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Magdeburg Campeão da Recopa Europeia 1974

O ano de 1974 foi o auge do futebol alemão. Mas não é da Alemanha que você está pensando, e sim da Alemanha Oriental, país que existiu entre 1949 e 1990. Primeiramente, pela participação na Copa do Mundo, justamente na nação irmã capitalista, inclusive derrotando-a na fase de grupos inicial. Depois, pelo título do Magdeburg na Recopa Europeia, sendo a única taça continental que o lado socialista viu em sua existência.

Vencedor da Copa da Alemanha Oriental de 1973, o Magdeburg iniciou a campanha na Recopa contra o NAC Breda, da Holanda. No primeiro jogo, empatou por 0 a 0 em Roterdã. Na segunda partida, venceu por 2 a 0 no antigo Estádio Ernst Grube, na própria cidade de Magdeburg.

Nas oitavas de final, "der blau" (os azuis) enfrentaram o Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. Na ida, fora de casa, a equipe alemã foi derrotada por 2 a 0. Na volta, a reação começou com gols de Wolfgang Abraham e Martin Hoffmann. Na prorrogação, o ídolo Jürgen Sparwasser fez 3 a 0 e classificou o Magdeburg às quartas.

O adversário na próxima fase foi o Beroe Stara Zagora, da Bulgária. Desta vez a primeira partida aconteceu no Ernst Grube, com vitória do Magdeburg por 2 a 0. O segundo jogo foi disputado em solo búlgaro, terminando empatado por 1 a 1.

Na semifinal, o Magdeburg enfim atuou do outro lado do muro, contra o Sporting. Na ida, empate por 1 a 1 no José Alvalade, em Lisboa. Na volta, Jürgen Pommerenke e Sparwasser fizeram os gols da vitória por 2 a 1 que colocou os alemães na decisão.

A final quase foi 100% alemã, mas o Borussia Mönchengladbach caiu na semi para o Milan. Os italianos também bateram Dínamo Zagreb, Rapid Viena e PAOK. A partida aconteceu no De Kuip, em Roterdã, e o Magbenurg colocou os italianos na roda. Com gol contra de Enrico Lanzie a favor de Wolfgang Seguin, o time fez 2 a 0 e confirmou a maior conquista da história da Alemanha Oriental.

A campanha do Magdeburg:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Zentralbild

Feyenoord Campeão da Liga Europa 1974

A Copa da UEFA de 1974 foi a terceira edição da competição de clubes europeus. Nos moldes de sempre, nesta temporada houve a participação de 64 clubes, num mata-mata perfeito do início ao fim. E o título saiu da Inglaterra pela primeira vez. Foi para a Holanda, pelas mãos do Feyenoord. A campanha da equipe na ocasião é lembrada como uma das mais brilhantes de sua história. Sob influência do Futebol Total, ela demonstrou um futebol ousado e ofensivo que encantou os torcedores.

O Feyenoord iniciou sua jornada na competição na primeira fase, enfrentando o Öster, da Suécia. Com vitórias por 3 a 1 fora e por 2 a 1 em casa, o time holandês já mostrava sua força. Na fase seguinte, o Feyenoord teve um confronto contra o Gwardia Varsóvia, da Polônia. A equipe holandesa mostrou superioridade em casa, vencendo por 3 a 1 na ida em casa. Na volta, derrota por 1 a 0 fora.

O adversário nas oitavas de final foi o Standard Liège. Na ida, derrota por 3 a 1 na Bélgica. Na volta, o Feyenoord teve se desdobrar em Roterdã para vencer por 2 a 0 e classificar pela regra do gol fora de casa. Nas quartas de final, os holandeses tiveram pela frente o Ruch Chorzów, da Polônia. Em dois jogos emocionantes, o Feyenoord garantiu sua vaga nas semifinais após empatar por 1 a 1 na ida fora, e vencer por 3 a 1 na prorrogação da volta em casa.

Na semifinal, o Feyenoord enfrentou o Stuttgart. Em um confronto equilibrado, a equipe holandesa conquistou uma importante vitória por 2 a 1 na partida de ida, em casa. No jogo de volta, na Alemanha, o Feyenoord confirmou sua superioridade ao marcar mais dois gols. No fim, cedeu o empate por 2 a 2 mas confirmou seu lugar na final.

A final foi disputada contra o Tottenham, que superou Grasshoppers, Aberdeen, Dínamo Tbilisi, Colônia e Lokomotive Leipzig. A primeira partida aconteceu em Londres, no White Hart Lane. Sem se intimidar com o adversário, os holandeses tiveram forças para buscar duas vezes o empate e sair de lá com o 2 a 2. Os gols foram de Wim Van Hanegem e Theo De Jong. 

O jogo de volta foi no De Kuip, em Roterdã. Numa atmosfera eletrizante, o Feyenoord mostrou sua determinação desde o início da partida. O jogo foi tenso e disputado, com chances para ambos os lados. No entanto, aos 43 minutos do primeiro tempo, Wim Rijsbergen marcou o gol que colocou o Feyenoord em vantagem. Aos 40 do segundo, Peter Ressel fez 2 a 0 e consolidou o título da Copa da UEFA para os holandeses.

A campanha do Feyenoord:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/L'Équipe

Alemanha Campeã da Copa do Mundo 1974

A Copa do Mundo de 1974 representou um novo marco para o futebol. A começar pelo novo troféu, a Taça FIFA, em substituição a brasileira Taça Jules Rimet. Também houve a instituição de um novo regulamento abolindo o mata-mata, os oito classificados da primeira fase seriam repartidos em mais dois grupos.
E o mais importante, a presença de novas potências do esporte, como a Holanda e seu Carrossel, e a Polônia também com um jogo bonito. Mas o peso da camisa ainda faria a diferença, a Alemanha vinha batendo na trave nos dois Mundiais anteriores. Desta vez como país-sede, ninguém conseguiu tirar os alemães do caminho do bicampeonato, nem mesmo os holandeses.
A caminhada da Alemanha Ocidental começou contra o Chile, vitória por 1 a 0. Depois contra a Austrália, vitória por 3 a 0 que já classificou os alemães. A última rodada reuniu o emblemático confronto contra a Alemanha Oriental, mas os ocidentais não conseguiram vencer. A derrota por 1 a 0 deixou a Alemanha Ocidental na vice-liderança do grupo A com quatro pontos, contra cinco dos orientais.
Na segunda fase, a Alemanha ficou no grupo 2. Contra a Iugoslávia e a Suécia, vitórias por 2 a 0 e por 4 a 2. A rodada final definiria o classificado para a final. Contra a Polônia, uma vitória simples por 1 a 0 colocou a Alemanha - líder com seis pontos - na final.
O adversário alemão foi a Holanda, que mesmo voltando 36 anos depois a um Mundial, eliminou Uruguai, Brasil e Argentina com o chamado "Futebol Total", em que os jogadores não guardavam posição e confundiam a marcação adversária. A decisão foi disputada no Estádio Olímpico de Munique. A Alemanha não começou bem a partida, e logo no segundo minuto os holandeses abriram o placar de pênalti. Mas os alemães não caíram na estratégia adversária e conseguiram o empate logo aos 25 minutos, com Paul Breitner batendo outro pênalti.
E aos 43 minutos, Gerd Müller recebeu a bola pela ponta-direita, girou e bateu no canto do goleiro rival. A Alemanha virou para 2 a 1 e segurou a Holanda durante todo o o segundo tempo. E diante de mais de 75 mil torcedores, os alemães conquistavam o bicampeonato mundial. O capitão era a lenda Franz Beckenbauer, líder de uma equipe com craques como os próprios Gerd Müller e Breitner, além de Sepp Maier, Wolfgang Overath e Uli Hoeness.

A campanha da Alemanha:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Imago Images/Werek

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1974

Competitiva com sua seleção, a Alemanha costumava dar azar na hora de decidir com seus clubes na Copa dos Campeões da Europa. Até 1973, apenas um vice fora obtido. Essa história seria modificada a partir de 1974, quando o Bayern de Munique inverteu a maré e iniciou a sequência de três títulos.

O caminho germânico rumo ao título começou na primeira fase, contra o Atvidaberg, da Suécia. Na ida, os bávaros venceram em casa por 3 a 1. Na volta, foram surpreendidos fora pelo mesmo placar, com o atacante adversário Conny Torstensson marcando dois gols. Nos pênaltis, o Bayern fez 4 a 3 e se salvou.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Dínamo Dresden, coirmão da Alemanha Oriental. O primeiro jogo foi no Olímpico de Munique, e os alemães ocidentais tiveram que virar duas vezes para vencer por 4 a 3. A segunda partida ocorreu em Dresden, e o Bayern passou mais uma ao empatar por 3 a 3.

Nas quartas, o desafio foi encarar o CSKA Sofia. Em Munique, os alemães abriram boa vantagem na goleada por 4 a 1. Nesta partida, o primeiro e o último gols foram marcados por Torstensson - sim, o mesmo sueco que complicou na primeira fase contra a equipe bávara, e que acabou contratado pela mesma. E o resultado largo permitiu ao Bayern até ser derrotado por 2 a 1 na Bulgária.

A semifinal foi contra o Újpesti Dózsa, da Hungria. Em Budapeste, empate por 1 a 1. Em Munique, o Bayern voltou a arrasar e venceu por 3 a 0, confirmando seu lugar na final.

A decisão iria revelar um campeão inédito: Bayern ou Atlético de Madrid, que eliminou Galatasaray, Dínamo Bucareste, Estrela Vermelha e Celtic. O estádio escolhido foi o Heysel, em Bruxelas, na Bélgica.

E quase não deu para os alemães, que levaram 1 a 0 na prorrogação a seis minutos do fim. No último lance, porém, Hans-Georg Schwarzenbeck fez 1 a 1 e forçou uma partida-desempate. Dois dias depois, Uli Hoeness e Gerd Müller não deram chance ao azar e marcaram duas vezes cada para o Bayern fazer 4 a 0 e levar o primeiro título da série de três.

A campanha do Bayern de Munique:
10 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Independiente Campeão da Libertadores 1974

A história roja continuou a ser escrita em letras douradas. Tetracampeão da Libertadores e atual bi, o Independiente voltaria a superar as próprias barreiras em 1974, em uma edição que um clube brasileiro quase estragou a festa. Os venezuelanos voltaram à competição, deixando a fase de grupos com os 20 times previstos. Enquanto isso, os campeões esperavam pela semifinal.

A primeira fase foi bem competitiva, com a definição de três classificados com só um ou nenhum ponto de diferença para os vice-líderes: Defensor Lima, Peñarol e Huracán. Mas os argentinos fecharam com dez pontos e a melhor campanha junto do São Paulo, que liderou com facilidade sua chave. O Rojo começou sua trajetória exatamente diante do Peñarol e do Huracán.

A estreia foi com empate fora diante do rival argentino, por 1 a 1. Contra os uruguaios, vitória por 3 a 2 em plena Montevidéu. No returno, vitória por 3 a 0 sobre o adversário hermano deixou o Independiente em boa situação para o confronto decisivo contra os carboneros. A partida foi na Doble Visera e os rojos aproveitaram-se de ter a vantagem do empate, fazendo 1 a 1 e conseguindo um lugar na final com seis pontos, contra cinco da equipe uruguaia.

Na outra chave, o São Paulo passou por Millonarios e Defensor Lima para ser o outro finalista. A parada mais difícil para o Independiente até então. Na ida, os argentinos perderam por 2 a 1 no Pacaembu. Precisando da vitória na volta para forçar o desempate, o clube bateu os brasileiros por 2 a 0 em Avellaneda, gols de Ricardo Bochini aos 34 do primeiro tempo e de Agustín Balbuena aos três do segundo.

A derradeira ficou para o Estádio Nacional de Santiago, onde a vantagem do empate seria roja. Mas não foi preciso, pois o Independiente voltou a derrotar os paulistas, desta vez por 1 a 0. O gol de penta saiu aos 37 da etapa inicial, com o capitão e ídolo Ricardo Pavoni.

A campanha do Independiente:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Atlético de Madrid Campeão Mundial 1974

O ano de 1974 foi marcante para a história do Mundial de Clubes. Primeiro, porque ocorreu mais uma tentativa de aproximação entre Conmebol, UEFA e FIFA. Durante a troca de comando na Suíça, de Stanley Rous por João Havelange, a nova direção tentou mais uma vez a inclusão das outras confederações na competição, mas as conversas de novo não avançaram. E como a prioridade de Havelange era a expansão da Copa do Mundo, as tratativas congelariam pelas próximas décadas.

Segundo, porque a disputa não aconteceu em 1974, e sim no ano seguinte, devido a mais um desgaste envolvendo o lado europeu. Em maio, a Copa dos Campeões teve a final entre Bayern de Munique e Atlético de Madrid. O time alemão foi campeão em dois jogos: 1 a 1 no primeiro e 4 a 0 no desempate. Até então, tudo bem. Em outubro foi a vez de a Libertadores ser decidida. O Independiente conseguiu o penta após três partidas contra o São Paulo na final: derrota por 2 a 1 na ida, vitória por 2 a 1 na volta e vitória por 2 a 0 no desempate.

Foi só a notícia do título argentino chegar na Alemanha que os problemas começaram. Com a desculpa de que lhe faltava datas para atuar, o Bayern anunciou sua desistência da Copa Intercontinental. Mas para os sul-americanos, ficou subentendido que o pretexto era outro. A recusa alemã aconteceu muito tarde, tanto que não houve tempo para o Atlético de Madrid topar o convite ainda em 1974, já que os espanhóis também estavam com a agenda lotada. Somente em 1975 foi possível realizar a edição do Mundial.

Finalmente, no dia 12 de março, Independiente e Atlético de Madrid deram início à disputa, na Doble Visera, em Avellaneda. Cerca de 60 mil torcedores comparecem no primeiro confronto. O Atleti possuía três sul-americanos em campo: os argentinos Heredia e Ayala, e o paraguaio Benegas. A presença deles contribuiu para a partida ser truncada e de poucas oportunidades. O time espanhol não resistiu à pressão, e perdeu por 1 a 0, gol de Balbuena aos 34 minutos do primeiro tempo. O campeão Independiente era o claro favorito no Mundial.

Porém, o Atlético de Madrid tinha seu valor e queria o título para compensar a perda europeia. No dia 10 de abril, o Vicente Calderón recebeu 65 mil pessoas prontas para a virada. Com dificuldades, elas aconteceu. Aos 34 minutos de partida, Irureta abriu o placar colchonero. Quando o terceiro jogo parecia a solução, aos 40 do segundo tempo, Ayala fez 2 a 0 e decretou o título mundial para o Atlético de Madrid, que conseguira ali uma façanha única: ser, ao mesmo tempo, o segundo do seu continente e o primeiro do mundo.


Foto Arquivo/AS Color

Vasco Campeão Brasileiro 1974

Apenas 20 dias depois do término do Brasileiro de 1973, iniciou a disputa do Brasileiro de 1974. O número de participantes no Campeonato Nacional se manteve em 40 equipes. Tudo acabou concentrado somente uma divisão com dois grupos de 20, mas com um critério de desempate maluco: a maior média de público nos jogos em casa entre os times que terminassem para baixo da 10ª posição de cada grupo. 

Junto, se classificavam os dez primeiros de cada grupo, mais as duas melhores campanhas fora da classificação independente do grupo. O Vasco, com Roberto Dinamite surgindo com seus gols, ficou no grupo A.

No final da primeira fase, o time da Colina encerrou as 19 rodada na sétima posição do grupo, com sete vitórias, oito empate e quatro derrotas. Com 22 pontos, ficou oito atrás do líder Grêmio. Os 24 times classificados para a segunda fase acabaram divididos em quatro grupos. O Vasco ficou no grupo 2, com outros cinco times.

Em turno único, o Vasco ficou invicto e eliminou Vitória, Atlético-MG, Corinthians, Nacional-AM e Operário de Campo Grande. Foram três vitórias e dois empate, somando oito pontos. O Vasco avançou para o quadrangular final com Cruzeiro, Internacional e Santos. Na primeira rodada das finais, o Vasco superou por 2 a 1 o Santos no Maracanã, enquanto Internacional e Cruzeiro só empataram.

Na segunda rodada, empate vascaíno no Mineirão, e vitória do Santos sobre os gaúchos. Na última rodada, o Vasco cedeu empate ao Internacional em casa, e viu o Cruzeiro empatar em pontos com a vitória sobre o time paulista.

Cruzeiro e Vasco ficaram empatados em primeiro lugar com quatro pontos. Nesse caso, o regulamento previa um jogo extra entre eles em Belo Horizonte, em função da melhor campanha do Cruzeiro em todo o campeonato. Mas o time carioca foi à Justiça, alegando uma agressão cruzeirense ao árbitro na segunda rodada. Com isso, o mando do jogo foi invertido, e no Maracanã, o Vasco venceu na raça por 2 a 1, assim celebrando seu primeiro título brasileiro.

A campanha do Vasco:
28 jogos | 14 vitórias | 10 empates | 4 derrotas | 35 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Fernando Pimentel/Placar