Mostrando postagens com marcador Vila Nova. Mostrar todas as postagens
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Vila Nova Campeão Goiano 1980

O Vila encerrou seu período de maior domínio no Campeonato Goiano em 1980, com a conquista do tetracampeonato estadual e o nono título ao todo. Um ponto final de uma sequência, mas que não encerrou de vez com a força do clube, que ainda venceria outras taças na década.

Nove times participaram do torneio. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com os seis melhores atuando novamente em um segundo turno. O líder se classificou para a fase final com um ponto extra. Na segunda fase, todos jogaram em dois turnos, sem restrição para os três piores na segunda metade. O líder também passou com um ponto de bônus. A etapa final teve um quadrangular de mais dois turnos, com os ganhadores das fases anteriores e as duas melhores campanhas na soma geral.

Defendendo o título, o Vila Nova começou muito mal a campanha. Nos três primeiros jogos, perdeu por 2 a 1 para o Atlético, e por 1 a 0 para Goiás e Anápolis. A equipe só foi vencer na quarta rodada, ao fazer 3 a 2 no Goiatuba fora de casa. Nos nove jogos restantes, conseguiu mais cinco vitórias, um empate e três derrotas, que deixaram o Tigrão apenas em quarto lugar, com 13 pontos. O líder foi o Goiás com 21, que foi à decisão com um ponto extra.

Tudo melhoraria na segunda fase. O Vila estreou fazendo 3 a 0 no Goiânia, seguindo o restante da etapa com mais oito vitórias, seis empates e uma derrota, destacando as duas goleadas por 5 a 0 sobre o Goiatuba. Com 24 pontos, o time colorado se classificou ao quadrangular final com um ponto extra.

A fase final aconteceu com Vila Nova, Goiás, Atlético e Anápolis. Na estreia, o Tigrão ficou no 2 a 2 com os atleticanos. Na segunda rodada, venceu o adversário vindo do interior por 1 a 0. Depois, emendou três empates: 0 a 0 e 1 a 1 com os esmeraldinos, e 0 a 0 com os rubro-negros. Ao fim da quinta rodada, o Vila era o líder com sete pontos, enquanto todos os outros tinham cinco.

Único invicto, o Vila Nova precisava se manter assim para ser campeão na última rodada, sem correr risco de ver um empate duplo ou triplo na liderança, que forçaria a disputa de mais uma fase em 1981. Contra o Anápolis no Serra Dourada, o time fez valer o fator local e venceu por 1 a 0.

A campanha do Vila Nova:
35 jogos | 17 vitórias | 11 empates | 7 derrotas | 58 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Jerônimo Lino/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1979

Continua a hegemonia do Vila Nova no Campeonato Goiano. Em 1979, o clube chegou ao tricampeonato estadual e o oitavo título no geral, fechando a década em alto nível.

Com dez participantes, o estadual começou uma semana após o término da edição de 1978, em abril de 1979. Por isso, a competição voltou a ser mais curta. Na primeira fase, os times foram divididos em dois grupos, em que um enfrentou o outro em dois turnos. Os três melhores de cada chave avançaram ao hexagonal final, que definiu o campeão em dois turnos.

O Vila Nova ficou no grupo B, junto com Atlético, Anapolina, Mineiros e Goiatuba, e contra os times do grupo A. Na estreia, porém, o time levou 6 a 2 do Itumbiara fora de casa. A recuperação veio na segunda rodada, nos 4 a 0 sobre a Jataiense em casa. Nos outros oito jogos, o Tigrão conseguiu mais seis vitórias e dois empates, que o colocaram classificado na liderança da chave, com 16 pontos.

No hexagonal final, o Vila Nova enfrentou Atlético, Anapolina, Goiás, Itumbiara e Anápolis. Na abertura, a equipe ficou no empate por 0 a 0 com os atleticanos. Na sequência, conseguiu quatro vitórias consecutivas, por 1 a 0 sobre o Anápolis e sobre o Itumbiara, por 2 a 0 sobre o Goiás e por 4 a 0 sobre a Anapolina, que deram a liderança ao Tigrão na primeira metade.

A segunda parte do hexagonal começou com tropeços para o Vila. O time empatou por 1 a 1 com a Anapolina, depois perdeu por 2 a 1 para o Goiás e por 1 a 0 para o Itumbiara. Com isso, os adversários se aproximaram, principalmente o Atlético. Mas o Tigrão conseguiu manter a liderança ao vencer o Anápolis por 2 a 0 na penúltima rodada. A equipe chegou a 12 pontos, contra 11 dos atleticanos.

O título foi decidido na última rodada do hexagonal, entre Vila Nova e Atlético. O confronto direto foi disputado no Serra Dourada, com a vantagem do empate ficando ao lado dos colorados. O rival até tentou mudar a história do campeonato, mas o Tigrão foi mais eficiente e segurou o placar de 0 a 0 até o fim, garantindo mais uma taça.

A campanha do Vila Nova:
20 jogos | 12 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 30 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1978

A grande fase do Vila Nova no fim da década de 1970 seguiu com o bicampeonato goiano em 1978. A sétima conquista foi mais uma com imposição sobre os rivais, em um campeonato que, assim como vários da época, só foi acabar em 1979.

A competição foi disputada por 13 participantes. Na primeira fase, oito times disputaram dois turnos enquanto Anapolina, Goiás e Vila Nova se dedicavam ao Brasileirão. O líder se garantiu na fase final com um ponto extra. A segunda fase foi realizada com todas as equipes, novamente em dois turnos. As cinco melhores se classificaram para o hexagonal final, com um ponto extra para o líder. A etapa decisiva também aconteceu em partidas de ida e volta. Não foram encontradas explicações para as ausências de dois times na primeira fase do torneio: Mineiros e Santa Helena. Quem souber, comente.

O Tigrão começou a campanha logo mostrando que era favorito, na goleada por 5 a 1 sobre o Mineiros. Nas 22 partidas seguintes, a equipe conseguiu mais 15 vitórias, seis empates e duas derrotas. Ao todo, o Vila Nova somou 38 pontos, que valeu a classificação na vice-liderança da segunda fase, três pontos atrás do Goiás. Apesar de conseguir uma vaga no hexagonal final, não foi possível obter o ponto extra.

Além do Vila e do Goiás, a fase final contou com Atlético, Anapolina, Goiânia e Itumbiara. Este último se classificou pela primeira fase e era o detentor do outro bônus. Porém, esses pontos a mais não adiantaram de nada, e o time colorado mostrou que não precisava deles. Na estreia, já em 1979, venceu o Goiás por 2 a 0. Nas oito partidas seguintes, acumulou mais três vitórias, quatro empates e uma derrota.

A classificação antes da última rodada do hexagonal colocava o Goiás na liderança, com 13 pontos. O Vila Nova era o vice, com 12. Apenas os dois clubes tinham chances de título, e a decisão aconteceria no segundo clássico entre eles, no Serra Dourada. Enquanto o rival jogava pelo empate, só a vitória interessava ao Tigrão. Desta forma, o time partiu rumo ao ataque e conseguiu o título pelo placar de 1 a 0, gol marcado por Danival. 

A campanha do Vila Nova:
34 jogos | 21 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 59 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 2025

Chegou o dia do Vila Nova voltar a comemorar o título goiano. O momento de comemoração aconteceu em 2025, 20 anos depois da última conquista colorada no estadual, com uma das melhores campanhas e uma virada histórica na decisão.

O Goianão contou com 12 participantes, que se enfrentaram em turno único na primeira fase. Em 11 partidas, o Tigrão conseguiu seis vitórias, quatro empates e uma derrota, que somaram 22 pontos e deram a segunda colocação ao clube. Nas quartas de final, o Vila passou pela Jataiense, com vitória por 1 a 0 fora de casa e empate sem gols no Serra Dourada. Na semifinal, eliminou o rival Goiás novamente ao vencer a ida por 1 a 0 fora, na Serrinha, e empatar a volta por 0 a 0 em casa.

A decisão foi entre Vila Nova e Anápolis, surpresa que passou por Abecat e Atlético-GO. A primeira partida aconteceu em Anápolis, no Jonas Duarte, com o Tigrão levando dois gols nos acréscimos do segundo tempo e perdendo por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, e o Vila precisava de três gols. Conseguiu, todos no segundo tempo, consumando a vitória por 3 a 0 e a virada rumo ao título.

A campanha do Vila Nova:
17 jogos | 9 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Roberto Corrêa/Vila Nova

Vila Nova Campeão Goiano 1977

Um novo domínio começou a ser erguido em Goiás em 1977. Naquele ano, o Vila Nova voltou a conquistar o estadual depois de quatro anos, chegando ao sexto título no geral e dando início ao período mais vencedor de sua história, culminado no tetracampeonato posterior.

O Goiano de 1977 teve dez times. Na primeira fase, eles se enfrentaram em turno único e os dois melhores se classificaram para o quadrangular final, o líder com dois pontos extras e o vice com um ponto. Na segunda fase, a fórmula foi repetida, com a mesma lógica da pontuação de bônus para os classificados ao quadrangular. Por fim, a fase final determinou o campeão também em turno único.

O Tigre iniciou a campanha fora de casa, com vitória por 2 a 0 sobre o Mineiros. A estreia em casa foi no empate sem gols com a Jataiense. Nas demais sete partidas, a equipe venceu quatro, empatou duas e perdeu uma. Ao todo, o Vila Nova somou 13 pontos e se classificou na segunda colocação, levando um ponto extra para o quadrangular final. O Goiás foi o líder e ficou com dois pontos.

O Vila baixou o ritmo na segunda fase. O time estreou com derrota por 1 a 0 para a Jataiense fora de casa e só foi vencer a primeira partida na terceira rodada, ao golear o Goiatuba por 5 a 0 em Goiânia. Nos outros sete jogos, foram acumuladas três vitórias, um empate e três derrotas, que deixaram o Tigre apenas em sexto lugar, com nove pontos. Os classificados desta etapa foram Goiânia, com dois pontos de bonificação, e Rio Verde, com um ponto.

Em desvantagem no quadrangular final, disputado inteiramente no Serra Dourada, o Vila Nova não tinha direito ao erro. Na estreia, já tratou de vencer o rival Goiás por 3 a 2, indo a três pontos. Na segunda rodada, bateu o Rio Verde por 1 a 0 e subiu a cinco, assumindo a liderança com um ponto de vantagem para o Goiânia, dois para o próprio Rio Verde e três para o Goiás, que ficou sem chances.

A decisão aconteceu na última rodada. O Rio Verde perdeu para o Goiás na preliminar e também deu adeus ao sonho do título. Assim, na partida principal, o Vila Nova entrou podendo até empatar com o Goiânia para ser campeão. Mas a equipe venceu mais uma vez, por 1 a 0, e tornou a festa completa.

A campanha do Vila Nova:
21 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 27 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Vila Nova Campeão Goiano Feminino 2024

Chegou a hora de passar a limpo mais um ano de estaduais femininos no blog. Esta é quinta temporada de postagens, que virou tradição. Em 2020, tivemos sete pôsteres. Em 2021, foram 11. Em 2022, trouxemos 14. Em 2023, batemos o recorde de 17. E em 2024, serão 16 fotos.

Os pôsteres equivalem aos Estados presentes na Série A1 e na Série A2 do Brasileiro, os que conquistaram o acesso na Série A3, além de Goiás. As postagens serão feitas em ordem crescente de importância.


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Começamos por Goiás, que em 2024 não teve nenhum representante na Série A1 e Série A2 do Brasileiro, e também não conseguiu o acesso na Série A3. Neste ano, o Vila Nova quebrou a sequência do Aliança e conquistou o título pela segunda vez na história. O outro havia ocorrido em 2021.

O campeonato ficou marcado pelo fim da parceria entre o Aliança e o Goiás. Com isso, o Tigre se aproveitou para recuperar seu espaço. Oito clubes se enfrentaram em dois turnos distintos, que deram uma vaga cada para a final. Mas isso não foi necessário.

No primeiro turno, o Vila Nova venceu seis vezes, perdeu uma (1 a 0 para o Aliança) e terminou na liderança com 18 pontos, superando o Atlético-GO no saldo de gols. Já no segundo turno, o time venceu todas as sete partidas, a maioria por goleada, como os 10 a 0 sobre o Trindade e os 27 a 0 sobre o Vasco de Itaberaí. Na última rodada, a vitória por 4 a 1 sobre o Aliança no CT Buriti Sereno confirmou a conquista vermelha. 

A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 13 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 91 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Divulgação/Vila Nova

Vila Nova Campeão Goiano 1973

Campeonato ainda jovem na década de 1970, o Goiano via seus clubes aos poucos construírem uma história de títulos. Em 1973, o Vila Nova era dono de apenas quatro, e não ganhava desde 1968. Era chegada a hora de vencer o quinto título, e foi com emoção.

O Campeonato Goiano de 1973 contou com nove participantes e teve um regulamento simples de entender. Foi disputado dois turnos independentes, com o líder de cada metade garantindo uma vaga na decisão.

O Vila Nova deu início à campanha do título com empate por 0 a 0 no clássico com o Goiás. Na segunda rodada, perdeu por 1 a 0 para o Itumbiara fora de casa. A primeira vitória veio só na terceira partida, por 2 a 1 o Anápolis em casa. Com mais três vitórias e dois empates nos cinco jogos seguintes, o Tigre ficou apenas na terceira quarta colocação do primeiro turno, com 11 pontos. O vencedor da fase foi o Goiás, que bateu o Atlético em partida extra.

Era preciso acabar com os tropeços no segundo turno. Depois de empatar por 1 a 1 com o Santa Helena na estreia fora, o Vila goleou o Novo Horizonte por 6 a 0 em casa. Nas seis partidas restantes, a equipe engatou mais quatro vitórias e dois empates, que a colocaram com 13 pontos na liderança do returno. A vaga foi conquistada na última rodada, no empate sem gols com o vice-líder Goiatuba, que ficou um ponto atrás do Tigre.

De tal forma, o clássico entre Goiás e Vila Nova decidiu o título goiano de 1973 em duas partidas, ambas no Estádio Olímpico de Goiânia. Na ida, o Tigre foi melhor e superou o rival pelo placar de 2 a 1. Na volta, os esmeraldinos devolveram o resultado com o placar de 2 a 0.

Na soma dos placares, deu Goiás por 3 a 2. Mas não havia nada sobre saldo de gols no regulamento da final, e sim a pontuação. Como cada time somou dois pontos, a fórmula impôs uma disputa de pênaltis para definir o campeão estadual. Nas cobranças, o Vila Nova foi mais eficiente e venceu por 3 a 1.

A campanha do Vila Nova:
18 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Vila Nova (Quem souber quem são os jogadores na foto, escreva nos comentários)

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 2020

O único tricampeão do Brasileirão Série C, mostrando que é possível se remontar imediatamente após as crises. O Vila Nova repetiu 1996 e 2015 e vai voltar à Série B para tentar em 2021 um caminho ainda mais acima. A competição mais uma vez contou com outras forças tradicionais, como Santa Cruz, Paysandu, Criciúma e Remo.

Só o último conseguiu o acesso junto aos goianos. O regulamento da terceira divisão sofreu uma alteração em relação aos anos anteriores: as quartas e a semifinal deram espaço à dois quadrangulares, com os líderes avançando à final.

O Colorado ficou no grupo A da primeira fase, e estreou com empate por 1 a 1 com o Manaus fora de casa. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 2 a 0 no OBA, que é a sigla para Onésio Brasileiro Alvarenga. Aproveitando o fato de o campeonato ter sido realizado sem torcida, o Vila Nova optou por mandar seus jogos no seu estádio próprio em detrimento ao Serra Dourada. A campanha do clube foi tranquila, com pouquíssimas derrotas. O time esteve invicto entre a quarta e a 16ª rodadas. 

Nesse meio tempo, o Vila conseguiu boas vitórias por 3 a 0, sobre o Imperatriz em casa na sétima partida, sobre o Jacuipense fora na nona jornada e sobre o Ferroviário em Goiânia no 12º jogo. Ao todo, foram oito vitórias, sete empates e três derrotas em 18 partidas. A equipe encerrou a fase na terceira posição, empatado em pontos com o vice Remo e distante seis do líder Santa Cruz.

Na segunda etapa, o Colorado encontrou, além dos próprios pernambucanos, o Brusque e o Ituano. Foi difícil, mas o clube conseguiu o acesso na última rodada, ao bater os paulistas por 1 a 0 em Itu. Não só isso, classificou-se à decisão, marcando dez pontos. Os outros triunfos foram sobre o Santa Cruz, ambos por 2 a 1.

E o Remo voltou ao caminho goiano. O primeiro jogo foi realizado no OBA, e o Vila Nova colocou nove dedos na taça ao golear os paraenses por 5 a 1. A volta aconteceu no Mangueirão, em Belém, e o anfitrião até tentou alguma coisa, ficando duas vezes à frente do placar. Mas o Tigrão queria ser campeão vencendo a última partida, e conseguiu, fazendo 3 a 2 com gols de Alan Mineiro, Pablo Roberto e Mimica. Além do Vila Nova tricampeão na Série C e do Remo vice, Brusque e Londrina também ficaram com o acesso.

A campanha do Vila Nova:
26 jogos | 13 vitórias | 8 empates | 5 derrotas | 34 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Douglas Monteiro/Vila Nova

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 2015

Chega a temporada de 2015, e pode-se enfim afirmar que a Série C consolidou-se no calendário do futebol brasileiro, com um regulamento claro, número fixo de participantes e transmissão de televisão. A edição do ano em questão contou novamente com a presença de clubes tradicionais. Fortaleza, Guarani e Juventude ganharam a companhia de Portuguesa, América-RN, Brasil de Pelotas e Vila Nova, times de torcida e que já incomodaram na primeira divisão. Desses sete, só um faria a festa com a taça, e a honra coube ao último nome.

No grupo A da primeira fase, o Vila começou bem a competição, vencendo em casa o Cuiabá por 1 a 0. Da estreia até a virada de turno, foram mais cinco vitórias - como os 3 a 0 sobre o ASA na nona partida -, um empate e duas derrotas. No returno, venceu mais quatro vezes, sendo as mais importantes os 3 a 0 sobre o Icasa em Juazeiro do Norte, e os 2 a 1 sobre o Salgueiro em Goiânia, que classificou o Tigre para as quartas de final. Ao fim da fase, o time goiano terminou em terceiro lugar, com 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

No mata-mata valendo o acesso, a missão do Vila Nova foi contra a Portuguesa. Na ida no Serra Dourada, venceu por magro 1 a 0. A tarefa na volta seria segurar a vantagem dentro do Canindé. E lá, o início de jogo fulminante ajudou o Vila a vencer novamente - agora por 2 a 1 - e conquistar o acesso, logo um ano após o rebaixamento. Tranquilo, o Tigre enfrentou o Brasil de Pelotas na semifinal. Tanto no Rio Grande do Sul quanto em Goiás, 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, os goianos tiveram mais competência e venceram por 4 a 3.

A final foi entre Vila Nova e Londrina. A partida de ida foi jogada no Estádio do Café, e o time colorado esbarrou na marcação paranaense, que fez 1 a 0 e impôs a desvantagem no confronto. A partida de volta foi jogada no Serra Dourada para 39 mil torcedores. Precisando vencer por mais que um tento de diferença, o Vila fez um jogo frenético. Saiu perdendo e virou o placar em dez minutos, gols de Ramires e Moisés.

A situação ainda não servia por conta da regra do gol fora de casa, então a tranquilidade só veio no segundo tempo, quando Zotti marcou o terceiro aos sete minutos. Já nos acréscimos, Moisés guardou mais um e abriu a festa colorada. A goleada por 4 a 1 garantiu mais um título para o Vila Nova, bicampeão da Série C. O clube tornou-se o segundo na história com mais de uma conquista na terceira divisão. O primeiro é o rival Atlético.

A campanha do Vila Nova:
24 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 31 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Leo Iran/Diário de Goiás

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 1996

A Série C de 1996 foi pequena perto do que houve na temporada anterior. Os 107 times foram reduzidos para 58. O inchaço foi desfeito, mas a competição continuou a permitir qualquer inscrição, sem um critério técnico. Com participações frustradas nos dois anos anteriores, mas com um título goiano recente, o Vila Nova entrou na competição disposto a trilhar o mesmo caminho do seu maior rival, que seria semifinalista da Série A.

A competição começou estranha. Os clubes foram divididos em 16 grupos irregulares. Um deles teve apenas duas equipes, outros tiveram até cinco. O Vila Nova ficou no grupo 9, com mais dois oponentes, o Anápolis e o Uberlândia. A estreia foi na segunda rodada, empate em 1 a 1 com o Anápolis em casa. Na sequência, venceu por 2 a 1 o Uberlândia em Minas Gerais. Na volta contra os mineiros, outro 1 a 1 em Goiânia.

A campanha foi encerrada na penúltima rodada, com vitória por 1 a 0 sobre o Anápolis fora de casa, o que deu a classificação sem depender do resultado que faltava na chave. O Tigre ficou na liderança com oito pontos.

Para o mata-mata tivemos 32 classificados. O Vila enfrentou na segunda fase o Gurupi, o qual venceu por 3 a 0 no Tocantins e por 4 a 0 no Serra Dourada. As oitavas de final foram contra o Fluminense de Feira, e o time colorado venceu por 2 a 0 no Joia da Princesa e por 3 a 1 no Serra Dourada. Nas quartas, foi a vez de encarar o Nacional-AM, com mais duas vitórias, por 1 a 0 em Manaus e por 3 a 0 em Goiânia.

A semifinal valeu também o acesso, e o Vila Nova enfrentou o Porto-PE. A ida foi em Caruaru, e terminou 0 a 0. A falta de gols na primeira partida foi compensada na volta em Goiânia, com vitória de 5 a 3 para o Tigre. A comemoração pela volta à segunda divisão foi pequena, pois havia uma final a disputar.

A decisão foi contra o Botafogo-SP. O primeiro jogo foi no Serra Dourada, e o Vila Nova abriu uma leve vantagem ao vencer por 2 a 1, gols de Ryuler e Sabino. Seria preciso segurar a pressão em Ribeirão Preto, no Palma Travassos (o Estádio Santa Cruz passava por uma troca de gramado). A tensão ficou presente durante toda a partida, pois nenhum gol saía, nem o do alívio goiano, nem o que forçava os pênaltis para os paulistas. Já nos acréscimos do segundo tempo, aos 48 minutos, veio o gol do título novamente com o atacante Sabino. O Vila Nova chegou assim a sua primeira conquista nacional, além da vaga na Série B, que o clube ocupou pelo ano seguinte e em mais outros dez.

A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Vila Nova