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Remo Campeão Paraense 1973

O Campeonato Paraense é o estadual mais polarizado do Brasil, mais até do que o Gaúcho, o Mineiro, o Paranaense e outros. No Pará, mais de 90% das conquistas estão nas mãos de Paysandu e Remo. Em terceiro, muito distante, aparece a Tuna Luso. Por fim, mais longe ainda, vêm os demais campeões.

Em 1973, apenas quatro clubes tinham títulos paraenses: os três já citados e o extinto União Sportiva. Com 22 taças, o Remo vivia dois incômodos. Primeiro, estar seis conquistas estaduais atrás do Paysandu. Segundo, a fila de cinco anos sem vencer o Parazão, vendo neste meio tempo a Tuna Luso vencer um título e o maior rival ser bicampeão. Os azulinos poriam fim em todos os obstáculos.

O estadual daquele ano teve oito participantes: Remo, Paysandu, Tuna Luso, Sport Belém, Liberato de Castro, Júlio César, Sporting e Combatentes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com o líder garantindo vaga na final e os seis melhores passando à segunda fase. Na etapa seguintes, os seis classificados jogaram novamente entre si em turno único, com o líder também passando à decisão.

O Remo começou a campanha do 23º título com goleada por 4 a 0 sobre o Combatentes em casa, no Baenão. Nas seis partidas seguintes, conseguiu mais cinco vitórias e um empate. Com 13 pontos ganhos e um perdido, o time garantiu a liderança e as vagas na final e na segunda fase. O hexagonal foi completado por Tuna Luso, Paysandu, Liberato de Castro, Sport Belém e Sporting.

Na segunda fase, o Leão Azul o bom pique. Na estreia, venceu o Liberato de Castro por 2 a 0 no Baenão. Na segunda rodada, fez o mesmo placar sobre o Sport Belém. Na terceira partida, ficou no empate por 1 a 1 com o Sporting. Na quarta rodada, venceu um conturbado clássico Repa por 2 a 1 na Curuzu, em jogo remarcado após o primeiro ser suspenso por falta de segurança.

Até aqui, o Remo conquistou sete pontos, estando na liderança com dois pontos a mais que Sport Belém e Tuna Luso. A última rodada foi disputada contra a Tuna no Baenão. Assim, o empate já servia para o os azulinos conquistarem o título antecipado, invicto e sem precisar da final. E foi o que aconteceu, com o placar de 0 a 0 em casa.

A campanha do Remo:
12 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Euclides Bandeira/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1973

Campeonato ainda jovem na década de 1970, o Goiano via seus clubes aos poucos construírem uma história de títulos. Em 1973, o Vila Nova era dono de apenas quatro, e não ganhava desde 1968. Era chegada a hora de vencer o quinto título, e foi com emoção.

O Campeonato Goiano de 1973 contou com nove participantes e teve um regulamento simples de entender. Foi disputado dois turnos independentes, com o líder de cada metade garantindo uma vaga na decisão.

O Vila Nova deu início à campanha do título com empate por 0 a 0 no clássico com o Goiás. Na segunda rodada, perdeu por 1 a 0 para o Itumbiara fora de casa. A primeira vitória veio só na terceira partida, por 2 a 1 o Anápolis em casa. Com mais três vitórias e dois empates nos cinco jogos seguintes, o Tigre ficou apenas na terceira quarta colocação do primeiro turno, com 11 pontos. O vencedor da fase foi o Goiás, que bateu o Atlético em partida extra.

Era preciso acabar com os tropeços no segundo turno. Depois de empatar por 1 a 1 com o Santa Helena na estreia fora, o Vila goleou o Novo Horizonte por 6 a 0 em casa. Nas seis partidas restantes, a equipe engatou mais quatro vitórias e dois empates, que a colocaram com 13 pontos na liderança do returno. A vaga foi conquistada na última rodada, no empate sem gols com o vice-líder Goiatuba, que ficou um ponto atrás do Tigre.

De tal forma, o clássico entre Goiás e Vila Nova decidiu o título goiano de 1973 em duas partidas, ambas no Estádio Olímpico de Goiânia. Na ida, o Tigre foi melhor e superou o rival pelo placar de 2 a 1. Na volta, os esmeraldinos devolveram o resultado com o placar de 2 a 0.

Na soma dos placares, deu Goiás por 3 a 2. Mas não havia nada sobre saldo de gols no regulamento da final, e sim a pontuação. Como cada time somou dois pontos, a fórmula impôs uma disputa de pênaltis para definir o campeão estadual. Nas cobranças, o Vila Nova foi mais eficiente e venceu por 3 a 1.

A campanha do Vila Nova:
18 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Vila Nova (Quem souber quem são os jogadores na foto, escreva nos comentários)

Fortaleza Campeão Cearense 1973

Um dos principais clubes cearenses, o Fortaleza passou o início da década de 1970 sem conquistas. Desde 1969, o clube estava longe do topo estadual, mas conseguiu a volta por cima em 1973, evitando a hegemonia do maior rival e chegando na 23ª taça em toda a história.

