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Goiás Campeão Goiano 1971

O futebol goiano pode ser dividido em duas eras: antes do Serra Dourada e depois do Serra Dourada. O estádio foi inaugurado apenas em 1975, e antes disso quem dominava o futebol estadual era o Goiânia, com 14 títulos até 1974. Depois, o clube não ganhou mais nenhum. Por outro lado, o Goiás possuía saltou de três taças para para quase 28 (até 2024).

Em 1971, o Esmeraldino tinha apenas um título, conquistado em 1966. Portanto, o clube estava atrás da segunda taça. Ela veio com emoção, em uma final que atualmente é considerada o maior clássico goiano, contra o Vila Nova.

O Goianão de 1971 teve nove participantes, no formato de pontos corridos com dois turnos. Em caso de empate na pontuação dos líderes ao fim de todas as rodadas, o título seria definido em desempate com as equipes em questão, sejam duas ou mais. Foi o que aconteceu.

A estreia do Goiás no estadual foi apenas na segunda rodada, pois folgou logo na primeira. Contra o Goianésia, o clube venceu por 2 a 0 fora de casa. Na sequência, o time teve mais dois triunfos pelo mesmo placar, contra Goiânia e Goiatuba. No primeiro clássico contra o Vila Nova, empate por 2 a 2 no Estádio Olímpico.

A campanha esmeraldina foi muito regular, com mais sete vitórias, três empates e uma derrota até a penúltima rodada. Porém, o Vila Nova conseguia ser ainda melhor, com 12 vitórias, dois empates e uma derrota em 15 partidas. Com 24 pontos, o Goiás estava em segundo lugar, com dois a menos que o líder Vila, e o segundo clássico entre as equipes foi reservado para a última rodada.

O Goiás precisava vencer o rival para forçar a decisão no desempate. E assim o fez, por 1 a 0 no Estádio Olímpico. Assim, foi preciso mais dois jogos para a definição do campeão goiano. Ambos aconteceram no Olímpico de Goiânia, até então o principal estádio da cidade. No primeiro, o Esmeraldino venceu por 2 a 0 e abriu vantagem. No segundo, o empate por 1 a 1 bastou para a confirmação da conquista.

A campanha do Goiás:
18 jogos | 12 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Goiás (Quem souber quem são os jogadores na foto, escreva nos comentários)

Ceará Campeão Cearense 1971

Um dos principais campeões cearenses, o Ceará chegou em 1971 com uma fila de oito anos sem vencer o estadual. Um tempo longo, em que o clube alternou alguns vices com temporadas em que sequer chegou próximo da decisão. A história seria diferente naquele ano, que representou o 20º título do time, em uma final rodeada de polêmica e confusão.

O torneio teve os mesmos oito participantes da temporada anterior: Ceará, Fortaleza, Ferroviário, Guarany de Sobral, Quixadá, Calouros do Ar, Tiradentes e América de Fortaleza. Mas o regulamento foi diferente, com a disputa de dois turnos em ida e volta, ao invés de três em mão única. O vencedor de cada turno se garantiu na final e os dois piores do primeiro turno foram eliminados do campeonato.

A campanha do título do Vozão teve início com goleada por 4 a 0 sobre o Quixadá. Nas 13 partidas restantes, o time teve mais nove vitórias, dois empates e duas derrotas. Com 22 pontos, o Ceará venceu o primeiro turno e se garantiu na decisão. A equipe teve um ponto a mais que o Guarany de Sobral, três a mais que o Ferroviário e quatro a mais que o Fortaleza. Quixadá e América foram eliminados.

O segundo turno também teve início com vitória, por 3 a 1 sobre o Calouros do Ar. Nos outros nove jogos, o Vozão obteve mais cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Estes dois revezes aconteceram nas última rodadas e tiraram as chances do Ceará de ser campeão antecipado, para Ferroviário e Fortaleza. Com 14 pontos, o time ficou em terceiro lugar. O rival tricolor foi o primeiro com 17 pontos.

Ceará e Fortaleza disputaram a decisão em uma melhor de três Clássicos-Rei no Presidente Vargas. Na primeiro, o Vozão venceu por 1 a 0. Na segundo, deu empate por 0 a 0. No terceiro, o Fortaleza vencia por 2 a 1 até os 45 minutos do segundo tempo, quando o Ceará empatou, em falta seguida pelo apito final do árbitro. Revoltada, a torcida tricolor invadiu o campo, reclamando da ausência de acréscimos e da não existência da falta que resultou no gol. O empate deu o título ao time alvinegro.

Mas o resultado de 2 a 2 da partida só foi confirmado no dia seguinte, quando foi divulgada a súmula. Diz a lenda que o documento não foi escrito pelo árbitro, que teve que sair escondido da cidade.

A campanha do Ceará:
27 jogos | 17 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 53 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Ceará

América-SC Campeão Catarinense 1971

Um dos estados mais difíceis de se fazer hegemonia no futebol é Santa Catarina, que quase sempre revela uma grande alternância de forças ao longo do tempo. Ainda assim, existem algumas exceções, como o Joinville octacampeão entre 1978 e 1985.

Mas o Joinville foi fundado apenas em 1976, resultado de uma fusão entre dois outros clubes da cidade: Caxias e América. O primeiro foi campeão estadual três vezes, em 1929, 1954 e 1955. O segundo levou cinco taças, em 1947, 1948, 1951, 1952 e 1971. Portanto, a última conquista levou 19 anos para acontecer.

Naquela temporada, o Campeonato Catarinense teve 13 participantes, que se enfrentaram em dois turnos, no formato de pontos corridos e contagem por menos pontos perdidos. A quinta conquista do América começou a ser construída logo na estreia, na vitória por 2 a 0 sobre o Carlos Renaux, em Brusque. O primeiro triunfo em casa, no Estádio Olímpico Edgar Schneider, veio na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Figueirense.

Foi campanha quase perfeita. No primeiro turno, o América fez 12 jogos, vencendo nove e empatndo três. No segundo turno, foram mais sete vitórias e um empate até que acontecesse a primeira derrota, por 1 a 0 para o Hercílio Luz em Tubarão. À esta altura, o título já estava praticamente encaminhado.

Faltando quatro rodadas para o fim, o América era o líder com 36 pontos ganhos e só seis perdidos. O vice era o rival Caxias, com 29. Era questão de tempo para a conquista, e o time resolveu fazer isso com estilo. Contra o Avaí, no Edgar Schneider, a goleada por 4 a 1 confirmou o título da equipe alvirrubra, com 38 pontos ganhos e dez perdidos. Na ressaca das rodadas finais, aconteceram outras duas derrotas.

A soberania do América no campeonato foi tão grande, que até hoje há dúvida sobre quem foi o vice-campeão. Algumas fontes dizem que foi o Próspera, com 35 pontos ganhos e 13 perdidos. Outras, falam que foi o Caxias, com 33 pontos ganhos e 15 perdidos. Porém, para o velho torcedor alvirrubro, isto pouco importa. Dez anos depois da fusão com o Caxias, o América reativou o departamento de futebol, atualmente atuado apenas como time amador.

A campanha do América-SC:
24 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 46 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/América-SC

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1971

Em 1971, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato pernambucano, dentro de sua maior sequência de hegemonia. Foi o 12º título da história do clube tricolor, em um campeonato super enxuto, mas com muita rivalidade em campo.

Apenas seis times participaram do torneio estadual: Santa Cruz, Sport, Náutico, Central, América de Recife e Ferroviário de Recife. Por conta disto, a Federação Pernambucana de Futebol teve que se virar para fazer um calendário o mais longo possível. A disputa contou com três turnos independentes, com jogos só de ida. O campeão de cada fase garantiu vaga na decisão, que poderia ser um confronto direto ou um triangular final. Ou nem mesmo ter final, se o mesmo clube vencesse os três turnos.

Pois foi no quase que o Santinha não levou o título com os três turnos conquistados. No primeiro, venceu quatro jogos e perdeu um, levando a vaga na decisão com oito pontos, um a mais que Sport e Náutico e com vitória por 2 a 1 sobre o rival alvirrubro na última rodada, no Arruda.

No segundo turno, o Santa Cruz venceu as cinco partidas, conquistando mais uma vez a liderança com dez pontos. Desta vez, a confirmação veio na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport na Ilha do Retiro. Foram três pontos de vantagem sobre o rival rubro-negro.

A conquista do terceiro turno traria o título antecipado ao Santa Cruz. Mas o clube foi irregular nesta fase, com duas vitórias, dois empates e uma derrota. Com seis pontos, o Santinha foi apenas o terceiro colocado, três pontos atrás do Sport, que venceu a fase e foi à decisão. Na última rodada, a derrota do Santa por 2 a 1 para o Náutico e a vitória do Sport sobre o América adiaram o fim do estadual.

A final do Pernambucano de 1971 foi em jogo único. O estádio escolhido foi a Ilha do Retiro, mas a sede era considerada neutra, sem atribuição de mando de campo ao Sport. Em caso de empate no tempo normal, haveria 30 minutos de prorrogação. Enfim, após 0 a 0 nos 90 minutos, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato ao fazer 1 a 0 no tempo extra.

A campanha do Santa Cruz:
16 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1971

A década de 1970 foi muito especial para o Bahia. O clube só perdeu um dos dez estaduais disputados no período, aumentando ainda mais o rol de títulos conquistados. Em 1971, o time conseguiu a 23ª taça e foi bicampeão.

Depois do fim confuso de 1970, a Federação Bahiana mudou levemente o regulamento para 1971. Com 13 participantes, o Baianão daquele ano continuou a ter dois turnos, não mais distintos e sim corridos. Ou seja, quem chegou com mais pontos ao final da última rodada ficou com o título estadual. Outra novidade para a edição foi a reabertura da Fonte Nova, após reforma.

A estreia do Tricolor de Aço no estadual foi com empate por 1 a 1 com o Ilhéus fora de casa. O primeiro triunfo aconteceu na primeira partida na Fonte Nova, na rodada seguinte, por 2 a 1 sobre o Ypiranga. Os demais resultados do time foram quase sempre de poucos gols, exceto pela goleada por 6 a 1 sobre o Jequié, no oitavo jogo.

A disputa do Bahia pelo título teve dois adversários diretos, o Vitória e o Fluminense de Feira. Os três clubes alternaram a liderança do torneio entre si em vários momentos. Na virada do primeiro para o segundo turno, o tricolor era o líder com 18 pontos, seguidos pelos dois rivais com 17 cada. Foram sete triunfos, quatro empates e uma derrota nas primeiras 12 partidas.

A corrida foi cabeça a cabeça, com cada tropeço servindo de chance para o adversário pular à primeira colocação. No segundo turno, o Bahia engatou uma ótima sequência invicta, com sete triunfos e quatro empates até o fim da penúltima rodada. Com 36 pontos, o Tricolor de Aço chegava para a última rodada como líder, seguido pelo Vitória com 35. O Fluminense já estava sem chances, com 33 pontos.

A última rodada teve reservado o clássico Bavi. Na Fonte Nova lotada, o Bahia jogava pelo empate enquanto o Vitória precisava ganhar a partida. O tricolor fez seu gol ainda no primeiro tempo e depois se retrancou. No segundo tempo, a torcida ficou ansiosa para comemorar o bicampeonato e invadiu o campo antes do apito final. O clássico só chegou ao fim minutos depois, mas com o triunfo por 1 a 0 e o o título do Bahia confirmados.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 15 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1971

Maior campeão do Paraná, o Coritiba tem como principal forte vencer estaduais constantemente, alternando poucos períodos de jejum, longos ou não. Até 1971, o time tinha em sua galeria 19 taças e as maiores sequencias não passavam de alguns bicampeonatos. Pois foi exatamente naquele ano que o Coxa deu início a sua fase de maior domínio, que culminaria no hexacampeonato em 1976.

A primeira conquista da série de seis foi também a 20ª, iniciando uma década quase toda estrelada. O Paranaense de 1971 teve inicialmente a presença de 20 equipes, divididas em dois grupos de dez. Mas, no meio da primeira fase, Grêmio Oeste de Guarapuava e Apucarana desistiram e tiveram os jogos cancelados, reduzindo o torneio para 18 times e grupos de nove. As chaves eram regionalizadas em zona norte e zona sul, com os cinco primeiros colocados de cada formando a fase final em dois turnos.

O Coritiba integrou a chave sul, junto com os rivais curitibanos e mais cinco clubes do interior. Na estreia, empatou por 1 a 1 com o Rio Branco em Paranaguá. A primeira vitória veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre o Pontagrossense em casa, no Belfort Duarte (atual Couto Pereira). Em 16 jogos na primeira fase, o Coxa venceu oito, empatou seis e perdeu dois, somando 22 pontos e se classificando na terceira colocação, atrás de Athletico e Colorado, à frente de Água Verde e Pontagrossense.

Do grupo sul, passaram União Bandeirante, Paranavaí, Grêmio Maringá, Jandaia e Londrina, formando o decagonal decisivo com os demais classificados. O Coritiba sabia que era preciso aumentar o desempenho nas 18 partidas que teria. E assim foi. Se antes o time ficou atrás do Athletico, desta vez o rival não foi adversário direto na briga pelo título. O principal oponente do Coxa foi o União.

A campanha final teve início com vitória por 2 a 1 sobre o Jandaia fora de casa, seguida por mais dez vitórias, quatro empates e uma derrota até a antepenúltima rodada. O Coritiba chegava com 26 pontos na penúltima rodada, contra 23 do União Bandeirante, 23 do Colorado e 22 do Londrina. Bastava um ponto no confronto direto com o União, no Estádio Luís Meneghel, para o título ser confirmado. E ele veio, fora de casa, com 1 a 1 no placar e uma rodada de antecedência.

A campanha do Coritiba:
34 jogos | 20 vitórias | 11 empates | 3 derrotas | 54 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

América-MG Campeão Mineiro 1971

Quando se pensa em futebol em Minas Gerais, as primeiras coisas que vêm à cabeça das pessoas são Atlético e Cruzeiro. Mas este pensamento é até recente, da década de 1950 para cá, comparado com a história do esporte mineiro. Nas primeiras décadas do século 20, a grande força estadual era o América, campeão dez vezes consecutivas entre 1916 e 1925.

O Coelho é um dos dois únicos decacampeões da história do futebol brasileiro (o outro é o ABC). Porém, depois de 1925 o clube passou a contar nos dedos as taças que conquistou. A 11ª veio apenas em 1948. A 12ª foi obtida em 1957. A 13ª aconteceu em 1971, quebrando 14 anos de fila.

O Campeonato Mineiro daquela temporada teve a participação de 21 times. Mas a primeira fase contou com somente 15, divididos em cinco grupos. Na fase final, seis equipes avançaram e juntaram-se à América, Atlético, Cruzeiro, Uberlândia, Valeriodoce e Villa Nova, em um enfrentamento de dois turnos para definir o campeão. Ou seja, o Coelho já começava o estadual na fase decisiva.

Da primeira fase, passaram Tupi, Flamengo de Varginha, Fluminense de Araguari, Uberaba, Atlético de Três Corações e Cassimiro de Abreu, de Montes Claros. A campanha do América teve início com vitória por 1 a 0 sobre o Tupi em Juiz de Fora, seguida por 2 a 1 sobre o Uberaba em Belo Horizonte.

Ignorando o favoritismo de atleticanos e cruzeirenses, o América seguiu um caminho sem derrotas, com mais 13 vitórias e seis empates até a penúltima rodada, totalizando 36 pontos com 15 triunfos. Mesmo assim, nada estava garantido, pois o Cruzeiro tinha a mesma pontuação com 16 vitórias e era o líder. Portanto, o Coelho precisava vencer sua partida e secar o rival na última rodada.

A vitória veio em 26 de junho por 3 a 2 sobre o Uberlândia no Mineirão, totalizando 38 pontos. A secada veio no dia seguinte, na derrota cruzeirense por 1 a 0 no clássico com o Atlético no mesmo estádio. O América não era apenas campeão mineiro, mas também um vencedor invicto.

A campanha do América-MG:
22 jogos | 16 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 39 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/América-MG

Internacional Campeão Gaúcho 1971

Títulos voltaram a ser rotina na história do Internacional. A década de 1970 estava apenas em seu começo, mas o clube já partia para emendar um tricampeonato gaúcho em 1971, a 19ª conquista, sem dar qualquer chances aos adversários.

Naquele ano, o estadual sofreu mudanças. O número de participantes saltou de 18 para 25 times e a primeira fase teve confrontos de todos contra todos em turno único. Porém, a classificação para a fase seguinte foi definida em dois grupos, um com 12 e outro com 13 equipes. Na fase final, um octogonal em dois turnos reuniu os quatro classificados de cada chave, definindo assim o campeão.

O Colorado pertenceu ao grupo A, fazendo a estreia contra o Tamoio, de Santo Ângelo. Fora de casa, o time venceu por 1 a 0 e começou o Gauchão com o pé direito. A primeira partida no Beira-Rio foi contra o Ypiranga de Erechim, vencida por 4 a 0 na segunda rodada. Nos 22 jogos restantes, o Inter obteve mais 13 vitórias, oito empates e uma derrota. Com 38 pontos, o clube foi líder da chave. Também passaram Esportivo de Bento Gonçalves, Cruzeiro de Porto Alegre e Gaúcho de Passo Fundo.

Do grupo B, avançaram Grêmio, Novo Hamburgo, Flamengo de Caxias e São José, formando assim o octogonal final. O Inter abriu a fase com empate por 0 a 0 contra o Grêmio no Olímpico. A primeira vitória veio no jogo seguinte, por 2 a 0 sobre o Novo Hamburgo no Beira-Rio. A campanha prosseguiu com mais oito vitórias, dois empates e uma derrota até a penúltima rodada.

Com 21 pontos antes da última rodada, o Internacional era o líder do octogonal decisivo. O Grêmio aparecia em segundo lugar, com 20 pontos. Assim como nas duas vezes anteriores, só a dupla Grenal tinha chances de título, com vantagem colorada. Porém, só a vitória interessava, pois se os tricolores vencessem sua partida, o saldo de gols tiraria a taça dos colorados, em caso de tropeço. Mas o Grêmio perdeu para o Flamengo em Caxias do Sul e ficou com o vice. Ainda assim, o Colorado não quis depender de nada e garantiu o tricampeonato ao vencer por 2 a 0 o Esportivo em Bento Gonçalves.  

A campanha do Internacional:
38 jogos | 25 vitórias | 11 empates | 2 derrotas | 67 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Assis Hoffmann/Placar

Fluminense Campeão Carioca 1971

O Campeonato Carioca de 1971 teve o Fluminense de volta ao topo da Guanabara. Depois do título em 1969, o time ficou a dois pontos do bicampeonato em 1970, mas acabou superado pelo Vasco e ficou com o vice. A correção do percurso veio no ano seguinte, com a conquista do 20º título estadual na história do clube.

A edição de 1971 do Cariocão foi composta por 12 equipes, divididas em duas fases. Na primeira fase, os clubes foram separados em dois grupos e fizeram o enfrentamento de turno único conhecido por "chaves cruzadas", que é quando os times de um grupos jogam contra os do outro. Na fase final, os quatro melhores de cada chave se enfrentaram em dois turnos, totalizando 14 rodadas. Ao final, o líder do octogonal foi proclamado campeão.

A campanha tricolor começou no grupo B, com a partida de estreia sendo um empate por 1 a 1 com a Portuguesa. Nas cinco partidas seguintes, o Flu teve mais dois empates e três vitórias, que deixaram o time classificado na primeira fase com nove pontos e na terceira posição da chave, atrás do Botafogo e empatado, mas com saldo de gols inferior, com o Olaria. O Bangu completou a zona de classificação. Do outro grupo, passaram America, Flamengo, Vasco e Bonsucesso.

A fase final começou duríssima para o Fluminense. Na primeira rodada, o time ficou no empate por 0 a 0 com o Olaria. Na partida seguinte, acabou derrotado por 1 a 0 para o Botafogo. A primeira vitória veio apenas no terceiro jogo, por 3 a 2 sobre o Bangu, logo seguido por empates por 1 a 1 com o Vasco e por 0 a 0 com o America. As coisas estavam difíceis, mas a maré mudou quando o time americano foi punido pela escalação irregular de um jogador, e o Flu ficou com os dois pontos da partida.

Nas oito partidas seguintes, o tricolor venceu cinco e empatou três, incluindo as vitórias por 2 a 0 sobre Vasco e Flamengo, já perto do fim do octogonal. Faltando só a última rodada, o Flu era líder com 19 pontos, seguido pelo Botafogo com 18 e pelo Olaria com 17. A decisão ficou mesmo entre tricolores e botafoguenses, em Clássico Vovô no Maracanã. Diante de mais de 142 mil torcedores, o Fluminense conseguiu a revanche da única derrota na campanha, venceu por 1 a 0 e conquistou o título estadual.

A campanha do Fluminense:
20 jogos | 11 vitórias | 8 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

São Paulo Campeão Paulista 1971

Com o Morumbi totalmente finalizado, o São Paulo deu início a uma década que foi muito positiva dentro de campo, a de 1970. Logo no primeiro ano, o clube quebrou o tabu de 13 anos sem títulos paulistas ao ser campeão pela nona vez. Em 1971, foi a vez de emendar o bicampeonato e a décima conquista estadual.

O Paulistão de 1971 foi composto por 17 participantes, em um formato parecido com o do ano anterior. Na primeira fase, ainda em 1970, 11 times se enfrentaram em dois turnos para buscar seis vagas no torneio principal, onde Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Ponte Preta já estavam garantidos. Na fase final, as 12 equipes disputaram mais dois turnos em busca do título, totalizando 22 rodadas. A diferença para a edição anterior estava no número de clubes na reta final, que aumentou de dez para 12.

Da primeira fase, se classificaram Guarani, Botafogo de Ribeirão Preto, Paulista de Jundiaí, Ferroviária, Juventus e São Bento. E a campanha tricolor começou muito bem, com vitória por 3 a 1 sobre o Juventus no Morumbi. Na sequência do primeiro turno, o São Paulo conseguiu mais sete vitórias, um empate e duas derrotas.

No segundo turno, as vitórias continuaram a vir em grande quantidade. Foram oito em dez jogos, com mais um empate e uma derrota para completar a campanha. Mas a perseguição do rival Palmeiras era forte, deixando a disputa para ser decidida na última rodada do campeonato.

Com 34 pontos em 21 partidas, o São Paulo era o líder do estadual, seguido pelo Palmeiras com 33 pontos. E a última rodada reservou exatamente um clássico Choque-Rei para decidir o título. Para o tricolor, não perder já era o suficiente. Mas a equipe foi além e conquistou o título com vitória no Morumbi, a 17ª em 22 jogos, por 1 a 0. 

A campanha do São Paulo:
22 jogos | 17 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 39 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Manoel Motta/Placar

Chelsea Campeão da Recopa Europeia 1971

Os clubes ingleses já eram os maiores vencedores da Recopa Europeia em dez edições realizadas, com três taças. Em 1971, a conta ficaria ainda maior com o título do Chelsea, obtido no fim da trajetória que teve início na conquista inédita da Copa FA em 1970. O 11º torneio da UEFA ficou marcado pelo aumento de mais uma vaga, de 33 para 34.

A jornada dos blues começou na primeira fase, diante do Aris, da Grécia. A ida foi jogada em Tessalônica e ficou empatada por 1 a 1. A volta aconteceu no Stamford Bridge, com goleada do Chelsea por 5 a 1. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo CSKA Sofia com duas vitórias por 1 a 0, na Bulgária e na Inglaterra.

Os blues seguiram para as quartas de final, onde encararam o Club Brugge, da Bélgica. O primeiro jogo aconteceu em solo belga, e os ingleses perderam por 2 a 0. A desvantagem fez com que o Chelsea corresse dobrado na segunda partida em Londres. A virada veio com goleada por 4 a 0.

Na semifinal, o Chelsea enfrentou o rival Manchester City, que defendia o título da Recopa. A primeira partida foi disputada no Stamford Bridge, e os blues venceram pelo placar mínimo de 1 a 0, gol anotado por Derek Smethurst no primeiro minuto do segundo tempo. O segundo jogo ocorreu em Maine Road, e a classificação veio com nova vitória por 1 a 0, com gol contra de Ron Healey.

A final foi entre Chelsea e Real Madrid, que superou Hibernians, Wacker Innsbruck, Cardiff City e PSV Eindhoven. A disputa aconteceu em Atenas, no Estádio Karaiskakis. Peter Osgood abriu o placar para os blues aos 11 minutos do segundo tempo, mas os espanhóis empataram em 1 a 1 aos 45 e forçaram outro jogo. 

Não havia margem para erro no desempate. Aos 33 minutos, John Dempsey fez o primeiro gol do Chelsea. Aos 39, Osgood marcou o segundo e resolveu a parada. O Real Madrid até fez 2 a 1 na segunda etapa, porém não foi suficiente para tirar a conquista do clube londrino.

A campanha do Chelsea:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Colorsport/Shutterstock

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1971

Após a conquista europeia do Feyenoord, o mundo do futebol conheceu o potencial da Holanda. Mas faltava algo para que o momento ficasse marcado para sempre na história. Pois não faltou mais a partir de 1971. Treinado por Rinus Michels, o clube de Amsterdã conquistou o primeiro de uma sequência de três títulos e apresentou uma nova forma de atuação no campo - chamada de futebol total -, em que os jogadores flutuavam por todas as posições, confundindo a marcação adversária.

Esse estilo ficaria marcado mesmo na Copa do Mundo três anos depois. A base da seleção holandesa? O Ajax, com Johan Cruyff, Johan Neeskens, Wim Suurbier, entre outros. No comando, Michels. Mesmo com tantas qualidades, a campanha do Ajax teve suas dificuldades. Na primeira fase, o time deixou escapar a vitória fora de casa diante do Nëntori Tirana, da Albânia, no primeiro jogo: abriu 2 a 0 e levou o 2 a 2. Em casa, se recuperou ao ganhar por 2 a 0.

Nas oitavas de final, os holandeses passaram pelo Basel de maneira mais tranquila vencendo em Amsterdã por 3 a 0 e na Suíça por 2 a 1, de virada. Nas quartas, o adversário foi o Celtic. Na ida, novamente 3 a 0 em casa. Na volta, derrota fora por 1 a 0 só para tirar a invencibilidade.

A semifinal foi contra o Atlético de Madrid, e a primeira partida, na Espanha, terminou com derrota por 1 a 0. Agora precisando do resultado, no Olímpico de Amsterdã, o Ajax voltou a fazer 3 a 0 e carimbou a vaga na decisão.

Não era inédita uma final continental para o Ajax, que já havia assombrado a todos quando chegou lá em 1969. Mas agora o favoritismo era da equipe holandesa, que teve pela frente o Panathinaikos, surpresa da Grécia que eliminou Boldklubben (Dinamarca), Slovan Bratislava, Everton e Estrela Vermelha. O jogo aconteceu no Wembley, em Londres, e o Ajax foi campeão pela primeira vez com 2 a 0 no placar, gols de Dick Van Dijk, aos cinco minutos do primeiro tempo, e Arie Haan, aos 42 do segundo.

A campanha do Ajax:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Rolls Press/Popperfoto/Getty Images

Nacional Campeão da Libertadores 1971

Depois de dez anos de desencontros e desentendimentos, a Conmebol encontrou a primeira fórmula perfeita da Libertadores no ano de 1971. Na primeira fase, 20 times atuando em cinco grupos binacionais. O líder de cada chave avança à semifinal, onde se encontram com o campeão anterior e formam outros dois grupos. O primeiro de cada triangular avança à final. Esse regulamento duraria até 1987, sendo até hoje o que mais tempo foi utilizado pela entidade.

Com o Brasil voltando à competição regularmente, foi possível executar tudo dentro da normalidade. E foi nesta temporada que caiu o domínio do Estudiantes, com o título indo parar nas mãos do Nacional do Uruguai. A primeira fase do Decano foi quase perfeita. No grupo 3, junto de Peñarol e os bolivianos The Strongest e Chaco Petrolero, o time conseguiu cinco vitórias e um empate nas seis partidas que disputou, incluindo uma goleada por 5 a 0 sobre o Strongest no quarto jogo.

Com 11 pontos, o Nacional classificou-se à fase seguinte. Seus adversários no triangular foram Palmeiras e Universitario. A invencibilidade da equipe continuou nas quatro partidas que fez, com três vitórias e outro empate, aqui inclusas as vitórias sobre os peruanos por 3 a 0 e sobre os brasileiros por 3 a 1, ambos em casa.

O adversário na final foi o Estudiantes, que eliminou Barcelona de Guayaquil e Unión Española. Era a revanche do confronto de 1969, quando os argentinos levaram o segundo título. Mas a chance do tetra seria interrompida. A ida aconteceu em La Plata, no Jorge Luis Hirschi, com vitória do mandante por 1 a 0. O Nacional empatou na volta, no Centenario, em Montevidéu, ao vencer pelo mesmo 1 a 0.

A terceira partida ocorreu no Estádio Nacional de Lima, no Peru, sem vantagem alguma para as equipes. O primeiro título do Decano se desenhou no gols de Víctor Espárrago e Luis Artime, e a vitória por 2 a 0 deu fim à pressão causada pelos três vices na década de 1960 e pelo tri do seu maior rival.

A campanha do Nacional:
13 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Nacional

Nacional Campeão Mundial 1971

Muito alívio para os organizadores do Mundial após a tranquilidade que foi a edição de 1970, sem maiores brigas entre os clubes e os jogadores. Tudo parecia voltar ao normal, exceto pela segunda tentativa da FIFA de incluir outras confederações na competição. Desta vez, o pedido partiu de Concacaf e CAF (a entidade africana), já que a AFC descontinuou seu torneio asiático. Em meio a Feyenoord e Estudiantes, UEFA e Conmebol descartaram mais uma vez a aliança.

A Copa Intercontinental de 1971 caminharia para acontecer igual as anteriores. Até o momento em que a Copa dos Campeões da Europa chegou na decisão. Temeroso por uma recaída na segurança sul-americana, o holandês Ajax prometeu recusar sua vaga caso fosse campeão. E foi exatamente o que ocorreu após a final contra o grego Panathinaikos, vencida por 2 a 0. Durante meses a UEFA tentou convencer os irredutíveis holandeses a disputar o Mundial, sem sucesso. Enquanto isto, a Libertadores trocava de mãos. O Nacional do Uruguai conseguiu sua primeira conquista ao derrubar o Estudiantes em três jogos: derrota por 1 a 0 na ida, e vitórias por 1 a 0 e 2 a 0 na volta e no desempate.

A recusa do Ajax em enfrentar o Nacional gerou um impasse de seis meses. A UEFA insistia em ver seu campeão no Intercontinental, do outro lado, a Conmebol levantava a hipótese de apontar o time uruguaio como vencedor por W.O.. A divergência entre as entidades quase cancelou o Mundial. Até que, no fim de 1971, a UEFA indicou à disputa o vice Panathinaikos.

Assim, em 15 de dezembro, a grande Atenas recebia a ida mundialista. Cerca de 60 mil espectadores foram ao Estádio Karaiskakis e viram dois times com vontade de ganhar, o Panathinaikos pelo pragmatismo e o Nacional pela raça. Filakouris abriu o placar ao time grego aos três minutos do segundo tempo, mas Artime empatou em 1 a 1 ao time uruguaio aos cinco. Com mais qualidade, porém com o atacante Morales expulso, o Nacional não conseguiu a virada, somente uma leve vantagem.

A volta aconteceu às portas de 1972, no dia 28 de dezembro, em Montevidéu. O Centenario recebeu cerca de 63 mil torcedores, que não se decepcionaram com El Bolso. Aos 34 minutos do primeiro tempo, Artime abriu o marcador. Depois, aos 29 do segundo tempo, ele novamente ampliou. Com total controle da partida, o Nacional fazia o tempo passar. Apenas aos 44 minutos da etapa final que o Panathinaikos chegou lá, com Filakouris. Antes do 2 a 1, o goleiro Manga garantia tranquilidade com suas defesas. E para alívio da organização, o Mundial estava temporariamente salvo com o título uruguaio, mas com o futuro ainda incerto.


Foto Arquivo/El País

Villa Nova-MG Campeão Brasileiro Série B 1971

Até 1970, o futebol brasileiro vivia majoritariamente dos campeonatos estaduais, e os clubes deixavam em segundo plano Taça Brasil, Robertão e Libertadores. A história começou a mudar em 1971, quando a CBD transformou sua competição no Campeonato Nacional.

Ela foi disputada sem a concorrência estadual pelos 20 principais times do Brasil na época. E antes dela inchar até abrigar todos os Estados, era necessário criar outro torneios para que muitos times não fechassem portas por quatro meses. Assim nasceu o Brasileirão da Série B, mas sem o sistema de rebaixamento e acesso - não havia conexão com a Série A.

A primeira edição do torneio foi no mesmo ano de 1971 e levou o nome oficial de "Campeonato Nacional de Clubes da Primeira Divisão" (você não leu errado, a Série A era a "Divisão Extra"). Os participantes eram oriundos de todos os Estados, desde os times de melhor posição no estadual sem o convite para a competição principal até aqueles das regiões que não foram contempladas com as vagas.

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A primeira disputa da segunda divisão contou com a participação de 23 clubes (19 na primeira fase e quatro entrando na sequência). Eles foram geograficamente divididos em cinco grupos, sendo grupos 1 e 4 com quatro clubes, grupos 2 e 5 com três, e grupo 3 com cinco membros. Apenas o líder de cada se classificava. O Villa Nova de Nova Lima, Minas Gerais, venceu um torneio seletivo contra Tupi de Juiz de Fora e Uberlândia e não participou desta fase, apenas esperou a definição dos cinco classificados.

Na segunda fase, esses times se juntaram aos quatro "sortudos", formando três grupos com dois times e um com três. O Leão do Bonfim ficou no grupo 2, contra o Central de Niterói, time do extinto Campeonato Fluminense. A estreia foi no Rio de Janeiro, e acabou com empate em 2 a 2. No Castor Cifuentes, a torcida empurrou o Alvirrubro para a vitória por 1 a 0 e a classificação para a fase seguinte.

O Villa Nova enfrentou na semifinal a Ponte Preta. A ida foi em Campinas, e o Leão foi superado por 1 a 0 dentro do Moisés Lucarelli. A volta foi, por opção do Villa, no Independência em Belo Horizonte. Com mais torcedores do que o campo em Nova Lima poderia comportar, o Alvirrubro devolveu o placar de 1 a 0, forçando uma partida extra também em Minas Gerais.

O terceiro jogo foi 1 a 1, e a definição foi para os pênaltis, onde o time mineiro venceu por 6 a 5 e se classificou para a final. O adversário foi o Remo, que havia eliminado o Itabaiana de Sergipe.

A primeira partida foi em Belém, no Baenão, e terminou com o Leão do Bonfim em desvantagem, perdendo por 1 a 0. Os villanovenses devolveram o resultado com juros na segunda partida, em Belo Horizonte, vencendo por 3 a 0. Mais um desempate foi preciso, e o Villa Nova conseguiu, de virada, vencer novamente por 2 a 1 e ficar com o primeiro título brasileiro da Série B, o maior de sua história. 

Mas, como não havia acesso, o Villa não participou do Brasileiro de 1972. Embora o vice Remo tenha recebido o convite da CBD, isso não aconteceu para o campeão, e o Leão ficou fora das competições nacionais no ano seguinte.

A campanha do Villa Nova-MG:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Villa Nova-MG

Atlético-MG Campeão Brasileiro 1971

Em 1971, o futebol brasileiro passou por nova mudança. Motivada pelo tri na Copa do Mundo, CBD pôs fim ao Robertão, e colocou em prática a primeira edição do Campeonato Nacional de Clubes. Esta nova competição tinha o plano de englobar mais equipes de mais regiões do Brasil.

No começo, foram acrescidos três times aos 17 participantes da Taça de Prata do ano anterior, somando também mais um estado. Ainda, houve a criação pela primeira vez de uma segunda divisão, mas que na prática funcionava como um torneio paralelo, pois não concedia acesso ao campeão nem ao vice.

Com 20 participantes, o Campeonato Brasileiro de 1971 promoveu algumas mudanças no regulamento. Os times jogaram todos contra todos em turno único, mas foram divididos em duas chaves de dez clubes cada. Os seis primeiros colocados de cada chave se classificavam para a segunda fase. Os doze classificados foram divididos em três grupos, jogando em dois turnos, classificando-se para o triangular final o primeiro lugar de cada.

O Atlético-MG ficou destinado ao grupo B, e estreou com empate em clássico contra o América-MG. Ao final das 19 rodadas, se classificou na segunda posição com sete vitórias, nove empates e três derrotas. Fez os mesmos 23 pontos que o líder Grêmio, e avançou também com America-RJ, Santos, Botafogo e São Paulo.

Na segunda fase, o Galo ficou em grupo com Internacional, Santos e Vasco. Em jogos equilibrados, a classificação foi sofrida. Na última rodada, perdeu para o Internacional no Mineirão, deixando ambos com sete pontos. Sorte alvinegra que o jogo do turno no Beira-Rio foi 4 a 1 para o Atlético, deixando o saldo de gols final em quatro para o time mineiro e zero para o time gaúcho.

No triangular final, chegaram Atlético-MG, São Paulo e Botafogo. O primeiro jogo foi entre mineiros e paulistas. Acabou 1 a 0 para o Alvinegro no Mineirão. O jogo seguinte foi 4 a 1 para o São Paulo sobre o Botafogo. Assim, o Galo precisava vencer no jogo final para ser campeão.

No Maracanã, Botafogo e Atlético-MG se enfrentaram. O time fluminense deveria vencer por cinco gols de diferença para comemorar o título. Já os paulistas torceram de fora para que eles vencessem por menor diferença. Mas não adiantou. Dario Maravilha marcou de cabeça o gol da vitória por 1 a 0, e do título atleticano do Brasileirão.

A campanha do Atlético-MG:
27 jogos | 12 vitórias | 10 empates | 5 derrotas | 39 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/EM/D.A Press