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Santos e Portuguesa Campeões Paulistas 1973

Toda regra nova no futebol leva um tempo para ser assimilada. O problema é quando o árbitro se confunde ao usá-la e decide um campeonato, como foi no Paulistão de 1973. Um erro na contagem da disputa de pênaltis da final rachou o título entre Santos e Portuguesa. Para o alvinegro praiano, foi a 13ª conquista, depois de quatro anos. Já os rubro-verdes levaram a terceira taça, após uma fila de 37 anos.

O estadual daquele ano teve 18 participantes e uma mudança importante no regulamento. A primeira fase continuou igual, com 12 times disputando seis vagas. A diferença veio na etapa seguinte, que deixou de ser em pontos corridos e passou a ser em dois turnos separados, com Santos, Portuguesa, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Guarani e os seis classificados. O líder de cada turno se classificou à decisão, em jogo único e com a inédita regra da disputa de pênaltis em caso de empate.

A Portuguesa começou a campanha fazendo 1 a 0 no São Bento, enquanto o Santos ficou no 0 a 0 com a Ferroviária. Mas, apesar do início melhor rubro-verde, foi o alvinegro praiano que manteve regularidade e liderou o primeiro turno, com mais oito vitórias e dois empates, que renderam 19 pontos. O time luso só venceu mais um jogo, empatou seis e perdeu três, ficando em oitavo lugar com dez pontos.

A figura mudou no segundo turno. O Santos até estreou vencendo o Botafogo de Ribeirão Preto por 2 a 0, mas acumulou até o fim só mais três vitórias, com três empates e três derrotas. Com 12 pontos, o time ficou em quinto. A Portuguesa começou batendo o São Bento por 2 a 1, venceu outras seis e empatou quatro, ficando na liderança com 18 pontos.

Santos e Portuguesa disputaram a final no Morumbi. Os dois times tiveram chances de vencer em tempo normal, mas o 0 a 0 ficou no placar durante os 90 minutos e a prorrogação. Assim, pela primeira vez um campeonato no Brasil seria definido na disputa de pênaltis, regra criada pela FIFA em 1970.

As primeiras cinco cobranças foram feitas. O Peixe acertou duas e errou uma, e a Lusa errou todas as duas. Na terceira, a equipe rubro-verde errou de novo e o árbitro Armando Marques apitou o fim da disputa. O Santos começou a comemorar, mas a Portuguesa ainda tinha duas batidas e poderia empatar a série. O juiz só percebeu o erro quando foi escrever a súmula e pediu para os times voltarem a campo.

Mas os dirigentes lusos orientaram os jogadores a sair do estádio rapidamente, já que vencer no reinício dos pênaltis tinha ficado muito difícil. E como o erro do árbitro foi de direito, a Lusa podia entrar na justiça. Para evitar isso, e também por falta de datas para uma nova final, a Federação Paulista determinou a divisão do título estadual em reunião com os presidentes de Santos e Portuguesa.

A campanha do Santos:
23 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos

A campanha da Portuguesa:
23 jogos | 9 vitórias | 11 empates | 3 derrotas | 26 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press


Foto Arquivo/Gazeta Press

Todos os vice-campeões do Brasileirão (de 2023 para 1990)

Todos os 69 vices do Campeonato Brasileiro, na ordem cronológica, do último para o primeiro. Nesta parte, iremos do começo, em 2023, para 1990.

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Portuguesa Campeã do Torneio Rio-São Paulo 1955

Os clubes paulistas o estiveram avassaladores no começo do Torneio Rio-São Paulo. Desde a primeira edição, em 1933, e o retorno, em 1950 e até 1954, foram seis títulos para São Paulo e nenhum para o Rio de Janeiro. E a conta foi estendida para sete taças em 1955, com o bicampeonato da Portuguesa.
O regulamento da competição foi o mesmo dos outros anos, com dez participantes. E, ainda com a melhor a formação de sua história, com Djalma Santos e Julinho Botelho e outros, a Lusa partiu para mais um título regional. Mas a campanha começou mal, com derrota por 3 a 1 para o Botafogo em casa. Foi o único revés da Portuguesa em todo o torneio. Só que a primeira vitória custou para chegar: na segunda partida, o rubro-verde empatou por 5 a 5 com o Corinthians.
Triunfo mesmo, somente no terceiro jogo, por 4 a 2 sobre o America-RJ fora de casa. A partir de então a Lusa deslanchou e conseguiu mais quatro vitórias - incluindo goleadas por 5 a 1 sobre o Santos e por 5 a 2 sobre o Palmeiras - e dois empates, que o deixaram na liderança com 13 pontos.
A Portuguesa encerrou suas partidas um pouco antes que os adversários. Com nove pontos, o Palmeiras ainda tinha mais dois jogos, podendo igualar a pontuação e forçar uma decisão extra. E foi o que aconteceu antes as vitórias sobre Fluminense e Vasco.
As duas partidas de desempate foram no Pacaembu. Na primeira, a Portuguesa empatou por 2 a 2 após ficar duas vezes atrás no placar. Os gols foram de Edmur e Airton. O bicampeonato foi confirmado no segundo jogo, na vitória por 2 a 0. Sob o olhar de 40 mil torcedores, Julinho Botelho e Ipojucan fizeram os gols do título.

