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Milan Campeão da Recopa Europeia 1968

A Recopa Europeia de 1968 foi especial. Pela primeira vez desde a incorporação, em 1962, a UEFA conseguiu repetir o número de participantes em relação a temporada anterior, com 32 times. E também foi a primeira vez que a taça ficou nas mãos de um clube que já tinha outras conquistas continentais, o Milan, vencedor da Copa dos Campeões de 1963 e classificado via título da Copa da Itália de 1967.

Se o número de participantes foi o mesmo de 1967, o regulamento não foi, pois a UEFA resolveu colocar todas as equipes na primeira fase. A campanha rossonera teve início diante do Levski Sofia. Na primeira partida, goleada por 5 a 1 no San Siro. No segundo jogo, empate por 1 a 1 na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Milan quase foi surpreendido pelo Gyori, da Hungria. A ida foi disputada no Leste Europeu e ficou empatada por 2 a 2. A volta aconteceu no San Siro, mas quem abriu o placar foram os húngaros. Pierino Prati empatou em 1 a 1 ainda no primeiro tempo, e o resultado classificou os rossoneri pela regra dos gols marcados fora de casa.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Standard Liège, igualmente com dificuldades. O primeiro jogo aconteceu na Bélgica, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no San Siro, e o resultado se repetiu tanto nos 90 minutos quanto na prorrogação. Foi preciso realizar um terceiro jogo, também na Itália, e o Milan venceu por 2 a 0, gols de Prati e Gianni Rivera.

O encontro do Milan na semifinal foi contra o Bayern de Munique, que defendia o título. A ida foi no San Siro, e o rossonero conseguiu abrir uma grande vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Angelo Sormani e Prati. A volta foi na Alemanha, terminando no empate por 0 a 0 que classificou os italianos.

A final da Recopa de 1968 foi entre Milan e Hamburgo, que bateu Randers Freja, Wisla Cracóvia, Lyon e Cardiff City. A disputa teve lugar no Estádio De Kuip, em Roterdã, na Holanda. Os rossoneri trataram de assumir o controle do jogo desde o começo, e em 18 minutos já haviam decidido o resultado a seu favor com a vitória por 2 a 0, com os dois gols anotados por Kurt Hamrin.
 
A campanha do Milan:
10 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Santos Campeão da Recopa Mundial 1968

Pelé nos deixou no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos de idade. E como uma singela forma de homenageá-lo, o blog traz o relato e o pôster do título da Recopa Intercontinental (ou Mundial) de 1968, vencida pelo Santos. Hoje um pouco esquecida, esta conquista na época foi equiparada (e às vezes até mesmo colocada por cima) aos Mundiais de 1962 e 1963. Tanto que o Peixe chegou a utilizar três estrelas em seu escudo por algumas temporadas.
A Recopa Intercontinental foi uma competição criada em 1968 com o intuito de reunir todos os campeões Mundiais até então: Real Madrid, Peñarol, Santos, Racing e Internazionale. América do Sul e Europa jogariam cada um em seu continente, e os vencedores fariam a decisão. Pelo lado europeu, o Real Madrid desistiu da disputa e a Internazionale avançou à final sem precisar entrar em campo.
Pelo lado sul-americano, Santos, Peñarol e Racing disputaram um triangular chamado de Supercopa Sul-Americana dos Campeões Mundiais. Em dois turnos, o Peixe fez quatro partidas. Em São Paulo, bateu os argentinos por 2 a 0 - gols de Pelé e Edu -, e no Rio de Janeiro, superou os uruguaios por 1 a 0 - gol de Clodoaldo. Na vez de enfrentar o Racing em Avellaneda, a vitória confirmaria a classificação antecipada à decisão. E em abril de 1969, o Santos fez 3 a 2 com dois gols de Toninho Guerreiro e outro de Negreiros. Antes da final, ainda houve tempo de perder por 3 a 0 para o Peñarol.
A final entre Santos e Internazionale foi no dia 24 de junho de 1969, no Estádio San Siro, em Milão. Com mais de 44 mil torcedores contra, o Alvinegro Praiano conseguiu a vitória por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro aos 12 minutos do segundo tempo. O título santista só foi confirmado meses depois, em setembro, quando os italianos desistiram de fazer uma segunda partida.

A campanha do Santos:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 7 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/ASSOPHIS

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 1968

O caminho britânico para as glórias europeias foi aberto pela Escócia. Mas quem o pavimentou foi a Inglaterra, e não demorou muito para que isso começasse a ocorrer. Foi logo na temporada seguinte ao título do Celtic, em 1968, com o Manchester United.

E mais do que ser a primeira conquista inglesa, aquela Copa dos Campeões representou o ponto alto de uma reconstrução vermelha: dez anos antes (em 1958), oito atletas morreram no Desastre Aéreo de Munique. O time voltava de Belgrado após passar à semifinal da mesma Copa. Na escala em Munique, a pista com gelo não permitiu que o avião decolasse normalmente, e o mesmo caiu matando 23 dos 44 ocupantes.

Dois dos 21 sobreviventes do acidente foram Matt Busby - o técnico - e Bobby Charlton - o craque do meio-campo. Junto à futura lenda George Best, eles foram os principais pilares do título inédito do United.

Na primeira fase, a equipe passou pelo Hibernians, de Malta, com goleada por 4 a 0 em casa e empate por 0 a 0 fora. Nas oitavas de final, foi a vez de eliminar o Sarajevo com outro empate sem gols como visitante, na Iugoslávia, e vitória por 2 a 1 no Old Trafford. Nas quartas, o adversário foi o Górnik Zabrze, da Polônia. Na ida, triunfo por 2 a 0 em Manchester. Na volta, derrota por 1 a 0 fora e vaga na semifinal.

O desafio seguinte foi contra o Real Madrid. No primeiro jogo, 1 a 0 para os ingleses em casa. Na segunda partida, os espanhóis chegaram a abrir 3 a 1 no Santiago Bernabéu, mas o United buscou o histórico empate por 3 a 3 e chegou na decisão.

A final foi contra o Benfica, já incomodado com os vices recentes colecionados e que eliminou Glentoran (Irlanda do Norte), Saint-Étienne, Vasas (Hungria) e Juventus. O jogo foi na própria Inglaterra, mas em Londres, no Wembley. No tempo normal, Charlton marcou uma vez e os portugueses empataram. Na prorrogação, o Manchester United sobrou e foi campeão outra vez ao golear por 4 a 1, com outro gol de Charlton e dois de Best e Brian Kidd.

A campanha do Manchester United:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchester United

Estudiantes Campeão da Libertadores 1968

O início da dinastia do Estudiantes na Libertadores, em 1968, é uma história digna de filme: um time pequeno, localizado fora da região da capital federal da Argentina e que jamais havia tido um título profissional de primeira divisão até 1967, quando levou a taça do Metropolitano.

A glória conduziu o clube ao Nacional daquele mesmo ano, onde foi vice e obteve a vaga de estreante na competição sul-americana, que contou com 21 equipes, sendo 20 delas divididas em cinco grupos na primeira fase.

Com um futebol caracterizado pela máxima "defender primeiro, atacar, depois" e por supostas práticas que adentraram ao folclore da época, como a de zagueiros e volantes atuarem com agulhas escondidas nas mãos para espetarem os atacantes adversários, o plantel comandado por Osvaldo Zubeldía ficou no grupo 1, junto de Independiente e os colombianos Deportivo Cali e Millonarios. Em seis jogos, os pincharratas venceram cinco e empataram um, classificando-se na liderança com 11 pontos.

Na segunda fase, os dez líderes e vices foram reorganizados em três chaves. O Estudiantes voltou a ficar no grupo 1 e a enfrentar o Independiente, desta vez com a companhia do Universitario, do Peru. Com três vitórias em quatro partidas, o clube de La Plata marcou seis pontos e conseguiu um lugar na semifinal, onde já estava o então campeão da América, o Racing. Depois de fazerem 3 a 0 na ida em casa, levarem 2 a 0 na volta fora e segurarem o 1 a 1 no jogo extra, os platenses chegaram à final.

O oponente do Estudiantes na primeira decisão de Libertadores foi o Palmeiras, que havia eliminado o Peñarol. O primeiro jogo ocorreu no mítico Jorge Luis Hirschi, em La Plata, com vitória sofrida por 2 a 1, de virada no fim - gols de Juan Ramón Verón e Eduardo Flores.

A segunda partida foi no Pacaembu, em São Paulo, mas a derrota por 3 a 1 forçou o desempate. E no Centenario, em Montevidéu, Felipe Ribaudo e Verón marcaram os tentos do 2 a 0 que abriu a porteira do tri pincharrata.

A campanha do Estudiantes:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 25 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Hungria Campeã Olímpica 1968

O Torneio Olímpico de futebol aterrissa pela primeira vez no terceiro mundo. Os Jogos de 1968 aconteceram na Cidade do México, em meio à efervescência social, por causa dos protestos estudantis na capital (e que infelizmente culminariam no Massacre de Tlatelolco), e às sucessivas quebras de recorde nas provas do programa, devido a altitude. No meio futebolístico, quase nada mudou. Quem tinha a vantagem de ser amador desde a raiz largava em vantagem.

Desta vez, o regulamento seria mantido sem alterações. A única diferença para 1964 foi no número de participantes, já que não houve desistências nem proibições dentre as 16 seleções. Bicampeã, a Hungria chegava novamente com força, mirando sua terceira medalha de ouro.

No grupo C da competição, o time estreou muito bem, goleando El Salvador por 4 a 0. Na segunda rodada, porém, a equipe foi surpreendida por Gana no empate por 2 a 2. A recuperação veio na última partida, na vitória sobre Israel por 2 a 0. Com cinco pontos, os húngaros ficaram na liderança da chave. Nas quartas de final, foi a vez de passar pela Guatemala, vencendo-a por 1 a 0. Mais uma goleada viria a ocorrer, agora na semifinal, por 5 a 0 sobre o Japão.

A final foi marcada por duas forças do Leste Europeu, entre Hungria e Bulgária. Os búlgaros chegaram para disputar o ouro depois de eliminar Tchecoslováquia, Tailândia, Israel e México. Antes, no jogo valendo o bronze, o time japonês venceu o mexicano por 2 a 0.

A decisão foi realizada no Estádio Azteca, diante de 75 mil pessoas. A Bulgária abriu o placar aos 22 minutos do primeiro tempo, com Tsvetan Veselinov. Apesar do revés, a Hungria se acertou aos poucos e buscou a virada. Aos 40, Iván Menczel empatou. Aos 41, Antal Dunai virou. Já no segundo tempo, aos quatro, Antal ampliou, e aos 17, István Juhász fechou a conta. Com 4 a 1 no placar, os magiares chegavam ao tricampeonato olímpico, uma marca jamais superada, pelo menos entre os homens.

A campanha da Hungria:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 17 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/MLSZ

Itália Campeã da Eurocopa 1968

A Eurocopa encerrou a década de 60 em franca ascensão. O número de inscritos para as eliminatórias subiu de 29 para 31 (de 32 filiados). E finalmente a Alemanha Ocidental entrou na disputa, embora não tenha avançado rumo à fase final. A edição de 1968 foi muito mais movimentada que as duas anteriores, já que a UEFA resolveu mexer no regulamento das qualificatórias. Foi introduzida uma fase de oito grupos antes do mata-mata, que ficaria resumido às quartas de final, com o líder de cada chave.

Ausente em 1960 e eliminada nas oitavas de final em 1964, a Itália passava por um momento turbulento. Na Copa do Mundo de 1966, a equipe passou pelo seu maior vexame, que foi perder para a Coreia do Norte e se despedir ainda na fase de grupos. Tudo o que a Azurra queria era retomar os bons tempos futebolísticos de três décadas antes, e o melhor caminho era a Eurocopa. Sua trajetória começou no grupo 6 das eliminatórias, enfrentando Romênia, Suíça e Chipre. Nas seis partidas que fez, venceu cinco e empatou uma, avançando com 11 pontos.

Nas quartas de final, a Itália ficou encarregada de enfrentar a Bulgária. Foram dois confrontos muito difíceis. No primeiro, em Sofia, derrota por 3 a 2. No segundo, em Nápoles, a Azzurra fez os 2 a 0 suficientes para reverter a desvantagem e chegar na fase final. E como isso não bastasse, o país ainda ficou encarregado de ser o anfitrião dos jogos restantes. Na semifinal, também no San Paolo de Nápoles, o time ficou no 0 a 0 com a União Soviética. Como foi o desempate? No cara ou coroa, já que a disputa de pênaltis só viraria regra a partir de 1976 e a partida extra só valia na decisão.

O título europeu foi decidido entre Itália e Iugoslávia, que chegou ali derrotando a Inglaterra. No Olímpico de Roma, a Azzurra novamente passou maus bocados, saindo atrás no placar durante o segundo tempo e só empatando a dez minutos do fim, com Angelo Domenghini. O 1 a 1 levou a final para o jogo-desempate, dois dias depois e no mesmo estádio. E no replay os italianos trataram de evitar qualquer dor de cabeça: Luigi Riva abriu o placar aos 12 do primeiro tempo e Pietro Anastasi fez 2 a 0 aos 31, levando a Itália à sua única conquista continental na história.

A campanha da Itália:
3 jogos | 1 vitória | 2 empates | 0 derrotas | 3 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/FIGC

Estudiantes Campeão Mundial 1968

Argentinos e britânicos sempre são lembrados na história pela Guerra das Malvinas, em 1982. Mas 15 anos antes, eles já batalhavam ferozmente nos campos de futebol. O Mundial entre Racing e Celtic, em 1967, foi a primeira prova da influência da violência na disputa. Para 1968, Argentina e Reino Unido ficaram frente a frente de novo. Tentando evitar os incidentes de um ano antes, UEFA e Conmebol decidiram pela inclusão do saldo de gols como critério de desempate, antes do jogo extra.

A Copa Europeia saiu da Escócia e foi para a Inglaterra pelas mãos do Manchester United, que na decisão bateu o Benfica por 4 a 1. A Libertadores foi vencida pelo Estudiantes - até então um pequeno clube da cidade de La Plata -, sobre o Palmeiras na final: vitória por 2 a 1 na ida, derrota por 3 a 1 na volta, e vitória por 2 a 0 no desempate. Na teoria, o gigante United de Bobby Charlton, George Best e Matt Busby tinha tudo para ser campeão da Copa Intercontinental com sobras, mas o que se viu na prática foi nova demonstração de união entre os argentinos. Em muitos sentidos.

O primeiro jogo  foi no dia 25 de setembro, em La Bombonera de Buenos Aires. Lá, os ingleses tiveram que encarar a hostilidade de 11 Pincharratas e mais 66 mil torcedores. Antes mesmo de a bola rolar, uma bomba explodiu dentro do campo. Durante o jogo, o Estudiantes também não aliviou, apelando até mesmo para socos. Principalmente contra o atacante Stiles, expulso quando revidou uma das ações aos 34 minutos do segundo tempo. Bem antes, aos 27 da primeira etapa, Conigliaro marcou o gol da vitória argentina. Ao United, restou se defender de tudo e todos. O técnico Busby chegou a declarar que "segurar a bola na frente colocava em perigo a vida dos seus jogadores".

A volta aconteceu em 16 de outubro, no Old Trafford, em Manchester. Agora em casa e com mais de 63 mil torcedores a favor, o United entrou disposto a mudar completamente a história. Os Red Devils tomaram conta do ataque desde os primeiros minutos, mas não cuidaram da defesa. Logo aos seis minutos, Juan Ramón Verón (o pai), de cabeça, abriu o placar ao Estudiantes e calou o estádio. No gol argentino, Poletti segurou a pressão inglesa com várias defesas.

Precisando de três gols, o United passou a ficar nervoso. Aos 44 do segundo tempo, Best deu um murro em Medina e os dois foram expulsos. E a torcida, em revolta, atirou moedas contra o argentino. Aos 45, o United empatou com Morgan, mas o 1 a 1 era insuficiente para tirar o título do Estudiantes, que não pode dar volta olímpica por conta dos muitos objetos que a torcida insistia em atirar nos atletas. Apesar de tudo, o time pincharrata surpreendia o mundo, e ali deixava de vez a fama de clube pequeno.


Foto Arquivo/El Grafico

Botafogo Campeão Brasileiro 1968 (Taça Brasil)

A Taça Brasil teve a sua edição final em 1968. Inicialmente, a CBD pretendia indicar o campeão e o vice como os dois representantes brasileiros na Libertadores de 1969. No entanto, a competição foi prolongada até o ano seguinte, devido a problemas de calendário e ao impasse do confronto entre o Botafogo e o Metropol de Santa Catarina, que acabou atrasando a competição. Por isso, a entidade decidiu indicar os melhores colocados do Robertão de 1968 como os representantes na competição continental.

Dividida nos tradicionais grupos regionais, o Fortaleza foi o melhor time da Zona Norte, o Cruzeiro ficou na frente na Zona Central e o Metropol de Santa Catarina venceu na Zona Sul. Fortaleza e Cruzeiro entraram nas quartas de final, enquanto o Metropol jogaria uma fase anterior com o Botafogo. 

No Rio de Janeiro, o Botafogo aplicou 6 a 1, e em Criciúma, deu Metropol por 1 a 0. O terceiro jogo estava empatado em 1 a 1 no Maracanã, quando foi cancelado por conta de uma chuva. Enquanto o time catarinense voltava para casa, fora avisado que a partida recomeçaria já no dia seguinte. Eles se recusaram a retornar, tentaram anular o jogo no tribunal, e a competição (que já havia entrado em 1969) acabou travada por quatro meses. Desiludido e cansado de pisar no tapetão, o Metropol acabou desistindo.

Nessa altura, Santos (semifinalista) e Palmeiras (quarto-finalista) também já haviam se retirado do torneio. Com isso, o Botafogo pulou para a semifinal contra o Cruzeiro, e o Fortaleza, para não ir direto à final, foi movido para a chave contra o Náutico. O Fogão conseguiu uma vantagem de 1 a 0 no Maracanã, e depois segurou um 1 a 1 no Mineirão. No outro lado, o Fortaleza despachou o Náutico no jogo-desempate.

Finalmente, em setembro e outubro de 1969, nove meses depois do planejado, Botafogo e Fortaleza fizeram a final da Taça Brasil. No Presidente Vargas, o Botafogo arrancou empate em 2 a 2 com o time cearense. O primeiro título brasileiro do alvinegro foi confirmado no Maracanã, em goleada por 4 a 0.

A campanha do Botafogo:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo

Santos Campeão Brasileiro 1968 (Robertão)

O Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967 foi um grande sucesso. Por isso, a edição de 1968 foi organizada pela CBD, ao invés das federações paulista e carioca. O Robertão de 1968 também marcou a mudança de foco dos clubes, que, antes, tinham como prioridade a Taça Brasil. Ainda mais depois que as vagas de Libertadores passaram a ser distribuídas pelo Robertão, que recebeu um aumento para 17 clubes, com a entrada dos estados da Bahia e Pernambuco.

O Santos, em transição de gerações, contava com Pelé cada vez mais no auge. Com a divisão dos times em dois grupo, o Alvinegro ficou no B, com outros sete adversários. Ao final das 16 rodadas, encerrou a primeira fase na liderança do grupo, com nove vitórias, quatro empate e três derrotas. Se classificou seguido pelo Vasco, com Palmeiras e Internacional vindo do outro grupo.

Para evitar um problema com falta de datas e invadir o ano seguinte, o quadrangular final foi cortado pela metade e disputado em turno único. Na primeira rodada, o Santos foi ao Olímpico (!) e venceu o Internacional por 2 a 1. Do outro lado, o Palmeiras aplicou 3 a 0 no Vasco. No tira-teima, no Morumbi, o Santos assume a liderança ao vencer o rival por 3 a 0. No outro jogo, o Vasco se manteve vivo ao vencer o Internacional por 3 a 2.

Três times entraram com chances na rodada final. Mas o Palmeiras voltou a sofrer um 3 a 0, agora para o time colorado. No confronto direto no Maracanã, bastava empatar, mas o Santos voltou a vencer, por 2 a 1, conquistando assim o seu único Robertão, e o hexa brasileiro.

A campanha do Santos:
19 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 37 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos