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Olaria Campeão Brasileiro Série C 1981

O Campeonato Brasileiro da Série C é provavelmente a competição mais metamórfica do futebol do Brasil. Já teve vários formatos, nomes e funções. O Brasileirão - na época Copa Brasil -, já estava no gosto do torcedor ao final da década de 1970. Mas mesmo com suas edições inchadas (chegou a 94 times em 1979), muitos clubes ficavam longe de sua disputa, se contentando somente com os estaduais. 

No começo da década de 1980, a recém criada CBF dividiu o Brasileiro em dois níveis, as Taças de Ouro e de Prata, somente com acesso da segunda para a primeira. Nessa onda, a entidade resolveu criar uma terceira competição, voltada para os times pequenos.

A Taça de Bronze nasceu em 1981 com o intuito de dar uma rodagem inédita para vários desses clubes, uma chance de participar de uma competição nacional, visto que a perspectiva deles em jogar a primeira ou segunda divisão eram quase nulas. Este torneio não tinha conexão com os outros de nome superior, mas já era considerado como uma terceira divisão da época. Isto só se tornaria oficial anos depois.

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A Taça de Bronze de 1981 contou com a participação de 24 equipes, de 21 estados diferentes. O regulamento foi composto por dois mata-matas e uma fase de grupos, tudo regionalizado. Primeiro, foram feitas 12 chaves em ida e volta. Depois, outros seis confrontos, também com dois jogos cada. Seguindo, dois grupos triangulares na semifinal, com os líderes fazendo a final. O Olaria foi um dos representantes do Rio de Janeiro, pois o clube não conseguiu classificação nem para a Taça de Ouro, nem para a Taça de Prata.

Na primeira fase, o Azulão enfrentou o Colatina. Abriu boa vantagem na ida com vitória por 3 a 1 no Espírito Santo. Na volta, segurou empate em 1 a 1 no Maracanã (sim) e avançou. A segunda fase foi disputada contra o Paranavaí. O Olaria venceu por 2 a 0 a primeira partida no Rio de Janeiro, e por 1 a 0 a segunda partida em Maringá, no Estádio Willie Davids.

Na terceira fase, o time da Rua Bariri foi sorteado no grupo 1, contra São Borja (RS) e Dom Bosco (MT). Estreou com derrota um 2 a 0 para o São Borja na fronteira noroeste do Rio Grade do Sul, no Estádio Vicente Goulart. A recuperação veio com duas vitória em casa, por 2 a 0 sobre o Dom Bosco e por 1 a 0 sobre o São Borja.

Na última partida sua, o Azulão perdeu por 1 a 0 para o Dom Bosco em Cuiabá. Com a sorte a favor, o Olaria assistiu a gaúchos e mato-grossenses empatarem seu confronto na rodada final. Todos os times fizeram quatro pontos, mas só os cariocas venceram dois jogos, terminando assim na liderança e com a classificação.

A final foi entre Olaria e Santo Amaro (atualmente é o licenciado Manchete), de Pernambuco. Todas as partidas anteriores do Azulão no Rio de Janeiro haviam sido jogadas no Maracanã, mas a decisão foi para o antigo Estádio de Marechal Hermes. Lá na Zona Norte, o Olaria goleou o time pernambucano por 4 a 0 e abriu ótima vantagem.

O segundo jogo foi em Recife, no Arruda. E lá o Azulão se segurou bem, perdeu somente por 1 a 0 e comemorou a conquista da Taça de Bronze. Este título é o mais importante da história do Olaria, o único acima do âmbito estadual, e que hoje em dia equivale como o primeiro Brasileiro da Série C.

A campanha do Olaria:
10 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Olaria