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Brasil Campeão da Copa América 2007

Após a primeira disputa de Copa América em ano par desde 1975, a Conmebol voltou à programação original na edição de 2007, seguindo com a transição da periodicidade bienal para quadrienal. A sede foi a Venezuela, completando o rodízio, iniciado em 1987, que colocou os dez países como anfitriões. Pela primeira vez na organização de um campeonato exclusivo de futebol, o país fez do torneio uma Copa do Mundo particular, com nove grandes estádios construídos ou reformados.

Com o estreante Dunga como técnico, o Brasil entrou para defender o título sul-americano com um time bastante modificado em relação ao que fracassou na Copa do Mundo de 2006. No grupo B, os adversários foram México, Chile e Equador. A estreia não poderia ter sido pior, pois os brasileiros atuaram mal e perderam por 2 a 0 para os mexicanos. A recuperação veio no jogo seguinte, na vitória por 3 a 0 sobre os chilenos. Na última rodada, foi a vez de fazer 1 a 0 sobre os equatorianos. Os resultados deixaram a seleção Canarinho classificada apenas na segunda colocação da chave, com seis pontos. 

Nas quartas de final, o Brasil voltou a encontrar o Chile. Se na fase inicial foram três gols, no mata-mata a conta dobrou: goleada por 6 a 1, fora o baile brasileiro. As dificuldades só voltariam na semifinal, contra o Uruguai. A seleção Canarinho ficou duas vezes à frente do placar, com gols de Maicon e Júlio Baptista, mas cedeu o empate aos uruguaios em ambas as oportunidades. O 2 a 2 levou a partida aos pênaltis, e por 5 a 4 o Brasil conquistou seu lugar na decisão.

Pela segunda vez seguida, a final da Copa América contou com Brasil e Argentina. Para chegar junto, os argentinos tiveram que derrubar Colômbia, Estados Unidos, Peru e México. Mas, diferentemente do que aconteceu três anos antes, quando as coisas só foram decididas no último lance do jogo e depois nos pênaltis, as coisas foram resolvidas mais rapidamente no Estádio Pachencho Romero, na cidade de Maracaibo.

Isso porque Júlio Baptista abriu o placar para os brasileiros logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 40, o zagueiro Roberto Ayala tentou cortar uma bola cruzada na área e acabou atirando contra o próprio gol, ampliando o placar. Aos 24 do segundo tempo, Daniel Alves fechou a conta, marcando 3 a 0. O resultado tranquilo deu a oitava conquista da Copa América do Brasil. Além disso, também impôs mais um tempo na fila de títulos à Argentina, que ainda teria de esperar mais de uma década para voltar a comemorar.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Sérgio Pinto/CBF

Sevilla Campeão da Liga Europa 2007

O segundo passo do Sevilla rumo ao topo da Copa da UEFA começou imediatamente após o primeiro. Como o título dava vaga automática para a temporada seguinte, em 2007, o clube da Andaluzia era o favorito natural para o bicampeonato, independente de quem pudesse vir da Liga dos Campeões. E assim foi, de novo com Juande Ramos de técnico, além de Frédéric Kanouté e Luís Fabiano no ataque. 

A Copa da UEFA teve aumento de participantes para 155, mas isso afetou somente a montagem das preliminares. O Sevilla iniciou a campanha do segundo título contra o Atromitos, da Grécia, na primeira fase. A classificação foi com vitórias por 2 a 1 em Atenas, e por 4 a 0 no Ramón Sánchez Pizjuán.

O time rojiblanco avançou para o grupo C da segunda fase, onde encarou Slovan Liberec, Braga, Grasshopper e AZ Alkmaar. Contra o tchecos, o início no empate por 0 a 0 fora de casa. A primeira vitória veio contra os portugueses, por 2 a 0 no Ramón Pizjuán. Depois, goleada por 4 a 0 sobre os suíços em plena Zurique. Na última partida, o Sevilla perdeu por 2 a 1 para os holandeses em casa, e encerrou na segunda posição, com sete pontos, três a menos que o próprio AZ e um a mais que o Braga.

