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River Plate Campeão da Supercopa Libertadores 1997

A última edição da Supercopa Libertadores aconteceu em 1997. Coincidentemente, foi a mais longa de todas, com 60 partidas. Quase o dobro em relação a 1995 e 1996, que tiveram 34. Isso aconteceu porque a Conmebol adotou um regulamento com fase de quatro grupos. Na verdade, a ideia era reduzir a competição para 12 times em 1998, rebaixando o lanterna de cada chave, mas tudo foi cancelado.

Antes, a Supercopa contou com uma fase preliminar entre três times: Nacional do Uruguai, Peñarol e Vasco, que teve o título sul-americano de 1948 pela Conmebol. Por outro lado, o Argentinos Juniors foi vetado da disputa por estar na segunda divisão argentina, então o número final de participantes seguiu em 17. Na pré-Supercopa, Vasco e Peñarol avançaram.

Os brasileiros entraram no grupo 3, junto com o River Plate, que acabou como último campeão da Supercopa. Também jogaram Racing e Santos. A campanha millonaria começou com três vitórias no Monumental: 3 a 2 sobre Racing e Santos, além do histórico 5 a 1 sobre o Vasco. no returno fora de casa, o River fez outro 3 a 2 no rival local, perdeu por 2 a 1 para os paulistas e venceu por 2 a 0 os cariocas. Com 15 pontos, a equipe levou a classificação à semifinal.

O adversário seguinte do River foi o Atlético Nacional. A primeira partida aconteceu em Buenos Aires, e os millonarios venceram por 2 a 0, com dois gols de Marcelo Salas. O segundo jogo foi no Atanasio Girardot, e a vaga na final veio com derrota por 2 a 1.

Na final, o River Plate encarou o São Paulo, que passou por Flamengo, Olimpia, Vélez Sarsfield e Colo-Colo. A ida foi disputada no Morumbi, mas nenhum dos times saiu do 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental. O primeiro tempo ficou igual a partida anterior, sem gols. No segundo, Salas abriu o placar já no primeiro minuto. Aos oito, os brasileiros empataram. Porém, Salas anotou mais um aos 13, e a vitória por 2 a 1 permaneceu até o fim. River Plate campeão.

A campanha do River Plate:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/River Plate

Vélez Sarsfield Campeão da Supercopa Libertadores 1996

Chegamos a 1996, e a Supercopa Libertadores manteve a mesma fórmula de disputa. Ou seja, mata-mata com sete confrontos simples e um em triangular. Nesta oportunidade, a Conmebol resolveu colocar três argentinos para disputar uma vaga nas quartas: Boca Juniors, Racing e Argentinos Juniors, com a vaga ficando com o primeiro.

Mas o título foi para outra região de Buenos Aires, o Liniers. Logo na segunda participação, o Vélez Sarsfield chegou ao título, confirmando a década de 1990 como a melhor da história do clube. A jornada teve início contra o Grêmio. Em Porto Alegre, "el fortín" conseguiu um belo empate por 3 a 3. No José Amalfitani, vitória por 1 a 0 classificou a equipe às quartas.

O próximo adversário foi o Olimpia, mas o confronto desta vez foi aberto em Buenos Aires. Em casa, o Vélez encaminhou a classificação ao vencer por 3 a 0. A volta aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, com novo triunfo azul, por 1 a 0.

Na semifinal, o Vélez encarou o Santos. A primeira partida foi no Brasil, mas longe de São Paulo. Em Uberlândia, o fortín venceu por 2 a 1, gols de Martín Posse e do goleiro José Luis Chilavert, de pênalti. O segundo jogo foi no José Amalfitani, e bastou o empate por 1 a 1 para os argentinos chegarem à decisão.

Na final, o Vélez Sarsfield enfrentou o Cruzeiro, que superou Nacional do Uruguai, Boca Juniors e Colo-Colo. A ida foi no Mineirão. O empate já era bom para o fortín, mas um pênalti aos 42 minutos do segundo tempo deixou tudo ainda melhor. Chilavert bateu e fez 1 a 0. A volta foi no José Amalfitani, e tudo ficou perfeito já no terceiro minuto, com o gol de Patricio Camps. Aos sete, os cruzeirenses anotaram contra, e o 2 a 0 deu o título invicto ao Vélez.

A campanha do Vélez Sarsfield:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1995

A Supercopa Libertadores atingiu o ápice de participantes a partir de 1995. Com a entrada do Vélez Sarsfield um ano depois do título continental, a competição foi para 17 times. Para manter o mata-mata perfeito, a Conmebol determinou que uma das oito chaves das oitavas de final seria um triangular. São Paulo, Olimpia e Boca Juniors fizeram quatro jogos cada, com classificação foi brasileira.

Os outros sete confrontos foram simples, que levaram à mais uma conquista do Independiente, que chegou ao bicampeonato consecutivo. A campanha roja começou contra o mesmo adversário de 1994: o Santos. No primeiro jogo, apenas empate por 1 a 1 na Doble Visera. Na segunda partida, outro empate por 2 a 2 na Vila Belmiro levou a disputa aos pênaltis, onde os argentinos venceram por 3 a 2. 

Nas quartas, o Independiente encarou o Atlético Nacional. A ida aconteceu Medellín, no Atanasio Girardot, terminando com derrota argentina por 1 a 0. A volta foi na Doble Visera, e os rojos precisavam partir ao ataque para reverter o resultado. Ainda no primeiro tempo, Gustavo López anotou os dois gols que deram a vitória por 2 a 0 e mais uma classificação.

A semifinal foi um clássico argentino, entre Independiente e River Plate. A primeira partida foi em Avellaneda, mas os rojos iniciaram levando dois gols. A reação e o empate por 2 a 2 veio na etapa final. O segundo jogo foi no Monumental, acabando em outro empate, por 0 a 0. Nos pênaltis, o Independiente mais uma vez foi melhor e venceu por 4 a 1.

A decisão da Supercopa foi entre Independiente e Flamengo, que eliminou Vélez Sarsfield, Nacional do Uruguai e Cruzeiro. A ida foi disputada na Doble Visera, e o time rojo começou muito bem, marcando logo no primeiro minuto com Javier Mazzoni. Aos 27 do segundo tempo, Cristian Domizzi fez 2 a 0. A volta aconteceu no Maracanã, e os argentinos seguraram o ímpeto de 105 mil torcedores ao perder por apenas 1 a 0, insuficiente para tirar o bicampeonato rojo.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1994

Pelo terceiro ano consecutivo, a Supercopa Libertadores manteve o regulamento com mata-mata perfeito, de 16 times. Mas só ocorreu porque a Conmebol não teve tempo de incluir o novo campeão da Libertadores, o Vélez Sarsfield, na edição de 1994, pois o término de uma foi uma semana antes do início da outra.

Argentino a mais, argentino a menos, o fato é que a Argentina recuperou a hegemonia da competição, para não largar mais. O Independiente acabou com dez anos de tabu sem vencer competições internacionais na Supercopa de 1994, com direito a revanche e tudo.

A campanha roja foi quase uma Copa do Brasil. Nas oitavas de final, o time passou pelo Santos depois de perder a ida por 1 a 0 na Vila Belmiro, e golear a volta por 4 a 0 na Doble Visera, em Avellaneda. Nas quartas, o adversário foi o Grêmio. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico, em Porto Alegre, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi em Avellaneda, e o Independiente  venceu por 2 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Cruzeiro. Outra vez, os rojos vieram ao Brasil para fazer a partida de ida. No Mineirão, nova derrota por 1 a 0 deixou o time na obrigação de fazer o placar positivo na volta. E tal qual nas oitavas, o Independiente avançou com goleada na Doble Visera: 4 a 0, com dois gols de Albeiro Usuriaga, um de Sebastián Rambert e um de Juan Serrizuela.

A final foi contra o Boca Juniors, que bateu Nacional do Uruguai, River Plate e São Paulo. Era a chance de revanche do Independiente, que em 1989 foi vice para o rival. O primeiro jogo aconteceu em La Bombonera. Os donos de casa saíram de casa no primeiro tempo, mas Rambert buscou o empate por 1 a 1 aos 37 minutos do segundo tempo tempo. A segunda partida foi na Doble Visera, e com outro gol de Rambert, o rojo venceu por 1 a 0 e ficou com o título inédito.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

São Paulo Campeão da Supercopa Libertadores 1993

Nada de mudança da realização da Supercopa Libertadores em 1993. Todos os 16 campeões entraram na disputa dispostos a vencer, e a honra coube ao então vencedor do campeonato-pai, o São Paulo, dono do melhor futebol do continente (e do mundo, por que não?) à época.

A estreia são-paulina foi nas oitavas de final, contra o Independiente. Na ida no Morumbi, vitória por 2 a 0. Na volta em Avellaneda, o Tricolor segurou empate por 1 a 1 e avançou. Nas quartas de final o enfrentamento foi contra o Grêmio. A parada foi mais difícil nesta fase, pois na primeira partida o São Paulo ficou somente no empate por 2 a 2 em casa. As coisas tiveram que ser resolvidas em Porto Alegre, onde o time paulista venceu por 1 a 0, gol de Toninho Cerezo.

Outros dois jogos complicados foram a semifinal, contra o Atlético Nacional. Novamente fazendo a ida em casa, o São Paulo arrancou a vantagem mínima e a vitória por 1 a 0 dos colombianos. Na volta em Medellín o Tricolor saiu na frente do marcador, mas sofreu a virada no segundo tempo. Derrotado por 2 a 1, o São Paulo precisou vencer por 5 a 4 nos pênaltis.

A decisão da Supercopa de 1993 é até hoje lembrada como uma das mais legais que o futebol brasileiro já viu. Contra o Flamengo, que passou por Olimpia, River Plate e Nacional do Uruguai, o São Paulo fez o primeiro jogo no Maracanã. O Tricolor largou na frente com Leonardo, mas sofreu a virada no começo do segundo tempo. Juninho Paulista empatou por 2 a 2 faltando quatro minutos para acabar.

A situação se inverteu no Morumbi, com o time carioca saindo na frente, sofrendo a virada paulista e empatando por 2 a 2 a nove minutos do fim. Tudo ficou para ser decidido nos pênaltis mais uma vez, e a sorte seguiu ao lado do Tricolor. Por 5 a 3, o São Paulo conquistou o título inédito, que coroou ainda mais a geração são-paulina dos anos 90.

A campanha do São Paulo:
8 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/São Paulo

Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1992

Enfim, o mata-mata perfeito. A Supercopa Libertadores de 1992 foi a primeira contar com 16 participantes, dados o retorno do Atlético Nacional e a entrada do recém-campeão São Paulo no torneio. Com isso, todos os times passaram a entrar na mesma fase, sem precisar pular etapas antes ou depois.

Mas a competição não ficou marcada apenas por isso, e sim por ter tido o primeiro bicampeão da história. O Cruzeiro manteve o pique do título um ano depois e chegou à segunda taça com uma campanha menos tensa que a anterior. Nas oitavas de final contra o Atlético Nacional, conseguiu a classificação com empate por 1 a 1 em Medellín, e uma estrondosa goleada por 8 a 0 em Belo Horizonte. Cinco gols foram anotados por Renato Gaúcho.

Embaladíssimo para as quartas, a Raposa enfrentou o River Plate. O primeiro jogo foi no Mineirão, e a vitória foi mais econômica, por 2 a 0. A segunda partida, no Monumental, foi marcada pelo sofrimento, pois a Raposa segurava o empate até os 43 minutos do segundo tempo. Dois pênaltis foram assinalados contra, e Cruzeiro levou 2 a 0 até os 46. Nos pênaltis, o alívio veio na vitória por 5 a 4.

O Cruzeiro avançou à semifinal. O adversário foi o Olimpia, com o primeiro jogo realizado no Defensores del Chaco, em Assunção. Contra a pressão rival, a Raposa venceu por 1 a 0 e abriu vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a classificação foi confirmada com empate por 2 a 2.

A decisão da Supercopa repetiu 1988, contra o Racing. Os argentinos superaram Independiente, Nacional e Flamengo. A ida da revanche cruzeirense foi no Mineirão. Sem dar chances ao azar, os brasileiros venceram por 4 a 0, com dois gols de Renato Gaúcho, um de Boiadeiro e outro de Luís Fernando Flores. A volta foi no El Cilindro, e bastou à Raposa cozinhar o tempo. O time sofreu um gol a cinco minutos do fim e perdeu por 1 a 0, mas nem por isto a festa do bicampeonato foi menor.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista Sólo Fútbol

Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1991

Depois de três edições com somente um vice-campeonato, o Brasil chegou ao primeiro título da Supercopa Libertadores em 1991. E foi logo com o clube que amargou a segunda posição em 1988, o Cruzeiro. Antes, a competição teve entrada do Colo-Colo, novo campeão da Libertadores que fez o número de participantes voltar para 14, visto que o Atlético Nacional optou por não disputar, mesmo sem estar mais punido pela Conmebol. 

Para chegar ao primeiro título na Supercopa, o time mineiro superou uma campanha emocionante. Nas oitavas de final, enfrentou o Colo-Colo. O primeiro jogo foi em Belo Horizonte, e ficou empatado por 0 0. A segunda partida foi em Santiago, e outro empate sem gols levou o confronto aos pênaltis, onde a Raposa venceu por 4 a 3.

Nas quartas foi a vez de encarar o Nacional do Uruguai. Na ida, no Mineirão, o Cruzeiro goleou por 4 a 0, com três gols do atacante Charles e outro de Boiadeiro. Na volta, no Centenário, a equipe teve uma má atuação e perdeu por 3 a 0, obtendo a classificação na base do drama e da tensão.

A semifinal foi disputada contra o Olimpia, defensor da taça. Assim como duas fases antes, os mineiros tiveram dois empates nos confronto, por 1 a 1 em Belo Horizonte e por 0 a 0 no Paraguai. Os pênaltis fizeram novamente a felicidade cruzeirense, com a vitória por 5 a 3 e a vaga na final.

Na decisão, a Raposa enfrentou o River Plate, que bateu Grêmio, Flamengo e Peñarol. O primeiro jogo foi no Monumental, e o Cruzeiro saiu derrotado por 2 a 0. O segundo jogo foi no Mineirão. Precisando de gols, a Raposa foi ao ataque e a todo custo conseguiu o objetivo. Ademir abriu o placar no primeiro tempo e Mário Tilico anotou dois gols no segundo tempo. Com a vitória por 3 a 0, o Cruzeiro chegou ao histórico título, um dos primeiros que consolidaram a fama de copeiro ao clube.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 8 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nélio Rodrigues/Placar

Olimpia Campeão da Supercopa Libertadores 1990

O ano de 1990 foi o melhor da história do Olimpia. O clube conseguiu na mesma temporada levar os títulos tanto da Libertadores quanto da Supercopa, sendo esta a única conquista fora do eixo Argentina-Brasil no campeonato, que chegava em sua terceira edição com o número de 13 participantes, visto que a Conmebol puniu o Atlético Nacional por manipulação de resultados no mesmo ano. Desta forma, o regulamento voltou a ser confuso como em 1988, com um clube avançado direto das oitavas de final para a semifinal, no caso o Estudiantes, e o defensor do título Boca Juniors entrando já nas quartas.

Entretanto, quem brilhou desde o começo foi o Olimpia. Os paraguaios enfrentaram o River Plate nas oitavas. Na ida, perderam por 3 a 0 no Monumental, em Buenos Aires. Na volta, no Defensores del Chaco, devolveram os 3 a 0 em grande atuação. Nos pênaltis, a virada foi consumada por 4 a 3.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Racing. A primeira partida foi realizada em Assunção, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo aconteceu em Avellaneda, no El Cilindro. Fora de casa, o Olimpia conseguiu outra belíssima atuação, e com mais uma vitória por 3 a 0 conseguiu a classificação.

O próximo confronto do Olimpia foi contra o Peñarol. O primeiro jogo foi no Centenario, em Montevideú, e o time paraguaio perdeu por 2 a 1. De novo com a necessidade de vencer no Defensores del Chaco, a equipe sacou do bolso mais um desempenho de luxo e goleou os uruguaios por 6 a 0, com dois gols de Gabriel González, dois de Raúl Amarilla, um de Silvio Suárez e um de Virginio Cáceres.

A decisão da Supercopa foi entre Olimpia e Nacional do Uruguai, que deixou para trás Independiente, Argentinos Juniors e Estudiantes. A ida aconteceu no Centenario, e os paraguaios encaminharam o título ao vencerem por 3 a 0, gols de González, Amarilla e Adriano Samaniego. A volta foi no Defensores del Chaco, com o Olimpia confirmando o título ao empatar por 3 a 3.

A campanha do Olimpia:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Boca Juniors Campeão da Supercopa Libertadores 1989

A primeira edição da Supercopa Libertadores foi aprovada, apesar do regulamento confuso. O que já era esperado, visto que foram 13 participantes em mata-mata. Para 1989, a competição ganharia mais um representante, vencedor da Libertadores naquele ano e que a Conmebol tratou de rapidamente inscrever no torneio, que foi repassado para o segundo semestre da temporada.

Com 14 times, o chaveamento da Supercopa ficou mais amigável, com seis confrontos nas oitavas de final e duas equipes já colocadas nas quartas, o então campeão Racing e o Boca Juniors. A sorte xeneize já estava em alta desde o sorteio das partidas. O clube estava adormecido desde o bi da Libertadores em 1978, e o título da Supercopa deu um alento ao torcedor.

A campanha do Boca teve início exatamente contra o Racing. O primeiro confronto foi disputado em La Bombonera, mas acabou empatado por 0 a 0. A vitória precisaria vir em Avellaneda. A segunda partida aconteceu no El Cilindro, e o xeneize conseguiu a classificação ao fazer 2 a 1 no rival.

O adversário argentino na semifinal foi o Grêmio. Um ano antes, os brasileiros foram algozes do Boca nas oitavas de final, portanto esta acabou sendo a revanche. Na ida, no Olímpico Monumental, em Porto Alegre, empate sem gols. A volta foi em Buenos Aires, com La Bombonera lotada. Em 24 minutos, Claudio Marangoni e José Luis Cuciuffo anotaram os gols da vitória por 2 a 0.

A final foi entre Boca Juniors e Independiente, que passou por Santos, Atlético Nacional e Argentinos Juniors. A primeira partida foi realizada em La Bombonera, terminando com mais um empate por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu na Doble Visera, em Avellaneda, e novamente os dois times não conseguiram balançar as redes. Nos pênaltis, o goleiro Navarro Montoya defendeu a quarta cobrança do Independiente, Blas Giunta converteu a última batida xeneize e os demais jogadores não erraram nenhuma outra. O Boca levou o título invicto da Supercopa por 5 a 3. 

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 4 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/Boca Juniors

Racing Campeão da Supercopa Libertadores 1988

A Conmebol viveu apenas com a Libertadores entre 1960 e 1987, em contrapartida às quatro competições que a co-irmã UEFA organizava na época. Foi com um pouco deste pensamento que a entidade criou, a partir de 1988, a Supercopa Libertadores, conhecida oficialmente como Supercopa Sul-Americana. A premissa do torneio era básica: todos os campeões da Libertadores tinham o direito de participar.

Portanto, no ano de estreia, eram 13 os clubes aptos a disputar a Supercopa, no primeiro semestre de 1988. O regulamento era o mata-mata puro e seu vencedor tinha vaga garantida na Recopa Sul-Americana, que também viria a nascer em 1989. A primeira equipe a erguer a taça veio da Argentina, sendo justamente aquela que estava há mais tempo sem conquistar a Libertadores: o Racing.

Como o chaveamento de 13 times não era perfeito, a primeira edição teve uma bizarrice envolvendo o próprio Racing. O time estreou nas oitavas de final contra o Santos, vencendo a ida por 2 a 0 no El Cilindro, em Avellaneda, e empatando a volta por 0 a 0 na Vila Belmiro. Assim, "la academia" estava classificada às quartas, não é? Errado, o time avançou direto à semifinal!

A explicação é que a Conmebol fez a primeira fase com 12 equipes. Destas, seis foram se juntar ao Nacional do Uruguai na etapa seguinte. O problema é que entre sete times, um ficou sem confronto e passou diretamente à semifinal. No sorteio, o Racing foi quem teve essa sorte. Contra o River Plate, venceu a ida por 2 a 1 em Avellaneda, e empatou a volta por 1 a 1 em Buenos Aires.

A final foi contra o Cruzeiro, que eliminou Independiente, Argentinos Juniors e Nacional. O primeiro jogo foi no El Cilindro, e o Racing venceu por 2 a 1, gols de Walter Fernández e Miguel Colombatti. A segunda partida aconteceu no Mineirão. Omar Catalán abriu o placar no primeiro tempo e deixou la academia com a mão na taça. Os brasileiros empataram em 1 a 1 na segunda etapa, mas o placar foi insuficiente para tirar a conquista histórica do Racing.

A campanha do Racing:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico