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LDU Quito Campeã da Copa Sul-Americana 2023

O Equador segue com o comando do título da Copa Sul-Americana. Em 2023, foi a vez da LDU Quito chegar ao bicampeonato, sendo mais uma conquista obtida em cima de time brasileiro. Los albos fizeram uma campanha segura na fase inicial, e com fortes emoções no mata-mata.

A competição teve uma novidade no regulamento, que foi a adição de uma segunda fase no mata-mata, entre os grupos e as oitavas de final, com disputas entre os vices de cada chave e os eliminados da Libertadores. Desta forma, a primeira fase deixou de classificar apenas os líderes. Mas a jornada da LDU começou ainda na etapa preliminar, em confronto caseiro contra o Delfín, vencendo por 4 a 0.

Depois, o time ficou no grupo A, junto com Botafogo, Magallanes e Universidad César Vallejo. Em seis partidas, os equatorianos venceram três e empataram as outras três. Com 12 pontos, a classificação foi confirmada no primeiro lugar do grupo, portanto, diretamente às oitavas de final. Entre os triunfos, destaque para as goleadas por 4 a 0 sobre o Magallanes, e por 3 a 0 sobre o César Vallejo, em casa.

Nas oitavas, a LDU enfrentou o Ñublense. O primeiro jogo aconteceu no Chile, e acabou com vitória equatoriana por 1 a 0. A segunda partida foi em Quito, no Casa Blanca, mas os albos perderam por 3 a 2. A primeira classificação nos pênaltis veio com vitória por 4 a 3.

Nas quartas, foi a vez enfrentar o São Paulo. Na ida, vitória por 2 a 1 em Quito. Na volta, derrota por 1 a 0 no Morumbi. Nos pênaltis, a segunda classificação, por 5 a 4. A semifinal foi contra o Defensa y Justicia, e foi mais tranquila: triunfo por 3 a 0 no Casa Blanca e empate por 0 a 0 na Argentina.

A final da Copa Sul-Americana foi contra o Fortaleza, que superou Palestino, Estudiantes de Mérida, Libertad, América-MG e Corinthians. A partida foi jogada no Estádio Domingo Burgueño, em Maldonado/Punta del Este, também no Uruguai. Os brasileiros até abriram o placar no início do segundo tempo, mas Lisandro Alzugaray empatou em 1 a 1 aos 11 minutos. O resultado foi esse até os pênaltis, onde o goleiro Alexander Domínguez brilhou com três defesas, e a LDU venceu por 4 a 3.

A campanha da LDU Quito:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Staff Images/Conmebol

Independiente Del Valle Campeão da Copa Sul-Americana 2022

A Copa Sul-Americana chegou ao número de 20 edições em 2022, cada vez mais saudável, competitiva e importante. A "Grande Conquista" se consolidou no imaginário dos clubes emergentes do continente. Para coroar as 20 disputas, o bicampeonato de uma força cada vez mais respeitada: o Independiente Del Valle. 

O time do Equador soube superar a queda na fase de grupos na Libertadores e partiu para um feito que só três clubes mais possuíam (Boca Juniors, Independiente e Athletico-PR). E melhor do que todos eles, fez de maneira invicta e quase perfeita, com apenas um empate entre tantas vitórias.

A trajetória do Del Valle na Sul-Americana começou após ficar em terceiro lugar no grupo D da Libertadores. Estreou nas oitavas de final contra o Lanús. Venceu a ida em Quito, no Olímpico Atahualpa, por 2 a 1 e segurou fora o 0 a 0 na volta.

Nas quartas de final, os rayados enfrentaram o Deportivo Táchira. O primeiro jogo foi na Venezuela, em San Cristóbal, e acabou com vitória equatoriana por 1 a 0. A segunda partida aconteceu na Casa Blanca, em Quito, e o Del Valle aumentou sua vantagem ao golear por 4 a 1.

A semifinal foi disputada contra o Melgar, do Peru. A ida foi no Equador, com novo triunfo azul e preto por 3 a 0. A volta ocorreu em Arequipa, e a diferença para os peruanos no confronto dobrou depois de outra vitória por 3 a 0, sem conhecimento do oponente.

A decisão da Copa Sul-Americana foi entre Independiente Del Valle e São Paulo. Os brasileiros eliminaram Everton de Viña, Ayacucho, Jorge Wilstermann, Universidad Católica, Ceará e Atlético-GO. A partida aconteceu no Estádio Mario Kempes, em Córdoba, que após dois anos da pandemia de covid-19 pôde receber público nas arquibancadas, ainda que não tenham lotado. No gramado, os rayados atuaram melhor os 90 minutos. Aos 13 do primeiro tempo, Lautaro Díaz abriu o placar. Aos 22 do segundo, Lorenzo Faravelli fez 2 a 0, fechou a conta e confirmou o segundo título do Del Valle.

A campanha do Independiente Del Valle:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 15 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Juan Mabromata/AFP

Athletico-PR Campeão da Copa Sul-Americana 2021

O Brasil voltou a conquistar o título da Copa Sul-Americana depois de três anos, em 2021. E com o mesmo clube que havia faturado em 2018: o Athletico-PR. Antes escrito "Atlético", o Furacão tornou-se no primeiro brasileiro a ter mais uma taça da segunda maior competição da América do Sul. E pela primeira vez na história, a final foi entre brasileiros.

Esta edição da Sul-Americana teve uma grande mudança de regulamento. As duas primeiras fases de mata-mata foram trocadas por uma fase de oito grupos. Foram 28 times que entraram pelo índice técnico de seus países e quatro da eliminação na terceira fase preliminar da Libertadores. Para as oitavas de final, o líder de cada chave juntou-se aos terceiros colocados da competição de cima.

O Brasil teve seis vagas diretas, uma da preliminar e outra de terceiro colocado. Desde o início no torneio, o Athletico esteve no grupo D e praticamente passeou diante de Melgar, Aucas e Metropolitanos. Foram cinco vitórias em seis partidas, 15 pontos e a classificação com a segunda melhor campanha geral.

Nas oitavas de final, o rubro-negro paranaense enfrentou o América de Cali, vencendo a ida na Colômbia por 1 a 0, e a volta em Curitiba por 4 a 1. Nas quartas, um pouco de sofrimento contra a LDU Quito. Depois de perder por 1 a 0 no Equador, o Furacão reverteu fazendo 4 a 2 na Arena da Baixada. A semifinal foi contra o Peñarol, e com mais duas vitórias, por 2 a 1 no Uruguai e por 2 a 0 no Paraná, o clube rubro-negro chegou na sua segunda decisão.

O adversário do Athletico na final veio do interior de São Paulo. O Bragantino chegou lá  pela primeira vez depois de passar por Emelec, Talleres, Deportes Tolima, Independiente del Valle, Rosario Central e Libertad. O lugar escolhido para a decisão em 2021 foi o Centenario, em Montevidéu. Em campo, a experiência athleticana fez a diferença, e o Furacão levou o bicampeonato com vitória por 1 a 0, gol marcado por Nilkão aos 29 minutos do primeiro tempo.

A campanha do Athletico-PR:
13 jogos | 11 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Franklin de Freitas/AGBPhoto

Defensa y Justicia Campeão da Copa Sul-Americana 2020

Não é fácil ser campeão sul-americano. Às vezes, sobra planejamento e falta camisa. E vice-versa. Mas quando acontece de a estrutura ser tão boa que o peso da camisa nem se sente, o caminho do título é certo. Foi assim com o Cienciano em 2003, o Arsenal de Sarandí em 2007, a Chapecoense em 2016 e o Independiente Del Valle em 2019. Não foi diferente em 2020. O pequeno Defensa y Justicia, da cidade de Florencio Varela, na grande Buenos Aires, chegou à maior conquista de sua história na Copa Sul-Americana daquele ano. E de maneira invicta.

A competição da Conmebol foi diferente de tudo já visto até então. Não pelo regulamento, mas sim pelo contexto. Em março de 2020, o mundo mergulhou na pandemia de covid-19, que isolou as populações dentro de casa. Àquela altura, a Sul-Americana havia terminado a primeira fase e foi paralisada. Somente em outubro houve o retorno, sem torcida nos estádios.

O Defensa y Justicia não jogou a fase inicial, pois estava na Libertadores. Eliminado em terceiro lugar de seu grupo, ganhou a chance de buscar o título inédito a partir da segunda fase, contra o Sportivo Luqueño. Venceu por 3 a 2 no Paraguai e empatou por 1 a 1 na Argentina. Nas oitavas de final, o "halcón" (falcão) enfrentou o Vasco. Na ida, empatou por 1 a 1 em casa, no Estádio Norberto Tomaghello. Na volta, venceu por 1 a 0 em pleno São Januário. Nas quartas, despachou o Bahia com mais uma vitória no Brasil, por 3 a 2, e outra na Argentina, por 1 a 0.

Na semifinal, o adversário do DyJ foi o chileno Coquimbo Unido. O primeiro jogo seria no Chile, mas o governo local não liberou a entrada da delegação argentina no país depois que alguns atletas foram diagnosticados com covid-19. Dias depois, em Assunção, Paraguai, os times jogaram e empataram sem gols. A segunda partida foi no Norberto Tomaghello, e o halcón venceu por 4 a 2.

A final da Copa Sul-Americana foi entre Defensa y Justicia e Lanús, que passou por Universidad Católica do Equador, São Paulo, Bolívar, Independiente e Vélez Sarsfield. A partida foi no Estádio Mario Kempes, em Córdoba, com as arquibancadas desertas. Em campo, o DyJ, treinado por Hernán Crespo, não tomou conhecimento do oponente e foi campeão com triunfo por 3 a 0, gols de Adonis Frías, Braian Romero e Washington Camacho.

A campanha do Defensa y Justicia:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Amilcar Orfali/Staff Images/Conmebol

Independiente Del Valle Campeão da Copa Sul-Americana 2019

A Copa Sul-Americana de 2019 foi mais uma das muitas edições das novidades. No regulamento e no campo. A grande adição no papel foi a introdução da final em partida única. Inicialmente marcada para estrear em Lima, no Peru, a Conmebol moveria a decisão para Assunção, no Paraguai.

A novidade no gramado veio do Equador. Que não era tão nova assim, pois já havia se engraçado numa final de Libertadores. Desde 2014 no circuito internacional, o Independiente Del Valle foi vice na maior competição da América do Sul em 2016. Foi o primeiro aviso de um clube saído das divisões inferiores e do interior equatoriano, da cidade de Sangolquí.

Na primeira fase, os "rayados del valle" enfrentaram o Unión Santa Fe. Perderam por 2 a 0 na Argentina e devolveram a diferença no Equador. Nos pênaltis, vitória por 4 a 2. Na segunda fase, passaram pela Universidad Católica após golear por 5 a 0 em casa e perder por 3 a 2 no Chile.

Nas oitavas de final, o Del Valle enfrentou o Caracas. Na ida, empatou por 0 a 0 na Venezuela. Na volta, no Olímpico Atahualpa, venceu por 2 a 0. Nas quartas, o adversário foi o Independiente argentino. O primeiro duelo dos xarás acabou 2 a 1 para os argentinos em Avellaneda. No segundo jogo, os rayados fizeram 1 a 0 e avançaram na regra do gol marcado fora de casa.

A semifinal foi contra o Corinthians. O primeiro jogo aconteceu em São Paulo, e o Del Valle conseguiu uma histórica vitória por 2 a 0. A segunda partida foi em Quito. Com alguma dificuldade, os equatorianos empataram por 2 a 2 e se garantiram na decisão.

A final da Sul-Americana foi contra a Colón, que derrubou Deportivo Municipal, River Plate do Uruguai, Argentinos Juniors, Zulia e Atlético-MG. O confronto foi no Estádio General Pablo Rojas, com direito a interrupção aos 32 minutos do primeiro tempo devido a chuva forte. Antes, aos 24, Fernando León abriu o placar ao Del Valle. Depois, aos 41, Jhon Sánchez ampliou. Quase lá, o rayado levou gol aos 43 do segundo tempo. Mas aos 50, Cristian Dájome fez 3 a 1 e coroou mais um título para o futebol do Equador.

