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Fiorentina Campeã da Recopa Europeia 1961

Em alemão, Europapokal der Pokalsieger. Em francês, Coupe des Vainqueurs de Coupe. Em italiano, Coppa delle Coppe. Em inglês, Cup Winners' Cup. Em português, Taça dos Vencedores de Taças. Em espanhol, Copa de Campeones de Copa. O nome redundante pertenceu àquela que foi a segunda maior competição da UEFA no século 20. Aqui, no Brasil, conhecida como Recopa Europeia. 

Porém, não foi a UEFA quem teve a ideia inicial de organizá-la. Na temporada 1960/1961, os criadores da Copa Mitropa resolveram chamar dez campeões de copas nacionais espalhadas pela Europa, em contrapartida ao que a entidade oficial fazia com os vencedores da ligas na Copa dos Campeões. Vendo a oportunidade, a UEFA copiou os aspectos do torneio e fez sua própria versão a partir de 1961/1962, vindo a reconhecer a edição inspiradora em 1963.

O regulamento da Recopa Europeia era composto pelo mata-mata simples. Quatro equipes disputaram a primeira fase, com os dois classificados avançando às quartas de final com os outros seis times. O primeiro ganhador da competição foi a Fiorentina, que, por ironia do destino, chegou lá graças ao vice da Copa da Itália de 1960, pois a campeã Juventus estava na disputa da Copa dos Campeões devido ao título da liga italiana na mesma temporada.

A Viola iniciou a campanha já nas quartas de final, porém sem precisar esperar o adversário. Contra o Luzern, venceu por 3 a 0 o jogo de ida na Suíça. A partida de volta foi no Estádio Comunale, em Florença, com goleada italiana por 6 a 2. Na semifinal, a Fiorentina passou pelo Dínamo Zagreb, ao vencer o primeiro jogo na Itália por 3 a 0, e perder a segunda partida na Iugoslávia por 2 a 1.

Na final, o adversário foi o Rangers, que eliminou Ferencváros, Borussia Mönchengladbach e Wolverhampton. A primeira partida foi disputada na Escócia, no Ibrox Park, em Glasgow. Apesar da pressão de 80 mil torcedores contra, a Fiorentina conseguiu vencer por 2 a 0 e abrir vantagem, com gols de Luigi Milan. O segundo jogo foi no Comunale, e o título foi confirmado com novo triunfo por 2 a 1, gols de Milan e Kurt Hamrin.

A campanha da Fiorentina:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Fiorentina

Flamengo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1961

O Torneio Rio-São Paulo de 1961 chegou com uma rara mudança no regulamento. A primeira fase continuou com nove rodadas, mas paulistas e cariocas ficaram divididos em dois grupos de cinco. Destas separações, os três primeiros colocados avançaram para o hexagonal final, com um diferencial: São Paulo só joga contra o Rio de Janeiro e vice-versa, no que totalizou três partidas para cada time.
Foi assim que o Flamengo chegou ao seu único título. O time de Gérson, Joel Martins e Dida começou a campanha com vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo fora de casa. O começo da trajetória rubro-negra foi de altos e baixos, com destaque negativo para a goleada por 7 a 1 sofrida para o Santos em casa. Ao fim das nove rodadas, o Fla venceu cinco e perdeu quatro jogos, com dez pontos somados e a terceira colocação no grupo carioca.
O favoritismo no hexagonal decisivo era paulista, que ocuparam as três melhores campanhas da fase anterior. Mas o Flamengo cresceu. Na estreia, derrotou o Palmeiras por 3 a 1 no Maracanã. O segundo jogo foi contra o Santos. No Pacaembu, o rubro-negro conseguiu a revanche e goleou por 5 a 1. 
Os cariocas inverteram o favoritismo para a última rodada. Flamengo e Vasco possuíam quatro pontos, o Botafogo estava com três, enquanto Palmeiras, Santos e Corinthians chegavam zerados e sem chances de título. O Vasco levou 1 a 0 do Palmeiras e também deu adeus às suas chances. Assim, o Fla dependia apenas de si para ser campeão. Contra o Corinthians, no Maracanã, Joel e Dida marcaram e o rubro-negro conquistou o título com a vitória por 2 a 0. Com seis pontos, o clube superou por um o Botafogo.

A campanha do Flamengo:
12 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Benfica Campeão da Liga dos Campeões 1961

De novo com 26 equipes, a Copa dos Campeões da Europa mergulha de vez na década de 60. A sexta edição do torneio, encerrada em 1961, conheceu novos resultados, pois o Real Madrid caiu antes da final pela primeira vez e o título enfim trocou de mãos, mais para oeste. Da Espanha para Portugal, o Benfica rompeu a hegemonia e ergueu a taça inédita.

Na primeira fase, os encarnados enfrentaram o Heart of Midlothian, da Escócia. Na ida, em Edimburgo, vitória por 2 a 1. Na volta, no Estádio da Luz, triunfo por 3 a 0 confirmou a classificação. Nas oitavas de final, o adversário foi o Újpesti Dózsa, da Hungria. A primeira partida foi em Lisboa, e o Benfica goleou por 6 a 2. A vantagem permitiu que as águias até perdessem por 2 a 1 no segundo jogo, em Budapeste.

Nas quartas, foi a vez de encarar o AGF, da Dinamarca. Na ida, em casa, os encarnados ganharam por 3 a 1. Na volta, fora, goleada por 4 a 1 e mais uma vaga garantida. Na semifinal, o clube português enfrentou o Rapid Viena. Outra vez, o primeiro jogo aconteceu na Luz, e o Benfica usou novamente a força dos adeptos para vencer, desta vez por 3 a 0. Na segunda partida, na Áustria, os portugueses seguraram empate por 1 a 1 para chegar na final pela primeira vez.

O adversário do Benfica na decisão foi espanhol, mas não foi o Real Madrid. E sim o Barcelona, que derrubou o Real ainda nas oitavas de final. Antes, ela passou pelo Lierse (Bélgica), e depois, superou o Hradec Králové (Tchecoslováquia) e o Hamburgo. O jogo foi disputado no Wankdorf, na suíça Berna, com grandes doses de emoção.

As águias começaram perdendo aos 21 minutos do primeiro tempo, mas viraram de maneira relâmpago, aos 31 e 32, com José Águas e Antoni Ramallets, contra. Aos dez do segundo tempo, Mário Coluna marcou o terceiro gol, e o Barcelona ainda descontou para 3 a 2, aos 30. Este resultado permaneceu até o apito final, para a festa dos vermelhos.

A campanha do Benfica:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 26 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Benfica

Peñarol Campeão da Libertadores 1961

A primeira edição da Copa dos Campeões da América foi bem sucedida e motivou a adesão de mais países à competição. Os sete participantes de 1960 subiram para nove em 1961, com as entradas de Equador e Peru. Com isso, o regulamento precisou ser estendido em uma fase preliminar com duas equipes, para que sobrassem oito nas quartas de final. Aqui, o colombiano Santa Fe eliminou os equatorianos do Barcelona de Guayaquil e fechou o mata-mata.

A campanha do bicampeonato do Peñarol teve início contra o Universitario, do Peru. Na ida, em Montevidéu, os carboneros estrearam com goleada por 5 a 0 sobre os peruanos, consolidando uma enorme vantagem para a volta. Tanto que o time uruguaio se permitiu perder por 2 a 0 na partida em Lima.

Na semifinal, o Peñarol reencontrou seu vice de um ano antes, o Olimpia. E mais uma vez o time aurinegro mandou o primeiro jogo em casa, vencendo os paraguaios por 3 a 1. Na volta, no Manuel Ferreira, em Assunção, os uruguaios voltaram a vencer, desta vez por 2 a 1, e conquistaram a vaga na final pela segunda vez consecutiva. Seu adversário viria do Brasil. O Palmeiras chegou no outro lado da decisão passando pelos argentinos do Independiente e também pelo Santa Fe.

A segunda final da Libertadores teve o pontapé inicial no Centenario, em Montevidéu. Em uma partida complicada e brigada, o Peñarol conseguiu a vitória somente aos 44 minutos do segundo tempo, com o gol do artilheiro Alberto Spencer. O 1 a 0 já era uma ótima vantagem, dependendo do que ocorresse no Brasil.

O segundo jogo aconteceu no Pacaembu, em São Paulo. E a vantagem carbonera aumentou logo aos dois minutos do primeiro tempo, quando José Sasía abriu o placar. Os dois gols de frente permitiram ao Peñarol cozinhar ao máximo a partida. Os brasileiros fizeram 1 a 1 aos 32 do segundo tempo, mas já era tarde para tirar o segundo título da equipe uruguaia.

A campanha do Peñarol:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão Mundial 1961

Depois do êxito que foi a primeira edição da Copa Intercontinental, um princípio de conflito de interesses foi deflagrado entre FIFA e UEFA/Conmebol em 1961. Logo nos primeiros meses de mandato como presidente, Stanley Rous recusou-se a dar status de oficial à competição, e ainda exigiu que as confederações e clubes deixassem claro o caráter amistoso da mesma. E foi isto que aconteceu nos primeiros anos do Mundial, o principal torneio "não-oficial" do momento.

Dois esquadrões compuseram a disputa em 1961. Representando a Europa, o português Benfica foi o primeiro time a desbancar o Real Madrid na Copa dos Campeões. As Águias chegaram ao primeiro título após uma apertada vitória por 3 a 2 sobre o espanhol Barcelona. Pela América do Sul, o Peñarol conquistou o bicampeonato da Libertadores depois de passar pelo Palmeiras na decisão, vencendo por 1 a 0 no primeiro jogo e empatando por 1 a 1 no segundo.

Conmebol e UEFA tinham um mini acordo na época: a cada campeonato, os mandos das partidas se alternariam entre os continentes. Como a primeira disputa começou na América e acabou na Europa, o caminho na segunda seria o inverso. Assim, a primeira partida do Mundial foi jogada no Estádio da Luz, em Lisboa, no dia 4 de setembro. Cerca de 40 mil torcedores viram Mário Coluna marcar o gol da vitória do Benfica por 1 a 0, o que lhe deu o benefício do empate para a volta. Ao Peñarol, restava bater o adversário por qualquer placar para forçar o desempate.

A segunda partida foi em 17 de setembro no Centenario, em Montevidéu, para mais de 56 mil pessoas. E os uruguaios bateram até demais nos portugueses: 5 a 0 fora o baile, com dois gols de Spencer, dois de Juan Joya e um de José Sasía. Como o critério do saldo de gols não valia para ida e volta, uma partida-desempate foi necessária.

O jogo extra aconteceu no dia 19 de setembro, novamente no Centenario. O público subiu para 60 mil torcedores, mas a partida foi muito mais sofrida que a anterior para os Carboneros. Sasía abriu o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo, mas a equipe não deslanchou. Ao contrário, sofreu o empate aos 35 minutos com Eusébio. Agora sim, o saldo estava do lado do Peñarol. Mas o time uruguaio não pagou para ver e marcou 2 a 1 com Sasía aos 40 minutos de bola. O resultado não foi mais alterado até o apito final, e logo depois dele, a festa tomou conta do campo. Pela primeira vez, a América do Sul chegava ao título.


Foto Arquivo/Peñarol

Santos Campeão Brasileiro 1961

O Santos iniciou sua dinastia dentro do futebol brasileiro com o título da Taça Brasil de 1961. Esta edição contou com a participação de 18 equipes (17 campeões estaduais e o campeão da edição anterior), sendo que os campeões dos estados de São Paulo e de Pernambuco, assim como ocorreu em 1960, já entravam na fase final.

Dessa maneira, o Peixe entrou diretamente na semifinal, e ficou esperando por seu adversário. Na divisão clássica dos quatro grupos, o Bahia ficou à frente do Grupo Nordeste, o Fortaleza venceu o Grupo Norte, o America-RJ faturou o Grupo Leste e o Palmeiras ganhou no Grupo Sul. Nas quartas de final, o America-RJ venceu o Palmeiras na Zona Sul e o Bahia ganhou do Fortaleza na Zona Norte. 

Dessa forma, o Santos enfrentou o time da antiga Guanabara na semifinal. O Alvinegro venceu o America do Rio por 6 a 2 na ida em São Paulo, e usou o regulamento ao perder por 1 a 0 no Maracanã. No outro lado, o Bahia eliminou o Náutico.

A final de 1961 foi uma reedição de 1959. E uma grande revanche. Pelé e Coutinho marcaram três gols cada nas duas partidas. Na ida, 1 a 1 na Fonte Nova, e na volta, 5 a 1 no Pacaembu. É o primeiro dos cinco títulos santistas nessa modalidade do Campeonato Brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos