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Bahia Campeão Baiano 1979

Um grande ponto final para uma década quase perfeita. O Bahia conquistou nove dos dez títulos estaduais possíveis nos anos 1970, deixando escapar apenas a taça de 1972. Depois disso, o clube emplacou a maior sequência de títulos de sua história, o heptacampeonato, entre 1973 e 1979.

O Baianão de 1979 foi disputado por 11 equipes. Na primeira fase, todas se enfrentaram em turno único. Os cinco melhores avançaram ao pentagonal seguinte, realizado em dois turnos. O líder passou para a decisão com dois pontos extras. O vice teria direito a um ponto de bônus em caso de vaga à final pela segunda fase ou pela campanha geral. A segunda etapa do torneio aconteceu de maneira igual a primeira: turno único e pentagonal.

A campanha do Tricolor de Aço teve início no empate por 1 a 1 com a ABB de Salvador. O primeiro triunfo veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre o Redenção. Nos outros oito jogos, o time conseguiu mais três triunfos, três empates e duas derrotas. Com 12 pontos, a classificação ao pentagonal aconteceu no limite, na quinta colocação. Na sequência, o Bahia disputou mais oito partidas, ganhando três e empatando cinco. A equipe somou 11 pontos, encerrando a primeira fase na vice-liderança, um ponto atrás do Vitória.

Na segunda fase, o Bahia começou fazendo 2 a 0 na ABB. Nas demais dez partidas triunfou quatro, empatou três e perdeu duas. Os resultados o colocaram em terceiro lugar, com 13 pontos. No pentagonal, o Tricolor repetiu a campanha da etapa anterior, com três triunfos e cinco empate em oito jogos. De novo com 11 pontos, o time desta vez ficou empatado com o Vitória. Mas o rival ganhou uma partida a mais e o Bahia tornou a ser segundo colocado.

Dono da melhor campanha geral, fora o Vitória, o Tricolor de Aço chegou na decisão em desvantagem. Os rubro-negros tinham quatro pontos de bonificação contra dois do Bahia. Porém, havia um hepta a ser sonhado e uma taça a ser defendida em campo. Todos os Bavis aconteceram na Fonte Nova. No primeiro, os tricolores triunfaram por 2 a 1 já desfizeram a vantagem rival. Na segunda partida, tudo ficou no 0 a 0. A definição ficou para o terceiro jogo, e o Bahia levou seu 30º título estadual para casa no triunfo por 1 a 0, gol de Fito.

A campanha do Bahia:
39 jogos | 17 triunfos | 18 empates | 4 derrotas | 47 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Hipólito Pereira/Placar

Bahia Campeão Baiano 1978

Quem é capaz de parar o Bahia? Na década de 1970, quase ninguém. Em 1978, o clube chegou ao oitavo título naquele período, a 29ª taça ao todo e o hexacampeonato na sequência que começou a estabelecer em 1973. Melhor ainda: foi uma conquista sem derrotas.

O Campeonato Baiano de 1978 foi relativamente rápido, devido ao calendário apertado do segundo semestre. Foram nove participantes na disputa de duas fases iguais: os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram para o quadrangular final. O vencedor de cada fase se classificou para a decisão, junto com a equipe de melhor campanha na soma das etapas. Todos os apêndices de pontuação adotados em 1977 foram abandonados no ano seguinte.

O Tricolor de Aço começou a trajetória do título com triunfo por 3 a 1 sobre a ABB de Salvador. Depois, o time oscilou atuações boas e medianas, ganhando mais duas vezes e empatando cinco jogos nos sete restantes. Com 11 pontos, o Bahia foi ao quadrangular na quarta colocação. Nesse momento, a equipe cresceu e conseguiu a vaga na final ao empatar por 1 a 1 com o Itabuna e triunfar por 3 a 0 sobre o Fluminense de Feira e por 1 a 0 sobre o Leônico, somando cinco pontos.

Na segunda fase, o Bahia manteve o ritmo. Na estreia, goleou o Redenção por 6 a 0. Na terceira rodada, aplicou 8 a 0 na ABB. Nas outras partidas, obteve dois triunfos e quatro empates, que deixaram a equipe em segundo lugar, com 12 pontos, em empate tríplice com Atlético de Alagoinhas e Vitória. No quadrangular, o tricolor começou com empate por 2 a 2 com o Leônico. Na segunda rodada, bateu o Atlético por 2 a 0. Sobrou o Bavi na última rodada, e o Bahia garantiu uma vantagem extra na final ao ganhar o clássico por 1 a 0.

A decisão estadual reuniu dois times: Bahia e Leônico, que foi o dono da melhor campanha na soma das fases, exceto o próprio Tricolor de Aço. A vantagem que o Bahia conseguiu das fases anteriores foi a de garantir o título caso triunfasse no primeiro jogo da final, na Fonte Nova. Mas o surpreendente adversário arrancou o empate por 2 a 2 e forçou a realização da segunda partida. O novo confronto também aconteceu no principal estádio baiano, e desta vez os tricolores confirmaram o hexa de maneira invicta ao ganharem por 2 a 1.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 12 triunfos | 12 empates | 0 derrotas | 48 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Antônio Andrade/Placar

Bahia Campeão Baiano 1977

O Tricolor de Aço continuou a empilhar títulos baianos em 1977. Na oportunidade, o Bahia conquistou o pentacampeonato estadual, equivalente à 28ª taça do clube.

O campeonato contou com 12 equipes e dois grupos. Na primeira fase, elas se enfrentaram dentro das chaves e as cinco melhores avançaram ao pentagonal final, que deu uma vaga na decisão. Na segunda fase, foi a vez de os times de um grupo enfrentar os do outro, com os cinco melhores novamente indo a um pentagonal de definição. A terceira fase repetiu a dinâmica da primeira etapa, enquanto a quarta fase repetiu a segunda. A novidade em 1977 foi que as vitórias a partir de três gols de diferença nas fases de grupos valeram três pontos, enquanto que as partidas empatadas nos dois primeiros pentagonais foram definidas nos pênaltis, em que o ganhador ficava com dois pontos e perdedor não ficava com nenhum.

No grupo A, o Bahia estreou com goleada por 4 a 1 sobre o Redenção. Depois, ganhou mais dois jogos, empato um e perdeu outro, ficando em segundo lugar com oito pontos. No pentagonal, o time triunfou mais três vezes e perdeu uma partida, somando seis pontos e logo conquistando uma vaga na decisão.

Na segunda fase, o Tricolor de Aço iniciou aplicando 8 a 0 no Humaitá. Na sequência, conseguiu mais quatro triunfos e um empate, que deixaram a equipe na liderança com 13 pontos. No pentagonal, foram mais três triunfos e um empate. Esta igualdade foi no clássico com o Vitória, que terminou sem gols e foi para uma interminável disputa de pênaltis, que ficou em 16 a 15 para o Bahia. Os resultados deixaram o time líder com oito pontos, e isso o deu um segundo ponto extra na fase final.

O Bahia deu início à terceira fase goleando mais uma vez o Redenção, por 6 a 0. Na outras quatro partidas, ganhou duas e empatou duas, que fizeram o time líder de chave com nove pontos. No pentagonal, mais três triunfos e um empate deixaram o tricolor com sete pontos e outra vez em primeiro, com três pontos de bônus na final.

O penta baiano virou questão de tempo na quarta fase. O Bahia estreou fazendo 5 a 0 no Jequié, triunfou mais três vezes, empatou dois jogos e ficou líder do grupo A com 13 pontos. No pentagonal, dois triunfos e dois empates valeram a conquista antecipada, com as quatro fases vencidas e seis pontos. A partida do título aconteceu na última rodada, no empate sem gols com o Vitória na Fonte Nova.

A campanha do Bahia:
38 jogos | 26 triunfos | 10 empates | 2 derrotas | 71 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Antônio Andrade/Placar

Bahia Campeão Baiano 1976

A saga do Bahia rumo ao hepta estadual teve continuidade em 1976, com a conquista do tetra. Foi a terceira vez que o clube conseguiu quatro títulos consecutivos, repetindo os feitos de 1948 e 1961.

O Baianão de 1976 teve 12 times e foi disputado em quatro fases. Em todas elas, os participantes foram divididos em dois grupos. Na primeira e terceira fases, se enfrentaram dentro das próprias chaves. Na segunda e na quarta, uma chave enfrentou a outra. Ao final de cada etapa, os dois melhores colocados de cada grupo avançaram para um quadrangular que apontou um finalista e deu um ponto extra.

O Bahia ficou no grupo A, ao lado de Fluminense de Feira, Ypiranga, Jequié, Leônico e Redenção. Na estreia da primeira fase, o Tricolor de Aço goleou o Redenção por 6 a 0. Na partida seguinte, fez 9 a 0 no Leônico. Nos outros três jogos, conseguiu mais três triunfos e terminou na liderança com dez pontos. No quadrangular, o time ganhou de Jequié e Atlético Alagoinhas, mas perdeu para o Vitória por 1 a 0 e ficou em segundo lugar com quatro pontos, dois atrás do rival.

