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Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1995

A Supercopa Libertadores atingiu o ápice de participantes a partir de 1995. Com a entrada do Vélez Sarsfield um ano depois do título continental, a competição foi para 17 times. Para manter o mata-mata perfeito, a Conmebol determinou que uma das oito chaves das oitavas de final seria um triangular. São Paulo, Olimpia e Boca Juniors fizeram quatro jogos cada, com classificação foi brasileira.

Os outros sete confrontos foram simples, que levaram à mais uma conquista do Independiente, que chegou ao bicampeonato consecutivo. A campanha roja começou contra o mesmo adversário de 1994: o Santos. No primeiro jogo, apenas empate por 1 a 1 na Doble Visera. Na segunda partida, outro empate por 2 a 2 na Vila Belmiro levou a disputa aos pênaltis, onde os argentinos venceram por 3 a 2. 

Nas quartas, o Independiente encarou o Atlético Nacional. A ida aconteceu Medellín, no Atanasio Girardot, terminando com derrota argentina por 1 a 0. A volta foi na Doble Visera, e os rojos precisavam partir ao ataque para reverter o resultado. Ainda no primeiro tempo, Gustavo López anotou os dois gols que deram a vitória por 2 a 0 e mais uma classificação.

A semifinal foi um clássico argentino, entre Independiente e River Plate. A primeira partida foi em Avellaneda, mas os rojos iniciaram levando dois gols. A reação e o empate por 2 a 2 veio na etapa final. O segundo jogo foi no Monumental, acabando em outro empate, por 0 a 0. Nos pênaltis, o Independiente mais uma vez foi melhor e venceu por 4 a 1.

A decisão da Supercopa foi entre Independiente e Flamengo, que eliminou Vélez Sarsfield, Nacional do Uruguai e Cruzeiro. A ida foi disputada na Doble Visera, e o time rojo começou muito bem, marcando logo no primeiro minuto com Javier Mazzoni. Aos 27 do segundo tempo, Cristian Domizzi fez 2 a 0. A volta aconteceu no Maracanã, e os argentinos seguraram o ímpeto de 105 mil torcedores ao perder por apenas 1 a 0, insuficiente para tirar o bicampeonato rojo.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1994

Pelo terceiro ano consecutivo, a Supercopa Libertadores manteve o regulamento com mata-mata perfeito, de 16 times. Mas só ocorreu porque a Conmebol não teve tempo de incluir o novo campeão da Libertadores, o Vélez Sarsfield, na edição de 1994, pois o término de uma foi uma semana antes do início da outra.

Argentino a mais, argentino a menos, o fato é que a Argentina recuperou a hegemonia da competição, para não largar mais. O Independiente acabou com dez anos de tabu sem vencer competições internacionais na Supercopa de 1994, com direito a revanche e tudo.

A campanha roja foi quase uma Copa do Brasil. Nas oitavas de final, o time passou pelo Santos depois de perder a ida por 1 a 0 na Vila Belmiro, e golear a volta por 4 a 0 na Doble Visera, em Avellaneda. Nas quartas, o adversário foi o Grêmio. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico, em Porto Alegre, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi em Avellaneda, e o Independiente  venceu por 2 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Cruzeiro. Outra vez, os rojos vieram ao Brasil para fazer a partida de ida. No Mineirão, nova derrota por 1 a 0 deixou o time na obrigação de fazer o placar positivo na volta. E tal qual nas oitavas, o Independiente avançou com goleada na Doble Visera: 4 a 0, com dois gols de Albeiro Usuriaga, um de Sebastián Rambert e um de Juan Serrizuela.

A final foi contra o Boca Juniors, que bateu Nacional do Uruguai, River Plate e São Paulo. Era a chance de revanche do Independiente, que em 1989 foi vice para o rival. O primeiro jogo aconteceu em La Bombonera. Os donos de casa saíram de casa no primeiro tempo, mas Rambert buscou o empate por 1 a 1 aos 37 minutos do segundo tempo tempo. A segunda partida foi na Doble Visera, e com outro gol de Rambert, o rojo venceu por 1 a 0 e ficou com o título inédito.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Copa Sul-Americana 2017

Tudo novo de novo na Copa Sul-Americana. Em 2017, a Conmebol reformulou totalmente seu calendário. Libertadores e Sul-Americana deixaram de acontecer em semestres diferentes e passaram a ocupar o ano todo. De tal forma, ficou impossível para os clubes disputarem ela desde o início ao mesmo tempo.

