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Paraná Campeão Brasileiro Série B 2000

A Série B de 2000 quase não aconteceu. Aliás, todas as divisões foram ameaçadas com o imbróglio envolvendo Gama e CBF. Uma guerra judicial quanto ao rebaixamento (ou não) do time candango levou o clube para a Justiça Comum. Assim, a entidade foi impedida de organizar o Brasileirão naquele ano e passou a bola para o Clube dos 13, que fez a competição do zero, sem respeitar a ordem de acesso e descenso. Enquanto a primeira divisão foi chamada de Módulo Azul, a segundona virou o Módulo Amarelo.

De 1999, ficaram todos menos Goiás (campeão e com acesso legítimo), Santa Cruz (vice e também com acesso no campo), América-MG (resgatado pelo C13) e Bahia (outro que foi "subido"). E das equipes que jogariam a Série B em 2000, não o fizeram o próprio Gama (que entrou por último na primeira divisão), o Juventude (salvo do rebaixamento pelo C13) e o Fluminense (campeão da Série C de 1999, pinçado pelo C13).

Para completar, muitos dos times do Módulo Amarelo vieram com critério baseado nos estaduais, sem passar pela terceira divisão do ano anterior. No fim, os únicos rebaixamentos respeitados foram o do Botafogo-SP e do Paraná.

O Paraná Clube não foi beneficiado pela confusão que virou a Copa João Havelange. Mas dentro de campo tentou contornar essa situação. O Módulo Amarelo contou com 36 clubes, em dois grupos regionalizados. O Tricolor da Vila ficou no grupo 1, ao lado de times da região Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

A disputa seria em turno único com oito vagas de classificação por grupo. Com uma defesa sólida (11 gols, a menos vazada) e um ataque cirúrgico (18 gols em 17 jogos), o Paraná não encontrou maiores dificuldades para se classificar na terceira posição. Foram 29 pontos, oito vitórias, cinco empates e quatro derrotas, ficando 11 pontos atrás do líder São Caetano.

A segunda fase foi toda em mata-mata de ida e volta, e contou com 16 times. Nas oitavas de final, o Tricolor enfrentou a Anapolina, vencendo por 1 a 0 em Anápolis e por 2 a 0 em Curitiba. Nas quartas, o adversário foi o Bangu, e o Paraná definiu logo no primeiro jogo em Moça Bonita, ao vencer por 3 a 0. Depois, nova vitória por 2 a 1 na Vila Capanema.

Na semifinal, confronto contra o Remo, e na ida em casa o Paraná ficou no 0 a 0. A emoção ficou para a volta no Mangueirão, onde o time paranista venceu por 2 a 1 e se classificou para a final, além de garantir o acesso para a fase final do Módulo Azul ainda na mesma temporada.

A final foi contra o São Caetano, e o primeiro jogo na Vila Capanema acabou 1 a 1. Mais uma vez, o Paraná precisou mostrar seu valor fora de casa. No Palestra Itália, o Tricolor não quis saber de nada, e com 11 minutos já marcava dois gols. No final, vitória paranaense por 3 a 1 e o título do Módulo Amarelo. Pela primeira vez uma equipe chegava ao bicampeonato na Série B. Na sequência, o Paraná disputou o mata-mata da Copa João Havelange, e foi bem. Eliminou o Goiás nas oitavas e só perdeu no saldo de gols para o Vasco (futuro campeão) nas quartas.

A campanha do Paraná:
25 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Rogério Pallatta/Placar

Paraná Campeão Brasileiro Série B 1992

Metade dos participantes foram cortados na Série B de 1991 para 1992. Com 32 participantes, a Divisão Classificatória recebia o primeiro clube do grupo chamado "12 grandes" depois de dez anos. O Grêmio foi um dos rebaixados ao ano anterior e precisou jogar a segunda divisão para tentar uma das 12 vagas de acesso. Diferentemente do que muitos afirmam, elas estavam definidas pelo regulamento desde antes do início da competição.

Enquanto os holofotes se voltavam ao clube gaúcho, em Curitiba um clube com apenas três anos de existência, fruto da fusão entre o Colorado e o Pinheiros, fazia sua ascensão meteórica. O Paraná Clube veio da terceira divisão em 1990, bateu na trave em 1991 e era o campeão estadual do momento, um dos favoritos para subir.

Na primeira fase da Série B, os 32 times ficaram em quatro grupos, e o Paraná ficou no grupo 4. Em dois turnos, três equipes passavam de fase. O Tricolor da Vila terminou em segundo lugar, com 18 pontos em 14 jogos, cinco vitórias, oito empates e uma derrota. Ficou empatado em pontos com o América-MG, mas com uma vitória a menos. E acabou com um ponto na frente do Grêmio, o último classificado. Dessa forma, o acesso para a Série A do ano seguinte já era garantido, a luta agora seria pelo título.

Na segunda fase, os 12 classificados ficaram em três grupos, com vaga para os dois primeiros colocados mais os dois melhores terceiros. O Tricolor apareceu no grupo 3, ao lado de Coritiba, Criciúma e Grêmio. Em seis rodadas, o Paraná fez oito pontos, com três vitórias, dois empates e uma derrota. Ficou em segundo lugar, empatado em pontos com a equipe catarinense, mas perdendo no saldo de gols.

Na terceira fase, mais dois grupos, e o Paraná caiu no grupo 2, contra Criciúma, União São João e América-MG. Em uma campanha surreal, o Tricolor venceu uma partida e empatou as outras cinco, todas elas em 0 a 0. Com só um gol marcado (e nenhum sofrido), o Paraná foi para a semifinal na vice-liderança e os mesmos sete pontos do líder Criciúma. No mata-mata, o adversário foi o Santa Cruz. No Arruda, vitória paranista por 2 a 1. Este resultado se repetiu no Pinheirão.

O Paraná avançou para a final, contra o Vitória. O jogo de ida foi em Curitiba, com vitória paranaense por 2 a 1. A volta foi na Fonte Nova, e mesmo com a pressão de 60 mil pessoas contra, o Paraná venceu por 1 a 0, gol do ídolo Saulo, e conquistou o histórico título da Série B, o primeiro no currículo do clube.

A campanha do Paraná:
30 jogos | 13 vitórias | 15 empates | 2 derrotas | 32 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Arquivo/James Skroch