jogos, venceu seis, empatou quatro e perdeu três, ficando na liderança do grupo C com 18 pontos. No quadrangular final, o Joinville foi campeão com três vitórias e três empates em seis partidas. A confirmação do título veio na última rodada, nos 3 a 0 sobre o Criciúma em casa, no Ernestão.

O estadual de fato começou na segunda fase. Mas o Joinville iniciou a campanha com derrota por 1 a 0 para o Rio do Sul em casa. A primeira vitória aconteceu no segundo jogo, por 1 a 0 sobre o Carlos Renaux em Brusque. Nas demais nove partidas, o time obteve três vitórias, três empates e três derrotas, terminando na liderança do grupo A com 11 pontos. Na semifinal, o JEC enfrentou o Avaí. Na ida, perdeu por 1 a 0 em Florianópolis. Na volta em casa, venceu também por 1 a 0 e se classificou, com algum critério que se perdeu no tempo. Na final, contra o Criciúma, perdeu a ida fora por 2 a 1 e venceu a volta no Ernestão pelo mesmo placar, garantindo o passe para a decisão com o mesmo critério desconhecido. Afinal, o Joinville fez menos pontos que Avaí e Criciúma nesta fase.

Na segunda fase, o Joinville estreou fazendo 2 a 0 no Avaí em casa. Na sequência, venceu mais quatro vezes, empatou duas e perdeu quatro, voltando a fazer 11 pontos e terminando em segundo no grupo E. Nas quartas de final, contra o Figueirense, perdeu a ida por 1 a 0 no Ernestão e venceu a volta pelo mesmo placar no Orlando Scarpelli. Mas desta vez o JEC não se classificou, porque tinha campanha inferior ao adversário. O ganhador da fase foi o Criciúma, em cima do Marcílio Dias na final.

Joinville e Criciúma decidiram o Campeonato Catarinense de 1982 em dois jogos. No primeiro em casa, no Ernestão, o JEC venceu por 1 a 0, gol de Zé Carlos Paulista. No segundo fora, no Heriberto Hülse, empatou por 1 a 1, com Paulo Santos anotando o gol do penta.

A campanha do Joinville:
50 jogos | 23 vitórias | 13 empates | 14 derrotas | 55 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Orestes Araújo/Placar

Sport Campeão Pernambucano 1982

Mais uma vez, deu Sport. O clube rubro-negro venceu em 1982 o tricampeonato pernambucano, algo que não acontecia desde 1943 e que representou o 24º título estadual na história.

A competição contou com 12 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único e os quatro melhores avançaram para um quadrangular de dois turnos. O vencedor de cada se etapa se enfrentou na final. Na segunda fase, os dez melhores da primeira seguiram a mesma fórmula de turno, quadrangular e final. Na terceira fase, os oito melhores da segunda disputaram mais três etapas. Por fim, o vencedor de cada fase se encontrou na decisão geral.

A campanha do Sport iniciou na vitória por 2 a 0 sobre o Sete de Setembro em Garanhuns. Nos dez jogos seguintes, venceu nove e empatou um, garantindo a liderança com 21 pontos e um lugar na decisão da primeira fase. No quadrangular seguinte, o Leão venceu cinco vezes e perdeu uma, o que valeu outra vez a ponta da tabela, com dez pontos, e o consequente título da primeira etapa.

O rubro-negro estreou na segunda fase vencendo o Comercial de Serra Talhada por 2 a 0 em casa. Depois, venceu mais cinco vezes e perdeu três, terminando na quarta colocação com 12 pontos, cinco a menos que o líder Santa Cruz. No quadrangular, o Sport melhorou e conseguiu a liderança com 11 pontos, cinco vitórias e um empate. Na decisão de fase, o Leão bateu o Santa Cruz por 1 a 0.

Na terceira fase, o Sport começou com empate por 1 a 1 com o Paulistano fora de casa. Nas outras seis partidas, venceu quatro, empatou uma e perdeu uma, o que deixou a equipe em terceiro lugar com dez pontos, três atrás do líder Central. No quadrangular, venceu três vezes, empatou duas e perdeu uma, somando oito pontos. O rubro-negro terminou empatado com o Náutico, o que levou a um jogo extra entre os times. No Arruda, o Sport fez 3 a 1 no Clássico dos Clássicos.

A final da terceira fase virou a final do estadual, entre Sport e Central. Os times se enfrentaram no Arruda e fizeram um jogo bastante tenso, sem gols marcados em 90 minutos. Na prorrogação, o zagueiro Ailton deu o título ao Leão ao fazer 1 a 0, de cabeça.

A campanha do Sport:
48 jogos | 36 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 112 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1982

De novo imparável, o Bahia levou o bicampeonato estadual em 1982. A conquista representou o 32º título na história do clube, dentro de uma hegemonia com 11 conquistas nos últimos 13 campeonatos.

