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Desportiva Campeã Capixaba 1979

O Campeonato Capixaba pode ser explicado em três momentos: quando o Rio Branco dominou sozinho, quando o Rio Branco rivalizou com a Desportiva e quando outros clubes também passaram a colecionar taças. O alvinegro é o maior vencedor no Espírito Santo há décadas, mas ganhou poucas vezes desde a década de 1980 e viu surgir nos anos 1960 um rival à altura: a Desportiva Ferroviária.

Associação Desportiva Ferroviária Vale do Rio Doce foi fundada em 1963 a partir da fusão de vários pequenos times criados por trabalhadores da antiga companhia mineradora. O clube foi campeão capixaba pela primeira vez em 1964, ganhando outras cinco taças ao longo dos anos até 1977. Em 1979, conquistou o título pela sétima vez.

O estadual de 1979 foi disputado por 11 times em duas fases iguais. Desportiva, Rio Branco, Vitória, América de Linhares, Colatina, Industrial de Linhares, Leão de São Marcos, Ordem e Progresso, Santo Antônio, Santos de Barra do São Francisco e Veneciano se enfrentaram em dois turnos distintos, em que o líder de cada metade se classificou para o quadrangular final com um ponto extra. A fase decisiva foi completada com as duas melhores campanhas na soma dos turnos.

A Locomotiva Grená, ou apenas Tiva, começou a campanha com empate por 0 a 0 com o Veneciano em Nova Venécia. A primeira vitória veio na estreia em Cariacica, no Engenheiro Araripe, na goleada por 8 a 1 sobre o Leão de São Marcos. Nos oito jogos seguintes, o time teve mais duas vitórias, cinco empate e uma derrota. Os resultados deixaram a Desportiva somente em quinto lugar, com 12 pontos, três a menos que o líder e classificado Vitória.

Na segunda fase, a Tiva estreou goleando o Santo Antônio por 4 a 0 em casa. Depois, conseguiu mais cinco vitórias, três empates e uma derrota nas nove partidas restantes. Com 15 pontos, a equipe superou o Rio Branco por um ponto e se classificou na condição de líder, com a bonificação.

O quadrangular final foi disputado por Desportiva, Vitória, Rio Branco e América de Linhares. Na abertura, os grenás fizeram 1 a 0 no Vitória. Nos três jogos seguintes, alternaram com dois empates e um triunfo, que deixaram a Tiva na liderança com sete pontos. Vitória e América tinham quatro e o Rio Branco era o último com três pontos.

Na penúltima rodada, atuando no Estádio Joaquim Calmon, em Linhares, a Desportiva enfrentou o América necessitando apenas do empate para ser campeão capixaba antecipadamente. E assim o fez com o resultado de 1 a 1. 

A campanha da Desportiva:
26 jogos | 11 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Joaquim Nunes/Placar

Operário Campeão Sul-Mato-Grossense 1979

O Campeonato Sul-Mato-Grossense começou a ser disputado em 1979, no mesmo ano em que o Mato Grosso do Sul foi desmembrado do Mato Grosso. Desde a primeira edição, o torneio foi dominado principalmente pelos dois principais clubes de Campo Grande, o Operário e o Comercial. Entre 1974 e 1978, a dupla já dava as cartas no Campeonato Mato-Grossense, com cinco títulos conquistados: quatro para os alvinegros e um para os colorados.

O primeiro vencedor do novo estadual foi o Operário, que vinha de um tricampeonato no Mato-Grossense. Ou seja, o time foi campeão inédito e tetracampeão ao mesmo tempo. A competição teve nove participantes: Aquidauana, Atlântico de Campo Grande, Comercial, Dourados, Iguatemiense, Operário, Operário de Dourados, Taveirópolis e 21 de Abril. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, divididos em dois grupos. Os dois melhores de cada chave avançaram para a segunda fase, que foi realizada no formato quadrangular, mas também com divisão em dois grupos. As equipes de  maior pontuação em cada metade passaram para a final.

O rápido torneio começou com o Operário fazendo a maior goleada dele: 10 a 1 no Taveirópolis. Nos sete jogos seguintes, o Galo conseguiu mais seis vitórias e um empate, liderando com tranquilidade o grupo B com 15 pontos, oito a mais que o vice Iguatemiense.

Na segunda fase, o Operário disputou a vaga na final com o próprio Iguatemiense. Na outra chave ficaram Comercial e Operário de Dourados. Na primeira rodada, o Galo fez 2 a 1 no xará douradense. Na segunda partida, goleou o adversário do mesmo grupo por 8 a 0 e se garantiu na decisão antes mesmo da terceira partida. Esta foi o clássico Comerário contra o Comercial, que terminou empatado por 1 a 1. O Operário fechou a segunda fase com cinco pontos.

Na final, o Operário reencontrou seu maior rival, o Comercial. O regulamento determinava que o primeiro time a somar quatro pontos seria declarado campeão e que todas as partidas necessárias seriam realizadas no Estádio Morenão, em Campo Grande. A definição aconteceu em três jogos. No primeiro, as equipes ficaram no empate por 2 a 2. No segundo, o Galo venceu por 1 a 0 e ficou perto do título. No terceiro Comerário, empate por 1 a 1 garantiu o título invicto ao alvinegro.

A campanha do Operário-MS:
14 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 50 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Almir Vilela/Placar

Itabaiana Campeão Sergipano 1979

Dominante em 1978, o Itabaiana manteve um alto nível de competição no Campeonato Sergipano de 1979, rumando ao bicampeonato e o quarto título estadual na sua história, dando poucas chances aos rivais.

Se a competição de 1978 foi interminável, com dez meses de duração e atravessando o ano seguinte, a edição de 1979 foi curtíssima, com menos de três meses e dois terços a menos de partidas. Com 12 times divididos em dois grupos, o torneio teve duas fases. Na primeira, os participantes se enfrentaram em turno único dentro de cada chave. Os dois melhores de cada grupo avançaram ao quadrangular que definiu o primeiro finalista. Na segunda etapa, um grupo enfrentou o outro, também em turno único. Os dois melhores de cada chave também foram a um quadrangular, que apontou o outro finalista.

No grupo B, o Itabaiana estreou na vitória por 1 a 0 sobre o Estanciano em casa. Na sequência, a equipe venceu mais três jogos e empatou um, classificando-se na liderança da chave com nove pontos. No quadrangular, o Tremendão empatou sem gols com o Cotinguiba, fez 1 a 0 no Olímpico e bateu pelo mesmo placar o Sergipe, garantindo a liderança e a vaga na final com cinco pontos.

Na segunda fase, o Itabaiana iniciou fazendo 4 a 2 no Propriá. Depois, conseguiu mais duas vitórias, dois empates e uma derrota. Os resultados colocaram o Tremendão mais uma vez em primeiro lugar no grupo, com oito pontos. O time avançou ao lado do Lagarto, enquanto na outra chave os classificados foram Cotinguiba e Vasco de Aracaju. Os tradicionais Sergipe e Confiança estavam eliminados.

O quadrangular da segunda fase ganhou ares de decisão para o Itabaiana, pois uma liderança nele significava o título antecipado. Na abertura, o time empatou sem gols com o Vasco, enquanto Lagarto e Cotinguiba ficaram no 2 a 2. Na segunda rodada, o Tremendão voltou a empatar, por 1 a 1 com o Lagarto. No outro jogo, o Cotinguiba fez 2 a 1 no Vasco.

O Itabaiana chegou para a última rodada na vice-liderança com dois pontos, ao lado do Lagarto. O líder era o Cotinguiba, com três pontos. Assim, só a vitória interessava aos tricolores diante do primeiro colocado no Batistão, em Aracaju. No fim, tudo deu certo para o Tremendão, que ganhou do Cotinguiba por 1 a 0 e faturou o título estadual por antecipação, por ter vencido as duas fases.

A campanha do Itabaiana:
17 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Itabaiana

Campinense Campeão Paraibano 1979

O Campeonato Paraibano é dominado por três forças e uma forte disputa entre a capital e o interior: João Pessoa com o Botafogo, o maior campeão, e Campina Grande com Campinense e Treze, que aparecem logo atrás no ranking de títulos. O Campinense venceu o primeiro título exatamente no primeiro campeonato profissional, em 1960, arrancando depois para o que seria um hexa até 1965. Até 1979, o clube já tinha 11 conquistas e estava pronto para levar a 12ª, cinco anos depois de ser tetra.

O torneio de 1979 teve dez participantes em três fases: Campinense, Treze Botafogo, Auto Esporte, Nacional de Patos, Guarabira, Nacional de Cabedelo, Santa Cruz, Santos de João Pessoa e América de Esperança. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, mas divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada chave foram a um quadrangular de dois turnos que apontou um finalista. A segunda etapa contou com os oito melhores da fase anterior, no mesmo formato de turno único com grupos e quadrangular. A terceira fase seguiu com os seis melhores da etapa anterior, repetindo a fórmula. O campeão de cada fase fez a decisão.

No grupo B da primeira fase, o Campinense estreou goleando o América de Esperança por 4 a 0. Nos outros oito jogos, venceu quatro, empatou três e perdeu um, terminando em segundo com 13 pontos. No quadrangular, a Raposa Feroz teve uma vitória, um empate e quatro derrotas, ficando em terceiro, com três pontos, à frente só do Nacional de Patos e vendo o Botafogo na liderança e o Treze em segundo.

Na segunda fase, o Campinense melhorou. Outra vez iniciou fazendo 4 a 0, mas no Santa Cruz. Depois, ganhou mais três jogos, empatou dois e perdeu um, ficando novamente em segundo no grupo B, com dez pontos. No quadrangular, com quatro vitórias e dois empates, a Raposa fez oito pontos e superou Treze, Botafogo e Auto Esporte, garantindo um lugar na final.

O rubro-negro começou a terceira fase vencendo o Guarabira por 3 a 0. Na sequência, venceu mais uma partida, empatou outra e perdeu duas, mas ficou na liderança de seu grupo com cinco pontos. No quadrangular, disputado apenas em maio de 1980, o Campinense tornou a ser líder, com nove pontos, quatro vitórias, um empate e uma derrota, batendo Nacional de Patos, Botafogo e Treze.

A falta de datas em 1979 fez o quadrangular da terceira fase e a decisão serem feitas entre maio e junho de 1980, nove meses depois do restante do campeonato. Vencedor de duas etapas, o Campinense enfrentou o Botafogo com vantagem do empate e de levar tudo logo na primeira partida. No Estádio Amigão, em Campina Grande, a Raposa ficou no 1 a 1 com o rival e faturou o título.

A campanha do Campinense:
40 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 11 derrotas | 74 gols marcados | 35 gols sofridos


Foto Arquivo/Campinense

América-RN Campeão Potiguar 1979

O Campeonato Potiguar é conhecido por ter o maior vencedor de um mesmo torneio, o ABC, com quase 60 taças. Em seguida, aparece o América de Natal com cerca de 20 conquistas a menos, mas tradição igual. Em 1979, o cenário apontava para 37 títulos aos alvinegros e 20 para os alvirrubros. O 21º troféu veio para abrir caminho à um tetracampeonato vermelho, a maior sequência na história do clube.

O Potiguar de 1979 teve 12 times: América de Natal, ABC, Alecrim, Potiguar de Mossoró, Baraúnas, Força e Luz, Caicó, Atlético Potiguar, Ferroviário de Natal, Potyguar Seridoense, Riachuelo e Macau. Eles foram divididos em um grupo com cinco times, um com quatro e outro com três na disputa de duas fases em dois turnos. Em ambas as etapas, as quatro melhores equipes da chave maior e os líderes das chaves menores avançaram para um hexagonal de turno único. O líder de cada fase se classificou para a decisão estadual.

O América ficou no grupo A, o maior, composto pelos times com mais camisa. Na estreia da primeira fase, fez 4 a 2 no Alecrim jogando no antigo Estádio Castelão, em Natal. Nos sete jogos seguintes, o Dragão conseguiu mais três vitórias, dois empates e duas derrotas, que deixaram a equipe classifica na vice-liderança, com dez pontos. No hexagonal, após disputa acirrada, terminou outra vez em segundo lugar, com três vitórias, um empate e uma derrota em cinco partidas. Foram somados sete pontos, um a menos que o líder ABC, o primeiro finalista.

Na segunda fase, o Mecão passou por um susto. Na estreia, a equipe perdeu por 4 a 3 para o Baraúnas em Natal. Depois, venceu três jogos, empatou um e perdeu mais três. A campanha irregular quase custou a eliminação no estadual, mas o América passou na quarta posição com sete pontos, um a mais que o lanterna de grupo Potiguar.

As atuações mudariam completamente no hexagonal. Em cinco jogos, o América conseguiu um empate e quatro vitórias, sendo duas por goleada: 8 a 0 no Força e Luz e 7 a 0 no Macau. Com nove pontos, os alvirrubros lideraram e levaram a segunda fase com nove pontos, um a mais que o ABC e na vitória por 2 a 1 sobre o rival no Clássico Rei da última rodada.

América e ABC decidiram o Campeonato Potiguar de 1979 em duas partidas no Castelão. Nenhum gol foi anotado em 180 minutos e os dois clássicos terminaram empatados por 0 a 0. Nos pênaltis, o Dragão se deu melhor e venceu por 4 a 3, faturando o título.

A campanha do América-RN:
28 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 57 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Arquivo/Diário de Natal

Mixto Campeão Mato-Grossense 1979

O Campeonato Mato-Grossense pode ser dividido em três momentos: quando a dupla Mixto e Operário Várzea Grande alternavam os títulos, quando os times de Campo Grande assumiram a hegemonia (anos 1970) e quando uma força do século 21 passou a dominar (o Cuiabá).

O cenário em 1979 era o seguinte: o Mixto, maior vencedor com 15 taças, não ganhava há nove anos, enquanto Operário de Várzea Grande e Dom Bosco, com cinco títulos cada, não venciam há seis e oito anos, respectivamente. Nesse meio tempo, os clubes de Campo Grande, Operário e Comercial, assumiram o controle do estadual. Mas tudo mudaria no momento que o Mato Grosso foi dividido em dois. Com a formação do estado do Mato Grosso do Sul naquele ano, os times campo-grandenses saíram da disputa e o Tigre da Vargas aproveitou para sair da fila e conquistar o 16º título.

Sete equipes participaram do Mato-Grossense em 1979: Mixto, Operário de Várzea Grande, Dom Bosco, Estrela D'Oeste, Barra do Garças, Palmeiras de Cuiabá e União Rondonópolis. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com uma vaga na terceira fase para o líder. A segunda fase foi realizada de maneira igual. A terceira etapa aconteceu em dois turnos com os dois líderes e as duas melhores campanhas na classificação somada. Os dois melhores avançaram à decisão.

O Mixto não começou bem o campeonato. Estreou com derrota por 1 a 0 para o União em Rondonópolis, seguindo com mais um revés, uma vitória e três empates na primeira fase. O clube foi apenas o quarto colocado, com cinco pontos, longe do próprio União, que foi o líder com dez pontos.

As coisas melhoraram para o Tigre na segunda fase. Depois de golear o Palmeiras por 5 a 0 na abertura, o time engatou mais quatro vitórias e um empate, garantindo a classificação à etapa seguinte com 11 pontos na liderança.

Na terceira fase, o Mixto seguiu junto com União, Operário e Dom Bosco. O início do quadrangular foi com vitória por 1 a 0 sobre o União em Cuiabá, no Estádio José Fragelli, o Verdão. Nos cinco jogos restantes, os alvinegros venceram mais duas e empataram três, conseguindo a vaga na decisão em primeiro lugar, com nove pontos.

A final foi disputada contra o Operário, no que é conhecido como "Clássico dos Milhões". O regulamento dizia que o primeiro time a somar quatro pontos seria declarado campeão, e que todas as partidas aconteceriam no Verdão. No primeiro jogo, o resultado foi de empate por 1 a 1. No segundo, o Mixto perdeu por 2 a 0 e ficou em desvantagem. Porém, sob pressão, a equipe venceu a terceira partida também por 2 a 0. Por fim, no quarto confronto, Bife marcou 1 a 0 e confirmou o título mixtense.

A campanha do Mixto:
22 jogos | 11 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 35 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Mixto

Remo Campeão Paraense 1979

O Remo encerrou a década de 1970 com o domínio mantido no Campeonato Paraense. O clube venceu o tricampeonato em 1979 e chegou a 29 títulos estaduais e seis conquistas nas últimas sete edições.

Apenas seis equipes participaram do estadual: Remo, Paysandu, Tuna Luso, Sport Belém, Tiradentes e Liberato de Castro. O regulamento foi composto por quatro fases de turno único, com o líder de cada etapa se classificando para o quadrangular final. No caso de um mesmo time ter vencido mais de uma fase, o quadrangular fica também formado por quem mais somou pontos no campeonato.

A trajetória remista teve início na vitória por 2 a 0 sobre o Tiradentes. No restante da primeira fase, o Remo conseguiu mais quatro vitórias em quatro partidas, garantindo logo no começo sua vaga na fase final, com dez pontos na liderança, três a mais que o vice Paysandu.

A superioridade do Leão continuou a ser vista na segunda fase. Na estreia, vitória por 3 a 1 sobre o Sport Belém. Nos outros quatro jogos, o time venceu três e empatou um, chegando a nove pontos e ficando novamente na liderança, um ponto acima do Paysandu, que ficou outra vez em segundo lugar.

Na terceira fase, os azulinos iniciaram com vitória por 1 a 0 sobre o Tiradentes. Depois, obtiveram outras três vitórias e uma derrota. Entre os triunfos, destaque para a goleada por 8 a 0 sobre o Liberato de Castro. O revés foi no Repa, por 2 a 1 para o Paysandu. Isso fez com que os dois times empatassem na liderança com oito pontos. Um desempate foi marcado, e o Remo voltou a perder por 2 a 1.

O Leão Azul voltaria a ser superado pelos bicolores na quarta fase, por 3 a 0. Antes, a equipe teve quatro vitórias sem levar gols: 2 a 0 no Tiradentes, 4 a 0 no Sport Belém, 5 a 0 no Liberato de Castro e 3 a 0 na Tuna Luso. O Remo fez novamente oito pontos e terminou em segundo lugar.

Remo e Paysandu venceram duas fases cada e foram ao quadrangular final com Tuna Luso e Sport Belém. A disputa foi em turno único, então era proibido perder jogos. O Leão iniciou fazendo 1 a 0 na Tuna e 2 a 0 no Sport. Na última rodada, no Repa decisivo, Luís Augusto e Bira marcaram os gols do título na vitória por 2 a 1.

A campanha do Remo:
24 jogos | 20 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 66 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Luís Carlos Moreira/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1979

Continua a hegemonia do Vila Nova no Campeonato Goiano. Em 1979, o clube chegou ao tricampeonato estadual e o oitavo título no geral, fechando a década em alto nível.

Com dez participantes, o estadual começou uma semana após o término da edição de 1978, em abril de 1979. Por isso, a competição voltou a ser mais curta. Na primeira fase, os times foram divididos em dois grupos, em que um enfrentou o outro em dois turnos. Os três melhores de cada chave avançaram ao hexagonal final, que definiu o campeão em dois turnos.

O Vila Nova ficou no grupo B, junto com Atlético, Anapolina, Mineiros e Goiatuba, e contra os times do grupo A. Na estreia, porém, o time levou 6 a 2 do Itumbiara fora de casa. A recuperação veio na segunda rodada, nos 4 a 0 sobre a Jataiense em casa. Nos outros oito jogos, o Tigrão conseguiu mais seis vitórias e dois empates, que o colocaram classificado na liderança da chave, com 16 pontos.

No hexagonal final, o Vila Nova enfrentou Atlético, Anapolina, Goiás, Itumbiara e Anápolis. Na abertura, a equipe ficou no empate por 0 a 0 com os atleticanos. Na sequência, conseguiu quatro vitórias consecutivas, por 1 a 0 sobre o Anápolis e sobre o Itumbiara, por 2 a 0 sobre o Goiás e por 4 a 0 sobre a Anapolina, que deram a liderança ao Tigrão na primeira metade.

A segunda parte do hexagonal começou com tropeços para o Vila. O time empatou por 1 a 1 com a Anapolina, depois perdeu por 2 a 1 para o Goiás e por 1 a 0 para o Itumbiara. Com isso, os adversários se aproximaram, principalmente o Atlético. Mas o Tigrão conseguiu manter a liderança ao vencer o Anápolis por 2 a 0 na penúltima rodada. A equipe chegou a 12 pontos, contra 11 dos atleticanos.

O título foi decidido na última rodada do hexagonal, entre Vila Nova e Atlético. O confronto direto foi disputado no Serra Dourada, com a vantagem do empate ficando ao lado dos colorados. O rival até tentou mudar a história do campeonato, mas o Tigrão foi mais eficiente e segurou o placar de 0 a 0 até o fim, garantindo mais uma taça.

A campanha do Vila Nova:
20 jogos | 12 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 30 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Ferroviário Campeão Cearense 1979

Coube ao Ferroviário desbancar a hegemonia do Ceará no estadual em 1979. O time chegou no sexto título em sua história no fim da década, o que colocou ponto final na fila que chegava a nove anos.

O Campeonato Cearense de 1979 teve dez times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, com o líder garantindo uma vaga na final. A segunda e terceira fases foram iguais: as equipes se enfrentaram em turno único, com as quatro melhores seguindo para um quadrangular de turnos, cuja pontuação era acumulada com a etapa anterior. O líder de cada quadrangular se garantiu na decisão.

A campanha do Ferroviário começa na vitória fora de casa sobre o Guarani de Juazeiro por 2 a 0. Nas outras 17 partidas da primeira fase, o time conseguiu mais 11 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Com 28 pontos somados, o Tubarão ficou na segunda colocação, a um ponto do líder Fortaleza, que se classificou para a final.

Na segunda fase, a estreia foi na vitória por 2 a 1 sobre o América de Fortaleza. Nos próximos oito jogos, mais cinco vitórias e três empates deixaram o Ferroviário na vice-liderança, com 15 pontos. A invencibilidade seguiu no quadrangular com quatro triunfos e duas igualdades, com destaque para a goleada por 5 a 0 sobre o Fortaleza na última rodada. Com 25 pontos, o Tubarão passou à decisão.

O forte desempenho seguiu na terceira fase, a começar pela vitória por 2 a 0 sobre o Quixadá fora de casa. Nas oito partidas seguintes, o Ferroviário obteve mais seis vitórias, um empate e uma derrota, que deixaram a equipe outra vez em segundo lugar, com 15 pontos. No quadrangular (sem o Fortaleza, que ficou em sexto), o Tubarão venceu mais quatro, empatou uma e perdeu outra. Foram 24 pontos somados no total, assim como o Ceará. Porém, no saldo de gols, o alvinegro ficou na liderança e foi à final.

Ferroviário, Fortaleza e Ceará disputaram o triangular final, em dois turnos no Castelão. Na estreia, o Tubarão fez 2 a 0 no rival tricolor. Depois, perdeu por 3 a 1 para o alvinegro. Na terceira rodada, Ceará e Fortaleza empataram por 1 a 1. No quarto jogo, o Ferroviário fez 1 a 0 nos alvinegros e encaminhou o título ao chegar a quatro pontos, ante três do adversário e um dos tricolores. A conquista foi confirmada na partida seguinte, na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza.

A campanha do Ferroviário:
52 jogos | 36 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 113 gols marcados | 43 gols sofridos
 

Foto Arquivo/Ferroviário

Joinville Campeão Catarinense 1979

O bicampeonato catarinense e a terceira taça na história do Joinville aconteceram em 1979, em mais uma mostra de que o clube era realmente o mais forte de Santa Catarina no fim da década de 1970.

A competição estadual teve 14 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, mas com classificações dividias em dois grupos. Todos os times avançaram à segunda fase, onde ocorreu nova divisão: os oito melhores disputaram o grupo dos vencedores, valendo quatro vagas na fase final, e os outros seis jogaram no grupo dos perdedores, valendo duas vagas. Tudo foi feito em dois turnos. Por fim, o hexagonal final, também realizado em dois turnos, definiu o título.

O JEC fez parte do grupo B na primeira fase. Na estreia, fez 2 a 0 na Caçadorense em casa, no Ernestão. Nas demais 25 partidas, venceu 13, empatou sete e perdeu cinco, o que fez o time avançar de fase com 35 pontos, na segunda colocação de seu grupo, quatro pontos distante do Figueirense.

No grupo dos vencedores, o Joinville iniciou com empate sem gols com o Rio do Sul, fora de casa. Em casa, a primeira vitória só aconteceu na quinta rodada, quando fez 1 a 0 no Figueirense. Nos outros 12 jogos, o JEC conseguiu três vitórias, oito empates e uma derrota. Ao todo, a equipe somou 17 pontos, mas o excesso de empates a fez ficar outra vez atrás do Figueirense, que marcou 18.

O Joinville sabia que precisava converter as muitas igualdades em vitórias para chegar ao bicampeonato estadual. Porém, na abertura do hexagonal final, o time ficou no 2 a 2 com o Criciúma no Ernestão. A primeira vitória veio no jogo seguinte, por 1 a 0 sobre o Figueirense em pleno Orlando Scarpelli. Depois, em casa, mais dois empates: 1 a 1 com a Caçadorense e 0 a 0 com o Joaçaba, os dois classificados do grupo dos perdedores. Só a partir da quinta rodada que o clube tricolor engrenou, vencendo a Chapecoense por 1 a 0 e o Criciúma por 3 a 0 fora, o Figueirense por 3 a 1 em casa e a Caçadorense por 1 a 0 fora. Ao fim da oitava rodada, o Joinville somava 13 pontos na liderança.

Na penúltima rodada, uma vitória sobre o Joaçaba era suficiente para a confirmação do título do Joinville. E o resultado veio de modo bizarro. No Estádio Oscar Rodrigues da Nova, o JEC perdia por 1 a 0 até o momento em que teve um pênalti marcado a favor. Mas os jogadores e a torcida do Joaçaba protestaram e não deixaram a cobrança acontecer, inclusive com derrubada de alambrado e invasão de campo. Devido a falta de segurança, o árbitro encerrou o jogo antes do fim e reverteu o placar na súmula. A taça foi entregue na última rodada, no empate por 1 a 1 com a Chapecoense no Ernestão.

A campanha do Joinville:
50 jogos | 24 vitórias | 20 empates | 6 derrotas | 66 gols marcados | 29 gols sofridos


Foto Orestes Araújo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1979

O Santa Cruz fechou a década de 1970 com mais um título pernambucano, em 1979. Foi a oitava taça do clube nos últimos 11 campeonatos, a 17ª no geral, novamente com mais de 100 gols na campanha.

A competição contou com nove times, incluindo o retorno do Sport após a desistência em 1978. Na primeira fase, as equipes se enfrentaram em turno único, com o melhor se garantindo na decisão desta etapa. Depois, foi feita uma divisão em dois grupos, com o líder de cada de enfrentando por uma vaga na mesma decisão, que apontou um finalista. As oito melhores campanha seguiram para a segunda fase, que foi realizada nos mesmos molde da anterior. A terceira fase foi disputada pelas seis melhores campanhas, em dois turnos, com o melhor de cada metade na busca pela terceira vaga na final geral.

Novamente, o Santa Cruz foi soberano. Na estreia, goleou o Atlético Caruaru por 6 a 0. Depois, o time ainda venceu mais seis jogos e empatou um, ficando na liderança da primeira etapa com 15 pontos. Na sequência, a equipe ficou no grupo A, venceu mais quatro partidas e liderou com oito pontos. No playoff, perdeu por 3 a 1 para o Náutico, na prorrogação. Porém, na decisão da primeira fase, se vingou do rival e venceu pelo mesmo placar.

Na segunda fase, o Santinha iniciou fazendo 6 a 0 no América de Recife. Nos outros seis jogos, venceu quatro e empatou dois. O time ficou na liderança com 12 pontos, tal qual o Sport, mas perdeu por 1 a 0 no desempate. Seguindo para o grupo A, a cobra-coral venceu as três partidas que fez e ficou em primeiro com seis pontos, indo ao playoff contra o rival rubro-negro. Nesta partida, o Santa Cruz venceu por 2 a 1. Depois, na decisão, enfrentou novamente o Sport e ganhou por 2 a 0.

A campanha continuou na terceira fase. Na abertura, vitória do Santa Cruz por 1 a 0 sobre o Náutico. Depois, venceu mais três jogos e empatou um, liderando a primeira metade com nove pontos. Na segunda parte, o time estreou goleando o Central por 5 a 1, seguido por mais três vitórias e uma derrota. Com oito pontos, a cobra-coral empatou com o Náutico na ponta e foi para o desempate, onde perdeu por 2 a 0. Por fim, a decisão da terceira fase virou a final do campeonato. No Arruda, o Santa Cruz venceu por 3 a 1 e ficou com o título estadual por ter vencido as três fases do campeonato.

A campanha do Santa Cruz:
39 jogos | 31 vitórias | 4 empates | 4 derrota | 134 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1979

Um grande ponto final para uma década quase perfeita. O Bahia conquistou nove dos dez títulos estaduais possíveis nos anos 1970, deixando escapar apenas a taça de 1972. Depois disso, o clube emplacou a maior sequência de títulos de sua história, o heptacampeonato, entre 1973 e 1979.

O Baianão de 1979 foi disputado por 11 equipes. Na primeira fase, todas se enfrentaram em turno único. Os cinco melhores avançaram ao pentagonal seguinte, realizado em dois turnos. O líder passou para a decisão com dois pontos extras. O vice teria direito a um ponto de bônus em caso de vaga à final pela segunda fase ou pela campanha geral. A segunda etapa do torneio aconteceu de maneira igual a primeira: turno único e pentagonal.

A campanha do Tricolor de Aço teve início no empate por 1 a 1 com a ABB de Salvador. O primeiro triunfo veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre o Redenção. Nos outros oito jogos, o time conseguiu mais três triunfos, três empates e duas derrotas. Com 12 pontos, a classificação ao pentagonal aconteceu no limite, na quinta colocação. Na sequência, o Bahia disputou mais oito partidas, ganhando três e empatando cinco. A equipe somou 11 pontos, encerrando a primeira fase na vice-liderança, um ponto atrás do Vitória.

Na segunda fase, o Bahia começou fazendo 2 a 0 na ABB. Nas demais dez partidas triunfou quatro, empatou três e perdeu duas. Os resultados o colocaram em terceiro lugar, com 13 pontos. No pentagonal, o Tricolor repetiu a campanha da etapa anterior, com três triunfos e cinco empate em oito jogos. De novo com 11 pontos, o time desta vez ficou empatado com o Vitória. Mas o rival ganhou uma partida a mais e o Bahia tornou a ser segundo colocado.

Dono da melhor campanha geral, fora o Vitória, o Tricolor de Aço chegou na decisão em desvantagem. Os rubro-negros tinham quatro pontos de bonificação contra dois do Bahia. Porém, havia um hepta a ser sonhado e uma taça a ser defendida em campo. Todos os Bavis aconteceram na Fonte Nova. No primeiro, os tricolores triunfaram por 2 a 1 já desfizeram a vantagem rival. Na segunda partida, tudo ficou no 0 a 0. A definição ficou para o terceiro jogo, e o Bahia levou seu 30º título estadual para casa no triunfo por 1 a 0, gol de Fito.

A campanha do Bahia:
39 jogos | 17 triunfos | 18 empates | 4 derrotas | 47 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Hipólito Pereira/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1979

Encerrando uma década de hegemonia quase absoluta, o Coritiba foi bicampeonato paranaense e 1979 e fechou um período em que venceu oito de dez campeonatos estaduais. Ao todo, foi a 27ª taça do clube.

O torneio teve a presença de 18 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, classificando o líder para a fase final com um ponto extra. A mesma coisa aconteceu na segunda fase. Ao fim dessas etapas, as oito melhores campanhas seguiram para a terceira fase, que foi disputada em turno único e também classificou o líder com um ponto extra. Por fim, o quadrangular final reuniu os três vencedores de fase e a melhor campanha na soma de todas elas.

O Coxa iniciou a campanha com empate por 2 a 2 com o Guarapuava fora de casa. Depois, em casa, o time ficou no 1 a 1 com o Matsubara e venceu a primeira por 2 a 1 sobre o Operário de Ponta Grossa. Nas 14 partidas restantes, venceu oito, empatou cinco e perdeu uma. Os resultados não foram suficientes para o Coritiba ficar na liderança. Com 25 pontos, a equipe fechou a primeira fase em terceiro, dois pontos longe do líder Colorado, que faturou um ponto extra.

Na segunda fase, o Coritiba iniciou novamente contra o Guarapuava, mas vencendo por 1 a 0 no Couto Pereira. Nos outros 16 jogos, o Coxa acumulou mais oito vitórias, seis empates e duas derrotas. Com 24 pontos, mais uma vez, não foi possível garantir o primeiro lugar, com a equipe encerrando na segunda posição, outra vez dois pontos atrás do Colorado, que levou mais uma bonificação para o quadrangular.

A soma das duas fases deu ao Coxa a segunda melhor campanha. Na terceira etapa, o time iniciou com goleada por 5 a 0 sobre o União Bandeirante em casa. Nas demais partidas, o Coritiba venceu três, empatou duas e perdeu uma. Os resultados enfim deram ao time a liderança, com dez pontos, e um ponto extra para a fase final. O clube avançou ao lado do Colorado, do Grêmio Maringá e do Athletico, os dois últimos pela soma de pontos de todo o campeonato.

O Coritiba não entrou como favorito no quadrangular final. O posto estava com o Colorado, que já começava com dois pontos contra um dos coxa-brancas. Mas a disputa entre os dois times foi cabeça a cabeça. Após três vitórias, um empate e uma derrota, o Coxa chegava à última rodada com oito pontos, assim como os colorados. No confronto final entre os dois, no Couto Pereira, a tradição verde falou mais alto e o time da casa venceu por 2 a 0, garantindo mais um título estadual.

A campanha do Coritiba:
47 jogos | 26 vitórias | 16 empates | 5 derrotas | 79 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Atlético-MG Campeão Mineiro 1979

O Atlético-MG teve uma das melhores fases de sua história na virada da década de 1970 para a de 1980. Em 1979, o clube chegou ao bicampeonato mineiro e levou para casa o 26º título estadual.

O Campeonato Mineiro daquele ano contou com um regulamento simples. Foram 16 participantes na disputa. Na primeira e segunda fases, todos os times se enfrentaram. O campeão de cada turno se classificou para a Taça Minas Gerais, que em duas partidas definiu um ponto extra na fase final para o ganhador. As outras cinco melhores campanhas na soma das fases também se classificaram. A etapa final foi realizada em hexagonal, em dois turnos, valendo o título estadual.

A campanha do Galo começou na vitória por 3 a 0 em casa sobre o Ateneu de Monte Claros. Nas outras 14 partidas da primeira fase, a equipe manteve-se invicta com mais nove vitórias e cinco empates, líder e classificada para a Taça Minas Gerais com 25 pontos.

Na segunda fase, o Atlético voltou a estrear contra o Ateneu, goleando por 5 a 0. Na sequência, acumulou mais dez vitórias e quatro derrotas. Com 22 pontos, o time alvinegro empatou no primeiro lugar com o Cruzeiro, o que fez ser necessária a realização de um jogo extra para definir ou o segundo finalista, ou a conquista da Taça Minas Gerais para o Galo. Mas o rival venceu o desempate por 1 a 0.

Assim, mais dois clássicos foram disputados, valendo a Taça Minas Geria e o ponto extra. No primeiro jogo, Atlético e Cruzeiro empataram por 1 a 1. Na segunda partida, o Galo venceu por 1 a 0 e garantiu a bonificação para o hexagonal final. Além do clube e do rival, América, Uberlândia, Uberaba e Guarani de Divinópolis avançaram à fase decisiva.

A disputa pelo título na fase final ficou restrita à Atlético e Cruzeiro. Na estreia, o Galo venceu o Uberaba por 2 a 0. Depois, o time obteve mais quatro vitórias, três empates e uma derrota até a penúltima rodada. Os alvinegros eram líderes com 14 pontos, seguidos pelo Cruzeiro com 13. Assim sendo, na última rodada, bastou ao Galo vencer o Guarani por 3 a 1 no Mineirão para ser bicampeão.

A campanha do Atlético-MG:
43 jogos | 28 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 82 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Jorge Gontijo/Estado de Minas

Grêmio Campeão Gaúcho 1979

Um título tranquilo. Assim pode ser definida a conquista do Grêmio no Campeonato Gaúcho de 1979. A 21ª taça estadual tricolor veio na esteira do fortalecimento obtido como time a partir da parte final da década de 1970. E também veio em meio as obras de conclusão do anel superior do Estádio Olímpico.

Depois de algumas temporadas com regulamentos complicados, o Gauchão de 1979 foi fácil de entender. Foram 20 participantes na disputa de três fases. Nas duas primeiras, as equipes se enfrentaram em dois turnos distintos. O líder de cada turno levou um ponto extra para a etapa seguinte. As oito melhores campanhas somadas se classificaram à fase final, enquanto o melhor time do interior também ficou com um ponto extra. O octogonal final valeu o título e foi realizado em dois turnos.

Na estreia da primeira fase, o Grêmio venceu o Novo Hamburgo por 3 a 1 no Olímpico. Nas outras 18 partidas, o time acumulou 14 vitórias, três empates e uma derrota. Com 33 pontos, o Imortal superou o Internacional por um ponto e conseguiu a liderança e a bonificação para o octogonal final.

Na segunda fase, o tricolor iniciou com vitória por 3 a 0 em casa sobre o Riograndense de Santa Maria. Na sequência, mais 15 triunfos e três empates deixaram o Grêmio mais uma vez em primeiro, com 35 pontos, quatro a mais que o Inter e com o segundo ponto extra. Além da dupla Grenal, Juventude, Esportivo, Caxias, Brasil de Pelotas, Novo Hamburgo e São Paulo de Rio Grande avançaram.

No octogonal final, o Grêmio sobrou. Na abertura, fez 3 a 0 no Novo Hamburgo fora de casa. Depois, emendou nove jogos com oito vitórias, um empate e só um gol sofrido, nos 2 a 1 sobre o Internacional no Beira-Rio. Em dez rodadas até ali, o tricolor tinha 21 pontos, contra 13 do Inter e 12 do Esportivo.

Com tamanha vantagem, bastou ao Grêmio vencer o Brasil de Pelotas por 3 a 0 no Olímpico para voltar a ser campeão, na 11ª partida e com três rodadas de antecedência. A campanha foi concluída com mais uma vitória e dois empates. O vice acabou com o Esportivo, que bateu o Inter por um ponto (18 a 17).

