Mostrando postagens com marcador Copa das Confederações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Copa das Confederações. Mostrar todas as postagens

Alemanha Campeã da Copa das Confederações 2017

Uma despedida sem cara de despedida. Assim foi realizada a Copa das Confederações de 2017, na Rússia. Apesar da longevidade de mais de 20 anos, a competição nunca foi exatamente lucrativa para a FIFA. E, sem sabermos, vimos a edição no Leste Europeu ser a última da história.

Inicialmente, a competição de 2021 estava marcada, mas a troca de comando na entidade máxima fez com que os planos mudassem. A Copa das Confederações foi extinta, e no seu lugar entrou o novo Mundial de Clubes, adiado para 2025.

Nos gramados russos, Alemanha e Portugal foram os maiores favoritos ao título. Não muito longe, Chile e México especulavam. E a Rússia torcia pelo melhor. Austrália, Nova Zelândia e Camarões completaram as outras vagas. Mesmo sem seus principais jogadores, a seleção alemã confirmou a expectativa e levou o título. No grupo B, a Nationalelf venceu australianos por 3 a 2, empatou com chilenos por 1 a 1 e derrotou camaroneses por 3 a 1. A liderança da Alemanha veio com sete pontos. O Chile foi vice com cinco.

No grupo A, Portugal e México também avançaram com sete pontos. Os portugueses fizeram saldo cinco contra dois dos mexicanos. A anfitriã Rússia só venceu a Nova Zelândia na estreia e ficou com três pontos, eliminada.

Na primeira semifinal, Chile e Portugal empataram por 0 a 0, com vitória sul-americana nos pênaltis por 3 a 0. A outra perna da chave trouxe Alemanha e México, com os europeus passando facilmente na goleada por 4 a 1. Os gols foram de Leon Goretzka (duas vezes), Timo Werner e Amin Younes. Na disputa do terceiro lugar, a seleção portuguesa precisou da prorrogação para vencer o time mexicano por 2 a 1.

A última final de Copa das Confederações foi entre Alemanha e Chile, no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo. Não foi um jogo de se encher os olhos. Lars Stindl fez 1 a 0 para a Nationalelf aos 20 minutos do primeiro tempo, e a equipe depois dedicou-se apenas a fazer o tempo passar. Já os chilenos tentaram, arriscaram e sonharam com o empate e a chance de um título que seria o máximo deles, mas pararam nas mãos do goleiro Marc-André Ter Stegen.

A campanha da Alemanha:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Patrik Stollarz/AFP

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2013

E a Copa das Confederações pousou na América do Sul, no país que mais a venceu. Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil recebeu o evento preparatório de 2013, que antecipou o gosto do Mundial em um ano. Então detentor dos últimos dois títulos, a Seleção Brasileira era favorita ao tri consecutivo e tetra no geral.

Mas a concorrência desta vez foi maior. Campeã do mundo e bi da Europa, a Espanha entrou disposta a superar a queda antes da final em 2009. A Itália (vice europeia), mais concentrada, e o Uruguai (campeão sul-americano), no auge de uma geração, também chegavam mirando a taça. México, Japão, Nigéria e o simpático Taiti completaram os oito lugares.

A Canarinho ficou no grupo A, e estreou em Brasília com 3 a 0 nos japoneses. Depois, em Fortaleza, o time antecipou a classificação com os 2 a 0 sobre os mexicanos. Valendo a liderança, o Brasil enfrentou a Azzurra em Salvador e venceu por 4 a 2. Os brasileiros somaram nove pontos e os italianos ficaram com seis. Fora, o México marcou três pontos, e o Japão nenhum.

No grupo B, a Fúria confirmou as expectativas e também fez nove pontos com vitórias por 2 a 1 sobre o Uruguai, por 10 a 0 sobre o Taiti e por 3 a 0 sobre a Nigéria. A Celeste Olímpica passou em segundo, com seis, e os nigerianos fizeram três. Já a amadora equipe da Polinésia Francesa apenas se divertiu, embora tenha ficado zerada e com outras goleadas fora os dez dos espanhóis: levaram 6 a 1 dos africanos e 8 a 0 dos charrúas.

As semifinais ocorreram com os favoritos. Em Belo Horizonte, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1. Na outra chave, Espanha e Itália empataram por 0 a 0, e os ibéricos avançaram com 7 a 6 nos pênaltis. Na disputa do terceiro lugar, uruguaios e italianos ficaram no 2 a 2, com 3 a 2 nos pênaltis para o time europeu.

No Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil e Espanha enfim disputaram a final que não aconteceu quatro anos antes. Mas, em atuação muito acima da média (e ilusória, como se provou depois na Copa do Mundo), a Canarinho não deu chances á Fúria. Fred abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, Neymar ampliou aos 44 e - de novo - Fred fechou 3 a 0 aos três do segundo tempo. Em casa, o time comandado por Luiz Felipe Scolari chegou ao quarto e último título da Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Piervi Fonseca/AGIF

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2009

Passados quatro anos, igualmente ao que acontece com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a Copa das Confederações voltou a dar o ar da graça em 2009. Foi na África do Sul, num verdadeiro teste de fogo para o país de Nelson Mandela, mirando o Mundial do ano seguinte.

Campeão da Copa América, o Brasil foi novamente o principal favorito ao título, mas desta vez com a forte concorrência da Espanha, vencedora da Eurocopa. A Itália, mesmo sendo campeã da Copa, não aparentava tanto brilho e correu por fora. Os demais participantes foram Estados Unidos, Egito, Nova Zelândia e Iraque.

No grupo B, o Brasil começou a trajetória do tricampeonato com sofrida vitória por 4 a 3 sobre o Egito. Na segunda rodada, as coisas se tranquilizaram nos 3 a 0 sobre os Estados Unidos. No fim, contra uma fragilizada Itália, nova vitória por 3 a 0 valeram os nove pontos e a classificação na primeira posição. As outras seleções marcaram três pontos cada, e o saldo e os gols pró definiram: norte-americanos em segundo, com quatro e menos dois, italianos em terceiro, com três e menos dois, egípcios em último, com três e menos três.

No grupo A, a Espanha não sofreu gols, também venceu todas e somou nove pontos. A anfitriã África do Sul foi vice com quatro, enquanto Iraque e Nova Zelândia voltaram para casa sem vitórias e sem balançarem as redes.

Na semifinal, a Canarinho passou pelo time sul-africano ao vencer por 1 a 0, gol de falta de Daniel Alves. Mas a esperada final com a Espanha melou um dia antes, por que a Fúria levou 2 a 0 dos Estados Unidos. Na disputa do terceiro lugar, a equipe espanhola derrotou a dona da casa por 3 a 2.

Brasil e Estados Unidos jogaram a final no Ellis Park, em Johannesburgo. E quase que o US Team cometeu outro crime, pois abriu dois gols de vantagem no primeiro  tempo, com Clint Dempsey, aos dez minutos, e Landon Donovan, aos 27. Os brasileiros reagiram no segundo tempo. Luís Fabiano descontou no minuto um e empatou aos 29. Aos 39, Lúcio marcou de cabeça e virou para 3 a 2. De maneira dramática, o Brasil - comandado pelo técnico Dunga - chegou ao seu terceiro título de Copa das Confederações, o primeiro ganhando todas as partidas.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Pierre-Philippe Marcou/AFP/Getty Images

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2005

Após a Copa das Confederações de 2003, a FIFA resolveu mudar o itinerário. Não haveriam mais edições de pós-Copa, sobrando apenas as versões de evento-teste no país-sede do Mundial de um ano depois. Assim, a competição passaria a ser disputa a cada quatro anos. E 2005, na Alemanha, deu o pontapé inicial na nova fase.

Junto com a anfitriã, Brasil e Argentina despontaram como candidatos ao título. Campeão do mundo e da América do Sul, a Canarinho foi com força quase máxima. A Albiceleste, que herdou uma das vagas brasileiras no vice continental, prometia incomodar. Os outros lugares ficaram com México, Grécia, Japão, Austrália e Tunísia.

O Brasil ficou no grupo B do torneio, e começou vencendo bem o time grego, por 3 a 0. Na segunda rodada, porém, os brasileiros perderam por 1 a 0 para os mexicanos e ficaram com a classificação ameaçada. Na última partida, contra a equipe japonesa, o Brasil não podia perder. Ficou no 2 a 2 (empate cedido nos minutos finais) e conseguiu uma vaga na semifinal ao ficar na vice-liderança da chave, com quatro pontos, tal como o próprio Japão. Mas no saldo de gols, o dois contra zero deixou para trás os asiáticos. Em primeiro, o México fez sete pontos.

No grupo A, alemães e argentinos duelaram ponto a ponto e chegaram a sete. No saldo, Alemanha líder com quatro gols e Argentina vice com três. Austrália e Tunísia nem chance tiveram, com um ponto cada.

Na semifinal, o Brasil se reencontrou contra a dona da casa e venceu por 3 a 2, com dois gols de Adriano e um de Ronaldinho. No outro jogo, argentinos venceram os mexicanos por 6 a 5 nos pênaltis após empate por 1 a 1 em 120 minutos. Na disputa do terceiro lugar, a Alemanha fez 4 a 3 no México.

A decisão, no Waldstadion, em Frankfurt, reuniu o maior clássico da história. Valendo o bicampeonato, Brasil e Argentina prometeram, ao menos no papel, uma partida equilibrada. Mas o que se viu foi um baile brasileiro em campo. Adriano, aos 11 do primeiro tempo e aos 18 do segundo, abriu e fechou a goleada, que também passou pelos gols de Kaká, aos 16 da etapa inicial, e de Ronaldinho, aos dois da complementar. Pablo Aimar descontou para 4 a 1 aos 20 minutos, porém isso não serviu nem um pouco para diminuir o efeito do passeio brasileiro.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nilton Santos/CBF

França Campeã da Copa das Confederações 2003

Em 2003, a Copa das Confederações ficaria marcada para sempre por um dos fatos mais tristes da história do futebol, que foi a morte de um atleta em pleno campo de jogo. A competição foi disputada na França, que superou no processo eletivo Austrália, Portugal, Estados Unidos e a candidatura conjunta de África do Sul e Egito. Esta edição também ficou lembrada por ter sido a última e ano seguinte à uma Copa do Mundo.

Os franceses defenderam o título como anfitriãs e sem muita concorrência, pois o Brasil - na condição de campeão mundial - atuou com um time secundário. Na lacuna deixada pelo também vencedor europeu, a FIFA convidou a vice Itália e a melhor ranqueada Espanha, mas ambas recusaram. No fim, a escolha foi pela Turquia, terceira colocada da Copa. As outras vagas foram de Japão, Colômbia, Estados Unidos, Camarões e Nova Zelândia.

A campeã entrou no grupo A, e começou a campanha derrotando a Colômbia por 1 a 0. Na sequência, confirmou a classificação com vitórias por 2 a 1 sobre o Japão e por 5 a 0 sobre a Nova Zelândia. Les Bleus foram líderes da chave com nove pontos. Com seis, os colombianos ficaram na segunda posição.

No grupo B, o Brasil decepcionou ao perder para Camarões, vencer jogando mal contra Estados Unidos e empatar com a Turquia. A Canarinho fez quatro pontos, bem como os turcos. Mas os adversários fizeram quatro gols contra três dos brasileiros e levaram a classificação na vice-liderança. Os camaroneses somaram sete pontos e ficaram em primeiro.

Mas a história dos Leões Indomáveis tomaria outro rumo na semifinal, contra a Colômbia. Aos 25 minutos do segundo tempo, o coração de Marc-Vivien Foé parou de bater e ele desmaiou no gramado. Os médicos não conseguiram reanimá-lo e, ainda no ambulatório do Estádio Gerland, em Lyon, o jogador foi declarado morto. Camarões venceu a partida por 1 a 0 e foi à final. Sob luto, França e Turquia se enfrentaram na outra chave, com vitória francesa por 3 a 2. Os turcos ainda foram terceiro, ao fazerem 2 a 1 nos colombianos.

Com homenagens à Foé, a decisão entre franceses e camaroneses ocorreu no Stade de France, em Saint-Denis. Com o gol de ouro de Thierry Henry, aos sete do primeiro tempo da prorrogação venceu por 1 a 0 e foi bicampeã. Mas não havia motivos para festa.

A campanha da França:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Eddy Lemaistre/Getty Images

França Campeã da Copa das Confederações 2001

A Copa das Confederações de 2001 inaugurou uma tendência da FIFA, que se estenderia pelos 16 anos seguintes. Pela primeira vez, a entidade utilizou a competição como evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte. Naturalmente, Japão e Coreia do Sul foram eleitos países-sede, cada um ancorando um grupo. Na ocasião, estiveram à prova estádios e toda a infraestrutura construída àquele momento para o Mundial.

Em campo, os japoneses unificaram a condição de anfitrião com de campeão asiático, assim como a França o fez com as vagas de vencedor da Copa e da Eurocopa. Com um lugar sobrando, o México foi convidado para defender seu título de dois anos antes. O restante foi completado com Brasil, Camarões, Canadá e Austrália.

Melhor seleção do momento, a França era, de longe, a favorita ao título. No grupo A, a equipe já mostrou serviço ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0. Entretanto, Les Bleus tropeçaram na segunda rodada, ao perder para a Austrália por 1 a 0. Necessitando de outra vitória para avançar, os franceses voltaram às goleadas nos 4 a 0 sobre o México. Com seis pontos e saldo oito, o time ficou na liderança. Australianos e sul-coreanos também pontuaram seis vezes, e no saldo deu a seleção da Oceania na vice-liderança: dois a menos três.

No grupo B, os japoneses se aproveitaram da fraqueza do Brasil para serem líderes, com sete pontos. Com um time praticamente alternativo, a Seleção Brasileira só derrotou Camarões e não saiu do 0 a 0 contra Canadá e Japão. Terminou em segundo, com cinco pontos.

Na semifinal, a França reeditou a decisão do Mundial de 1998 com o Brasil. Mas, com uma dificuldade até inesperada, a França só venceu por 2 a 1, gols de Robert Pires e Marcel Desailly. No outro confronto, o time japonês bateu a Austrália por 1 a 0. Na disputa do terceiro lugar, o apática equipe brasileira levou 1 a 0 dos australianos.

França e Japão se enfrentaram na final, no Estádio Internacional de Yokohama. Debaixo de uma forte chuva, os japoneses foram empurrados pela torcida, mas os franceses estavam acima da média. Com gol de Patrick Vieira aos 30 minutos do primeiro tempo, Les Bleus venceram por 1 a 0 e levaram o primeiro de seus dois títulos da Copa das Confederações.

A campanha da França:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Sylvia Buchholz/Reuters

México Campeão da Copa das Confederações 1999

Agora 100% sob organização da FIFA, a Copa das Confederações deixou a Arábia Saudita e percorreu o mundo. Fixada a cada dois anos, a quarta edição foi marcada para 1999, no México. Inicialmente os jogos seriam em janeiro, mas a entidade máxima do futebol postergou para julho, para não interferir no andamento da temporada europeia.

Do Velho Continente, a Alemanha enfim ocupou sua vaga de direito. Já a campeã do mundo de 1998, a França, abriu mão, deixando seu lugar para o vice Brasil. E como os brasileiros já estavam classificados pelo título da Copa América de 1997, a vice Bolívia entrou na esteira. O bonde ficou completo com Estados Unidos, Nova Zelândia, Egito e Arábia Saudita. Dois estádios sediaram as partidas: o Jalisco, em Guadalajara, e o Azteca, na Cidade do México. 

Atuando em casa, o time mexicano caminhou rumo ao seu título mais importante na história. No grupo A, El Tri começou a campanha goleando a equipe saudita por 5 a 1. Na sequência, garantiu a classificação ao empatar com os egípcios por 2 a 2 e vencer os bolivianos por 1 a 0. Com sete pontos, o México acabou líder, seguido pela Arábia Saudita, com quatro.

No grupo B, o Brasil comandou. Líder com nove pontos, o time começou colocando 4 a 0 na Alemanha, que ficou em terceiro lugar e não passou de fase. A outra vaga foi dos Estados Unidos, com seis pontos.

Dessa forma, o cruzamento da semifinal proporcionou o clássico da América do Norte. E os mexicanos venceram os estadunidenses por 1 a 0, gol de ouro de Cuauhtémoc Blanco. Na outra semi, os brasileiros aplicaram 8 a 2 nos sauditas. Na disputa do terceiro lugar, os Estados Unidos fizeram 2 a 0 na Arábia Saudita.

A decisão entre México e Brasil foi jogada no Estádio Azteca e registrou o maior número de gols entre todas as edições da história. Mesmo sem estar com a seleção principal, a Canarinho tentou engrossar. Mas a força mexicana em casa foi maior. Miguel Zepeda abriu o placar aos 13 minutos do primeiro tempo, José Abundis ampliou aos 28, Serginho e Roni empataram aos 43 e aos dois do segundo tempo, Zepeda e Blanco colocaram o México de novo na frente aos seis e aos 17, e Zé Roberto descontou para 4 a 3 aos 18. Uma vitória movimentada para um título histórico do México.

A campanha do México:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 13 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Martin Venegas/Mexsport

Brasil Campeão da Copa das Confederações 1997

Depois de duas edições exitosas, a Copa do Rei Fahd partiu para sua terceira competição em 1997. Mais do que isso, o sucesso chamou a atenção da FIFA, que organizou o torneio em conjunto com os sauditas. Foi o primeiro passo para a entidade criar uma alternativa um ano antes e um depois da sua Copa do Mundo.

O campeonato foi rebatizado: Copa das Confederações. E foi feita mais uma expansão no número de participantes, de seis para oito, com a adição dos campeões da Oceania e da próprio Mundial de seleções. Austrália e Brasil ocuparam estas vagas, juntando-se à Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, México, Uruguai e República Tcheca (que substituiu a Alemanha).

Com a dupla Ronaldo e Romário no auge, a Seleção Brasileira era a maior favorita ao título. No grupo A, estreou com vitória por 3 a 0 sobre a anfitriã Arábia Saudita. Na segunda rodada, porém, o time não saiu do 0 a 0 com a Austrália e adiou a classificação. No confronto direto com o México, no terceiro jogo, os jogadores passaram aperto, mas venceram por 3 a 2 e garantiram a liderança da chave, com sete pontos. Os australianos, que arrancaram uma vitória por 3 a 1 dos mexicanos na estreia ficaram com a outra vaga, com quatro pontos. O México morreu com três pontos, assim como os sauditas.

No grupo B, o Uruguai dominou com três vitórias e nove pontos. A República Tcheca se complicou no empate com a África do Sul na estreia, mas passou em segundo com quatro pontos. Os Emirados Árabes somaram três e os sul-africanos, apenas um.

Na semifinal, o Brasil encarou os tchecos e venceu por 2 a 0, gols de Romário e Ronaldo. No outro lado, a Austrália surpreendeu o time uruguaio e fez 1 a 0 no gol de ouro da prorrogação. Na disputa do terceiro lugar, a República Tcheca venceu o Uruguai por 1 a 0.

Em mais um campeonato com todas as partidas no Estádio King Fhad, em Riad, brasileiros e australianos fizeram a final. E se na primeira fase faltaram gols no confronto, na decisão eles sobraram para o time canarinho. Com três tentos de Ronaldo e outros três de Romário, o Brasil goleou por 6 a 0 e levou seu primeiro de quatro títulos na Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Karel Novák/Getty Images

Dinamarca Campeã da Copa das Confederações 1995

A primeira Copa do Rei Fahd foi bem-sucedida. A Arábia Saudita ficou empolgada com o vice em 1992 e, isso somado à grande campanha na Copa de 1994 (quando foi até às oitavas de final), criou motivação ao país fazer mais uma vez a competição, em janeiro de 1995. Desta vez foram seis participantes.

Como o detentor do título na Ásia passou a ser o Japão, também em 1992, o continente teve dois representantes. A Europa fez sua estreia por meio da Dinamarca, campeã vigente da Eurocopa. Completaram o circo Argentina, Nigéria e México. O regulamento foi simples: dois grupos, com os líderes indo à final e os vices fazendo a disputa do terceiro lugar. 

E felizes foram os estreantes. No grupo A, a Dinamarca estava disposta a mostrar serviço, já que a seleção havia ficado fora do Mundial em 1994. Sua estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre a Arábia Saudita, que já tinha levado o mesmo placar do México e terminou eliminada. Na última rodada, a disputa de vaga entre dinamarqueses e mexicanos ficou empatada por 1 a 1. Como os times ficaram com quatro pontos e iguais no saldo e nos gols marcados, foi necessário ativar o último recurso previsto, a disputa de pênaltis. A Dinamarca venceu por 4 a 2 e foi à decisão.

No grupo B, a Argentina quase passou pela mesma situação. Ela empatou sem gols com a Nigéria na terceira partida e ambas ficaram com quatro pontos. A diferença é que os hermanos golearam o Japão por 5 a 1, enquanto os nigerianos fizeram 3 a 0. Assim, não foi necessário bater penalidades. Na disputa do terceiro lugar, o México e Nigéria empataram por 1 a 1. Nos pênaltis, deu o time mexicano por 5 a 4.

Chegada a hora da final, Dinamarca e Argentina jogaram no Estádio King Fahd, em Riad, que mais uma vez recebeu todas as partidas do torneio. A equipe albiceleste ainda tentava se achar na renovação após o fracasso da queda na oitavas da Copa do Mundo, enquanto o "Danish Dynamite" atuava junto há mais tempo.

Os europeus dominaram o jogo. Michael Laudrup abriu o placar de pênalti, aos oito minutos do primeiro tempo. Peter Rasmussen completou o 2 a 0 aos 30 do segundo tempo, e a Dinamarca levou outro título para casa, em mais uma copa bem-sucedida dos sauditas. Tanto que a FIFA cresceu os olhos para cima dela nos anos seguintes.

A campanha da Dinamarca:
3 jogos | 2 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 5 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/DBU

Argentina Campeã da Copa das Confederações 1992

Diante do crescimento do futebol em escala mundial entre os anos 1970 e 1980, alguns torneios entre seleções surgiram, como a Taça Independência do Brasil (1972), os Bicentenários dos Estados Unidos (1976) e da Austrália (1988), as Copas Stanley Rous e Artemio Franchi (ambas em 1985), e a Copa Kirin (1978), que até recebeu clubes nas primeiras edições. Nada disso era muito relevante até que, em 1992, o Rei da Arábia Saudita bancou uma competição em seu quintal, ainda sem o aporte da FIFA.

Os sauditas aproveitaram-se do fato de a sua seleção ter sido campeã asiática em 1988 e convidaram para um mata-mata outros três países vencedores em seus continentes: Costa do Marfim (Copa Africana de 1992), Estados Unidos (Copa Ouro da Concacaf de 1991) e Argentina (Copa América de 1991). De 15 a 20 de outubro, semifinal e final definiram o ganhador. Todos os jogos aconteceram no Estádio King Fahd, na capital Riad.

O torneio foi chamado oficialmente de Copa do Rei Fahd, em honra [sic] ao seu fiador. À boca pequena, porém, o encontro foi conhecido como Campeonato Intercontinental ou - preste atenção - Copa dos Campeões de Confederações. Isso mesmo.

Ampla favorita ao título, a Argentina experimentava uma nova fase após o vice na Copa do Mundo de 1990. Com Diego Maradona suspenso por doping, a seleção albiceleste seguia um processo de renovação que rendeu frutos já na conquista da Copa América de 1991. Na semifinal, ela goleou a Costa do Marfim por 4 a 0, com dois gols de Gabriel Batistuta, um de Ricardo Altamirano e outro de Alberto Acosta.

Um dia antes, a Arábia Saudita despachou os Estados Unidos por 3 a 0. Na disputa do terceiro lugar, os norte-americanos bateram os marfinenses por 5 a 2. 

Argentinos e sauditas disputaram a decisão. Os donos da casa bem que tiveram esperança em uma possível zebra, tanto que cerca de 75 mil torcedores compareceram ao estádio. Mas não deu. Leonardo  Rodríguez, Claudio Caniggia e Diego Simeone anotaram um gol cada, Saeed Al-Owairan descontou para 3 a 1, e a Argentina tornou-se a primeira campeã do que viria a ser a segunda competição de seleções mais importante da FIFA. Ora amada, ora desdenhada.

A campanha da Argentina:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 7 gols marcados | 1 gol sofrido

 

Foto Arquivo/AFA