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Uruguai Campeão Olímpico 1928

O apogeu do Torneio Olímpico de futebol aconteceu na edição de 1928, sediada em Amsterdã, a capital da Holanda. O projeto da Copa do Mundo já estava encaminhado neste ano, com a FIFA determinando o início dela para 1930 e uma periodicidade quadrienal, com disputas entre os ciclos da Olimpíada. E o que se viu nos gramados holandeses foi uma prévia do que viria a ser o novo Mundial.
O regulamento dos Jogos seguiu o mesmo formato de sempre, com chaveamentos de mata-mata em quatro fases. Desta vez foram 17 seleções participantes, algo muito próximo do que a própria Copa presenciara em 1934 e 1938. O número de não-europeus aumentou de quatro para sete, com Argentina, México e Chile juntando-se a Estados Unidos, Egito, Turquia e Uruguai. Mais forte do que quatro anos antes, a Celeste era a grande favorita ao bicampeonato, e desta vez contava com o respeito de todos (tanto que o país foi o escolhido para ser o anfitrião da primeira Copa). Sua estreia nas oitavas de final foi exatamente contra a dona da casa Holanda, a qual derrotou por 2 a 0. Nas quartas, a equipe goleou a Alemanha por 4 a 1. A semifinal foi um pouco mais complicada, mas os uruguaios tiraram de letra a dificuldade, vencendo por 3 a 2, de virada. Indo à disputa pela medalha de bronze, os italianos pegaram o lugar mais baixo do pódio ao aplicar 11 a 3 no Egito.
O ouro e a prata ficaram em decisão entre Uruguai e Argentina, que pela primeira vez extrapolaram as linhas do clássico para fora da América do Sul. O rival da Celeste chegou na final eliminando Estados Unidos, Bélgica e Egito. E como o previsto, a partida entre as duas seleções foi pegada, de muita oportunidades mas poucos gols. Após 90 minutos de jogo e 60 de prorrogação no Estádio Olímpico de Amsterdã, o resultado ficou no 1 a 1, gol uruguaio marcado por Pedro Petrone e argentino por Manuel Ferreira. O jeito foi fazer o desempate três dias depois, no mesmo local. O Uruguai abriu o placar aos 17 minutos do primeiro tempo com Roberto Figueroa. Aos 28, Luis Monti empatou à Argentina. Para evitar mais desgastes, Héctor Scarone fez 2 a 1 aos 28 do segundo tempo, confirmando o segundo título e o status de melhor seleção do mundo dos uruguaios. E ainda viria mais, mas na Copa do Mundo. No Torneio Olímpico, a incerteza passaria a rondar a mente dos torcedores e do COI.

A campanha do Uruguai:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF