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Chelsea Campeão da Liga Europa 2013

Em 2012, o Chelsea atingiu o ponto mais alto de sua história ao conquistar pela primeira vez a Liga dos Campeões. Mas, diferentemente do que muitos pensavam, o clube não conseguiu se manter no topo por muito tempo. Já em 2013, o time não conseguiu repetir os mesmo desempenho e teve de se contentar em disputar a Liga Europa. Resignados, os blues então rumaram para uma conquista igualmente inédita, e de maneira emocionante na decisão.

A defesa do título na Champions deu errado logo de cara, mas por pouco. No grupo E, o time ficou atrás da Juventus e empatado com o Shakhtar Donetsk, com dez pontos. O critério principal de desempate nas competições da UEFA é confronto direto, e como os ingleses venceram por 3 a 2 em casa e perderam por 2 a 1 fora, acabaram eliminados pelos gols como visitante.

No "torneio de consolação", o Chelsea estreou contra o Sparta Praga, na terceira fase. O primeiro jogo foi na República Tcheca, com vitória dos blues por 1 a 0. A segunda partida foi no Stamford Bridge, mas os tchecos largaram na frente do placar. Só aos 47 minutos do segundo tempo que veio o empate por 1 a 1, no gol de Eden Hazard.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Steaua Bucareste. Na ida, derrota por 1 a 0 na Romênia. A desvantagem fez o Chelsea precisar reverter na volta, vencendo por 3 a 1 em Londres, gols de Juan Mata, John Terry e Fernando Torres. Nas quartas, a classificação foi sobre o Rubin Kazan, também com dificuldade. No primeiro jogo, venceu por 3 a 1 no Stamford Bridge. Na segunda partida, foi derrotado de virada por 3 a 2 na Rússia.

Na semifinal, o único confronto que pode-se dizer que foi o mais tranquilo dos blues. Foi contra o Basel, vencendo a ida por 2 a 1 na Suíça, com gols de Victor Moses e David Luiz (aos 49 do segundo tempo), e a volta por 3 a 1 na Inglatera, com mais tentos de Moses, Torres e David Luiz.

Na final, o Chelsea encontrou o Benfica, que eliminou Bayer Leverkusen, Bordeaux, Newcastle e Fenerbahçe. O local escolhido foi a Arena Amsterdã, na Holanda. O domínio na maior parte do tempo foi português, com os ingleses buscando os espaços vagos. Já no segundo tempo, aos 15, Torres abriu o placar para os blues. Aos 23, os lusos empataram, e assim ficou até os 48, quando Branislav Ivanovic escorou de cabeça o escanteio cobrado por Mata e fez 2 a 1, dando o suado título ao Chelsea.

A campanha do Chelsea:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Adrian Dennis/AFP/Getty Images

Lanús Campeão da Copa Sul-Americana 2013

A Copa Sul-Americana em 2013 por pouco não viu acontecer um momento único na história do futebol. A Ponte Preta, segundo clube mais antigo em atividade no Brasil, ficou a dois jogos de vencer um título que a sua torcida espera desde a fundação, em 1900. Ficou no quase, mesmo. A Macaca chegou na decisão, mas acabou parando no Lanús.

A taça foi parar na Argentina. Campeão da Copa Conmebol em 1996, o Lanús conseguiu se manter dentro do cenário continental desde então. A campanha granate na Sul-Americana começou diante do Racing, na segunda fase. Na ida, venceu por 2 a 1 em El Cilindro. Na volta, completou o serviço ao fazer 2 a 0 em La Fortaleza.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar a Universidad de Chile. O primeiro jogo foi na Argentina, com goleada grená por 4 a 0. Tranquilo no confronto, o Lanús foi à Santiago e ficou com a classificação ao perder por apenas 1 a 0. Nas quartas, o adversário foi o River Plate. A primeira partida aconteceu mais uma vez em casa, e ficou no 0 a 0. El granate precisou encarar a força do Monumental de Nuñez no segundo jogo. E com gols de Diego González, Santiago Silva "El Tanque" e Víctor Ayala, o Lanús derrubou o rival com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Libertad. A ida ocorreu no Paraguai, no pequeno Estádio Nicolás Leoz, em Assunção. Em atuação consciente, o Lanús abriu vantagem de 2 a 1 no confronto. A volta foi em La Fortaleza, para quase 34 mil torcedores. Com outro desempenho de almanaque, o granate voltou a vencer por 2 a 1 e se colocou em mais uma decisão.

A final da Copa Sul-Americana reuniu Lanús e Ponte Preta. Assombrando o continente, os brasileiros eliminaram Criciúma, Deportivo Pasto, Vélez Sarsfield e São Paulo. Ida foi jogada no Pacaembu, em São Paulo. Os argentinos conseguiram um bom empate fora de casa, por 1 a 1.

A volta aconteceu em La Fortaleza, para 40 mil pessoas. Superior a Ponte, o Lanús garantiu o título ao vencer por 2 a 0. Aos 24 minutos do primeiro tempo, Víctor Ayala abriu ao placar. Aos 46, Ismael Blanco marcou mais um gol e acabou com qualquer chance de reação brasileira.

A campanha do Lanús:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Iván Fernández/EFE

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2013

A Liga dos Campeões de 2013 viu acontecer a redenção do time que ficou por muito pouco para conseguir a conquista dos sonhos uma temporada antes. A derrota do Bayern de Munique em casa para o Chelsea na final de 2012 poderia representar um momento de crise, mas o que aconteceu foi o contrário: foi a partir desta perda que o clube assumiu um domínio nunca antes visto na Europa. Já são dez títulos alemães consecutivos (e contando). E junto com a primeira dessas graças veio a quinta taça continental em cima de um rival local.

Na primeira fase, os bávaros ficaram no grupo F, ao lado de Valencia, Bate Borisov (Belarus) e Lille. Em seis partidas, eles conseguiram quatro vitórias e um empate que somaram 13 pontos. A classificação saiu na quinta rodada, no empate por 1 a 1 em confronto com os valencianos fora de casa. Com a mesma pontuação que os espanhóis, a liderança da chave foi definida no confronto direto: este empate mais a vitória por 2 a 1 na estreia em casa valeram o primeiro lugar.

Nas oitavas de final, os alemães enfrentaram o Arsenal em confrontos complicados. Na ida, vitória por 3 a 1 em plena Londres. Na volta, os ingleses apertaram e fizeram 2 a 0 na Allianz Arena, que valeu a passagem de fase pelos gols marcados fora de casa. Nas quartas, o adversário foi a Juventus. Com duas vitórias por 2 a 0, os bávaros avançaram mais uma vez.

A semifinal foi contra o Barcelona. Na ida, em Munique, o Bayern abriu larga vantagem ao golear por 4 a 0. Como se não bastasse, no Camp Nou o passeio continuou, com outro triunfo por 3 a 0 e uma histórica classificação.

A final foi contra o Borussia Dortmund, que ainda conseguia competir com o Bayern e superou Ajax, Manchester City, Shakhtar Donetsk, Málaga (Espanha) e Real Madrid. A partida foi em Londres, no Estádio Wembley. Aos 15 minutos do segundo tempo, Mario Mandzukic abriu o placar aos bávaros. Aos 23 veio o empate rival, mas aos 44 Arjen Robben fez 2 a 1 e consolidou o penta com um belo gol.

A campanha do Bayern de Munique:
13 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Keogh/Reuters

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2013

E a Copa das Confederações pousou na América do Sul, no país que mais a venceu. Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil recebeu o evento preparatório de 2013, que antecipou o gosto do Mundial em um ano. Então detentor dos últimos dois títulos, a Seleção Brasileira era favorita ao tri consecutivo e tetra no geral.

Mas a concorrência desta vez foi maior. Campeã do mundo e bi da Europa, a Espanha entrou disposta a superar a queda antes da final em 2009. A Itália (vice europeia), mais concentrada, e o Uruguai (campeão sul-americano), no auge de uma geração, também chegavam mirando a taça. México, Japão, Nigéria e o simpático Taiti completaram os oito lugares.

A Canarinho ficou no grupo A, e estreou em Brasília com 3 a 0 nos japoneses. Depois, em Fortaleza, o time antecipou a classificação com os 2 a 0 sobre os mexicanos. Valendo a liderança, o Brasil enfrentou a Azzurra em Salvador e venceu por 4 a 2. Os brasileiros somaram nove pontos e os italianos ficaram com seis. Fora, o México marcou três pontos, e o Japão nenhum.

No grupo B, a Fúria confirmou as expectativas e também fez nove pontos com vitórias por 2 a 1 sobre o Uruguai, por 10 a 0 sobre o Taiti e por 3 a 0 sobre a Nigéria. A Celeste Olímpica passou em segundo, com seis, e os nigerianos fizeram três. Já a amadora equipe da Polinésia Francesa apenas se divertiu, embora tenha ficado zerada e com outras goleadas fora os dez dos espanhóis: levaram 6 a 1 dos africanos e 8 a 0 dos charrúas.

As semifinais ocorreram com os favoritos. Em Belo Horizonte, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1. Na outra chave, Espanha e Itália empataram por 0 a 0, e os ibéricos avançaram com 7 a 6 nos pênaltis. Na disputa do terceiro lugar, uruguaios e italianos ficaram no 2 a 2, com 3 a 2 nos pênaltis para o time europeu.

No Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil e Espanha enfim disputaram a final que não aconteceu quatro anos antes. Mas, em atuação muito acima da média (e ilusória, como se provou depois na Copa do Mundo), a Canarinho não deu chances á Fúria. Fred abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, Neymar ampliou aos 44 e - de novo - Fred fechou 3 a 0 aos três do segundo tempo. Em casa, o time comandado por Luiz Felipe Scolari chegou ao quarto e último título da Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Piervi Fonseca/AGIF

Atlético-MG Campeão da Libertadores 2013

O Brasil estabeleceu seu recorde no topo da Libertadores em 2013. E novamente com um clube que estava atrás de um título inédito. O Atlético-MG somava poucas participações na competição, a última havia sido em 2000. Mas o vice no Brasileiro de 2012 tornou possível o retorno do time mineiro.

Na primeira fase, o Galo ficou no grupo 3, ao lado de São Paulo, The Strongest e Arsenal de Sarandí. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias - duas delas por 5 a 2 sobre o Arsenal - e uma derrota. Líder com a melhor campanha geral, o Atlético somou 15 pontos.

O São Paulo voltou a ser adversário do Galo nas oitavas de final. No Morumbi, vitória por 2 a 1. A classificação foi confirmada em Belo Horizonte, com goleada de 4 a 1. Nas quartas de final, dois difíceis confrontos com o Tijuana, do México. A ida foi no Estádio Caliente, e terminou 2 a 2.

A volta, no Independência, contou com o lance mais simbólico. Acréscimos do segundo tempo, e os mexicanos têm um pênalti que poderia eliminar o Atlético. O atacante Riascos bateu, mas Victor, com o pé esquerdo, defendeu. O jogo terminou 1 a 1 e o Galo foi para a semifinal pelo gol fora de casa.

Então, mais emoção contra o Newell's Old Boys. O alvinegro acabou superado por 2 a 0 na ida, em Rosario. A volta foi em Belo Horizonte, e os mineiros devolveram o 3 a 0. Nos pênaltis, 3 a 2 para o Atlético.

O adversário na final foi o Olimpia, que tirou do caminho Tigre, Fluminense e Santa Fe. No primeiro jogo no Defensores del Chaco, em Assunção, derrota por 2 a 0 obrigaria o Galo a jogar novamente por uma vitória obrigatória na volta.

O segundo jogo foi no Mineirão, e o alvinegro conseguiu seus 2 a 0, com gols de Jô e Leonardo Silva, este segundo marcando aos 41 do segundo tempo. Depois de toda a prorrogação, outra decisão nos pênaltis. São Victor apareceu novamente e defendeu duas cobranças, enquanto os atleticanos não perderam nenhuma. Por 4 a 3, o Atlético-MG saiu da sombra e conquistou sua primeira Libertadores, histórica e incontestável.

A campanha do Atlético-MG:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Bruno Cantini/Atlético-MG

São José-SP Campeão da Libertadores Feminina 2013

Depois de três edições com o Brasil vencendo, a Libertadores Feminina teve seu primeiro campeão que fala espanhol. Em 2012, as chilenas do Colo Colo derrotaram nos pênaltis o Foz Cataratas e ficaram com o título. A competição foi sediada em Pernambuco. Para 2013, a sede foi Foz do Iguaçu, nos estádios do ABC e Pedro Basso.

O regulamento estreado em 2011 foi repetido pela terceira vez, e as equipes representantes do Brasil foram o próprio Foz Cataratas e o São José-SP, que foi semifinalista sul-americano e campeão da Copa do Brasil um ano antes.

A Águia do Vale foi sorteada para o grupo B da Libertadores e venceu suas três partidas por placares pequenos: 1 a 0 no Cerro Porteño e no Rocafuerte, do Equador, e 2 a 0 no Everton, do Chile. A classificação foi tranquila, com nove pontos e na liderança da chave.

Na semifinal, o São José enfrentou o Colo Colo. A disputa entre os últimos campeões foi acirrada, e terminou com empate por 1 a 1 no tempo normal. Foi nos pênaltis que as brasileiras puderam comemorar a classificação, após vencer por 3 a 0.

A final foi entre São José e Formas Íntimas, da Colômbia. A partida foi movimentada nos primeiros minutos, com as colombianas abrindo o placar aos dez minutos. Aos 11 já vinha o empate, com Priscilinha. E aos 20 a virada, com Danielli. A confirmação do título chegou com o gol de Gislaine, que fez 3 a 1 aos oito minutos do segundo tempo.

E assim o São José corrigiu seu percurso, recuperando a Libertadores Feminina após um ano de eliminação. Mas o bicampeonato da América do Sul não foi o fim de um ciclo, que ainda estava longe de acabar.

A campanha do São José-SP:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Gerson Kaiser/Rádio Cultura Foz

Bayern de Munique Campeão Mundial 2013

Depois de mais duas edições do Mundial no Japão, era a hora de trocar mais uma vez a sede. Quatro países candidataram-se para o biênio 2013/2014: África do Sul, Emirados Árabes, Irã e Marrocos. A decisão foi tomada ainda em 2011, e coube aos marroquinos receberem a competição, na primeira incursão dela fora da Ásia desde 1979, e a primeira na África.

E foi do próprio Marrocos que pintou a segunda zebra na história do torneio. Clube mais popular do país, o Raja Casablanca venceu a liga local (chamada Botola Pro), conseguindo a vaga como anfitriã. Seu caminho ficaria cruzado para sempre com o do Atlético Mineiro, que venceu pela primeira vez a Libertadores, em final contra o Olimpia e sob o talento de Ronaldinho.

O terceiro elemento presente no enredo principal foi o Bayern de Munique, campeão pela quinta vez da Liga dos Campeões ao bater o rival Borussia Dortmund. As outras quatro vagas ficaram com: Guangzhou Evergrande, campeão asiático; Al-Ahly, vencedor africano; Monterrey, ganhador da Concacaf; e Auckland City, campeão da Oceania.

A escalada do Raja começou na abertura do Mundial, com vitória por 2 a 1 sobre o Auckland. Nas quartas de final, foi a vez de derrubar o Monterrey também por 2 a 1, mas na prorrogação. No outro confronto, o Guangzhou venceu o Al-Ahly por 2 a 0. O grande momento do torneio veio na semifinal. Raja e Atlético se enfrentaram no dia 18 de dezembro, em Marrakech. Com uma atuação soberba, os donos da casa aplicaram 3 a 1 nos brasileiros, que protagonizaram a segunda queda sul-americana antes da final.

Um dia antes, em Agadir, o Bayern fez seu papel e eliminou o Guangzhou por 3 a 0, gols de Franck Ribéry, Mario Mandžukic e Mario Götze. O Mundial seguiu com a definição de posições. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey goleou o Al-Ahly por 5 a 1. Na partida pela terceira posição, o Atlético Mineiro ficou com o consolo de vencer o Guangzhou por 3 a 2.

No dia 21, o Municipal de Marrakech recebeu a decisão entre Bayern de Munique e Raja Casablanca. O clube alemão trazia consigo a base da seleção que seria tetra da Copa do Mundo no ano seguinte, além de Pep Guardiola como técnico e outros selecionáveis pelo planeta afora. Já o time marroquino chegava extenuado diante da maratona de quatro jogos em dez dias. Não deu outra, e a zebra parou. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, o volante brasileiro Dante abriu o placar. E aos 22, o espanhol naturalizado Thiago Alcântara marcou 2 a 0, acabando cedo com o sonho da torcida do Raja e definindo o tri mundial ao Bayern.


Foto Lars Baron/Bongarts/Getty Images

Centro Olímpico Campeão Brasileiro Feminino 2013

A cada dia mais crescente, o futebol feminino vem conquistando seu espaço no cenário brasileiro, tanto no número de clubes abrindo e mantendo um departamento da modalidade (com categoria de base), quanto nas pautas da imprensa esportiva.

É uma corrida para recuperar o atraso. Entre 1941 e 1979, era proibido que mulheres praticassem o futebol, segundo o artigo 54 do decreto-lei 3.199. Foram 38 anos de estagnação, enquanto Europa e América do Norte desenvolviam a modalidade (ainda que a passos lentos). Este tempo perdido foi crucial.

A primeira competição de futebol feminino oficial no país só nasceu em 1983, a Taça Brasil. Nessa época, o incentivo era quase nulo, as equipes eram amadoras. O clube carioca Radar foi o primeiro campeão do torneio (emendaria um hepta até 1989, quando saiu de cena), e o pioneiro da categoria, sendo a base da primeira seleção brasileira feminina da história, no Torneio Experimental da FIFA de 1988 (a mãe da Copa do Mundo). A Taça Brasil durou até 2007, quando foi criada a Copa do Brasil.

Esta segunda competição, por sua vez, surgiu, antes de tudo, para atender ao Estatuto do Torcedor (2003). A empolgação com a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e o vice na Copa do Mundo de 2007 motivaram a CBF a organizar um campeonato de verdade (afinal, nem todas as Taças Brasil foram organizadas por ela).

A Copa durou até 2016, quando o já vigente Campeonato Brasileiro foi ampliado com uma segunda divisão. E como o sistema de vagas da Série A2 é via estaduais, a Copa ficou obsoleta.

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E é no meio dessa linha do tempo que começa a história do Campeonato Brasileiro Feminino. Em 2013, a CBF criou um ranking nacional feminino, levando em conta o desempenho dos clubes nos cinco anos anteriores. As 20 melhores colocadas foram selecionadas para a primeira edição do Brasileirão, que teve o apoio financeiro da Caixa Econômica Federal. Todas as cinco regiões do país tiveram representantes na competição.