O torneio de 1982 teve 12 participantes divididos em dois grupos e na disputa de três fases extensas. Na primeira, as equipes se enfrentaram em dois turnos, com os quatro melhores de cada chave avançando para dois quadrangulares, também de dois turnos. Os dois melhores de cada grupo passaram para o quadrangular, de turno único, que deu dois pontos extras na fase final ao vencedor e um ao vice. A segunda e terceira etapas foram quase iguais a primeira, com a diferença que os enfrentamentos das chaves iniciais aconteceram em turno único. O campeão e vice de cada fase se garantiu na decisão.

Quase sem erros, o Bahia deu início a longa campanha fazendo 3 a 0 no Botafogo de Salvador. Depois, triunfou mais cinco vezes e empatou quatro e liderou a chave com 16 pontos. No quadrangular seguinte, ganhou mais três partidas e empatou três, voltando a ser líder com nove pontos. Na decisão, o Tricolor de Aço fez 3 a 1 no Fluminense de Feira, 1 a 0 no Atlético de Alagoinhas e empatou sem gols com o Leônico. Com cinco pontos, o time levou os primeiros dois pontos extras.

Na segunda fase, o Bahia estreou com triunfo por 4 a 1 sobre o Botafogo, seguido por mais quatro resultados positivos. A equipe liderou o grupo 1 com dez pontos. Na etapa seguinte, repetiu três triunfos e três empates, com mais nove pontos e a liderança. No quadrangular final, o time fez 1 a 0 no Itabuna, 5 a 1 no Serrano e 1 a 0 no Vitória, que levou o Bahia a vencer a fase com seis pontos.

O Tricolor de Aço começou a terceira fase fazendo 2 a 0 no Redenção. Na sequência, mais três triunfos e um empate deixaram o clube como líder da chave 1, com nove pontos. No quadrangular semifinal, ganhou quatro jogos, empatou dois e liderou com dez pontos. Na final, fez 4 a 0 no Serrano, 3 a 0 no Fluminense e ficou no 0 a 0 com o Galícia. Com cinco pontos, o Bahia ficou de novo em primeiro.

Com as três fases ganhas e seis pontos extras, o Bahia já estava na final do estadual. Enquanto isso, Vitória, Atlético e Galícia disputaram um triangular semifinal. Os rubro-negros empataram suas duas partidas, mas o Galícia venceu o Atlético e foi o desafiante do Tricolor do Aço na decisão. Porém, o clube precisaria de três vitórias seguidas para tirar o título do Bahia. O que não aconteceu, pois os tricolores fizeram 1 a 0 logo na primeira partida, na Fonte Nova, e garantiram a taça de forma invicta.

A campanha do Bahia:
48 jogos | 33 triunfos | 15 empates | 0 derrotas | 91 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Bahia

Athletico-PR Campeão Paranaense 1982

Mais uma vez, o Athletico Paranaense levou 12 anos para voltar a comemorar um título estadual. Entre 1958, 1970 e 1982, o clube viu seus rivais da capital e do interior empilharem títulos sem dar chances. Mas a nova quebra da fila viria de melhor maneira possível, sem nenhuma ameaça.

A competição contou com 12 participantes em três fases. Em todas as etapas, os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram a um mata-mata. O ganhador de cada fase se garantiu na decisão, programada para ser um quadrangular com os três vencedores e a melhor campanha na soma geral. A fase final só seria dispensada no caso de uma mesma equipe levar todas as etapas anteriores.

A jornada do Athletico começou fora de casa, no empate por 1 a 1 com o Paranavaí. A primeira vitória no torneio veio na partida seguinte, em casa, por 2 a 1 sobre o Matsubara. Nos outros nove jogos da primeira fase, o Furacão venceu mais quatro e empatou cinco, sendo líder com 16 pontos. Na semifinal, venceu o Operário de Ponta Grossa por 2 a 0. Na final, goleou o Grêmio Maringá por 4 a 0 no Couto Pereira. Com isso, os rubro-negros já estavam na fase decisiva.

Na segunda fase, o Furacão estreou com empate por 0 a 0 com o Matsubara fora de casa. Depois, empatou mais cinco vezes e venceu outras cinco, terminando outra vez na primeira colocação da tabela, com 17 pontos. Na semifinal, de novo contra o Operário, o Athletico goleou por 4 a 0. Na decisão, contra o Colorado, empatou por 1 a 1 e venceu a etapa por ter a vantagem da melhor campanha.

A primeira derrota rubro-negra no estadual veio apenas na abertura da terceira fase, por 1 a 0 para o Paranavaí fora. A recuperação aconteceu com seis vitórias e três empates nas rodadas seguintes, além de outra derrota nas outras dez partidas. Com 15 pontos, o Athletico conseguia novamente a liderança. De quebra, o time viu o rival Coritiba acabar em nono lugar na fase e em décimo no geral, eliminado.

O mata-mata de terceira fase virou a decisão para o Furacão. Na semifinal, a equipe venceu o Londrina por 2 a 0 no Couto Pereira. Na outra chave, o Colorado passou pelo União Bandeirante. A decisão entre os dois rubro-negros também foi realizada no Couto Pereira. E, mesmo jogando pelo empate, a sede pela taça fez o Athletico vencer o rival por 4 a 1, confirmando antecipadamente o 12º título estadual.

A campanha do Athletico-PR:
39 jogos | 22 vitórias | 15 empates | 2 derrotas | 70 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto José Eugênio/Placar

Atlético-MG Campeão Mineiro 1982

Segue a rotina atleticana de títulos estaduais. Em 1982, o Atlético foi pentacampeão mineiro e levou para casa sua 29ª taça estadual, ampliando em mais um nível a hegemonia do clube.

O torneio foi disputado por 12 equipes. Na primeira fase, chamada de Taça Minas Gerais, todos os participantes se enfrentaram em dois turnos. Os oito primeiros colocados avançaram para a fase final, enquanto o líder também garantiu um ponto extra. Na etapa decisiva, os classificados atuaram novamente em turno e returno, valendo o título para o líder.

O Atlético iniciou a campanha do penta fora de casa, no empate sem gols com o Guarani de Divinópolis. A primeira vitória veio na estreia em casa, por 1 a 0 sobre o Tupi. Nas outras 20 partidas, o Galo venceu 11, empatou cinco e perdeu quatro. Os resultados deixaram o Galo com 31 pontos, empatado com o Uberlândia. Isso não foi suficiente para garantir a liderança da Taça Minas Gerais, pois o Cruzeiro acabou na frente com um ponto a mais. Aos alvinegros, restou a classificação em segundo.

A corrida pelo título recomeçou no octogonal final, e o Galo sabia que precisava tropeçar menos. Por exemplo, na primeira fase o time perdeu os dois jogos para o Villa Nova. Mas a disputa decisiva foi ainda mais equilibrada. Na estreia, o Atlético venceu o Democrata de Governador Valadares por 1 a 0 no Mineirão. Nas 11 jogos seguintes, conseguiu mais sete vitórias e quatro derrotas, sem empates. Ao fim da antepenúltima rodada, o alvinegro tinha 16 pontos, contra 15 do Cruzeiro e do América, e 14 do Uberaba e do Uberlândia. Cinco clubes com chance de título.

Na penúltima rodada, o Atlético fez 2 a 0 no Villa Nova e pulou para 18 pontos, enquanto o Cruzeiro foi para 17 e o América para 16. Os adversários do interior ficaram com 14 e deram adeus ao título. Mas, por força de tabela, o América também ficou sem chances, pois alvinegros e celestes iriam se enfrentar na última partida. Por fim, no Mineirão, o Galo confirmou o título ao vencer o rival por 2 a 1, gols de Renato e Reinaldo.

A campanha do Atlético-MG:
36 jogos | 23 vitórias | 5 empates | 8 derrotas | 59 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Armênio Abascal/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1982

A conquista do bicampeonato gaúcho em 1982 manteve o Internacional com a hegemonia do Rio Grande do Sul no começo da década de 1980. E o 27º título estadual viria mais uma vez na casa do maior rival.

A competição daquele ano teve 12 times. Na primeira fase, todas se enfrentaram em turno único, com o líder e o melhor clube do interior levando um ponto extra para a etapa final. A mesma coisa aconteceu na segunda fase. Os líderes de cada etapa e as quatro melhores campanhas somadas se classificaram para a fase final, disputada em um hexagonal de dois turnos.

A estreia do Internacional no Gauchão foi com vitória por 2 a 0 sobre o Brasil de Pelotas no Beira-Rio. Nos outros dez jogos, a equipe venceu mais oito vezes, empatou uma e perdeu uma. Com 19 pontos, o Colorado ficou em primeiro lugar, empatado com o Grêmio, mas com melhor saldo de gols. O clube garantiu um ponto extra junto com o Inter de Santa Maria, que foi o melhor do interior.

Na segunda fase, o Inter voltou a estrear contra o Brasil de Pelotas, empatando por 0 a 0 no Bento Freitas. Nas dez partidas seguintes, venceu três, empatou cinco e perdeu duas. Ao todo, a equipe somou 13 pontos e acabou somente em quinto lugar, quatro ponto longe do líder Grêmio, que levou o outro ponto extra ao lado do Esportivo, o melhor colocado do interior.

O Inter foi para o hexagonal final com atenção total. Na abertura, venceu o São Paulo de Rio Grande por 1 a 0 fora de casa. Depois, venceu mais três jogos e fez 3 a 1 no Grêmio na quinta rodada, atuando no Beira-Rio. No returno, o Colorado seguiu com mais duas vitórias e dois empates até a penúltima rodada. Com 17 pontos, o time estava na liderança, um ponto a mais que o vice Grêmio.

A decisão ficou para a última rodada do hexagonal. Assim como em 1981, na disputa de um Grenal no Olímpico. O Grêmio precisava vencer, enquanto o Internacional jogava pelo empate. Mas o Colorado chegou ao título com vitória por 2 a 0, gols de Geraldão, atacante dispensado do rival um ano antes.

A campanha do Internacional:
32 jogos | 21 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 61 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Nico Esteves/Placar