A campanha do Independiente Del Valle:
11 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Norberto Duarte/AFP

Athletico-PR Campeão da Copa Sul-Americana 2018

O título da Chapecoense na Copa Sul-Americana em 2016 foi apenas o terceiro do Brasil na história da competição. Entre os vários candidatos a campeão do torneio estava o Athletico-PR, que foi semifinalista em 2006 e quarto-finalista em 2015. Depois dos quases, estava mais do que na hora de o Furacão chegar lá. E 2018 foi o ano da desforra, da primeira conquista em caráter continental.

Não teve uma camisa que pudesse segurar o rubro-negro paranaense. Seja pesada ou normal. Na primeira fase, o adversário foi o Newell's Old Boys, da Argentina. Venceu por 3 a 0 na Arena da Baixada e perdeu por 2 a 1 em Rosario, se classificando pelo saldo de gols.

A segunda fase foi contra o  Peñarol. Apesar da tradição uruguaia, o Athletico não teve nenhuma dificuldade, vencendo por 2 a 0 em Curitiba e por 4 a 1 em Montevidéu. Nas oitavas de final, a parada foi contra o Caracas. E o Furacão venceu novamente as duas partidas, por 2 a 0 na Venezuela e por 2 a 1 na Arena da Baixada.

O confronto mais complicado do rubro-negro foi nas quartas, contra o Bahia. Na ida, venceu por 1 a 0 na Fonte Nova. Na volta, perdeu pelo mesmo placar em plena Arena. A classificação veio somente na disputa de pênaltis, depois de fazer 4 a 1. A semifinal foi contra outro time brasileiro, o Fluminense.  O primeiro jogo foi em Curitiba, com vitória athleticana por 2 a 0. A segunda partida aconteceu no Rio de Janeiro, e com novo triunfo por 2 a 0 o Furacão chegou na decisão.

O adversário na final foi o Junior Barranquilla, clube colombiano que eliminou Lanús, Colón, Defensa y Justicia e Santa Fe. O jogo de ida foi no Estádio Metropolitano de Barranquilla. O Athletico-PR abriu o placar com Pablo, aos cinco do segundo tempo, mas sofreu o empate dois minutos depois. O 1 a 1 foi o placar final e tudo ficou para a definição em Curitiba.

Na Arena da Baixada, o Furacão tornou a abrir o placar, com Pablo aos 26 do primeiro tempo, mas o empate colombiano veio nos segundo tempo, aos 12 minutos. Depois de 120 minutos de futebol e um pênalti defendido pelo goleiro Santo, mais um placar de 1 a 1 imperou no confronto. Na disputa de pênaltis, o Athletico foi mais competente e venceu por 4 a 3, com Thiago Heleno convertendo a última cobrança.

A campanha do Athletico-PR:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/EFE

Independiente Campeão da Copa Sul-Americana 2017

Tudo novo de novo na Copa Sul-Americana. Em 2017, a Conmebol reformulou totalmente seu calendário. Libertadores e Sul-Americana deixaram de acontecer em semestres diferentes e passaram a ocupar o ano todo. De tal forma, ficou impossível para os clubes disputarem ela desde o início ao mesmo tempo.

O modelo copiado foi o europeu: os terceiros colocados dos grupos da Libertadores seriam deslocados para a Sul-Americana. Esta, por sua vez, passou a contar com 44 times na primeira fase. Destes, 22 se juntariam aos oito terceiros e os dois melhores eliminados da preliminar da Libertadores. Tudo no formato mata-mata, com datas mais espaçadas.

O primeiro vencedor neste novo regulamento foi um bicampeão: o Independiente. O clube argentino iniciou sua campanha na primeira fase, contra o Alianza Lima. O primeiro jogo, no Libertadores de América, ficou empatado sem gols. Na segunda partida, no Peru, vitória roja por 1 a 0. Na segunda fase, o adversário foi o Deportes Iquique, egresso da Libertadores. A ida, em casa, acabou com vitória do Independiente por 4 a 2. A volta, no Chile, confirmou a classificação com outro triunfo, por 2 a 1.

Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Atlético Tucumán, depois de perder no norte da Argentina por 1 a 0, e vencer em Avellaneda por 2 a 0. Nas quartas, o rojo eliminou o Nacional do Paraguai com vitórias por 4 a 1 fora e por 2 a 0 em casa. A semifinal foi contra outro paraguaio, o Libertad. Na ida, em Assunção, derrota por 1 a 0. Na volta, no Libertadores, quase 48 mil torcedores empurraram o Independiente rumo à vitória por 3 a 1.

A final da Copa Sul-Americana foi contra o Flamengo, eliminado da Libertadores que passou por Palestino, Chapecoense, Fluminense e Junior Barranquilla. O primeiro jogo aconteceu em Avellaneda. De virada, Emanuel Gigliotti e Maximiliano Meza deram a vitória por 2 a 1 ao Independiente.

A segunda partida foi realizada no Maracanã. Depois de 22 anos, o rojo voltava ao Rio de Janeiro para decidir um título continental contra o Flamengo (Supercopa de 1995). O confronto começou mal, devido aos brasileiros abrirem o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Aos 39, porém, Esequiel Barco converteu um pênalti, e o empate por 1 a 1 confirmou o segundo título do clube.

A campanha da Independiente:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Mauro Pimentel/AFP

Chapecoense Campeã da Copa Sul-Americana 2016

A mudança na fórmula da Copa do Brasil em 2013 afetou a trajetória brasileira na Copa Sul-Americana. A partir daquela temporada, as vagas passaram a ser segregadas. Quem avançava às oitavas da copa nacional, ficava fora da copa continental. Isto abriu caminho para que equipes médias chegassem com chances de título, como a Ponte Preta em 2013 e a Chapecoense em 2015. O clube catarinense tomou gosto pela coisa e seguiu forte para 2016. Mas tudo ficou menor diante de uma tragédia.

Após a boa experiência da temporada anterior, quando foi eliminada vencendo o River Plate, a Chape voltou disposta a repetir o desempenho. Fez mais: entrou para a história e para a lembrança de todos. Na primeira fase, contra o Cuiabá, se classificou após perder por 1 a 0 no Mato Grosso e vencer por 3 a 1 em Santa Catarina.

Nas oitavas de final, dois empates sem gols contra o Independiente, em Avellaneda e em Chapecó, levaram à disputa por pênaltis, onde o Verdão do Oeste venceu por 5 a 4. Nas quartas, contra o Junior Barranquilla, perdeu por 1 a 0 na Colômbia e venceu por 3 a 0 em casa. Na semifinal, empatou por 1 a 1 com o San Lorenzo em Buenos Aires e por 0 a 0 em Santa Catarina. A Chapecoense estava classificada à decisão.

A final seria jogada contra o Atlético Nacional, que eliminou Deportivo Municipal, Bolívar, Sol de América, Coritiba e Cerro Porteño. A ida estava marcada para acontecer em Medellín, no Atanasio Girardot. Na viagem para a Colômbia, o avião que transportava a equipe brasileira ficou sem combustível e caiu em um morro próximo ao aeroporto.

A aeronave trazia 77 pessoas a bordo: atletas, comissão técnica, diretoria, jornalistas, convidados e tripulação. Infelizmente, 71 pessoas morreram na queda do avião. Seis foram resgatadas com vida: dois tripulantes, o jornalista Rafael Henzel (morto em 2019), o goleiro Follmann, o zagueiro Neto e o lateral-esquerdo Alan Ruschel.

A decisão jamais aconteceu, e o Atlético Nacional enviou um pedido à Conmebol para que reconhecesse a Chapecoense como campeã, em homenagem às vítimas. Assim, o título ficará marcado para sempre na história, como lembrança de quem se foi em 28 de novembro de 2016.

A campanha da Chapecoense:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 7 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Marcos Cunha/Chapecoense

Santa Fe Campeão da Copa Sul-Americana 2015

Treze anos depois de seu lançamento, a Copa Sul-Americana viu um time da Colômbia ser campeão. Em 2015, o Independiente Santa Fe superou a barreira dos vices de seu rival Atlético Nacional e chegou ao maior título de sua história, 19 temporadas depois de também ter obtido um segundo lugar continental, na Copa Conmebol de 1996.

A campanha de "los cardenales" começou na primeira fase, dividida em Zona Sul (Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia) e Zona Norte (Colombia, Equador, Peru e Venezuela). O adversário foi a LDU Loja, o qual empatou por 0 a 0 no Equador e venceu por 3 a 0 em Bogotá. Na segunda fase, o Santa Fe passou de modo marcante pelo Nacional do Uruguai: vitória por 2 a 0 em Montevidéu e derrota por 1 a 0 em El Campín, em casa.

O terceiro adversário albirrojo foi o Emelec, nas oitavas de final. Na ida, no Equador, perdeu de virada por 2 a 1. Na volta, venceu em Bogotá por 1 a 0 e se classificou via regra do gol marcado como visitante. Mas quartas, foi a vez de passar pelo semi-xará Independiente. Na primeira partida, vitória por 1 a 0 na Argentina. No segundo jogo, empate por 1 a 1 na Colômbia classificou o Santa Fe à semifinal.

Na etapa seguinte, os cardenales enfrentaram o Sportivo Luqueño, do Paraguai. Na ida, em Luque, os colombianos correram atrás do empate por 1 a 1. A volta foi disputada em El Campín, e a classificação à final veio com a ajuda do regulamento, no empate sem gols que fez valer outra vez a regra do gol anotado fora de casa.

O Santa Fe encarou na decisão da Sul-Americana o Huracán, clube argentino que passou por Tigre, Sport, Defensor e River Plate. O primeiro jogo foi disputada em Buenos Aires, no Estádio Tomás Ducó. Acabou empatado sem gols.

A segunda partida foi realizada em El Campín. De novo, 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, o goleiro Róbinson Zapata defendeu um, viu mais duas irem na trave e o Santa Fe vencer por 3 a 1, cobranças convertidas por Omar Pérez, Luis Seijas e Leyvin Balanta.

A campanha do Santa Fe:
12 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Guillermo Legaria/AFP/Getty Images

River Plate Campeão da Copa Sul-Americana 2014

Uma história de queda e ressurgimento de um gigante Sul-Americano. O River Plate conheceu todos os cenários possíveis no século 21, antes de voltar ao topo na conquista da Libertadores de 2015. Em 2003, foi vice da incipiente Copa Sul-Americana para o modesto Cienciano. Em 2011, após sucessivos erros e uma crise financeira, acabou rebaixado para a segunda divisão argentina.

O retorno começou em 2012. E os primeiros frutos começaram a aparecer em 2014. Primeiro, com o título do Torneio Final Argentino, sob o comando do técnico Ramón Díaz. Depois, com a glória invicta da Copa Sul-Americana, a primeira em caráter continental desde 1997, já com Marcelo Gallardo de treinador. Ali começou uma relação que duraría oito anos com o clube.

A campanha millonaria iniciou contra o Godoy Cruz, na segunda fase: vitórias por 1 a 0 fora e por 2 a 0 em casa. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Libertad, do Paraguai. Na ida, vitória por 3 a 1 em Assunção. Na volta, o triunfo foi por 2 a 0, em classificação tranquila.

Nas quartas, mais um adversário argentino. Contra o Estudiantes, o River começou mais uma vez vencendo o confronto fora de casa, por 2 a 1, de virada, no Estádio Ciudad de La Plata. O segundo jogo aconteceu no Monumental de Nuñez. E após duas viradas, o clube millonario saiu ganhador por 3 a 2.

A semifinal foi "apenas" contra o Boca Juniors, seu maior rival. Na ida, em La Bombonera, empate por 0 a 0. Na volta, o Monumental pulsou com quase 66 mil torcedores. Leonardo Pisculichi anotou o gol da vitória por 1 a 0 aos 16 minutos do primeiro tempo.

A final foi entre River Plate e Atlético Nacional, que deixou para trás Deportivo La Guaira, General Díaz, Vitória, Universidad Cesar Vallejo e São Paulo. A primera partida aconteceu no Atanasio Girardot, em Medellín, num bom empate por 1 a 1. Pisculichi fez o gol argentino mais uma vez.

O segundo jogo foi no Monumental, em Buenos Aires. Favorito, o River controlou as ações e não precisou de muito para ser campeão. Aos nove minutos, Gabriel Mercado abriu o marcados. Aos 13, Germán Pezzella fez 2 a 0 e completou de vez o retorno millonario ao cenário da América do Sul.

A campanha do River Plate:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Lanús Campeão da Copa Sul-Americana 2013

A Copa Sul-Americana em 2013 por pouco não viu acontecer um momento único na história do futebol. A Ponte Preta, segundo clube mais antigo em atividade no Brasil, ficou a dois jogos de vencer um título que a sua torcida espera desde a fundação, em 1900. Ficou no quase, mesmo. A Macaca chegou na decisão, mas acabou parando no Lanús.

A taça foi parar na Argentina. Campeão da Copa Conmebol em 1996, o Lanús conseguiu se manter dentro do cenário continental desde então. A campanha granate na Sul-Americana começou diante do Racing, na segunda fase. Na ida, venceu por 2 a 1 em El Cilindro. Na volta, completou o serviço ao fazer 2 a 0 em La Fortaleza.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar a Universidad de Chile. O primeiro jogo foi na Argentina, com goleada grená por 4 a 0. Tranquilo no confronto, o Lanús foi à Santiago e ficou com a classificação ao perder por apenas 1 a 0. Nas quartas, o adversário foi o River Plate. A primeira partida aconteceu mais uma vez em casa, e ficou no 0 a 0. El granate precisou encarar a força do Monumental de Nuñez no segundo jogo. E com gols de Diego González, Santiago Silva "El Tanque" e Víctor Ayala, o Lanús derrubou o rival com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Libertad. A ida ocorreu no Paraguai, no pequeno Estádio Nicolás Leoz, em Assunção. Em atuação consciente, o Lanús abriu vantagem de 2 a 1 no confronto. A volta foi em La Fortaleza, para quase 34 mil torcedores. Com outro desempenho de almanaque, o granate voltou a vencer por 2 a 1 e se colocou em mais uma decisão.

A final da Copa Sul-Americana reuniu Lanús e Ponte Preta. Assombrando o continente, os brasileiros eliminaram Criciúma, Deportivo Pasto, Vélez Sarsfield e São Paulo. Ida foi jogada no Pacaembu, em São Paulo. Os argentinos conseguiram um bom empate fora de casa, por 1 a 1.

A volta aconteceu em La Fortaleza, para 40 mil pessoas. Superior a Ponte, o Lanús garantiu o título ao vencer por 2 a 0. Aos 24 minutos do primeiro tempo, Víctor Ayala abriu ao placar. Aos 46, Ismael Blanco marcou mais um gol e acabou com qualquer chance de reação brasileira.

A campanha do Lanús:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Iván Fernández/EFE

São Paulo Campeão da Copa Sul-Americana 2012

Após a primeira conquista brasileira na Copa Sul-Americana, em 2008, os clubes brasileiros passaram a dar trato um pouco melhor à competição. Em 2009 e 2010, ficamos no vice. A sorte voltaria a sorrir para o Brasil em 2012, na conquista do último título de expressão (até o momento) do São Paulo.

Naquele ano, o regulamento do torneio foi alterado mais uma vez. O número de participantes subiu para 47, e a primeira fase foi desmembrada em Zona Norte  e Zona Sul). Argentinos e brasileiros continuaram a entrar apenas na segunda fase. O tricolor paulista começou a campanha do título contra o Bahia, com duas vitórias por 2 a 0 em Salvador e em São Paulo.

Nas oitavas de final, contra a desconhecida LDU Loja (como a de Quito) uma inesperada dificuldade. O São Paulo só avançou graças ao gol anotado fora de casa, pois a ida ficou empatada por 1 a 1 no Equador, e a volta acabou no 0 a 0 no Morumbi. Nas quartas, o tricolor enfrentou a Universidad de Chile. E o que faltou nas oitavas sobrou aqui. No primeiro jogo, vitória por 2 a 0 em Santiago. Na segunda partida, goleada por 5 a 0 no Pacaembu.

As coisas voltaram a apertar na semifinal, contra a Universidad Católica. O São Paulo empatou por 1 a 1 a ida, no Chile, e tornou a segurar o empate sem gols em casa. O tento marcado fora de casa voltou a fazer a diferença e o clube avançou para sua primeira final em sete participações na Sul-Americana.

O adversário na decisão veio da Argentina, o Tigre, da cidade de Victoria, na grande Buenos Aires. Eles eliminaram Argentinos Juniors, Deportivo Quito, Cerro Porteño e Millonarios. A primeira partida foi disputada em La Bombonera, pois o estádio do Tigre era pequeno demais para uma final. E o tricolor conseguiu voltar de lá com empate por 0 a 0.

A volta foi no Morumbi, diante de mais de 67 mil são-paulinos. Mas o que era para ser um jogo disputado virou quase um treino, pois o São Paulo fez 2 a 0 já no primeiro tempo, gols de Lucas Moura aos 22, e de Osvaldo aos 27 minutos. Irritados com a arbitragem e as provocações brasileiras, os jogadores do Tigre deram início a uma confusão que escalou para um confronto com a Polícia Militar no túnel do vestiário. Eles não retornaram para o segundo tempo e a partida se deu por encerrada. O fato não diminuiu o peso do título invicto do tricolor.

A campanha do São Paulo:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images

Universidad de Chile Campeã da Copa Sul-Americana 2011

Um time com um objetivo claro, uma ideia fixa, um futebol vistoso e uma campanha quase perfeita. A Universidad de Chile foi tudo isso na Copa Sul-Americana de 2011. Comandada por Jorge Sampaoli, a equipe levou o Chile ao primeiro título continental nesta competição, além de ter sido o primeiro no geral em 19 anos.

La U começou sua trajetória ainda na primeira fase, diante do Fénix, do Uruguai. Na ida, venceu por 1 a 0 em Santiago. Na volta, segurou o 0 a 0 em Montevidéu. Na segunda fase, o confronto foi contra um uruguaio de mais tradição - o Nacional. Com vitórias por 1 a 0 em casa e 2 a 0 fora, o clube chileno passou.

Na oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Flamengo. Em pleno Rio de Janeiro, a Universidad mostrou para todo o continente seu poder: 4 a 0, fora o baile em cima dos brasileiros. No segundo jogo, em Santiago, bastou administrar a enorme vantagem - e fazer 1 a 0. Nas quartas, o oponente de La U foi o Arsenal de Sarandí. A primeira partida aconteceu na Argentina, com vitória universitária por 2 a 1. O segundo jogo foi no Nacional, em Santiago, e a classificação veio com novo triunfo, desta vez por 3 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Vasco, que foi quem impôs a maior dificuldade do time chileno. Em São Januário, a Universidad saiu atrás no primeiro tempo, mas conseguiu o empate por 1 a 1 no segundo. Na volta, realizada no pequeno Estádio Santa Laura, La U voltou a vencer, por 2 a 0.

A final baseou-se na existência da letra U. A Universidad de Chile teve pela frente a LDU Quito, que chegou lá depois de superar Yaracuyanos, Trujillanos, Independiente, Libertad e Vélez Sarsfield. O primeiro jogo foi no Casa Blanca, em Quito. Com gol de Eduardo Vargas aos 44 minutos do primeiro tempo, La U venceu por 1 a 0.

A segunda partida aconteceu no Estádio Nacional de Santiago. Vargas abriu o placar logo aos três minutos de jogo. Gustavo Lorenzetti ampliou aos 34 do segundo tempo. O show chileno ficou completo aos 42, com o segundo gol de Vargas, que decretou o 3 a 0, o título inédito e o símbolo de uma era inesquecível da Universidad.

A campanha da Universidad de Chile:
12 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Agencia Uno

Independiente Campeão da Copa Sul-Americana 2010

Começou uma nova década, e a Copa Sul-Americana mudou mais uma vez, em 2010. O número de clubes aumentou de 31 para 39, de tal forma que fez a Conmebol colocar uma fase a mais na competição, sem a participação de brasileiros e argentinos.

Argentina e Brasil só entraram na segunda fase. Entre eles, o Independiente. Longe do título da Libertadores desde 1984, e qualquer taça continental desde 1995, o rojo conseguiu ter um sopro dos bons momentos do passado e chegou ao título inédito.

O primeiro adversário do Independiente foi o Argentinos Juniors. Na ida, venceu por 1 a 0 em seu estádio, o Libertadores de América. Na volta, empatou por 1 a 1 no Diego Maradona, em Buenos Aires. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Defensor. No primeiro jogo, o rojo perdeu no Uruguai por 1 a 0. Precisando da vitória na segunda partida, a classificação vermelha veio na virada em Avellaneda por 4 a 2.

Nas quartas, o Independiente enfrentou o Deportes Tolima. Em Ibagué, na Colômbia, o time argentino arrancou o empate por 2 a 2. O resultado bastou para que a classificação chegasse no segundo jogo por meio do regulamento. No Libertadores de América, o rojo ficou no empate por 0 a 0, e a regra do gol anotado fora de casa foi acionada.

A semifinal foi disputada contra a LDU Quito, defensora do título naquela temporada. A primeira partida foi realizada no Casa Blanca, no Equador, e o Independiente conseguiu sair de um desastre por 3 a 0 para uma derrota alcançável por 3 a 2. O segundo jogo foi em Avellaneda. Com tensão, o rojo conseguiu vencer por 2 a 1 e se classificar mais uma vez pelos gols como visitante.

A decisão da Sul-Americana de 2010 foi entre Independiente e Goiás. A zebra brasileira eliminou Grêmio, Peñarol, Avaí e Palmeiras. No Brasileirão, a equipe goiana brigava para não ser rebaixada. Mas com foco diferente, ela conseguiu impor aos argentinos uma derrota por 2 a 0 na ida, no Serra Dourada. Na volta, no Libertadores, o Independiente respondeu com vitória por 3 a 1, gols de Julián Velázquez e Facundo Parra (dois). Nos pênaltis, 100% de aproveitamento e 5 a 3 na conquista do título.

A campanha do Independiente:
10 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Luis Ramirez/LatinContent/Getty Images


Foto Arquivo/Photogamma

LDU Quito Campeã da Copa Sul-Americana 2009

A Copa Sul-Americana passou por uma nova modificação em 2009. No caso, foi a retirada dos convites para clubes da Concacaf. De tal forma, o número de participantes caiu para 31, num mata-mata quase perfeito (só o campeão entrou diretamente nas oitavas de final), em cinco fases.

O fim dos anos 2000 foi uma época muito marcante para muitas equipes da Conmebol. Entre elas, a LDU Quito, que levou o Equador ao primeiro título de Libertadores em 2008. No ano seguinte, foi a vez de chegar lá na Sul-Americana. Em comum entre as duas conquistas, o Rio de Janeiro - e em especial, o Fluminense.

A campanha da Liga teve início contra o Libertad, na primeira fase. Venceu a ida por 1 a 0 no Casa Blanca e empatou a volta por 1 a 1 no Paraguai. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Lanús. O primeiro jogo foi em Quito, com goleada equatoriana por 4 a 0. A segunda partida aconteceu em La Fortaleza, e a LDU voltou de lá com empate por 1 a 1 na bagagem.

Nas quartas, o adversário foi o Vélez Sarsfield. A ida foi disputada em Buenos Aires, e os albos conseguiram outro empate por 1 a 1. A volta no Casa Blanca foi sofrida, mas a LDU conseguiu vencer, de virada, por 2 a 1. A semifinal foi contra o River Plate do Uruguai. Em Montevidéu, derrota equatoriana por 2 a 1. Em Quito, a Liga reverteu com maestria, goleando por 7 a 0.

A final da Copa Sul-Americana de 2009 colocou o Fluminense novamente na vida da LDU. Em 2008, eles decidiram a Libertadores. Os brasileiros chegaram lá depois de eliminar Flamengo, Alianza Atlético, Universidad de Chile e Cerro Porteño. Tal qual um ano antes, a primeira partida foi realizada no Casa Blanca. E tal qual um ano antes, a Liga saiu vencedora, por 5 a 1, de virada e ao natural. Três gols foram marcados por Édison Méndez, com mais um de Franklin Salas e outro de Ulises De La Cruz

O segundo jogo foi no Maracanã, contra um time embalado e ainda desesperado para não cair no Brasileirão. Podendo levar até quatro gols, a LDU não jogou bem. Sofreu dois no primeiro tempo e mais um no segundo. De La Cruz e Jairo Campos foram expulsos na partida, mas a equipe soube sofrer, e derrota por 3 a 0 acabou com uma das mais felizes da história da Liga.

A campanha da LDU Quito:
10 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Marino Azevedo/AZ Press/Gazeta Press

Internacional Campeão da Copa Sul-Americana 2008

O ano era 2008, e o Brasil sequer tinha uma participação em final na história da Copa Sul-Americana. Mas este quadro mudaria a partir dali, e a honra coube ao Internacional, clube que já tinha certa intimidade com a competição e passava por ótimo momento histórico. Outros sete times disputaram a competição junto com o colorado. Foi a última temporada com a participação de clubes da Concacaf, com dois do México e um de Honduras.

Na primeira fase da Sul-Americana, o Inter teve de enfrentar justamente seu maior rival: o Grêmio. Empatou por 1 a 1 no Beira-Rio e por 2 a 2 no Olímpico, eliminando o co-irmão no critério do gol marcado fora de casa. Nas oitavas de final, o colorado vai rumo ao Chile, para encarar a Universidad Católica. Em Santiago, empate por 1 a 1. Na volta em Porto Alegre, o time gaúcho segura o 0 a 0 e se classifica.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Boca Juniors, algoz da semifinal de 2004 e das quartas de 2005. E enfim, chegaram as primeiras vitórias, em grande estilo: 2 a 0 no Beira-Rio e 2 a 1 em La Bombonera, vingando as eliminações anteriores e obtendo um feito raro de derrubar os argentinos na casa deles. A semifinal foi disputada contra o Chivas Guadalajara, do México, e o Internacional não teve dificuldades para avançar, vencendo por 2 a 0 no Estádio Jalisco e por 4 a 0 no Brasil.

A inédita final foi jogada contra o Estudiantes, que havia batido Independiente, Arsenal de Sarandí, Botafogo e Argentinos Juniors. A partida de ida foi em La Plata, no Estádio Único. Com gol de pênalti do meia Alex aos 34 minutos do primeiro tempo, o colorado venceu por 1 a 0 e conseguiu uma bela vantagem para a volta no Beira-Rio.

Em Porto Alegre, mais de 51 mil colorados lotaram o estádio na expectativa de confirmar o título. Mas a coisa demorou um pouco mais que o planejado, porque o time argentino resolveu devolver a diferença nos 90 minutos. A partida foi à prorrogação, e foi somente aos oito do segundo tempo que Nilmar aproveitou uma confusão na pequena área para empatar em 1 a 1 e explodir a torcida em festa. O placar ficou assim até o apito final, e o Internacional então comemorou o título da Copa Sul-Americana de 2008, o primeiro de um clube brasileiro.

A campanha do Internacional:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional

Arsenal de Sarandí Campeão da Copa Sul-Americana 2007

A Copa Sul-Americana é um prato cheio àqueles clubes médios do continente que buscam um título importante para suas coleções. Foi o caso do Arsenal de Sarandí, time argentino do município que está em seu sobrenome, na grande Avellaneda.

Na edição de 2007, "los de viaducto" (os homens do viaduto) levaram para casa a maior conquista de sua história. Com um fato curioso: sem vencer uma única partida em casa. Naquele ano, a Conmebol repetiu o regulamento pela terceira temporada consecutiva. A diferença foi o retorno do DC United para uma das vagas de convidados.

"El arse" começou sua campanha na primeira fase, contra o San Lorenzo. Empatou por 1 a 1 na ida em seu estadio, o Julio Grondona, e venceu por 3 a 0 fora, no Nuevo Gasómetro. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Goiás, após vencer por 3 a 2, de virada, a ida em Goiânia e novamente empatar por 1 a 1 em Sarandí.

O adversário nas quartas foi o Chivas Guadalajara. Em casa, o Arsenal ficou no 0 a 0. A classificação veio no México, com uma bela vitória por 3 a 1 no Estádio Jalisco. A semifinal foi disputada contra o River Plate, e os dois jogos acabaram empatados sem gols. A vaga na final do Arsenal foi obtida nos pênaltis, ao vencer por 4 a 2 em pleno Monumental.

A decisão da Sul-Americana foi contra o América do México, que chegou lá ao eliminar Pachuca, Vasco e Millonarios. A ida foi jogada no Estádio Azteca, onde o Arsenal conseguiu uma baita vitória por 3 a 2, de virada. Aníbal Matellán e Alejandro Gómez (duas vezes) anotaram os gols do viaducto.

A volta aconteceu num estádio maior que o Julio Grondona, o Presidente Perón (ou El Cilindro), casa do Racing em Avellaneda. Lidando com a pouca experiência em finais, o Arsenal sofreu dois gols do América, um em cada tempo, que o fizeram perder o título a partir dos 17 minutos da etapa complementar. O alívio só chegou aos 38, depois que Martín Andrizzi saiu da reserva e anotou o tento que descontou para 2 a 1. A partir da regra dos gols anotados fora de casa, o clube argentino atingiu a principal glória no ano de seu cinquentenário.

A campanha do Arsenal de Sarandí:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Pachuca Campeão da Copa Sul-Americana 2006

Após os primeiros anos de ajustes, a Copa Sul-Americana entrou num momento de estabilidade a partir de 2006. Pela primeira vez, a Conmebol conseguiu repetir o regulamento da competição em relação à temporada anterior. A única coisa que mudou foi um dos convidados da Concacaf: saem os Estados Unidos, entra no lugar a Costa Rica, com a Alajuelense.

As surpresas do norte não pararam por aí. Também pela primeira vez, um título sul-americano ficou nas mãos de um forasteiro. No caso, o Pachuca, do interior do México. O clube do Estado de Hidalgo superou todas as forças corriqueiras e partiu para uma conquista histórica e inigualável.

A campanha dos "tuzos" (esquilos) começou diretamente nas oitavas de final, contra o Deportes Tolima. O primeiro jogo foi na cidade de Ibagué, na Colômbia, e terminou com derrota mexicana por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Pachuca de Soto, e o time da casa reverteu a desvantagem com uma goleada autoritária por 5 a 1.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Lanús, que havia eliminado o Corinthians. A ida foi na Argentina, e o Pachuca tratou de fazer a vantagem lá mesmo ao vencer por 3 a 0. Tranquilo para a volta, bastou ficar no empate por 2 a 2 em seu Estádio Hidalgo para chegar na semifinal.

A disputa da semifinal foi contra o Athletico-PR, que tinha passado por gigantes como River Plate e Nacional do Uruguai. Mas os tuzos não ligaram para isso e voltaram a ganhar a ida fora de casa. Desta vez por 1 a 0, na Arena da Baixada, em Curitiba. A volta ocorreu no México, e o Pachuca se classificou para a decisão depois de fazer 4 a 1, de virada.

A final foi entre Pachuca e Colo-Colo. O clube chileno chegou lá depois de bater Huachipato, Coronel Bolognesi, Alajuelense, Gimnasia La Plata e Toluca. A primeira partida foi jogada no México, no Estádio Hidalgo. Andrés Chivita deixou os tuzos na frente do placar, aos 27 minutos do primeiro tempo, mas o adversário chegou ao 1 a 1 no segundo.

O segundo jogo foi no Estádio Nacional de Santiago, e o Pachuca precisou correr. Largou atrás no marcador aos 35 do primeiro tempo. Aos oito do segundo, Gabriel Caballero empatou. Aos 28, Christian Giménez virou para 2 a 1, calou a todos e permitiu aos tuzos arrancar rumo ao título inédito.

A campanha do Pachuca:
8 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Pachuca

Boca Juniors Campeão da Copa Sul-Americana 2005

Mudanças à vista. A Copa Sul-Americana não ficou tão sul-americana assim a partir de 2005. Num movimento parecido com o que fez na Libertadores, a Conmebol expandiu sua segunda competição para o Norte, com a entrada de dois participantes do México. Mais do que isso, a entidade também abriu espaço para um time dos Estados Unidos, o DC United, de Washington.

Essa expansão refletiu no Brasil, que caiu de 12 para oito vagas (o campeão brasileiro e os sete melhores colocados fora da Libertadores). O número geral de equipes baixou de 35 para 34 e o regulamento permaneceu o mesmo, com fases preliminares nacionais e lugares cativos nas oitavas de final para os convidados da América do Norte, o campeão Boca Juniors, além de River Plate e Vélez Sarsfield - um convidado da AFA e o outro, melhor argentino, com uma das vagas herdada do Boca.

Na defesa do título, o Boca Juniors viu no bicampeonato da Sul-Americana (junto com a Recopa) a salvação da temporada, pois o time foi mal na sua liga nacional e não se classificou para a Libertadores de 2006. A campanha começou contra o Cerro Porteño, com o qual empatou por 2 a 2 na Paraguai e goleou por 5 a 1 em Salta, no mesmo Estádio Padre Ernesto Martearena da conquista de 2004.

Nas quartas de final, o clube xeneize também repetiu um adversário da temporada anterior, o Internacional. A ida foi no Beira-Rio, em Porto Alegre, com derrota por 1 a 0 nos acréscimos do segundo tempo. A volta aconteceu em La Bombonera, e os argentinos tornaram a conseguir a classificação com goleada, por 4 a 1. A semifinal foi contra a Universidad Católica, e o Boca passou depois de empatar por 2 a 2 em Buenos Aires e vencer por 1 a 0 no Chile.

Na final, o Boca Juniors ficou frente a frente com o Pumas UNAM, clube mexicano que passou por The Strongest, Corinthians e Vélez Sarsfield. A primeira partida ocorreu no Estádio Olímpico Universitário, na Cidade do México, e terminou empatada por 1 a 1. O gol xeneize foi de Rodrigo Palacio.

O segundo jogo foi realizado em La Bombonera, com novo empate por 1 a 1. Martín Palermo abriu o placar aos 31 minutos do primeiro tempo, com a igualdade mexicana saindo na segunda etapa. Nos pênaltis, o Boca ficou com o bicampeonato ao vencer por 4 a 3. O gol derradeiro ficou por conta do goleiro Roberto "Pato" Abbondanzieri.

A campanha do Boca Juniors:
8 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Boca Juniors

Boca Juniors Campeão da Copa Sul-Americana 2004

Com leves modificações no regulamento, a Copa Sul-Americana seguiu para a temporada 2004. As alterações aconteceram na fase brasileira, que deixou de ter quatro triangulares e passou a ser com dois mata-matas. O número de vagas permaneceu intacto: 12 para o Brasil, seis para a Argentina, a do campeão Cienciano e mais 16 divididas entre os demais países do continente.

Nesta terceira edição de Sula, a zebra não teve chance. Se na Libertadores o Boca Juniors foi surpreendido pelo Once Caldas na decisão, aqui o clube argentino tratou de espantar os fantasmas e arrancou para sua primeira conquista. Convidado da AFA, o time xeneize entrou diretamente nas oitavas de final, contra o San Lorenzo. No primeiro confronto, perdeu por 1 a 0 no Nuevo Gasómetro. No segundo, venceu por 2 a 1 de virada no Padre Ernesto Martearena, em Salta, e conseguiu a classificação nos pênaltis, ao ganhar por 4 a 1.

A campanha seguiu difícil nas quartas de final, contra o Cerro Porteño. A ida foi mais uma vez em Salta (La Bombonera estava fechada), e o Boca sofreu para o buscar o empate por 1 a 1 diante dos paraguaios. A volta foi disputada em Assunção, no Defensores del Chaco, e novamente o empate imperou no placar, desta vez sem gols. Nos pênaltis, após 20 cobranças, o time argentino venceu por 8 a 7 e ficou com a vaga na semifinal.

O próximo adversário do Boca Juniors foi o Internacional. De volta à La Bombonera, o time xeneize conseguiu uma categórica vitória por 4 a 2 sobre os brasileiros, de virada. O segundo jogo foi no Beira-Rio, em Porto Alegre, e bastou segurar o empate por 0 a 0 para chegar à final pela primeira vez.

A decisão foi contra o Bolívar, que colocou a Bolívia numa final continental pela primeira vez desta a obscura Recopa de 1970. O time eliminou Aurora, Universidad Concepción, Arsenal de Sarandí e LDU Quito. A ida foi realizada no Hernando Siles, na altitude de 3.625 metros de La Paz. Os argentinos bem que tentaram largar na frente, mas acabou derrotado por 1 a 0.

A volta foi em La Bombonera. Com o apoio de 55 mil torcedores, o Boca reverteu a situação e conquistou a primeira Sul-Americana ao vencer por 2 a 0, gols de Martín Palermo, aos 14 minutos do primeiro tempo, e Carlos Tevez, aos 28.

A campanha do Boca Juniors:
8 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Boca Juniors