A campanha do Grêmio:
52 jogos | 42 vitórias | 9 empates | 1 derrota | 107 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Grêmio

Flamengo Campeão Carioca 1979

Logo após o fim do Campeonato Especial, em abril, iniciou o Campeonato Carioca de 1979, em maio. Definitivamente, cidade e estado do Rio de Janeiro tonaram-se uma coisa só no futebol. E assim como os dois torneios anteriores, deu Flamengo, que chegou ao tricampeonato e aos 20 títulos estaduais.

A competição teve 18 participantes. Na primeira fase, a Taça Guanabara, todos se enfrentaram em turno único. Os dez melhores avançaram ao grupo dos vencedores na segunda fase, a Taça Inocêncio Pereira Leal, e os oito piores foram ao grupos dos perdedores. Nesta etapa, os times voltaram a atuar em turno único dentro das chaves. Os seis melhores dos vencedores e os dois melhores dos perdedores avançaram. Na fase final, os oito classificados disputaram mais um turno, valendo o título. Os campeões das duas primeiras fases ganharam um ponto extra para o octogonal.

O Flamengo estreou na Taça Guanabara com goleada por 5 a 0 sobre o Bonsucesso. E nas 16 partidas seguintes, conseguiu uma impressionante campanha com 15 vitórias e só uma derrota. Com 32 pontos, o rubro-negro conseguiu o título com muita facilidade, sete pontos à frente do vice Vasco.

Na segunda fase, o Fla começou fazendo 3 a 0 no Campo Grande. Nos outros oito jogos, venceu cinco, empatou um e perdeu dois. Desta vez a disputa foi mais difícil, mas o rubro-negro ficou na liderança, com 14 pontos, um a mais que o vice Botafogo. Vasco, Fluminense, Goytacaz e Americano completaram a zona de classificação, enquanto Bangu e Portuguesa avançaram do outro grupo.

A fase final foi chamada de Taça Organizações Globo e o Flamengo chegou nela com os dois pontos extras, que no fim fariam a diferença. Na estreia, o time fez 3 a 0 na Portuguesa. Nas cinco partidas seguintes, venceu quatro e perdeu uma. Após a penúltima rodada, o Fla era o líder com 12 pontos, seguido por Vasco, Botafogo e Fluminense, todos com dez pontos.

A conta era simples. Um empate na última rodada contra o Botafogo confirmava o tri flamenguista. Se a equipe perdesse, havia a chance de acontecer uma decisão contra o próprio alvinegro, ou até mesmo um triangular, caso houvesse ganhador no jogo entre Vasco e Fluminense. Os vascaínos chegaram a derrotar os tricolores, mas o Flamengo segurou o 0 a 0 contra o Botafogo e comemorou o título no Maracanã.

A campanha do Flamengo:
33 jogos | 27 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 84 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo

Flamengo Campeão Carioca Especial 1979

A fusão do futebol dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro foi concluída em 1978. Para marcar a união, foi planejado que o primeiro campeonato unificado seria realizado em duas fases, uma inicial ainda em 1978 e uma final no primeiro semestre de 1979, chamada de Especial. Mas a recém-criada FERJ mudou os planos e determinou que a etapa inicial valeria separadamente como os últimos estaduais carioca (cidade do Rio) e fluminense, para 1978, enquanto o Especial valeria como um troféu à parte. No fim das contas, o Flamengo ficou com os dois títulos cariocas e chegou a 19 no total.

O Campeonato Especial foi disputado com os seis melhores do Carioca e os quatro melhores do Fluminense de 1978 (este vencido pelo Goytacaz). Os dez times jogaram em dois turnos, a Taça Luiz Aranha e a Taça Jorge Frias de Paula, e os vencedores de cada metade se classificaram para a decisão.

Embalado pela conquista de 1978, o Flamengo não teve dificuldades para levar o bicampeonato. Na estreia da Taça Luiz Aranha, venceu o Volta Redonda por 2 a 0. Nos oito jogos seguintes, manteve uma grande campanha com mais seis vitórias e dois empates, garantindo a liderança e a vaga na final ao fazer 3 a 0 no Botafogo na última rodada. O rubro-negro somou 16 pontos, dois a mais que Fluminense e Vasco. Entre as demais vitórias, destaque para as goleadas por 5 a 1 sobre o Fluminense de Nova Friburgo e por 6 a 1 sobre o Americano.

Na Taça Jorge de Paula, o Fla inicia com nova goleada, por 6 a 1 sobre o São Cristóvão. Na segunda rodada, foi a vez de fazer 7 a 1 no Goytacaz. Nas próximas seis partidas, a equipe venceu quatro e empatou duas, chegando a 14 pontos. O Flamengo era novamente líder, seguido mais uma vez por Vasco e Fluminense, ambos com 12 pontos.

A última rodada reservou os clássicos de Flamengo contra Botafogo e Vasco contra Fluminense. Vascaínos e tricolores precisavam da vitória de um sobre o outro e ainda torcer por uma derrota rubro-negra para que a segunda fase pudesse ser definida em uma partida extra. Mas os times empataram sem gols e confirmaram a liderança flamenguista, que, por já ter vencido a primeira etapa, foi declarado campeão especial sem a necessidade da final. Já com as faixas, o Fla empatou por 2 a 2 com os alvinegros e concluiu a campanha de maneira invicta.

A campanha do Flamengo:
18 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 51 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Rodolpho Machado/Placar

Corinthians Campeão Paulista 1979

O Paulistão de 1979 começou logo após o fim da edição de 1978, em julho. Sem intenção de diminuir a competição, a FPF a fez novamente atravessar o ano, com o encerramento colocado para fevereiro de 1980. O excesso de partidas no estadual fez a maioria dos clubes grandes - Corinthians, São Paulo, Santos, Portuguesa e Ponte Preta - desistir de jogar o Brasileirão. Apenas Guarani e Palmeiras, campeão e vice nacionais em 1978, dividiram as atenções - e mesmo assim somente a partir da terceira fase. Quem se deu bem no fim foi o Corinthians, que ficou com o título pela 17ª vez.

O torneio contou com 20 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, com classificação em quatro grupos. Os três primeiros de cada chave passaram para a segunda fase, onde foram divididos em mais dois grupos e atuaram em turno único. Os dois melhores de cada chave avançaram à semifinal, e seus ganhadores disputaram a final.

O Corinthians ficou no grupo A e estreou com empate por 2 a 2 com a Ferroviária em Araraquara. A primeira vitória aconteceu em casa, por 2 a 0 sobre o São Bento na segunda partida. Nos 36 jogos seguintes, o Timão venceu 14, empatou 16 e perdeu seis, somando 47 pontos e garantindo a classificação na liderança da chave.

Na segunda fase, o alvinegro ficou mais uma vez no primeiro grupo. O começo corinthiano foi vencendo o América de Rio Preto por 1 a 0 fora de casa. Nas quatro partidas seguintes, obteve mais duas vitórias, um empate e uma derrota. O Corinthians conseguiu a classificação na vice-liderança, com sete pontos, um a menos que a líder Ponte Preta.

A semifinal foi realizada já em 1980, entre Corinthians e Palmeiras em dois clássicos no Morumbi. No primeiro, os times empataram por 1 a 1. No segundo, o Timão conseguiu a vitória por 1 a 0.

Na decisão, também no Morumbi e em melhor de quatro pontos, o Corinthians enfrentou mais uma vez a Ponte Preta, o mesmo adversário na quebra da fila em 1977 e que eliminou o Guarani na semi. Na ida, o Timão venceu por 1 a 0. Na volta, o empate por 0 a 0 forçou a disputa de um terceiro jogo. E o título corinthiano foi confirmado nesta partida, com vitória por 2 a 0. Os gols foram de Palhinha e Sócrates.

A campanha do Corinthians:
48 jogos | 21 vitórias | 20 empates | 7 derrotas | 58 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Paraguai Campeão da Copa América 1979

Com o novo formado aprovado, apesar de algumas falhas, a América do Sul voltou a se reunir na Copa América em 1979. O momento do futebol no continente era de renovação. A Argentina chegava com o recente título mundial e ali revelaria Diego Maradona para os torcedores. O Brasil também passava por reformulações, com a geração que jogou com Pelé saindo dando lugar para as lideranças de Zico e Sócrates. Mas a conquista mais uma vez passaria longe das principais forças, ficando com o Paraguai.

O futebol paraguaio teve um ano de 1979 inesquecível, com o Olimpia levando o título tanto da Libertadores quanto do Mundial. A força se refletiu na Copa América, outra vez sem sede fixa. Vencedora apenas uma vez, em 1953, "La Albirroja" ficou no grupo C da competição, junto com Uruguai e Equador. A jornada começou de maneira perfeita, com duas vitórias sobre os equatorianos, por 2 a 1 em Quito e por 2 a 0 em Assunção.

A disputa pela classificação foi exclusivamente contra os uruguaios. No primeiro jogo, no Defensores del Chaco, empate sem gols. A segunda partida foi no Centenario, em Montevidéu, e o Paraguai arrancou outro empate, por 2 a 2. Como o Uruguai havia perdido um jogo para o Equador, os paraguaios foram à semifinal com seis pontos contra quatro dos uruguaios e dois dos equatorianos. 

Na partida de ida da semi, a cidade de Assunção parou para o confronto contra o Brasil. A pressão no Defensores del Chaco deu certo, pois La Albirroja venceu por 2 a 1. A volta aconteceu no Rio de Janeiro, no Maracanã. Os brasileiros chegaram a ficar duas vezes na frente do placar, o que forçaria um sorteio de cara ou coroa. Porém, Milcíades Morel e Romerito fizeram os gols que levaram ao empate por 2 a 2, resultado que colocou os paraguaios na final.

Outra vez a Copa América teve uma decisão com tons mais alternativos, agora entre Paraguai e Chile, que na primeira fase superou Colômbia e Venezuela, e na semifinal bateu o Peru. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, vencido pela Albirroja por 3 a 0, gols de Romerito (dois) e Morel. A segunda partida foi no Estádio Nacional de Santiago, e o time chileno devolveu um placar de 1 a 0, forçando o desempate em campo neutro, no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires.

Na Argentina, o empate por 0 a 0 imperou no placar até o fim da prorrogação. Neste caso, a regra dizia que a vantagem era do time com melhor saldo de gols, portanto o Paraguai comemorou o título de sua segunda Copa América.

A campanha do Paraguai:
9 jogos | 4 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color

Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1979

É no fim da década de 1970 que começa a história mais bem-sucedida da Recopa Europeia. Em 1979, o Barcelona conquistou o primeiro dos quatro títulos que o tornaram maior campeão da competição. Foi também a primeira conquista do clube espanhol em torneios organizados pela UEFA.

A Recopa de 1979 contou com 31 participantes. Classificado após o título da Copa do Rei de 1978, o time blaugrana iniciou a campanha na primeira fase, contra o Shakhtar Donetsk. Na partida de ida, vitória por 3 a 0 atuando no Camp Nou. Na volta, empate por 1 a 1 na União Soviética.

Nas oitavas, o adversário foi o Anderlecht, então o bicampeão da Recopa. A primeira partida foi na Bélgica, e os catalães perderam por 3 a 0. A desvantagem alta obrigou o Barcelona a atacar desde o começo do segundo jogo, no Camp Nou. A tática funcionou e o time conseguiu devolver os 3 a 0, gols de Hans Krankl, Juan Carlos Heredia e Rafael Zuviría. Nos pênaltis, vitória blaugrana por 4 a 1.

O Barcelona seguiu para as quartas de final, onde encarou o Ipswich Town. O primeiro jogo aconteceu na Inglaterra, com os espanhóis outra vez tendo que voltar para casa com a derrota, por 2 a 1. A segunda partida foi realizada no Camp Nou, e o Barça se classificou no gol qualificado ao vencer por 1 a 0.

Na semifinal, o time blaugrana enfrentou o Beveren, da Bélgica. Desta vez a ida aconteceu no Camp Nou, com vitória catalã por 1 a 0, gol anotado por Carles Rexach, de pênalti. A volta foi em solo belga, com mesmo roteiro: triunfo espanhol por 1 a 0 e gol de pênalti, de Krankl.

A decisão da Recopa foi entre Barcelona e Fortuna Düsseldorf, que passou por Universitatea Craiova, Aberdeen, Servette e Baník Ostrava. No St. Jakob, na Basileia, José Sánchez abriu o placar aos cinco minutos do primeiro tempo e os alemães empataram aos oito. Juan Asensi fez o segundo aos 34 e os alemães empataram de novo aos 41, o que se manteve até a prorrogação. Rexach anotou o terceiro aos 14 do primeiro tempo, e Krankl fez o quatro aos seis do segundo tempo. Os alemães descontaram para 4 a 3 aos nove minutos, no que se tornou uma das finais mais emocionantes da história da Recopa.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Imago/Panoramic