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Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2023

O time feminino do Corinthians chegou a impressionante marca de cinco títulos brasileiros, sendo o de 2023 o quarto consecutivo, um feito inédito. Poderia ter sido mais, pois o clube desde 2017 acumulou sete finais em sequência, mas sendo vice em 2017 e em 2019.

Em comum nesse tempo todo, a presença do técnico Arthur Elias na beira do campo. Em seis anos de trabalho, o profissional conquistou 14 títulos. Tanto sucesso lhe rendeu o maior passo que um treinador pode dar, que é ser contratado pela Seleção Brasileira. O Brasileirão de 2023 foi seu último pelo Timão.

A novidade do campeonato foi a entrada da Globo, que transmitiu boa parte do mata-mata às 16 horas dos domingos. Porém, não exibiu a primeira fase, onde o penta corinthiano começou a ser desenhado. A estreia foi na goleada por 14 a 0 sobre o Ceará. Cinco vitórias e um empate depois, veio a primeira das duas derrotas, por 2 a 0 para o Internacional fora. A outra foi na 12ª rodada, por 1 a 0 para o Avaí Kindermann em Santa Catarina.

Em 15 partidas, o Corinthians venceu 12 e empatou uma. Com 37 pontos, terminou a primeira fase na liderança. As outras sete vagas ficaram, na ordem, com Palmeiras, Ferroviária, Santos, Flamengo, Internacional, São Paulo e Cruzeiro. Nas quartas, o Timão passou pelo time cruzeirense com vitórias por 2 a 1 em Minas Gerais, e por 4 a 2 no Parque São Jorge.

Depois da pausa para a Copa do Mundo (onde o Brasil caiu na fase de grupos), a semifinal foi realizada entre Corinthians e Santos. O primeiro jogo aconteceu na Vila Belmiro, mas a vitória ficou com o alvinegro da capital, por 3 a 0. Na segunda partida, o triunfo foi por 2 a 0 em São Paulo.

Na final, o Timão enfrentou a Ferroviária, bicampeã brasileira que eliminou Internacional e São Paulo no mata-mata. Foi esta equipe que impôs o vice corinthiano em 2019, então havia um certo clima de revanche. A ida foi realizada na Fonte Luminosa, em Araraquara, terminando empatada por 0 a 0.

A volta foi na Neo Química Arena, diante do novo recorde de público de 42 mil torcedores, mas quem saiu na frente do placar foi a Ferroviária, com menos de 15 minutos. O Corinthians pressionou até conseguiu o empate, no gol de cabeça de Jheniffer, a artilheira do time. No segundo tempo, Tamires anotou o gol da virada: 2 a 1 e ponto final.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 17 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 66 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Nayra Halm/Staff Images Woman/CBF

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2022

De novo, de novo e de novo. O Corinthians é mais uma vez campeão do Brasileirão Feminino. Num campeonato marcado pelas quebras de recordes de público, o equipe chegou ao tetracampeonato, numa jornada que teve início em 2018 e foi retomada sem interrupções em 2020.

Mas em 2022 houve mais competitividade das adversárias. Reflexo do crescimento cada vez maior do investimento dos outros clubes no futebol feminino. Ainda assim, na hora de decidir, a tradição da camisa e a mão do técnico Arthur Elias valeram mais.

O regulamento da competição foi o mesmo das últimas temporadas, com 16 times que se enfrentaram em turno único, oito vagas no mata-mata e quatro rebaixamentos. E a campanha do Timão começou com vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino em casa. A invencibilidade teve mais seis vitórias e três empates até a primeira e única derrota no Brasileirão, na 11ª rodada, por 2 a 0 para o Palmeiras fora.

O Corinthians ficou na quarta colocação da primeira fase, com 32 pontos, cinco a menos que Palmeiras, três a menos que o São Paulo e um a menos que o Internacional. As outras vagas nas quartas de final ficaram com Real Brasília, Flamengo, Ferroviária e Grêmio.

O adversário do Timão nas quartas foi o Real Brasília. A ida aconteceu no Distrito Federal, com vitória corinthiana por 2 a 0. A volta foi na Neo Química Arena, com novo triunfo por 1 a 0. A semifinal foi jogada contra o Palmeiras. No primeiro jogo, em casa, o Corinthians venceu por 2 a 1. A segunda partida ocorreu no Allianz Parque, e as corinthianas carimbaram a vaga na decisão por 4 a 0.

A final foi contra o Internacional, que eliminou Flamengo e São Paulo. Já o Corinthians estava na sua sexta decisão consecutiva. A ida foi disputada no Beira-Rio, em Porto Alegre, para mais de 36 mil torcedores. As coloradas marcaram um gol no primeiro tempo, porém Jheniffer fez 1 a 1 no segundo.

A volta aconteceu na Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 41 mil torcedores - novo recorde nacional. O Internacional mais uma vez abriu o placar, mas não soube segurar a vantagem. Ainda no primeiro tempo, Jaqueline e Diany viraram o jogo. No segundo, Victória e Jheniffer completaram o resultado em 4 a 1. Um gol para cada título brasileiro.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Cristiane Mattos/Staff Images Woman/CBF

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2021

Cada vez mais os clubes de camisa tradicional estão olhando para o futebol feminino. O Brasileirão Série A1 de 2021 refletiu bem essa nova direção. Equipes de cidades pequenas e médias e torcidas mais locais perderam bastante espaço para aquelas de massa.

Das oito classificadas ao mata-mata desta edição - composta por 16 clubes, seis estão presentes também na elite masculina. O título ficou nas mãos do Corinthians, que fez uma campanha brilhante mais uma vez pelas mãos de Arthur Elias, foi à quinta decisão consecutiva e levou o tricampeonato.

A estreia do Timão foi com vitória por 3 a 0 sobre o Napoli catarinense, no que já ditou o tom que seriam as outras partidas. Na sequência, o time colecionou diversos triunfos. Alguns mais simples, outros mais numerosos, como as goleadas por 4 a 0 fora sobre o Internacional, na quarta rodada, os 8 a 2 fora sobre o São José-SP, no sétimo jogo, os 5 a 2 em casa sobre o Real Brasília, na nona partida, e os 5 a 0 em casa sobre o Minas Brasília, na 14ª jornada.

O Corinthians ainda teve dois empates e uma derrota, por 2 a 1 fora para o Santos, na quinta rodada. Ao final das 15 rodadas, o Alvinegro ficou na liderança, com 38 pontos. São Paulo, Santos, Ferroviária, Inter, Grêmio e Avaí Kindermann foram as demais equipes que avançaram.

Nas quartas de final, o Timão enfrentou o Avaí Kindermann, goleando nos dois jogos: 4 a 1 na Ressacada e 6 a 0 no Parque São Jorge. Na semifinal, foi a vez de enfrentar a Ferroviária. Na ida em Araraquara, 3 a 1 para o Corinthians. A volta aconteceu em Barueri, e outro 3 a 1 carimbou o passaporte alvinegro rumo à final.

A decisão do Brasileirão Feminino desenhou um dos maiores clássicos do futebol nacional, o Derby Paulista entre Corinthians e Palmeiras. As palmeirenses chegaram lá ao eliminarem Grêmio e Internacional nos mata-matas. A primeira partida foi jogada no Allianz Parque, a casa palmeirense, e terminando com o resultado de 1 a 0 a favor das corinthianas, gol marcado por Gabi Portilho.

A segunda disputa foi realizada na Neo Química Arena, o palco alvinegro. O tri do Timão veio com tranquilidade. Um gol contra de Augustina e dois de Adriana e Victória estabeleceram a vantagem ainda no primeiro tempo. O Palmeiras descontou insuficientemente para 3 a 1 na segunda etapa.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 18 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 64 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Alexandre Battibulgi/FPF

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2020

Em 2020, o Brasileirão Feminino foi o de período mais longo na história. A competição atravessou dez meses entre a primeira rodada e a final (de 8 de fevereiro a 6 de dezembro). Também na mesma temporada, todos os jogos começaram a ter exibição, seja na televisão aberta, fechada ou internet.

O regulamento da competição foi repetido pelo segundo ano seguido: 16 equipes se enfrentando em turno único, com as oito melhores avançando para a a fase final e as quatro últimas caindo para a Série A2. O campeonato teve oito times tradicionais da elite no masculino atuando com operações próprias também no feminino e levando a competição a sério: Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e São Paulo. O título ficou nas mãos do Timão, dono do melhor elenco e organização do país.

A campanha corinthiana começou com vitória por 3 a 1 fora de casa sobre o Palmeiras. Foram três vitórias e uma derrota (a única) na primeira parte do Brasileirão. Isso porque durante a quinta rodada a CBF paralisou o campeonato por causa da pandemia de covid-19. Apenas no fim de agosto aconteceu o retorno, com as alvinegras fazendo 2 a 0 na Ferroviária dentro do Parque São Jorge. 

O Corinthians venceu todas as partidas daqui até o encerramento da primeira fase, a maioria por goleada, como os 4 a 0 fora sobre o Internacional na oitava rodada, os 6 a 0 em casa sobre o Vitória na 11ª e os 7 a 0 fora sobre a Ponte Preta na 14ª. Com 42 pontos, a equipe terminaram na liderança.

Nas quartas de final a vítima do time treinado por Arthur Elias foi o Grêmio, vencido na ida em Porto Alegre por 3 a 0 e na volta em Sâo Paulo por 2 a 1. A semifinal foi em dois clássicos com o Palmeiras. No primeiro Derby, 0 a 0 fora. No segundo, 3 a 0 para o Corinthians em casa.

A decisão foi contra o Avaí Kindermann, que desde 2019 atuam em parceria. O clube de Florianópolis empresta o uniforme, a estrutura, um pouco de dinheiro e, nas finais, o estádio. A ida foi na Ressacada, terminando em empate sem gols. A volta foi na Neo Química Arena, e o Corinthians conquistou o título ao bater as catarinenses por 4 a 2. Gabi Zanotti anotou dois gols, e os outros foram marcados por Gabi Nunes e Victória. É o bicampeonato do Timão, que junta-se à Ferroviária com mais títulos brasileiros.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 18 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 57 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Ferroviária Campeã do Brasileiro Feminino 2019

A Série A1 do Brasileiro Feminino de 2019 contou com nova mudança no regulamento. Os grupos deixaram de existir, e as 16 participantes passaram a se enfrentar em chave única, em turno único. O calendário também foi esticado, enquanto a fase de mata-mata permaneceu igual. O ano do maior campeonato da história também foi marcado pelas parcerias.

A imposição da CBF, em que os times masculinos também devem possuir um feminino fez o Athletico-PR se unir ao Foz Cataratas, o Avaí ao Kindermann e o Santa Cruz ao Vitória das Tabocas. Na contramão, o Rio Preto (vice de 2018) encerrou as atividades e cedeu lugar ao Internacional (terceiro na Série A2).

E no ano em que a competição apareceu na TV aberta pela primeira vez, na Bandeirantes, surgiu um bicampeão: a Ferroviária. Mas a campanha das Guerreiras Grenás começou com derrota, de 1 a 0 para o Avaí Kindermann em Caçador. No primeiro jogo em Araraquara, empate por 2 a 2 com o Iranduba. A primeira vitória só veio na quarta rodada, por 2 a 1 sobre o Foz em casa. Durante a primeira metade da fase, a equipe teve só este triunfo.

Foi a partir do oitavo jogo, 1 a 0 na Ponte Preta em casa, que a Ferroviária embalou. Foram mais quatro vitórias depois desta segunda, terminando a fase com goleada por 7 a 0 sobre o Vitória das Tabocas na Fonte Luminosa. A Locomotiva se classificou em sétimo lugar, com 23 pontos, seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

Tudo zerado para o mata-mata, e nas quartas de final, o enfrentamento foi contra o Santos, e com emoção. Na ida em Araraquara, derrota por 2 a 1. Na volta em Santos, as Guerreiras devolveram o resultado e venceram por 3 a 1 nos pênaltis. Emoção igual foram as semifinais contra o Kindermann. As duas partidas acabaram em 1 a 1. Os pênaltis fora de casa mais uma vez levaram a equipe grená à frente, agora com vitória por 4 a 2.

A final contra o Corinthians não foi diferente. A ida foi na Fonte Luminosa, e a Ferroviária saiu na frente com gol da artilheira Millene logo no primeiro minuto. Mas o rival empatou em 1 a 1 e não permitiu uma vantagem.

A volta foi no Parque São Jorge, e o empate desta vez foi por 0 a 0. E pela terceira vez, as Guerreiras Grenás tiveram que fazer a história nas penalidades, novamente por 4 a 2. E a história se fez também no banco de reservas com Tatiele Silveira, que se tornou a primeira técnica campeã nacional.

A campanha da Ferroviária:
21 jogos | 7 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2018

O novo regulamento do Brasileiro Feminino Série A1 foi mantido para o ano de 2018. E pela primeira vez, as trocas de participantes de deram apenas por conta do rebaixamento: Grêmio e Vitória deram lugar para Pinheirense e Portuguesa. Paraenses e paulistas vieram da Série A2 e se uniram às demais 14 equipes.

As grandes forças permaneceram intactas. Santos, Flamengo, Rio Preto e Corinthians pintaram desde o início como os principais favoritos. E a taça ficou o Alvinegro da capital de São Paulo, que nesse momento daria um pontapé inicial de uma história de hegemonia que não parece ter prazo para acabar. No comando do time, Arthur Elias, o técnico que mudaria completamente a forma de se enxergar o futebol feminino no Brasil.

No grupo 1 da competição, o Timão estrearam com goleada por 4 a 1 contra o São Francisco-BA em casa. E a equipe jamais perdeu na primeira fase. Os primeiros pontos perdidos ocorreram na quinta rodada, no empate sem gols com o Kindermann em Santa Catarina. Antes disso, o Corinthians aplicou 8 a 0 no Pinheirense em São Paulo.

Até o fim da etapa, o Alvinegro conseguiu dez vitórias e quatro empates. Outros triunfos memoráveis foram os 5 a 3 sobre a Ferroviária em Araraquara na sétima rodada, e os 6 a 1 sobre o Pinheirense em Belém na 11ª rodada. Com 34 pontos, a equipe se classificou com sobras na liderança.

Nas quartas de final, o Corinthians enfrentou a Ponte Preta. A equipe avançou com duas vitórias, por 1 a 0 em Campinas e por 2 a 0 no Parque São Jorge. A semifinal foi contra o Flamengo, onde aconteceu a única derrota das alvinegras. Foi na ida no Rio de Janeiro, por 2 a 1. Na volta em São Paulo, o time alvinegro aplicou 4 a 2 e avançou rumo à decisão.

Na final, o Corinthians enfrentou a equipe do Rio Preto. A ida foi jogada no Anísio Haddad e as alvinegras venceram por 1 a 0, gol de Maglia. A volta foi no Parque São Jorge, e o primeiro título do clube foi confirmado com goleada por 4 a 0, gols de Millene, Yasmim, Marcela e Maglia.

A campanha do Corinthians:
20 jogos | 15 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 47 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Mauro Horita/CBF

Santos Campeão Brasileiro Feminino 2017

O ano de 2017 ficou marcado por mais uma mudança na estrutura do futebol feminino no Brasil. Pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro passaria a contar com um sistema de acesso e rebaixamento, proporcionado pela criação da Série A2. Assim, a primeira divisão mudou de nome para Série A1. O número de vagas também diminuiu, de 20 para 16.

E pela última vez, as equipes participantes seriam escolhidas. Os lugares foram distribuídos da seguinte maneira: atuais campeões da Copa do Brasil e do Brasileirão, os oito melhores do ranking feminino, e os seis melhores do torneio masculino que aceitassem a condição. Estes times foram entregues em duas chaves.

Clube com larga tradição na modalidade, com títulos de Taça Brasil, Copa do Brasil e Libertadores, o Santos foi um dos que entrou pelas seis vagas. E fez a história acontecer. No grupo 2, as Sereias da Vila estrearam com vitória em casa por 3 a 0 sobre o Foz Cataratas.

Após a derrota, na segunda rodada, por 1 a 0 para o Rio Preto fora, as alvinegras emendaram uma invencibilidade de 11 partidas, iniciada nos 3 a 0 sobre a Ponte Preta na Vila Belmiro, e terminando na penúltima rodada, no 1 a 0 sobre o Rio Preto, também em Santos. A classificação foi conquistada com antecedência, bem como a liderança, com 34 pontos, 11 vitórias, um empate e duas derrotas.

Nas quartas de final, contra o Audax, o Santos continuou a caminhada com vitória por 3 a 0 fora de casa e empate sem gols na Vila Belmiro. A semifinal foi contra a equipe amazonense do Iranduba. Na ida em Manaus, 2 a 1 para as Sereias. Na volta em Santos, um apertado 3 a 2 para o time alvinegro e a classificação para a final.

A decisão reuniu um clássico paulista entre Santos e Corinthians. Em campo, a maior tradição das santistas valeram a pena. O primeiro jogo foi na Vila Belmiro. E em 20 minutos, a vantagem já estava consolidada, com gols da argentina Sole Jaimes e de Patrícia. Mesmo com os 2 a 0 da ida, as Sereias da Vila não tiraram o pé, e no segundo jogo em Barueri venceram por 1 a 0, gol de Sole, e se tornaram a quinta equipe a ser campeã do Brasileirão Feminino.

A campanha do Santos:
20 jogos | 16 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Marcelo Pereira/AllSports

Flamengo Campeão Brasileiro Feminino 2016

A quarta edição do Brasileirão Feminino com o regulamento original foi em 2016. Foram 12 clubes escolhidos pelo ranking feminino, seis pelo campeonato masculino, além de Ferroviária (campeã da Copa do Brasil) e Rio Preto (campeão brasileiro). Entre estas seis equipes da outra modalidade, o Flamengo topou colocar em campo um time feminino pelo segundo ano consecutivo. E com mais experiência, conseguiu superar sua campanha e obter o título.

No grupo 4 da primeira fase, o Fla iniciou sua trajetória fazendo 3 a 1 no Vitória das Tabocas em casa. Na sequência, aplicou 3 a 0 time maranhense do Viana fora de casa. Por fim, as rubro-negras empataram em casa sem gols com o São Francisco-BA e venceram por 3 a 0 o Duque de Caxias como visitantes. No draft da segunda fase, o Flamengo escolheu as meio-campistas Maurine e Bia para integrar a equipe. 

A ótima campanha continuou a partir do empate sem gols com o São José no interior paulista. Depois, o Fla aplicou 3 a 1 no Iranduba, atuando no CFZ do Rio de Janeiro. A derrota por 2 a 0 para o Corinthians fora de casa não atrapalhou os planos da equipe, que atuou em parceria com a Marinha do Brasil. No returno, elas devolveram 3 a 2 no Corinthians em casa, fizeram 2 a 1 no Iranduba em Manaus, e encerraram com 2 a 0 sobre o São José no Rio.

Na semifinal contra a Ferroviária, o gol fora de casa ajudou o Flamengo. A ida em Araraquara foi 2 a 1 para as paulistas. Na volta no Rio de Janeiro, a vitória por 1 a 0 colocou as rubro-negras na final inédita - e difícil - contra as então campeãs do Rio Preto.

Na decisão entre as duas melhores equipes do campeonato, o gol fora de casa foi determinante mais uma vez, e com tons agônicos. O primeiro jogo entre Flamengo e Rio Preto foi em Los Larios, em Duque de Caxias. Apesar do mando de campo, o Fla acabou superado por 1 a 0.

A desvantagem teria que ser desfeita em São José do Rio Preto, no Anísio Haddad. O gol de Larissa aos 6 minutos de partida ajudou na tarefa, mas as rivais empataram aos 8. No fim do primeiro tempo, Gabrielly fez 2 a 1 para as rubro-negras e virou o confronto. O placar não se alterou mais até o fim, e assim o Flamengo comemorou seu primeiro título nacional feminino.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Robson Fernandjes/AllSports

Rio Preto Campeão Brasileiro Feminino 2015

A CBF impôs os mesmos critérios de 2014 na definição dos clubes participantes do Brasileiro Feminino de 2015: os 8 melhores colocados no ranking, os 10 melhores do Brasileiro Masculino e os campeões nacionais femininos da temporada anterior. Como estas duas últimas foram ocupadas pela Ferroviária, o vice Kindermann herdou uma delas.

A ideia de distribuir vagas pela competição masculina não vingou menos ainda que antes, pois só três clubes (Flamengo, Santos e América-MG) aceitaram a condição. As outras sete também foram via ranking, e uma delas acabou ocupada pelo Rio Preto, time estreante e com três vices no estadual paulista até então.

O Verdão ficou no grupo 1 do Brasileirão, que repetiu o regulamento das edições passadas. Nos dois primeiros jogos, em São José do Rio Preto, vitória por 3 a 0 sobre o Iranduba e derrota por 1 a 0 para o Santos. No restante da fase, goleada por 5 a 1 sobre o Pinheirense em Belém e vitória por 1 a 0 sobre a Ferroviária em Araraquara. Com nove pontos, o time alviverde avançou na segunda posição.

Na segunda fase, a CBF promoveu um draft, emprestando as atletas da Seleção Permanente para as oito classificadas. O Rio Preto ficou com duas jogadoras: a goleira Luciana e a atacante Darlene. No grupo 2, o Verdão começou goleando o Flamengo por 5 a 0 no Anísio Haddad. Na sequência, dois empates: 2 a 2 com o Tiradentes no Piauí e 1 a 1 com o América em Minas Gerais.

No returno, vitória e derrota em casa: 1 a 0 sobre o América-MG e 1 a 0 para o Tiradentes. Valendo a vaga na semifinal, o Rio Preto venceu o Flamengo por 1 a 0 no Rio de Janeiro. A equipe se garantiu na vice-liderança, com 11 pontos. Na semi contra o Centro Olímpico, empates por 1 a 1, tanto em Rio Preto quanto em Osasco. Nos pênaltis, o Verdão venceu por 4 a 2 e se classificou para a final.

A disputa pelo título inédito foi entre Rio Preto e São José. A ida foi no Anísio Haddad, e o alviverde fez valer o mando ao vencer por 1 a 0, gol da zagueira Ana. A volta foi Martins Pereira, em São José dos Campos. Com a vantagem, o Rio Preto largou na frente com gol de Jéssica no primeiro tempo. O rival até empatou mas não passou disto, e o resultado de 1 a 1 confirmou a conquista histórica às jogadoras alviverdes e ao clube do interior paulista.

A campanha do Rio Preto:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Robson Fernandjes/AllSports

Ferroviária Campeã do Brasileiro Feminino 2014

Depois de organizar a primeira edição do Brasileiro Feminino em 2013, a CBF repetiu a fórmula para 2014. Ainda sem criar um sistema de ascenso e descenso, as 20 equipes participantes da segunda competição foram definidas da seguinte forma: a então campeã da Copa do Brasil Feminina, as oito melhores colocadas no ranking feminino e as 11 melhores colocadas no Brasileiro Masculino da temporada anterior.

Esta foi a maneira que a CBF encontrou para incentivar os grandes clubes brasileiros a investir na modalidade. Porém, só oito clubes atenderam ao último chamado, assim as vagas via ranking subiram para 11. E entre estas equipes, encontrava-se a Ferroviária, já com uma larga tradição no futebol feminino, mas que estreava no Brasileirão ali.

Dentro do mesmo regulamento que a competição teve na edição anterior, a Locomotiva ficou no grupo 2. O primeiro jogo foi contra o São José paulista, e terminou com empate por 1 a 1 na Fonte Luminosa. A primeira vitória foi fora de casa, por 1 a 0 sobre o Foz Cataratas. Na sequência, a equipe grená venceu mais duas, por 1 a 0 o Kindermann, em Araraquara, e por 3 a 1 o Vasco, no Rio de Janeiro. Com 10 pontos, a Ferroviária liderou a chave.

Na segunda fase, a equipe voou mais alto. Depois de empatar por 1 a 1 com o Centro Olímpico fora de casa, venceu todas as cinco partidas: em casa, 3 a 1 no Vitória das Tabocas, 16 a 1 no Pinheirense-PA e 3 a 1 no Centro Olímpico. Fora, 2 a 1 no Vitória em Pernambuco e 6 a 2 no Pinheirense no Pará. Na semifinal, a Locomotiva encarou o Botafogo. Foram dois empates sem gols, na ida no Rio de Janeiro e na volta em Araraquara. Nos pênaltis, vitória por 4 a 2 colocou a equipe paulista na decisão.

A final do Brasileiro Feminino colocou frente a frente Ferroviária e Kindermann, reeditando o confronto da primeira fase. A ida não foi disputada em Caçador, mas em Fraiburgo, cidade da região central de Santa Catarina. Gols, somente no segundo tempo, e todos da Locomotiva: dois de Raquel e um de Rafinha.

Com os 3 a 0 e a vantagem, a equipe grená fez a volta na Fonte Luminosa, onde houve uma chuva de gols. As catarinense até fizeram três gols, mas as paulistas marcaram cinco, com Raquel, Rafinha (2), Nenê e Bia. A vitória por 5 a 3 coroou o primeiro título grená, e abriu caminho para a conquista da Libertadores em 2015.

A campanha da Ferroviária:
14 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 45 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo Pessoal/Marina Aggio

Centro Olímpico Campeão Brasileiro Feminino 2013

A cada dia mais crescente, o futebol feminino vem conquistando seu espaço no cenário brasileiro, tanto no número de clubes abrindo e mantendo um departamento da modalidade (com categoria de base), quanto nas pautas da imprensa esportiva.

É uma corrida para recuperar o atraso. Entre 1941 e 1979, era proibido que mulheres praticassem o futebol, segundo o artigo 54 do decreto-lei 3.199. Foram 38 anos de estagnação, enquanto Europa e América do Norte desenvolviam a modalidade (ainda que a passos lentos). Este tempo perdido foi crucial.

A primeira competição de futebol feminino oficial no país só nasceu em 1983, a Taça Brasil. Nessa época, o incentivo era quase nulo, as equipes eram amadoras. O clube carioca Radar foi o primeiro campeão do torneio (emendaria um hepta até 1989, quando saiu de cena), e o pioneiro da categoria, sendo a base da primeira seleção brasileira feminina da história, no Torneio Experimental da FIFA de 1988 (a mãe da Copa do Mundo). A Taça Brasil durou até 2007, quando foi criada a Copa do Brasil.

Esta segunda competição, por sua vez, surgiu, antes de tudo, para atender ao Estatuto do Torcedor (2003). A empolgação com a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e o vice na Copa do Mundo de 2007 motivaram a CBF a organizar um campeonato de verdade (afinal, nem todas as Taças Brasil foram organizadas por ela).

A Copa durou até 2016, quando o já vigente Campeonato Brasileiro foi ampliado com uma segunda divisão. E como o sistema de vagas da Série A2 é via estaduais, a Copa ficou obsoleta.

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E é no meio dessa linha do tempo que começa a história do Campeonato Brasileiro Feminino. Em 2013, a CBF criou um ranking nacional feminino, levando em conta o desempenho dos clubes nos cinco anos anteriores. As 20 melhores colocadas foram selecionadas para a primeira edição do Brasileirão, que teve o apoio financeiro da Caixa Econômica Federal. Todas as cinco regiões do país tiveram representantes na competição.

O campeonato foi de tiro curto, disputado em 49 dias. As equipes foram divididas em quatro grupos, avançando oito para a fase seguinte, e depois quatro para a semifinal. A primeira equipe campeã do Brasileiro veio do Estado de São Paulo: o Centro Olímpico, um clube poliesportivo paulistano também conhecido como Adeco.

No elenco do clube, atletas como Gabi Zanotti, Ketlen, Tamires, e a principal delas, Cristiane. Juntas, elas marcaram 36 dos 42 gols da equipe. Na primeira fase, a Adeco venceu todos os jogos. Fez 4 a 1 fora de casa no Duque de Caxias, 3 a 2 em casa no Rio Preto, 5 a 0 no Aliança, em Goiás, e 2 a 1 no Francana, no Pacaembu. Com 12 pontos, avançou na liderança do grupo A.

Na segunda fase, contra São José-SP, São Francisco-BA e Tuna Luso, a campanha continuou ótima. A única derrota foi na estreia, por 3 a 1 para o forte São José. Depois, goleadas compensaram: duas vezes 5 a 1 sobre a Tuna Luso e 5 a 0 sobre o São Francisco. Completando a fase, empate por 1 a 1 contra o adversário baiano e vitória de 2 a 0 sobre o rival paulista.

Com 13 pontos, o Centro Olímpico chegou na semifinal na condição de vice-líder da chave. Contra o Foz Cataratas no mata-mata, classificação fácil vencendo por 5 a 1 na ida em São Paulo e empatando por 1 a 1 na volta no Paraná.

Na final do Brasileirão, a Adeco reencontrou o São José. A soma de pontos permitiu ao time rubro-negro fazer o segundo jogo em casa. A partida de ida foi em São José dos Campos, no Estádio Joe Sanchez. Ela terminou com empate por 2 a 2, gols marcados por Gabi Zanotti e Cristiane.

Na partida de volta, o Centro Olímpico exerceu seu mando em São Bernardo do Campo, no Estádio Baetão. Em um jogo disputado, a equipe rubro-negra abriu o placar com Tamires aos 33 minutos do primeiro tempo, mas sofreu o empate aos 36. O alívio só veio a quatro minutos do fim, quando Cristiane fez o gol da vitória por 2 a 1, e do histórico primeiro título de um Brasileiro Feminino.

A campanha do Centro Olímpico:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 42 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Divulgação/Centro Olímpico