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Santa Cruz Campeão Pernambucano 1973

A maior hegemonia da história do Santa Cruz chegou ao fim em 1973. A conquista do pentacampeonato pernambucano, com quase 100 gols marcados, foi o auge de uma das eras mais felizes do clube tricolor, que tempos depois, em 1975, atingiu a melhor colocação na história do Brasileirão, no quarto lugar.

Antes, o penta. O Campeonato Pernambucano de 1973 teve oito equipes em três turnos. No primeiro, todas se enfrentaram em jogos de ida e volta, com o campeão garantindo um lugar na final e os sete primeiros passando à próxima fase. No segundo turno, a fórmula foi a mesma, com sete times na disputa e as cinco melhores passando à próxima fase. O terceiro turno decidiu o último finalista, também com jogos em ida e volta. Cada turno deu um ponto extra aos finalistas.

A campanha do Santinha começou com vitória por 3 a 1 em cima do Íbis. A sequência continuou com mais 12 triunfos e um empate nas 13 partidas seguintes. Com 27 pontos, o clube conseguiu a liderança e a vaga na final com seis pontos de vantagem sobre o vice Náutico. O Santo Amaro foi eliminado.

Quase perfeito, o Santa Cruz foi ao segundo turno e estreou com mais uma vitória sobre o Íbis, desta vez por 5 a 0. Depois, emplacou dez vitórias e um empate em 11 partidas, que deixaram o time mais uma vez na liderança, com 23 pontos e dois extras na final. Os eliminados da vez foram Central e Íbis.

O terceiro turno foi disputado com Santa Cruz, Sport, Náutico, América de Recife e Ferroviário de Recife. Na abertura, o Santinha empatou por 2 a 2 com o Sport. Na segunda partida, venceu por 2 a 1 o Náutico. Nos seis jogos seguintes, o clube obteve mais três vitórias e três empates. Com 12 pontos, o Santa Cruz ficou empatado com o Sport na liderança, e o regulamento determinou uma partida de desempate. Na Ilha do Retiro, os tricolores sofreram a única derrota no campeonato, por 1 a 0.

O Santa Cruz quase levou o título antecipado com os três turnos ganhos, mas teve que disputar a final com o Sport. A vantagem sobre o rival era boa, com dois pontos extras contra um. Assim, bastou vencer o primeiro jogo da decisão para o Santinha levar o 14º título estadual, em plena Ilha do Retiro, por 2 a 0.

A campanha do Santa Cruz:
36 jogos | 29 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 96 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1972

Um título tranquilo, soberano, que mostrou porque o Santa Cruz era o clube dominante em Pernambuco naquele período. Em 1972, o clube chegou ao tetracampeonato estadual e 13ª conquista no geral, evidenciando ainda mais o grande momento vivido.

O torneio daquela temporada teve a participação de oito equipes, em uma disputa com duas fases. Na primeira, houve enfrentamento em dois turnos, com o líder garantindo vaga na final e os seis primeiros passando à etapa seguinte. Na segunda fase, esses seis times jogaram mais dois turnos, com o líder também classificado à decisão.

Mas a final não foi necessária, porque o Santinha levou as duas fases. Na estreia, o cartão de visitas foi a goleada por 8 a 0 sobre o Íbis. Na partida seguinte, outra vitória com placar elástico, por 5 a 0 sobre o Santo Amaro. Nos outros 12 jogos, o Santa Cruz obteve mais nove vitórias e três empates, que deixaram o time na liderança da primeira fase com 25 pontos, sete a mais que o vice Sport e o terceiro Náutico.

Santo Amaro e Íbis ficaram na primeira fase, enquanto Santa Cruz, Sport, Náutico, Central, América de Recife e Ferroviário de Recife seguiram em frente. O time tricolor começou a segunda fase com vitória por 3 a 0 sobre o Ferroviário, que foi emendada com mais triunfos, sem dar chance aos adversários.

Ao fim de sete rodadas, o Santinha tinha sete vitórias e 14 pontos na liderança, contra dez do Central, nove do Náutico e oito do Sport. A vantagem era enorme, com três chances de levar o título antecipado. Na oitava partida, o time tricolor enfrentou justamente o vice Central, nos Aflitos. Uma vitória simples já confirmaria a conquista, mas o Santa Cruz foi além e garantiu a taça com goleada por 4 a 0. Sem necessidade de final e com duas rodadas de antecedência.

A campanha do Santa Cruz foi quase perfeita. No penúltimo jogo, a equipe recebeu o Náutico no Arruda e goleou por 4 a 1. E a campanha só não acabou invicta porque na última partida os tricolores perderam, talvez de ressaca, por 1 a 0 para o Sport na Ilha do Retiro.

A campanha do Santa Cruz:
24 jogos | 20 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 68 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1971

Em 1971, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato pernambucano, dentro de sua maior sequência de hegemonia. Foi o 12º título da história do clube tricolor, em um campeonato super enxuto, mas com muita rivalidade em campo.

Apenas seis times participaram do torneio estadual: Santa Cruz, Sport, Náutico, Central, América de Recife e Ferroviário de Recife. Por conta disto, a Federação Pernambucana de Futebol teve que se virar para fazer um calendário o mais longo possível. A disputa contou com três turnos independentes, com jogos só de ida. O campeão de cada fase garantiu vaga na decisão, que poderia ser um confronto direto ou um triangular final. Ou nem mesmo ter final, se o mesmo clube vencesse os três turnos.

Pois foi no quase que o Santinha não levou o título com os três turnos conquistados. No primeiro, venceu quatro jogos e perdeu um, levando a vaga na decisão com oito pontos, um a mais que Sport e Náutico e com vitória por 2 a 1 sobre o rival alvirrubro na última rodada, no Arruda.

No segundo turno, o Santa Cruz venceu as cinco partidas, conquistando mais uma vez a liderança com dez pontos. Desta vez, a confirmação veio na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport na Ilha do Retiro. Foram três pontos de vantagem sobre o rival rubro-negro.

A conquista do terceiro turno traria o título antecipado ao Santa Cruz. Mas o clube foi irregular nesta fase, com duas vitórias, dois empates e uma derrota. Com seis pontos, o Santinha foi apenas o terceiro colocado, três pontos atrás do Sport, que venceu a fase e foi à decisão. Na última rodada, a derrota do Santa por 2 a 1 para o Náutico e a vitória do Sport sobre o América adiaram o fim do estadual.

A final do Pernambucano de 1971 foi em jogo único. O estádio escolhido foi a Ilha do Retiro, mas a sede era considerada neutra, sem atribuição de mando de campo ao Sport. Em caso de empate no tempo normal, haveria 30 minutos de prorrogação. Enfim, após 0 a 0 nos 90 minutos, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato ao fazer 1 a 0 no tempo extra.

A campanha do Santa Cruz:
16 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1970

O ano de 1970 foi um marco histórico para o Santa Cruz. Não apenas por causa da conquista do bicampeonato pernambucano, seu 11º título estadual, mas também por conta da abertura do Estádio José do Rego Maciel, o Arruda. A casa da Cobra-coral estava sendo construída desde 1965 e seria concluída em 1972, porém o clube passou a mandar seus jogos no local em 1970, ainda em obras.

O estadual teve o mesmo regulamento do ano anterior, com oito participantes. Na primeira fase, Sport, Náutico, Central, América de Recife, Santo Amaro, Ferroviário de Recife, Íbis e Santa Cruz se enfrentaram em dois turnos. O campeão se garantiu na final e os seis primeiros colocados passaram à segunda fase. Na etapa seguinte, os enfrentamentos também aconteceram em turno e returno, o com o líder ocupando a outra vaga na decisão.

Se em 1969 o Santinha só conseguiu chegar na final na disputa da segunda fase, em 1970 as coisas foram diferente. Em 14 partidas na primeira etapa, o time venceu 11, empatou duas e perdeu uma. Com 24 pontos, o Santa Cruz foi líder com um de vantagem sobre o Sport e dois sobre o Náutico. A classificação à decisão veio de maneira antecipada, ao derrotar o rival Náutico por 2 a 0 fora de casa, na penúltima rodada. Sport, Náutico, Central, América e Santo Amaro foram os outros que avançaram

Na segunda fase, o Santa Cruz entrou podendo até ser campeão sem precisar da final, caso também fosse líder. Mas a equipe ficou na segunda posição, com 15 pontos em dez jogos. Foram sete vitórias, um empate e duas derrotas na continuação da campanha. Na última rodada, o Santa empatou por 1 a 1 com o rival Sport na Ilha do Retiro, enquanto o Náutico fez 1 a 0 no Central e encerrou em primeiro lugar com 17 pontos.

O título foi definido no Clássico das Emoções. A primeira partida entre Santa Cruz e Náutico não foi nos Aflitos, e sim na Ilha do Retiro, terminando empatada por 0 a 0. O segundo jogo foi realizado no Arruda e o Santa venceu por 2 a 1, encaminhando a conquista. Bastava não perder a terceira partida, também no Arruda. Dito e feito: com vitória por 2 a 0, o Santa Cruz levantou de novo a taça estadual.

A campanha do Santa Cruz:
27 jogos | 20 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 61 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1969

O Campeonato Pernambucano é dominado por três forças de Recife: Sport, Náutico e Santa Cruz, com algumas alternâncias de hegemonia ao longo da história. No caso do Santinha, a maior dominância aconteceu entre 1969 e 1973, quando o clube venceu o penta estadual.

Imediatamente antes, o rival Náutico havia chegado ao hexa em Pernambuco. Ao passo que o Santa Cruz já estava há dez anos sem vencer. O ponto de virada na história veio no fim da década de 1960, em uma competição com oito participantes e regulamento simples. Na primeira fase, as equipes se enfrentaram em dois turnos. O líder garantiu vaga na decisão e os seis primeiros avançaram à segunda fase, que também disputada em dois turnos. Ao fim da fase, o líder garantiu a outra vaga na final.

O Santa Cruz iniciou a campanha do 10º título estadual enfrentando Sport, Náutico, Central, América de Recife, Santo Amaro, Ferroviário de Recife e Íbis. Em 14 partidas, o time venceu 11, empatou duas e perdeu uma, somando 24 pontos. Mas, apesar do alto aproveitamento e algumas goleadas, como os 15 a 2 sobre o Santo Amaro na quarta rodada, o Tricolor ficou na segunda posição da fase, um ponto atrás do rival Sport, que se colocou na final.

A última chance de classificação era o hexagonal da segunda fase, onde o Santinha encarou novamente Sport, Náutico, Central, América e Santo Amaro. Em mais dez jogos, a equipe venceu sete, empatou uma e perdeu duas. Com 15 pontos, o Santa Cruz garantiu lugar na decisão de maneira antecipada, ao golear o Santo Amaro por 4 a 0 em Recife.

O Clássico das Multidões decidiu o título pernambucano de 1969. Ainda sem o estádio próprio, o Santa Cruz mandou seus jogos nos Aflitos, enquanto o Sport possuía a Ilha do Retiro. A primeira partida foi na casa rubro-negra, mas o Santa venceu por 3 a 0. O segundo jogo foi com mando tricolor, e ficou empatado por 0 a 0, forçando o terceiro confronto. De novo na Ilha do Retiro, o Santa Cruz perdeu por 2 a 0 para o rival, o que levou ao quarto jogo. Por fim, de volta aos Aflitos, o Santinha fez 2 a 1 no Sport e colocou fim à decisão e ao jejum de títulos.

A campanha do Santa Cruz:
28 jogos | 20 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 78 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Santa Cruz Campeão da Copa do Nordeste 2016

A Copa do Nordeste de 2016 começou sem alterações em relação ao ano anterior. Nove Estados e 20 times em cinco grupos. A notável ausência nesta temporada foi a do Vitória. A Bahia possuía três vagas, mas o clube ficou em quarto lugar no estadual. Outro Estado com três vagas foi Pernambuco, e aqui quem faltou foi o Náutico. Mas com os outros terços da rivalidade, tudo certo. E era a hora do Santa Cruz despertar para o título inédito, após subir da quarta para a primeira divisão nacional em seis temporadas.

Na primeira fase, o Santinha ficou no grupo C da competição. Estreou contra o Bahia, e com derrota em casa por 1 a 0. Mas tirando o adversário de Salvador, tudo foi tranquilo. No turno, venceu o Confiança em Aracaju por 2 a 0 e empatou com o Juazeirense em Recife por 1 a 1. No returno, venceu o Juazeirense fora de casa por 1 a 0 e o Confiança no Arruda por 3 a 1. Já classificada, a Cobra-coral encarou o Bahia na Fonte Nova e perdeu novamente por 1 a 0. No fim, terminou na vice-liderança da chave com dez pontos.

Nas quartas de final, era a hora de encarar o então campeão Ceará. Venceu de virada a ida em casa por 2 a 1. Na volta no Castelão, o Santa cozinhou o jogo até conseguir a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. Então houve o reencontro com o Bahia, que na fase de grupos tinha marcado todos os 18 pontos possíveis.

A primeira partida foi no Arruda, e o Santa Cruz só conseguiu um empate amargo, por 2 a 2, daqueles em que o time sai perdendo, vira e leva o gol nos minutos finais. A segunda partida foi na Fonte Nova, e desta vez o Santinha estava vacinado. Fez o gol com Grafite aos 13 minutos e passou os 77 restantes se defendendo, buscando o contra-ataque. Tudo deu certo e a vitória por 1 a 0 colocou o time pernambucano na final.

O adversário na decisão foi o Campinense, que eliminou o Sport e melou a expectativa do clássico. A ida no Arruda foi sofrida, o Santinha venceu por 2 a 1 marcando o tento redentor aos 47 do segundo tempo, com Bruno Moraes. O gol foi mesmo redentor. Na volta em Campina Grande, o Santa Cruz foi campeão com empate por 1 a 1, com Arthur Caíke marcando a bola que selou o título da  Copa do Nordeste de 2016 e marcou o topo da escalada que o clube começou na Série D de 2011.

A campanha do Santa Cruz:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pablo Kennedy/Lancepress

Santa Cruz Campeão Brasileiro Série C 2013

E a Série C chega ao ano de 2013. Como não poderia deixar de ser, antes da competição houve uma pendenga judicial envolvendo Rio Branco-AC e Treze. O que houve: em 2011, o time acriano fora excluído da competição por ter entrado na Justiça Comum. Por isso o time paraibano, quinto lugar na Série D daquele ano, herdou sua vaga em 2012.

Já em 2013, o Rio Branco quis recuperar essa vaga. E após algumas liminares, o clube em acordo com o Treze. Por isso, naquela temporada a Série C contou com 21 times. Em meio a confusão, o Santa Cruz seguia sua escalada visando o retorno às divisões maiores do Brasileirão, o que culminaria em um inédito título nacional.

A estreia do Santinha foi muito boa, com vitória por 2 a 0 sobre o Luverdense no Arruda. Na sequência até a virada do turno foram mais quatro vitórias, incluindo duas goleadas: por 4 a 0 sobre o Rio Branco-AC e por 6 a 0 sobre o Treze. E no returno, outras cinco vitórias completaram a campanha. O Santa Cruz encerrou a primeira fase na liderança do grupo A, com 34 pontos, dez vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Nas quartas de final, o confronto que selou o retorno do clube à Série B depois de seis anos foi contra o Ipatinga. Na época, o adversário mineiro estava sediado em outra cidade, e até com outro nome: Betim. Para completar a mistura, a partida de ida foi jogada em um terceiro município, Nova Serrana. E na Arena do Calçado o Santa venceu por 1 a 0. A volta foi disputada no Arruda, e com certa dificuldade a Cobra Coral venceu por 2 a 1, com o gol do acesso marcado por Flávio Caça-Rato.

A semifinal foi contra o Luverdense, e o Santa Cruz se classificou com vitórias por 2 a 0 no Mato Grosso e por 2 a 1 em Pernambuco.

Chegada a hora da final, o Santinha enfrentou o Sampaio Corrêa. O primeiro jogo foi no Castelão de São Luís e encerrou com 0 a 0 no placar. O segundo jogo foi no Arruda, e o Santa Cruz foi ao ataque. Com gols de Dedé e Caça-Rato, o time do Recife venceu por 2 a 1 e conquistou o título, o primeiro do clube na esfera nacional. E depois deste momento histórico, o Santa seguiu na escalada e atingiu a primeira divisão em 2016. Mas, igual a muitos ciclos que vemos em clubes de futebol, o caminho se inverteu, e o Santa Cruz voltou para a terceira divisão novamente em 2018.

A campanha do Santa Cruz:
26 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 40 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Anderson Stevens/Futura Press

Santa Cruz Campeão Pernambucano 2016

O Santa Cruz mais uma vez chegou ao título pernambucano, o quinto em seis anos. Embalado ainda pela conquista do Nordestão, o Santinha fez a final estadual contra o Sport. Venceu no Arruda por 1x0 e empatou na Ilha do Retiro em 0x0, faturando assim o 29º título estadual.


Foto André Nery/JC Imagem

Santa Cruz Campeão Pernambucano 2015

Em Pernambuco, o Santa Cruz chegou ao seu quarto título estadual em cinco anos. Na final de 2015, enfrentou o Salgueiro em dois jogos. Empate em 0x0 no interior e vitória por 1x0 no Arruda deram o 28º título ao time da Cobra Coral.


Foto Diego Nigro/JC Imagem/AGIF