O modelo copiado foi o europeu: os terceiros colocados dos grupos da Libertadores seriam deslocados para a Sul-Americana. Esta, por sua vez, passou a contar com 44 times na primeira fase. Destes, 22 se juntariam aos oito terceiros e os dois melhores eliminados da preliminar da Libertadores. Tudo no formato mata-mata, com datas mais espaçadas.

O primeiro vencedor neste novo regulamento foi um bicampeão: o Independiente. O clube argentino iniciou sua campanha na primeira fase, contra o Alianza Lima. O primeiro jogo, no Libertadores de América, ficou empatado sem gols. Na segunda partida, no Peru, vitória roja por 1 a 0. Na segunda fase, o adversário foi o Deportes Iquique, egresso da Libertadores. A ida, em casa, acabou com vitória do Independiente por 4 a 2. A volta, no Chile, confirmou a classificação com outro triunfo, por 2 a 1.

Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Atlético Tucumán, depois de perder no norte da Argentina por 1 a 0, e vencer em Avellaneda por 2 a 0. Nas quartas, o rojo eliminou o Nacional do Paraguai com vitórias por 4 a 1 fora e por 2 a 0 em casa. A semifinal foi contra outro paraguaio, o Libertad. Na ida, em Assunção, derrota por 1 a 0. Na volta, no Libertadores, quase 48 mil torcedores empurraram o Independiente rumo à vitória por 3 a 1.

A final da Copa Sul-Americana foi contra o Flamengo, eliminado da Libertadores que passou por Palestino, Chapecoense, Fluminense e Junior Barranquilla. O primeiro jogo aconteceu em Avellaneda. De virada, Emanuel Gigliotti e Maximiliano Meza deram a vitória por 2 a 1 ao Independiente.

A segunda partida foi realizada no Maracanã. Depois de 22 anos, o rojo voltava ao Rio de Janeiro para decidir um título continental contra o Flamengo (Supercopa de 1995). O confronto começou mal, devido aos brasileiros abrirem o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Aos 39, porém, Esequiel Barco converteu um pênalti, e o empate por 1 a 1 confirmou o segundo título do clube.

A campanha da Independiente:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Mauro Pimentel/AFP

Independiente Campeão da Copa Sul-Americana 2010

Começou uma nova década, e a Copa Sul-Americana mudou mais uma vez, em 2010. O número de clubes aumentou de 31 para 39, de tal forma que fez a Conmebol colocar uma fase a mais na competição, sem a participação de brasileiros e argentinos.

Argentina e Brasil só entraram na segunda fase. Entre eles, o Independiente. Longe do título da Libertadores desde 1984, e qualquer taça continental desde 1995, o rojo conseguiu ter um sopro dos bons momentos do passado e chegou ao título inédito.

O primeiro adversário do Independiente foi o Argentinos Juniors. Na ida, venceu por 1 a 0 em seu estádio, o Libertadores de América. Na volta, empatou por 1 a 1 no Diego Maradona, em Buenos Aires. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Defensor. No primeiro jogo, o rojo perdeu no Uruguai por 1 a 0. Precisando da vitória na segunda partida, a classificação vermelha veio na virada em Avellaneda por 4 a 2.

Nas quartas, o Independiente enfrentou o Deportes Tolima. Em Ibagué, na Colômbia, o time argentino arrancou o empate por 2 a 2. O resultado bastou para que a classificação chegasse no segundo jogo por meio do regulamento. No Libertadores de América, o rojo ficou no empate por 0 a 0, e a regra do gol anotado fora de casa foi acionada.

A semifinal foi disputada contra a LDU Quito, defensora do título naquela temporada. A primeira partida foi realizada no Casa Blanca, no Equador, e o Independiente conseguiu sair de um desastre por 3 a 0 para uma derrota alcançável por 3 a 2. O segundo jogo foi em Avellaneda. Com tensão, o rojo conseguiu vencer por 2 a 1 e se classificar mais uma vez pelos gols como visitante.

A decisão da Sul-Americana de 2010 foi entre Independiente e Goiás. A zebra brasileira eliminou Grêmio, Peñarol, Avaí e Palmeiras. No Brasileirão, a equipe goiana brigava para não ser rebaixada. Mas com foco diferente, ela conseguiu impor aos argentinos uma derrota por 2 a 0 na ida, no Serra Dourada. Na volta, no Libertadores, o Independiente respondeu com vitória por 3 a 1, gols de Julián Velázquez e Facundo Parra (dois). Nos pênaltis, 100% de aproveitamento e 5 a 3 na conquista do título.

A campanha do Independiente:
10 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Luis Ramirez/LatinContent/Getty Images


Foto Arquivo/Photogamma

Independiente Campeão da Libertadores 1984

Nunca a Argentina estava há tanto tempo sem vencer a Libertadores. Desde o título de 1978 do Boca Juniors até 1983, o país pegou somente um vice, em 1979. Mas um clube voltaria de seu descanso para dar a última demonstração de força na maior competição sul-americana. Nove anos depois de obter o inalcançável tetra consecutivo, o Independiente conquistou mais uma taça, a sétima e derradeira.

Campeão metropolitano, o Rojo entrou no grupo 1 da primeira fase, enfrentando Estudiantes e os paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño. Depois da estreia com empate por 1 a 1 contra os compatriotas em La Plata, o time foi ao Paraguai e voltou com uma vitória e uma derrota: 1 a 0 sobre o Luqueño e 1 a 0 para o Olimpia.

No returno, as vitórias em casa (2 a 0 no Luqueño, 4 a 1 no Estudiantes e 3 a 2 no Olimpia) deixaram o Independiente quase classificado, com nove pontos. Mas o decano paraguaio chegava para seu último jogo com sete. E eles venceriam o Estudiantes por 1 a 0 na Argentina, igualando a pontuação roja.

Mas para o alívio de meia Avellaneda, faltou saldo aos paraguaios, 6 a 3. Classificação garantida, o Independiente foi à segunda fase contra Nacional do Uruguai e Universidad Católica. A campanha na semi foi mais tranquila, com a equipe arrancando dois empates fora de casa (1 a 1 no Uruguai e 0 a 0 no Chile) e vencendo suas partidas na Doble Visera (2 a 0 na Católica e 1 a 0 no Nacional), o clube argentino garantiu sua sétima final na história. Uruguaios e chilenos até desistiram de fazer o último jogo, transformado em mero amistoso na chave.

Na decisão, o Independiente enfrentou o Grêmio, que bateu Flamengo e ULA Mérida na fase anterior. Em duas partidas duríssimas, o Rojo se fez valer da sua mística para impedir o segundo título brasileiro. A ida foi disputada em Porto Alegre, no Estádio Olímpico, e os argentinos conseguiram a vantagem mínima, vencendo por 1 a 0. O gol, que seria o da conquista, foi marcado por Jorge Burruchaga.

A volta foi na Doble Visera, em Avellaneda, e o Independiente segurou o 0 a 0 que valeu o hepta. Uma façanha jamais igualada, um momento que nunca mais seria repetido pelo Rey de Copas argentino.

A campanha do Independiente:
12 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1975

A quadrilogia vencedora do Independiente teve seu último ato em 1975. As coisas nesta Libertadores aconteceram nos mesmos moldes do segundo e do terceiro ato, com o time começando a campanha diretamente na segunda fase.

A melhor participação na fase de grupos foi do Universitario. O time peruano anotou dez pontos. No mais, é digna de registro a disputa entre os argentinos. Em uma rara edição sem clubes de Buenos Aires, Rosario Central e Newell's Old Boys ficaram empatados com oito pontos. A classificação ficou com a equipe canalha, que superou a dos leprosos no saldo de gols (3 a 1).

A semifinal teve início com o Independiente enfrentando exatamente o Central. No Gigante de Arroyito, derrota por 2 a 0. A situação piorou quando o time levou outro 2 a 0, do Cruzeiro em Belo Horizonte. Zerado, o time rojo precisava vencer seus dois jogos em casa e torcer para que o Central também derrotasse os mineiros (que haviam vencido os rosarinos no Brasil). Isso tudo se o saldo de gols favorecesse. Na Doble Visera, o Independiente devolveu os 2 a 0 no Central. Em Rosario, o dono da casa aplicou 3 a 1 nos brasileiros.

Ambos ficaram com quatro pontos, contra dois dos rojos. O saldo até ali era de menos um, contra um dos brasileiros e zero dos compatriotas. Ou seja, a vitória sobre o Cruzeiro precisava ser por três gols de diferença. E assim foi, com um 3 a 0 que positivou o saldo para um e negativou o dos cruzeirenses para menos um, que o Independiente chegou à quarta final seguida.

A decisão foi em três jogos contra o Unión Española, do Chile, que eliminou Universitario e LDU Quito. O primeiro foi no Nacional de Santiago, com derrota por 1 a 0. O segundo foi em Avellaneda, com vitória por 3 a 1. O hexa do Indpendiente veio na terceira partida, no Defensores del Chaco, em Assunção, ao fazer 2 a 0 nos chilenos. Sinal da perda de fôlego do elenco e do fim de um ciclo, foi o título com campanha mais irregular.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 10 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1974

A história roja continuou a ser escrita em letras douradas. Tetracampeão da Libertadores e atual bi, o Independiente voltaria a superar as próprias barreiras em 1974, em uma edição que um clube brasileiro quase estragou a festa. Os venezuelanos voltaram à competição, deixando a fase de grupos com os 20 times previstos. Enquanto isso, os campeões esperavam pela semifinal.

A primeira fase foi bem competitiva, com a definição de três classificados com só um ou nenhum ponto de diferença para os vice-líderes: Defensor Lima, Peñarol e Huracán. Mas os argentinos fecharam com dez pontos e a melhor campanha junto do São Paulo, que liderou com facilidade sua chave. O Rojo começou sua trajetória exatamente diante do Peñarol e do Huracán.

A estreia foi com empate fora diante do rival argentino, por 1 a 1. Contra os uruguaios, vitória por 3 a 2 em plena Montevidéu. No returno, vitória por 3 a 0 sobre o adversário hermano deixou o Independiente em boa situação para o confronto decisivo contra os carboneros. A partida foi na Doble Visera e os rojos aproveitaram-se de ter a vantagem do empate, fazendo 1 a 1 e conseguindo um lugar na final com seis pontos, contra cinco da equipe uruguaia.

Na outra chave, o São Paulo passou por Millonarios e Defensor Lima para ser o outro finalista. A parada mais difícil para o Independiente até então. Na ida, os argentinos perderam por 2 a 1 no Pacaembu. Precisando da vitória na volta para forçar o desempate, o clube bateu os brasileiros por 2 a 0 em Avellaneda, gols de Ricardo Bochini aos 34 do primeiro tempo e de Agustín Balbuena aos três do segundo.

A derradeira ficou para o Estádio Nacional de Santiago, onde a vantagem do empate seria roja. Mas não foi preciso, pois o Independiente voltou a derrotar os paulistas, desta vez por 1 a 0. O gol de penta saiu aos 37 da etapa inicial, com o capitão e ídolo Ricardo Pavoni.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1973

Depois de retornar ao caminho dos títulos na Libertadores, o Independiente ficou imparável. Logicamente, entrar já na fase semifinal facilitou as coisas, mas a alcunha "Rey de Copas" começava a se justificar.

Na edição de 1973, a competição ficou desfalcada dos clubes venezuelanos, que enfrentavam problemas internos com a federação do país. A primeira fase foi composta por 18 equipes e um dos grupos foi transformado em confronto mata-mata, entre Millonarios e Deportivo Cali.

As demais quatro chaves transcorreram normalmente, com a melhor campanha ficando na conta do San Lorenzo, com dez pontos no grupo 1. O Independiente já estava na fase seguinte, em que enfrentou o próprio San Lorenzo, além do Millonarios.

A estreia foi com derrota para os colombianos, por 1 a 0 em Bogotá. A recuperação veio na volta, na Doble Visera, derrotando os azules por 2 a 0. Sobraram as partidas com o rival argentino, que definiram o finalista. Em Buenos Aires, empate por 2 a 2 deixou os azulgrana na liderança. Era preciso vencer em Avellaneda para conseguir o lugar na decisão. E assim foi feito, com 1 a 0 no placar.

A decisão foi disputada contra o Colo-Colo, que bateu Cerro Porteño e Botafogo na semifinal. O time chileno veio com força para tentar desbancar o Independiente, tanto que a partida de ida na Doble Visera terminou empatada por 1 a 1. El Rojo não podia perder o segundo jogo. E conseguiu, segurando outro empate, por 0 a 0, no Nacional de Santiago.

O desempate foi marcado para o Centenario, em Montevidéu. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Mario Mendoza abriu o placar, mas Carlos Caszely empatou aos 39. Só na prorrogação houve a definição a favor do tetra do Independiente, com Miguel Giachello fazendo 2 a 1 no primeiro minuto do segundo tempo. O Rey de Copas nunca mais seria ultrapassado no ranking de títulos da Libertadores.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1972

Rei morto, rei posto. Um ditado comum na política que pode ser aplicado também ao esporte. Principalmente o futebol. Após três temporadas de domínio, o Estudiantes não levou a Libertadores em 1971, caindo logo depois no ostracismo (levaria uma década para ressurgir). Mas para 1972 a Argentina retornaria com outra dinastia, que já havia tido um ensaio nos anos 1960 e voltaria para assumir todos os recordes, a maioria perdurando até a atualidade, com o Independiente.

Campeão metropolitano, o time rojo participou da primeira fase no grupo 1, junto de Rosario Central e os colombianos Santa Fe e Atlético Nacional. A classificação veio com quatro vitórias, dois empates e dez pontos na liderança da chave. O principal resultado foi o 4 a 2 sobre o Santa Fe em plena Bogotá. 

Na segunda fase, o sorteio colocou o Independiente frente a São Paulo e Barcelona de Guayaquil. Sua estreia foi no Equador, empatando por 1 a 1. Na sequência, vitória por 1 a 0 sobre os equatorianos em Avellaneda. No Brasil, a equipe roja perdeu sua primeira na competição, levando 1 a 0 do São Paulo. A disputa da vaga na final ficou mesmo entre os dois, na Doble Visera, na última rodada. E com vitória por 2 a 0 o clube argentino voltou à decisão depois de sete anos.

Seu adversário foi uma surpresa. Vindo do Peru, o Universitario derrubou simplesmente Nacional e Peñarol na semifinal. A partida de ida aconteceu no Estádio Nacional de Lima, e o Independiente soube segurar a pressão, levando para casa um empate sem gols.

A volta foi em Avellaneda, na Doble Visera. O placar foi aberto aos seis minutos do primeiro tempo, com Eduardo Maglioni. O segundo gol veio aos 16 da etapa complementar, novamente com Maglioni. O Universitario chegou a reagir aos 34 minutos, com Percy Rojas, mas a história já apontava para o Independiente, que venceu por 2 a 1, ficou com o tri da Libertadores e deu início a uma sequência de quatro taças jamais igualada.

A campanha do Independiente:
12 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1965

A Copa dos Campeões da América mudou para o nome que a consagrou a partir de 1965. Saiu a denominação comum, entrou a homenagem aos homens que lideraram a independência do continente no século 19: Copa Libertadores da América. Apesar da mudança, o campeão continuou igual, com o Independiente juntando-se a Peñarol e Santos no clube dos bicampeões.

O regulamento da competição manteve-se sem alterações, exceto pela exclusão da fase preliminar. Isso porque a Colômbia não indicou representante e nove times formaram a primeira fase, em três grupos. 

Defensores do título, Los Diablos Rojos entraram somente na semifinal. Até chegar lá, a primeira fase correu solta. Boca Juniors e Santos venceram todas as quatro partidas e classificaram-se com folgas. Já o Peñarol precisou superar o Guaraní do Paraguai no saldo de gols para conseguir a terceira vaga.

A campanha do Independiente começou no confronto local contra o Boca. Os dois jogos foram disputados no Monumental de Nuñez. No primeiro, vitória dos vermelhos por 2 a 0. No segundo, os azuis e amarelos fizeram 1 a 0. Como o saldo de gols não era válido neste momento para o desempate, uma partida extra foi realizada no mesmo estádio. Após 90 minutos do tempo normal e 30 da prorrogação, o clássico terminou 0 a 0. Só aqui o saldo entrou como critério, classificando o Independiente à decisão.

Seu adversário na final foi o Peñarol, que também passou pelo Santos em três jogos. A ida contra os uruguaios aconteceu na Doble Visera, em Avellaneda, com Raúl Bernao marcando o gol da simples vitória por 1 a 0. A volta foi disputada no Centenario, em Montevidéu, e os carboneros aplicaram 3 a 1 nos rojos, forçando a terceira partida.

O jogo extra foi realizado em Santiago do Chile, no Estádio Nacional, e em atuação sensacional o Independiente goleou por 4 a 1, gols de Carlos Pérez (contra), Bernao, Roque Avallay e Osvaldo Mura, conquistando assim sua segunda taça.

A campanha do Independiente:
6 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Libertadores 1964

A ainda incipiente Copa dos Campeões da América começava a ganhar suas pequenas histórias de hegemonia. Depois de Peñarol e Santos, seria a vez do Independiente, de Avellaneda, inaugurar para a Argentina uma era de títulos. Pela primeira vez, a competição teria todos os dez países da Conmebol participando, devido a filiação da Venezuela no ano anterior.

No total, 11 times entraram na disputa, divididos em três grupos, com o campeão vigente já na semifinal e um confronto preliminar antes de tudo, para enxugar a primeira fase em nove equipes.

Los Diablos Rojos ficaram no grupo 2, junto com Alianza Lima e Millonarios. Contra os peruanos, os argentinos venceram em casa por 2 a 0 e empataram fora (no estádio do rival Racing) por 2 a 2. Diante dos colombianos, o Independiente aplicou 5 a 1 na Doble Visera, garantindo a classificação com sete pontos. A partida em Bogotá nem chegou a ser realizada, por causa de brigas entre Conmebol e Federação Colombiana.

A semifinal foi contra o Santos. Em dois jogos cercados de enormes polêmicas, o time argentino venceu por 3 a 2 na ida no Rio de Janeiro e por 2 a 1 na volta em Avellaneda, classificando-se à final.

Um campeão inédito seria decretado na decisão da quinta edição da Libertadores. O Independiente enfrentou o Nacional do Uruguai, que havia batido o Colo Colo na semi. Foram duas partidas recheadas de tensão, com os gols quase que desaparecendo. O jogo de ida acabou com empate por 0 a 0, no Centenario, em Montevidéu.

A volta foi disputada na Doble Visera, em Avellaneda, e com gol solitário de Mario Rodríguez, aos 35 minutos do primeiro tempo, o Independiente venceu por 1 a 0 e levou o primeiro de seus sete títulos, no que deu origem a uma alcunha utilizada até hoje por torcida e imprensa: "El Rey de Copas".

A campanha do Independiente:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Independiente

Independiente Campeão Mundial 1984

Poucos clubes de futebol no mundo dominam a arte de vencer copas, sejam elas nacionais ou internacionais. E quando falamos em times copeiros, a Argentina logo vem à cabeça de todos os pensadores sobre o assunto. Em 1984, o Independiente era o maior expoente desta categoria, hexacampeão da América do Sul, com quatro taças em sequência (1972-1975). Mas quando se tratava do Mundial não conseguia traduzir sua força, levando somente o título de 1973.

A campanha do sétimo título da Libertadores do time de Avellaneda foi com grandes vitórias sobre adversários fortes. Antes da final, o clube passou por Olimpia, Estudiantes, Nacional-URU e Universidad Católica. Na decisão, foi a vez de derrubar o então campeão Grêmio, vencendo fora de casa por 1 a 0 e empatando em casa por 0 a 0.

Ao mesmo tempo, o Liverpool seguia construindo sua identidade na Europa ao vencer pela quarta vez a Copa dos Campeões. O time inglês eliminou Athletic Bilbao, Benfica e Dínamo Bucareste antes de ser tetracampeão contra a Roma: empate por 1 a 1 e vitória nos pênaltis por 4 a 2.

O time de Kenny Dalglish e Ian Rush iria para a segunda presença na Copa Intercontinental, enquanto a equipe de Ricardo Bochini e Jorge Burruchaga partia rumo à sexta. A diferença entre títulos e participações se dá pela caótica década de 70, onde o Liverpool desistiu em 1977 e 1978 e o Independiente ficou sem poder jogar em 1975.

