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Uruguai Campeão da Copa América 2011

Um ciclo terminou, outro começou. Depois de 34 anos, a Copa América retornou à Argentina, dando início a um novo rodízio de sedes. De quebra, a competição voltou à sua configuração de periodicidade original, a cada quatro anos, sempre um após a disputa da Copa do Mundo. O torneio foi marcado pelos resultados inesperados e estranhos, como as quedas precoces de Argentina e Brasil, nas quartas de final e ambos nos pênaltis. O primeiro caiu para o Uruguai, já o outro ficou diante do Paraguai, com o vexame de ter errado todas as cobranças.

O título acabou com o Uruguai, pela 15ª vez e depois de 16 anos anos de fila. Renascida, La Celeste vinha embalada pela quarta colocação no Mundial, treinada por Óscar Tabárez e liderada em campo pela experiência de Diego Forlán e Diego Lugano, e o talento de Luis Suárez e Edinson Cavani, que começavam a entrar no auge das carreiras.

Os uruguaios ficaram no grupo C, contra Peru, Chile e México. Na estreia, os uruguaios empataram por 1 a 1 com os peruanos. Na segunda rodada, ante os chilenos, outro empate por 1 a 1. A primeira vitória e a classificação vieram na última partida, por 1 a 0 em cima dos mexicanos. De modo simples, com cinco pontos, o Uruguai encerrou a fase de grupos na vice-liderança da chave.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar a dona da casa, a Argentina. E mais uma vez o 1 a 1 imperou no placar, no que levou o jogo à disputa de pênaltis. Por 5 a 4, La Celeste venceu a disputa e avançou mais uma vez, tornando-se a principal favorita ao título. Na semifinal, o Peru voltou a ser adversário, e desta vez o resultado foi diferente do empate na primeira fase, na vitória por 2 a 0. Os gols foram marcados por Luis Suárez.

Na final, o adversário o Paraguai, que fez até ali uma campanha muito incomum, com cinco empates em cinco jogos, eliminando Equador, Brasil e Venezuela. A partida foi realizada no Estádio Monumental, em Buenos Aires, com uma onda de torcedores uruguaios nas arquibancadas. A série de empate dos paraguaios estava prestes a ser encerrada, e da pior maneira para eles. Aos 11 minutos do primeiro tempo, Suárez abriu o placar uruguaio. Aos 41, Diego Forlán ampliou.

A decisão foi jogada de maneira tranquila, sem nenhuma ameaça à conquista de La Celeste. Aos 44 minutos do segundo tempo, Forlán fez 3 a 0 e decretou os números finais do título do Uruguai na Copa América, que desempatou o ranking histórico com a a Argentina.

A campanha do Uruguai:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Porto Campeão da Liga Europa 2011

A Liga Europa de 2011 foi portuguesa, com certeza. Três clubes lusitanos atingiram a semifinal, dois se classificaram à final, e o título ficou na mão do Porto, bicampeão depois de oito anos. Mas, a equipe tinha um alto toque sul-americano. No gol, o brasileiro Helton. Na defesa, o argentino Nicolás Otamendi e o uruguaio Álvaro Pereira. No meio, o brasileiro Fernando Reges e o colombiano Fredy Guarín. E no ataque, o brasileiro Hulk e o colombiano Falcao García, que colocou a competição no bolso e foi o maior nome da conquista.

O Porto iniciou o torneio na primeira fase, contra o Genk. Na primeira partida, vitória por 3 a 0 na Bélgica. No segundo jogo, o triunfo foi por 4 a 2 no Estádio do Dragão, com três gols de Hulk e um de Fernando. O time passou para a segunda fase, onde foi sorteado para o grupo L, contra Besiktas, Rapid Viena e CSKA Sofia.

A jornada portista na fase de grupos foi tranquila, com cinco vitórias e um empate em seis jogos. A estreia foi com 3 a 0 sobre o Rapid Viena em casa, seguido por 1 a 0 sobre o CSKA e 3 a 1 sobre o Besiktas fora. No returno, o clube empatou por 1 a 1 com os turcos no Dragão, fez 3 a 1 nos austríacos fora e vencer 3 a 1 os búlgaros em Portugal. Com 16 pontos, a liderança da chave foi fácil de obter.

Na terceira fase, o Porto enfrentou o Sevilla. Na ida, venceu os espanhóis por 2 a 1 no Ramón Sánchez Pizjuán. Na volta, perdeu por 1 a 0 no Estádio do Dragão, mas avançou pelos gols fora de casa. Nas oitavas de final, o adversário foi o CSKA Moscou, e os azuis se classificaram com vitórias por 1 a 0 na Rússia, e por 2 a 1 em Portugal.

Nas quartas, mais um russo no caminho do Porto, o Spartak Moscou. A ida foi no Estádio do Dragão, e os portugueses golearam por 5 a 1, com três gols de Falcao García. A volta aconteceu no Luzhniki, e os portistas voltaram a arrasar o rival, por 5 a 2.

A semifinal foi contra o Villarreal, e o Porto novamente goleou a primeira partida em casa, por 5 a 1 e quatro gols de Falcao. O segundo jogo aconteceu no El Madrigal. Com a ampla vantagem, os portugueses seguraram a onda e mantiveram o controle da situação ao perder por 3 a 2.

Na decisão, o Porto encarou o Braga, que superou Lech Poznan, Liverpool, Dínamo Kiev e Benfica. O estádio da partida foi o Aviva, em Dublin, na Irlanda. Para levar o segundo título, os azuis não precisaram de muitos gols. Venceram por 1 a 0, anotado por Falcao aos 44 minutos do primeiro tempo.

A campanha do Porto:
17 jogos | 14 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 44 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Japão Campeão da Copa do Mundo Feminina 2011

Seis países entraram na eleição para receber a Copa do Mundo Feminina de 2011. Um recorde: Peru, Canadá, Austrália, Suíça, França e Alemanha. O entendimento era de que chegava a hora de a competição voltar à Europa, e nada melhor do que designar a tarefa para a atual bicampeã.

A Alemanha recebeu outras 15 seleções, e aparecia com o maior favoritismo para o título. Estados Unidos, Suécia e Brasil a acompanhavam na disputa, mas o título ficou mesmo com quem correu por fora. Japão e França apareceram no Mundial sem fazer alarde, jogando um futebol eficiente. E foi a equipe asiática quem quebrou a banca.

No grupo B do torneio, o Japão começou a trajetória com vitória por 2 a 1 sobre a Nova Zelândia. A classificação foi antecipada, vinda com goleada por 4 a 0 sobre o México. Três gols desta partida foram marcados por Homare Sawa, a craque do time. Na última rodada, a "nadeshiko" relaxou, levou 2 a 0 da Inglaterra e terminou a fase na vice-liderança, com seis pontos.

A história melhora no mata-mata. Contra a Alemanha nas quartas de final, uma histórica vitória por 1 a 0, na prorrogação. Na semifinal, o Japão dizimou outra favorita, a Suécia, derrotando-a por 3 a 1.

A decisão da Copa Feminina foi contra os Estados Unidos, que passou por Colômbia, Coreia do Norte, Brasil e França. A partida foi jogada no Waldstadion, em Frankfurt, no dia 17 de julho. Como era de se esperar, as norte-americanas foram ao ataque para matar o mais rápido possível. Mas as japonesas repetiam na final a bela postura defensiva que tiveram na competição inteira e seguravam ao máximo.

O placar só foi aberto aos 24 minutos do segundo tempo, com Alex Morgan. O empate veio aos 36, com Aya Miyama. O enredo não mudou na prorrogação, e aos 14 minutos da primeira etapa Abby Wambach recolocou os EUA na frente. Mas nada estava perdido para o Japão, que fez 2 a 2 com Sawa aos 12 da etapa final.

A sorte ajuda quem é competente, e na disputa por pênaltis as norte-americanas perderam três de quatro cobranças, enquanto as japonesas só erraram uma. Foi Saki Kumagai quem converteu a última, fazendo 3 a 1 e dando o título inédito ao Japão. Sawa ficou marcada na história: artilheira (5 gols), Bola de Ouro e capitã do time campeão.

A campanha do Japão:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Alex Livesey/FIFA/Getty Images

Universidad de Chile Campeã da Copa Sul-Americana 2011

Um time com um objetivo claro, uma ideia fixa, um futebol vistoso e uma campanha quase perfeita. A Universidad de Chile foi tudo isso na Copa Sul-Americana de 2011. Comandada por Jorge Sampaoli, a equipe levou o Chile ao primeiro título continental nesta competição, além de ter sido o primeiro no geral em 19 anos.