Na terceira fase, os rojiblancos eliminaram o Steaua Bucareste ao derrotar 2 a 0 na Romênia, e por 1 a 0 no Ramón Pizjuán. Nas oitavas, o Sevilla enfrentou o Shakhtar Donetsk, que impôs muita dificuldade. A ida foi na Espanha, mas os andaluzes empataram por 2 a 2. Na Ucrânia, o time perdia até os 49 minutos do segundo tempo, quando houve um escanteio. O goleiro Andrés Palop subiu à área adversária para tentar algo. E a bola foi certa até ele, que de cabeça empatou num gol inesquecível. Na prorrogação, veio a virada por 3 a 2, no tento de Javier Chevantón.

Nas quartas de final, o Sevilla passou pelo Tottenham. Na ida, vitória por 2 a 1 no Ramón Pizjuán, de virada. Na volta, empate por 2 a 2 no White Hart Lane. Na semifinal, o adversário foi o conterrâneo Osasuna. O primeiro jogo foi em Pamplona, os rojiblancos perderam por 1 a 0 e ficaram novamente na pressão. A salvação foi brasileira na segunda partida, em casa. Luís Fabiano e Renato marcaram os gols da vitória por 2 a 0 que colocou o Sevilla na decisão.

Na final, o rival também foi local, o Espanyol, que eliminou Artmedia Petrzalka, Sparta Praga, Austria Viena, Livorno, Maccabi Haifa, Benfica e Werder Bremen. No Hampden Park, em Glasgow, o Sevilla abriu o placar com Adriano, mas levou o empate ainda no primeiro tempo. Kanouté fez o segundo gol na prorrogação, mas o adversário fez 2 a 2 a cinco minutos do fim e levou aos pênaltis, quando Palop brilhou novamente. O goleiro defendeu três cobranças, e o Sevilla venceu por 3 a 1.

A campanha do Sevilla:
15 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 29 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Phil Cole/Getty Images

Alemanha Campeã da Copa do Mundo Feminina 2007

A Copa do Mundo Feminina de 2007 não teve uma eleição para se definir o país-sede. Obrigada a abrir mão da condição quatro anos antes devido ao surto de SARS, a China foi automaticamente designada para receber a competição seguinte, repetindo a estreia em 1991.

As seleções candidatas ao título neste Mundial foram praticamente as mesmas de sempre. Algumas menos, como China e Suécia, e outras mais, como Alemanha, Noruega, Estados Unidos e, sobretudo, o Brasil, que passava pelo melhor momento de sua história e quase desbancou o bicampeonato das alemãs.

Colocada no grupo A, a Alemanha não estava para brincadeira. Logo na estreia, contra a Argentina, aplicou o que seria até então a maior goleada da história da Copa: 11 a 0, com hat-tricks de Birgit Prinz e Sandra Smisek. Melanie Behringer, Kerstin Garefrekes e Renate Lingor completaram a festa.

A fonte de gols deu uma secada nos jogos seguintes, mas não tirou a invencibilidade da equipe alemã, que empatou com a Inglaterra por 0 a 0  e venceu o Japão por 2 a 0. A liderança da chave foi confirmada com sete pontos. Nas quartas de final, a vítima foi a Coreia do Norte, derrotada por 3 a 0. Na semifinal, a Noruega também levou 3 a 0 das alemãs.

Na final, a Alemanha enfrentou o Brasil, que liderado pelos gols de Marta e de Cristiane passou por Nova Zelândia, Dinamarca e Austrália até a semi, quando goleou os Estados Unidos por 4 a 0. A partida decisiva aconteceu no dia 30 de setembro, no Estádio Hongkou Football, em Shanghai. O primeiro tempo foi bem disputado, mas os gols só vieram no segundo.

Aos sete minutos, Prinz abriu o placar à equipe alemã. Logo depois, as brasileiras tiveram a chance do empate, mas o pênalti de Marta parou nas mãos de Nadine Angerer. Aos 41 minutos, Simone Laudehr fez 2 a 0 e confirmou o bicampeonato da Copa Feminina à Alemanha, que não levou gols em todos os jogos.

Acerca do torneio, Marta e Prinz travaram uma boa disputa individual na trajetória, mas a brasileira foi quem ficou com a Bola e a Chuteira de Ouro. Para a atacante alemã, ficou a honra de ser a capitã do título.

A campanha da Alemanha:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 21 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Arquivo/Picture Alliance/DPA

Arsenal de Sarandí Campeão da Copa Sul-Americana 2007

A Copa Sul-Americana é um prato cheio àqueles clubes médios do continente que buscam um título importante para suas coleções. Foi o caso do Arsenal de Sarandí, time argentino do município que está em seu sobrenome, na grande Avellaneda.

Na edição de 2007, "los de viaducto" (os homens do viaduto) levaram para casa a maior conquista de sua história. Com um fato curioso: sem vencer uma única partida em casa. Naquele ano, a Conmebol repetiu o regulamento pela terceira temporada consecutiva. A diferença foi o retorno do DC United para uma das vagas de convidados.

"El arse" começou sua campanha na primeira fase, contra o San Lorenzo. Empatou por 1 a 1 na ida em seu estadio, o Julio Grondona, e venceu por 3 a 0 fora, no Nuevo Gasómetro. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Goiás, após vencer por 3 a 2, de virada, a ida em Goiânia e novamente empatar por 1 a 1 em Sarandí.

O adversário nas quartas foi o Chivas Guadalajara. Em casa, o Arsenal ficou no 0 a 0. A classificação veio no México, com uma bela vitória por 3 a 1 no Estádio Jalisco. A semifinal foi disputada contra o River Plate, e os dois jogos acabaram empatados sem gols. A vaga na final do Arsenal foi obtida nos pênaltis, ao vencer por 4 a 2 em pleno Monumental.

A decisão da Sul-Americana foi contra o América do México, que chegou lá ao eliminar Pachuca, Vasco e Millonarios. A ida foi jogada no Estádio Azteca, onde o Arsenal conseguiu uma baita vitória por 3 a 2, de virada. Aníbal Matellán e Alejandro Gómez (duas vezes) anotaram os gols do viaducto.

A volta aconteceu num estádio maior que o Julio Grondona, o Presidente Perón (ou El Cilindro), casa do Racing em Avellaneda. Lidando com a pouca experiência em finais, o Arsenal sofreu dois gols do América, um em cada tempo, que o fizeram perder o título a partir dos 17 minutos da etapa complementar. O alívio só chegou aos 38, depois que Martín Andrizzi saiu da reserva e anotou o tento que descontou para 2 a 1. A partir da regra dos gols anotados fora de casa, o clube argentino atingiu a principal glória no ano de seu cinquentenário.

A campanha do Arsenal de Sarandí:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2007

Não existe algo melhor no futebol do que ser campeão. A não ser que isto seja feito em cima do rival ou em revanche, aí sim teremos alguma coisa maior que apenas vencer. Este é o caso do Milan em 2007. Seu sétimo título de Liga dos Campeões veio sob clima de vingança, diante do algoz de dois anos antes.

Mas o caminho até o hepta foi longo. Como havia sido destituído de vice-campeão italiano para terceiro colocado no tribunal local (30 pontos foram cassados devido a um escândalo de manipulação de resultados), o rossonero começou a campanha na terceira preliminar, contra o Estrela Vermelha, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 no San Siro e por 2 a 1 na Sérvia.

Na primeira fase, o time ficou no grupo H, com Lille, AEK Atenas e Anderlecht. Em disputa ponto a ponto, a vaga no mata-mata veio após a obtenção de três vitórias e um empate em seis jogos. Com dez pontos, o Milan terminou na liderança, com um a mais que os franceses e dois a mais que os gregos. A classificação até foi antecipada, na quinta rodada, ao perder fora por 1 a 0 para o AEK e ser ajudado pela combinação de resultados.

Nas oitavas de final, os italianos passaram pelo Celtic depois de empate sem gols na ida fora e vitória por 1 a 0 na prorrogação em casa. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com empate por 2 a 2 no San Siro, e vitória por 2 a 0 em plena Allianz Arena. A semifinal foi contra o Manchester United. Na ida, derrota por 3 a 2 no Old Trafford. Na volta, o Milan reverteu ao vencer por 3 a 0 em casa.

Em mais uma decisão, o rossonero reencontrou o Liverpool - o algoz da derrota em 2005. Os ingleses despacharam Bordeaux, Galatasaray, Barcelona, PSV Eindhoven e Chelsea. A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Atenas, mesmo local da festa milanista 13 anos antes.

Vacinado dos traumas, o Milan atuou mais recolocado na defesa e chegou aos gols nas poucas chances que teve. Aos 45 minutos do primeiro tempo, Filippo Inzaghi abriu o placar. Aos 37 da etapa final, ele de novo fez o segundo. O Liverpool só marcou 2 a 1 aos 44, sem ter mais tempo para outra reação. Era a revanche rubra.

A campanha do Milan:
15 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2007

A América do Sul que fala espanhol quase não viu a cor da bola na Libertadores entre 2005 e 2006. Depois de duas decisões 100% brasileiras, a Conmebol tomou uma atitude e proibiu um mesmo país de colocar dois finalistas em suas competições. Se dois times conterrâneos chegassem à semifinal, eles deveriam obrigatoriamente se enfrentar. A mudança reabriu o caminho para que velhas forças latinas voltassem a triunfar. Foi o que aconteceu com o Boca Juniors em 2007.

Voltando após um ano ausente, o xeneize trazia de volta algumas peças das equipes vencedoras de 2000, 2001 e 2003, como Hugo Ibarra, Sebastián Battaglia (os únicos que jogaram nas três), Martín Palermo e, principalmente, Juan Román Riquelme. Em comum entre eles, a saída do clube em algum momento entre as conquistas. O técnico não era mais Carlos Bianchi, e sim Miguel Russo.

Na primeira fase, o Boca jogou no grupo 7, contra Toluca, Cienciano e Bolívar. De campanha trepidante, o time só avançou em segundo, com três vitórias e dez pontos. Foram dois a menos que os mexicanos e só um a mais que os peruanos. A vaga, porém, veio com históricos 7 a 0 sobre os bolivianos, em La Bombonera, na última rodada.

Nas oitavas de final, os argentinos bateram o Vélez Sarsfield, depois de vencerem a ida por 3 a 0, em casa, e perderem a volta por 3 a 1, fora. As quartas foram contra o Libertad. O Boca empatou a ida por 1 a 1, na Bombonera, e venceu a volta por 2 a 0, no Paraguai. Na semifinal, sufoco contra o Cúcuta, da Colômbia: derrota fora por 3 a 1 e vitória em casa por 3 a 0.

Na final, o Boca Juniors enfrentou o Grêmio, que igualmente suou para eliminar São Paulo, Defensor e Santos. Foi então que o talento fez a diferença. Riquelme brilhou marcando um gol na vitória por 3 a 0 na ida, na Bombonera, e os dois do triunfo por 2 a 0 na volta, no Olímpico, em Porto Alegre. Com a conquista do hexa, o Boca isolou-se na vice-liderança do ranking de campeões da Libertadores.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 27 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Milan Campeão Mundial 2007

Grandes times merecem grande espaço na história. Um deles, sem dúvida, é o Milan dos anos 90 e 2000, que emendou, praticamente em sequência, quase 20 anos de conquistas e ótimas campanhas. A última cartada importante do Rossonero no futebol aconteceu em 2007, em mais uma edição do Mundial de Clubes, o que o consolidaria como maior campeão de todos até o momento.

Os italianos chegaram outra vez ao Japão depois de conquistar o hepta na Liga dos Campeões, em revanche contra o Liverpool na final. O Mundial reservaria outra "vendetta" para os milanistas: o Boca Juniors - com Juan Riquelme em estado de graça - levou o hexa na Libertadores em decisão sobre o Grêmio, e trouxe a possibilidade de o encontro de 2003 se repetir.

Mas agora seria preciso aguardar os outros continentes. A FIFA fez uma pequena expansão na competição, adicionando um representante do país-sede. Geralmente, esse time é para ser o campeão local, mas como o vencedor da Ásia foi o Urawa Red Diamonds, a vaga local foi herdada pelo iraniano Sepahan, vice dos japoneses. Os demais classificados foram: o mexicano Pachuca, pela Concacaf; o tunisiano Étoile du Sahel, pela África; e o neo-zelandês Waitakere United, pela Oceania.

O Mundial de Clubes passou a começar com uma preliminar entre o "local" contra o time oceânico, e  o Sepahan eliminou o Waitakere por 3 a 1. Nas quartas de final, o Urawa fez 3 a 1 no time do Irã, e o Étoile fez 1 a 0 no Pachuca.

Os gigantes entraram na semifinal. O Boca Juniors enfrentou o clube da Tunísia, e passou com um simples 1 a 0. O Milan deu início à jornada no dia 13 de dezembro, em Yokohama, contra o Urawa. Situação que há tempos não se via em Mundiais: uma equipe atuando como visitante. Os italianos tiveram que encarar mais de 67 mil torcedores, embora muitos dos japoneses ali torceram para o próprio Rossonero. A partida foi difícil, mas o Milan conseguiu vencer por 1 a 0, gol de Clarence Seedorf.

Argentinos e italianos repetiram a final de quatro anos antes no dia 16, também em Yokohama. O Boca já não tinha mais Riquelme, mas tinha Martín Palermo. E só. O favorito óbvio era o Milan, com Seedorf, o futuro Bola de Ouro Kaká, Andrea Pirlo, Filippo Inzaghi e o quase santificado Paolo Maldini. Os times começaram o jogo com tudo, com Inzaghi abrindo o placar aos 21 minutos do primeiro tempo, e Rodrigo Palacio empatando já aos 22.

Outro empate encaminhando-se entre os clubes? Que nada, no segundo tempo o Milan passeou. Alessandro Nesta (aos cinco), Kaká (aos 16) e Inzaghi (aos 26) fizeram os gols que confirmaram o tetra mundial ao time italiano. Pablo Ledesma descontou para 4 a 2 aos 40, mas já era tarde.


Foto Junko Kimura/Getty Images

Internacional Campeão da Recopa Sul-Americana 2007

A Recopa Sul-America deixou de ser disputada após a edição de 1998/99. Como não havia mais Supercopa, a Copa Conmebol também deixaria de existir e as Copas Mercosul e Merconorte geravam campeões diferentes, ficou inviável a disputa. Isto foi até 2002, quando as "Mercos" foram reunidas na novíssima Copa Sul-Americana, que também trouxe de volta os critérios da Conmebol. Com a confederação tendo uma segunda competição clara novamente, a Recopa iniciou sua segunda era em 2003.

Na primeira edição do retorno, o Olimpia bateu o San Lorenzo em Los Angeles. Em 2004, o peruano Cienciano superou o Boca Juniors nos pênaltis em Fort Lauderdale. Em 2005, o Boca Juniors venceu contra o Once Caldas, quando a disputa passou a ser definitivamente em ida e volta. O Brasil voltou em 2006, mas o São Paulo perdeu a taça para o Boca Juniors.

O país só voltaria a vencer uma Recopa em 2007. O Internacional passava pelo melhor momento de sua história, era o campeão mundial e da Libertadores. Encarou na disputa o mexicano Pachuca, o único clube de fora da América do Sul a vencer um torneio 100% Conmebol (no caso, a Sul-Americana de 2006).

A ida do torneio foi jogada no Estádio Hidalgo, em Pachuca del Soto. O Colorado fez uma boa apresentação no México, saiu na frente com gol de Alexandre Pato, mas acabou sofrendo a virada faltando dez minutos para acabar. A derrota por 2 a 1 não foi o fim do mundo, levando em conta que existia a regra do gol fora de casa.

Na volta, mais de 46 mil colorados encheram o Beira-Rio na chuvosa noite de 7 de junho. E demorou 30 minutos de partida para que o Inter desmontasse a vantagem do Pachuca. Alex abriu o placar cobrando pênalti. Aos cinco minutos do segundo tempo, Pinga ampliou a contagem. Aos 19, Alexandre Pato fez o terceiro gol colorado. Tudo já era festa quando, aos 32 minutos, o zagueiro Aquivaldo Mosquera fechou o placar fazendo contra. Com os 4 a 0 no placar, o Internacional comemorou muito o título inédito da Recopa.


Foto Edison Vara/Placar

Bragantino Campeão Brasileiro Série C 2007

Em 2007, houve um fato raro na disputa da Série C: o regulamento da temporada anterior foi repetido. As 64 equipes seguiram divididas em 16 grupos, com 32 classificados avançando em mais oito chaves, e depois, 16 sobreviventes avançando para outras quatro. No fim, oito times no octogonal final.

A competição contou novamente com presenças expressivas, como Paysandu, Guarani e Bahia. Enquanto o paraense foi o antepenúltimo colocado da primeira fase e o paulista caiu na segunda fase, o baiano teve melhor sorte e desta vez obteve o acesso. Mas o campeão foi outro time de expressão, famoso da década de 90 que buscava a retomada, o Bragantino.

Na primeira fase, o Braga foi sorteado para o grupo 13. A estreia foi com derrota de 1 a 0 para o CENE no MS, mas depois foram quatro vitórias - 4 a 1 no Sertãozinho, 2 a 0 no Águia Negra e 2 a 0 no CENE em Bragança Paulista, e 2 a 1 no Sertãozinho fora - e um empate. Líder com 13 pontos, o time avançou para a segunda fase, para a chave 7.

Nesta fase, o time paulista fez uma campanha apenas regular, vencendo três jogos - 1 a 0 no Democrata de Valadares e 2 a 1 no Esportivo-RS em casa, e 2 a 1 no Roma Apucarana fora - e perdendo os outros três. Com nove pontos, se classificou em segundo lugar pelo número de vitórias, uma a mais que o adversário paranaense.

Na terceira fase, o Bragantino ficou no grupo 4. Sofrendo mais que na outra fase, a equipe fez apenas sete pontos. Venceu o America-RJ por 3 a 2 e a Ulbra por 2 a 0 no Marcelo Stéfani, empatou com o CRAC por 0 a 0 em Goiás e perdeu os demais jogos - 2 a 1 para o CRAC em casa, 1 a 0 para a Ulbra no RS e 2 a 1 para o America no RJ. O saldo de gols salvou o time, classificado na vice-liderança.

A fase voltou a melhorar no octogonal final, onde o Bragantino encarou novamente o CRAC, além de Nacional de Patos-PB, Barras-PI, Atlético-GO, ABC, Bahia e Vila Nova. A disputa foi acirrada, mas o time paulista assumiu sua posição na zona de classificação desde o começo, liderando a maioria das rodadas. O acesso foi confirmado na 13ª rodada, com vitória por 3 a 1 sobre o Barras em Bragança.

O título veio na rodada final, quando a derrota por 2 a 1 para o ABC em Natal combinou com a derrota do Bahia para o CRAC. Com 26 pontos, sete vitórias, cinco empates e duas derrotas, o Bragantino conquistava mais um título nacional. Desde então, o clube não deixou mais o cenário nacional, alternando entre a Série B e a Série C.

A campanha do Bragantino:
32 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 9 derrotas | 46 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Felipi Granado/Futura Press

Coritiba Campeão Brasileiro Série B 2007

Em 2007, a Série B repetiu o regulamento da temporada anterior pela primeira vez na história. Algo inédito na competição, 20 times disputaram as quatro vagas de acesso em dois turnos. O Coritiba já havia batido na trave em 2006, terminando na sexta posição a dois pontos do paraíso. A campanha foi considerada frustrante, pois a equipe tinha planos de retornar à elite imediatamente. Teve que esperar mais um ano.

A campanha do Coxa começou boa, com vitória de 3 a 1 sobre o Paulista no Couto Pereira. Mas nas quatro partidas seguintes o desempenho foi irregular, como a derrota fora de casa por 1 a 0 para o Gama na segunda rodada, e em casa pelo mesmo placar para o São Caetano. Na sexta rodada, o Coritiba trocou de técnico, entrando Renê Simões, e o time engrenou, vencendo o Brasiliense por 2 a 1 no Couto. Não demorou muito para que o time assumisse a liderança, assim ficando até a virada do turno, um empate em 2 a 2 com a Portuguesa em casa.

Com uma campanha consistente e os gols do jovem atacante Keirrison, o Coxa conseguiu apagar os erros da temporada anterior, e garantiu o acesso com boa antecedência. Na 34ª rodada, um empate em 2 a 2 com o Vitória no Couto Pereira, somado a uma derrota do Criciúma, deu a vaga na primeira divisão ao time paranaense. Depois, a luta foi para conseguir o título.

Na última rodada, o Coritiba chegou disputando a taça com o Ipatinga. O time mineiro goleava o Paulista em Jundiaí, enquanto o Coxa perdia para por 2 a 1 o já rebaixado Santa Cruz no Arruda. Mas os parananenses encontraram forças para conseguir a virada aos 42 e aos 47 minutos do segundo tempo, com Henrique Dias e Keirrison.

A vitória de 3 a 2 coroou a campanha do Coritiba, campeão da Série B com 69 pontos, 21 vitória, seis empates e 11 derrotas. Além dele e do Ipatinga, também subiram Portuguesa e Vitória.

A campanha do Coritiba:
38 jogos | 21 vitórias | 6 empates | 11 derrotas | 54 gols marcados | 41 gols sofridos


Foto Daniel Castellano/Gazeta do Povo

São Paulo Campeão Brasileiro 2007

Um time que quase não sofria gols, o São Paulo manteve o alto nível de competitividade em 2007 e faturou seu quinto Campeonato Brasileiro, o segundo seguido. Foram somente 19 gols tomados em 38 jogos, um a cada duas partidas. Apenas três times marcaram mais de uma vez no campeão: o Juventude, o Botafogo e o Atlético-PR, e todos fizeram isso depois da definição da conquista.

O Brasileirão se estabilizou em 20 clubes se enfrentando em dois turnos. A estreia do Tricolor foi contra o Goiás, com vitória por 2 a 0 no Morumbi. A primeira derrota veio na segunda rodada, para o Náutico por 1 a 0 nos Aflitos. As primeiras rodadas do turno foram de altos e baixos, com algumas derrotas por 1 a 0, alguns empates em casa e outra vitórias simples.

O líder no momento era o Botafogo, mas o São Paulo foi se aproximando. Na 17ª rodada, uma vitória sobre o Grêmio por 2 a 0 no Olímpico deu a liderança para o Tricolor Paulista. No jogo seguinte, ocorreu o confronto direto com o Botafogo no Maracanã, e o São Paulo abriu distância com outra vitória por 2 a 0. O time fechou a primeira metade da competição em primeiro lugar, e dele não se desgrudou mais.

No segundo turno o São Paulo passeou, aplicando algumas goleadas de 5 a 0 sobre o Náutico na 21ª rodada, e de 6 a 0 sobre o Paraná na 23ª rodada. O Tricolor abriu uma distância enorme para o vice-líder, que variou entre Cruzeiro, Santos e Grêmio.

A confirmação do título aconteceu na 34ª rodada, com a vitória de 3 a 0 sobre o rebaixado América-RN no Morumbi. Depois, o time deu uma descansada e cumpriu tabela. Ao todo, foram 77 pontos, com 23 vitórias, oito empates e sete derrotas. O São Paulo ficou 15 pontos na frente do vice-campeão Santos, e comemorou o penta brasileiro, um título em que não teve nenhum concorrente direto.

A campanha do São Paulo:
38 jogos | 23 vitórias | 8 empates | 7 derrotas | 55 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Fluminense Campeão da Copa do Brasil 2007

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes - parte 2. Em 2007, as campanhas de redenção na Copa do Brasil continuaram com o Fluminense que, dois anos depois da derrota para o Paulista, chegou ao título nacional com uma trajetória ao melhor estilo copeiro, sob o comando do técnico Renato Portaluppi.

O Flu iniciou sua caminhada contra a Adesg, pequena equipe do Acre. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 na Arena da Floresta, em Rio Branco. No segundo jogo, no Maracanã, a goleada por 6 a 0 foi praticamente o último momento sem sustos para o time dali até a decisão.

Na segunda fase, o adversário do tricolor carioca foi o América-RN. A ida foi disputada em Natal, com vitória do Fluminense por 2 a 1. A volta foi no Rio de Janeiro, e o primeiro susto foi dado: derrota por 1 a 0, que pela regra dos gols fora de casa serviu para a classificação.

O segundo susto veio nas oitavas de final, contra o Bahia. Na ida, o Flu saiu atrás, mas empatou por 1 a 1 no Maracanã. Na volta, na Fonte Nova, o time voltou a ficar perdendo no placar (duas vezes), mas terminou com o empate por 2 a 2 e nova classificação pelos gols como visitante.

Nas quartas, o adversário foi o Athletico-PR. O primeiro jogo foi realizado no Rio de Janeiro, e o Fluminense novamente não conseguiu a vitória, ficando em outro empate por 1 a 1. A segunda partida foi disputada na Arena da Baixada. Complicada, ela só foi resolvida a 13 minutos do fim, com o gol de Adriano Magrão, que garantiu a vitória por 1 a 0.

Na semifinal, o rival foi o Brasiliense, algoz de 2002. O clima era de revanche, e o tricolor enfim voltou a ganhar um jogo em casa, mas de virada, por 4 a 2. A volta aconteceu na Boca do Jacaré, em Taguatinga. Os donos da casa largaram na frente, mas Adriano Magrão garantiu no segundo tempo o empate por 1 a 1 e o lugar do Flu na final.

Na decisão, o adversário foi o Figueirense, que eliminou Madureira, Noroeste, Gama, Náutico e Botafogo. A ida foi no Maracanã, mas o Fluminense outra vez não venceu. Aos 43 do segundo tempo, de novo, Adriano Magrão salvou o time ao marcar o gol do empate por 1 a 1. A volta foi no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e o tricolor garantiu o título com vitória por 1 a 0, gol anotado pelo zagueiro Roger logo aos três minutos da etapa inicial.

A campanha do Fluminense:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar