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Argentina Campeã do Mundial Sub-20 1979

O Mundial Sub-20 de 1979 foi a segunda edição da competição organizada pela FIFA. O torneio teve como sede o Japão, em uma escolha que marcou a primeira vez que a disputa aconteceu no continente asiático, ampliando a visibilidade do futebol de base em nível global.

O regulamento contou novamente com 16 seleções participantes, divididas em quatro grupos de quatro equipes cada. Os dois melhores de cada chave avançaram para as quartas de final, dando início ao mata-mata. Em relação à primeira edição, houve apenas uma pequena mudança na forma de definição da fase final, com dois classificados por grupo em vez de um só.

A Argentina disputou o Mundial Sub-20 pela primeira vez naquele ano. A seleção albiceleste conquistou o título logo em sua estreia, e o torneio também ficou marcado como a primeira grande conquista internacional de Diego Maradona, a grande promessa que começava a se destacar e que seria campeão da Copa do Mundo em 1986.

Na primeira fase, a equipe argentina esteve no Grupo B. A campanha começou com vitória por 5 a 0 sobre a Indonésia, seguida pelo triunfo por 1 a 0 diante da Iugoslávia. Na última rodada, veio mais um resultado positivo: 4 a 1 contra a Polônia. Assim, a Argentina somou seis pontos e terminou como líder da chave.

Nas quartas de final, a albiceleste enfrentou a Argélia e venceu sem dificuldades por 5 a 0. Na semifinal, o adversário foi o Uruguai, em um clássico sul-americano decidido com triunfo argentino por 2 a 0, garantindo a vaga na decisão contra a União Soviética, que passou por Hungria, Guiné, Paraguai e Polônia.

Na final, a Argentina encarou a União Soviética no Estádio Nacional de Tóquio. A equipe sul-americana conquistou o título ao vencer por 3 a 1, de virada. Os soviéticos abriram o placar aos sete minutos do segundo tempo, mas Hugo Alves empatou aos 23. Pouco depois, Ramón Díaz virou aos 26, e Maradona ampliou a vantagem aos 31, definindo a conquista inédita.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Masahide Tomikoshi

Desportiva Campeã Capixaba 1979

O Campeonato Capixaba pode ser explicado em três momentos: quando o Rio Branco dominou sozinho, quando o Rio Branco rivalizou com a Desportiva e quando outros clubes também passaram a colecionar taças. O alvinegro é o maior vencedor no Espírito Santo há décadas, mas ganhou poucas vezes desde a década de 1980 e viu surgir nos anos 1960 um rival à altura: a Desportiva Ferroviária.

Associação Desportiva Ferroviária Vale do Rio Doce foi fundada em 1963 a partir da fusão de vários pequenos times criados por trabalhadores da antiga companhia mineradora. O clube foi campeão capixaba pela primeira vez em 1964, ganhando outras cinco taças ao longo dos anos até 1977. Em 1979, conquistou o título pela sétima vez.

O estadual de 1979 foi disputado por 11 times em duas fases iguais. Desportiva, Rio Branco, Vitória, América de Linhares, Colatina, Industrial de Linhares, Leão de São Marcos, Ordem e Progresso, Santo Antônio, Santos de Barra do São Francisco e Veneciano se enfrentaram em dois turnos distintos, em que o líder de cada metade se classificou para o quadrangular final com um ponto extra. A fase decisiva foi completada com as duas melhores campanhas na soma dos turnos.

A Locomotiva Grená, ou apenas Tiva, começou a campanha com empate por 0 a 0 com o Veneciano em Nova Venécia. A primeira vitória veio na estreia em Cariacica, no Engenheiro Araripe, na goleada por 8 a 1 sobre o Leão de São Marcos. Nos oito jogos seguintes, o time teve mais duas vitórias, cinco empate e uma derrota. Os resultados deixaram a Desportiva somente em quinto lugar, com 12 pontos, três a menos que o líder e classificado Vitória.

Na segunda fase, a Tiva estreou goleando o Santo Antônio por 4 a 0 em casa. Depois, conseguiu mais cinco vitórias, três empates e uma derrota nas nove partidas restantes. Com 15 pontos, a equipe superou o Rio Branco por um ponto e se classificou na condição de líder, com a bonificação.

O quadrangular final foi disputado por Desportiva, Vitória, Rio Branco e América de Linhares. Na abertura, os grenás fizeram 1 a 0 no Vitória. Nos três jogos seguintes, alternaram com dois empates e um triunfo, que deixaram a Tiva na liderança com sete pontos. Vitória e América tinham quatro e o Rio Branco era o último com três pontos.

Na penúltima rodada, atuando no Estádio Joaquim Calmon, em Linhares, a Desportiva enfrentou o América necessitando apenas do empate para ser campeão capixaba antecipadamente. E assim o fez com o resultado de 1 a 1. 

A campanha da Desportiva:
26 jogos | 11 vitórias | 12 empates | 3 derrotas | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Joaquim Nunes/Placar

Operário-MS Campeão Sul-Mato-Grossense 1979

O Campeonato Sul-Mato-Grossense começou a ser disputado em 1979, no mesmo ano em que o Mato Grosso do Sul foi desmembrado do Mato Grosso. Desde a primeira edição, o torneio foi dominado principalmente pelos dois principais clubes de Campo Grande, o Operário e o Comercial. Entre 1974 e 1978, a dupla já dava as cartas no Campeonato Mato-Grossense, com cinco títulos conquistados: quatro para os alvinegros e um para os colorados.

O primeiro vencedor do novo estadual foi o Operário, que vinha de um tricampeonato no Mato-Grossense. Ou seja, o time foi campeão inédito e tetracampeão ao mesmo tempo.

A competição teve nove participantes: Aquidauana, Atlântico de Campo Grande, Comercial, Dourados, Iguatemiense, Operário, Operário de Dourados, Taveirópolis e 21 de Abril. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, divididos em dois grupos. Os dois melhores de cada chave avançaram para a segunda fase, que foi realizada no formato quadrangular, mas também com divisão em dois grupos. As equipes de  maior pontuação em cada metade passaram para a final.

O rápido torneio começou com o Operário fazendo a maior goleada dele: 10 a 1 no Taveirópolis. Nos sete jogos seguintes, o Galo conseguiu mais seis vitórias e um empate, liderando com tranquilidade o grupo B com 15 pontos, oito a mais que o vice Iguatemiense.

Na segunda fase, o Operário disputou a vaga na final com o próprio Iguatemiense. Na outra chave ficaram Comercial e Operário de Dourados. Na primeira rodada, o Galo fez 2 a 1 no xará douradense. Na segunda partida, goleou o adversário do mesmo grupo por 8 a 0 e se garantiu na decisão antes mesmo da terceira partida. Esta foi o clássico Comerário contra o Comercial, que terminou empatado por 1 a 1. O Operário fechou a segunda fase com cinco pontos.

Na final, o Operário reencontrou seu maior rival, o Comercial. O regulamento determinava que o primeiro time a somar quatro pontos seria declarado campeão e que todas as partidas necessárias seriam realizadas no Estádio Morenão, em Campo Grande. A definição aconteceu em três jogos. No primeiro, as equipes ficaram no empate por 2 a 2. No segundo, o Galo venceu por 1 a 0 e ficou perto do título. No terceiro Comerário, empate por 1 a 1 garantiu o título invicto ao alvinegro.

A campanha do Operário-MS:
14 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 50 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Almir Vilela/Placar

Itabaiana Campeão Sergipano 1979

Dominante em 1978, o Itabaiana manteve um alto nível de competição no Campeonato Sergipano de 1979, rumando ao bicampeonato e o quarto título estadual na sua história, sem dar chances aos rivais.

Se a competição de 1978 foi interminável, com dez meses de duração e atravessando o ano seguinte, a edição de 1979 foi curtíssima, com menos de três meses e dois terços a menos de partidas. Com 12 times divididos em dois grupos, o torneio teve duas fases. Na primeira, os participantes se enfrentaram em turno único dentro de cada chave. Os dois melhores de cada grupo avançaram ao quadrangular que definiu o primeiro finalista. Na segunda etapa, um grupo enfrentou o outro, também em turno único. Os dois melhores de cada chave também foram a um quadrangular, que apontou o outro finalista.

No grupo B, o Itabaiana estreou na vitória por 1 a 0 sobre o Estanciano em casa. Na sequência, a equipe venceu mais três jogos e empatou um, classificando-se na liderança da chave com nove pontos. No quadrangular, o Tremendão empatou sem gols com o Cotinguiba, fez 1 a 0 no Olímpico e bateu pelo mesmo placar o Sergipe, garantindo a liderança e a vaga na final com cinco pontos.

Na segunda fase, o Itabaiana iniciou fazendo 4 a 2 no Propriá. Depois, conseguiu mais duas vitórias, dois empates e uma derrota. Os resultados colocaram o Tremendão mais uma vez em primeiro lugar no grupo, com oito pontos. O time avançou ao lado do Lagarto, enquanto na outra chave os classificados foram Cotinguiba e Vasco de Aracaju. Os tradicionais Sergipe e Confiança estavam eliminados.

O quadrangular da segunda fase ganhou ares de decisão para o Itabaiana, pois uma liderança nele significava o título antecipado. Na abertura, o time empatou sem gols com o Vasco, enquanto Lagarto e Cotinguiba ficaram no 2 a 2. Na segunda rodada, o Tremendão voltou a empatar, por 1 a 1 com o Lagarto. No outro jogo, o Cotinguiba fez 2 a 1 no Vasco.

O Itabaiana chegou para a última rodada na vice-liderança com dois pontos, ao lado do Lagarto. O líder era o Cotinguiba, com três pontos. Assim, só a vitória interessava aos tricolores diante do primeiro colocado no Batistão, em Aracaju. No fim, tudo deu certo para o Tremendão, que ganhou do Cotinguiba por 1 a 0 e faturou o título estadual por antecipação, por ter vencido as duas fases.

A campanha do Itabaiana:
17 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Itabaiana

Campinense Campeão Paraibano 1979

O Campeonato Paraibano é dominado por três forças e uma forte disputa entre a capital e o interior: João Pessoa com o Botafogo, o maior campeão, e Campina Grande com Campinense e Treze, que aparecem logo atrás no ranking de títulos. O Campinense venceu o primeiro título exatamente no primeiro campeonato profissional, em 1960, arrancando depois para o que seria um hexa até 1965. Até 1979, o clube já tinha 11 conquistas e estava pronto para levar a 12ª, cinco anos depois de ser tetra.

O torneio de 1979 teve dez participantes em três fases: Campinense, Treze, Botafogo, Auto Esporte, Nacional de Patos, Guarabira, Nacional de Cabedelo, Santa Cruz, Santos de João Pessoa e América de Esperança. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, mas divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada chave foram a um quadrangular de dois turnos que apontou um finalista. A segunda etapa contou com os oito melhores da fase anterior, no mesmo formato de turno único com grupos e quadrangular. A terceira fase seguiu com os seis melhores da etapa anterior, repetindo a fórmula. O campeão de cada fase fez a decisão.

No grupo B da primeira fase, o Campinense estreou goleando o América de Esperança por 4 a 0. Nos outros oito jogos, venceu quatro, empatou três e perdeu um, terminando em segundo com 13 pontos. No quadrangular, a Raposa Feroz teve uma vitória, um empate e quatro derrotas, ficando em terceiro, com três pontos, à frente só do Nacional de Patos e vendo o Botafogo na liderança e o Treze em segundo.

Na segunda fase, o Campinense melhorou. Outra vez iniciou fazendo 4 a 0, mas no Santa Cruz. Depois, ganhou mais três jogos, empatou dois e perdeu um, ficando novamente em segundo no grupo B, com dez pontos. No quadrangular, com quatro vitórias e dois empates, a Raposa fez oito pontos e superou Treze, Botafogo e Auto Esporte, garantindo um lugar na final.

O rubro-negro começou a terceira fase vencendo o Guarabira por 3 a 0. Na sequência, venceu mais uma partida, empatou outra e perdeu duas, mas ficou na liderança de seu grupo com cinco pontos. No quadrangular, disputado apenas em maio de 1980, o Campinense tornou a ser líder, com nove pontos, quatro vitórias, um empate e uma derrota, batendo Nacional de Patos, Botafogo e Treze.

A falta de datas em 1979 fez o quadrangular da terceira fase e a decisão serem feitas entre maio e junho de 1980, nove meses depois do restante do campeonato. Vencedor de duas etapas, o Campinense enfrentou o Botafogo com vantagem do empate e de levar tudo logo na primeira partida. No Estádio Amigão, em Campina Grande, a Raposa ficou no 1 a 1 com o rival e faturou o título.

A campanha do Campinense:
40 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 11 derrotas | 74 gols marcados | 35 gols sofridos


Foto Arquivo/Campinense

América-RN Campeão Potiguar 1979

O Campeonato Potiguar é conhecido por ter o maior vencedor de um mesmo torneio, o ABC, com quase 60 taças. Em seguida, aparece o América de Natal com cerca de 20 conquistas a menos, mas tradição igual. Em 1979, o cenário apontava para 37 títulos aos alvinegros e 20 para os alvirrubros. O 21º troféu veio para abrir caminho à um tetracampeonato vermelho, a maior sequência na história do clube.

O Potiguar de 1979 teve 12 times: América de Natal, ABC, Alecrim, Potiguar de Mossoró, Baraúnas, Força e Luz, Caicó, Atlético Potiguar, Ferroviário de Natal, Potyguar Seridoense, Riachuelo e Macau. Eles foram divididos em um grupo com cinco times, um com quatro e outro com três na disputa de duas fases em dois turnos. Em ambas as etapas, as quatro melhores equipes da chave maior e os líderes das chaves menores avançaram para um hexagonal de turno único. O líder de cada fase se classificou para a decisão estadual.

O América ficou no grupo A, o maior, composto pelos times com mais camisa. Na estreia da primeira fase, fez 4 a 2 no Alecrim jogando no antigo Estádio Castelão, em Natal. Nos sete jogos seguintes, o Dragão conseguiu mais três vitórias, dois empates e duas derrotas, que deixaram a equipe classifica na vice-liderança, com dez pontos. No hexagonal, após disputa acirrada, terminou outra vez em segundo lugar, com três vitórias, um empate e uma derrota em cinco partidas. Foram somados sete pontos, um a menos que o líder ABC, o primeiro finalista.

Na segunda fase, o Mecão passou por um susto. Na estreia, a equipe perdeu por 4 a 3 para o Baraúnas em Natal. Depois, venceu três jogos, empatou um e perdeu mais três. A campanha irregular quase custou a eliminação no estadual, mas o América passou na quarta posição com sete pontos, um a mais que o lanterna de grupo Potiguar.

As atuações mudariam completamente no hexagonal. Em cinco jogos, o América conseguiu um empate e quatro vitórias, sendo duas por goleada: 8 a 0 no Força e Luz e 7 a 0 no Macau. Com nove pontos, os alvirrubros lideraram e levaram a segunda fase com nove pontos, um a mais que o ABC e na vitória por 2 a 1 sobre o rival no Clássico Rei da última rodada.

América e ABC decidiram o Campeonato Potiguar de 1979 em duas partidas no Castelão. Nenhum gol foi anotado em 180 minutos e os dois clássicos terminaram empatados por 0 a 0. Nos pênaltis, o Dragão se deu melhor e venceu por 4 a 3, faturando o título.

A campanha do América-RN:
28 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 57 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Arquivo/Diário de Natal

Mixto Campeão Mato-Grossense 1979

O Campeonato Mato-Grossense pode ser dividido em três momentos: quando a dupla Mixto e Operário Várzea Grande alternavam os títulos, quando os times de Campo Grande assumiram a hegemonia (anos 1970) e quando uma força do século 21 passou a dominar (o Cuiabá).

O cenário em 1979 era o seguinte: o Mixto, maior vencedor com 15 taças, não ganhava há nove anos, enquanto Operário de Várzea Grande e Dom Bosco, com cinco títulos cada, não venciam há seis e oito anos, respectivamente. Nesse meio tempo, os clubes de Campo Grande, Operário e Comercial, assumiram o controle do estadual. Mas tudo mudaria no momento que o Mato Grosso foi dividido em dois. Com a formação do estado do Mato Grosso do Sul naquele ano, os times campo-grandenses saíram da disputa e o Tigre da Vargas aproveitou para sair da fila e conquistar o 16º título.

Sete equipes participaram do Mato-Grossense em 1979: Mixto, Operário de Várzea Grande, Dom Bosco, Estrela D'Oeste, Barra do Garças, Palmeiras de Cuiabá e União Rondonópolis. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com uma vaga na terceira fase para o líder. A segunda fase foi realizada de maneira igual. A terceira etapa aconteceu em dois turnos com os dois líderes e as duas melhores campanhas na classificação somada. Os dois melhores avançaram à decisão.

O Mixto não começou bem o campeonato. Estreou com derrota por 1 a 0 para o União em Rondonópolis, seguindo com mais um revés, uma vitória e três empates na primeira fase. O clube foi apenas o quarto colocado, com cinco pontos, longe do próprio União, que foi o líder com dez pontos.

As coisas melhoraram para o Tigre na segunda fase. Depois de golear o Palmeiras por 5 a 0 na abertura, o time engatou mais quatro vitórias e um empate, garantindo a classificação à etapa seguinte com 11 pontos na liderança.

Na terceira fase, o Mixto seguiu junto com União, Operário e Dom Bosco. O início do quadrangular foi com vitória por 1 a 0 sobre o União em Cuiabá, no Estádio José Fragelli, o Verdão. Nos cinco jogos restantes, os alvinegros venceram mais duas e empataram três, conseguindo a vaga na decisão em primeiro lugar, com nove pontos.

A final foi disputada contra o Operário, no que é conhecido como "Clássico dos Milhões". O regulamento dizia que o primeiro time a somar quatro pontos seria declarado campeão, e que todas as partidas aconteceriam no Verdão. No primeiro jogo, o resultado foi de empate por 1 a 1. No segundo, o Mixto perdeu por 2 a 0 e ficou em desvantagem. Porém, sob pressão, a equipe venceu a terceira partida também por 2 a 0. Por fim, no quarto confronto, Bife marcou 1 a 0 e confirmou o título mixtense.

A campanha do Mixto:
22 jogos | 11 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 35 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Mixto

Remo Campeão Paraense 1979

O Remo encerrou a década de 1970 com o domínio mantido no Campeonato Paraense. O clube venceu o tricampeonato em 1979 e chegou a 29 títulos estaduais e seis conquistas nas últimas sete edições.

Apenas seis equipes participaram do estadual: Remo, Paysandu, Tuna Luso, Sport Belém, Tiradentes e Liberato de Castro. O regulamento foi composto por quatro fases de turno único, com o líder de cada etapa se classificando para o quadrangular final. No caso de um mesmo time ter vencido mais de uma fase, o quadrangular fica também formado por quem mais somou pontos no campeonato.

A trajetória remista teve início na vitória por 2 a 0 sobre o Tiradentes. No restante da primeira fase, o Remo conseguiu mais quatro vitórias em quatro partidas, garantindo logo no começo sua vaga na fase final, com dez pontos na liderança, três a mais que o vice Paysandu.

A superioridade do Leão continuou a ser vista na segunda fase. Na estreia, vitória por 3 a 1 sobre o Sport Belém. Nos outros quatro jogos, o time venceu três e empatou um, chegando a nove pontos e ficando novamente na liderança, um ponto acima do Paysandu, que ficou outra vez em segundo lugar.

Na terceira fase, os azulinos iniciaram com vitória por 1 a 0 sobre o Tiradentes. Depois, obtiveram outras três vitórias e uma derrota. Entre os triunfos, destaque para a goleada por 8 a 0 sobre o Liberato de Castro. O revés foi no Repa, por 2 a 1 para o Paysandu. Isso fez com que os dois times empatassem na liderança com oito pontos. Um desempate foi marcado, e o Remo voltou a perder por 2 a 1.

O Leão Azul voltaria a ser superado pelos bicolores na quarta fase, por 3 a 0. Antes, a equipe teve quatro vitórias sem levar gols: 2 a 0 no Tiradentes, 4 a 0 no Sport Belém, 5 a 0 no Liberato de Castro e 3 a 0 na Tuna Luso. O Remo fez novamente oito pontos e terminou em segundo lugar.

Remo e Paysandu venceram duas fases cada e foram ao quadrangular final com Tuna Luso e Sport Belém. A disputa foi em turno único, então era proibido perder jogos. O Leão iniciou fazendo 1 a 0 na Tuna e 2 a 0 no Sport. Na última rodada, no Repa decisivo, Luís Augusto e Bira marcaram os gols do título na vitória por 2 a 1.

A campanha do Remo:
24 jogos | 20 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 66 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Luís Carlos Moreira/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1979

Continua a hegemonia do Vila Nova no Campeonato Goiano. Em 1979, o clube chegou ao tricampeonato estadual e o oitavo título no geral, fechando a década em alto nível.

Com dez participantes, o estadual começou uma semana após o término da edição de 1978, em abril de 1979. Por isso, a competição voltou a ser mais curta. Na primeira fase, os times foram divididos em dois grupos, em que um enfrentou o outro em dois turnos. Os três melhores de cada chave avançaram ao hexagonal final, que definiu o campeão em dois turnos.

O Vila Nova ficou no grupo B, junto com Atlético, Anapolina, Mineiros e Goiatuba, e contra os times do grupo A. Na estreia, porém, o time levou 6 a 2 do Itumbiara fora de casa. A recuperação veio na segunda rodada, nos 4 a 0 sobre a Jataiense em casa. Nos outros oito jogos, o Tigrão conseguiu mais seis vitórias e dois empates, que o colocaram classificado na liderança da chave, com 16 pontos.

No hexagonal final, o Vila Nova enfrentou Atlético, Anapolina, Goiás, Itumbiara e Anápolis. Na abertura, a equipe ficou no empate por 0 a 0 com os atleticanos. Na sequência, conseguiu quatro vitórias consecutivas, por 1 a 0 sobre o Anápolis e sobre o Itumbiara, por 2 a 0 sobre o Goiás e por 4 a 0 sobre a Anapolina, que deram a liderança ao Tigrão na primeira metade.

A segunda parte do hexagonal começou com tropeços para o Vila. O time empatou por 1 a 1 com a Anapolina, depois perdeu por 2 a 1 para o Goiás e por 1 a 0 para o Itumbiara. Com isso, os adversários se aproximaram, principalmente o Atlético. Mas o Tigrão conseguiu manter a liderança ao vencer o Anápolis por 2 a 0 na penúltima rodada. A equipe chegou a 12 pontos, contra 11 dos atleticanos.

O título foi decidido na última rodada do hexagonal, entre Vila Nova e Atlético. O confronto direto foi disputado no Serra Dourada, com a vantagem do empate ficando ao lado dos colorados. O rival até tentou mudar a história do campeonato, mas o Tigrão foi mais eficiente e segurou o placar de 0 a 0 até o fim, garantindo mais uma taça.

A campanha do Vila Nova:
20 jogos | 12 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 30 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Ferroviário Campeão Cearense 1979

Coube ao Ferroviário desbancar a hegemonia do Ceará no estadual em 1979. O time chegou no sexto título em sua história no fim da década, o que colocou ponto final na fila que chegava a nove anos.

O Campeonato Cearense de 1979 teve dez times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, com o líder garantindo uma vaga na final. A segunda e terceira fases foram iguais: as equipes se enfrentaram em turno único, com as quatro melhores seguindo para um quadrangular de turnos, cuja pontuação era acumulada com a etapa anterior. O líder de cada quadrangular se garantiu na decisão.

A campanha do Ferroviário começa na vitória fora de casa sobre o Guarani de Juazeiro por 2 a 0. Nas outras 17 partidas da primeira fase, o time conseguiu mais 11 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Com 28 pontos somados, o Tubarão ficou na segunda colocação, a um ponto do líder Fortaleza, que se classificou para a final.

Na segunda fase, a estreia foi na vitória por 2 a 1 sobre o América de Fortaleza. Nos próximos oito jogos, mais cinco vitórias e três empates deixaram o Ferroviário na vice-liderança, com 15 pontos. A invencibilidade seguiu no quadrangular com quatro triunfos e duas igualdades, com destaque para a goleada por 5 a 0 sobre o Fortaleza na última rodada. Com 25 pontos, o Tubarão passou à decisão.

O forte desempenho seguiu na terceira fase, a começar pela vitória por 2 a 0 sobre o Quixadá fora de casa. Nas oito partidas seguintes, o Ferroviário obteve mais seis vitórias, um empate e uma derrota, que deixaram a equipe outra vez em segundo lugar, com 15 pontos. No quadrangular (sem o Fortaleza, que ficou em sexto), o Tubarão venceu mais quatro, empatou uma e perdeu outra. Foram 24 pontos somados no total, assim como o Ceará. Porém, no saldo de gols, o alvinegro ficou na liderança e foi à final.

Ferroviário, Fortaleza e Ceará disputaram o triangular final, em dois turnos no Castelão. Na estreia, o Tubarão fez 2 a 0 no rival tricolor. Depois, perdeu por 3 a 1 para o alvinegro. Na terceira rodada, Ceará e Fortaleza empataram por 1 a 1. No quarto jogo, o Ferroviário fez 1 a 0 nos alvinegros e encaminhou o título ao chegar a quatro pontos, ante três do adversário e um dos tricolores. A conquista foi confirmada na partida seguinte, na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza.

A campanha do Ferroviário:
52 jogos | 36 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 113 gols marcados | 43 gols sofridos
 

Foto Arquivo/Ferroviário

Joinville Campeão Catarinense 1979

O bicampeonato catarinense e a terceira taça na história do Joinville aconteceram em 1979, em mais uma mostra de que o clube era realmente o mais forte de Santa Catarina no fim da década de 1970.

A competição estadual teve 14 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, mas com classificações dividias em dois grupos. Todos os times avançaram à segunda fase, onde ocorreu nova divisão: os oito melhores disputaram o grupo dos vencedores, valendo quatro vagas na fase final, e os outros seis jogaram no grupo dos perdedores, valendo duas vagas. Tudo foi feito em dois turnos. Por fim, o hexagonal final, também realizado em dois turnos, definiu o título.

O JEC fez parte do grupo B na primeira fase. Na estreia, fez 2 a 0 na Caçadorense em casa, no Ernestão. Nas demais 25 partidas, venceu 13, empatou sete e perdeu cinco, o que fez o time avançar de fase com 35 pontos, na segunda colocação de seu grupo, quatro pontos distante do Figueirense.

No grupo dos vencedores, o Joinville iniciou com empate sem gols com o Rio do Sul, fora de casa. Em casa, a primeira vitória só aconteceu na quinta rodada, quando fez 1 a 0 no Figueirense. Nos outros 12 jogos, o JEC conseguiu três vitórias, oito empates e uma derrota. Ao todo, a equipe somou 17 pontos, mas o excesso de empates a fez ficar outra vez atrás do Figueirense, que marcou 18.

O Joinville sabia que precisava converter as muitas igualdades em vitórias para chegar ao bicampeonato estadual. Porém, na abertura do hexagonal final, o time ficou no 2 a 2 com o Criciúma no Ernestão. A primeira vitória veio no jogo seguinte, por 1 a 0 sobre o Figueirense em pleno Orlando Scarpelli. Depois, em casa, mais dois empates: 1 a 1 com a Caçadorense e 0 a 0 com o Joaçaba, os dois classificados do grupo dos perdedores. Só a partir da quinta rodada que o clube tricolor engrenou, vencendo a Chapecoense por 1 a 0 e o Criciúma por 3 a 0 fora, o Figueirense por 3 a 1 em casa e a Caçadorense por 1 a 0 fora. Ao fim da oitava rodada, o Joinville somava 13 pontos na liderança.

Na penúltima rodada, uma vitória sobre o Joaçaba era suficiente para a confirmação do título do Joinville. E o resultado veio de modo bizarro. No Estádio Oscar Rodrigues da Nova, o JEC perdia por 1 a 0 até o momento em que teve um pênalti marcado a favor. Mas os jogadores e a torcida do Joaçaba protestaram e não deixaram a cobrança acontecer, inclusive com derrubada de alambrado e invasão de campo. Devido a falta de segurança, o árbitro encerrou o jogo antes do fim e reverteu o placar na súmula. A taça foi entregue na última rodada, no empate por 1 a 1 com a Chapecoense no Ernestão.

A campanha do Joinville:
50 jogos | 24 vitórias | 20 empates | 6 derrotas | 66 gols marcados | 29 gols sofridos


Foto Orestes Araújo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1979

O Santa Cruz fechou a década de 1970 com mais um título pernambucano, em 1979. Foi a oitava taça do clube nos últimos 11 campeonatos, a 17ª no geral, novamente com mais de 100 gols na campanha.

A competição contou com nove times, incluindo o retorno do Sport após a desistência em 1978. Na primeira fase, as equipes se enfrentaram em turno único, com o melhor se garantindo na decisão desta etapa. Depois, foi feita uma divisão em dois grupos, com o líder de cada de enfrentando por uma vaga na mesma decisão, que apontou um finalista. As oito melhores campanha seguiram para a segunda fase, que foi realizada nos mesmos molde da anterior. A terceira fase foi disputada pelas seis melhores campanhas, em dois turnos, com o melhor de cada metade na busca pela terceira vaga na final geral.

Novamente, o Santa Cruz foi soberano. Na estreia, goleou o Atlético Caruaru por 6 a 0. Depois, o time ainda venceu mais seis jogos e empatou um, ficando na liderança da primeira etapa com 15 pontos. Na sequência, a equipe ficou no grupo A, venceu mais quatro partidas e liderou com oito pontos. No playoff, perdeu por 3 a 1 para o Náutico, na prorrogação. Porém, na decisão da primeira fase, se vingou do rival e venceu pelo mesmo placar.

Na segunda fase, o Santinha iniciou fazendo 6 a 0 no América de Recife. Nos outros seis jogos, venceu quatro e empatou dois. O time ficou na liderança com 12 pontos, tal qual o Sport, mas perdeu por 1 a 0 no desempate. Seguindo para o grupo A, a cobra-coral venceu as três partidas que fez e ficou em primeiro com seis pontos, indo ao playoff contra o rival rubro-negro. Nesta partida, o Santa Cruz venceu por 2 a 1. Depois, na decisão, enfrentou novamente o Sport e ganhou por 2 a 0.

A campanha continuou na terceira fase. Na abertura, vitória do Santa Cruz por 1 a 0 sobre o Náutico. Depois, venceu mais três jogos e empatou um, liderando a primeira metade com nove pontos. Na segunda parte, o time estreou goleando o Central por 5 a 1, seguido por mais três vitórias e uma derrota. Com oito pontos, a cobra-coral empatou com o Náutico na ponta e foi para o desempate, onde perdeu por 2 a 0. Por fim, a decisão da terceira fase virou a final do campeonato. No Arruda, o Santa Cruz venceu por 3 a 1 e ficou com o título estadual por ter vencido as três fases do campeonato.

A campanha do Santa Cruz:
39 jogos | 31 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 134 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Flávio Canalonga/Placar

Bahia Campeão Baiano 1979

Um grande ponto final para uma década quase perfeita. O Bahia conquistou nove dos dez títulos estaduais possíveis nos anos 1970, deixando escapar apenas a taça de 1972. Depois disso, o clube emplacou a maior sequência de títulos de sua história, o heptacampeonato, entre 1973 e 1979.

O Baianão de 1979 foi disputado por 11 equipes. Na primeira fase, todas se enfrentaram em turno único. Os cinco melhores avançaram ao pentagonal seguinte, realizado em dois turnos. O líder passou para a decisão com dois pontos extras. O vice teria direito a um ponto de bônus em caso de vaga à final pela segunda fase ou pela campanha geral. A segunda etapa do torneio aconteceu de maneira igual a primeira: turno único e pentagonal.

A campanha do Tricolor de Aço teve início no empate por 1 a 1 com a ABB de Salvador. O primeiro triunfo veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre o Redenção. Nos outros oito jogos, o time conseguiu mais três triunfos, três empates e duas derrotas. Com 12 pontos, a classificação ao pentagonal aconteceu no limite, na quinta colocação. Na sequência, o Bahia disputou mais oito partidas, ganhando três e empatando cinco. A equipe somou 11 pontos, encerrando a primeira fase na vice-liderança, um ponto atrás do Vitória.

Na segunda fase, o Bahia começou fazendo 2 a 0 na ABB. Nas demais dez partidas triunfou quatro, empatou três e perdeu duas. Os resultados o colocaram em terceiro lugar, com 13 pontos. No pentagonal, o Tricolor repetiu a campanha da etapa anterior, com três triunfos e cinco empate em oito jogos. De novo com 11 pontos, o time desta vez ficou empatado com o Vitória. Mas o rival ganhou uma partida a mais e o Bahia tornou a ser segundo colocado.

Dono da melhor campanha geral, fora o Vitória, o Tricolor de Aço chegou na decisão em desvantagem. Os rubro-negros tinham quatro pontos de bonificação contra dois do Bahia. Porém, havia um hepta a ser sonhado e uma taça a ser defendida em campo. Todos os Bavis aconteceram na Fonte Nova. No primeiro, os tricolores triunfaram por 2 a 1 já desfizeram a vantagem rival. Na segunda partida, tudo ficou no 0 a 0. A definição ficou para o terceiro jogo, e o Bahia levou seu 30º título estadual para casa no triunfo por 1 a 0, gol de Fito.

A campanha do Bahia:
39 jogos | 17 triunfos | 18 empates | 4 derrotas | 47 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Hipólito Pereira/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1979

Encerrando uma década de hegemonia quase absoluta, o Coritiba foi bicampeonato paranaense e 1979 e fechou um período em que venceu oito de dez campeonatos estaduais. Ao todo, foi a 27ª taça do clube.

O torneio teve a presença de 18 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, classificando o líder para a fase final com um ponto extra. A mesma coisa aconteceu na segunda fase. Ao fim dessas etapas, as oito melhores campanhas seguiram para a terceira fase, que foi disputada em turno único e também classificou o líder com um ponto extra. Por fim, o quadrangular final reuniu os três vencedores de fase e a melhor campanha na soma de todas elas.

O Coxa iniciou a campanha com empate por 2 a 2 com o Guarapuava fora de casa. Depois, em casa, o time ficou no 1 a 1 com o Matsubara e venceu a primeira por 2 a 1 sobre o Operário de Ponta Grossa. Nas 14 partidas restantes, venceu oito, empatou cinco e perdeu uma. Os resultados não foram suficientes para o Coritiba ficar na liderança. Com 25 pontos, a equipe fechou a primeira fase em terceiro, dois pontos longe do líder Colorado, que faturou um ponto extra.

Na segunda fase, o Coritiba iniciou novamente contra o Guarapuava, mas vencendo por 1 a 0 no Couto Pereira. Nos outros 16 jogos, o Coxa acumulou mais oito vitórias, seis empates e duas derrotas. Com 24 pontos, mais uma vez, não foi possível garantir o primeiro lugar, com a equipe encerrando na segunda posição, outra vez dois pontos atrás do Colorado, que levou mais uma bonificação para o quadrangular.

A soma das duas fases deu ao Coxa a segunda melhor campanha. Na terceira etapa, o time iniciou com goleada por 5 a 0 sobre o União Bandeirante em casa. Nas demais partidas, o Coritiba venceu três, empatou duas e perdeu uma. Os resultados enfim deram ao time a liderança, com dez pontos, e um ponto extra para a fase final. O clube avançou ao lado do Colorado, do Grêmio Maringá e do Athletico, os dois últimos pela soma de pontos de todo o campeonato.

O Coritiba não entrou como favorito no quadrangular final. O posto estava com o Colorado, que já começava com dois pontos contra um dos coxa-brancas. Mas a disputa entre os dois times foi cabeça a cabeça. Após três vitórias, um empate e uma derrota, o Coxa chegava à última rodada com oito pontos, assim como os colorados. No confronto final entre os dois, no Couto Pereira, a tradição verde falou mais alto e o time da casa venceu por 2 a 0, garantindo mais um título estadual.

A campanha do Coritiba:
47 jogos | 26 vitórias | 16 empates | 5 derrotas | 79 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Atlético-MG Campeão Mineiro 1979

O Atlético-MG teve uma das melhores fases de sua história na virada da década de 1970 para a de 1980. Em 1979, o clube chegou ao bicampeonato mineiro e levou para casa o 26º título estadual.

O Campeonato Mineiro daquele ano contou com um regulamento simples. Foram 16 participantes na disputa. Na primeira e segunda fases, todos os times se enfrentaram. O campeão de cada turno se classificou para a Taça Minas Gerais, que em duas partidas definiu um ponto extra na fase final para o ganhador. As outras cinco melhores campanhas na soma das fases também se classificaram. A etapa final foi realizada em hexagonal, em dois turnos, valendo o título estadual.

A campanha do Galo começou na vitória por 3 a 0 em casa sobre o Ateneu de Monte Claros. Nas outras 14 partidas da primeira fase, a equipe manteve-se invicta com mais nove vitórias e cinco empates, líder e classificada para a Taça Minas Gerais com 25 pontos.

Na segunda fase, o Atlético voltou a estrear contra o Ateneu, goleando por 5 a 0. Na sequência, acumulou mais dez vitórias e quatro derrotas. Com 22 pontos, o time alvinegro empatou no primeiro lugar com o Cruzeiro, o que fez ser necessária a realização de um jogo extra para definir ou o segundo finalista, ou a conquista da Taça Minas Gerais para o Galo. Mas o rival venceu o desempate por 1 a 0.

Assim, mais dois clássicos foram disputados, valendo a Taça Minas Geria e o ponto extra. No primeiro jogo, Atlético e Cruzeiro empataram por 1 a 1. Na segunda partida, o Galo venceu por 1 a 0 e garantiu a bonificação para o hexagonal final. Além do clube e do rival, América, Uberlândia, Uberaba e Guarani de Divinópolis avançaram à fase decisiva.

A disputa pelo título na fase final ficou restrita à Atlético e Cruzeiro. Na estreia, o Galo venceu o Uberaba por 2 a 0. Depois, o time obteve mais quatro vitórias, três empates e uma derrota até a penúltima rodada. Os alvinegros eram líderes com 14 pontos, seguidos pelo Cruzeiro com 13. Assim sendo, na última rodada, bastou ao Galo vencer o Guarani por 3 a 1 no Mineirão para ser bicampeão.

A campanha do Atlético-MG:
43 jogos | 28 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 82 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Jorge Gontijo/Estado de Minas

Grêmio Campeão Gaúcho 1979

Um título tranquilo. Assim pode ser definida a conquista do Grêmio no Campeonato Gaúcho de 1979. A 21ª taça estadual tricolor veio na esteira do fortalecimento obtido como time a partir da parte final da década de 1970. E também veio em meio as obras de conclusão do anel superior do Estádio Olímpico.

Depois de algumas temporadas com regulamentos complicados, o Gauchão de 1979 foi fácil de entender. Foram 20 participantes na disputa de três fases. Nas duas primeiras, as equipes se enfrentaram em dois turnos distintos. O líder de cada turno levou um ponto extra para a etapa seguinte. As oito melhores campanhas somadas se classificaram à fase final, enquanto o melhor time do interior também ficou com um ponto extra. O octogonal final valeu o título e foi realizado em dois turnos.

Na estreia da primeira fase, o Grêmio venceu o Novo Hamburgo por 3 a 1 no Olímpico. Nas outras 18 partidas, o time acumulou 14 vitórias, três empates e uma derrota. Com 33 pontos, o Imortal superou o Internacional por um ponto e conseguiu a liderança e a bonificação para o octogonal final.

Na segunda fase, o tricolor iniciou com vitória por 3 a 0 em casa sobre o Riograndense de Santa Maria. Na sequência, mais 15 triunfos e três empates deixaram o Grêmio mais uma vez em primeiro, com 35 pontos, quatro a mais que o Inter e com o segundo ponto extra. Além da dupla Grenal, Juventude, Esportivo, Caxias, Brasil de Pelotas, Novo Hamburgo e São Paulo de Rio Grande avançaram.

No octogonal final, o Grêmio sobrou. Na abertura, fez 3 a 0 no Novo Hamburgo fora de casa. Depois, emendou nove jogos com oito vitórias, um empate e só um gol sofrido, nos 2 a 1 sobre o Internacional no Beira-Rio. Em dez rodadas até ali, o tricolor tinha 21 pontos, contra 13 do Inter e 12 do Esportivo.

Com tamanha vantagem, bastou ao Grêmio vencer o Brasil de Pelotas por 3 a 0 no Olímpico para voltar a ser campeão, na 11ª partida e com três rodadas de antecedência. A campanha foi concluída com mais uma vitória e dois empates. O vice acabou com o Esportivo, que bateu o Inter por um ponto (18 a 17).

A campanha do Grêmio:
52 jogos | 42 vitórias | 9 empates | 1 derrota | 107 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto J.B. Scalco/Placar

Flamengo Campeão Carioca 1979

Logo após o fim do Campeonato Especial, em abril, iniciou o Campeonato Carioca de 1979, em maio. Definitivamente, cidade e estado do Rio de Janeiro tonaram-se uma coisa só no futebol. E assim como os dois torneios anteriores, deu Flamengo, que chegou ao tricampeonato e aos 20 títulos estaduais.

A competição teve 18 participantes. Na primeira fase, a Taça Guanabara, todos se enfrentaram em turno único. Os dez melhores avançaram ao grupo dos vencedores na segunda fase, a Taça Inocêncio Pereira Leal, e os oito piores foram ao grupos dos perdedores. Nesta etapa, os times voltaram a atuar em turno único dentro das chaves. Os seis melhores dos vencedores e os dois melhores dos perdedores avançaram. Na fase final, os oito classificados disputaram mais um turno, valendo o título. Os campeões das duas primeiras fases ganharam um ponto extra para o octogonal.

O Flamengo estreou na Taça Guanabara com goleada por 5 a 0 sobre o Bonsucesso. E nas 16 partidas seguintes, conseguiu uma impressionante campanha com 15 vitórias e só uma derrota. Com 32 pontos, o rubro-negro conseguiu o título com muita facilidade, sete pontos à frente do vice Vasco.

Na segunda fase, o Fla começou fazendo 3 a 0 no Campo Grande. Nos outros oito jogos, venceu cinco, empatou um e perdeu dois. Desta vez a disputa foi mais difícil, mas o rubro-negro ficou na liderança, com 14 pontos, um a mais que o vice Botafogo. Vasco, Fluminense, Goytacaz e Americano completaram a zona de classificação, enquanto Bangu e Portuguesa avançaram do outro grupo.

A fase final foi chamada de Taça Organizações Globo e o Flamengo chegou nela com os dois pontos extras, que no fim fariam a diferença. Na estreia, o time fez 3 a 0 na Portuguesa. Nas cinco partidas seguintes, venceu quatro e perdeu uma. Após a penúltima rodada, o Fla era o líder com 12 pontos, seguido por Vasco, Botafogo e Fluminense, todos com dez pontos.

A conta era simples. Um empate na última rodada contra o Botafogo confirmava o tri flamenguista. Se a equipe perdesse, havia a chance de acontecer uma decisão contra o próprio alvinegro, ou até mesmo um triangular, caso houvesse ganhador no jogo entre Vasco e Fluminense. Os vascaínos chegaram a derrotar os tricolores, mas o Flamengo segurou o 0 a 0 contra o Botafogo e comemorou o título no Maracanã.

A campanha do Flamengo:
33 jogos | 27 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 84 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo

Flamengo Campeão Carioca Especial 1979

A fusão do futebol dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro foi concluída em 1978. Para marcar a união, foi planejado que o primeiro campeonato unificado seria realizado em duas fases, uma inicial ainda em 1978 e uma final no primeiro semestre de 1979, chamada de Especial. Mas a recém-criada FERJ mudou os planos e determinou que a etapa inicial valeria separadamente como os últimos estaduais carioca (cidade do Rio) e fluminense, para 1978, enquanto o Especial valeria como um troféu à parte. No fim das contas, o Flamengo ficou com os dois títulos cariocas e chegou a 19 no total.

O Campeonato Especial foi disputado com os seis melhores do Carioca e os quatro melhores do Fluminense de 1978 (este vencido pelo Goytacaz). Os dez times jogaram em dois turnos, a Taça Luiz Aranha e a Taça Jorge Frias de Paula, e os vencedores de cada metade se classificaram para a decisão.

Embalado pela conquista de 1978, o Flamengo não teve dificuldades para levar o bicampeonato. Na estreia da Taça Luiz Aranha, venceu o Volta Redonda por 2 a 0. Nos oito jogos seguintes, manteve uma grande campanha com mais seis vitórias e dois empates, garantindo a liderança e a vaga na final ao fazer 3 a 0 no Botafogo na última rodada. O rubro-negro somou 16 pontos, dois a mais que Fluminense e Vasco. Entre as demais vitórias, destaque para as goleadas por 5 a 1 sobre o Fluminense de Nova Friburgo e por 6 a 1 sobre o Americano.

Na Taça Jorge de Paula, o Fla inicia com nova goleada, por 6 a 1 sobre o São Cristóvão. Na segunda rodada, foi a vez de fazer 7 a 1 no Goytacaz. Nas próximas seis partidas, a equipe venceu quatro e empatou duas, chegando a 14 pontos. O Flamengo era novamente líder, seguido mais uma vez por Vasco e Fluminense, ambos com 12 pontos.

A última rodada reservou os clássicos de Flamengo contra Botafogo e Vasco contra Fluminense. Vascaínos e tricolores precisavam da vitória de um sobre o outro e ainda torcer por uma derrota rubro-negra para que a segunda fase pudesse ser definida em uma partida extra. Mas os times empataram sem gols e confirmaram a liderança flamenguista, que, por já ter vencido a primeira etapa, foi declarado campeão especial sem a necessidade da final. Já com as faixas, o Fla empatou por 2 a 2 com os alvinegros e concluiu a campanha de maneira invicta.

A campanha do Flamengo:
18 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 51 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Rodolpho Machado/Placar

Corinthians Campeão Paulista 1979

O Paulistão de 1979 começou logo após o fim da edição de 1978, em julho. Sem intenção de diminuir a competição, a FPF a fez novamente atravessar o ano, com o encerramento colocado para fevereiro de 1980. O excesso de partidas no estadual fez a maioria dos clubes grandes - Corinthians, São Paulo, Santos, Portuguesa e Ponte Preta - desistir de jogar o Brasileirão. Apenas Guarani e Palmeiras, campeão e vice nacionais em 1978, dividiram as atenções - e mesmo assim somente a partir da terceira fase. Quem se deu bem no fim foi o Corinthians, que ficou com o título pela 17ª vez.

O torneio contou com 20 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, com classificação em quatro grupos. Os três primeiros de cada chave passaram para a segunda fase, onde foram divididos em mais dois grupos e atuaram em turno único. Os dois melhores de cada chave avançaram à semifinal, e seus ganhadores disputaram a final.

O Corinthians ficou no grupo A e estreou com empate por 2 a 2 com a Ferroviária em Araraquara. A primeira vitória aconteceu em casa, por 2 a 0 sobre o São Bento na segunda partida. Nos 36 jogos seguintes, o Timão venceu 14, empatou 16 e perdeu seis, somando 47 pontos e garantindo a classificação na liderança da chave.

Na segunda fase, o alvinegro ficou mais uma vez no primeiro grupo. O começo corinthiano foi vencendo o América de Rio Preto por 1 a 0 fora de casa. Nas quatro partidas seguintes, obteve mais duas vitórias, um empate e uma derrota. O Corinthians conseguiu a classificação na vice-liderança, com sete pontos, um a menos que a líder Ponte Preta.

A semifinal foi realizada já em 1980, entre Corinthians e Palmeiras em dois clássicos no Morumbi. No primeiro, os times empataram por 1 a 1. No segundo, o Timão conseguiu a vitória por 1 a 0.

Na decisão, também no Morumbi e em melhor de quatro pontos, o Corinthians enfrentou mais uma vez a Ponte Preta, o mesmo adversário na quebra da fila em 1977 e que eliminou o Guarani na semi. Na ida, o Timão venceu por 1 a 0. Na volta, o empate por 0 a 0 forçou a disputa de um terceiro jogo. E o título corinthiano foi confirmado nesta partida, com vitória por 2 a 0. Os gols foram de Palhinha e Sócrates.

A campanha do Corinthians:
48 jogos | 21 vitórias | 20 empates | 7 derrotas | 58 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Paraguai Campeão da Copa América 1979

Com o novo formado aprovado, apesar de algumas falhas, a América do Sul voltou a se reunir na Copa América em 1979. O momento do futebol no continente era de renovação. A Argentina chegava com o recente título mundial e ali revelaria Diego Maradona para os torcedores. O Brasil também passava por reformulações, com a geração que jogou com Pelé saindo dando lugar para as lideranças de Zico e Sócrates. Mas a conquista mais uma vez passaria longe das principais forças, ficando com o Paraguai.

O futebol paraguaio teve um ano de 1979 inesquecível, com o Olimpia levando o título tanto da Libertadores quanto do Mundial. A força se refletiu na Copa América, outra vez sem sede fixa. Vencedora apenas uma vez, em 1953, "La Albirroja" ficou no grupo C da competição, junto com Uruguai e Equador. A jornada começou de maneira perfeita, com duas vitórias sobre os equatorianos, por 2 a 1 em Quito e por 2 a 0 em Assunção.

A disputa pela classificação foi exclusivamente contra os uruguaios. No primeiro jogo, no Defensores del Chaco, empate sem gols. A segunda partida foi no Centenario, em Montevidéu, e o Paraguai arrancou outro empate, por 2 a 2. Como o Uruguai havia perdido um jogo para o Equador, os paraguaios foram à semifinal com seis pontos contra quatro dos uruguaios e dois dos equatorianos. 

Na partida de ida da semi, a cidade de Assunção parou para o confronto contra o Brasil. A pressão no Defensores del Chaco deu certo, pois La Albirroja venceu por 2 a 1. A volta aconteceu no Rio de Janeiro, no Maracanã. Os brasileiros chegaram a ficar duas vezes na frente do placar, o que forçaria um sorteio de cara ou coroa. Porém, Milcíades Morel e Romerito fizeram os gols que levaram ao empate por 2 a 2, resultado que colocou os paraguaios na final.

Outra vez a Copa América teve uma decisão com tons mais alternativos, agora entre Paraguai e Chile, que na primeira fase superou Colômbia e Venezuela, e na semifinal bateu o Peru. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, vencido pela Albirroja por 3 a 0, gols de Romerito (dois) e Morel. A segunda partida foi no Estádio Nacional de Santiago, e o time chileno devolveu um placar de 1 a 0, forçando o desempate em campo neutro, no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires.

Na Argentina, o empate por 0 a 0 imperou no placar até o fim da prorrogação. Neste caso, a regra dizia que a vantagem era do time com melhor saldo de gols, portanto o Paraguai comemorou o título de sua segunda Copa América.

A campanha do Paraguai:
9 jogos | 4 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color