A campanha da Portuguesa:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Portuguesa Campeã do Torneio Rio-São Paulo 1952

Na quarta edição da história - a terceira desde a retomada -, o Torneio Rio-São Paulo encarou uma expansão de oito para dez clubes participantes. Cada estado colocou cinco times na competição em 1952. O regulamento permaneceu o mesmo, a diferença foi o aumento de sete para nove rodadas no turno único.
E nessa disputa, uma nova equipe entrou na galeria dos campeões: a Portuguesa de Desportos. Terceira colocada no Paulistão de 1951, a Lusa contava com grandes nomes no elenco, como Djalma Santos, Julinho Botelho, Pinga e Brandãozinho. Por unanimidade, a torcida considera o time do início dos anos 1950 como o maior de todos os tempos.
A campanha rubro-verde começou com derrota por 4 a 2 para o Fluminense em casa. Depois de um início irregular, com uma vitória e outra derrota, a Portuguesa cresceu e arrancou para a liderança do campeonato. Foram quatro vitórias, um empate e uma derrota até o fim das nove rodadas. Entre os triunfos conquistados, o destaque fica para as goleadas por 5 a 1 sobre o Santos e sobre o Bangu. A Lusa ficou com 11 pontos, empatada com o Vasco. Houve a chance do título na última rodada, mas o clube paulista ficou no 1 a 1 com os cariocas no Maracanã.
Dessa forma, foi preciso mais duas partidas com os vascaínos. A primeira foi no Pacaembu, e terminou com vitória da Portuguesa por 4 a 2. Os gols foram marcados por Nininho (duas vezes), Pinga e Julinho botelho. O segundo jogo foi no Maracanã, e a Lusa conquistou seu título mais importante na história ao empatar por 2 a 2. Os dois gols foram marcados por Pinga.

A campanha da Portuguesa:
11 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Portuguesa

Portuguesa Campeã Paulista Série A2 2022

O primeiro passo de um retorno, é o que podemos considerar o título do Paulistão Série A2 para a Portuguesa. Fora da elite estadual desde 2014 (e nacional desde 2013), a Lusa chegou ao terceiro título no segundo nível paulista em 2022, depois de sucessivas tentativas falhas. Com organização e foco, a campanha rubro-verde foi a melhor de ponta a ponta.

Na primeira fase, 16 clubes se enfrentaram em turno único. Em 15 jogos, a Portuguesa conseguiu nove vitórias, cinco empates e só uma derrota, que lhe rendeu a liderança com 32 pontos. Nas quartas de final, a Lusa enfrentou o Primavera e passou vencendo tanto a ida fora quanto a volta em casa por 1 a 0. 

Na semifinal, foi a vez de encarar o Rio Claro, que eliminou o rival Velo Clube. A primeira partida, no interior, terminou com vitória rubro-verde por 1 a 0. O segundo jogo, no Canindé, ficou empatado por 1 a 1 e selou o acesso e o fim do martírio.

A final foi contra o São Bento, que passou pelo XV de Piracicaba e subiu em cima do Oeste. A ida foi em Sorocaba, no Walter Ribeiro, e a Portuguesa empatou por 1 a 1. A volta aconteceu em São Paulo, num Canindé lotado, e premiou a luta lusitana com o triunfo de 2 a 0, placar oriundo de gols contra.

A campanha da Portuguesa:
21 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/FPF

Portuguesa Campeã do Brasileiro Série B 2011

Uma das melhores campanhas de uma equipe na história da Série B, a Portuguesa de 2011 recebeu um apelido que hoje em dia parece surreal: Barcelusa. Na época, a comparação com o Barcelona se deu pela facilidade com o que o time vencia os jogos. Certamente, foi a última mostra de bom futebol do clube, atualmente fora de todas as divisões brasileiras e na Série A2 do Campeonato Paulista.

Longe de todas as desgraças que a assombrariam no futuro, na primeira rodada a Lusa já havia dado mostras do seu poderio. Goleou por 4 a 0 o Náutico no Canindé. No jogo seguinte veio a primeira liderança, após empate em 1 a 1 com o Paraná fora de casa. Uma das poucas derrotas foi na terceira rodada, por 3 a 2 para o ABC em casa.

A Portuguesa ficou temporariamente fora do primeiro lugar até a sétima rodada, quando sapecou o Goiás por 4 a 1 em pleno Serra Dourada. A única derrota lusa como visitante foi na nona partida, por 2 a 0 para o ASA em Arapiraca. No jogo seguinte, a liderança veio em definitivo ao vencer o Salgueiro por 1 a 0 no Canindé. O Rubro-verde não saiu mais do primeiro lugar da Série B, virou o turno e partiu rumo ao acesso.

Na 32ª rodada, a Lusa venceu o Americana (ex e futuro Guaratinguetá) por 3 a 2 no Décio Vitta e carimbou a vaga para a primeira divisão do futebol brasileiro. Três partidas depois, a Portuguesa empatou em 2 a 2 com o Sport em casa e conquistou o título, o único nacional do clube até hoje.

No total, o time de Edno, Weverton, Marcelo Cordeiro e Ananias fez 81 pontos em 38 jogos, com 23 vitórias, 12 empates e só três derrotas. O time obteve 71% de aproveitamento, e ficou 17 pontos na frente do vice-campeão Náutico. Os outros times que completaram o grupo de acesso foram Ponte Preta e Sport.

A campanha da Portuguesa:
38 jogos | 23 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 82 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Renato Pizutto/Placar