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Remo Campeão Paraense 1974

Com rapidez e eficiência, o Remo conquistou o bicampeonato paraense e o 24º título em sua história, em 1974. Rápido porque o estadual nortista foi um dos mais curtos do Brasil naquele ano, e eficiente porque o Leão Azul teve mais uma campanha invicta.

O Parazão teve nove times. Na primeira fase, eles foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em turno único. Os dois melhores de cada chave foram ao quadrangular que apontou o primeiro finalista. Na segunda fase, os três melhores de cada chave anterior foram novamente separadas e jogaram em turno único. Os dois primeiros de cada grupo disputaram o quadrangular que classificou o segundo finalista. Na terceira fase, estes quatro times jogaram outro quadrangular para indicar o terceiro na final.

O Remo estreou com goleada por 6 a 0 sobre o Júlio César. Depois, fez 1 a 0 no Liberato de Castro, 10 a 1 no Sacramenta e 3 a 1 na Tuna Luso. Com oito pontos, o time foi ao quadrangular e começou com vitória por 2 a 0 sobre o Sport Belém. Porém, na sequência, ficou no 0 a 0 com Paysandu e Tuna Luso e acabou em segundo lugar, com quatro pontos e atrás do maior rival, que foi à decisão.

Na segunda fase, os azulinos iniciaram com vitória por 1 a 0 sobre o Sport Belém. No segundo jogo, empataram sem gols com o Sporting e garantiram um lugar no quadrangular com três pontos e na liderança. Nesta etapa, o Remo bateu a Tuna Luso por 3 a 0 e o Sporting por 2 a 0, empatou com o Paysandu por 0 a 0 e garantiu seu lugar na final com cinco pontos.

Na terceira fase, o Remo estreou com empate sem gols com a Tuna Luso. Na segunda rodada, venceu o Sporting por 1 a 0. Na última partida, superou o rival Paysandu por 2 a 1. Com cinco pontos, o Leão ficou empatado com a Tuna em primeiro e precisou disputar um jogo extra, que acabou empatado por 2 a 2. Nos pênaltis, o adversário venceu por 10 a 9 e confirmou o triangular na decisão do título.

O triangular final começou com empate sem gols entre Tuna Luso e Paysandu. Na segunda rodada, o Remo venceu o clássico Repa por 2 a 0 e ficou perto do título. Bastava não perder para a Tuna na terceira partida. A conquista estadual azulina foi confirmada com vitória por 1 a 0 no clássico Retu.

A campanha do Remo:
18 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 36 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Euclides Bandeira/Placar

Goiânia Campeão Goiano 1974

Uma era chegou ao fim no Campeonato Goiano de 1974. Por dois motivos: foi o último sem a existência do Estádio Serra Dourada, que viria a ser o maior de Goiás, e foi o último conquistado pelo Goiânia. O clube alvinegro dominou o cenário estadual nas primeiras décadas do torneio, chegando a 14 títulos no total. Porém, não se adaptou a nova realidade quando o novo estádio foi inaugurado, em 1975.

O regulamento do Goianão foi simples. A competição teve nove participantes e foi dividida em dois turnos iguais, com as equipes se enfrentando uma vez em cada metade. O campeão de cada turno garantiu uma vaga na decisão.

O Goiânia iniciou a trajetória do 14º título com vitória por 2 a 0 sobre o Santa Helena fora de casa. A estreia em casa, no Estádio Olímpico, foi com vitória por 1 a 0 em cima do Independente. Nas seis partidas restantes, o Galo Carijó conseguiu mais três vitórias e três empates, somando 13 pontos e conseguindo a vaga na final de maneira invicta.

No segundo turno, o Santa Helena desistiu da disputa, que seguiu com oito equipes: Goiânia, Goiás, Vila Nova, Atlético, Independente, Anápolis, Goiatuba e Itumbiara. O Galo começou com vitória por 1 a 0 sobre o Independente em casa. Depois, o time teve uma queda no desempenho, com mais uma vitória, três empates e duas derrotas até o fim da fase. Com sete pontos, o Goiânia foi somente o quinto colocado, quatro pontos distante do líder Goiás, que foi à decisão.

A final goiana contou com Goiânia e Goiás, em dois jogos no Olímpico. No primeiro, o Galo Carijó venceu por 1 a 0. No segundo, o empate por 1 a 1 garantiu o título ao clube alvinegro, que naquele momento estava estabelecido como maior vencedor estadual com 14 taças, ante sete do Atlético, cinco do Vila Nova e três do Goiás.

Até o momento, o Goiânia está há 50 anos sem vencer o Goianão. No ranking de títulos, a equipe foi ultrapassada pelo Goiás em 1997, pelo Vila Nova em 2005 e pelo Atlético em 2020.

A campanha do Goiânia:
17 jogos | 8 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto J. Afonso Viana/Placar

Fortaleza Campeão Cearense 1974

Novo dono da hegemonia do futebol cearense, o Fortaleza chegou ao bicampeonato e 24º título estadual no ano de 1974, em um campeonato que extrapolou os limites do calendário e invadiu boa parte de 1975. Mas o fato mais importante do torneio é que ele foi o primeiro a ser jogado com o Estádio Castelão pronto.

O Campeonato Cearense de 1974 teve a participação de 11 equipes e foi dividido em dois turnos. No primeiro turno, todos os times se enfrentaram uma vez, com cinco vagas de classificação. Na fase seguinte, os classificados jogaram novamente entre si, com o líder garantindo vaga na final. O segundo turno repetiu a fórmula repetida, com a disputa para o outro lugar na decisão.

O Fortaleza iniciou a campanha do título com goleada por 6 a 1 sobre o Guarany de Sobral. Na sequência, emendou mais sete vitórias, um empate e uma derrota. Com 17 pontos, o Leão do Pici avançou em primeiro lugar para o pentagonal, onde estreou com outra goleada, por 5 a 1 em cima do Guarani de Juazeiro. Depois, fez 3 a 1 no Tiradentes e empatou por 2 a 2 com o Ferroviário. Na última rodada, a equipe perdeu por 3 a 1 para o Ceará e acabou na segunda colocação do primeiro turno, com cinco pontos.

As coisas se inverteram no segundo turno. O Fortaleza começou goleando outra vez o Guarany de Sobral por 6 a 1 e fez a mesma combinação subsequente de resultados que na fase anterior, com mais sete vitórias, um empate e uma derrota. Mas desta vez o time ficou em segundo lugar com os 17 pontos. Na etapa seguinte, o tricolor começou com empate por 2 a 2 com o Tiradentes, e depois ganhou por 1 a 0 do Ferroviário e por 2 a 1 do Icasa. Na última rodada, precisando vencer o Clássico-Rei para ir à final, a equipe resolveu golear o rival por 4 a 0 e se vingar do primeiro turno.

Fortaleza e Ceará voltaram a se enfrentar em mais duas partidas na primeira decisão estadual no Castelão, em março de 1975. No primeiro jogo, o Leão venceu por 1 a 0 e abriu uma pequena vantagem. No segundo jogo, um empate já seria suficiente para a conquista do título, mas os tricolores queriam mais e voltaram a vencer, pelo placar 3 a 1.

A campanha do Fortaleza:
30 jogos | 23 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 87 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Edson Pio/Placar

Figueirense Campeão Catarinense 1974

A dobradinha entre Figueirense e Avaí no topo do Campeonato Catarinense teve sequência em 1974. A hegemonia da capital Florianópolis sobre o interior de Santa Catarina seguiu com a oitava conquista alvinegra. Porém, mal sabiam os torcedores que esta seria a última pelos próximos 20 anos.

O campeonato de 1974 teve um calendário prejudicado. A Federação Catarinense não conseguiu concluir a competição no ano certo e precisou avançar até fevereiro de 1975, depois das férias dos jogadores. O regulamento teve 12 participantes em três fases. Na primeira, os times foram divididos em dois turnos e atuaram em dois turnos. As quatro melhores colocadas de cada chave foram à segunda fase, onde jogaram no formato de dois grupos cruzados, também em dois turnos. O líder de cada chave foi à decisão.

O Figueira ficou em chave com Avaí, Carlos Renaux, Marcílio Dias, Palmeiras de Blumenau e Próspera. Na estreia, venceu o Marcílio por 2 a 0 no Orlando Scarpelli. Nos nove jogos seguintes, fez mais sete vitórias e dois empates, que garantiram a classificação e a liderança ao time, com 18 pontos.

Na segunda fase, o Figueirense ficou em grupo com América de Joinville, Chapecoense e Marcílio Dias, enfrentado o outro lado: Avaí, Caxias de Joinville, Inter de Lages e Palmeiras de Blumenau. Na primeira partida, o time fez 2 a 0 sobre o Caxias em casa. Depois, empatou por 2 a 2 com o Palmeiras fora e venceu por 3 a 1 o Avaí na casa do rival, o Adolfo Konder. Com outras duas vitórias, dois empates e uma derrota nos jogos restantes, a equipe alvinegra se garantiu na final com 11 pontos.

O adversário do Figueira na decisão foi o Inter de Lages, que se garantiu ali exatamente por ter vencido os alvinegros na última rodada da fase anterior, em dezembro de 1974. Mas a final era outra história, no fim de janeiro de 1975. O primeiro jogo aconteceu no Vidal Ramos, em Lages, e acabou empatado sem gols. O resultado já confirmava a necessidade de uma terceira partida.

O segundo jogo foi no Orlando Scarpelli, onde o Figueirense venceu por 2 a 0 e assumiu a vantagem. A partida extra foi realizada no mesmo estádio. Um empate já bastava para o título alvinegro, mas a conquista veio com outra vitória, pelo placar de 4 a 2.

A campanha do Figueirense:
21 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Figueirense

Náutico Campeão Pernambucano 1974

Hexa é luxo? Para o torcedor do Náutico, sim. Apenas o clube alvirrubro pode dizer que venceu o Campeonato Pernambucano por seis vezes consecutivas. Isso foi entre 1963 e 1968. Imediatamente após, o rival Santa Cruz emendou cinco conquistas, entre 1969 e 1973. Pois coube ao Timbu acabar com a sequência em 1974, evitando outro hexa e recuperando o título.

O estadual foi disputado por nove times e foi dividido em três fases. Na primeira, todas as equipes se enfrentaram em dois turnos, com o líder se classificando à final e os seis melhores passando à segunda fase. Na etapa seguinte, os seis classificados voltaram a se enfrentar em dois turnos, com o líder também avançando à decisão.

O Náutico iniciou a campanha do 15º título pernambucano com vitória por 3 a 0 sobre o Íbis nos Aflitos. Na segunda rodada, aplicou 8 a 0 em cima do Santo Amaro, também em casa. Depois, entre goleadas e os clássicos, conseguiu mais 11 vitórias, dois empates e uma derrota. O Timbu somou 28 pontos no primeiro turno e se classificou para a segunda fase, mas em segundo lugar, um ponto atrás do líder Santa Cruz, que foi à final.

A tarefa alvirrubra era única: vencer a segunda fase e evitar o hexa antecipado do rival. Ambos jogaram esta etapa junto com Sport, América de Recife, Ferroviário de Recife e Central. Na estreia, o Náutico venceu o Ferroviário por 1 a 0. Na partida seguinte, goleou o Central por 4 a 0 em Caruaru. A pegada continuou nos oito jogos restantes, com mais seis vitórias, um empate e a inesquecível goleada por 5 a 0 sobre o Sport na quarta rodada. Com 19 pontos, o Timbu conseguiu a outra vaga na decisão com vantagem de quatro pontos sobre o próprio Santa Cruz.

A final do Campeonato Pernambucano foi definida em dois jogos entre Náutico e Santa Cruz, que formam o Clássico das Emoções. A primeira partida foi realizada no Arruda, e o time alvirrubro tratou de acabar com qualquer chance de vantagem rival logo na ida, ao vencer por 1 a 0. O segundo jogo aconteceu nos Aflitos, e novo triunfo por 1 a 0 deu o título e uma nova mística ao Náutico.

A campanha do Náutico:
28 jogos | 24 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 78 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/DP/D.A Press

Bahia Campeão Baiano 1974

Não bastou apenas reconquistar o título estadual em 1973, o Bahia queria ainda mais. Em 1974, o time chegou ao bicampeonato de uma sequência ao longo da década que iria até o hepta. Porém, muitas informações sobre o Campeonato Baiano de 1974 estão perdidas e ainda não foram resgatadas.

O que se sabe é que o torneio teve nove equipes. O regulamento é desconhecido, mas pode ser interpretado de acordo com as campanhas do campeão Bahia e do vice Vitória: um primeiro turno com oito jogos para cada time, seguido por um quadrangular de três rodadas; um segundo turno com mais oito jogos e outro quadrangular; um triangular com os vencedores dos turnos e a melhor campanha geral; e a decisão. O que pode corroborar com esta interpretação é a fórmula da edição de 1975, que se assemelha muito com esta descrição.  

O Bahia iniciou a competição com triunfo por 2 a 1 sobre o Jequié. Depois, fez 2 a 1 no Itabuna, ficou no 0 a 0 com o Ypiranga, fez 2 a 0 no Vitória, ficou no 1 a 1 com o Botafogo de Salvador, levou 1 a 0 do Fluminense de Feira, ficou no 1 a 1 com o Atlético Alagoinhas e fez 2 a 1 no Galícia. São quatro triunfos, três empates e uma derrota. No quadrangular, o Tricolor de Aço fez quatro pontos no empate sem gols com o Fluminense, no triunfo por 1 a 0 sobre o Galícia e no empate por 1 a 1 com o Vitória. Segundo a Revista Placar de 13 de dezembro de 1974, o Fluminense foi o vencedor do primeiro turno.

O segundo turno inicia no triunfo por 3 a 1 sobre o Atlético. E continua no empate sem 1 a 1 com o Ypiranga, no triunfo por 2 a 0 sobre o Jequié, no empates por 2 a 2 com o Vitória e por 1 a 1 com o Fluminense, e nos triunfos por 2 a 0 sobre o Galícia, por 4 a 1 sobre o Itabuna e por 2 a 1 sobre o Botafogo. Foram cinco triunfos e três empates. No quadrangular, o Bahia teve empates por 2 a 2 com o Fluminense e por 0 a 0 com o Vitória, e triunfo por 2 a 1 sobre o Atlético. Estes resultados deixam os tricolores com quatro pontos ante cinco dos rubro-negros, que ganharam do Atlético e do Fluminense.

Se a interpretação do regulamento estiver correta, a fase seguinte foi disputada em triangular por Fluminense, campeão do turno, Vitória, campeão do returno, e Bahia, melhor campanha geral. Os resultados aqui foram: Bahia 2x1 Fluminense, Vitória 3x0 Fluminense e Bahia 0x0 Vitória. Por fim, com três pontos cada, tricolores e rubro-negros encerraram o campeonato em partida na Fonte Nova. Esta terminou 1 a 0 para o Bahia, que levou o 25º título estadual.

A campanha do Bahia:
25 jogos | 13 triunfos | 11 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto José Martins/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1974

Os estaduais em 1974 aconteceram majoritariamente no segundo semestre do ano, com as decisões marcadas para dezembro. No Paraná, não foi diferente. Em campo, o final também foi o mesmo das três temporadas anteriores, com o Coritiba chegando ao tetracampeonato e 23º título no geral.

A competição teve um regulamento simples, com 11 participantes. Na primeira fase, todas as equipes se enfrentaram em dois turnos, com sete vagas de classificação. Na fase final, um heptagonal em turno único definiu o campeão estadual.

O Coxa iniciou a campanha fora de casa, com empate por 1 a 1 diante do Paranavaí. A estreia em casa aconteceu na segunda rodada, na goleada por 4 a 1 sobre o Umuarama no Belfort Duarte. A trajetória continuou com mais 13 vitórias, dois empates e três derrotas nas 18 partidas seguintes. Com 32 pontos, o Coritiba garantiu a classificação à próxima fase na liderança.

O heptagonal final foi disputado entre Coritiba, Athletico, Colorado, Pinheiros, Londrina, Iguaçu e União Bandeirante. Na abertura, o Coxa venceu o Londrina por 3 a 1 fora de casa. Depois, fez 2 a 0 no Iguaçu em União da Vitória. O terceiro jogo foi o primeiro em Curitiba, com vitória por 1 a 0 sobre o Colorado.

Na quarta partida, o Coritiba venceu o União Bandeirante por 3 a 0 no Belfort Duarte e foi à oito pontos no heptagonal, seguido pelo Athletico com sete. A próxima partida foi o Atletiba, e outro triunfo daria o título antecipado ao Coxa, pois os rivais não teria mais jogos para disputar. Porém, o time alviverde perdeu o clássico por 3 a 1 e foram ultrapassados.

Agora um ponto atrás do Athletico, o Coritiba precisava vencer a última partida para ser tetra. No Belfort Duarte, o adversário coxa-branca foi o Pinheiros, que não tinha mais nada para almejar no campeonato. Um empate poderia forçar um triangular extra com o rival e o Colorado, que também encerrou com nove pontos, mas o Coxa venceu por 1 a 0, chegou a dez pontos e ficou com o título.
 
A campanha do Coritiba:
26 jogos | 20 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 42 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Edson Jansen/Placar

Cruzeiro Campeão Mineiro 1974

Em 1974, o Cruzeiro ficou bem próximo de conquistar o título brasileiro, mas parou no Vasco e acabou com o vice-campeonato. Por outro lado, o clube manteve sua forte hegemonia no Campeonato Mineiro, chegando ao tricampeonato e ao 18º título estadual ao todo.

O estadual daquela temporada teve a presença de 14 equipes. Na primeira fase, elas foram divididas em dois grupos e turno único. As quatro melhores de cada grupo avançaram. Na segunda fase, oito times jogaram em grupo e turno únicos, com seis vagas para o que seria o hexagonal final: os quatro melhores colocados e as duas melhores médias de renda de público entre os demais. A fase final teve dois turnos.

O Cruzeiro iniciou a campanha no grupo B, contra Villa Nova, Uberaba, Valeriodoce, ESAB de Contagem, Uberlândia e Atlético de Três Corações. Na estreia, a equipe empatou sem gols com o Villa Nova. Depois, venceu o Valeriodoce por 1 a 0 fora de casa. Com mais quatro vitórias nas quatro partidas seguintes, a Raposa se classificou na liderança da chave, com 11 pontos.

Na segunda fase, Cruzeiro, Villa Nova, Uberaba e Valeriodoce se juntaram a Atlético, América, Caldense e Nacional de Muriaé. A Raposa iniciou com vitória por 4 a 0 sobre o Valeriodoce, seguido por mais quatro triunfos, um empate e uma derrota. Com 11 pontos, o time se classificou em primeiro.

A fase final era para ter sido um hexagonal, mas uma suposta fraude nas rendas de público do Valeriodoce obrigou a Federação Mineira a classificar todos os clubes entre o quinto e oitavo lugares da etapa anterior. Assim, a disputa virou um octogonal. Na estreia, o Cruzeiro venceu o próprio Valeriodoce por 3 a 0. Nos 12 jogos seguintes, conseguiu mais nove vitórias e três empates.

A Raposa chegou para a última rodada do octogonal com 23 pontos, empatado com o Atlético, mas com uma vitória a menos. Um clássico no Mineirão decidiu o título entre os rivais. Precisando da vitória, o Cruzeiro se mostrou melhor em campo e conseguiu o título ao fazer 2 a 1.

A campanha do Cruzeiro:
27 jogos | 21 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 69 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1974

O hexacampeonato gaúcho em 1974 foi o maior exemplo de domínio que o Internacional poderia ter aplicado durante toda a sua história. Se já é difícil em clube ser campeão invicto, o que dizer então sobre ser campeão vencendo todos os jogos? Pois foi o que o Colorado fez na conquista do 22º estadual.

O torneio de 1974 teve a participação de 16 equipes. Na primeira fase, 14 delas se enfrentaram turno único, com oito vagas para a etapa seguinte. Na segunda fase, os classificados se juntaram a Internacional e Grêmio para um decagonal em dois turnos. O líder de cada metade foi à decisão.

Dispensado da primeira fase, o Colorado aguardou a chegada de Caxias, Inter de Santa Maria, Encantado, Ypiranga, Atlético Carazinho, Esportivo, Santa Cruz e Gaúcho de Passo Fundo. Na estreia, o time venceu o Atlético Carazinho por 1 a 0 fora de casa. E nos oito jogos seguintes conseguiu mais oito vitórias, que colocaram o Inter na decisão com 18 pontos, quatro a mais que o vice Grêmio.

O segundo turno continuou igual. Na abertura, o Inter venceu o Gaúcho por 4 a 0 no Beira-Rio. Depois, foi emplacando mais vitórias rumo ao título antecipado. Mas o Grêmio também resolveu apenas vencer suas partidas e levou a disputa até a última partida.

Inter e Grêmio chegaram com 16 pontos e 100% de aproveitamento cada um para o Grenal decisivo na última rodada, que foi realizado no Beira-Rio. Os tricolores tinham que vencer para forçar mais dois clássicos na decisão, enquanto os colorados podiam até jogar pelo empate, pois tinham o saldo de gols superior. Porém, para deixar a campanha completamente perfeita, o Internacional foi ao ataque e venceu por 1 a 0, conquistando o hexa por antecipação.

Foi um título histórico. Nunca antes, e nunca depois, um time chegou a um título gaúcho com vitórias em todas as partidas em uma campanha de tiro longo (18 jogos). Além disso, o Inter sofreu apenas dois gols durante o campeonato todo.

A campanha do Internacional:
18 jogos | 18 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto J.B. Scalco/Placar

Flamengo Campeão Carioca 1974

Em uma disputa acirrada, o Flamengo chegou ao título carioca em 1974, o 17º de sua história. O clube recuperou o título estadual depois de dois anos, ao fazer uma campanha regular, mas com certa demora para atingir uma vaga na decisão.

O Cariocão de 1974 contou com 12 participantes e o regulamento foi quase idêntico ao do ano anterior, com a realização de três turnos. O primeiro turno foi a Taça Guanabara, que depois de 11 rodadas colocou o campeão na final e classificou os oito melhores para as fases seguintes. O segundo turno foi a Taça Oscar Wright da Silva, que após sete rodadas também deu ao campeão um lugar na decisão. O terceiro turno foi a Taça Pedro Magalhães Corrêa, que apontou o terceiro finalista em mais sete rodadas.

A campanha rubro-negra teve início no empate por 1 a 1 com o Bangu, na abertura da Taça Guanabara. Depois, o Flamengo perdeu por 2 a 1 para o Madureira. A primeira vitória veio somente no terceiro jogo, por 2 a 1 sobre o America. Nos outros jogos, o time teve mais cinco vitórias, dois empates e uma derrota, que o deixaram na terceira colocação com 15 pontos, quatro atrás do America, que foi campeão.

Fla e America seguiram à segunda fase junto com Vasco, Fluminense, Botafogo, Bonsucesso, Madureira e Campo Grande. Aqui, o rubro-negro iniciou goleando o America por 4 a 1. Na sequência, obteve mais duas vitórias e quatro empates, que deixaram a equipe com dez pontos. Porém, o Vasco somou 11 e ficou com a segunda vaga na final, deixando o Flamengo na vice-liderança.

A última chance era vencer a terceira fase. Na estreia, o Flamengo venceu o Botafogo por 2 a 1. Depois, acumulou mais quatro triunfos, um empate e uma derrota. Com 11 pontos, o rubro-negro garantiu seu lugar na decisão com um de vantagem sobre Vasco e America, os adversários do triangular decisivo.

A fase final foi aberta por Flamengo e America. Em jogo complicado, o Fla conseguiu arrancar com uma importante vitória por 2 a 1, ganhando assim a folga na segunda partida. Nesta, America e Vasco empataram por 2 a 2, o que acabou com as chances de um e deixou o outro na obrigação de vencer o rubro-negro por dois gols de diferença. Para o Flamengo, bastava segurar o empate para ser campeão estadual, e foi o que aconteceu, pelo placar de 0 a 0.

A campanha do Flamengo:
27 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 42 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista O Cruzeiro

Palmeiras Campeão Paulista 1974

Existem títulos normais e títulos especiais no futebol. O segundo caso se aplica ao Campeonato Paulista de 1974, que simbolizou um dos pontos mais altos da rivalidade entre Palmeiras e Corinthians. De um lado, a 17ª taça e a continuidade da rotina vencedora. De um lado, o amargo vice e os 20 anos de fila.

O Paulistão 1974 teve 21 participantes, repetindo o formato adotado no ano anterior. Na primeira fase, 14 equipes disputaram uma preliminar que valeram sete vagas para a etapa seguinte. Na segunda fase, estas se juntaram a outras sete, na disputa de dois turnos independentes. Cada vencedor de turno se garantiu na final (e na expectativa de que ela não fosse definida em erro na contagem dos pênaltis).

O Palmeiras iniciou a campanha já na segunda fase, assim como Corinthians, Portuguesa, Santos, São Paulo, Guarani e Juventus. Na estreia, porém, ficou no empate por 2 a 2 com o Saad, de São Caetano do Sul. O Verdão ficou aquém do poderia apresentar no turno. A primeira vitória só veio no quarto jogo, por 1 a 0 sobre o Guarani, e no total o time venceu cinco, empatou seis e perdeu duas em 13 partidas. Com 16 pontos, foi o quinto colocado, três pontos atrás do líder Corinthians, que se garantiu na final.

A postura mudou no returno. Na abertura, o alviverde venceu o América de Rio Preto por 2 a 0. Depois, engatou mais sete triunfos e cinco empates nos 12 jogos seguintes. O Palmeiras somou 21 pontos ao todo e conseguiu a segunda vaga na final com autoridade, ao golear o Corinthians por 4 a 1 na última rodada, no que se tornou uma prévia da decisão.

O Derby Paulista não decidia o título estadual desde 1954, quando o Corinthians conseguiu o último título. Então, a final se tornou especial para os dois rivais, em duas partidas no Morumbi. Na primeira, deu empate por 1 a 1. Na segunda, mais de 120 mil torcedores comparecerem ao estádio, a maioria de corinthianos. Mas quem comemorou foi a minoria palmeirense, que viu seu time vencer por 1 a 0 e colocar um ano a mais no tabu do rival.  

A campanha do Palmeiras:
28 jogos | 14 vitórias | 12 empates | 2 derrotas | 40 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Magdeburg Campeão da Recopa Europeia 1974

O ano de 1974 foi o auge do futebol alemão. Mas não é da Alemanha que você está pensando, e sim da Alemanha Oriental, país que existiu entre 1949 e 1990. Primeiramente, pela participação na Copa do Mundo, justamente na nação irmã capitalista, inclusive derrotando-a na fase de grupos inicial. Depois, pelo título do Magdeburg na Recopa Europeia, sendo a única taça continental que o lado socialista viu em sua existência.

Vencedor da Copa da Alemanha Oriental de 1973, o Magdeburg iniciou a campanha na Recopa contra o NAC Breda, da Holanda. No primeiro jogo, empatou por 0 a 0 em Roterdã. Na segunda partida, venceu por 2 a 0 no antigo Estádio Ernst Grube, na própria cidade de Magdeburg.

Nas oitavas de final, "der blau" (os azuis) enfrentaram o Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. Na ida, fora de casa, a equipe alemã foi derrotada por 2 a 0. Na volta, a reação começou com gols de Wolfgang Abraham e Martin Hoffmann. Na prorrogação, o ídolo Jürgen Sparwasser fez 3 a 0 e classificou o Magdeburg às quartas.

O adversário na próxima fase foi o Beroe Stara Zagora, da Bulgária. Desta vez a primeira partida aconteceu no Ernst Grube, com vitória do Magdeburg por 2 a 0. O segundo jogo foi disputado em solo búlgaro, terminando empatado por 1 a 1.

Na semifinal, o Magdeburg enfim atuou do outro lado do muro, contra o Sporting. Na ida, empate por 1 a 1 no José Alvalade, em Lisboa. Na volta, Jürgen Pommerenke e Sparwasser fizeram os gols da vitória por 2 a 1 que colocou os alemães na decisão.

A final quase foi 100% alemã, mas o Borussia Mönchengladbach caiu na semi para o Milan. Os italianos também bateram Dínamo Zagreb, Rapid Viena e PAOK. A partida aconteceu no De Kuip, em Roterdã, e o Magbenurg colocou os italianos na roda. Com gol contra de Enrico Lanzie a favor de Wolfgang Seguin, o time fez 2 a 0 e confirmou a maior conquista da história da Alemanha Oriental.

A campanha do Magdeburg:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Zentralbild

Feyenoord Campeão da Liga Europa 1974

A Copa da UEFA de 1974 foi a terceira edição da competição de clubes europeus. Nos moldes de sempre, nesta temporada houve a participação de 64 clubes, num mata-mata perfeito do início ao fim. E o título saiu da Inglaterra pela primeira vez. Foi para a Holanda, pelas mãos do Feyenoord. A campanha da equipe na ocasião é lembrada como uma das mais brilhantes de sua história. Sob influência do Futebol Total, ela demonstrou um futebol ousado e ofensivo que encantou os torcedores.

O Feyenoord iniciou sua jornada na competição na primeira fase, enfrentando o Öster, da Suécia. Com vitórias por 3 a 1 fora e por 2 a 1 em casa, o time holandês já mostrava sua força. Na fase seguinte, o Feyenoord teve um confronto contra o Gwardia Varsóvia, da Polônia. A equipe holandesa mostrou superioridade em casa, vencendo por 3 a 1 na ida em casa. Na volta, derrota por 1 a 0 fora.

O adversário nas oitavas de final foi o Standard Liège. Na ida, derrota por 3 a 1 na Bélgica. Na volta, o Feyenoord teve se desdobrar em Roterdã para vencer por 2 a 0 e classificar pela regra do gol fora de casa. Nas quartas de final, os holandeses tiveram pela frente o Ruch Chorzów, da Polônia. Em dois jogos emocionantes, o Feyenoord garantiu sua vaga nas semifinais após empatar por 1 a 1 na ida fora, e vencer por 3 a 1 na prorrogação da volta em casa.

Na semifinal, o Feyenoord enfrentou o Stuttgart. Em um confronto equilibrado, a equipe holandesa conquistou uma importante vitória por 2 a 1 na partida de ida, em casa. No jogo de volta, na Alemanha, o Feyenoord confirmou sua superioridade ao marcar mais dois gols. No fim, cedeu o empate por 2 a 2 mas confirmou seu lugar na final.

A final foi disputada contra o Tottenham, que superou Grasshoppers, Aberdeen, Dínamo Tbilisi, Colônia e Lokomotive Leipzig. A primeira partida aconteceu em Londres, no White Hart Lane. Sem se intimidar com o adversário, os holandeses tiveram forças para buscar duas vezes o empate e sair de lá com o 2 a 2. Os gols foram de Wim Van Hanegem e Theo De Jong. 

O jogo de volta foi no De Kuip, em Roterdã. Numa atmosfera eletrizante, o Feyenoord mostrou sua determinação desde o início da partida. O jogo foi tenso e disputado, com chances para ambos os lados. No entanto, aos 43 minutos do primeiro tempo, Wim Rijsbergen marcou o gol que colocou o Feyenoord em vantagem. Aos 40 do segundo, Peter Ressel fez 2 a 0 e consolidou o título da Copa da UEFA para os holandeses.

A campanha do Feyenoord:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/L'Équipe

Alemanha Campeã da Copa do Mundo 1974

A Copa do Mundo de 1974 representou um novo marco para o futebol. A começar pelo novo troféu, a Taça FIFA, em substituição a brasileira Taça Jules Rimet. Também houve a instituição de um novo regulamento abolindo o mata-mata, os oito classificados da primeira fase seriam repartidos em mais dois grupos.

E o mais importante, a presença de novas potências do esporte, como a Holanda e seu Carrossel, e a Polônia também com um jogo bonito. Mas o peso da camisa ainda faria a diferença, a Alemanha vinha batendo na trave nos dois Mundiais anteriores. Desta vez como país-sede, ninguém conseguiu tirar os alemães do caminho do bicampeonato, nem mesmo os holandeses.

A caminhada da Alemanha Ocidental começou contra o Chile, vitória por 1 a 0. Depois contra a Austrália, vitória por 3 a 0 que já classificou os alemães. A última rodada reuniu o emblemático confronto contra a Alemanha Oriental, mas os ocidentais não conseguiram vencer. A derrota por 1 a 0 deixou a Alemanha Ocidental na vice-liderança do grupo A com quatro pontos, contra cinco dos orientais.

Na segunda fase, a Alemanha ficou no grupo 2. Contra a Iugoslávia e a Suécia, vitórias por 2 a 0 e por 4 a 2. A rodada final definiria o classificado para a final. Contra a Polônia, uma vitória simples por 1 a 0 colocou a Alemanha - líder com seis pontos - na final.

O adversário alemão foi a Holanda, que mesmo voltando 36 anos depois a um Mundial, eliminou Uruguai, Brasil e Argentina com o chamado "Futebol Total", em que os jogadores não guardavam posição e confundiam a marcação adversária. A decisão foi disputada no Estádio Olímpico de Munique. A Alemanha não começou bem a partida, e logo no segundo minuto os holandeses abriram o placar de pênalti. Mas os alemães não caíram na estratégia adversária e conseguiram o empate logo aos 25 minutos, com Paul Breitner batendo outro pênalti.

E aos 43 minutos, Gerd Müller recebeu a bola pela ponta-direita, girou e bateu no canto do goleiro rival. A Alemanha virou para 2 a 1 e segurou a Holanda durante todo o o segundo tempo. E diante de mais de 75 mil torcedores, os alemães conquistavam o bicampeonato mundial. O capitão era a lenda Franz Beckenbauer, líder de uma geração.

A campanha da Alemanha:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Imago Images/Werek

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1974

Competitiva com sua seleção, a Alemanha costumava dar azar na hora de decidir com seus clubes na Copa dos Campeões da Europa. Até 1973, apenas um vice fora obtido. Essa história seria modificada a partir de 1974, quando o Bayern de Munique inverteu a maré e iniciou a sequência de três títulos.

O caminho germânico rumo ao título começou na primeira fase, contra o Atvidaberg, da Suécia. Na ida, os bávaros venceram em casa por 3 a 1. Na volta, foram surpreendidos fora pelo mesmo placar, com o atacante adversário Conny Torstensson marcando dois gols. Nos pênaltis, o Bayern fez 4 a 3 e se salvou.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Dínamo Dresden, coirmão da Alemanha Oriental. O primeiro jogo foi no Olímpico de Munique, e os alemães ocidentais tiveram que virar duas vezes para vencer por 4 a 3. A segunda partida ocorreu em Dresden, e o Bayern passou mais uma ao empatar por 3 a 3.

Nas quartas, o desafio foi encarar o CSKA Sofia. Em Munique, os alemães abriram boa vantagem na goleada por 4 a 1. Nesta partida, o primeiro e o último gols foram marcados por Torstensson - sim, o mesmo sueco que complicou na primeira fase contra a equipe bávara, e que acabou contratado pela mesma. E o resultado largo permitiu ao Bayern até ser derrotado por 2 a 1 na Bulgária.

A semifinal foi contra o Újpesti Dózsa, da Hungria. Em Budapeste, empate por 1 a 1. Em Munique, o Bayern voltou a arrasar e venceu por 3 a 0, confirmando seu lugar na final.

A decisão iria revelar um campeão inédito: Bayern ou Atlético de Madrid, que eliminou Galatasaray, Dínamo Bucareste, Estrela Vermelha e Celtic. O estádio escolhido foi o Heysel, em Bruxelas, na Bélgica.

E quase não deu para os alemães, que levaram 1 a 0 na prorrogação a seis minutos do fim. No último lance, porém, Hans-Georg Schwarzenbeck fez 1 a 1 e forçou uma partida-desempate. Dois dias depois, Uli Hoeness e Gerd Müller não deram chance ao azar e marcaram duas vezes cada para o Bayern fazer 4 a 0 e levar o primeiro título da série de três.

A campanha do Bayern de Munique:
10 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Independiente Campeão da Libertadores 1974

A história roja continuou a ser escrita em letras douradas. Tetracampeão da Libertadores e atual bi, o Independiente voltaria a superar as próprias barreiras em 1974, em uma edição que um clube brasileiro quase estragou a festa. Os venezuelanos voltaram à competição, deixando a fase de grupos com os 20 times previstos. Enquanto isso, os campeões esperavam pela semifinal.

A primeira fase foi bem competitiva, com a definição de três classificados com só um ou nenhum ponto de diferença para os vice-líderes: Defensor Lima, Peñarol e Huracán. Mas os argentinos fecharam com dez pontos e a melhor campanha junto do São Paulo, que liderou com facilidade sua chave. O Rojo começou sua trajetória exatamente diante do Peñarol e do Huracán.

A estreia foi com empate fora diante do rival argentino, por 1 a 1. Contra os uruguaios, vitória por 3 a 2 em plena Montevidéu. No returno, vitória por 3 a 0 sobre o adversário hermano deixou o Independiente em boa situação para o confronto decisivo contra os carboneros. A partida foi na Doble Visera e os rojos aproveitaram-se de ter a vantagem do empate, fazendo 1 a 1 e conseguindo um lugar na final com seis pontos, contra cinco da equipe uruguaia.

Na outra chave, o São Paulo passou por Millonarios e Defensor Lima para ser o outro finalista. A parada mais difícil para o Independiente até então. Na ida, os argentinos perderam por 2 a 1 no Pacaembu. Precisando da vitória na volta para forçar o desempate, o clube bateu os brasileiros por 2 a 0 em Avellaneda, gols de Ricardo Bochini aos 34 do primeiro tempo e de Agustín Balbuena aos três do segundo.

A derradeira ficou para o Estádio Nacional de Santiago, onde a vantagem do empate seria roja. Mas não foi preciso, pois o Independiente voltou a derrotar os paulistas, desta vez por 1 a 0. O gol de penta saiu aos 37 da etapa inicial, com o capitão e ídolo Ricardo Pavoni.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Atlético de Madrid Campeão Mundial 1974

O ano de 1974 foi marcante para a história do Mundial de Clubes. Primeiro, porque ocorreu mais uma tentativa de aproximação entre Conmebol, UEFA e FIFA. Durante a troca de comando na Suíça, de Stanley Rous por João Havelange, a nova direção tentou mais uma vez a inclusão das outras confederações na competição, mas as conversas de novo não avançaram. E como a prioridade de Havelange era a expansão da Copa do Mundo, as tratativas congelariam pelas próximas décadas.

Segundo, porque a disputa não aconteceu em 1974, e sim no ano seguinte, devido a mais um desgaste envolvendo o lado europeu. Em maio, a Copa dos Campeões teve a final entre Bayern de Munique e Atlético de Madrid. O time alemão foi campeão em dois jogos: 1 a 1 no primeiro e 4 a 0 no desempate. Até então, tudo bem. Em outubro foi a vez de a Libertadores ser decidida. O Independiente conseguiu o penta após três partidas contra o São Paulo na final: derrota por 2 a 1 na ida, vitória por 2 a 1 na volta e vitória por 2 a 0 no desempate.

Foi só a notícia do título argentino chegar na Alemanha que os problemas começaram. Com a desculpa de que lhe faltava datas para atuar, o Bayern anunciou sua desistência da Copa Intercontinental. Mas para os sul-americanos, ficou subentendido que o pretexto era outro. A recusa alemã aconteceu muito tarde, tanto que não houve tempo para o Atlético de Madrid topar o convite ainda em 1974, já que os espanhóis também estavam com a agenda lotada. Somente em 1975 foi possível realizar a edição do Mundial.

Finalmente, no dia 12 de março, Independiente e Atlético de Madrid deram início à disputa, na Doble Visera, em Avellaneda. Cerca de 60 mil torcedores comparecem no primeiro confronto. O Atleti possuía três sul-americanos em campo: os argentinos Heredia e Ayala, e o paraguaio Benegas. A presença deles contribuiu para a partida ser truncada e de poucas oportunidades. O time espanhol não resistiu à pressão, e perdeu por 1 a 0, gol de Balbuena aos 34 minutos do primeiro tempo. O campeão Independiente era o claro favorito no Mundial.

Porém, o Atlético de Madrid tinha seu valor e queria o título para compensar a perda europeia. No dia 10 de abril, o Vicente Calderón recebeu 65 mil pessoas prontas para a virada. Com dificuldades, elas aconteceu. Aos 34 minutos de partida, Irureta abriu o placar colchonero. Quando o terceiro jogo parecia a solução, aos 40 do segundo tempo, Ayala fez 2 a 0 e decretou o título mundial para o Atlético de Madrid, que conseguira ali uma façanha única: ser, ao mesmo tempo, o segundo do seu continente e o primeiro do mundo.


Foto Arquivo/AS Color

Vasco Campeão Brasileiro 1974

Apenas 20 dias depois do término do Brasileiro de 1973, iniciou a disputa do Brasileiro de 1974. O número de participantes no Campeonato Nacional se manteve em 40 equipes. Tudo acabou concentrado somente uma divisão com dois grupos de 20, mas com um critério de desempate maluco: a maior média de público nos jogos em casa entre os times que terminassem para baixo da 10ª posição de cada grupo. 

Junto, se classificavam os dez primeiros de cada grupo, mais as duas melhores campanhas fora da classificação independente do grupo. O Vasco, com Roberto Dinamite surgindo com seus gols, ficou no grupo A.

No final da primeira fase, o time da Colina encerrou as 19 rodada na sétima posição do grupo, com sete vitórias, oito empate e quatro derrotas. Com 22 pontos, ficou oito atrás do líder Grêmio. Os 24 times classificados para a segunda fase acabaram divididos em quatro grupos. O Vasco ficou no grupo 2, com outros cinco times.

Em turno único, o Vasco ficou invicto e eliminou Vitória, Atlético-MG, Corinthians, Nacional-AM e Operário de Campo Grande. Foram três vitórias e dois empate, somando oito pontos. O Vasco avançou para o quadrangular final com Cruzeiro, Internacional e Santos. Na primeira rodada das finais, o Vasco superou por 2 a 1 o Santos no Maracanã, enquanto Internacional e Cruzeiro só empataram.

Na segunda rodada, empate vascaíno no Mineirão, e vitória do Santos sobre os gaúchos. Na última rodada, o Vasco cedeu empate ao Internacional em casa, e viu o Cruzeiro empatar em pontos com a vitória sobre o time paulista.

Cruzeiro e Vasco ficaram empatados em primeiro lugar com quatro pontos. Nesse caso, o regulamento previa um jogo extra entre eles em Belo Horizonte, em função da melhor campanha do Cruzeiro em todo o campeonato. Mas o time carioca foi à Justiça, alegando uma agressão cruzeirense ao árbitro na segunda rodada. Com isso, o mando do jogo foi invertido, e no Maracanã, o Vasco venceu na raça por 2 a 1, assim celebrando seu primeiro título brasileiro.

A campanha do Vasco:
28 jogos | 14 vitórias | 10 empates | 4 derrotas | 35 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Fernando Pimentel/Placar