Na segunda fase, o Bahia começou triunfando sobre o Humaitá por 4 a 0. Depois, ganhou mais três jogos e empatou dois, voltando a ser líder do grupo A com dez pontos. Porém, no quadrangular, a equipe empatou sem gols com o Leônico, ganhou por 3 a 0 do Atlético e perdeu novamente por 1 a 0 para o Vitória, fechando mais uma vez em segundo lugar, com três pontos, três atrás do rubro-negro.

A chave começa a virar na terceira fase. O Bahia faz 2 a 0 no Leônico e ganha as outras quatro partidas do grupo, sendo líder novamente com dez pontos. No quadrangular, o Tricolor de Aço triunfa sobre Fluminense, Atlético e Vitória, somando seis pontos e conquistando a vaga na decisão.

Mas era preciso igualar os pontos extras do rival. Na quarta fase, o Bahia derrota o Humaitá por 2 a 0, ganha mais três jogos, empata um e perde um, sendo líder da chave com nove pontos. No quadrangular, o time bate Ypiranga, Atlético e Vitória para fazer seis pontos e conseguir a segunda bonificação.

Por fim, Bahia e Vitória chegar para a final com dois pontos extras para cada lado, ou seja, ninguém teve vantagem de fato. Em dois Bavis na Fonte Nova, o Tricolor de Aço chegou ao título com triunfos por 2 a 1 na ida e por 1 a 0 na volta.

A campanha do Bahia:
36 jogos | 29 triunfos | 4 empates | 3 derrotas | 94 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1975

Em 1975, o Bahia chegou ao tricampeonato baiano invicto e ao 26º título estadual em sua história. O título consolidou a hegemonia e demostrou a consistência do clube durante a década de 1970, consolidando-se como a principal potência do futebol baiano na época.

O Campeonato Baiano daquele ano teve a participação de dez times. Na primeira fase, todos se enfrentaram uma vez, com os quatro primeiros passando ao quadrangular que apontou o primeiro finalista. A segunda fase foi idêntica a anterior, com as equipes jogando mais uma vez entre si e os quatro melhores disputando a segunda vaga na decisão. Caso o mesmo time levasse as duas fases do torneio, a melhor campanha no geral pegaria o lugar que sobrou na final. Foi o que aconteceu, mas nada que fosse capaz de parar o ímpeto do Bahia.

O Tricolor de Aço começou a campanha ganhando por 1 a 0 do Itabuna fora de casa. Nos nove jogos seguintes, a equipe engatou mais quatro triunfos e quatro empates. Com 14 pontos na tabela, o Bahia liderou a etapa e foi ao quadrangular que definiu um lugar na final. Nas três partidas que disputou, bateu o Botafogo de Salvador por 1 a 0, empatou por 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas e empatou sem gols com o Vitória. Os quatro pontos foram suficientes para a equipe faturar a primeira fase, com um a mais que seu maior rival.

A segunda fase teve a tabela espelhada. Na estreia, o Bahia fez 2 a 1 no Itabuna na Fonte Nova. Depois, repetiu o roteiro da etapa anterior com mais quatro triunfos e quatro empates nas oito partidas seguintes. Novamente com 14 pontos, o time foi líder e avançou, ao lado dos mesmos adversários. No quadrangular, o Tricolor empatou por 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas, goleou por 4 a 0 o Botafogo e empatou por 1 a 1 com o Vitória. Outra vez com quatro pontos, o Bahia superou o maior rival no saldo de gols e acumulou a segunda vaga na decisão.

De tal forma, o melhor índice técnico contando as duas fases se classificou à final, e este clube foi o Vitória. O Bavi decisivo foi realizado na Fonte Nova, e a vantagem era toda do Bahia, que por ter ganhado as duas fases podia ser campeão até mesmo com empate. Foi exatamente o que ocorreu, pois os dois times não saíram do 0 a 0. Assim, mais uma taça foi para a galeria do Tricolor de Aço, que ampliou ainda mais sua frente de títulos.

A campanha do Bahia:
25 jogos | 12 triunfos | 13 empates | 0 derrotas | 35 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Bahia

Bahia Campeão Baiano 1974

Não bastou apenas reconquistar o título estadual em 1973, o Bahia queria ainda mais. Em 1974, o time chegou ao bicampeonato de uma sequência ao longo da década que iria até o hepta. Porém, muitas informações sobre o Campeonato Baiano de 1974 estão perdidas e ainda não foram resgatadas.

O que se sabe é que o torneio teve nove equipes. O regulamento é desconhecido, mas pode ser interpretado de acordo com as campanhas do campeão Bahia e do vice Vitória: um primeiro turno com oito jogos para cada time, seguido por um quadrangular de três rodadas; um segundo turno com mais oito jogos e outro quadrangular; um triangular com os vencedores dos turnos e a melhor campanha geral; e a decisão. O que pode corroborar com esta interpretação é a fórmula da edição de 1975, que se assemelha muito com esta descrição.  

O Bahia iniciou a competição com triunfo por 2 a 1 sobre o Jequié. Depois, fez 2 a 1 no Itabuna, ficou no 0 a 0 com o Ypiranga, fez 2 a 0 no Vitória, ficou no 1 a 1 com o Botafogo de Salvador, levou 1 a 0 do Fluminense de Feira, ficou no 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas e fez 2 a 1 no Galícia. São quatro triunfos, três empates e uma derrota. No quadrangular, o Tricolor de Aço fez quatro pontos no empate sem gols com o Fluminense, no triunfo por 1 a 0 sobre o Galícia e no empate por 1 a 1 com o Vitória. Segundo a Revista Placar de 13 de dezembro de 1974, o Fluminense foi o vencedor do primeiro turno.

O segundo turno inicia no triunfo por 3 a 1 sobre o Atlético. E continua no empate sem 1 a 1 com o Ypiranga, no triunfo por 2 a 0 sobre o Jequié, no empates por 2 a 2 com o Vitória e por 1 a 1 com o Fluminense, e nos triunfos por 2 a 0 sobre o Galícia, por 4 a 1 sobre o Itabuna e por 2 a 1 sobre o Botafogo. Foram cinco triunfos e três empates. No quadrangular, o Bahia teve empates por 2 a 2 com o Fluminense e por 0 a 0 com o Vitória, e triunfo por 2 a 1 sobre o Atlético. Estes resultados deixam os tricolores com quatro pontos ante cinco dos rubro-negros, que ganharam do Atlético e do Fluminense.

Se a interpretação do regulamento estiver correta, a fase seguinte foi disputada em triangular por Fluminense, campeão do turno, Vitória, campeão do returno, e Bahia, melhor campanha geral. Os resultados aqui foram: Bahia 2x1 Fluminense, Vitória 3x0 Fluminense e Bahia 0x0 Vitória. Por fim, com três pontos cada, tricolores e rubro-negros encerraram o campeonato em partida na Fonte Nova. Esta terminou 1 a 0 para o Bahia, que levou o 25º título estadual.

A campanha do Bahia:
25 jogos | 13 triunfos | 11 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto José Martins/Placar

Bahia Campeão Baiano 1973

O Bahia abriu uma sequência de título estaduais em 1970 e 1971 e parecia que ia dominar o Campeonato Baiano. Em 1972, porém, o rival Vitória acabou temporariamente com os planos tricolores. Só temporariamente, pois a partir de 1973 o time voltou a conquistar o título e deu início a maior hegemonia de sua história, o heptacampeonato, que foi até 1979.

Mais uma vez, o Baianão teve um regulamento complicado, com 13 participantes. Na primeira fase, as equipes foram divididas em dois grupos e jogaram um turno cruzado. Os dois melhores de cada chave disputaram um quadrangular que apontou um classificado à final. Na segunda fase, não houve divisão de grupos e os quatro melhores foram a mais um quadrangular, que apontou outro finalista. Na terceira fase, os oito melhores da etapa anterior ficaram em duas chaves, com o líder de cada indo à decisão que deu a terceira uma vaga na final. Os vencedores de fase ganharam um ponto extra na decisão geral.

No grupo A, o Bahia ficou ao lado de Leônico, Itabuna, Botafogo de Salvador, Jequié e Fluminense de Feira e enfrentou o grupo B. Na estreia, ganhou do Ypiranga por 2 a 1 na Fonte Nova. Nos seis jogos seguintes, o Tricolor de Aço teve mais quatro triunfos e dois empates. Com 12 pontos, a equipe foi ao quadrangular como líder, mas acabou surpreendido pelo Atlético de Alagoinhas no fim das três rodadas. O Bahia teve um triunfo e dois empates, com quatro pontos, enquanto o adversário teve duas vitórias e um empate, com cinco pontos.

O jeito foi buscar a vaga na final pela segunda fase. Na estreia, o time tricolor fez 5 a 0 no Conquista em casa. Depois, manteve a grande campanha com mais sete triunfos, três empates e uma derrota. Com 19 pontos o Bahia avançou ao quadrangular com vice-líder, dois pontos atrás do Vitória. O lugar na final foi conquistado com triunfos nos três jogos que disputou, com seis pontos obtidos.

Na terceira fase, o Bahia encarou Botafogo, Itabuna e Fluminense. Em mais três partidas, triunfou duas e empatou uma, indo à decisão com cinco pontos. Por fim, o placar de 2 a 0 sobre o Galícia na Fonte Nova deu ao Tricolor de Aço mais um ponto extra na final geral.

A decisão estadual reuniu Bahia, com dois pontos, e Atlético de Alagoinhas, com um ponto. Assim, bastou aos tricolores ganhar a primeira partida, por 2 a 0 na Fonte Nova, para levar o 24º título estadual.

A campanha do Bahia:
30 jogos | 21 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 60 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Raimundo de Jesus/Placar

Vitória Campeão Baiano 1972

Clube baiano mais antigo, fundado em 1899, o Vitória tem uma história com altos e baixos. Campeão estadual em 1908 e 1909, o time só chegou ao terceiro título em 1953, 44 anos depois. Nesse meio tempo, o rival Bahia foi fundado e se tornou hegemônico. Aos poucos, o rubro-negro voltou ao cenário.

Em 1972, o Vitória já tinha sete títulos, que o deixavam como terceiro maior ganhador. Mas naquele ano o time já era a segunda força, pois o Ypiranga, segundo maior campeão, parou de vencer em 1951. O Bahia tinha 23 títulos e era bicampeão no momento. Coube então ao Leão da Barra frear o rival e conquistar a oitava taça, a única da década e que quebrou com sete anos de fila.

O estadual teve 13 participantes e três fases. Na primeira, as equipes atuaram em turno único, com os dois primeiros disputando uma partida que definiu um classificado à decisão. Na segunda fase, os times ficaram em dois grupos, com partidas em turno único. O líder de cada grupo também fez um jogo para definir outro finalista. A terceira fase foi igual, mas com os times jogando em chaves cruzadas.

O Vitória começou a campanha derrotando o Jequié por 2 a 1 em Salvador. Nas 11 partidas seguintes, teve mais sete vitórias e quatro empates, que deixou o time com 20 pontos na vice-liderança, mas empatado em pontos com o líder Bahia. Na decisão, porém, o rubro-negro perdeu o Bavi por 1 a 0.

Na segunda fase, o Leão ficou no grupo B, com Fluminense de Feira, Palestra de Salvador, Ypiranga, Botafogo de Salvador, Ilhéus e Conquista. O Vitória fez seis jogos, com três vitórias e três empates, e foi líder com nove pontos. Na decisão de fase com o Bahia, o time venceu por 2 a 1, na prorrogação.

Na terceira fase, foi a vez de enfrentar os times do grupo A: Bahia, Atlético Alagoinhas, Itabuna, Galícia, Jequié e Leônico. Em seis partidas, o Vitória teve três vitórias, dois empates e uma derrota, que deixaram o time em primeiro da chave B com oito pontos. Na final, em outro Bavi, empatou sem gols e perdeu nos pênaltis por 5 a 4.

A final do Baianão teve Vitória, com um ponto extra da segunda fase, e Bahia, com dois pontos extras da primeira e terceira fases. O time que atingisse quatro pontos levava o título. Em dois jogos na Fonte Nova, o Leão superou essa pontuação, e foi campeão com vitórias por 2 a 1 e por 3 a 1.

A campanha do Vitória:
29 jogos | 17 vitórias | 10 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Raimundo de Jesus/Placar

Bahia Campeão Baiano 1971

A década de 1970 foi muito especial para o Bahia. O clube só perdeu um dos dez estaduais disputados no período, aumentando ainda mais o rol de títulos conquistados. Em 1971, o time conseguiu a 23ª taça e foi bicampeão.

Depois do fim confuso de 1970, a Federação Bahiana mudou levemente o regulamento para 1971. Com 13 participantes, o Baianão daquele ano continuou a ter dois turnos, não mais distintos e sim corridos. Ou seja, quem chegou com mais pontos ao final da última rodada ficou com o título estadual. Outra novidade para a edição foi a reabertura da Fonte Nova, após reforma.

A estreia do Tricolor de Aço no estadual foi com empate por 1 a 1 com o Ilhéus fora de casa. O primeiro triunfo aconteceu na primeira partida na Fonte Nova, na rodada seguinte, por 2 a 1 sobre o Ypiranga. Os demais resultados do time foram quase sempre de poucos gols, exceto pela goleada por 6 a 1 sobre o Jequié, no oitavo jogo.

A disputa do Bahia pelo título teve dois adversários diretos, o Vitória e o Fluminense de Feira. Os três clubes alternaram a liderança do torneio entre si em vários momentos. Na virada do primeiro para o segundo turno, o tricolor era o líder com 18 pontos, seguidos pelos dois rivais com 17 cada. Foram sete triunfos, quatro empates e uma derrota nas primeiras 12 partidas.

A corrida foi cabeça a cabeça, com cada tropeço servindo de chance para o adversário pular à primeira colocação. No segundo turno, o Bahia engatou uma ótima sequência invicta, com sete triunfos e quatro empates até o fim da penúltima rodada. Com 36 pontos, o Tricolor de Aço chegava para a última rodada como líder, seguido pelo Vitória com 35. O Fluminense já estava sem chances, com 33 pontos.

A última rodada teve reservado o clássico Bavi. Na Fonte Nova lotada, o Bahia jogava pelo empate enquanto o Vitória precisava ganhar a partida. O tricolor fez seu gol ainda no primeiro tempo e depois se retrancou. No segundo tempo, a torcida ficou ansiosa para comemorar o bicampeonato e invadiu o campo antes do apito final. O clássico só chegou ao fim minutos depois, mas com o triunfo por 1 a 0 e o o título do Bahia confirmados.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 15 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1970

O Campeonato Baiano é um caso de estadual que é dominado por apenas dois clubes, mas que tem o maior vencedor a dezenas de taças de distância para o segundo colocado. No caso, o clube que leva em seu nome o do próprio estado, o Bahia. Fundado em 1931, o Tricolor de Aço ascendeu ao posto de maior campeão já na década de 1940. Em 1970, o clube chegou na 22ª conquista.

O Baianão daquele ano tinha tudo para ser tranquilo, mas o final foi confuso. O regulamento reuniu 16 times em grupo único e dois turnos, com o ganhador de cada turno classificado à decisão. O Bahia estava sem ganhar desde 1967, vendo as taças de 1968 e 1969 irem para Galícia e Fluminense de Feira, respectivamente. Junto com o Vitória, eles eram de início os maiores obstáculos do Tricolor.

O Bahia iniciou o primeiro turno com triunfos por 1 a 0 sobre o Feira e por 3 a 1 sobre o Ypiranga, no Campo da Graça, em Salvador. Nas 13 partidas restantes, o Tricolor teve mais sete triunfos, cinco empates e uma derrota, conquistando o primeiro lugar e vaga na final com 23 pontos, um a mais que o vice Jequié. A confirmação veio na última rodada, no empate por 1 a 1 com o Monte Líbano.

No segundo turno, o Bahia foi atrás do título em definitivo, mas em seu caminho cruzou o Itabuna. O clube do interior surpreendeu a todos e foi vencedor do segundo turno com 24 pontos. Com 10 triunfos, três empates e duas derrotas, o Tricolor somou 23 pontos e ficou em segundo. Contudo, o clube entrou na justiça pedindo os dois pontos da partida contra o próprio Itabuna, que ficou empatada por 1 a 1.

A história extracampo não deu em nada. Itabuna e Bahia já haviam feito suas 15 partidas e estavam na final estadual. Tanto que os clubes que ainda tinham jogos a fazer no returno pediram à Federação Bahiana o cancelamento dos mesmos. Contudo (de novo), outro problema apareceu, a disputa do Campeonato Brasileiro por parte do Bahia, que fez com que a decisão fosse adiada em três meses.

Assim, Bahia e Itabuna, que deveriam ter feito a final em setembro, só atuaram em dezembro, em melhor de três jogos no Campo da Graça. Vindo de atividade no Brasileiro, o Bahia faturou o título estadual com facilidade e dispensando a necessidade do terceiro jogo, com triunfos por 3 a 0 e por 6 a 0 em cima de um adversário que estava parado, com diretoria nova e elenco remontado às pressas.

A campanha do Bahia:
32 jogos | 21 triunfos | 8 empates | 3 derrotas | 63 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista Manchete