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Milan Campeão da Recopa Europeia 1973

Em 1973, a Recopa Europeia voltou ao patamar de 32 participantes e também saiu do domínio britânico, com o Milan conquistando o bicampeonato depois de cinco anos. O título europeu foi possível a partir da conquista de outro bi, o da Copa da Itália em 1972.

A campanha invicta do clube rossonero teve início contra o Red Boys Differdange, de Luxemburgo, na primeira fase. No primeiro jogo, goleada milanista por 4 a 1 fora de casa. Na segunda partida, a vitória foi por 3 a 0 no San Siro.

Nas oitavas de final, o Milan enfrentou o Legia Varsóvia. A ida foi disputada na Polônia, e ficou no empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Milão, sendo mais difícil que o esperado. No tempo normal, o rossonero não conseguiu sair de outro empate por 1 a 1, tendo que jogar a prorrogação. Aos 13 minutos do segundo tempo, Luciano Chiarugi fez 2 a 1 e classificou os italianos.

O adversário nas quartas de final foi o Spartak Moscou. A primeira partida foi realizada na União Soviética, com vitória do Milan por 1 a 0, gol marcado por Luciano Chiarugi. O segundo jogo foi no 
San Siro, com os italianos fazendo o mínimo para garantir mais uma classificação, no empate por 1 a 1.

Na semifinal, mais um oponente que veio do leste: o Sparta Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu na Itália, e o rossonero conseguiu a vantagem mínima ao vencer por 1 a 0, gol anotado por Chiarugi no segundo tempo. A segunda partida foi realizada na capital tchecoslovaca, e o Milan conseguiu segurar a pressão. Aos 29 minutos da etapa final, o artilheiro Chiarugi voltou a marcar e os italianos venceram novamente por 1 a 0.

De volta à decisão, o Milan enfrentou o Leeds United, que eliminou Ankaragücü, Carl Zeiss Jena, Rapid Bucareste e Hajduk Split. O local escolhido para a partida foi a grega Tessalônica, no Estádio Kaftanzoglio. Disposto a resolver tudo cedo, o rossonero foi ao ataque e chegou ao gol do título logo aos cinco minutos, de novo com Chiarugi. Depois, bastou conter os ingleses e segurar o 1 a 0.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Liverpool Campeão da Liga Europa 1973

A segunda edição da Copa da UEFA aconteceu em 1973. O título ficou novamente com um clube da Inglaterra: o Liverpool, terceiro colocado no Campeonato Inglês de 1972. A conquista marcou o início de uma era de sucesso para os reds. Sob o comando do histórico treinador Bill Shankly, o time estabeleceu-se como uma força dominante no futebol europeu.

A competição repetiu o regulamento da estreia. E o Liverpool começou sua campanha enfrentando o Eintracht Frankfurt na primeira fase. Na ida, venceu por 2 a 0 em Anfield Road. Na volta, segurou o 0 a 0 na Alemanha e avançou para a próxima fase.

Nas segunda fase, passou pelo AEK Atenas, com vitórias por 3 a 0 em casa, e por 3 a 1 fora. Nas oitavas de final, o Liverpool eliminou Dínamo Berlim, da Alemanha Oriental, depois de empatar sem gols na primeira partida, fora, e venceu por 3 a 1 a segunda, em casa.

Chegando às quartas de final, os reds tiveram pela frente o Dínamo Dresden, também da Alemanha Oriental. Após vencer por 2 a 0 o jogo de ida, em Anfield, o Liverpool aumentou a vantagem na partida de volta com outro triunfo por 1 a 0, garantindo sua vaga na semifinal.

Na semifinal, os reds enfrentaram o Tottenham, que defendia o título da Copa da UEFA. O primeiro jogo foi disputado em Anfield e terminou com uma vitória do Liverpool por 1 a 0, gol anotado por Alec Lindsay. No jogo de volta, realizado em Londres, os spurs conseguira uma vitória por 2 a 1, mas o Liverpool avançou para a final devido à regra do gol marcado fora de casa.

Na decisão da Copa da UEFA, o adversário foi o Borussia Mönchengladbach, que derrubou Hvidovre (Dinamarca), Colônia, Kaiserslautern e Twente. O Liverpool mostrou sua força na partida de ida, Anfield, com uma atuação dominante e uma vitória larga por 3 a 0. Os gols foram feitos por Kevin Keegan, aos 21 e aos 32 minutos do primeiro tempo, e Larry Lloyd, aos 16 do segundo.

No segundo jogo, no Bökelbergstadion, o Mönchengladbach tentou a remontada e conseguiu dois gols no primeiro tempo, mas o Liverpool manteve-se firme na etapa complementar e garantiu o título mesmo com a derrota por 2 a 0. Foi uma conquista histórica para o clube, que ergueu seu primeiro troféu europeu importante e deu partida para a conquista de muitos outros títulos importantes nos anos e décadas seguintes, além instalar um legado duradouro no futebol.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Liverpool

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1973

Em 1973, a Holanda completou a quadra de títulos que ajudou a fazer sua fama no futebol. Ao fim desta temporada, o Ajax levou para casa o tricampeonato da Copa dos Campeões da Europa e se estabeleceu como o segundo maior vencedor do torneio até então. O último capítulo desta intensa história foi escrito com vitórias emblemáticas sobre equipes de países tradicionais.

Na primeira fase, o Ajax foi dispensado da disputa. Isso porque a competição contava com 30 clubes, e dois acabaram classificados diretamente às oitavas de final. Então, as honras couberam ao dono da taça e, por sorteio, ao Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Dessa forma, a estreia dos holandeses foi contra o CSKA Sofia, da Bulgária, que eliminou o Panathinaikos. A vaga nas quartas veio de maneira fácil, com vitórias por 3 a 1 na capital búlgara, e por 3 a 0 em Amsterdã.

O adversário seguinte foi o Bayern de Munique. Na ida, o Ajax aplicou uma inesquecível goleada por 4 a 0 nos alemães, em casa. O resultado até deu uma relaxada na equipe holandesa, que perdeu a volta fora por 2 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico de Amsterdã, e o Ajax conseguiu uma bela virada para vencer por 2 a 1. Bastava não perder a volta, mas os holandeses foram além e triunfaram por 1 a 0 no Santiago Bernabéu.

Na quarta final em cinco temporadas, o Ajax foi desafiado pela Juventus de Turim, que chegou lá após bater Olympique Marselha, Magdeburg (Alemanha Oriental), Újpesti Dózsa (Hungria) e Derby County. O lugar escolhido para a decisão foi a capital da Iugoslávia, Belgrado, no Estádio Red Star (também conhecido como Marakana).

Com o uniforme todo vermelho, o time holandês furou cedo a resistência italiana, logo aos cinco minutos do primeiro tempo, com o gol marcado por Johnny Rep. E esse 1 a 0 deu e sobrou para o Ajax fechar com chave de ouro um período feliz e de vanguarda do futebol laranja.

A campanha do Ajax:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Ajax

Independiente Campeão da Libertadores 1973

Depois de retornar ao caminho dos títulos na Libertadores, o Independiente ficou imparável. Logicamente, entrar já na fase semifinal facilitou as coisas, mas a alcunha "Rey de Copas" começava a se justificar.

Na edição de 1973, a competição ficou desfalcada dos clubes venezuelanos, que enfrentavam problemas internos com a federação do país. A primeira fase foi composta por 18 equipes e um dos grupos foi transformado em confronto mata-mata, entre Millonarios e Deportivo Cali.

As demais quatro chaves transcorreram normalmente, com a melhor campanha ficando na conta do San Lorenzo, com dez pontos no grupo 1. O Independiente já estava na fase seguinte, em que enfrentou o próprio San Lorenzo, além do Millonarios.

A estreia foi com derrota para os colombianos, por 1 a 0 em Bogotá. A recuperação veio na volta, na Doble Visera, derrotando os azules por 2 a 0. Sobraram as partidas com o rival argentino, que definiram o finalista. Em Buenos Aires, empate por 2 a 2 deixou os azulgrana na liderança. Era preciso vencer em Avellaneda para conseguir o lugar na decisão. E assim foi feito, com 1 a 0 no placar.

A decisão foi disputada contra o Colo-Colo, que bateu Cerro Porteño e Botafogo na semifinal. O time chileno veio com força para tentar desbancar o Independiente, tanto que a partida de ida na Doble Visera terminou empatada por 1 a 1. El Rojo não podia perder o segundo jogo. E conseguiu, segurando outro empate, por 0 a 0, no Nacional de Santiago.

O desempate foi marcado para o Centenario, em Montevidéu. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Mario Mendoza abriu o placar, mas Carlos Caszely empatou aos 39. Só na prorrogação houve a definição a favor do tetra do Independiente, com Miguel Giachello fazendo 2 a 1 no primeiro minuto do segundo tempo. O Rey de Copas nunca mais seria ultrapassado no ranking de títulos da Libertadores.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão Mundial 1973

Problemas, problemas e mais problemas. Este foi o lema que regeu a Copa Intercontinental de 1973. A vitória do Ajax sobre o Independiente na edição de 1972 não somente não normalizar a relação entre europeus e sul-americanos, como tratou de azedá-la ainda mais UEFA e Conmebol tentavam a todo custo manter em pé o prestígio da sua competição, mas a colaboração parecia pequena.

O time holandês - temerário com o jogo violento argentino - voltou atrás na ideia de participar do Mundial imediatamente após a conquista. A decisão só seria mudada outra vez caso outro país conquistasse a Libertadores. A primeira parte da questão foi respondida quando o Ajax venceu o tri na Copa Europeia, derrotando a italiana Juventus por 1 a 0 na final. A segunda parte veio na decisão da Libertadores, e foi “infeliz”. Pois era o próprio Independiente o campeão (pela quarta vez), batendo o chileno Colo Colo em três jogos: 0 a 0 na ida, 1 a 1 na volta e 2 a 1 no desempate.

O Ajax cumpriu pela segunda vez com a promessa e abriu mão de sua vaga. A equipe alegou dificuldades econômicas, mas nas entrelinhas os dirigentes já sabiam o real motivo do declínio. O que restou foi convidar a Juventus. Porém, os incidentes de 1969 com o Milan ainda estavam fortes na memória dos italianos, e o clube de Turim a princípio não topou o convite. Mas fez uma contra-proposta para aceitá-lo: que o Mundial fosse disputado em partida única na Itália.

Então foi a vez de o Independiente reclamar. O time não queria perder a chance de jogar em casa, já que o rodízio apontava que a volta de 1973 seria na América do Sul. Só após muita negociação que o time argentino aceitou fazer um jogo único, assumindo um risco de não conseguir a vitória na Europa e acumular um quarto vice-campeonato.

O atraso causado pela costura do acordo entre Independiente e Juventus empurrou a disputa para o fim do ano. No dia 28 de novembro, o Estádio Olímpico de Roma recebeu a partida decisiva entre os dois clubes. O Mundial já estava em crise, e a organização não ajudou: numa quarta-feira à tarde e em campo neutro só pouco mais de 22 mil torcedores compareceram nos 72 mil lugares.

Os italianos dominaram na maioria do tempo, mas o gol não saiu. O meia Cuccureddu perdeu um pênalti durante o segundo tempo e o goleiro Santoro salvou várias finalizações. A sorte estava do lado dos Diablos Rojos. Aos 35 minutos da etapa final, o meia Bochini chutou forte na saída do goleiro Zoff, a bola desviou levemente no zagueiro Gentile, ganhou altura e parou dentro do gol. O 1 a 0 permaneceu até o fim, e o Independiente finalmente conseguiu seu grito de campeão mundial, depois de três vices frustrantes.


Foto Arquivo/Independiente

Palmeiras Campeão Brasileiro 1973

O Campeonato Nacional de Clubes teve a sua terceira edição em 1973. A política de convites da CBD aboliu a segunda divisão e inchou a disputa com 40 clubes de 20 estados. Ainda, os regulamentos começaram a ficar mais complexos. A primeira fase contou com dois turnos, sendo o primeiro disputado em dois grupos de 20 clubes, e o segundo em quatro grupos de dez.

Ao final, classificavam os 20 primeiros colocados no geral. A segunda fase foi jogada em turno único e dois grupos com dez clubes, classificando para o quadrangular final os dois primeiros de cada grupo. Dentro de campo, a Academia do Palmeiras teve poucas mudanças, e continuou dominando.

Na primeira fase, o Alviverde passou precisou de 28 rodadas (19 do turno e nove do returno) para ficar em primeiro entre as 40 equipes. Com 18 vitórias, sete empate e três derrotas, somou 43 pontos, três a mais que o vice-líder Grêmio, e 14 a mais que o último classificado, o Atlético-MG.

Na segunda fase, o Verdão foi colocado no grupo 1, e passou invicto no final das nove rodadas. Com cinco vitórias e quatro empates, fez 14 pontos e avançou junto com o Internacional para o quadrangular final. Do outro grupo, passaram São Paulo e Cruzeiro.

Já em fevereiro de 1974, o quadrangular final foi jogado em turno único. O Palmeiras estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro no Mineirão. No outro jogo, o São Paulo fez 4 a 1 no Internacional. Na segunda rodada, o Alviverde eliminou o time gaúcho com vitória por 2 a 1 no Morumbi. E acabou beneficiado com a vitória do Cruzeiro sobre o São Paulo.

Na última rodada, o Cruzeiro precisava golear por quatro gols o Internacional e torcer para o São Paulo ganhar por apenas um gol do Palmeiras. Já o time paulista tinha que vencer o Palmeiras e torcer contra o time mineiro. O Cruzeiro perdeu por 1 a 0. Mas, para o Verdão bastava o empate. Dependendo apenas de si, segurou o 0 a 0 no clássico no Morumbi, e comemorou o sexto título brasileiro.

A campanha do Palmeiras:
40 jogos | 25 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 52 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Antônio Carlos Piccino/Agência O Globo