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Peñarol Campeão da Libertadores 1987

Algumas histórias que o futebol produz chegam a beirar o cúmulo do absurdo. A da final da Libertadores de 1987 é uma delas. Imagine um time que, depois de dois vices, chega à terceira final seguida da competição, vence na ida, mantém a vantagem na volta, vai ao jogo extra com o benefício do empate mas, quando parecia que o título enfim viria, leva o gol da derrota no último minuto da prorrogação e fica com outro vice? Foi o caso do América de Cali, que nessa trilogia do desastre sofreu o revés mais doído. 

Alheio à tristeza, o Peñarol sentiria o gosto do topo pela quinta e última vez. Foi o último ano da Libertadores com o regulamento que classificava apenas o líder de cada grupo à fase seguinte. Os carboneros ficaram na chave 5, ao lado do pequeno Progreso e dos peruanos Alianza Lima e San Agustín.

Não foi difícil para os uruguaios abocanharem a vaga na semifinal, com dez pontos, quatro vitórias e dois empates. Foram quatro de vantagem sobre o Alianza, que em dezembro daquele mesmo ano passaria pela tragédia de perder quase todo o elenco e comissão técnica num acidente aéreo.

O Peñarol seguiu à segunda fase para enfrentar Independiente e River Plate. E não poderia ter início melhor com os 3 a 0 em casa sobre a equipe de Avellaneda. Depois, empate sem gols, também em Montevidéu, com o River. A ida antecipada à final veio na terceira partida: 4 a 2 sobre o Independiente na Doble Visera. No fim, a derrota por 1 a 0 para o River em Buenos Aires não fez diferença para o clube, que somou cinco pontos.

O América de Cali apareceu para a famigerada decisão depois de bater Cobreloa e Barcelona de Guayaquil no triangular. O primeiro jogo, no Pascual Guerrero, terminou com 2 a 0 aos colombianos. No segundo, o Peñarol venceu por 2 a 1, de virada a três minutos do fim e gols de Diego Aguirre e Jorge Villar.

Na partida extra, no Nacional de Santiago, o saldo de gols dava a vantagem do empate ao América. O resultado zerado perdurou até os 15 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando Aguirre deu o golpe que mudou o título de lado. Os uruguaios venceram o penta por 1 a 0 e os colombianos ganharam para sempre a fama de azarados.

A campanha do Peñarol:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/El País

Peñarol Campeão da Libertadores 1982

Depois de uma década gloriosa e outra perdida, o Peñarol ansiava por tempos melhores. Tricampeão da Libertadores nos anos 60, o clube viu na década de 70 o Nacional se aproximar na supremacia local com um bicampeonato. A situação iria voltar à normalidade pelos lados carboneros em 1982.

Sem o rival para atrapalhar, o Peñarol ficou no grupo 2 da primeira fase, junto do Defensor, do São Paulo e do Grêmio. Não foi problema nenhum para a experiente equipe eliminar os adversários, que juntos ainda não somavam a metade da tradição aurinegra na competição.

Foram quatro vitórias e um empate nas seis partidas da chave, com destaque para os 3 a 0 sobre o Defensor na estreia, em casa, e o 1 a 0 sobre o São Paulo no returno, no Morumbi. A classificação veio nessa partida, com uma rodada de antecedência. Tanto que o time se permitiu levar 3 a 1 do Grêmio no último jogo, em Porto Alegre.

Com nove pontos, o Peñarol seguiu rumo à semifinal, onde encarou Flamengo e River Plate. A força uruguaia foi demonstrada já primeira partida, no Centenario, ao vencer por 1 a 0 o Flamengo. Depois, 3 a 0 sobre o River em pleno Monumental de Nuñez. Mais duas vitórias, por 2 a 1 sobre os argentinos, em casa, e por 1 a 0 sobre os brasileiros, no Maracanã, deram aos carboneros o 100% de aproveitamento e o retorno à final depois de 12 anos.

O adversário do Peñarol na decisão foi o Cobreloa, um novato de apenas cinco anos de existência, mas que já havia dado trabalho ao Flamengo um ano antes na Libertadores. Após passar por Olimpia e Deportes Tolima na semi, a equipe chilena também iria tentar frustrar os planos do Peñarol. Mas camisa pesa. O primeiro jogo foi em Montevidéu, no Centenario, e terminou empatado por 0 a 0.

A segunda parada foi no Nacional de Santiago, com todas as torcidas do Chile unidas em prol do Cobreloa. Tudo encaminhava-se para outro empate sem gols, e a consequente partida extra. Até que o ídolo de uma nova era do Peñarol, Fernando Morena, tirou da cartola o gol do título, fazendo 1 a 0 aos 44 minutos do segundo tempo. Festa do tetra fora de casa, acabando com a fila de 16 anos na América do Sul.

A campanha do Peñarol:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão da Libertadores 1966

A Libertadores de 1966 trouxe um avanço. Na sétima edição, o número de participantes dobrou para 21. Isso se deu porque a Conmebol passou a distribuir duas vagas para cada país, geralmente o campeão e o vice da ligas nacionais.

Mas Colômbia e Brasil não indicariam representantes. O primeiro por desentendimentos com a entidade e o segundo porque não concordava com o inchaço da competição e, além disso, preferiu dar prioridade à preparação (ruim) da seleção à Copa do Mundo daquele ano.

Com isso, 16 times ficaram divididos em três grupos: dois com seis e um com quatro na primeira fase, avançando dois cada à segunda fase, composta com a adição do Independiente em uma chave de quatro e outra de três. Daqui, sairiam os dois finalistas. E dessa sopa do regulamento ressurgiu o Peñarol rumo ao seu terceiro título sul-americano.

No grupo 3, os carboneros enfrentaram o rival Nacional, os bolivianos Jorge Wilstermann e Deportivo Municipal, e os equatorianos Emelec e 9 de Octubre. Em dez partidas, o time uruguaio venceu oito e perdeu duas, liderando o pelotão com 16 pontos.

Na segunda fase, o Peñarol voltou a jogar contra o Nacional, além da Universidad Católica. A estreia foi com derrota por 1 a 0 no Chile, mas depois o clube emendou três vitórias - incluindo um 3 a 0 sobre o rival -, e classificou-se à decisão com seis pontos. Do outro lado, o River Plate superava a maratona eliminando Boca Juniors, Independiente e Guaraní-PAR para ser o adversário dos uruguaios.

O primeiro jogo da final foi no Centenario, em Montevidéu, com vitória carbonera por 2 a 0. A segunda partida foi no Monumental, em Buenos Aires, e o River sobreviveu ao virar para 3 a 2 no segundo tempo. O desempate foi marcado para o Nacional de Santiago, que acabou empatado por 2 a 2 nos 90 minutos - gols de Alberto Spencer e Julio Abbadie. No prorrogação, Spencer voltou a marcar e Pedro Rocha finalizou o 4 a 2 que deu o tricampeonato ao Peñarol.

A campanha do Peñarol:
17 jogos | 13 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 34 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão da Libertadores 1961

A primeira edição da Copa dos Campeões da América foi bem sucedida e motivou a adesão de mais países à competição. Os sete participantes de 1960 subiram para nove em 1961, com as entradas de Equador e Peru. Com isso, o regulamento precisou ser estendido em uma fase preliminar com duas equipes, para que sobrassem oito nas quartas de final. Aqui, o colombiano Santa Fe eliminou os equatorianos do Barcelona de Guayaquil e fechou o mata-mata.

A campanha do bicampeonato do Peñarol teve início contra o Universitario, do Peru. Na ida, em Montevidéu, os carboneros estrearam com goleada por 5 a 0 sobre os peruanos, consolidando uma enorme vantagem para a volta. Tanto que o time uruguaio se permitiu perder por 2 a 0 na partida em Lima.

Na semifinal, o Peñarol reencontrou seu vice de um ano antes, o Olimpia. E mais uma vez o time aurinegro mandou o primeiro jogo em casa, vencendo os paraguaios por 3 a 1. Na volta, no Manuel Ferreira, em Assunção, os uruguaios voltaram a vencer, desta vez por 2 a 1, e conquistaram a vaga na final pela segunda vez consecutiva. Seu adversário viria do Brasil. O Palmeiras chegou no outro lado da decisão passando pelos argentinos do Independiente e também pelo Santa Fe.

A segunda final da Libertadores teve o pontapé inicial no Centenario, em Montevidéu. Em uma partida complicada e brigada, o Peñarol conseguiu a vitória somente aos 44 minutos do segundo tempo, com o gol do artilheiro Alberto Spencer. O 1 a 0 já era uma ótima vantagem, dependendo do que ocorresse no Brasil.

O segundo jogo aconteceu no Pacaembu, em São Paulo. E a vantagem carbonera aumentou logo aos dois minutos do primeiro tempo, quando José Sasía abriu o placar. Os dois gols de frente permitiram ao Peñarol cozinhar ao máximo a partida. Os brasileiros fizeram 1 a 1 aos 32 do segundo tempo, mas já era tarde para tirar o segundo título da equipe uruguaia.

A campanha do Peñarol:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão da Libertadores 1960

A história da Copa Libertadores da América começa bem antes de 1960. A primeira competição que ultrapassou fronteiras na América do Sul foi a Copa Río de La Plata, entre os campeões da Argentina e do Uruguai entre 1916 e 1947. Em 1948 o Chile organizou o Torneio Sul-Americano, vencido pelo Vasco e que teve o aval da Conmebol. Entre 1951 e 1952 foi realizada a Copa Rio Internacional, vencidas por Palmeiras e Fluminense.

Em 1955 a novata UEFA criou a Copa dos Campeões Europeus, que reunia todos os campeões do continente em um mata-mata. Foi a partir de então que a Conmebol resolveu formar o seu campeonato. Em 1960, nasceu a Copa dos Campeões da América.

A primeira edição da competição - ainda sem ser chamada de Libertadores - foi vencida pelo uruguaio Peñarol e contou com a presença do Bahia como representante brasileiro, perdendo nas quartas de final para o argentino San Lorenzo. O primeiro dos cinco títulos carboneros na América do Sul foi conquistado de maneira rápida, já que foram apenas sete participantes em dois meses de disputa.

O adversário uruguaio nas quartas foi o  boliviano Jorge Wilstermann. E logo na ida em casa, a lenda aurinegra Alberto Spencer anotou quatro gols na goleada por 7 a 1. Na volta em La Paz, empate por 1 a 1 classificou o Peñarol.

Na semifinal, três partidas diante do San Lorenzo. Na primeira, em Montevidéu, empate por 1 a 1. Na segunda, em Buenos Aires, empate sem gols. O jogo extra estava marcado para ser na Argentina, mas o time azulgrana vendeu o mando de campo ao Peñarol, que venceu por 2 a 1 no Centenario.

A final foi contra o Olimpia, que estreou já na semifinal eliminando o colombiano Millonarios. A ida foi jogada em Montevidéu, e o Peñarol abriu vantagem vencendo por 1 a 0, gol de Spencer. A volta foi no Defensores del Chaco, em Assunção, e os carboneros empataram por 1 a 1 com os paraguaios, conquistando assim o título pioneiro da Libertadores.

A campanha do Peñarol:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão Mundial 1982

A conquista do Flamengo em 1981 estabeleceu um recorde até então inédito na história dos Mundiais. Foi o quarto título consecutivo conquistado por uma equipe sul-americana, superando os triênios 61/62/63 e 66/67/68, ambos obtidos pelo lado sudaca, que dava um banho de desempenho na Europa: 12 a 8. E mesmo com o retorno do interesse europeu em competir, a Copa Intercontinental ficaria sob uma supremacia da América do Sul ainda por mais algumas temporadas.

A Copa dos Campeões da UEFA viveu sob um domínio inglês durante as primeiras edições do Mundial no Japão. Em 1982, o país conseguiu o sexto título seguido na competição, o primeiro com o Aston Villa, que na final derrubou o Bayern de Munique por 1 a 0. Antes de enfrentar os alemães, os Villans eliminaram o Dínamo de Kiev e o Anderlecht.

Na Libertadores, o Uruguai voltou a dar uma grande demonstração de força e tradição. Depois de passar por São Paulo, Grêmio, Flamengo e River Plate, o Peñarol conseguiu o tetracampeonato em emocionante decisão contra o Cobreloa: empatou sem gols em casa e venceu por 1 a 0 fora, marcando aos 44 minutos do segundo tempo. A quarta presença carbonera no Mundial acirrou ainda mais a rivalidade com o Nacional. Agora seria a vez do Peñarol vivenciar a situação que o outro lado uruguaio teve dois anos antes.

Peñarol e Aston Villa se encontraram em 12 de dezembro no Nacional de Tóquio. O tempo estava fechado, mas isto não atrapalhou os planos dos uruguaios, que desde os primeiros minutos dedicaram-se a encurralar os ingleses, que chegaram a assustar com uma bola no travessão quando o placar ainda estava zerado.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, o brasileiro Jair Gonçalves abriu o marcador ao time sul-americano. Ele cobrou uma falta da intermediária, a bola tocou no travessão e caiu atrás da linha do gol. O domínio do Peñarol só aumentava conforme o relógio corria. O segundo gol foi amadurecendo até a etapa final. Aos 23 minutos, Venancio Ramos ganhou dividida no meio-campo e lançou a bola para Walkir Silva, que avançou sobre a zaga e chutou na saída do goleiro Rimmer, que espalmou fraco. O próprio Silva aproveitou o rebote para ampliar o escore.

A superioridade do Peñarol foi mantida até o apito final, e o placar de 2 a 0 confirmou o tri mundial do clube, que acabou com 16 anos de fila. A conquista também isolou o Carbonero na liderança de títulos, superando os bis do Santos, da Internazionale e, sobretudo, do Nacional. A rivalidade uruguaia passava por um momento mágico em sua história.


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão Mundial 1966

Em seis temporadas de Mundial, ainda poucos clubes tinham tido o privilégio de participar. Só sete equipes receberam a chance até então. Este número não foi alterado para 1966, pois o torneio deste ano seria uma repetição da primeira edição, em 1960, entre Peñarol e Real Madrid.

O clube carbonero conseguiu seu terceiro passaporte para a Copa Intercontinental após uma dificílima final na Libertadores, contra o River Plate. Venceu a ida por 2 a 0, perdeu a volta por 3 a 2 e só foi campeão após a prorrogação do jogo extra, vencido por 4 a 2. Enquanto isto, os merengues conquistavam a sexta Copa Europeia e a segunda passagem ao Mundial. Na decisão, o Real virou sobre o Partizan, da Iugoslávia, fazendo 2 a 1.

Tal como a final anterior, Peñarol e Real Madrid começaram pela América do Sul. Em 12 de outubro, o Centenario de Montevidéu recebeu a partida de ida. Mesmo já tendo o título de 1961, o time uruguaio estava com os espanhóis atravessados na garganta, e a chance da revanche era real. Pois não deu outra. Derrotado seis anos antes, Spencer lavou a alma com dois gols neste jogo, aos 39 minutos do primeiro tempo e aos 34 minutos do segundo. Mais de 58 mil torcedores viram a vantagem ser construída.

Apesar dos 2 a 0 na ida, o Peñarol ainda precisava pensar em vencer também na volta, para evitar o desempate. No dia 26 de outubro, o Santiago Bernabéu recebeu mais de 71 mil pessoas para o segundo confronto. Poucos jogadores de 1960 seguiram no Real Madrid, enquanto no Peñarol a base era maior. Desta vez, o ataque charrua tinha um nome de peso, além de Spencer e Joya: Pedro Rocha. O trio fazia o impossível nos gramados sul-americanos, e repetiram tudo em Madri. Joya não marcou, mas ajudou a infernizar a defesa espanhola. Rocha abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo, de pênalti. Aos 37, Spencer ampliou. Com outro 2 a 0, o Peñarol chegava ao bicampeonato mundial.

As disputas de 1960 e 1966 são lembradas com muito carinho por ambas torcidas, até hoje. Mas o que parecia ser uma estadia comum para os dois times, não foi como o imaginado. O Peñarol levaria 16 anos para ter uma nova participação mundialista. Já o Real Madrid, ainda mais: 32 anos. E refletindo o distanciamento estrutural entre Europa e América do Sul que só aumentou ao longo das últimas décadas no futebol, apenas o espanhol teve competência para manter o ritmo após um tabu tão longo.


Foto Arquivo/Peñarol

Peñarol Campeão Mundial 1961

Depois do êxito que foi a primeira edição da Copa Intercontinental, um princípio de conflito de interesses foi deflagrado entre FIFA e UEFA/Conmebol em 1961. Logo nos primeiros meses de mandato como presidente, Stanley Rous recusou-se a dar status de oficial à competição, e ainda exigiu que as confederações e clubes deixassem claro o caráter amistoso da mesma. E foi isto que aconteceu nos primeiros anos do Mundial, o principal torneio "não-oficial" do momento.

Dois esquadrões compuseram a disputa em 1961. Representando a Europa, o português Benfica foi o primeiro time a desbancar o Real Madrid na Copa dos Campeões. As Águias chegaram ao primeiro título após uma apertada vitória por 3 a 2 sobre o espanhol Barcelona. Pela América do Sul, o Peñarol conquistou o bicampeonato da Libertadores depois de passar pelo Palmeiras na decisão, vencendo por 1 a 0 no primeiro jogo e empatando por 1 a 1 no segundo.

Conmebol e UEFA tinham um mini acordo na época: a cada campeonato, os mandos das partidas se alternariam entre os continentes. Como a primeira disputa começou na América e acabou na Europa, o caminho na segunda seria o inverso. Assim, a primeira partida do Mundial foi jogada no Estádio da Luz, em Lisboa, no dia 4 de setembro. Cerca de 40 mil torcedores viram Mário Coluna marcar o gol da vitória do Benfica por 1 a 0, o que lhe deu o benefício do empate para a volta. Ao Peñarol, restava bater o adversário por qualquer placar para forçar o desempate.

A segunda partida foi em 17 de setembro no Centenario, em Montevidéu, para mais de 56 mil pessoas. E os uruguaios bateram até demais nos portugueses: 5 a 0 fora o baile, com dois gols de Spencer, dois de Juan Joya e um de José Sasía. Como o critério do saldo de gols não valia para ida e volta, uma partida-desempate foi necessária.

O jogo extra aconteceu no dia 19 de setembro, novamente no Centenario. O público subiu para 60 mil torcedores, mas a partida foi muito mais sofrida que a anterior para os Carboneros. Sasía abriu o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo, mas a equipe não deslanchou. Ao contrário, sofreu o empate aos 35 minutos com Eusébio. Agora sim, o saldo estava do lado do Peñarol. Mas o time uruguaio não pagou para ver e marcou 2 a 1 com Sasía aos 40 minutos de bola. O resultado não foi mais alterado até o apito final, e logo depois dele, a festa tomou conta do campo. Pela primeira vez, a América do Sul chegava ao título.


Foto Arquivo/Peñarol