La U começou sua trajetória ainda na primeira fase, diante do Fénix, do Uruguai. Na ida, venceu por 1 a 0 em Santiago. Na volta, segurou o 0 a 0 em Montevidéu. Na segunda fase, o confronto foi contra um uruguaio de mais tradição - o Nacional. Com vitórias por 1 a 0 em casa e 2 a 0 fora, o clube chileno passou.

Na oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Flamengo. Em pleno Rio de Janeiro, a Universidad mostrou para todo o continente seu poder: 4 a 0, fora o baile em cima dos brasileiros. No segundo jogo, em Santiago, bastou administrar a enorme vantagem - e fazer 1 a 0. Nas quartas, o oponente de La U foi o Arsenal de Sarandí. A primeira partida aconteceu na Argentina, com vitória universitária por 2 a 1. O segundo jogo foi no Nacional, em Santiago, e a classificação veio com novo triunfo, desta vez por 3 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Vasco, que foi quem impôs a maior dificuldade do time chileno. Em São Januário, a Universidad saiu atrás no primeiro tempo, mas conseguiu o empate por 1 a 1 no segundo. Na volta, realizada no pequeno Estádio Santa Laura, La U voltou a vencer, por 2 a 0.

A final baseou-se na existência da letra U. A Universidad de Chile teve pela frente a LDU Quito, que chegou lá depois de superar Yaracuyanos, Trujillanos, Independiente, Libertad e Vélez Sarsfield. O primeiro jogo foi no Casa Blanca, em Quito. Com gol de Eduardo Vargas aos 44 minutos do primeiro tempo, La U venceu por 1 a 0.

A segunda partida aconteceu no Estádio Nacional de Santiago. Vargas abriu o placar logo aos três minutos de jogo. Gustavo Lorenzetti ampliou aos 34 do segundo tempo. O show chileno ficou completo aos 42, com o segundo gol de Vargas, que decretou o 3 a 0, o título inédito e o símbolo de uma era inesquecível da Universidad.

A campanha da Universidad de Chile:
12 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Agencia Uno

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2011

O auge de um dos times mais celebrados da história. O tetracampeonato europeu do Barcelona em 2011 foi o ponto mais alto e a consagração de um conceito de jogo, o anteriormente citado tiki-taka. A campanha foi impecável do início ao fim, com direito a um repeteco na decisão.

Na primeira fase, a equipe treinada por Pep Guardiola ficou no grupo D, junto com Panathinaikos, Rubin Kazan e Copenhagen. Sem adversários muito tradicionais, o Barça passou invicto nos seis jogos que disputou, com quatro vitórias, dois empates e 14 pontos que lhe garantiram o primeiro lugar. A classificação foi conquistada na quinta rodada, ao derrotar os gregos por 3 a 0 em Atenas.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Arsenal. A primeira partida aconteceu em Londres e foi a única derrota catalã em toda esta edição da Liga dos Campeões, por 2 a 1. O segundo jogo ocorreu no Camp Nou, e o Barcelona reverteu o confronto ao ganhar por 3 a 1. Nas quartas, os blaugranas enfrentaram o Shakhtar Donetsk. A ida foi na Espanha, com goleada dos mandantes por 5 a 1. Mesmo com tamanha vantagem, o Barça tornou a derrotar os ucranianos na volta, fora de casa, por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Real Madrid, em mais duas edições de El Clásico. O primeiro foi disputado no Santiago Bernabéu. Em campo, o que se viu foi (mais) um show de Lionel Messi, que marcou ambos os gols da vitória histórica por 2 a 0. A segunda partida foi realizada no Camp Nou. Para chegar à final, o Barcelona só precisou controlar a diferença em casa, ao segurar empate por 1 a 1 com o rival.

A decisão foi contra o Manchester United - o mesmo do tri de dois anos antes. Os ingleses eliminaram Rangers, Bursaspor (Turquia), Olympique Marselha, Chelsea e Schalke 04. A partida aconteceu no Wembley, em Londres. E se havia algum tipo de fator local, ele acabou rápido. Aos 27 minutos do primeiro tempo, Pedro abriu o placar para os blaugrana. O adversário aos 34, mas aos nove do segundo tempo, Messi desempatou. Aos 24, David Villa fez 3 a 1 e confirmou a quarta taça do Barcelona.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Christian Liewig/Corbis/Getty Images

Santos Campeão da Libertadores 2011

O início da década de 2010 foi de domínio brasileiro na Libertadores. Até 2013, o país conseguiu seu recorde de conquistas consecutivas: quatro. Em 2011, foi vez do Santos repetir o feito da geração de Pelé, e sair da fila de 48 anos sem vencer com a geração de Neymar. Foi pelo título da Copa do Brasil em 2010 que o Peixe chegou lá.

Na primeira fase, o clube paulista ficou no grupo 5, junto com Cerro Porteño, Colo-Colo e Deportivo Táchira. Sem moleza nos jogos, o alvinegro praiano fez apenas dois pontos no primeiro turno. A reação veio na segunda metade, com três vitórias: 3 a 2 sobre o Colo-Colo, em casa, 2 a 1 sobre o Cerro, no Paraguai, e 3 a 1 sobre o Táchira, na Vila Belmiro. Com 11 pontos, o time ficou em segundo lugar na chave, perdendo no saldo de gols para os paraguaios.

De nona melhor campanha, o Peixe enfrentou nas oitavas de final o América do México. Venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro e segurou o 0 a 0 em terras mexicanas. Já os demais quatro brasileiros vivos perderam perderam nesta fase, e apenas o Santos seguiu.

Nas quartas, o adversário foi o Once Caldas, da Colômbia, e a revanche sete anos depois aconteceu com vitória em Manizales por 1 a 0 e empate no Pacaembu por 1 a 1. A semifinal marcou o reencontro com o Cerro Porteño. Uma vitória por 1 a 0 em São Paulo e um empate em 3 a 3 em Assunção colocaram o Santos na final, a quarta em sua história.

O adversário na decisão foi o mesmo do primeiro título santista, o Peñarol, que passou por Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield. A ida foi no Centenario, em Montevidéu, e terminou com empate por 0 a 0.

O Pacaembu, em São Paulo, lotou para a volta. Neymar comandou o time e abriu o placar para o Peixe. O lateral Danilo fez o segundo, e o gol uruguaio também foi santista, com Durval fazendo contra. Com 2 a 1 no placar, o Santos conquistou o tricampeonato da Libertadores sem contestação.

A campanha do Santos:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

São José-SP Campeão da Libertadores Feminina 2011

A terceira edição da Libertadores Feminina, em 2011, contou com uma pequena evolução em relação aos anos anteriores. O número de participantes subiu de dez para doze. Cada país continuou com um representante cada, mas a diferença estava nas vagas abertas para o campeão anterior e para um representante do anfitrião.

Como o Brasil ficou para sediar a competição pela terceira vez e o Santos era o detentor da taça, três equipes brasileiras tiveram a chance de lutar pelo título: além das alvinegras, o Duque de Caxias (campeão da Copa do Brasil) e o São José-SP (o dono da casa).

Dois estádios de São José dos Campos dividiram as partidas da Libertadores, o Martins Pereira e o ADC Parahyba. Os times foram distribuídos em três grupos com quatro lugares cada. O São José ficou no grupo C, dando início a uma grande história que culminaria em um tricampeonato. A Águia do Vale começou sua trajetória vencendo a LDU Quito por 2 a 0. Na sequência, vitória por 1 a 0 sobre o Boca Juniors e empate por 4 a 4 contra as colombianas do Formas Íntimas colocaram o clube na liderança da chave, com sete pontos.

Para a semifinal, avançaram as equipes líderes mais a melhor vice. E o São José teve de encarar o Santos, que veio da ponta do grupo B (o regulamento no feminino também evitava a chegada de dois times de um mesmo país na decisão). Com a força da torcida no Martins Pereira, a Águia foi à final com vitória por 2 a 1, de virada.

A última disputa foi contra o Colo Colo, que uma partida antes eliminou o Caracas. O jogo foi disputado sob o sol do meio-dia, em 27 de novembro. O São José veio embalado e com o público novamente jogando junto, e nada tiraria a conquista das jogadoras, lideradas em campo pela meia Formiga. O primeiro título chegou com 1 a 0 no placar, marcado por Poliana aos cinco minutos do segundo tempo.

A campanha do São José-SP:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Charles Moura/PMSJC

Barcelona Campeão Mundial 2011

O Mundial de Clubes entrou em 2011 com um novo velho país-sede. A competição retornou ao Japão, que venceu a disputar para o biênio até 2012. E ela chegava à velha casa com uma nova perspectiva de disputa, pois todos perceberam um ano antes que era possível sim haver um finalista de fora da Europa ou da América do Sul.

O alerta ficou redobrado, principalmente para o lado sul-americano. O Santos ficou com a incumbência de apagar a imagem ruim que a Conmebol deixou no torneio de 2010. Sobre o Peñarol, o Peixe venceu a Libertadores pela terceira vez e conseguiu uma vaga que não pegava há 48 anos. Pela UEFA, o Barcelona voltou a derrotar o Manchester United na decisão e foi tetra da Liga dos Campeões.

Olho vivo nas potenciais zebras: do país-sede, o Kashiwa Reysol foi vencedor da J-League; pela Concacaf, o Monterrey garantiu sua primeira presença; pela África, o Espérance Tunis foi o campeão; pela Ásia, o Al-Sadd foi outro estreante; e pela Oceania, o Auckland City conseguiu a terceira participação.

Sem Tóquio, o Mundial começou com o Kashiwa eliminando o Auckland por 2 a 0. Nas quartas de final, os japoneses derrubaram o Monterrey com 1 a 1 no tempo normal e 4 a 3 nos pênaltis. Já o Al-Sadd venceu o Espérance por 2 a 1.

A expectativa na semifinal foi grande. Mas o Santos não deixou duvidas e fez 3 a 1 no Kashiwa, gols de Neymar, Borges e Danilo. Tudo ficou desenhado para a final dos sonhos. No dia 15 de dezembro, em Yokohama, o Barcelona goleou o Al-Sadd por 4 a 0, com o brilho dos coadjuvantes: Adriano (duas vezes), Seydou Keita e Maxwell fizeram os gols sobre o clube do Catar. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey venceu o Espérance, e no duelo do terceiro, o Al-Sadd venceu nos pênaltis o Kashiwa.

A final mundialista aconteceu no dia 18, em Yokohama. Todos pararam para ver o encontro entre Lionel Messi e Neymar, mas a promessa ficou só nisso. Em campo, o argentino sobrou ao lado dos companheiros. O Barcelona abriu o marcador aos 17 minutos do primeiro tempo com o próprio Messi, e o Santos ficou encurralado. Aos 24, Xavi ampliou e aos 45, Cesc Fàbregas fez o terceiro. Com a enorme vantagem ainda na etapa inicial, o Barça dedicou-se a administrar as ações no segundo tempo. 

O time brasileiro teve algumas chances para descontar, mas passou longe de uma reação. Aos 37 minutos, Messi marcou um golaço, driblando o goleiro Rafael Cabral, e completou o passeio catalão. Os 4 a 0 e o bicampeonato mundial foram a cereja do bolo para Pep Guardiola, em sua última temporada como técnico blaugrana, no auge de uma equipe que venceu tudo o que disputou.


Foto Toshifumi Kitamura/AFP

Internacional Campeão da Recopa Sul-Americana 2011

O título do Internacional em 2007 foi o retorno do Brasil às conquistas na Recopa Sul-Americana. Mal sabiam os torcedores que, a próxima também seria do Colorado. Mas não foi imediatamente, e até um vice aconteceu no meio disso. Em 2008, o Boca Juniors foi tetra ao bater o Arsenal de Sarandí. Em 2009, o Inter enfrentou a LDU porém perdeu as duas partidas. Em 2010, o time de Quito foi bicampeão sobre o Estudiantes.

Chegamos então a 2011 e a terceira participação colorada na Recopa. Vindo do bi na Libertadores e um traumático terceiro lugar no Mundial, o Internacional encarou na decisão o Independiente. Os argentinos estavam nas mesmas condições que os brasileiros: na terceira disputa, com um título e um vice. E se em 1996 o clube de Avellaneda sofreu com o lado azul da rivalidade Grenal, em 2011 foi a vez de apanhar do lado vermelho.

Não na ida. No Estádio Libertadores de América, o Inter até saiu na frente com um gol de Leandro Damião, mas sofreu a virada durante o segundo tempo. Os 2 a 1 contra colocaram o Colorado em leve desvantagem para a volta, duas semanas depois.

Em 24 de agosto, quase 40 mil torcedores encheram o Beira-Rio. Rapidamente, o Inter dominou um Independiente cambaleante (no primeiro ano da trinca que o rebaixaria na Argentina em 2013). Aos 19 minutos de jogo, Leandro Damião abriu o placar. Aos 25 minutos, o mesmo ampliou para o time gaúcho. Tudo parecia bem até que, aos 3 minutos do segundo tempo, Max Velásquez descontou para o time argentino. Como o resultado encaminha a situação para a disputa de pênaltis, era necessário atacar. 

O Inter martelou o Independiente a partir de então, até que aos 38 minutos conseguiu um pênalti. O lateral-esquerdo Kléber bateu e fez 3 a 1. Com pouco tempo para segurar, o resto da partida foi para evitar um segundo gol adversário. No fim tudo deu certo, e o Internacional comemorou o bicampeonato da Recopa Sul-Americana, conquista que deu início a uma hegemonia brasileira no torneio.


Foto Arquivo/Internacional

Tupi Campeão Brasileiro Série D 2011

A Série D foi se consolidando a cada edição que passava. A de 2011 manteve os 40 participantes, mas teve a fórmula modificada - para melhor. Os dez grupos de quatro times passaram a ser oito grupos de cinco. Assim, a parte do mata-mata não ficaria quebrada, com 16 equipes avançando a partir da segunda fase.

Como não poderia deixar de ser, clubes com camisa pesada marcaram presença, como Gama, Juventude e Santa Cruz. O calvário de três temporadas do time pernambucano teria fim ali, com o acesso garantido. Mas o time não foi o campeão. A taça acabou em Minas Gerais, com o Tupi de Juiz de Fora.

Na chave A5, o Galo Carijó enfrentou na primeira fase times de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu outros dois, marcando 14 pontos e terminando na liderança, classificado junto com a Anapolina e eliminando o tradicional Gama. Nesta fase da competição, a principal vitória foi os 3 a 1 em casa sobre a própria Anapolina.

Nas oitavas de final, o Tupi enfrentou o Volta Redonda. A ida foi no Raulino de Oliveira e terminou com derrota mineira por 1 a 0. A volta foi no Mário Helênio e o Galo Carijó reverteu com sobras, vencendo por 4 a 2 e avançando mais um degrau.

Nas quartas, o adversário foi novamente a Anapolina, que ultrapassou em pontos o Tupi e fez a ida ser jogada em Juiz de Fora. E os alvinegros abriram ótima vantagem com a goleada por 4 a 1. Na volta em Anápolis, o empate por 2 a 2 buscado nos minutos finais pelo herói Ademílson (antes dos 44 anos, "apenas" 37) valeu o acesso. Na semifinal contra o Oeste, a classificação mais tranquila do clube, que venceu por 3 a 0 o primeiro jogo nos Amaros de Itápolis e por 3 a 1 o segundo jogo no Mário Helênio.

A final da Série D foi entre Tupi e Santa Cruz. Sabendo que os holofotes estavam voltados aos pernambucanos, os mineiros jogaram com pés no chão. Venceram a ida em Juiz de Fora por 1 a 0 (gol do Ademílson), e jogaram para se defender na volta no Arruda. A estratégia deu certo, e o Galo Carijó sacramentou o título inédito vencendo por 2 a 0, gols de Allan e Henrique nos últimos 15 minutos da partida.

A campanha do Tupi:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Tupi

Joinville Campeão Brasileiro Série C 2011

Para o ano de 2011, a Série C contou com uma leve mudança. As quartas de finais e semifinais da segunda fase foram transformadas em dois quadrangulares. Assim, o caminho para o acesso ficou mais longo. Na fase inicial, tudo seguiu igual. O campeão surgiu da região Sul, como mais um entre os tantos que aparecem em processo de remontada. O Joinville disputou a terceira divisão um após conseguir no tribunal o acesso na Série D. E com um dos elencos mais fortes da competição, chegou a uma conquista inédita.

Na primeira fase, o JEC ficou no grupo 4, contra Brasil de Pelotas, Santo André, Caxias e Chapecoense. A estreia foi fora de casa, com empate por 1 a 1 com o Brasil de Pelotas, seguida por duas vitórias em Joinville, 2 a 1 sobre a Chapecoense e por 2 a 0 sobre o Santo André. Novamente fora de casa, empates por 2 a 2 com o Caxias e por 1 a 1 com o Santo André.

A única derrota da fase foi no sexto jogo, por 4 a 2 para o Caxias em casa. Na reta final, 2 a 0 na Chapecoense em Chapecó e 5 a 2 no Brasil em casa. Com 15 pontos, o Tricolor se classificou na vice-liderança da chave.

Na segunda fase, o Joinville voltou a enfrentar o rival catarinense, além de Brasiliense e Ipatinga. E a campanha que já era boa, melhorou. O começo foi com vitória por 1 a 0 sobre o Ipatinga na Arena Joinville, seguido de empate por 1 a 1 em Chapecó. Nas quatro partidas restantes, só vitórias. O JEC aplicou 4 a 1 no Brasiliense tanto em casa quanto fora, o que lhe rendeu o acesso antecipado. Na quinta rodada, os 3 a 2 sobre a Chapecoense em casa carimbaram a vaga na final. E para cumprir a tabela, 1 a 0 no Ipatinga em pleno interior mineiro. Com 16 pontos, o Joinville chegou embalado na decisão.

O adversário catarinense na final da Série C foi o CRB, que até tentou oferecer resistência. Mas no jogo de ida em Maceió, o Tricolor logo tratou de encaminhar o título ao vencer por 3 a 1, gols de Ricardinho, Glaydson e Aldair.

Dessa forma, no jogo de volta foi só administrar e consolidar o título, que veio com nova vitória, agora por 4 a 0, gols de Lima, Eduardo, Pedro Paulo e Gilton. Foi a primeira conquista nacional na história do Joinville, que ainda contou no grupo campeão com o meia Ramón Menezes, em seu último ato como atleta, além dos já falecidos Max (goleiro) e Bruno Rangel (atacante).

A campanha do Joinville:
16 jogos | 11 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Joinville

Portuguesa Campeã do Brasileiro Série B 2011

Uma das melhores campanhas de uma equipe na história da Série B, a Portuguesa de 2011 recebeu um apelido que hoje em dia parece surreal: Barcelusa. Na época, a comparação com o Barcelona se deu pela facilidade com o que o time vencia os jogos. Certamente, foi a última mostra de bom futebol do clube, atualmente fora de todas as divisões brasileiras e na Série A2 do Campeonato Paulista.

Longe de todas as desgraças que a assombrariam no futuro, na primeira rodada a Lusa já havia dado mostras do seu poderio. Goleou por 4 a 0 o Náutico no Canindé. No jogo seguinte veio a primeira liderança, após empate em 1 a 1 com o Paraná fora de casa. Uma das poucas derrotas foi na terceira rodada, por 3 a 2 para o ABC em casa.

A Portuguesa ficou temporariamente fora do primeiro lugar até a sétima rodada, quando sapecou o Goiás por 4 a 1 em pleno Serra Dourada. A única derrota lusa como visitante foi na nona partida, por 2 a 0 para o ASA em Arapiraca. No jogo seguinte, a liderança veio em definitivo ao vencer o Salgueiro por 1 a 0 no Canindé. O Rubro-verde não saiu mais do primeiro lugar da Série B, virou o turno e partiu rumo ao acesso.

Na 32ª rodada, a Lusa venceu o Americana (ex e futuro Guaratinguetá) por 3 a 2 no Décio Vitta e carimbou a vaga para a primeira divisão do futebol brasileiro. Três partidas depois, a Portuguesa empatou em 2 a 2 com o Sport em casa e conquistou o título, o único nacional do clube até hoje.

No total, o time de Edno, Weverton, Marcelo Cordeiro e Ananias fez 81 pontos em 38 jogos, com 23 vitórias, 12 empates e só três derrotas. O time obteve 71% de aproveitamento, e ficou 17 pontos na frente do vice-campeão Náutico. Os outros times que completaram o grupo de acesso foram Ponte Preta e Sport.

A campanha da Portuguesa:
38 jogos | 23 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 82 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Renato Pizutto/Placar

Corinthians Campeão Brasileiro 2011

O Campeonato Brasileiro de 2011 manteve o mesmo regulamento de sucesso dos anos anteriores, com o sistema de pontos corridos entre 20 times. A novidade era os clássicos estaduais realizados na última rodada, além das demais possibilidade envolvendo as equipes de São Paulo e Rio de Janeiro na penúltima rodada. Foi o último ano em que houve o campeão definido somente no último jogo. Corinthians e Vasco lutaram ponto a ponto, e o time paulista levou a melhor pela quinta vez.

A estreia do Timão foi boa, com vitória de 2 a 1 sobre o Grêmio no Olímpico. Mantendo uma invencibilidade nas primeiras partidas, o Corinthians fez um resultado expressivo na sexta rodada, ao golear por 5 a 0 o São Paulo no Pacaembu. Na sétima rodada, o Alvinegro liderou pela primeira vez ao vencer o Bahia em Salvador por 1 a 0.

A primeira derrota só ocorreu na 11ª rodada, para o Cruzeiro em casa por 1 a 0. A primeira liderança corinthiana foi duradoura, virando o turno e só terminando na 24ª rodada, quando perdeu para o Santos por 3 a 1 em casa. O Vasco assumiu a frente e configurou a briga principal pelo título. Na 28ª rodada, o Timão voltou ao primeiro lugar com a vitória de 3 a 0 sobre o Atlético-GO em casa.

Na 31ª rodada, a última troca de posição com o Vasco, no empate em 1 a 1 do Corinthians com o Internacional no Beira-Rio. Na partida seguinte, o Alvinegro recuperou de vez a ponta com a vitória de 2 a 1 sobre o Avaí no Pacaembu.

Nas partidas finais, o Corinthians manteve sua regularidade e a distância para o Vasco. Na última rodada, o penta foi conquistado no empate em 0 a 0 com o Palmeiras no Pacaembu. No total, o Timão fez 71 pontos, com 21 vitórias, oito empates e nove derrotas. A conquista do Brasileirão deu partida para voos maiores do clube, que no ano seguinte conquistaria a Libertadores e o Mundial.

A campanha do Corinthians:
38 jogos | 21 vitórias | 8 empates | 9 derrotas | 53 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011

Mais um clube chegou ao título inédito da Copa do Brasil, em 2011. O Vasco, que passava por um momento de retorno à Série A do Brasileiro após o primeiro rebaixamento, encontrou uma conexão entre time e torcida poucas vezes vista antes e passou pelos adversários de uma maneira verdadeiramente copeira. Uma época de esperança.

A campanha do cruzmaltino teve início contra o Comercial-MS. No Estádio Morenão, em Campo Grande, goleou por 6 a 1 e passou à segunda fase sem precisar disputar a partida de volta no Rio de Janeiro. O próximo oponente foi o ABC, e o Vasco avançou depois de empatar por 0 a 0 em Natal, e vencer por 2 a 1 em São Januário, de virada.

Nas oitavas de final, foi a vez de jogar contra o Náutico. O primeiro jogo foi realizado nos Aflitos, e o cruzmaltino carimbou a classificação logo na ida, ao vencer por 3 a 0. Depois, no Rio de Janeiro, bastou apenas segurar o empate sem gols na segunda partida.

O adversário nas quartas foi o Athletico-PR, e até então o mais complicado. Na primeira partida, na Arena da Baixada, empate por 2 a 2 que o cruzmaltino concedeu perto do fim da etapa complementar. No segundo jogo, em São Januário, os paranaenses largaram na frente, mas Elton buscou o empate por 1 a 1 e a classificação pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Vasco enfrentou o Avaí. A ida foi disputada em São Januário, mas os cariocas por pouco não tiveram uma jornada infeliz, pois os catarinenses venciam até os 49 minutos do segundo tempo, quando um pênalti foi assinalado. Diego Souza bateu e salvou o empate por 1 a 1. Foi preciso vencer na Ressacada, em Florianópolis, por 2 a 0 para o Vasco chegar à sua segunda decisão.

Na final, o Vasco encarou o Coritiba, aquele do recorde de 24 vitórias e que bateu Ypiranga, Atlético-GO, Caxias, Palmeiras e Ceará. A ida aconteceu em São Januário, e o cruzmaltino largou com a vantagem de 1 a 0, gol de Alecsandro. A volta foi no Couto Pereira. Alecsandro abriu o placar cedo, mas o Coritiba virou ainda no primeiro tempo. No segundo, Eder Luís empatou e os paranaenses anotaram 3 a 2. A tensão ficou no ar até o apito final, mas no fim o “trem-bala da colina” comemorou o título.

A campanha do Vasco:
11 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/LatinContent/Getty Images