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Bolívia Campeã da Copa América 1963

Foram 43 anos de disputa caótica. Ainda assim, o Campeonato Sul-Americano consolidou-se como o principal da América do Sul, muito tempo antes de outros continentes. Se a Conmebol e seu campeonato já existiam desde 1916, outras entidades e torneios só vieram a surgir mais tarde, como a UEFA em 1954 e a Eurocopa em 1960, e a Concacaf em 1961 e a Copa Ouro em 1963.

No mesmo ano em que a competição das Américas do Norte e Central começou, a sul-americana partiu para a 28ª edição, a primeira na Bolívia. Naquela época, a altitude já era tema de polêmica, com os jogos sediados em La Paz, a 3,640 metros, e Cochabamba, a 2.558 metros. Foram nestas duas cidades que o Campeonato Sul-Americano se desenrolou.

O fator altura, junto com o próprio fato da Bolívia em si ter organizado o torneio, afetou a composição da tabela. O Uruguai desistiu quando soube que jogaria em La Paz, enquanto Argentina e Brasil foram com seleções alternativas. Já o Chile não foi convidado devido ao conflito do Rio Lauca. Por fim, a Venezuela simplesmente recusou o convite. O Sul-Americano de 1963 ficou composto por sete seleções, que se enfrentaram em turno único.

Foi nesse contexto, que a Seleção Boliviana conquistou seu maior e único título continental. Sob o comando do técnico brasileiro Danilo Alvim e conhecendo como ninguém as nuances da altitude, "La Verde" teve uma campanha quase perfeita. Na estreia, ocorreu o único tropeço, no empate por 4 a 4 com o Equador no Hernando Siles, em La Paz. A segunda partida foi no Félix Capriles, em Cochabamba, com vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia.

Alternando entre La Paz e Cochabamba, a Bolívia fez 3 a 2 no Peru e 2 a 0 no Paraguai nos jogos seguintes. Na penúltima partida, a vitória por 3 a 2 sobre a Argentina tirou a chance de título do adversário portenho. Os bolivianos chegaram a nove pontos, contra oito dos paraguaios, seis dos argentinos e cinco de brasileiros e peruanos.

Apenas o Paraguai poderia tirar a taça da equipe boliviana na última rodada, desde que vencesse a Argentina e a Bolívia perdesse para o Brasil. Os dois jogos aconteceram ao mesmo tempo. Enquanto no Hernando Siles os paraguaios ficaram só no empate por 1 a 1, no Félix Capriles os bolivianos tiveram uma inesquecível vitória por 5 a 4 sobre os brasileiros, com dois gols de Víctor Ugarte, um de Wilfredo Camacho, um de Ausberto García e um de Máximo Alcócer. Com 11 pontos contra nove do Paraguai, La Verde venceu o título inédito e o país parou por dias para comemorar.

A campanha da Bolívia:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 19 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/FBF