Último estadual antes da inauguração do Castelão, o Campeonato Cearense de 1973 teve 11 times e a disputa em dois turnos. No primeiro turno, as equipes se enfrentaram uma vez, com as quatro melhores passando ao quadrangular que definiu o primeiro finalista, também em jogos de ida. No segundo turno, o regulamento foi o mesmo. A final ficou prevista entre os vencedores dos quadrangulares.

O Leão do Pici iniciou a campanha com goleada por 4 a 0 sobre o Guarany de Sobral no Presidente Vargas, na capital. Nos nove jogos restantes, o Fortaleza obteve mais cinco vitórias, três empates e uma derrota, que o deixaram com 15 pontos na vice-liderança. No quadrangular, a equipe teve mais duas vitórias e um empate, garantindo um lugar na decisão com cinco pontos, ante quarto do Ferroviário, dois do Ceará e um do Maguari.

No segundo turno, o tricolor estreou com vitória por 3 a 0 sobre o Guarany em Sobral. Depois, goleou o América de Fortaleza por 6 a 0 em casa, venceu mais seis e empatou duas partidas, que colocaram o time com 18 pontos na segunda colocação. No quadrangular, novamente contra Ceará, Ferroviário e Maguari, o Fortaleza venceu dois jogos e empatou um, ficando com cinco pontos. Mas, desta vez, o clube ficou empatado com o rival alvinegro, forçando assim uma partida extra que definiu ou o título tricolor, ou a decisão no Clássico-Rei.

Para o Fortaleza, a partida de desempate já era a final do estadual. A disputa aconteceu no Estádio Presidente Vargas, três meses antes da abertura do Castelão. Como todo Clássico-Rei, o confronto com o Ceará foi recheado de tensão, com chances desperdiçadas por ambos os times. Mas a bola não entrou no gol em nenhum dos lados em 90 minutos. Foi preciso realizar uma prorrogação. E nos 30 minutos extras, o Leão do Pici conseguiu colocar a bola na rede uma vez. Com 1 a 0 no placar, o título estadual e a quebra do jejum vieram de maneira antecipada.

A campanha do Fortaleza:
27 jogos | 19 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 58 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Avaí Campeão Catarinense 1973

A maior rivalidade de Santa Catarina é entre Avaí e Figueirense. E na década de 1970, os dois clubes voltaram ao topo do futebol estadual. Em 1972, foram os alvinegros. Em 1973, foi a vez do Leão da Ilha, que recuperou o título catarinense depois de 28 anos. Foi o décimo título na história do clube.

O estadual de 1973 teve a presença de dez times. No primeiro turno, elas se enfrentaram em jogos de ida, com os dois primeiros avançando à fase final. No segundo e terceiro turnos, aconteceu a mesma coisa, com partidas de mão única e duas vagas na decisão do campeonato.

A campanha do Avaí teve início no empate por 1 a 1 com o Inter de Lages em casa, no Estádio Adolfo Konder. A primeira vitória veio na segunda partida, por 1 a 0 sobre o Palmeiras de Blumenau fora de casa. Nos sete jogos seguintes, o Leão venceu seis e perdeu um, encerrando o primeiro turno com 15 pontos, classificado à fase final na segunda posição, atrás do Figueirense no saldo de gols.

Já garantido na fase final, o Avaí tirou o pé no segundo turno. Na estreia, perdeu por 1 a 0 para o Inter de Lages fora de casa. Depois, venceu o Palmeiras de Blumenau por 2 a 0 em casa e conseguiu mais três vitórias, três empates e uma derrota. Com 11 pontos em nove jogos, o Leão da Ilha ficou em quarto lugar. Juventus de Rio do Sul e Figueirense foram os líderes.

O terceiro turno aconteceu com nove times, após o Paysandu de Brusque desistir do campeonato. O Avaí iniciou com empate por 1 a 1 com o Figueirense e vitória por 4 a 0 sobre o Hercílio Luz, ambos no Adolfo Konder. Nas seis partidas restante, a equipe venceu três e empatou três, deixando-a na liderança com 12 pontos. Com 10, o Caxias de Joinville foi vice e completou o grupo de classificados.

A fase final aconteceu em quadrangular, do zero, com Avaí, Figueirense, Caxias e Juventus. Na estreia, o Leão ficou no empate por 1 a 1 com o Caxias em Joinville. Depois, bateu o Figueirense por 1 a 0 em casa. No fim do turno, empatou por 1 a 1 com o Juventus em Rio do Sul.

No returno, o Avaí obteve vitórias por 1 a 0 sobre Caxias e Figueirense, em casa e no Orlando Scarpelli. Com oito pontos, o Leão chegou na liderança para a última rodada, seguido pelo Juventus com seis pontos. O confronto direto pelo título aconteceu no Adolfo Konder, e o Avaí venceu por 2 a 1.

A campanha do Avaí:
32 jogos | 19 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 44 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1973

A maior hegemonia da história do Santa Cruz chegou ao fim em 1973. A conquista do pentacampeonato pernambucano, com quase 100 gols marcados, foi o auge de uma das eras mais felizes do clube tricolor, que tempos depois, em 1975, atingiu a melhor colocação na história do Brasileirão, no quarto lugar.

Antes, o penta. O Campeonato Pernambucano de 1973 teve oito equipes em três turnos. No primeiro, todas se enfrentaram em jogos de ida e volta, com o campeão garantindo um lugar na final e os sete primeiros passando à próxima fase. No segundo turno, a fórmula foi a mesma, com sete times na disputa e as cinco melhores passando à próxima fase. O terceiro turno decidiu o último finalista, também com jogos em ida e volta. Cada turno deu um ponto extra aos finalistas.

A campanha do Santinha começou com vitória por 3 a 1 em cima do Íbis. A sequência continuou com mais 12 triunfos e um empate nas 13 partidas seguintes. Com 27 pontos, o clube conseguiu a liderança e a vaga na final com seis pontos de vantagem sobre o vice Náutico. O Santo Amaro foi eliminado.

Quase perfeito, o Santa Cruz foi ao segundo turno e estreou com mais uma vitória sobre o Íbis, desta vez por 5 a 0. Depois, emplacou dez vitórias e um empate em 11 partidas, que deixaram o time mais uma vez na liderança, com 23 pontos e dois extras na final. Os eliminados da vez foram Central e Íbis.

O terceiro turno foi disputado com Santa Cruz, Sport, Náutico, América de Recife e Ferroviário de Recife. Na abertura, o Santinha empatou por 2 a 2 com o Sport. Na segunda partida, venceu por 2 a 1 o Náutico. Nos seis jogos seguintes, o clube obteve mais três vitórias e três empates. Com 12 pontos, o Santa Cruz ficou empatado com o Sport na liderança, e o regulamento determinou uma partida de desempate. Na Ilha do Retiro, os tricolores sofreram a única derrota no campeonato, por 1 a 0.

O Santa Cruz quase levou o título antecipado com os três turnos ganhos, mas teve que disputar a final com o Sport. A vantagem sobre o rival era boa, com dois pontos extras contra um. Assim, bastou vencer o primeiro jogo da decisão para o Santinha levar o 14º título estadual, em plena Ilha do Retiro, por 2 a 0.

A campanha do Santa Cruz:
36 jogos | 29 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 96 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Bahia Campeão Baiano 1973

O Bahia abriu uma sequência de título estaduais em 1970 e 1971 e parecia que ia dominar o Campeonato Baiano. Em 1972, porém, o rival Vitória acabou temporariamente com os planos tricolores. Só temporariamente, pois a partir de 1973 o time voltou a conquistar o título e deu início a maior hegemonia de sua história, o heptacampeonato, que foi até 1979.

Mais uma vez, o Baianão teve um regulamento complicado, com 13 participantes. Na primeira fase, as equipes foram divididas em dois grupos e jogaram um turno cruzado. Os dois melhores de cada chave disputaram um quadrangular que apontou um classificado à final. Na segunda fase, não houve divisão de grupos e os quatro melhores foram a mais um quadrangular, que apontou outro finalista. Na terceira fase, os oito melhores da etapa anterior ficaram em duas chaves, com o líder de cada indo à decisão que deu a terceira uma vaga na final. Os vencedores de fase ganharam um ponto extra na decisão geral.

No grupo A, o Bahia ficou ao lado de Leônico, Itabuna, Botafogo de Salvador, Jequié e Fluminense de Feira e enfrentou o grupo B. Na estreia, ganhou do Ypiranga por 2 a 1 na Fonte Nova. Nos seis jogos seguintes, o Tricolor de Aço teve mais quatro triunfos e dois empates. Com 12 pontos, a equipe foi ao quadrangular como líder, mas acabou surpreendido pelo Atlético de Alagoinhas no fim das três rodadas. O Bahia teve um triunfo e dois empates, com quatro pontos, enquanto o adversário teve duas vitórias e um empate, com cinco pontos.

O jeito foi buscar a vaga na final pela segunda fase. Na estreia, o time tricolor fez 5 a 0 no Conquista em casa. Depois, manteve a grande campanha com mais sete triunfos, três empates e uma derrota. Com 19 pontos o Bahia avançou ao quadrangular com vice-líder, dois pontos atrás do Vitória. O lugar na final foi conquistado com triunfos nos três jogos que disputou, com seis pontos obtidos.

Na terceira fase, o Bahia encarou Botafogo, Itabuna e Fluminense. Em mais três partidas, triunfou duas e empatou uma, indo à decisão com cinco pontos. Por fim, o placar de 2 a 0 sobre o Galícia na Fonte Nova deu ao Tricolor de Aço mais um ponto extra na final geral.

A decisão estadual reuniu Bahia, com dois pontos, e Atlético de Alagoinhas, com um ponto. Assim, bastou aos tricolores ganhar a primeira partida, por 2 a 0 na Fonte Nova, para levar o 24º título estadual.

A campanha do Bahia:
30 jogos | 21 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 60 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Raimundo de Jesus/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1973

O ano de 1973 tem um lugar especial no coração do torcedor do Coritiba. Nos primeiro semestre, o time conquistou o Torneio do Povo, campeonato organizado pela CBD com os clube de maior torcida dos cinco principais estados brasileiros. No segundo semestre, veio o tricampeonato paranaense, que foi o 22º título estadual coxa-branca.

O torneio local teve a presença de 12 equipes, que disputaram duas fases. Na primeira, elas se enfrentaram em grupo único e em dois turnos. Na segunda, seis classificadas jogaram o hexagonal final, também em dois turnos.

O caminho do Coritiba rumo ao título teve início na goleada por 5 a 1 sobre o Grêmio Maringá no Belfort Duarte. Na sequência, venceu o Rio Branco por 2 a 1 em Paranaguá e emendou ótimos resultados que credenciaram o time para mais um título. Foram 19 vitórias, dois empates e uma derrota em 22 partidas, que classificaram o Coxa na liderança com 40 pontos.

O Coritiba foi ao hexagonal final seguido por Athletico, Pontagrossense, Colorado, Londrina e União Bandeirante. Na estreia, venceu o Colorado por 2 a 1 na Vila Capanema e já mostrou que não havia muito para feito pelos adversários. Na segunda rodada, o Coxa fez 2 a 0 no União Bandeirante em casa e 1 a 0 no Londrina fora de casa.

A campanha seguiu muito forte, com vitória do Coxa por 2 a 1 sobre o Pontagrossense fora, empate sem gols com o Athletico no Belfort Duarte e vitórias por 2 a 0 sobre o Pontagrossense e por 1 a 0 sobre o Colorado, também em casa. Na oitava partida, o Coritiba voltou a ficar no empate sem gols no Atletiba.

À essa altura, o Coxa tinha 14 pontos na liderança. O Athletico era o segundo colocado com 11 e o único time com chance de desbancar o Coritiba, que seria campeão com uma rodada de antecedência se vencesse o União Bandeirante em Bandeirantes. E com vitória por 1 a 0 Comendador Luís Meneghel, o time verde e branco conquistou mais uma taça estadual.
 
A campanha do Coritiba:
32 jogos | 27 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 64 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Cruzeiro Campeão Mineiro 1973

A metade da década de 1970 foi uma das melhores da história do Cruzeiro. Apesar de o clube não ter conquistado o Brasileiro em 1974 e 1975 (foi vice duas vezes), levou a taça da Libertadores em 1976. Mas antes, o time precisava ter a hegemonia em Minas Gerais. Em 1973, foi bicampeão estadual, metade do caminho de um tetra.

O Campeonato Mineiro teve 16 participantes. Na primeira fase, sete equipes disputaram três vagas, divididas em dois grupos. Na segunda fase, as três classificadas foram juntadas aos outros nove times, novamente em duas chaves, e em dois turnos. Na terceira fase, os grupos foram mantidos com quatro classificados de cada, mas com enfrentamentos cruzados. Na fase final, finalmente, quatro equipes jogaram o quadrangular do título.

A campanha da Raposa teve início na segunda fase. No grupo A, os adversários foram América, Villa Nova, Atlético de Três Corações, Uberlândia e Nacional de Uberaba. Na estreia, venceu o Nacional por 3 a 0 em Belo Horizonte. Nas nove partidas seguintes, a equipe teve mais quatro vitórias, quarto empates e uma derrota. Com 14 pontos, terminou em primeiro lugar na chave.

Na segunda fase, o Cruzeiro avançou com América, Villa Nova e Atlético de Três Corações, contra o grupo B, com Atlético, Valeriodoce, Uberaba e Caldense. O primeiro jogo teve vitória por 3 a 0 sobre o Valeriodoce fora de casa. Nos outros sete jogos, a Raposa venceu seis e perdeu um, voltando a ficar na liderança com 14 pontos.

Enfim, o quadrangular final chegou com Cruzeiro, Atlético, América e Uberaba, todo disputado no Mineirão. A Raposa começou com empate sem gols com o Uberaba e seguiu com duas vitórias, um empate e uma derrota até a penúltima rodada. Com seis pontos, o Cruzeiro chegou para o último jogo na liderança, seguido por América e Uberaba com cinco e Atlético com quatro. Todos tinham chance, mas só a Raposa dependia de si própria. E conseguiu o 18º título estadual ao bater o maior rival por 1 a 0.

A campanha do Cruzeiro:
24 jogos | 15 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 33 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Jairo Brasil/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1973

Mais uma taça para a conta. Em 1973, o Internacional atingiu o pentacampeonato gaúcho e o 21º título no geral, consolidando cada vez mais sua dominância no Rio Grande do Sul e preparando o terreno para conquistar de vez o Brasil.

O Gauchão daquele ano teve a participação de 22 times. Inter e Grêmio começaram já na segunda fase. Os outros 20 disputaram a primeira etapa em turno único, classificando os dez melhores para o lado seguinte. Neste ponto, os 12 clubes disputaram dois turnos independentes, com o líder de cada fase garantido vaga na final. A primeira fase premiou, após 19 rodadas, Brasil de Pelotas, Caxias, Aimoré, Santo Ângelo, Esportivo, Gaúcho de Passo Fundo, Pelotas, Bagé, São José e Inter de Santa Maria.

A caminha colorada rumo ao penta teve início na segunda fase com vitória por 1 a 0 sobre o Bagé fora de casa, na Pedra Moura. Em casa, a primeira vitória veio no segundo jogo, por 1 a 0 sobre o São José. Nas nove partidas seguintes, o Inter venceu mais seis, empatou duas e perdeu uma, conquistando 18 pontos. O Grêmio teve campanha idêntica, mas o saldo de gols do Inter foi de 17 contra 12 do rival, o que deu a vaga na decisão ao time vermelho.

A pegada colorada continuou alta na terceira fase. Na primeira rodada, venceu por 4 a 2 o Inter de Santa Maria no Beira-Rio. Nos oito jogos seguintes, obteve mais sete vitórias e um empate, que deixaram a equipe na liderança a duas rodadas do fim, com 17 pontos. O Grêmio vinha em segundo lugar, com 14 pontos.

Com mais quatro pontos em disputa, o Internacional tinha uma boa situação para ser campeão sem precisar da final. Na penúltima rodada, o Grêmio venceu o São José e manteve as chances, desde que o colorado perdesse sua partida para o Gaúcho. Mas, dentro do Beira-Rio, o Inter recebeu o time de Passo Fundo e ganhou pelo placar de 1 a 0. Mantendo a distância de três pontos para os gremistas, e restando apenas dois em jogo, o time chegou a mais um título estadual com uma rodada de antecedência.

A campanha do Internacional:
22 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 43 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Artur Franco/Placar

Fluminense Campeão Carioca 1973

O Fluminense chegou ao 21º título carioca em 1973 e manteve a frente como maior vencedor estadual na época. Depois de iniciar a campanha de maneira irregular, o time cresceu da metade para o fim do campeonato e não deu chance aos maiores rivais.

O campeonato teve 12 participantes e foi dividido em três fases. A primeira foi a Taça Guanabara, onde os clubes se enfrentaram em turno único, com título e vaga na decisão para o líder e a vaga na etapa seguinte para os oito primeiros. A segunda fase foi a Taça Francisco Laport, igual a fase anterior. A terceira etapa teve as oito equipes divididas em dois grupos cruzados de turno único, o Troféu Pedro Novaes e o Troféu José Ferreira Agostinho, com vagas na decisão para os vencedores.

O Flu estreou na Taça Guanabara com empate sem gols com o Madureira, resultado que foi seguido por mais duas igualdades, quatro vitórias e quatro derrotas. Com 11 pontos em 11 jogos, o time ficou longe do título e vaga na final, que foram para o Flamengo com 20 pontos. O tricolor foi o sexto colocado.

A campanha melhorou a partir da segunda fase. Logo na estreia, o tricolor venceu por 3 a 1 o Bonsucesso. Nas seis partidas seguintes, foram mais três vitórias e três empates, que deixaram a equipe na liderança com 11 pontos. Porém, o Vasco teve a mesma pontuação e foi necessário um jogo extra para decidir o segundo finalista. Deu Fluminense, com vitória por 1 a 0.

Na terceira fase, o Flu jogou o Troféu José Ferreira Agostinho, junto com Botafogo, Olaria e Bonsucesso. Em quatro partidas contra os times do outro troféu (Vasco, Flamengo, America e Bangu), a equipe teve duas vitórias, um empate, uma derrota e somou cinco pontos, igualando com o Botafogo na liderança. Em mais uma partida extra, a equipe venceu por 1 a 0 e barrou o rival da decisão. Na outra chave, o Vasco foi o terceiro e último time a conseguir vaga.

Fluminense, Flamengo e Vasco disputaram a fase decisiva. Com duas fases vencidas, o Flu foi direto à partida final, enquanto os outros rivais fizeram uma semifinal, onde deu rubro-negro com empate por 0 a 0 e a melhor campanha geral. Finalmente, no Fla-Flu derradeiro, o tricolor conseguiu o título estadual ao vencer por 4 a 2, debaixo de muita chuva no Maracanã.

A campanha do Fluminense:
25 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 36 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Zeca Araújo/Placar

Santos e Portuguesa Campeões Paulistas 1973

Toda regra nova no futebol leva um tempo para ser assimilada. O problema é quando o árbitro se confunde ao usá-la e decide um campeonato, como foi no Paulistão de 1973. Um erro na contagem da disputa de pênaltis da final rachou o título entre Santos e Portuguesa. Para o alvinegro praiano, foi a 13ª conquista, depois de quatro anos. Já os rubro-verdes levaram a terceira taça, após uma fila de 37 anos.

O estadual daquele ano teve 18 participantes e uma mudança importante no regulamento. A primeira fase continuou igual, com 12 times disputando seis vagas. A diferença veio na etapa seguinte, que deixou de ser em pontos corridos e passou a ser em dois turnos separados, com Santos, Portuguesa, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Guarani e os seis classificados. O líder de cada turno se classificou à decisão, em jogo único e com a inédita regra da disputa de pênaltis em caso de empate.

A Portuguesa começou a campanha fazendo 1 a 0 no São Bento, enquanto o Santos ficou no 0 a 0 com a Ferroviária. Mas, apesar do início melhor rubro-verde, foi o alvinegro praiano que manteve regularidade e liderou o primeiro turno, com mais oito vitórias e dois empates, que renderam 19 pontos. O time luso só venceu mais um jogo, empatou seis e perdeu três, ficando em oitavo lugar com dez pontos.

A figura mudou no segundo turno. O Santos até estreou vencendo o Botafogo de Ribeirão Preto por 2 a 0, mas acumulou até o fim só mais três vitórias, com três empates e três derrotas. Com 12 pontos, o time ficou em quinto. A Portuguesa começou batendo o São Bento por 2 a 1, venceu outras seis e empatou quatro, ficando na liderança com 18 pontos.

Santos e Portuguesa disputaram a final no Morumbi. Os dois times tiveram chances de vencer em tempo normal, mas o 0 a 0 ficou no placar durante os 90 minutos e a prorrogação. Assim, pela primeira vez um campeonato no Brasil seria definido na disputa de pênaltis, regra criada pela FIFA em 1970.

As primeiras cinco cobranças foram feitas. O Peixe acertou duas e errou uma, e a Lusa errou todas as duas. Na terceira, a equipe rubro-verde errou de novo e o árbitro Armando Marques apitou o fim da disputa. O Santos começou a comemorar, mas a Portuguesa ainda tinha duas batidas e poderia empatar a série. O juiz só percebeu o erro quando foi escrever a súmula e pediu para os times voltarem a campo.

Mas os dirigentes lusos orientaram os jogadores a sair do estádio rapidamente, já que vencer no reinício dos pênaltis tinha ficado muito difícil. E como o erro do árbitro foi de direito, a Lusa podia entrar na justiça. Para evitar isso, e também por falta de datas para uma nova final, a Federação Paulista determinou a divisão do título estadual em reunião com os presidentes de Santos e Portuguesa.

A campanha do Santos:
23 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha da Portuguesa:
23 jogos | 9 vitórias | 11 empates | 3 derrotas | 26 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press


Foto Arquivo/Gazeta Press

Milan Campeão da Recopa Europeia 1973

Em 1973, a Recopa Europeia voltou ao patamar de 32 participantes e também saiu do domínio britânico, com o Milan conquistando o bicampeonato depois de cinco anos. O título europeu foi possível a partir da conquista de outro bi, o da Copa da Itália em 1972.

A campanha invicta do clube rossonero teve início contra o Red Boys Differdange, de Luxemburgo, na primeira fase. No primeiro jogo, goleada milanista por 4 a 1 fora de casa. Na segunda partida, a vitória foi por 3 a 0 no San Siro.

Nas oitavas de final, o Milan enfrentou o Legia Varsóvia. A ida foi disputada na Polônia, e ficou no empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Milão, sendo mais difícil que o esperado. No tempo normal, o rossonero não conseguiu sair de outro empate por 1 a 1, tendo que jogar a prorrogação. Aos 13 minutos do segundo tempo, Luciano Chiarugi fez 2 a 1 e classificou os italianos.

O adversário nas quartas de final foi o Spartak Moscou. A primeira partida foi realizada na União Soviética, com vitória do Milan por 1 a 0, gol marcado por Luciano Chiarugi. O segundo jogo foi no 
San Siro, com os italianos fazendo o mínimo para garantir mais uma classificação, no empate por 1 a 1.

Na semifinal, mais um oponente que veio do leste: o Sparta Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu na Itália, e o rossonero conseguiu a vantagem mínima ao vencer por 1 a 0, gol anotado por Chiarugi no segundo tempo. A segunda partida foi realizada na capital tchecoslovaca, e o Milan conseguiu segurar a pressão. Aos 29 minutos da etapa final, o artilheiro Chiarugi voltou a marcar e os italianos venceram novamente por 1 a 0.

De volta à decisão, o Milan enfrentou o Leeds United, que eliminou Ankaragücü, Carl Zeiss Jena, Rapid Bucareste e Hajduk Split. O local escolhido para a partida foi a grega Tessalônica, no Estádio Kaftanzoglio. Disposto a resolver tudo cedo, o rossonero foi ao ataque e chegou ao gol do título logo aos cinco minutos, de novo com Chiarugi. Depois, bastou conter os ingleses e segurar o 1 a 0.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Liverpool Campeão da Liga Europa 1973

A segunda edição da Copa da UEFA aconteceu em 1973. O título ficou novamente com um clube da Inglaterra: o Liverpool, terceiro colocado no Campeonato Inglês de 1972. A conquista marcou o início de uma era de sucesso para os reds. Sob o comando do histórico treinador Bill Shankly, o time estabeleceu-se como uma força dominante no futebol europeu.

A competição repetiu o regulamento da estreia. E o Liverpool começou sua campanha enfrentando o Eintracht Frankfurt na primeira fase. Na ida, venceu por 2 a 0 em Anfield Road. Na volta, segurou o 0 a 0 na Alemanha e avançou para a próxima fase.

Nas segunda fase, passou pelo AEK Atenas, com vitórias por 3 a 0 em casa, e por 3 a 1 fora. Nas oitavas de final, o Liverpool eliminou Dínamo Berlim, da Alemanha Oriental, depois de empatar sem gols na primeira partida, fora, e venceu por 3 a 1 a segunda, em casa.

Chegando às quartas de final, os reds tiveram pela frente o Dínamo Dresden, também da Alemanha Oriental. Após vencer por 2 a 0 o jogo de ida, em Anfield, o Liverpool aumentou a vantagem na partida de volta com outro triunfo por 1 a 0, garantindo sua vaga na semifinal.

Na semifinal, os reds enfrentaram o Tottenham, que defendia o título da Copa da UEFA. O primeiro jogo foi disputado em Anfield e terminou com uma vitória do Liverpool por 1 a 0, gol anotado por Alec Lindsay. No jogo de volta, realizado em Londres, os spurs conseguira uma vitória por 2 a 1, mas o Liverpool avançou para a final devido à regra do gol marcado fora de casa.

Na decisão da Copa da UEFA, o adversário foi o Borussia Mönchengladbach, que derrubou Hvidovre (Dinamarca), Colônia, Kaiserslautern e Twente. O Liverpool mostrou sua força na partida de ida, Anfield, com uma atuação dominante e uma vitória larga por 3 a 0. Os gols foram feitos por Kevin Keegan, aos 21 e aos 32 minutos do primeiro tempo, e Larry Lloyd, aos 16 do segundo.

No segundo jogo, no Bökelbergstadion, o Mönchengladbach tentou a remontada e conseguiu dois gols no primeiro tempo, mas o Liverpool manteve-se firme na etapa complementar e garantiu o título mesmo com a derrota por 2 a 0. Foi uma conquista histórica para o clube, que ergueu seu primeiro troféu europeu importante e deu partida para a conquista de muitos outros títulos importantes nos anos e décadas seguintes, além instalar um legado duradouro no futebol.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Liverpool

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1973

Em 1973, a Holanda completou a quadra de títulos que ajudou a fazer sua fama no futebol. Ao fim desta temporada, o Ajax levou para casa o tricampeonato da Copa dos Campeões da Europa e se estabeleceu como o segundo maior vencedor do torneio até então. O último capítulo desta intensa história foi escrito com vitórias emblemáticas sobre equipes de países tradicionais.

Na primeira fase, o Ajax foi dispensado da disputa. Isso porque a competição contava com 30 clubes, e dois acabaram classificados diretamente às oitavas de final. Então, as honras couberam ao dono da taça e, por sorteio, ao Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Dessa forma, a estreia dos holandeses foi contra o CSKA Sofia, da Bulgária, que eliminou o Panathinaikos. A vaga nas quartas veio de maneira fácil, com vitórias por 3 a 1 na capital búlgara, e por 3 a 0 em Amsterdã.

O adversário seguinte foi o Bayern de Munique. Na ida, o Ajax aplicou uma inesquecível goleada por 4 a 0 nos alemães, em casa. O resultado até deu uma relaxada na equipe holandesa, que perdeu a volta fora por 2 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico de Amsterdã, e o Ajax conseguiu uma bela virada para vencer por 2 a 1. Bastava não perder a volta, mas os holandeses foram além e triunfaram por 1 a 0 no Santiago Bernabéu.

Na quarta final em cinco temporadas, o Ajax foi desafiado pela Juventus de Turim, que chegou lá após bater Olympique Marselha, Magdeburg (Alemanha Oriental), Újpesti Dózsa (Hungria) e Derby County. O lugar escolhido para a decisão foi a capital da Iugoslávia, Belgrado, no Estádio Red Star (também conhecido como Marakana).

Com o uniforme todo vermelho, o time holandês furou cedo a resistência italiana, logo aos cinco minutos do primeiro tempo, com o gol marcado por Johnny Rep. E esse 1 a 0 deu e sobrou para o Ajax fechar com chave de ouro um período feliz e de vanguarda do futebol laranja.

A campanha do Ajax:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Ajax

Independiente Campeão da Libertadores 1973

Depois de retornar ao caminho dos títulos na Libertadores, o Independiente ficou imparável. Logicamente, entrar já na fase semifinal facilitou as coisas, mas a alcunha "Rey de Copas" começava a se justificar.

Na edição de 1973, a competição ficou desfalcada dos clubes venezuelanos, que enfrentavam problemas internos com a federação do país. A primeira fase foi composta por 18 equipes e um dos grupos foi transformado em confronto mata-mata, entre Millonarios e Deportivo Cali.

As demais quatro chaves transcorreram normalmente, com a melhor campanha ficando na conta do San Lorenzo, com dez pontos no grupo 1. O Independiente já estava na fase seguinte, em que enfrentou o próprio San Lorenzo, além do Millonarios.

A estreia foi com derrota para os colombianos, por 1 a 0 em Bogotá. A recuperação veio na volta, na Doble Visera, derrotando os azules por 2 a 0. Sobraram as partidas com o rival argentino, que definiram o finalista. Em Buenos Aires, empate por 2 a 2 deixou os azulgrana na liderança. Era preciso vencer em Avellaneda para conseguir o lugar na decisão. E assim foi feito, com 1 a 0 no placar.

A decisão foi disputada contra o Colo-Colo, que bateu Cerro Porteño e Botafogo na semifinal. O time chileno veio com força para tentar desbancar o Independiente, tanto que a partida de ida na Doble Visera terminou empatada por 1 a 1. El Rojo não podia perder o segundo jogo. E conseguiu, segurando outro empate, por 0 a 0, no Nacional de Santiago.

O desempate foi marcado para o Centenario, em Montevidéu. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Mario Mendoza abriu o placar, mas Carlos Caszely empatou aos 39. Só na prorrogação houve a definição a favor do tetra do Independiente, com Miguel Giachello fazendo 2 a 1 no primeiro minuto do segundo tempo. O Rey de Copas nunca mais seria ultrapassado no ranking de títulos da Libertadores.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão Mundial 1973

Problemas, problemas e mais problemas. Este foi o lema que regeu a Copa Intercontinental de 1973. A vitória do Ajax sobre o Independiente na edição de 1972 não somente não normalizar a relação entre europeus e sul-americanos, como tratou de azedá-la ainda mais UEFA e Conmebol tentavam a todo custo manter em pé o prestígio da sua competição, mas a colaboração parecia pequena.

O time holandês - temerário com o jogo violento argentino - voltou atrás na ideia de participar do Mundial imediatamente após a conquista. A decisão só seria mudada outra vez caso outro país conquistasse a Libertadores. A primeira parte da questão foi respondida quando o Ajax venceu o tri na Copa Europeia, derrotando a italiana Juventus por 1 a 0 na final. A segunda parte veio na decisão da Libertadores, e foi “infeliz”. Pois era o próprio Independiente o campeão (pela quarta vez), batendo o chileno Colo Colo em três jogos: 0 a 0 na ida, 1 a 1 na volta e 2 a 1 no desempate.

O Ajax cumpriu pela segunda vez com a promessa e abriu mão de sua vaga. A equipe alegou dificuldades econômicas, mas nas entrelinhas os dirigentes já sabiam o real motivo do declínio. O que restou foi convidar a Juventus. Porém, os incidentes de 1969 com o Milan ainda estavam fortes na memória dos italianos, e o clube de Turim a princípio não topou o convite. Mas fez uma contra-proposta para aceitá-lo: que o Mundial fosse disputado em partida única na Itália.

Então foi a vez de o Independiente reclamar. O time não queria perder a chance de jogar em casa, já que o rodízio apontava que a volta de 1973 seria na América do Sul. Só após muita negociação que o time argentino aceitou fazer um jogo único, assumindo um risco de não conseguir a vitória na Europa e acumular um quarto vice-campeonato.

O atraso causado pela costura do acordo entre Independiente e Juventus empurrou a disputa para o fim do ano. No dia 28 de novembro, o Estádio Olímpico de Roma recebeu a partida decisiva entre os dois clubes. O Mundial já estava em crise, e a organização não ajudou: numa quarta-feira à tarde e em campo neutro só pouco mais de 22 mil torcedores compareceram nos 72 mil lugares.

Os italianos dominaram na maioria do tempo, mas o gol não saiu. O meia Cuccureddu perdeu um pênalti durante o segundo tempo e o goleiro Santoro salvou várias finalizações. A sorte estava do lado dos Diablos Rojos. Aos 35 minutos da etapa final, o meia Bochini chutou forte na saída do goleiro Zoff, a bola desviou levemente no zagueiro Gentile, ganhou altura e parou dentro do gol. O 1 a 0 permaneceu até o fim, e o Independiente finalmente conseguiu seu grito de campeão mundial, depois de três vices frustrantes.


Foto Arquivo/Independiente

Palmeiras Campeão Brasileiro 1973

O Campeonato Nacional de Clubes teve a sua terceira edição em 1973. A política de convites da CBD aboliu a segunda divisão e inchou a disputa com 40 clubes de 20 estados. Ainda, os regulamentos começaram a ficar mais complexos. A primeira fase contou com dois turnos, sendo o primeiro disputado em dois grupos de 20 clubes, e o segundo em quatro grupos de dez.

Ao final, classificavam os 20 primeiros colocados no geral. A segunda fase foi jogada em turno único e dois grupos com dez clubes, classificando para o quadrangular final os dois primeiros de cada grupo. Dentro de campo, a Academia do Palmeiras teve poucas mudanças, e continuou dominando.

Na primeira fase, o Alviverde passou precisou de 28 rodadas (19 do turno e nove do returno) para ficar em primeiro entre as 40 equipes. Com 18 vitórias, sete empate e três derrotas, somou 43 pontos, três a mais que o vice-líder Grêmio, e 14 a mais que o último classificado, o Atlético-MG.

Na segunda fase, o Verdão foi colocado no grupo 1, e passou invicto no final das nove rodadas. Com cinco vitórias e quatro empates, fez 14 pontos e avançou junto com o Internacional para o quadrangular final. Do outro grupo, passaram São Paulo e Cruzeiro.

Já em fevereiro de 1974, o quadrangular final foi jogado em turno único. O Palmeiras estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro no Mineirão. No outro jogo, o São Paulo fez 4 a 1 no Internacional. Na segunda rodada, o Alviverde eliminou o time gaúcho com vitória por 2 a 1 no Morumbi. E acabou beneficiado com a vitória do Cruzeiro sobre o São Paulo.

Na última rodada, o Cruzeiro precisava golear por quatro gols o Internacional e torcer para o São Paulo ganhar por apenas um gol do Palmeiras. Já o time paulista tinha que vencer o Palmeiras e torcer contra o time mineiro. O Cruzeiro perdeu por 1 a 0. Mas, para o Verdão bastava o empate. Dependendo apenas de si, segurou o 0 a 0 no clássico no Morumbi, e comemorou o sexto título brasileiro.

A campanha do Palmeiras:
40 jogos | 25 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 52 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Antônio Carlos Piccino/Agência O Globo