Mostrando postagens com marcador 1983. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1983. Mostrar todas as postagens

Aberdeen Campeão da Recopa Europeia 1983

Quando falamos no futebol da Escócia, logo vem à cabeça Celtic e Rangers, os dois maiores clubes do país britânico. Mas há espaço para uma terceira força, que protagonizou um feito raro: venceu um título europeu em cima do Real Madrid. Na Recopa de 1983, o Aberdeen foi o último a ganhar um torneio continental linear sobre os espanhóis. E mais do que isso, revelou o lendário técnico Alex Ferguson.

A Recopa de 1983 contou com 34 participantes, e o Aberdeen foi um dos quatro que precisou disputar a fase preliminar. Campeão da Copa da Escócia de 1982, os "dons" eliminaram o Sion, da Suíça, com goleadas por 7 a 0 em casa e por 4 a 1 fora. Na primeira fase, foi a vez de passar pelo Dínamo Tirana, com vitória por 1 a 0 na Escócia e empate por 0 a 0 na Albânia.

Nas oitavas de final, o Aberdeen enfrentou o Lech Poznan, da Polônia. A partida de ida foi realizada outra vez em casa, no Estádio Pittodrie, e terminou com vitória escocesa por 2 a 0. Na volta, os dons voltaram a vencer, por 1 a 0 fora de casa.

O adversário escocês nas quartas foi o Bayern de Munique. O primeiro jogo aconteceu fora, no Olímpico de Munique, e ficou no empate sem gols. A segunda partida foi no Pittodrie, que viu uma espetacular virada de placar. O Aberdeen perdia por 2 a 1 até os 32 minutos do segundo tempo quando, em um minuto, pulou para 3 a 2 com os gols de Alex McLeish e John Hewitt.

A semifinal foi disputada contra o Waterschei Thor, da Bélgica. Na ida, o Aberdeen goleou por 5 a 1 no Pittodrie, gols de Eric Black, Neil Simpson, Mark McGhee (dois) e Peter Weir. Na volta, aconteceu a única derrota na campanha, por 1 a 0 na cidade de Genk.

A final contra o Real Madrid foi possível após os espanhóis baterem Baia Mare, Újpesti, Intenazionale e Austria Viena. No Estádio Ullevi, em Gotemburgo, Black abriu logo aos sete minutos do primeiro tempo, mas o adversário empatou aos 15. O resultado seguiu assim até a prorrogação, quando Hewitt fez o gol do título do Aberdeen aos sete do segundo tempo, marcando 2 a 1.

A campanha do Aberdeen:
11 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Peter Robinson/PA Images

Anderlecht Campeão da Liga Europa 1983

Em 1983, o Anderlecht, principal clubes da Bélgica, embarcou em uma jornada que culminaria na conquista do título da Copa da UEFA. Sob o comando de Paul Van Himst, lenda do clube nos tempos de atleta e estreante como técnico, o time exibiu um desempenho excepcional e voltou ao circuitos das conquistas internacionais. Nos anos 1970, os roxos já haviam levado o bicampeonato da Recopa.

A campanha do Anderlecht começou na primeira fase da competição, onde enfrentou o Koparit, da Finlândia. Sem dificuldades, venceu os dois jogos por 3 a 0 em casa, e por 3 a 1 fora. Na sequência, enfrentou o Porto. Após um golear por 4 a 0 no primeiro jogo em Bruxelas, no Estádio Emile Versé, os roxos demonstraram resistência na partida de volta, quando perderam por 3 a 2 no Estádio das Antas e conseguiram a vaga nas oitavas de final.

O adversário seguinte foi o Sarajevo, da Iugoslávia. O primeiro jogo aconteceu em Bruxelas, e o Anderlecht aplicou uma impiedosa goleada por 6 a 1 logo na largada. Tal resultado permitiu que o time perdesse por 1 a 0 fora de casa, e ainda assim passar para as quartas. O grande desempenho seguiu na fase seguinte, contra o Valencia. Vitórias por 2 a 1 na Espanha, e por 3 a 1 na Bélgica colocaram o clube roxo na semifinal da Copa da UEFA.