O campeonato foi de tiro curto, disputado em 49 dias. As equipes foram divididas em quatro grupos, avançando oito para a fase seguinte, e depois quatro para a semifinal. A primeira equipe campeã do Brasileiro veio do Estado de São Paulo: o Centro Olímpico, um clube poliesportivo paulistano também conhecido como Adeco.

No elenco do clube, atletas como Gabi Zanotti, Ketlen, Tamires, e a principal delas, Cristiane. Juntas, elas marcaram 36 dos 42 gols da equipe. Na primeira fase, a Adeco venceu todos os jogos. Fez 4 a 1 fora de casa no Duque de Caxias, 3 a 2 em casa no Rio Preto, 5 a 0 no Aliança, em Goiás, e 2 a 1 no Francana, no Pacaembu. Com 12 pontos, avançou na liderança do grupo A.

Na segunda fase, contra São José-SP, São Francisco-BA e Tuna Luso, a campanha continuou ótima. A única derrota foi na estreia, por 3 a 1 para o forte São José. Depois, goleadas compensaram: duas vezes 5 a 1 sobre a Tuna Luso e 5 a 0 sobre o São Francisco. Completando a fase, empate por 1 a 1 contra o adversário baiano e vitória de 2 a 0 sobre o rival paulista.

Com 13 pontos, o Centro Olímpico chegou na semifinal na condição de vice-líder da chave. Contra o Foz Cataratas no mata-mata, classificação fácil vencendo por 5 a 1 na ida em São Paulo e empatando por 1 a 1 na volta no Paraná.

Na final do Brasileirão, a Adeco reencontrou o São José. A soma de pontos permitiu ao time rubro-negro fazer o segundo jogo em casa. A partida de ida foi em São José dos Campos, no Estádio Joe Sanchez. Ela terminou com empate por 2 a 2, gols marcados por Gabi Zanotti e Cristiane.

Na partida de volta, o Centro Olímpico exerceu seu mando em São Bernardo do Campo, no Estádio Baetão. Em um jogo disputado, a equipe rubro-negra abriu o placar com Tamires aos 33 minutos do primeiro tempo, mas sofreu o empate aos 36. O alívio só veio a quatro minutos do fim, quando Cristiane fez o gol da vitória por 2 a 1, e do histórico primeiro título de um Brasileiro Feminino.

A campanha do Centro Olímpico:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 42 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Divulgação/Centro Olímpico

Corinthians Campeão da Recopa Sul-Americana 2013

Volta e meia a Recopa Sul-Americana reserva confrontos entre equipes de um mesmo país: 1993, 1994, 1995 e 2008. Mas nenhum deles foi tão especial quanto em 2013, quando Corinthians e São Paulo protagonizaram duas edições do Clássico Majestoso. Os corinthianos vinham do melhor momento de sua história, campeões da Libertadores e bicampeões do mundo. Já os são-paulinos vinham da conquista da Copa Sul-Americana, um oásis no meio de um deserto de taças.

A primeira partida da Recopa foi no Morumbi. Embora fosse a casa do São Paulo, o Corinthians não deu a mínima. Abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo com Paolo Guerrero. No primeiro minuto do segundo tempo, no entanto, Aloísio "Boi Bandido" empatou para o rival. Com mais time, o alvinegro seguiu com as melhores chances, e aos 30 minutos, Renato Augusto fez o 2 a 1 definitivo.

Um gol de vantagem e 36 mil torcedores no Pacaembu foram os ingredientes da partida de volta. Assim, o Timão quase não teve problemas para consumar o título. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Emerson Sheik aparou um lançamento longo e cruzou dentro da área. Guerrero dominou mal, mas finalizou em cima da defesa, que deu rebote para Romarinho, que chutou junto com o zagueiro Rafael Tolói. A bola foi mansa para o gol, abrindo o placar para o Corinthians.

Com total controle de jogo, o Corinthians chegou no segundo gol aos 23 minutos da etapa final. Fábio Santos cruzou para Danilo, que teve um primeiro cabeceio defendido por Rogério Ceni (em um milagre). No rebote, ele conseguiu a finalização para a meta quase aberta. Os 2 a 0 foram o bastante para que o Timão já comemorasse a conquista antes do término da partida. No fim, a festa foi feita do jeito certo: com a taça inédita erguida.


Foto Ricardo Nogueira/Folhapress

Campinense Campeão da Copa do Nordeste 2013

O retorno da Copa do Nordeste em 2010 trouxe muitas expectativas e algum otimismo para os clubes da região. Mas a ideia não pegou de imediato e a competição voltou a "adormecer" em 2011 e 2012. Muito porque a Liga do Nordeste não queria bancar tudo sozinha. Somente em 2013 é que a CBF topou em retomar a co-organização, e colocou o campeonato para ser jogado entre janeiro e março.

A televisão também dividiu a responsabilidade, e o Esporte Interativo/TopSports revendeu os direitos de transmissão para a Globo Nordeste, abrindo mão da exclusividade. No campo, o critério de participação foi estritamente via estaduais. Sete campeões, sete vices e dois terceiros colocados (BA e PE) formando os 16 clubes, que depois foram colocados em quatro grupos.

Enquanto todos focavam o favoritismo nos times mais tradicionais, as equipes menores jogavam um futebol bem ajeitado. Caso do Campinense, que dividiu a chave D com Santa Cruz, CRB e Feirense. A campanha na primeira fase foi quase perfeita. Estreou empatando por 2 a 2 com o Feirense no interior baiano, depois venceu duas partidas em Campina Grande: 3 a 0 no Santa Cruz e 1 a 0 no CRB.

No returno, tornou a vencer o adversário alagoano, por 2 a 1 em Maceió. A única derrota, por 2 a 0, foi para o rival pernambucano, em Recife. No encerramento, 1 a 0 em casa sobre o fraco time baiano. Com 13 pontos, a Raposa Feroz só não liderou porque o Santa Cruz marcou 15. Classificada para o mata-mata, a coisa engrossou contra o Sport.

Na ida das quartas de final, no Amigão, o Campinense não saiu do 0 a 0. A tarefa seria ingrata na Ilha do Retiro, mas o time paraibano foi lá e fez: empatou por 2 a 2 (chegou a fazer 2 a 1) e se classificou pela regra do gol fora de casa. A semifinal foi contra o Fortaleza, e o gol fora foi necessário novamente, já que a equipe rubro-negra perdeu por 2 a 1 no Castelão e venceu por 1 a 0 no Amigão.

A final da Copa do Nordeste foi atípica e improvável: Campinense versus ASA. O primeiro jogo foi em Arapiraca, no Estádio Fumeirão, e a Raposa abriu boa vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi em Campina Grande, e a festa do Campinense começou graças a dois maranhenses, Jéferson e Ricardo fizeram os gols do 2 a 0 que confirmou o título, o principal na história do Campinense.

A campanha do Campinense:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Botafogo-PB Campeão Brasileiro Série D 2013

Chegamos em 2013, e a Série D parte para sua quinta edição. Já um praxe da competição, clubes com estofo nas divisões de cima marcaram presença, como Londrina, Santo André e Juventude. Só os gaúchos conseguiram o acesso, na terceira tentativa. O título chegou a passar pelas mãos do time, mas no fim ficou com uma equipe da outra ponta do país, a Paraíba. O Botafogo local chegou a um título inédito após a reconquista do estadual, quebrando dez anos de fila.

Na primeira fase, o Belo ficou no grupo A4, o qual passou sem muita dificuldade, vencendo cinco jogos, empatando dois e perdendo somente um. Com 17 pontos, terminou na liderança e se classificou junto com o Sergipe. Atualmente na primeira divisão, o CSA foi o lanterna da chave. Vitória da Conquista e Juazeirense completaram o pentagonal.

Nas oitavas de final, o Botafogo enfrentou o Central. Na ida em Caruaru, derrota por 3 a 1. Na volta em João Pessoa, o resultado foi devolvido e o confronto foi para os pênaltis, onde o time paraibano fez 5 a 3.

Nas quartas, o adversário foi o Tiradentes do Ceará. O primeiro jogo foi no Almeidão, e o Belo venceu de virada por 2 a 1, gols do velho conhecido Warley, atacante. O segundo jogo foi em Fortaleza, no Presidente Vargas, e outra vitória por 1 a 0 confirmou o acesso do time alvinegro. O gol da classificação foi marcado por outro velho conhecido do futebol, Lenílson.

Embalado, o Botafogo enfrentou o Salgueiro na semifinal. A ida foi no Cariri pernambucano, no Cornélio de Barros, e os paraibanos venceram por 2 a 1. A volta foi em João Pessoa, onde nova vitória por 2 a 0 selou a vaga do Belo na final.

Na decisão, o Botafogo-PB enfrentou o Juventude, que 14 anos antes se via na mesma situação com o homônimo carioca na Copa do Brasil. Até o resultado da primeira partida foi igual, 2 a 1 para os gaúchos na Arena do Grêmio em Porto Alegre (o Alfredo Jaconi estava interditado). Mas desta vez a segunda partida foi diferente.

No Almeidão, o Belo inverteu a vantagem em 21 minutos e confirmou o título fazendo 2 a 0 no último minuto. A conquista da Série D de 2013 permanece até hoje como a única nacional de um clube da Paraíba.

A campanha do Botafogo-PB:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Thiago Casoni/Futura Press

Santa Cruz Campeão Brasileiro Série C 2013

E a Série C chega ao ano de 2013. Como não poderia deixar de ser, antes da competição houve uma pendenga judicial envolvendo Rio Branco-AC e Treze. O que houve: em 2011, o time acriano fora excluído da competição por ter entrado na Justiça Comum. Por isso o time paraibano, quinto lugar na Série D daquele ano, herdou sua vaga em 2012.

Já em 2013, o Rio Branco quis recuperar essa vaga. E após algumas liminares, o clube em acordo com o Treze. Por isso, naquela temporada a Série C contou com 21 times. Em meio a confusão, o Santa Cruz seguia sua escalada visando o retorno às divisões maiores do Brasileirão, o que culminaria em um inédito título nacional.

A estreia do Santinha foi muito boa, com vitória por 2 a 0 sobre o Luverdense no Arruda. Na sequência até a virada do turno foram mais quatro vitórias, incluindo duas goleadas: por 4 a 0 sobre o Rio Branco-AC e por 6 a 0 sobre o Treze. E no returno, outras cinco vitórias completaram a campanha. O Santa Cruz encerrou a primeira fase na liderança do grupo A, com 34 pontos, dez vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Nas quartas de final, o confronto que selou o retorno do clube à Série B depois de seis anos foi contra o Ipatinga. Na época, o adversário mineiro estava sediado em outra cidade, e até com outro nome: Betim. Para completar a mistura, a partida de ida foi jogada em um terceiro município, Nova Serrana. E na Arena do Calçado o Santa venceu por 1 a 0. A volta foi disputada no Arruda, e com certa dificuldade a Cobra Coral venceu por 2 a 1, com o gol do acesso marcado por Flávio Caça-Rato.

A semifinal foi contra o Luverdense, e o Santa Cruz se classificou com vitórias por 2 a 0 no Mato Grosso e por 2 a 1 em Pernambuco.

Chegada a hora da final, o Santinha enfrentou o Sampaio Corrêa. O primeiro jogo foi no Castelão de São Luís e encerrou com 0 a 0 no placar. O segundo jogo foi no Arruda, e o Santa Cruz foi ao ataque. Com gols de Dedé e Caça-Rato, o time do Recife venceu por 2 a 1 e conquistou o título, o primeiro do clube na esfera nacional. E depois deste momento histórico, o Santa seguiu na escalada e atingiu a primeira divisão em 2016. Mas, igual a muitos ciclos que vemos em clubes de futebol, o caminho se inverteu, e o Santa Cruz voltou para a terceira divisão novamente em 2018.

A campanha do Santa Cruz:
26 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 40 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Anderson Stevens/Futura Press

Palmeiras Campeão Brasileiro Série B 2013

O Palmeiras acabou rebaixado pela segunda vez na história em 2012, o que lhe rendeu a terceira passagem pela Série B em 2013 (as outras foram em 1981 e 2003). Dez anos depois do primeiro título, o time tinha novamente a obrigação de ser campeão e subir de divisão o mais rápido possível.

A estreia palmeirense foi positiva, vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-GO em Itu, pois o clube estava punido com perda de mandos de campo. Na segunda rodada o Alviverde já era o líder, depois de fazer 3 a 0 no ASA em Arapiraca. A primeira derrota aconteceu no terceiro jogo, por 1 a 0 para o América-MG em casa, e tirou o Verdão temporariamente do primeiro lugar, que passou a ser ocupado pelo Figueirense, e depois pela Chapecoense.

Somente na 16ª rodada o Palmeiras retornaria para a liderança, após vencer por 3 a 2 o Paysandu no Pacaembu. O Palmeiras virou o turno em primeiro e seguiu normalmente em seu objetivo de conseguir o acesso e o título na Série B.

O acesso palmeirense foi conquistado na 32ª rodada, com o empate em 0 a 0 com o São Caetano no Pacaembu. Quatro partidas depois, no mesmo estádio, o Verdão obteve o título com a vitória de 3 a 0 sobre o Boa Esporte.

Ao todo o Palmeiras marcou 79 pontos, com 24 vitórias, sete empates e sete derrotas, ficando com sete pontos de vantagem sobre a vice Chapecoense, que também subiu para a Série A ao lado de Sport e Figueirense.

A campanha do Palmeiras:
38 jogos | 24 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 71 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Ramon Bitencourt/Lancepress

Cruzeiro Campeão Brasileiro 2013

Dez anos depois, o Cruzeiro voltou a dominar o Campeonato Brasileiro e conquistou o tricampeonato em 2013. E do mesmo jeito que foi no segundo título, o time foi líder da classificação com uma grande dose de tranquilidade. O que não foi tranquila foi a briga contra o rebaixamento. Ao término do campeonato, a Portuguesa foi denunciada pelo STJD por ter escalado o jogador Héverton irregularmente.

O atleta foi punido com dois jogos de suspensão por ter sido expulso na 36ª rodada, mas cumpriu apenas um e não poderia atuar na rodada final. O clube foi punido com a perda de quatro pontos, sendo rebaixado para a Série B no lugar do Fluminense. Também por escalação irregular, o Flamengo foi punido igualmente e ficou uma posição acima da zona de rebaixamento.

Alheio aos fatos, a Raposa já começou o Brasileirão como líder, com a goleada em casa sobre o Goiás por 5 a 0. O posto foi deixado no jogo seguinte, no empate fora de casa com o Atlético-PR em 2 a 2, e a primeira derrota veio na terceira partida, por 2 a 1 para o Botafogo, também fora. A liderança só foi recuperada na nona rodada, na goleada de 4 a 1 no clássico com o Atlético-MG no Mineirão.

Na rodada seguinte, a derrota para o Fluminense por 1 a 0 no Maracanã tirou o primeiro lugar do Cruzeiro novamente, e recolocou o Botafogo, na única briga pela ponta que o campeonato viu. Na 12ª rodada, a Raposa venceu o Criciúma por 2 a 1 fora de casa e voltou ao primeiro lugar. Um outro revés na 14ª rodada, por 3 a 1 para o Grêmio em Porto Alegre, tirou a liderança cruzeirense pela última vez. Na 16ª rodada, o Cruzeiro se tornou líder definitivo ao vencer a Ponte Preta em Campinas por 2 a 0. O turno virou, nenhum time encostou na Raposa, e o time arrancou calmamente para o título.

Na 34ª rodada, o Cruzeiro venceu o Vitória por 3 a 1 no Barradão, e conquistou o sonhado tri brasileiro. O time encerrou a competição com 76 pontos, 11 a mais que o vice Grêmio, e 23 vitórias, sete empates e oito derrotas. A conquista de 2013 foi a primeira da hegemonia que durou até o ano seguinte.

A campanha do Cruzeiro:
38 jogos | 23 vitórias | 7 empates | 8 derrotas | 77 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Felipe Oliveira/AGIF

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2013

Mudanças à vista! A Copa do Brasil mudou muita coisa a partir de 2013. Para começar, o número de participantes saltou de 64 para 87. Mas o mais importante foi que, dentre essas 23 vagas a mais, estavam incluídas a dos clubes que estavam na Libertadores da mesma temporada, acabando com a restrição que durava desde 2001. Porém, esses times só começaram a disputa nas oitavas de final.

A competição também ganhou uma fase a mais. De tal forma que o calendário precisou ser esticado para durar quase todo o ano, de fevereiro a novembro. E apesar do caminho facilitado para as equipes da Libertadores, o título em 2013 ficou com quem jogou desde o começo. O Flamengo chegou ao tricampeonato com um futebol não muito brilhante, mas que compensou na eficiência.

Na primeira fase, o Fla passou pelo Remo com duas vitórias, por 1 a 0 em Belém, e por 3 a 0 em Volta Redonda, pois o Maracanã ainda estava em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na segunda fase, a vítima foi o Campinense, também com duas vitórias, ambas por 2 a 1, na Paraíba e em Juiz de Fora. Na terceira fase, dois triunfos sobre o ASA, por 2 a 0 em Arapiraca, e por 2 a 1 em Volta Redonda.

Nas oitavas, as definições dos confrontos foram por sorteio, e o Flamengo ficou para enfrentar o Cruzeiro. Na ida, derrota por 2 a 1 no Mineirão, com Carlos Eduardo descontando um gol importante para o rubro-negro. A volta foi no Maracanã, reaberto, e a classificação veio com vitória por 1 a 0, gol de Elias a dois minutos do fim.

Nas quartas de final, dois clássicos com o Botafogo no Maracanã. No primeiro empate por 1 a 1. No segundo, goleada por 4 a 0 e um show da torcida. Na semifinal, o Fla passou pelo Goiás. Na ida, vitória por 2 a 1 no Serra Dourada. Na volta, outra vez 2 a 1 no Rio de Janeiro e classificação para a decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o Athletico-PR, que eliminou Brasil-RS, América-RN, Paysandu, Palmeiras, Internacional e Grêmio. A primeira partida foi em Curitiba, mas na Vila Capanema, porque a Arena da Baixada também estava em reforma para a Copa de 2014. O Fla saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate por 1 a 1 com Amaral ainda no primeiro tempo. O segundo jogo foi no Maracanã. Sob tensão, o Flamengo só abriu o placar aos 43 do segundo tempo, com Elias. Quando todos já comemoravam, no último lance, aos 49, Hernane fez 2 a 0.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alexandre Loureiro/Placar