O Nacional de Tóquio recebeu portenhos e britânicos em 9 de dezembro. Depois de duas edições jogadas com tempo fechado, a de 1984 foi sob o sol, que esquentou um pouco o sempre rigoroso inverno japonês. A partida foi um pouco mais truncada que o normal, mas nada que descambasse para a violência. O Liverpool começou tendo mais controle, porém sem criar chances, e o Independiente preferiu postar-se para esperar os contra-ataques, conhecendo os seus limites.

A tática do Rojo funcionou, até um tanto cedo. Aos seis minutos de jogo, Burruchaga dividiu a bola no meio-campo e ela caiu nos pés de Claudio Marangoni, que lançou-a para José Percudani. O atacante saiu de trás da zaga inglesa, ficou cara a cara com Grobbelaar e tocou por cima do goleiro.

Depois do gol, o técnico José Pastoriza ordenou aos argentinos para segurar o jogo, entregando de vez a bola ao Liverpool. Os 84 minutos seguintes foram longos, mas o time inglês não teve força para superar a defesa hermana. Assim, o 1 a 0 sustentou-se até o fim, e o Independiente conseguiu seu segundo Mundial. Foi o último grande ato de um verdadeiro rei de copas, que recolheu-se para a história nas décadas seguintes.


Foto Arquivo/Independiente

Independiente Campeão Mundial 1973

Problemas, problemas e mais problemas. Este foi o lema que regeu a Copa Intercontinental de 1973. A vitória do Ajax sobre o Independiente na edição de 1972 não somente não normalizar a relação entre europeus e sul-americanos, como tratou de azedá-la ainda mais UEFA e Conmebol tentavam a todo custo manter em pé o prestígio da sua competição, mas a colaboração parecia pequena.

O time holandês - temerário com o jogo violento argentino - voltou atrás na ideia de participar do Mundial imediatamente após a conquista. A decisão só seria mudada outra vez caso outro país conquistasse a Libertadores. A primeira parte da questão foi respondida quando o Ajax venceu o tri na Copa Europeia, derrotando a italiana Juventus por 1 a 0 na final. A segunda parte veio na decisão da Libertadores, e foi “infeliz”. Pois era o próprio Independiente o campeão (pela quarta vez), batendo o chileno Colo Colo em três jogos: 0 a 0 na ida, 1 a 1 na volta e 2 a 1 no desempate.

O Ajax cumpriu pela segunda vez com a promessa e abriu mão de sua vaga. A equipe alegou dificuldades econômicas, mas nas entrelinhas os dirigentes já sabiam o real motivo do declínio. O que restou foi convidar a Juventus. Porém, os incidentes de 1969 com o Milan ainda estavam fortes na memória dos italianos, e o clube de Turim a princípio não topou o convite. Mas fez uma contra-proposta para aceitá-lo: que o Mundial fosse disputado em partida única na Itália.

Então foi a vez de o Independiente reclamar. O time não queria perder a chance de jogar em casa, já que o rodízio apontava que a volta de 1973 seria na América do Sul. Só após muita negociação que o time argentino aceitou fazer um jogo único, assumindo um risco de não conseguir a vitória na Europa e acumular um quarto vice-campeonato.

O atraso causado pela costura do acordo entre Independiente e Juventus empurrou a disputa para o fim do ano. No dia 28 de novembro, o Estádio Olímpico de Roma recebeu a partida decisiva entre os dois clubes. O Mundial já estava em crise, e a organização não ajudou: numa quarta-feira à tarde e em campo neutro só pouco mais de 22 mil torcedores compareceram nos 72 mil lugares.

Os italianos dominaram na maioria do tempo, mas o gol não saiu. O meia Cuccureddu perdeu um pênalti durante o segundo tempo e o goleiro Santoro salvou várias finalizações. A sorte estava do lado dos Diablos Rojos. Aos 35 minutos da etapa final, o meia Bochini chutou forte na saída do goleiro Zoff, a bola desviou levemente no zagueiro Gentile, ganhou altura e parou dentro do gol. O 1 a 0 permaneceu até o fim, e o Independiente finalmente conseguiu seu grito de campeão mundial, depois de três vices frustrantes.


Foto Arquivo/Independiente