Nas semi, o Anderlecht enfrentou o Bohemians, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo, em Praga, foi equilibrado, mas os roxos conseguiram arrancar a vitória por 1 a 0. A segunda partida ocorreu em Heysel, um estádio maior que o Emile Versé, e os belgas garantiram a classificação ao vencer por 3 a 1 no jogo de volta.

Chegando à final da Copa da UEFA de 1983, o Anderlecht teve que enfrentar o Benfica, que chegou lá ao derrubar Betis, Lokeren (Bélgica), Zürich, Roma e Universitatea Craiova. O primeiro confronto foi disputado em Bruxelas, novamente em Heysel. Com um gol solitário de Kenneth Brylle aos 30 minutos do primeiro tempo, os roxos venceram por 1 a 0.

A volta aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa. E mesmo ante 70 mil torcedores rivais, os belgas não se intimidaram. O Benfica até abriu o placar aos 32 minutos do primeiro tempo, mas aos 38 Juan Lozano empatou. Com uma defesa sólida, o Anderlecht conseguiu segurar o empate por 1 a 1 no tempo restante e assegurar o título inédito, que o deixa como o mais bem-sucedido internacionalmente na história da Bélgica.

A campanha do Anderlecht:
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alain de Martignac/Onze/Icon Sport/Getty Images

Hamburgo Campeão da Liga dos Campeões 1983

Foram longas seis temporadas de hegemonia inglesa na Copa dos Campeões da Europa. Até que em 1983 apareceu alguém para quebrar a sequência. E foi exatamente o último país a vencer antes da Inglaterra: a Alemanha. Ela chegou lá com o Hamburgo, que viveu sua melhor época entre as décadas de 1970 e 1980.

Na primeira fase, os "rothosen" (shorts vermelhos) enfrentaram o coirmão do leste, o Dínamo Berlim. A ida foi jogada na Alemanha Oriental, com empate por 1 a 1. A volta aconteceu no Volksparkstadion, e o Hamburgo passou com vitória tranquila por 2 a 0.

Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Olympiacos, da Grécia. Desta vez, a primeira partida foi em casa e acabou com 1 a 0 para o clube alemão. O segundo jogo foi em Atenas, no Estádio Olímpico. E a primeira alegria do HSV em terras gregas veio na goleada por 4 a 0.

Nas quartas de final, o Hamburgo foi até a União Soviética enfrentar o Dìnamo Kiev. Mas a ida não aconteceu na Ucrânia, e sim na Geórgia, em Tbilisi, devido ao mau tempo. O campo praticamente neutro ajudou os alemães, que ganharam por 3 a 0 - obtidos no hat-trick do atacante dinamarquês Lars Bastrup. Na Alemanha, o Dínamo assustou, mas a derrota por 2 a 1 serviu para a classificação do HSV.

Na semifinal, o adversário foi a Real Sociedad, da Espanha. A ida ocorreu no País Basco, na cidade de San Sebastián, e terminou empatada por 1 a 1. O Volksparkstadion recebeu a volta, e o Hamburgo conquistou um lugar na final inédita ao vencer por 2 a 1.

Decisão inédita para o HSV, mas não para seu adversário, o Juventus. Os italianos chegaram lá pela segunda vez ao baterem Hvidovre (Dinamarca), Standard Liège, Aston Villa e Widzew Lódz (Polônia). O estádio? O mesmo Olímpico de Atenas da goleada do Hamburgo nas oitavas. Desta vez com um resultado mais modesto, 1 a 0, gol de Felix Magath aos nove minutos do primeiro tempo, o time alemão levou para casa seu maior título em toda a história.

A campanha do Hamburgo:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Hamburgo

Grêmio Campeão da Libertadores 1983

O futebol brasileiro formou ótimos times na década de 80. O Flamengo venceu a Libertadores de 1981 e ficou próximo de repetir em 1982. Só que perdeu na fase semifinal para o Peñarol. Neste mesmo ano o Grêmio fez sua estreia, mas caiu na fase de grupos, também para os uruguaios. O vice no Brasileirão da mesma temporada colocou o clube gaúcho novamente na competição sul-americana, em 1983.

O Tricolor ficou no grupo 2, junto com o próprio Flamengo, além dos bolivianos Bolívar e Blooming. A estreia foi com empate em 1 a 1 com o Flamengo, no Olímpico. Nos cinco jogos seguintes, o time emendou vitórias: na Bolívia, 2 a 0 sobre o Blooming e 2 a 1 sobre o Bolívar. Em Porto Alegre, outro 2 a 0 sobre o Blooming 3 a 1 sobre o Bolívar. Já classificada, a equipe encerrou a fase com ótimos 3 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã. Com 11 pontos, o Grêmio teve a melhor campanha entre os 20 clubes da primeira fase.

Na fase semifinal, o Tricolor enfrentou o Estudiantes e o América de Cali, começando com vitória sobre os argentinos por 2 a 1, em casa. Na Colômbia, derrota por 1 a 0 para o América. Na volta contra os colombianos em Porto Alegre, 2 a 1 a favor.

O Grêmio encerrou a segunda fase na emblemática Batalha de La Plata, onde os gaúchos enfrentaram um Estudiantes hostil e violento, cedendo de propósito o empate por 3 a 3 em troca de tranquilidade na volta para casa. Esse resultado deixou o Tricolor na dependência de um tropeço argentino contra o América. E a partida na Colômbia terminou sem gols, colocando o Grêmio na sua primeira final de Libertadores.

A decisão foi no reencontro com o Peñarol, que defendia a taça depois de eliminar o rival Nacional e o venezuelano Atlético San Cristóbal. Apesar da maior tradição uruguaia, o Grêmio não se deixou levar por novos temores. No Centenario, em Montevidéu, o Imortal conseguiu um bom empate por 1 a 1, com seu gol marcado pelo meia Tita.

A volta foi no Olímpico, em Porto Alegre. Caio e César fizeram os gols da vitória que deu a primeira Libertadores aos gremistas. Entre os dois lances o Peñarol fez o seu gol e tentou atrapalhar os planos, mas o 2 a 1 encerrou ali a questão.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Lemyr Martins/Placar

Uruguai Campeão da Copa América 1983

O formato em partidas de ida e volta e sem sede fixa na Copa América foi executado pela última vez na edição de 1983. E após dois torneios sem a presença do principal trio de seleções na final, era a hora de voltar a mostrar força. Uruguai e Brasil foram os bichos-papões da vez, enquanto a Argentina voltou a ter dificuldades, apesar de não ter perdido para os brasileiros na primeira fase. E o título ficou nas mãos do time charrua, que disputava palmo a palmo o posto de maior vencedor com os argentinos.
No grupo A do torneio, o time começou sua campanha logo com dois jogos em casa. No Centenario, venceu o Chile por 2 a 1 e a Venezuela por 3 a 0. Nas partidas fora de casa, foi muito mal contra os chilenos, perdendo por 2 a 0 em Santiago, e venceu os venezuelanos por 2 a 1 em Caracas. Com seis pontos marcados e todos os jogos realizados, o Uruguai precisava secar o Chile, que vinha com quatro, saldo de gols maior e uma partida por fazer contra a Venezuela. A torcida contra funcionou, pois o time andino não passou do empate contra a os vinotintos. Classificada, a Celeste fez uma dura semifinal contra o Peru. Na ida no Nacional de Lima, vitória suada por 1 a 0, gol de Carlos Aguilera. Na volta em Montevidéu, a equipe peruana abriu o placar no primeiro tempo, e o Uruguai só buscou o empate na segunda etapa, aos quatro minutos, quando Wilmar Cabrera fez 1 a 1 e deu a vaga de sua seleção na decisão. Do outro lado, o Brasil ficou à frente da Argentina na fase de grupos e eliminou o Paraguai na semifinal, após empatar duas vezes e vencer o sorteio de desempate.
Era a quarta final entre brasileiros e uruguaios na história. Nas três anteriores, duas vitórias charruas na Copa do Mundo de 1950 e no Mundialito de 1980. A favor dos tupiniquins, só o triunfo no distante Sul-Americano de 1919, além da semifinal no Mundial de 1970. O prognóstico favorável ao Uruguai acabou confirmado no gramado do Centenario no primeiro jogo. Diante de 65 mil compatriotas, Enzo Francescoli e Víctor Diogo fizeram os gols do 2 a 0 que abriu boa vantagem para a volta. A segunda partida aconteceu em Salvador, na Fonte Nova. O Brasil abriu o placar na etapa inicial, mas o Uruguai ainda precisaria sofrer outro gol para se preocupar. Mas isto não ocorreu. Ao contrário, a Celeste empatou aos 32 minutos do segundo tempo, com Aguilera. No fim, o 1 a 1 confirmou o 12º título uruguaio na Copa América - sendo o primeiro no novo formato - e terminou com 16 anos anos de fila.

A campanha do Uruguai:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Grêmio Campeão Mundial 1983

No dia 12 de abril de 1961, o astronauta soviético Yuri Gagarin foi o primeiro ser humano a viajar para o espaço, até a órbita da Terra. Na volta, ele declarou uma das mais famosas frases do século 20: "A Terra é azul". Nesta mesma época, a Copa Intercontinental recém havia passado pela sua primeira edição, e era preparada para a segunda. Nem se imaginava que, 22 anos depois, o desfecho da competição cruzaria com a aventura de Gagarin.

A popularidade do Mundial Interclubes só aumentava em 1983. Todos os europeus e sul-americanos queriam estar no Japão. Pela Copa dos Campeões da UEFA, o Hamburgo quebrava a sequência inglesa ao ser campeão pela primeira (e única) vez. Na campanha, o time alemão eliminou Dínamo de Kiev, Real Sociedad, e na final venceu o Juventus por 1 a 0. No comando técnico da equipe estava o austríaco Ernst Happel, que em 1970 conduziu o Feyenoord ao título mundial.

Um campeão inédito também comemorou na Libertadores. Em sua segunda presença, o Grêmio passou por Flamengo, América de Cali e Estudiantes antes de vencer o Peñarol na decisão. O Tricolor empatou a ida por 1 a 1 e venceu a volta por 2 a 1, tornando-se o quarto brasileiro a confirmar vaga no Mundial.

No dia 11 de dezembro, o Nacional de Tóquio recebeu Grêmio e Hamburgo sob um tempo nublado, mas o fato não atrapalhou a qualidade do jogo. O time gaúcho tomou a iniciativa no primeiro tempo, e criou as melhores chances até fazer o primeiro gol.

Aos 37 minutos do primeiro tempo, Paulo Cezar Caju lançou para Renato no campo de ataque. O ponta arrancou pelo lado direito, entortou o zagueiro Hieronymus dentro da área e chutou cruzado entre a trave esquerda e o goleiro Stein. No segundo tempo, o Grêmio manteve-se firme, mas os alemães conseguiram o empate quase no fim. Aos 40 minutos, Magath cobrou falta na cabeça de Jakobs, que escorou a bola para Schröder na pequena área. O volante só teve o trabalho de empurrar para a rede.

A disputa foi à prorrogação. No terceiro minuto, Caio cruzou pelo lado esquerdo para Tarciso, que não alcançou a bola. Ela sobrou para Renato, que limpou a marcação e bateu rasteiro no canto esquerdo do gol. A partir daí o time alemão cansou, e o Grêmio segurou o 2 a 1 que lhe deu o maior título da sua história.

Porto Alegre e o Rio Grande do Sul pararam para ver os campeões desfilarem na volta para casa. Renato Portaluppi ficou consagrado como o maior ídolo do Grêmio, e o clube confirmou a célebre afirmação de Gagarin: sim, a Terra é mesmo azul.


Foto Jurandir Silveira/Agência RBS

Juventus-SP Campeão Brasileiro Série B 1983

A Taça de Prata tinha o seu relativo sucesso na década de 80. Era mais democrática do que a própria primeira divisão. Para 1983, foi repetido exatamente o mesmo regulamento do ano anterior, com 36 times na primeira fase, e mais 12 entrando no mata-mata. Das equipes chamadas "12 grandes", nenhuma marcou presença na Série B.

Já o Guarani, campeão em 1981 voltava para a disputa desde o início. Mas o futuro campeão da Taça de Prata não começou a competição. A Juventus de São Paulo, ou da Mooca, começou a temporada na Taça de Ouro, mas não se classificou na primeira fase e foi "rebaixada" com outros 11 clubes para a terceira fase da segunda divisão.

No andar de baixo, o destaque da primeira fase foi o Santa Cruz, que venceu quatro dos cinco jogos, marcou dez gols e não sofreu nenhum. A boa campanha encerrou ali, pois a equipe foi eliminada na segunda fase para o Uberaba, que subiu para a fase final da primeira divisão ao lado do Guarani, do Americano-RJ e do Botafogo-SP.

É agora que começa a trajetória do Moleque Travesso. A equipe enfrentou nas oitavas de final o Itumbiara, de Goiás, um dos vices da segunda fase. Venceu por 3 a 1 em São Paulo e empatou no interior goiano em 1 a 1, assim avançando para as quartas de final.

O confronto na fase seguinte foi contra o Galícia, da Bahia. A partida de ida foi na Fonte Nova, e a Juventus venceu por 3 a 2. A partida de volta foi no Parque São Jorge, já que a Rua Javari não tinha (e não tem até hoje) iluminação artificial, e o time grená voltou a vencer, agora por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Joinville. Empatou sem gols em Santa Catarina e venceu por 2 a 1 em São Paulo, avançando para a decisão.

O rival na final foi o CSA. Em Maceió, no Rei Pelé, e a Juventus perdeu por 3 a 1. A história se tornou igual a do Campo Grande no ano anterior, e o Moleque precisou vencer por 3 a 0 no Parque São Jorge para forçar mais uma partida, também na Fazendinha. O desempate foi muito mais tenso, e a Juventus só conseguiu o gol do título no segundo tempo, em pênalti convertido por Paulo Martins. A vitória por 1 a 0 deu ao time da Mooca o acesso para 1984 e a maior conquista de sua longa história.

A campanha do Juventus-SP:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Juventus

Flamengo Campeão Brasileiro 1983

O Campeonato Brasileiro atingia o seu auge no ano de 1983, quando a Taça de Ouro registrou a maior média de público da história (22.953 pessoas). O regulamento com 40 equipes na primeira divisão, com mais quatro chegando do segundo nível, parecia consolidado. Ao mesmo tempo, o Flamengo continuava com sua base vencedora, mirando a conquista do tricampeonato.

Na primeira fase, os participantes foram separados em oito grupos de cinco times, com o Rubro-Negro ficando no grupo 1. Com oito jogos disputados, o Flamengo obteve cinco vitórias, dois empates e uma derrota, terminando a fase na vice-liderança com 12 pontos, um a menos que o líder Santos. Ambos nem imaginavam o desfecho da história. Três times por grupo se classificaram para a fase seguinte, e os quartos colocados foram à repescagem em confronto único eliminatório.

Na segunda fase, os 28 classificados se somaram aos times da segunda divisão e se dividiram em oito grupos. O Fla ficou no grupo 5, com Palmeiras, Americano e Tiradentes do Piauí. Jogando em dois turnos, o Rubro-negro administrou bem sua campanha, e marcou três vitórias, dois empates e uma derrota. Com oito pontos, ficou em segundo mais uma vez, a um ponto do Palmeiras.

Na terceira fase, 16 times avançaram e se colocaram em mais quatro grupos, com o Flamengo caindo no grupo 4. Enfrentando Corinthians, Goiás e Guarani, o Mengão repetiu a sequência da fase anterior, mas dessa vez ficando na liderança, deixando na vice o Goiás. Oito equipes seguiram para a fase final, em mata-mata.

O Flamengo enfrentou na quartas de final o Vasco. Em dois clássicos disputados, o Rubro-negro venceu a ida por 2 a 1 e empatou a volta em 1 a 1, eliminando o seu rival. Na semifinal, o adversário foi o Athletico-PR, e o Fla conseguiu bela vantagem no Maracanã, vencendo por 3 a 0. O time paranaense até tentou estragar tudo, mas o Flamengo suportou a derrota por 2 a 0 no Couto Pereira. A final teve o reencontro com o Santos, a pedra no sapato da primeira fase.

Já de melhor campanha, o Flamengo foi até o Morumbi e voltou de lá com derrota por 2 a 1. O Maracanã registrou o maior público da história do Brasileirão no jogo da volta. Mais de 155 mil torcedores viram Zico fazer o gol mais rápido em finais nacionais, em 40 segundos. A igualdade no saldo de gols já servia ao Rubro-Negro, mas Leandro e Adílio ampliaram o placar final para 3 a 0. Um gol para título brasileiro do Flamengo, o novo tricampeão.

A campanha do Flamengo:
26 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 57 gols marcados | 30 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo