O retorno da Copa do Nordeste em 2010 trouxe muitas expectativas e algum otimismo para os clubes da região. Mas a ideia não pegou de imediato e a competição voltou a "adormecer" em 2011 e 2012. Muito porque a Liga do Nordeste não queria bancar tudo sozinha. Somente em 2013 é que a CBF topou em retomar a co-organização, e colocou o campeonato para ser jogado entre janeiro e março.
A televisão também dividiu a responsabilidade, e o Esporte Interativo/TopSports revendeu os direitos de transmissão para a Globo Nordeste, abrindo mão da exclusividade. No campo, o critério de participação foi estritamente via estaduais. Sete campeões, sete vices e dois terceiros colocados (BA e PE) formando os 16 clubes, que depois foram colocados em quatro grupos.
Enquanto todos focavam o favoritismo nos times mais tradicionais, as equipes menores jogavam um futebol bem ajeitado. Caso do Campinense, que dividiu a chave D com Santa Cruz, CRB e Feirense. A campanha na primeira fase foi quase perfeita. Estreou empatando por 2 a 2 com o Feirense no interior baiano, depois venceu duas partidas em Campina Grande: 3 a 0 no Santa Cruz e 1 a 0 no CRB.
No returno, tornou a vencer o adversário alagoano, por 2 a 1 em Maceió. A única derrota, por 2 a 0, foi para o rival pernambucano, em Recife. No encerramento, 1 a 0 em casa sobre o fraco time baiano. Com 13 pontos, a Raposa Feroz só não liderou porque o Santa Cruz marcou 15. Classificada para o mata-mata, a coisa engrossou contra o Sport.
Na ida das quartas de final, no Amigão, o Campinense não saiu do 0 a 0. A tarefa seria ingrata na Ilha do Retiro, mas o time paraibano foi lá e fez: empatou por 2 a 2 (chegou a fazer 2 a 1) e se classificou pela regra do gol fora de casa. A semifinal foi contra o Fortaleza, e o gol fora foi necessário novamente, já que a equipe rubro-negra perdeu por 2 a 1 no Castelão e venceu por 1 a 0 no Amigão.
A final da Copa do Nordeste foi atípica e improvável: Campinense versus ASA. O primeiro jogo foi em Arapiraca, no Estádio Fumeirão, e a Raposa abriu boa vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi em Campina Grande, e a festa do Campinense começou graças a dois maranhenses, Jéferson e Ricardo fizeram os gols do 2 a 0 que confirmou o título, o principal na história do Campinense.
A campanha do Campinense:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos
Foto Rafael Ribeiro/CBF
A campanha do Campinense:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos
Foto Rafael Ribeiro/CBF
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